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Aula 09
Conhecimentos Didáticos-Pedagógicos p/ SEE-MG (Professor Todas as Áreas)
Professor: Greisi Goulart
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APRESENTAÇÃO DO TEMA 
 
 
 
 
 
 
Seja bem-vindo (a) à Aula 09 do Curso de Conhecimentos Didáticos-
Pedagógicos SEE-MG, especialmente dedicado ao cargo de Professor 
(todas as áreas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não deixe de acompanhar as novidades no canal do 
aluno, por meio das nossas respostas no fórum de dúvidas e 
dos nossos possíveis recados gerais com dicas 
complementares, até a data da prova. 
 
 
AULA 09 
 
XIX - A política da Educação Integral e Integrada 
garantindo a formação humana e o 
desenvolvimento integral dos estudantes. 
 
 
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APRESENTAÇÃO DA AULA 09 
 
 
Assim como ocorrerá com as demais aulas deste curso, esta aula possui 
um formato predominantemente teórico, conceitual e analítico. 
A aula 09 abordará o seguinte item constante no tópico XIX 
(Conhecimentos Pedagógicos), que será exigido para o cargo de Professor 
(todas as áreas): 
 
 ³A política da Educação Integral e Integrada garantindo a 
formação humana e o desenvolvimento integral dos estudantes.´ 
 
Organizamos esta aula de forma esquemática, com alguns tópicos de 
destaque (itens e conceitos que consideramos mais relevantes) para facilitar o 
entendimento do assunto. Claro que, os temas que serão cobrados na prova, 
da forma que foram elencados no Edital, são um tanto abstratos e muito 
abrangentes, permitindo que a banca exija muitos conteúdos relacionados. 
Assim, seria impossível termos a pretensão de esgotar os temas 
relacionados a este item, neste sentido, focaremos nos temas cuja intuição 
indica como necessários à resolução das possíveis questões da prova vindoura. 
1R�HVWXGR�GHVWD�DXOD��p�QHFHVViULR�TXH�YRFr�PDQWHQKD�D�³PHQWH�DEHUWD´��
pois entraremos num conteúdo teórico associado às ciências sociais e 
humanas, onde nem sempre existem conceitos únicos, nem respostas únicas 
aos problemas apresentados. 
 
³1RVVRV�VRQKRV�VH�WRUQDP�YHUGDGH�FRP�
GHWHUPLQDomR��GLVFLSOLQD�H�HVIRUoR´ 
Atleta olímpico e 
líder civil norte-americano 
 
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IMPORTANTE: Este curso não se trata de um curso integralmente 
desenvolvido em videoaulas, pelo contrário, as videoaulas que poderão vir a 
ser disponibilizadas servem como complemento às aulas escritas. 
 
 
 
 
 
 
 
Observação importante II: este curso é protegido por 
direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, 
que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos 
autorais e dá outras providências. 
 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei 
e prejudicam os professores que elaboram os cursos. 
Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos 
honestamente através do site Estratégia Concursos. 
 
 
Observação importante: Além das aulas em PDF, 
estaremos disponíveis para retirar dúvidas dos alunos 
matriculados, por meio do fórum virtual, e, sempre que 
entender necessário, disponibilizaremos materiais extras 
aos matriculados, visando contribuir neste processo de 
preparação para a prova. 
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A política da Educação Integral e 
Integrada garantindo a formação 
humana e o desenvolvimento integral 
dos estudantes. 
 
Nesta aula é preciso que você faça uma leitura atenta. Você perceberá 
que irá assimilar com facilidade a ideia central da Educação Integral, pois ela 
vai ao encontro dos entendimentos atuais do que é educar, do como educar e 
do para quê educar. No entanto, há uns documentos bem específicos da SEE-
MG (Política e Decreto 47.227/ 2017) que precisam de maior atenção, pois, 
embora a ideia central seja a comumente trazida a respeito da Educação 
Integral, algumas partes podem ser cobradas de forma mais literal. Por isso, a 
leitura atenta lhe ajudará na resolução da prova vindoura. 
Boa aula! 
O que é educação integral? 
Trata-se de uma concepção que entende que a educação deve garantir 
o desenvolvimento dos indivíduos em todas as suas dimensões ± 
intelectual, física, emocional, social e cultural ± e se constituir como projeto 
coletivo, compartilhado por crianças, jovens, famílias, educadores, gestores 
e comunidades locais. (educacaoeintegral.org) 
A Educação Integral e Integrada parte da concepção de uma 
educação libertadora, que garante a formação humana e o 
desenvolvimento integral dos estudantes, ou seja, considerando 
todas as dimensões do ser ± cognitiva, emocional, social, cultural, 
intelectual e física. (Política de Educação Integral e Integrada ± MG, 2017) 
Nessa perspectiva, o estudante é quem ocupa a centralidade da 
proposta educativa, pois é visto como sujeito de direitos, ou seja, indivíduo 
que apresenta demandas e necessidades específicas e a quem deve ser 
garantido o direito de opinar e escolher sobre as questões que lhe afetam. 
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Assim, torna-se fundamental considerar as particularidades de cada 
estudante, compreender que sua história, território, saberes e vivências 
influenciam diretamente no desenvolvimento e no processo de 
aprendizagem de cada educando. 
Importante destacar que o conceito de Educação Integral e Integrada, 
no Brasil, teve contribuições, ao longo da história, de autores e 
educadores, como Anísio Teixeira, Paulo Freire, Darcy Ribeiro, 
Jaqueline Moll, Lucia Helena Alvarez Leite, entre outros. 
Em resumo, podemos entender a Educação Integral como: 
x uma proposta contemporânea, pois está alinhada as 
demandas do século XXI e tem como foco a formação de sujeitos 
críticos, autônomos e responsáveis consigo mesmos e com o 
mundo; 
x inclusiva, já que reconhece a singularidade dos sujeitos, suas 
múltiplas identidades e se sustenta na construção da pertinência 
do projeto educativo para todos; 
x uma proposta alinhada com a noção de sustentabilidade, pois 
se compromete com processos educativos contextualizados e 
com a interação permanente entre o que se aprende e o que se 
pratica; 
x promotora da equidade, já que reconhece o direito de todos 
ao aprendizado e de ter acesso a oportunidades educativas 
diferenciadas e diversificadas a partir da interação com múltiplas 
linguagens, recursos, espaços, saberes e agentes, condição 
fundamental para o enfrentamento das desigualdades 
educacionais. 
Como concepção, a ONG Educação Integralensina-nos que a proposta 
de Educação Integral deve ser assumida por todos os agentes envolvidos 
no processo formativo das crianças, jovens e adultos. Nesse contexto, 
a escola se converte em um espaço essencial para assegurar que todos e 
todas tenham garantida uma formação integral. Ela assume o papel de 
articuladora das diversas experiências educativas que os alunos podem 
viver dentro e fora dela, a partir de uma intencionalidade clara que 
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favoreça as aprendizagens importantes para o seu desenvolvimento 
integral. 
Algumas características da Educação Integral (ONG Educação 
Integral): 
 
