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CONTABILIDADE EMPRESARIAL Férias a Pagar Férias a Pagar Do Direito Constitucional Férias é um direito do trabalhador, constitucionalmente protegido (artigo 7º, inciso XVII), e um dever do empregador de conceder ao empregado, após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, 30 dias de descanso sem prejuízo da remuneração (artigos 129 e 130 da CLT) Férias a Pagar Conceito Férias é o período de descanso anual, que deve ser concedido ao empregado após o exercício de atividades por um ano, ou seja, por um período de 12 meses, período este denominado "aquisitivo". As férias devem ser concedidas dentro dos 12 meses subsequentes à aquisição do direito. Férias a Pagar Período Aquisitivo e Período Concessivo Período aquisitivo – o período aquisitivo de férias compreende o período de 12 meses a contar da data de admissão do empregado que, completados, gera o direito ao mesmo de usufruir 30 dias de férias. Período concessivo – o período concessivo de férias corresponde ao prazo determinado que a lei que estabelece para o empregador conceda as férias ao empregado. Este prazo equivale aos 12 meses subsequentes a contar da data do período aquisitivo completado. Importante: Vale ressaltar que ao se iniciar o período concessivo de 12 meses após o período aquisitivo completado, inicia-se também um novo ciclo de período aquisitivo - novo período – que uma vez completado gera novo direito ao empregado a mais 30 dias de férias e assim sucessivamente. Férias a Pagar Demonstrativo - Período Aquisitivo e Período Concessivo Fonte: http://www.guiatrabalhista.com.br Férias a Pagar Prazo para Pagamento Deve ser paga em até 2 dias ao trabalhador antes de começar a usufruí-las. O empregado dará quitação do pagamento, no qual deverão constar (através de recibo de pagamento) as datas de início e término do respectivo período. Férias a Pagar Direito em Dobro das Férias Por atraso no pagamento das férias seja - por 1 ou 30 dias - após o início da mesma, será devido o pagamento em dobro das férias pelo empregador. Por ultrapassar o período concessivo de 12 meses após o período aquisitivo completado. Férias a Pagar Cálculo do 1/3 das Férias De acordo com a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT): O art. 7º, inciso XVII da Constituição Federal estabelece que “ são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais além de outros que visem a melhoria de sua condição social o gozo de férias anuais remuneradas com pelo menos, um terço a mais do que o salário normal”. Ou seja: O empregado terá direito, a receber mais 1/3 do seu valor. Exemplo Prático remuneração de férias (30 dias): Férias Proporcionais: R$ 1.000,00 Terço constitucional: R$ 333,33 Totalizando: R$ 1.333,33 Férias a Pagar Fracionamento do Período de Férias A Lei 13.467/2017 (que alterou o § 1º do art. 134 da CLT), admite a possibilidade de fracionamento ou parcelamento das férias concedida para negociação entre empregado e empregador, mas diferentemente do texto anterior, a nova norma não exige a excepcionalidade da divisão. “§ 1º Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.” Férias a Pagar Perda do Direito de Férias Havendo mais de 32 faltas não justificadas no período aquisitivo, o empregado perderá o direito às férias. É proibido o desconto de faltas, justificadas ou legais, do empregado sobre o período de férias. Férias a Pagar Principais Faltas Legais e Justificadas: Até 2 dias consecutivos (em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica; Até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento; Por 5 dias, em caso de nascimento de filho; Por 1 dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; Férias a Pagar Principais Faltas Legais e Justificadas: Até 2 dias consecutivos ou não para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva; Quando for arrolado ou convocado para depor na Justiça; Por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário- maternidade custeado pela Previdência Social; No período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar; Férias a Pagar Principais Faltas Legais e Justificadas: Por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo INSS, exceto se estiver afastado por período maior que seis meses, embora descontínuos, dentro do período aquisitivo; Justificada