Î Centralidade dos estudantes: todas as dimensões do projeto 
pedagógico (currículo, práticas educativas, recursos, agentes educativos, 
espaços e tempos) são construídas, permanentemente avaliadas e 
reorientadas a partir do contexto, interesses, necessidades de 
aprendizagem e desenvolvimento e perspectivas de futuro dos 
estudantes. Para contemplar a singularidade de cada estudante na 
construção do seu percurso formativo é necessário que os educadores 
detenham um amplo conhecimento das múltiplas formas pelas quais as 
crianças e jovens aprendem e se desenvolvem e, consequentemente, de 
uma pluralidade de métodos e intervenções. 
Î Personalização: os professores precisam ter autonomia para 
reconhecer as demandas dos alunos e para construir estratégias 
personalizadas. A Educação Integral reconhece as crianças e os jovens 
como sujeitos de direito, atores sociais com expressão e linguagens 
singulares. São criadores e produtores de culturas próprias construídas 
na interação com seus próprios pares e no intercâmbio entre idades e 
gerações. Propostas de Educação Integral oportunizam tempo e espaço 
para a livre criação de suas culturas e valorizam e reconhecem saberes, 
fazeres e sentimentos expressados por meio do universo simbólico e 
artístico. 
Î Aprendizagem permanente e o currículo integrado: a 
multidimensionalidade dos sujeitos deve estar contemplada em todos os 
aspectos do processo de ensino-aprendizagem, garantindo interações e 
estratégias que garantam o desenvolvimento não apenas intelectual, 
mas também social, emocional, físico e cultural. O desenvolvimento 
integral é, portanto, o elemento central da proposta formativa da 
Educação Integral. Além disso, são também elementos curriculares na 
Educação Integral, as formas de gestão e organização da instituição 
(escola, organização social ou projeto), sua relação com o território, a 
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rede de agentes envolvidos, as práticas pedagógicas, a formação de 
educadores e as estratégias de avaliação. 
 
 
A Escola na Educação Integral 
 
De acordo com a ONG Educação Integral, essencialmente no que se 
refere à Escola, o currículo da Educação Integral pressupõe o acesso do 
estudante a todas as áreas do conhecimento de maneira articulada e 
permanente, rompendo com a fragmentação das disciplinas e dando 
sentido aos conteúdos a partir das questões, trajetórias, experiências e 
relações dos sujeitos envolvidos nos processos educativos. 
Em escola orientada por uma perspectiva integral de educação, 
sustenta altas expectativas de aprendizagem e desenvolvimento para todos 
os alunos ao mesmo tempo em que oferece instrumentos para que todos 
aprendam e se desenvolvam integralmente. Estas altas expectativas se 
sustentam na premissa de que todos os alunos são capazes de aprender. E, 
para isso, as estratégias devem ter clara intencionalidade pedagógica e 
compor um planejamento integrado que defina objetivos e metas de 
aprendizagem. Neste sentido, a distinção entre aulas e oficinas lúdicas ± 
assim como a separação por períodos ± perde o sentido. Todas as 
propostas devem compor o planejamento da escola e dos educadores. 
x Perspectiva Inclusiva 
A educação integral apoia-se na ideia de que é necessário reconhecer 
e abolir barreiras arquitetônicas, políticas, culturais e atitudinais para que 
todos os espaços sejam inclusivos; e que a diversidade se constitua não 
apenas como um valor como também é uma oportunidade de 
desenvolvimento de crianças e jovens em suas diversas dimensões. No 
contexto da escola, esta perspectiva se concretiza no acesso 
e permanência qualificada em classe comum da rede regular. 
 
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x Gestão democrática 
Para garantir a pertinência de um projeto pedagógico e a efetividade 
das suas estratégias, é fundamental a participação educativa, decisória e 
avaliativa de todos os envolvidos, em todas as etapas do processo: do 
planejamento ao acompanhamento dos resultados. Dessa forma, 
a participação dos próprios alunos, inclusive das crianças pequenas, é 
fundamental. Nas escolas, a gestão democrática está garantida por lei e 
prevê que o Projeto Político Pedagógico de cada unidade de ensino seja 
construído e acompanhado com a participação ativa comunidade 
(alunos, educadores, famílias e comunidade). Para isso é fundamental o 
diálogo permanente e que o acompanhamento das ações e resultados das 
escolas seja feito coletivamente por todos e todas. 
x Ampliação do tempo 
O desenvolvimento integral é um processo contínuo e permanente, 
que começa no nascimento do indivíduo, se estende por toda a vida e 
acontece em diferentes espaços: em casa, na escola, no território. Por esse 
motivo, a Educação Integral compreende que os processos educativos 
devem articular os diferentes espaços e tempos de aprendizagem 
disponíveis e garantir a ampliação e diversificação de interações 
significativas para todas as pessoas. E, para que a escola possa garantir 
todos os aspectos previstos na Educação Integral, o tempo de quatro horas 
diárias se mostra insuficiente. Portanto, para a Educação Integral é 
fundamental a ampliação da jornada para um período entre sete e nove 
horas diárias. Esta jornada deve ser definida de acordo com os contextos 
locais e as necessidades dos alunos em cada etapa, sem perder de vista a 
importância de que os alunos tenham acesso a diferentes interações 
mediadas pela escola. 
x Múltiplos arranjos 
Pode-se combinar aulas de 45 ou 50 minutos com tempos mais 
extensos. Desenvolver práticas educativas inovadoras e inclusivas 
baseadas em projetos, experimentações, grupos interativos. Desenvolver 
atividades que aconteçam em diferentes espaços da escola ou do território. 
Integrar espaços e agentes das comunidades ao cotidiano dos alunos. O 
importante é que estas formas de organização estejam previstas no projeto 
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político pedagógico da escola e sejam fruto de um planejamento integrado 
da equipe que confira intencionalidade pedagógica às estratégias. 
x Ambiência 
Os espaços educativos tradicionais, como a salade aula, deixam de 
ser considerados como os únicos espaços de aprendizagem. 
Todos os espaços (escolares e não escolares) têm na Educação 
Integral seu potencial educativo reconhecido e devem ser integrados de 
forma planejada, na perspectiva de assegurar interações significativas que 
garantam o aprendizado e o desenvolvimento de todos e todas. 
x Território e Intersetorialidade 
Para a Educação Integral, o território pode ter seu papel educativo 
definido a partir de quatro dimensões: 
x Contexto: o território é contexto. Como tal, ele expressa as 
identidades, a cultura, as condições de vida e a história das 
pessoas. Por isso a construção de vínculos entre educadores e 
alunos e a pertinência do projeto pedagógico (condições 
essenciais para a aprendizagem e o desenvolvimento) dependem 
do reconhecimento e da integração da questão territorial; 
x Participação: a gestão democrática só se realiza na 
integração com o território já que a participação efetiva das 
famílias e da comunidade depende de que as pessoas se sintam 
reconhecidas e parte do projeto educativo; 
x Conhecimento: o território, seja ele qual for, é rico em 
interações significativas em estado potencial. Pessoas, saberes, 
recursos diferenciados podem ser articulados ao itinerário 
formativo dos alunos enriquecendo seu repertório, garantindo 
novas aprendizagens, ampliando seu olhar sobre o território e 
fortalecendo sua autonomia para estabelecer conexões possíveis 
para além das instituições; 
x Intersetorialidade: para que os alunos aprendam é necessário 
criar condições para a sua educabilidade. Ou seja, é fundamental 
que condições dignas de vida e seus direitos estejam 
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observados. Para isso, é importante contar com a interlocução 
permanente e com o trabalho integrado a equipamentos e 
agentes de todos os setores que tiverem contribuições 
relevantes a dar ao desenvolvimento integral das crianças e 
jovens (saúde, desenvolvimento social, cultura, esporte e lazer, 
etc). 
 
Políticas Públicas de Educação Integral 
 
De acordo com a ONG Educação Integral, a Educação Integral é uma 
concepção de educação definida pelo compromisso com o desenvolvimento 
integral de todos os sujeitos. Ou seja, a Educação Integral reconhece os 
sujeitos na sua multidimensionalidade e se compromete com a 
estruturação de estratégias que garantam a todos, em condições de 
igualdade, o direito a uma educação de qualidade. 
Este compromisso deve ser o cerne da concepção, implementação e 
avaliação das políticas públicas e se refletir concretamente na forma e 
organização das escolas e nas práticas pedagógicas dos docentes. 
Em Política de Educação Integral que garanta qualidade com equidade, 
alguns dispositivos são fundamentais: 
9 Planejamento da Gestão Educacional ± definição clara de desafios, metas 
e estratégias, 
9 Alinhamento entre todos os atores envolvidos no sistema: convergência 
de esforços em todos os níveis, 
9 Modelo de gestão estruturado e sustentável que articule, de maneira 
dialógica, a secretaria e as escolas, 
9 Marcos legais que garantam sustentação a política; 
9 Articulação intersetorial que garanta complementaridade as estratégias 
escolares; 
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9 Além disso, são condições estruturantes de uma Política de Educação 
Integral: 
9 Mínimo de 7 horas e máximo de 9 horas diárias de jornada; 
9 Definição das aprendizagens esperadas para cada etapa; 
Programa de formação de professores com pelo menos 50% de 
professores de cada escola envolvidos. 
9 Flexibilidade para a construção de formas e organização escolar 
diferenciada; 
9 Processo estruturado de avaliação da política; 
9 Processo estruturado de acompanhamento e tutoria dos professores; 
9 Garantia de tempo de planejamento e trabalho colaborativo em cada 
escola; 
9 Recursos didáticos de qualidade e disponíveis que apoiem as práticas de 
referência dos professores; 
9 Infraestrutura escolar adequada: mobiliário flexível, internet, 
acessibilidade, espaços diferenciados e adequados às faixas etárias 
(ateliê, biblioteca, espaços de convivência e descanso, quadra e espaços 
verdes, alimentação e higiene pessoal), recursos digitais disponíveis aos 
estudantes (especialmente a partir do Fundamental II); 
9 Interação permanente com outros agentes e espaços não escolares como 
parte da política de educação integral; 
9 Articulação de rede de proteção social aos estudantes com integração 
mínima das políticas de Educação, Saúde e Desenvolvimento Social. 
Vamos conhecer algumas políticas que visam promover a Educação 
Integral? 
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EDUCAÇÃO INTEGRAL 
 
De acordo com o MEC, a Educação integral representa a opção por um 
projeto educativo integrado, em sintonia com a vida, as necessidades, 
possibilidades e interesses dos estudantes. Um projeto em que crianças, 
adolescentes e jovens são vistos como cidadãos de direitos em todas 
as suas dimensões. Não se trata apenas de seu desenvolvimento 
intelectual, mas também do físico, do cuidado com sua saúde, além do 
oferecimento de oportunidades para que desfrute e produza arte, conheça 
e valorize sua história e seu patrimônio cultural, tenha uma atitude 
responsável diante da natureza, aprenda a respeitar os direitos humanos e 
os das crianças e adolescentes, seja um cidadão criativo, empreendedor e 
participante, consciente de suas responsabilidades e direitos, capaz de 
ajudar o país e a humanidade a se tornarem cada vez mais justos e 
solidários, a respeitar as diferenças e a promover a convivência pacífica e 
fraterna entre todos. 
Os programas de educação integral do Ministério da Educação são 
o Mais Educação (ensino fundamental) e Ensino Médio Inovador. As 
crianças de zero a cinco anos também são objeto de um programa de 
educação infantil integral. 
 
HISTÓRICO - MAIS EDUCAÇÃO 
O Programa Novo Mais Educação, criado pela Portaria MEC nº 
1.144/2016 e regido pela Resolução FNDE nº 5/2016, é uma estratégia do 
Ministério da Educação para melhorar a aprendizagem em língua 
portuguesa e matemática no ensino fundamental, por meio da 
ampliação da jornada escolar de crianças e adolescentes. 
A página do MEC afirma que, em 2017, o Programa deveria ser 
implementado por meio da realização de acompanhamento pedagógico 
em língua portuguesa e matemática e do desenvolvimento de 
atividades nos campos de artes, cultura, esporte e lazer, 
impulsionando a melhoria do desempenho educacional mediante a 
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complementação da carga horária de cinco ou quinze horas semanais 
no turno e contraturno escolar. Os demais objetivos do Programa são: 
I - alfabetização, ampliação do letramento e melhoria dodesempenho 
em língua portuguesa e matemática das crianças e dos adolescentes, 
por meio de acompanhamento pedagógico específico; 
II - redução do abandono, da reprovação, da distorção idade/ano, 
mediante a implementação de ações pedagógicas para melhoria do 
rendimento e desempenho escolar; 
III - melhoria dos resultados de aprendizagem do ensino 
fundamental, nos anos iniciais e finais; 
IV - ampliação do período de permanência dos alunos na escola. 
 A implementação do Programa Novo Mais Educação nas escolas 
públicas de ensino fundamental ocorre por meio de articulação institucional 
e cooperação com as secretarias estaduais, distrital e municipais de 
educação, mediante apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação - 
MEC. 
Atenção! 
A Política de Educação Integral e Integrada do estado de Minas 
Gerais se desenvolve com base neste Programa do Governo 
Federal. 
 
 Adesão ao programa 
As secretarias municipais, estaduais e distrital de educação (Entidades 
Executoras ± EEx) devem aderir ao Programa Novo Mais Educação por 
meio do módulo PAR do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e 
Controle (SIMEC), com a indicação das escolas vinculadas que estarão 
habilitadas a aderir ao Programa. 
A partir daí, as Unidades Executoras (UEx) das escolas deverão 
elaborar e enviar à SEB/MEC o Plano de Atendimento da Escola, por meio 
do Sistema PDDE Interativo, constituindo esse procedimento de adesão 
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condição necessária para que as escolas sejam contempladas com recursos 
financeiros. 
Î Organização dos Tempos Escolares 
As escolas que aderirem ao plano de 05 (cinco) horas de atividades 
complementares por semana realizarão 2 (duas) atividades de 
Acompanhamento Pedagógico: 
9 1 (uma) de Acompanhamento Pedagógico de Língua Portuguesa, 
com 2 (duas) horas e meia de duração. 
9 1 (uma) de Acompanhamento Pedagógico de Matemática, com 2 
(duas) horas e meia de duração. 
9 As escolas que ofertarem 15 (quinze) horas de atividades 
complementares por semana realizarão 2 (duas) atividades de 
Acompanhamento Pedagógico, totalizando 8 (oito) horas, e 
outras 3 (três) atividades de escolha da escola, sendo: 
9 1 (uma) de Acompanhamento Pedagógico de Língua Portuguesa 
com 4 (quatro) horas de duração; 
9 1 (uma) de Acompanhamento Pedagógico de Matemática, com 4 
(quatro) horas de duração; 
9 3 (três) atividades de escolha da escola dentre aquelas 
disponibilizadas no Sistema PDDE Interativo, a serem realizadas 
nas 7 (sete) horas restantes. 
 
 Prioridades 
Ao indicar as escolas para o Programa, é recomendado que as 
Entidades Executoras utilizem os seguintes critérios de priorização: 
I ± escolas que receberam recursos na conta PDDE Educação Integral 
entre 2014 e 2016; 
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II ± escolas que apresentam Índice de Nível Socioeconômico baixo ou 
muito baixo segundo a classificação do Instituto Nacional de Estudos 
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP); 
III ± escolas que obtiveram baixo desempenho no Índice de 
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). 
 