pela empresa, entendendo-se, como tal, a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário; Durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva; Os dias que foi convocado para serviço eleitoral; Os dias em que foi dispensado devido a nomeação para compor as mesas receptoras ou juntas eleitorais nas eleições ou requisitado para auxiliar seus trabalhos; Férias a Pagar Principais Faltas Legais e Justificadas: Os dias de greve, desde que haja decisão da Justiça do Trabalho dispondo que, durante a paralisação das atividades, ficam, mantidos, os direitos trabalhistas; Período de frequência em curso de aprendizagem; Nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso no ensino superior; Por tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer em juízo; Greve lícita, se deferidas, pelo empregador ou pela Justiça do Trabalho, as reivindicações formuladas total ou parcialmente; Outras convencionadas em acordo, convenção coletiva ou dissídio coletivo. Férias a Pagar Formalidades para a concessão Conversão de 1/3 das Férias em Abono Pecuniário O Abono pecuniário é a conversão em dinheiro de 1/3 (um terço) dos dias de férias a que o empregado tem direito. É uma opção ao empregado, independente da concordância do empregador, desde que requerido no prazo estabelecido na legislação trabalhista em até 15 dias antes do encerramento do seu período aquisitivo. Artigo 143 da CLT Férias a Pagar Formalidades para a concessão - Cálculo de Abono Pecuniário Exemplo Prático remuneração de férias (20 dias) + abono pecuniário: Salário Base : R$ 1.000,00 (+ média de horas extras – se houver) Dividido por (30d) / : R$ 33,33/dia ( multiplicado por 20 dias [* 20d] = R$ 666,66 1/3 constitucional férias: R$ 333,33 (calculo sobre as férias) Sub-Total (1): R$ 1.000,00 Abono Pecuniário: : R$ 333,33 (venda de 10 dias) 1/3 abono pecuniário : R$ 111,11 Sub-Total (2): R$ 444,44* Total a receber: R$ 1.000,00 + 444,44 = 1.444,44 *não sofre descontos de INSS e Imposto de Renda. Férias a Pagar Formalidades para a concessão Férias Incompletas O trabalhador pode não fazer jus aos 30 dias de férias em virtude de faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo. Nesse caso, a possibilidade da venda de férias é mantida de forma reduzida: o trabalhador deve solicitar o abono pecuniário de forma proporcional aos dias a que tem direito. Férias a Pagar Formalidades para a concessão Férias Coletivas Quando ocorrem as férias coletivas, pedidos individuais de empregados não são levados em conta. A conversão de 1/3 das férias em abono é decidida por um acordocoletivo, negociado pela empresa e pelo sindicato da categoria. Férias a Pagar Formalidades para a concessão Férias e (Licença Maternidade / Afastamento por Doença / Aviso Prévio / Prestação de Serviço Militar) Conforme determina o artigo 487, parágrafo 1º da CLT: O empregador deverá computar como tempo de serviço para efeito de férias o prazo do aviso prévio e do indenizado. Férias a Pagar Férias Proporcionais Ocorrem geralmente quando existe uma demissão sem justa causa, um pedido de demissão partindo do trabalhador ou simplesmente um término de contrato. Neste caso, o cálculo das férias será proporcional aos meses trabalhados. Férias a Pagar Encargos Incidentes – Férias a Pagar INSS (com variação de 8% a 11% de acordo com a faixa salarial [ empregado]) ( 20% despesa [empregador]) FGTS (8% despesa do empregador sobre o montante total da remuneração de férias – exceto abono pecuniário) Férias a Pagar Encargos Incidentes – Férias a Pagar IMPORTANTE: Sobre o valor do abono pecuniário de férias não há incidência de contribuição previdenciária, FGTS e IRPF. FONTES: http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/pagamentos-e-parcelamentos/emissao-e-pagamento- de-darf-das-gps-e-dae/calculo-de-contribuicoes-previdenciarias-e-emissao-de-gps/tabela-de-incidencia-de- contribuicao https://www.sitecontabil.com.br/tabelas/tabela_incidencia_inss_fgts_irrf.html ATIVIDADE BÔNUS - EM GRUPO (6 ALUNOS POR GRUPO) Cabeçalho e Data - Obrigatórios Calcule o recibo de férias do colaborador Jonas dos Santos da empresa ABC – cuja opção foi pelo abono pecuniário considerando: Salário Base: R$ 3.000,00 Alíquota de INSS de 11% Recolhimento de FGTS INSS patronal IRPF
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