Atores 
Para auxiliar e realizar as atividades previstas no planejamento do 
Programa Novo Mais Educação, foram definidas as seguintes funções: 
I ± Articulador da Escola, que será responsável pela coordenação e 
organização das atividades na escola, pela promoção da interação 
entre a escola e a comunidade, pela prestação de informações sobre o 
desenvolvimento das atividades para fins de monitoramento e pela 
integração do Programa com Projeto Político Pedagógico (PPP) da 
escola. O Articulador da Escola deverá ser indicado no Plano de 
Atendimento da Escola, devendo ser professor, coordenador 
pedagógico ou possuir cargo equivalente com carga horária mínima de 
20 (vinte) horas, em efetivo exercício, preferencialmente lotado na 
escola; 
II ± Mediador da Aprendizagem, que será responsável pela realização 
das atividades de Acompanhamento Pedagógico; 
III ± Facilitador, que será responsável pela realização das 7 (sete) 
horas de atividades de escolha da escola. 
 
ENSINO MÉDIO 
O programa Ensino Médio Inovador ± EMI foi instituído pela 
Portaria nº 971, de 9 de outubro de 2009, no contexto da implementação 
das ações voltadas ao Plano de Desenvolvimento da Educação ± PDE. A 
edição atual do Programa está alinhada às diretrizes e metas do Plano 
Nacional de Educação 2014-2024. 
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O objetivo do EMI é apoiar e fortalecer os Sistemas de Ensino 
Estaduais e Distrital no desenvolvimento de propostas curriculares 
inovadoras nas escolas de Ensino Médio, disponibilizando apoio 
técnico e financeiro, consoante à disseminação da cultura de um 
currículo dinâmico, flexível, que atenda às expectativas e 
necessidades dos estudantes e às demandas da sociedade atual. 
Deste modo, busca promover a formação integral dos estudantes e 
fortalecer o protagonismo juvenil com a oferta de atividades que 
promovam a educação científica e humanística, a valorização da leitura, da 
cultura, o aprimoramento da relação teoria e prática, da utilização de novas 
tecnologias e o desenvolvimento de metodologias criativas e 
emancipadoras. 
As ações propostas devem contemplar as diversas áreas do 
conhecimento a partir do desenvolvimento de atividades nos seguintes 
Campos de Integração Curriculares (CIC): 
I - Acompanhamento Pedagógico (Língua Portuguesa e Matemática); 
II - Iniciação Científica e Pesquisa; 
III - Mundo do Trabalho; 
IV - Línguas Adicionais/Estrangeiras; 
V - Cultura Corporal; 
VI - Produção e Fruição das Artes; 
VII - Comunicação, Uso de Mídias e Cultura Digital; 
VIII - Protagonismo Juvenil. 
Estas ações são incorporadas gradativamente ao currículo, ampliando 
o tempo na escola, na perspectiva da educação integral e, também, a 
diversidade de práticas pedagógicas de modo que estas, de fato, 
qualifiquem os currículos das escolas de Ensino Médio. 
A adesão ao Ensino Médio Inovador é realizada pelas Secretarias de 
Educação Estaduais e Distrital, que selecionam as escolas de Ensino Médio 
que participarão do programa EMI. Essas escolas receberão apoio técnico e 
financeiro por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE para a 
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elaboração e o desenvolvimento de suas Propostas de Redesenho 
Curricular (PRC). 
As Propostas de Redesenho Curricular (PRC) deverão estar 
alinhadas com os projetos político-pedagógicos das escolas, 
articulando as dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da 
tecnologia, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o 
Ensino Médio (Resolução CEB/CNE n. 2, de 30 de janeiro de 2012). 
 
Preste muita atenção, porque agora entraremos naPOLÍTICA DE 
EDUCAÇÃO INTEGRAL E INTEGRADA E IMPLEMENTAÇÃO DAS ESCOLAS 
POLO DE EDUCAÇÃO MÚLTIPLA EM MINAS GERAIS. Este conteúdo é 
relevante para a sua prova. 
 
POLÍTICA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL E INTEGRADA E IMPLEMENTAÇÃO 
DAS ESCOLAS POLO DE EDUCAÇÃO MÚLTIPLA EM MINAS GERAIS 
 
Com o objetivo de garantir o direito à educação pública, popular, 
plural e democrática para todas e todos as/os mineiras/os, a Secretaria 
de Estado de Educação, desde 2015, vem construindo ações que 
buscam a efetivação de tal direito, trazendo os sujeitos para o centro da 
Política Educacional do Estado. 
Tal construção se evidencia, especialmente, nas ações 
desenvolvidas que ampliam e fortalecem a gestão democrática e 
participativa, que promovem a inclusão e a valorização das 
diferenças, que reconhecem e potencializam os diversos saberes e 
práticas das comunidades e de seus territórios, que ampliam o olhar sobre 
os processos de avaliação e favorecem a reflexão e a reorientação sobre a 
construção dos currículos e a organização de tempos e espaços escolares. 
Entre essas ações destacamos, aqui, a Virada Educação Minas 
Gerais (VEM), iniciativa que reúne ações voltadas ao processo de escuta a 
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estudantes e professores. Foram realizadas, em 2015, Rodas de Conversa 
nos 17 Territórios de Desenvolvimento do Estado, reunindo cerca de 4.500 
estudantes e professores, representantes de quase 1.500 escolas. Segundo 
DV�DQiOLVHV�GRV�UHJLVWURV�GDV�5RGDV��D�SDUWLU�GDV�TXHVW}HV�³2�TXH�D�HVFROD�
tem de bom"´�H�³(P�TXH�D�HVFROD�SUHFLVD�PHOKRUDU"´� IRUDP�HYLGHQFLDGDV�
as demandas dos estudantes por uma escola mais dinâmica, mais plural, 
participativa e mais próxima das realidades dos estudantes. Entre as 
questões mais relevantes apontadas pelos estudantes foi unânime a 
demanda por espaços de organização e participação, inclusive na 
construção do currículo; também destacaram a questão do uso de novas 
linguagens e metodologias, da necessidade de que as aulas utilizem 
metodologias diferenciadas; e também apontaram para a necessidade de 
que temas de interesse dos estudantes sejam mais discutidos na escola e 
estejam presentes nos currículos. Parte dessas questões também foi 
colocada pelos professores, embora com pontos de vista variados, 
especialmente quando apontaram os desafios de trabalhar de forma mais 
próxima dos jovens a demanda por mais espaços de formação e por 
melhorias na infraestrutura. 
Atendendo aos anseios de professores e estudantes, a SEE vem 
consolidar a proposta do seu Projeto Político Educacional, a partir da 
perspectiva da Educação Integral e Integrada. Em outras palavras, a 
estratégia política e pedagógica escolhida, para que o direito à 
educação e à plena aprendizagem seja acessado por todas e todos e 
atenda às demandas de estudantes e profissionais da educação, 
está baseada na concepção de Educação Integral. Tal escolha não se 
funda apenas na defesa de princípios e concepções pedagógicas que 
acreditam que a Educação Integral e Integrada é a perspectiva mais 
adequada para perseguir os princípios aqui colocados, mas também vem 
reafirmar e reforçar que a Educação Integral é um direito, conforme 
estabelecido, entre outras normas, no Plano Nacional de Educação (Lei Nº 
13.005, de 25 de junho de 2014). 
A seguir, serão apresentados os elementos que conformam a 
Política de Educação Integral e Integrada da SEE: sua concepção, 
princípios, objetivos, eixos norteadores, dimensões estruturantes, e será 
apresentada a proposta dos Polos de Educação Múltipla, evidenciando como 
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esse projeto se materializará como estratégia indutora da Política de 
Educação Integral e Integrada para Minas Gerais. 
 
 
EDUCAÇÃO INTEGRAL E INTEGRADA 
A Política de Educação Integral e Integrada de Minas Gerais 
 
A oferta de Educação Integral no Estado de Minas Gerais, por longo 
período, foi concebida do ponto de vista da ampliação da jornada escolar, 
VHQGR� DGRWDGD� XPD� SHUVSHFWLYD� GH� ³7HPSR� ,QWHJUDO´� H�� QmR�� GH�
³(GXFDomR� ,QWHJUDO´. Ampliava-se o tempo de permanência na escola, 
mas não se alteravam os olhares sobre o estudante, nem o formato das 
atividades oferecidas. Basicamente, a ampliação do tempo tinha ênfase em 
atividades de reforço escolar. 
Desde 2015, o atendimento em Educação Integral em Minas vem 
IRUWDOHFHQGR�D�FRQFHSomR�GH�³(GXFDomR�,QWHJUDO�H�,QWHJUDGD´��QR�OXJDU�GH�
³7HPSR� ,QWHJUDO´�� H� D� DPSOLDomR� SURJUHVVLYD� GD� RIHUWD�� 'HVGH� HQWmR��
procura-se consolidar o projeto da Educação Integral na perspectiva do 
direito, a ser garantida para toda a Rede Estadual de Educação, a partir do 
desenvolvimento das distintas aprendizagens e da proteção social dos 
estudantes, considerados sujeitos de direitos e ocupando a centralidade do 
projeto educativo. 
Nesse sentido, a Política de Educação Integral e Integrada de 
Minas Gerais reafirma o propósito pedagógico da SEE, qual 
seja: 
Assegurar o acesso e a permanência dos estudantes na 
Educação Básica, com efetiva aprendizagem, respeitando 
a diversidade, por meio da gestão democrática e 
participativa, que fortaleça o protagonismo estudantil e a 
relação com a comunidade, com a valorização do 
profissional da educação e do trabalho coletivo. 
 
 
Atualmente, essa política, sob a ótica do Programa Mais Educação, 
do governo Federal desenvolve-se por meio de Macrocampos e 
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Atividades - temáticas educativas nas quais são estruturados projetos e 
ações para trabalhar com os estudantes, podendo ser ofertadas entre 35 e 
50 horas semanais de atividades. 
Você lembra do Programa mais educação do Governo Federal 
que vimos acima? 
O Programa Novo Mais Educação foi criado pela Portaria MEC 
nº 1.144/2016 e regido pela Resolução FNDE nº 5/2016. Trata-se 
de uma estratégia do Ministério da Educação para melhorar a 
aprendizagem em língua portuguesa e matemática no ensino 
fundamental, por meio da ampliação da jornada escolar de crianças 
e adolescentes. 
Voltando... 
Cabe registrar, também, que estão sendo delineados, em cada escola, 
formatos de atendimento que têm se aproximado cada vez mais da 
concepção adotada. Por se tratar de uma nova perspectiva educativa, 
compreende-se que a transição é gradual e preparada coletivamente, em 
cada território, por todos os atores envolvidos. 
Outro ponto importante a destacar é a oferta em 2017, em 44 escolas 
estaduais, do Ensino Médio Integral e Integrado com uma ampliação 
da jornada diária de 25 horas para 45 horas semanais e com a 
estruturação efetiva de um currículo integrado que alie um curso técnico 
profissionalizante e uma parte flexível composta por atividades 
escolhidas com a participação dos estudantes em três campos de 
integração curricular: Cultura, Artes e Cidadania; Múltiplas Linguagens, 
Comunicação e Novas Mídias; e Pesquisa e Inovação Tecnológica. 
Além das iniciativas ligadas diretamente à oferta da Educação Integral 
nas escolas, a partir da ampliação da jornada, outrasações da SEE vêm 
convergindo para que o objetivo de formar integralmente os sujeitos seja 
alcançado. Podem ser mencionadas aqui: 
9 o Programa de Convivência Democrática no Ambiente Escolar, 
no contexto da Educação para os Direitos Humanos; 
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9 as ações de Fomento à Participação Estudantil, materializadas na 
criação dos Conselhos e das Redes de Representantes Estudantis 
e também no incentivo à criação de Coletivos Juvenis e Grêmios 
Estudantis; 
9 o fomento e apoio à criação da Rádio nas escolas; o Programa 
Escola Aberta, importante aliado no fortalecimento da relação 
escola-comunidade; 
9 as ações voltadas à diversidade e inclusão, como a Campanha 
Afroconsciência, ancorada na Educação para as Relações Étnico-
raciais, o Atendimento Educacional Especializado na perspectiva 
da inclusão, a adoção da Pedagogia da Alternância, voltada ao 
atendimento de estudantes do campo; 
9 as ações para o atendimento das especificidades de povos e 
comunidades tradicionais; 
9 a criação da Rede de Educação Profissional; as ações ligadas ao 
desenvolvimento da Pesquisa e da Iniciação Científica no Ensino 
Médio; entre outras. 
Todas essas ações contribuem para a promoção do desenvolvimento 
integral dos estudantes e devem ser concebidas como parte do currículo 
escolar uma vez que dialogam com os diversos componentes curriculares, 
áreas do conhecimento e com o território, bem como contribuem para o 
desenvolvimento de variadas habilidades e competências dos estudantes. 
Contudo, há ainda um grande desafio pela frente: 
a Meta 6 do PNE estabelece que a oferta de Educação Integral deverá 
atingir, em 10 anos de vigência do Plano (até 2024), o mínimo de 50% das 
escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos estudantes da 
Educação Básica. 
Î Apesar de ter atingido, até o final de 2016, a Meta estipulada em relação 
ao quantitativo de escolas (2.072 escolas - 57%); 
Î O número de estudantes atendidos ainda está muito aquém da Meta. Até 
o final de 2016, de aproximadamente 2 milhões de estudantes 
matriculados na Rede, foram atendidos 150 mil, devendo chegar a quase 
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190 mil, em 2017, incluindo aproximadamente 10 mil que passarão a ser 
atendidos no Ensino Médio Integral. 
Para atingir a meta e oferecer uma Educação Integral e Integrada, a 
SEE-MG pretende promover maior integração entre as ações existentes, 
bem como proporcionar um formato de atendimento que possa ser 
progressivamente estendido a todas as escolas da Rede, tornando efetiva a 
política de Educação Integral e Integrada no Estado. 
Assim, em consonância com o cumprimento da Meta 6 do PNE e com a 
necessidade de ampliar, fortalecer e consolidar a Política de Educação 
Integral e Integrada em Minas, a SEE apresenta a proposta dos Polos de 
Educação Múltipla - POLEM, a ser implementada como estratégia 
indutora da Política de Educação Integral e Integrada, contribuindo para 
alcançar os seguintes objetivos: 
 
 
1. Ampliação de Tempos e Espaços; 
2. Fortalecimento da Relação Escola-Comunidade; 
3. Redução da evasão e do abandono escolar; 
4. Melhoria no desempenho escolar; 
5. Desenvolvimento das Aprendizagens. 
 
 
 
 
Conceitos e elementos fundamentais 
 
A Educação Integral e Integrada parte da concepção de uma 
educação libertadora, que garante a formação humana e o 
desenvolvimento integral dos estudantes, ou seja, considerando todas as 
dimensões do ser ± cognitiva, emocional, social, cultural, intelectual e 
física. 
Nessa perspectiva, o estudante ocupa a centralidade da proposta 
educativa e é considerado, sobretudo, como sujeito de direitos, ou seja, 
indivíduo que apresenta demandas e necessidades específicas e a quem 
deve ser garantido o direito de opinar e escolher sobre as questões que lhe 
afetam. Desse modo, torna-se fundamental considerar suas 
particularidades, e compreender que sua história, território, saberes e 
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vivências influenciam diretamente no seu desenvolvimento e no seu 
processo de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posto isso, é importante compreender elementos que são 
fundamentais ao conceito de Educação Integral e Integrada: 
 
Î Territórios Educativos 
 
Na perspectiva da Educação Integral e Integrada, não é possível 
promover desenvolvimento integral sem envolver outros espaços, atores e 
saberes, além dos presentes na escola. Os lugares em que os estudantes 
circulam, as pessoas com quem convivem e os serviços que acessam no 
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território são potencialmente educativos, à medida que lhes agregam 
saberes que contribuem para a sua formação integral. 
De acordo com Milton Santos, 
O território não é apenas o resultado da superposição de um 
conjunto de sistemas naturais e um conjunto de sistemas de 
coisas criadas pelo homem. O território é o chão mais a 
população, isto é, uma identidade, o fato e o sentimento de 
pertencer àquilo que nos pertence. O território é a base do 
trabalho, da resistência, das trocas materiais e espirituais e da 
vida sobre os quais ele influi. Quando se fala em território, deve-
se, pois, de logo, entender que se está falando em território 
usado, utilizado por uma dada população (SANTOS. 2000. p 96). 
O território, portanto, deve ser compreendido como estruturante no 
processo da Educação Integral, pois é nele que se configuram as relações 
sociais em toda a sua riqueza e diversidade e é a partir dele que surgem os 
temas geradores para se definir o quê e como ensinar. As aprendizagens 
fazem sentido para estudantes e professores, à medida que dialogam com 
questões concretas e localizadas no meio em que vivem, envolvendo os 
distintos atores institucionais e comunitários, e os saberes formais e 
informais. 
Assim, os territórios tornam-se Territórios Educativos, pois também 
educam, constituem-se como espaços de vivência, socialização, expressão 
cultural e de construção e compartilhamento de saberes. Ao reconhecer 
esses saberes e práticas locais, o conceito de Territórios Educativos é 
potencialmente gerador do currículo, pois torna possível relacioná-lo às 
experiências vivenciadas pelos estudantes no território e à busca de 
soluções para os problemas vivenciados pela comunidade. 
 
 
Î Currículo Integrado 
 
 
$�SDODYUD� ³FXUUtFXOR´� WHYH�GLIHUHQWHV�VLJQLILFDGRV�DR� ORQJR�GD�KLVWyULD�
da Educação. 
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Æ Numa perspectiva mais tradicional, significa a lista dos conteúdos a 
serem ensinados. 
Æ Em outras visões como a da Escola Nova, por exemplo, refere-se ao 
conjunto das experiências vividas pelo estudante sob a orientação da 
escola. 
Æ No contexto do tecnicismo, reporta-se aos arranjos necessários para 
compatibilizar os objetivos com os conteúdos e as atividades do 
processo de escolarização. 
Esses significados não são simplesmente substituídos uns pelos outros, 
mas permanecem no imaginário dos professores, até de forma inconsciente 
- o que nos leva à necessidade de refletir sobre suas influências na prática 
pedagógica. 
As ideias mais atuais consideram o currículo não como algo feito, mas 
que se faz ao longo do tempo e é essa concepção que, aqui, adotaremos: o 
currículo como um processo que envolve escolhas, conflitos e acordos, que 
ocorrem em determinados contextos. 
Na perspectiva aqui adotada, o Currículo Integrado é aquele que pode 
e deve ser praticado por todos os atores da comunidade escolar, sejam 
eles gestores, pedagogos, professores da Educação Básica, servidores, 
educadores sociais e demais agentes que atuam na escola, desde que o 
projeto educativo seja amplamente discutido e construído coletivamente 
por todos os atores nele envolvidos. 
Importa dizer que a concepção de Currículo Integrado é aquela que 
visa romper com a fragmentação dos saberes, com a lógica da 
superespecialização que separa, isola e hierarquiza os componente e 
conteúdos curriculares, bem como busca evidenciar as relações existentes 
entre áreas do conhecimento e as variadas disciplinas. Por fim, essa 
perspectiva busca reconectar o conhecimento produzido no contexto 
escolar e os saberes ali compartilhados àqueles experienciados pelos 
estudantes no seu cotidiano, em todos os demais espaços de socialização. 
Lembrar de: interdisciplinaridade e contextualização. 
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Portanto, organizar uma proposta na perspectiva do Currículo 
Integrado significa muito mais que acrescentar novas disciplinas. Significa 
construir uma nova postura pedagógica, que rompa com a estrutura 
fragmentada do currículo, adotando uma abordagem integradora, que 
traga os estudantes para o centro do processo de formação e que conecte 
a sua experiência escolar à experiência social. 
 
Î Intersetorialidade 
 
 
3DUD� YLDELOL]DU� D� SHUVSHFWLYD� GH� ³7HUULWyULRV� (GXFDWLYRV´�� WRUQD-se 
fundamental envolver outros espaços e atores no processo educativo, além 
dos presentes na escola. Dessa forma, é importante o exercício de 
compreender o contexto em que a escola está inserida e estabelecer 
conexões sólidas com os atores presentes no território, para que seja 
possível a articulação entre os distintos saberes, dando concretude à 
concepção de Educação Integral e Integrada. 
A intersetorialidade, de maneira mais ampla, é definida por Junqueira, 
Inojosa e Komatsu (1997) como: 
a articulação de saberes no planejamento, realização e avaliação 
de ações, com o objetivo de alcançar resultados integrados em 
situações complexas, visando um efeito sinérgico de 
desenvolvimento social. Visa promover um impacto positivo nas 
condições de vida da população, num movimento de reversão da 
exclusão social (p. 24). 
A intersetorialidade, nessa perspectiva, pressupõe ações 
sustentadas em rede(s). Para isso é importante investigar: o que 
conectam os sujeitos, espaços, saberes, interesses, demandas, etc. em 
um mesmo território? Ao identificar tais conexões, de que maneira é 
possível potencializá-las e fortalecê-las para que se possam empreender 
ações conjuntas de modo a que a produção do conhecimento seja 
compartilhada e beneficie a todos? 
A atuação em rede constitui-se, assim, como importante aliada no 
processo educativo, pois permite que os diversos atores sociais inseridos 
no território contribuam na construção do conhecimento e, por 
conseguinte, na formação integral de crianças, adolescentes e jovens. De 
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forma mais concreta, esse processo pode se desenvolver por meio de 
parcerias entre a escola e os diferentes atores do território, que trazem 
consigo outras pedagogias que não são contrárias e tampouco concorrentes 
a escolar, mas complementares. 
Além disso, a intersetorialidade, na perspectiva de atuação em rede, 
tende a fortalecer o sistema de proteção social das crianças, 
adolescentes e jovens, cabendo ressaltar que a rede de proteção, conforme 
sustentam Gonçalves e Guará (2010), é muito mais ampla que os espaços 
institucionalizados (públicos e privados) de proteção e garantia de direitos, 
abarcando também os espaços domésticos e comunitários. Dessa forma, 
podem ser inseridos na rede de proteção social: Centro de Saúde, CRAS, 
CREAS e Centros de Convivência Intergeracional, Bibliotecas Públicas, 
Cinemas, Clubes, Grupos e Associações e bairro, coletivos juvenis, 
movimentos sociais, dentre outros atores que, não apenas fortalecem a 
rede de proteção social, mas também contribuem com o processo 
educativo. 
Cabe ressaltar, ainda, que a intersetorialidade deve ser colocada 
em prática a partir de uma intencionalidade, levando em 
consideração uma atuação conjunta tanto no planejamento, quanto 
na realização e na avaliação das ações. Muito mais que atender ao 
mesmo público, uma atuação intersetorial e em rede deve romper com a 
fragmentação e a sobreposição de atividades realizadas por distintos atores 
e instituições, para a mesma população. Os esforços são somados e, 
não, sobrepostos. 
Assim, é fundamental que a comunidade escolar conheça o território e 
a rede local de grupos e instituições que atuam nele, de forma que seja 
possível uma ação conjunta e articulada desses atores, com vistas ao pleno 
desenvolvimento dos estudantes e à garantia integral de seus direitos. 
 
Î Participação e Protagonismo Estudantil 
 
 
Só é possível considerar o estudante na centralidade do processo 
educativo envolvendo-o como protagonista da sua construção. Dessa 
forma, torna-se possível um modelo de educação voltado para as 
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demandas e necessidades do público atendido, fomentando o seu pleno 
desenvolvimento e a construção da convivência pautada no respeito às 
diversidades e às singularidades de cada sujeito. 
Quando o estudante é envolvido na elaboração do projeto educativo, 
suas vivências são valorizadas e apropriadas pelo currículo, de modo que 
as aprendizagens constituídas ganham novos sentidos e significados. Dessa 
forma, aumenta-se o vínculo do estudante com a escola e ele se torna 
corresponsável tanto pelos espaços escolares. 
Além disso, a partir de sua participação, o sujeito desenvolve 
autonomia e senso crítico em relação às diversas esferas da vida, exercita 
a habilidade para o diálogo e potencializa seu poder de argumentação, 
vivenciando, sobretudo, o pleno exercício para a cidadania. 
 
 
Î Gestão Democrática e ParticipativaÉ importante considerar que, dentro da comunidade escolar, todos os 
atores envolvidos são considerados sujeitos ativos do processo educativo, 
pois cumprem papéis fundamentais na execução da política educacional e, 
além disso, contribuem para o desenvolvimento das aprendizagens dos 
estudantes. 
Dessa maneira, junto com os professores, são agentes educadores os 
próprios estudantes, suas famílias, especialistas, diretores e vice-diretores, 
Assistentes Técnicos de Educação Básica (ATB), Auxiliares de Serviços 
Básicos (ASB) e demais servidores da escola; e também o são os variados 
atores presentes no território: lideranças comunitárias, educadores sociais 
e populares, artistas, comunidades tradicionais, entre outros. Todos e cada 
um, se envolvidos no processo de reflexão, construção e execução do 
projeto educativo, podem cumprir um papel significativo no 
desenvolvimento integral dos estudantes. 
Cabe destacar que envolver a comunidade da escola e do seu entorno 
na elaboração da Política Educacional e na tomada de decisões relacionadas 
ao cotidiano escolar é condição primordial para a apresentação de uma 
proposta educativa que considere as peculiaridades do contexto local e as 
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singularidades dos sujeitos. Em outras palavras, para a construção do 
Projeto Político Pedagógico que atenda às necessidades da comunidade 
escolar, é necessário que a gestão seja feita de forma dialogada e 
compartilhada, de modo que todos os atores se sintam representados e 
corresponsáveis pelo projeto educativo. Isso inclui a construção do 
currículo, das normas de convivência, a organização dos tempos e espaços, 
dentre outros aspectos. 
 
POLÍTICA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL E INTEGRADA: OS POLOS DE 
EDUCAÇÃO MÚLTIPLA COMO ESTRATÉGIA INDUTORA 
 
 
 
A proposta educativa dos Polos de Educação Múltipla busca 
promover o desenvolvimento das diversas aprendizagens, capacidades e 
habilidades dos estudantes. 
A partir dos princípios e objetivos da Política de Educação Integral e 
Integrada, foram definidos alguns eixos norteadores que ajudem a localizar 
estrategicamente as atividades, ações, programas e projetos pedagógicos 
que compõem o currículo e também a evidenciar as possíveis relações 
entre esses componentes, de forma que configure um Projeto Pedagógico 
coerente e organizada, superando-se, assim, a fragmentação das ações. 
 
 
Os eixos norteadores das Escolas POLEM 
 
 
A organização do Projeto Pedagógico se orienta a partir de cinco 
eixos norteadores, por sua vez, elaborados com base nos princípios e 
objetivos da Política de Educação Integral e Integrada. São eles: 
1. Direito à Educação Integral: esse é o eixo central da 
proposta educativa aqui apresentada, visto que o foco em 
garantir o direito à aprendizagem perpassa todas as dimensões 
curriculares e, na perspectiva do Currículo Integrado, todas as 
ações pedagógicas cumprem o objetivo de garantir tal direito; 
(conceito de educação integral) 
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2. Gestão Democrática e Participativa: esse eixo, por sua vez, é 
o que oferece a viabilidade para que seja construído o Currículo 
Integrado e para que o Projeto Político Pedagógico da escola 
esteja ancorado nas reais demandas da Comunidade Escolar, 
refletindo as peculiaridades de seus atores e territórios; 
3. Valorização Profissional e do Trabalho Coletivo: a escola 
não se constrói sem que sejam valorizados seus profissionais, 
por meio da melhoria das condições de trabalho, tampouco sem 
o empenho e corresponsabilidade de todas e todos ali presentes. 
Portanto, tal eixo também se torna imprescindível; 
4. Relação da Escola com a Comunidade: o que faz a escola 
existir e ter sentido é a Comunidade na qual ela se insere. Por 
isso, estreitar os laços entre a escola e a comunidade contribui 
sobremaneira para que os vínculos sejam formados e 
consolidados, para que cada sujeito possa se enxergar como 
parte da escola e para que a escola se veja como parte do 
Território; 
5. Protagonismo Estudantil: esse eixo reafirma a importância de 
que os estudantes estejam no centro do processo educativo, 
reconhecendo-se como sujeito da Política Educacional. O 
Protagonismo Estudantil também contribui para que os 
estudantes se corresponsabilizem pelo espaço escolar e pelos 
projetos e atividades que ali se desenvolvem. Acrescenta-se a 
esse eixo a dimensão do Projeto de Vida, que significa dizer que 
o processo de formação integral dos sujeitos remete à 
necessidade de que sejam capazes de elaborar perspectivas de 
vida condizentes com o seu contexto social específico e que 
tenham interface com a construção da sua identidade, forjada a 
partir das suas relações e práticas sociais. Assim, o Projeto de 
Vida é uma estratégia que permite ao indivíduo organizar 
objetivos e prioridades, bem como elencar meios para realizar-
se, tendo em vista os campos de possibilidades que se 
apresentam, podendo ser produzidos e ampliados. 
A proposta de organização por eixos, portanto, não tem a intenção de 
engessar o currículo, ao contrário, visa estabelecer e evidenciar as relações 
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existentes entre os seus componentes e todos os outros elementos que 
configuram o processo educativo. Assim, as escolas poderão se orientar a 
partir desses eixos, ao elaborarem seu Projeto Pedagógico, de forma que 
consigam visualizar que ações, atividades, projetos e programas são mais 
relevantes para a composição do seu currículo, tendo em vista aqueles 
objetivos e princípios que precisem perseguir com maior dedicação. 
 
Os eixos norteadores das Escolas POLEM são: 
 
9 Direito à Educação Integral; 
9 Gestão Democrática e Participativa; 
9 Valorização Profissional e do Trabalho Coletivo; 
9 Relação da Escola com a Comunidade; e 
9 Protagonismo Estudantil. 
 
O Projeto Pedagógico das Escolas POLEM devem ser 
construídos com base nesses eixos. 
 
 
 
 
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Projeto Pedagógico: Currículo Integrado e Territórios Educativos 
 
 
 
O Currículo Integrado dá sustentação ao Projeto Pedagógico construído 
na perspectiva da Educação Integral e Integrada, pois sem a articulação 
entre as áreas do conhecimento, os componentes curriculares, os temas 
transversais, as estratégias metodológicas, os recursos didáticos, as 
práticas e saberes dos sujeitos envolvidos no processo, o contexto da 
comunidade, entre outros aspectos que conformam o currículo, a tarefa de 
promover o desenvolvimento integral dos sujeitos torna-se infecunda. 
A noção de Territórios Educativos, nesse sentido, vem validar essas 
considerações, ao admitir que o Currículo Integrado é aquele que mobiliza 
as práticas e saberes da comunidadee do território. O currículo legitima e 
fortalece o papel educativo dos territórios. Também, aqui, a perspectiva da 
intersetorialidade é fundamental para que haja uma integração efetiva da 
escola com os diversos atores do território, proporcionando além das 
aprendizagens, a proteção social e o acesso a direitos. 
Feitas essas considerações, a concretização e execução do Projeto 
Pedagógico ancorada nesses dois elementos (currículo integrado e 
território educativo) se dará a partir da oferta articulada de atividades 
pedagógicas distribuídas em quatro Campos de Integração 
Curricular (Cultura e Artes, Esporte e Saúde, Ciência, Tecnologia e 
Empreendedorismo, Ações de promoção ao desenvolvimento da 
aprendizagem) e das Ações, Programas e Projetos que a escola já 
oferta. 
 
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a) Campos de Integração Curricular 
 
 
 
Segundo o Documento Orientador da Educação Integral e Integrada no 
Ensino Médio (2017, p.10): 
 
Um campo de Integração Curricular se configura na ação 
curricular, na qual se desenvolvem atividades interativas, 
integradas e integradoras dos conhecimentos e saberes, dos 
tempos, dos espaços e dos sujeitos envolvidos na ação 
educacional. Constitui-se como um eixo, a partir do qual se torna 
possível superar a fragmentação e a hierarquização dos saberes. 
Permite, portanto, a articulação entre formas disciplinares e não 
disciplinares de organização do conhecimento e favorece a 
diversificação de arranjos curriculares, com vistas a produzir 
maior diálogo e interação dos saberes locais, as áreas do 
conhecimento e os componentes curriculares. 
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Desse modo, os Campos de Integração Curricular cumprem importante 
papel para conectar conteúdos, componentes curriculares e áreas do 
conhecimento entre si, e estes aos tempos, aos espaços, aos saberes da 
comunidade e às práticas e metodologias, corroborando para que todos os 
atores envolvidos possam participar ativamente do processo de construção 
do conhecimento, com criticidade e autonomia. 
Além disso, a integração curricular, a partir desses campos, endossa 
os quatro pilares da Educação para o século XXI, segundo a 
Comissão Internacional sobre Educação da UNESCO: 
aprender a conhecer, 
aprender a ser, 
aprender a fazer e 
aprender a conviver, 
fundamentais à plena aprendizagem e ao desenvolvimento dos 
estudantes de forma integral. 
Algumas possibilidades de atividades a serem ofertadas: 
 
 
Î Cultura e Artes: bandas, canto coral, música na escola, 
artesanato popular, capoeira, práticas circenses, teatro e 
percussão; 
Î Esporte e Saúde: atletismo, futsal, voleibol, xadrez, tênis de 
mesa, judô e brinquedoteca; 
Î Ciência, tecnologia e empreendedorismo: Iniciação 
Científica, Meu Primeiro Negócio, Rede de Educação Profissional 
e Rede UAITEC; 
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Î Desenvolvimento das aprendizagens: acompanhamento 
pedagógico, metodologia diferenciada para estudantes em 
distorção idade-ano, apoio pedagógico de Língua Portuguesa e 
Matemática e Sala de Recursos para alunos da Educação 
Especial. 
As atividades distribuídas nos quatro Campos de Integração Curricular 
serão definidas pela escola a partir da demanda apontada pelos estudantes 
e as possibilidades de oferta de cada tipo de atividade. Essas atividades 
farão parte do Currículo da escola e serão estratégicas para a consolidação 
das aprendizagens, habilidades e competências de cada sujeito. 
 
 
b) Ações, programas e projetos articulados ao Currículo e ao 
Território 
 
Levando em consideração os eixos mencionados e os objetivos desta 
Política, foram identificadas ações, programas e projetos que, em maior ou 
menor intensidade, contribuam para a promoção do desenvolvimento das 
aprendizagens dos estudantes e para a sua formação integral, quais sejam: 
a Educação Profissional; o Programa de Convivência Democrática; o 
Programa Escola Aberta; os Campos de Integração Curricular; e as ações 
voltadas à Diversidade e Inclusão, ao fomento à Participação Estudantil; e 
ao desenvolvimento adequado dos Sistemas de Informação nos Territórios 
Educativos. 
 
 
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A elaboração e execução do Projeto Pedagógico, mais que criar novas 
linhas de atuação, impõe a necessidade estratégica de organizar e articular 
as ações já existentes, de forma a potencializar seu impacto no 
desenvolvimento integral. A proposta dos Polos de Educação Múltipla, 
desta forma, é superar a fragmentação das ações, com o propósito 
de convergir e somar esforços para uma Política Educativa que, 
efetivamente, contribua para o desenvolvimento integral dos 
estudantes. 
Portanto, as escolas POLEM são uma estratégia indutora da Educação 
Integral e Integrada, que busca reunir: 
 
Condições favoráveis à ampliação do atendimento na Educação 
Integral e Integrada, na perspectiva de promover o 
desenvolvimento integral e a proteção social dos estudantes, por 
meio da articulação entre as ações, programas, projetos e 
atividades pedagógicas já ofertadas pelas escolas e do 
fortalecimento da integração com o território e a comunidade. 
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Todas essas iniciativas convergem para a efetivação do 
desenvolvimento e formação integrais dos sujeitos, bem como garantir a 
sua proteção social, uma vez que estas ações são potencialmente 
articuladoras da intersetorialidade e da atuação em rede, ao provocarem 
que as atividades sejam implantadas envolvendo outras instituições, seja 
do setor público ou privado e com os diversos atores da Comunidade e dos 
Territórios Educativos. Assim, tanto mais amplas forem tais articulações, 
mais significativos tenderão a ser seus impactos. 
Guarde! 
A proposta dos Polos de Educação Múltipla é superar a 
fragmentação das ações, com o propósito de convergir e somar 
esforços para uma Política Educativa que, efetivamente, contribua 
para o desenvolvimento integral dos estudantes. 
 
 
 
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES TRAZIDAS PELO DOCUMENTO DE 
DIVULGAÇÃO DA POLÍTICA 
 
 
 
As orientações do Documento sobre a Política de Educação Integral e 
Integrada e Implementação dos Polos de Educação Múltipla em Minas 
Gerais visam nortear as escolas no processo de reorientação curricular para 
a consolidação e ampliação da oferta de Educação Integral no Estado. 
Porém, o documento deixa claro que essasOrientações não pretendem 
esgotar a discussão, mas oferecer um ponto de partida para que cada 
escola possa, junto à sua comunidade, construir seu Projeto pedagógico, de 
forma que atenda às reais demandas do seu território. 
Uma vez que se consolide a oferta da Educação Integral e Integrada, 
Minas Gerais haverá aproximação da Meta 6 do PNE e uma avanço no 
cumprimento dos objetivos de oferecer educação pública, gratuita e de 
qualidade social; de melhorar o desempenho de todos os estudantes; de 
promover a redução da evasão e do abandono escolar; de ampliar os 
tempos e espaços de formação; e de aproximar a escola da comunidade. 
 
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Atenção! 
A Resolução SEE Nº 2.197, DE 26 de outubro de 2012, que dispõe sobre 
a organização e o funcionamento do ensino nas Escolas Estaduais de 
Educação Básica de Minas Gerais e dá outras providências, estabelece no 
título VII orientações para a Educação em tempo Integral: 
TÍTULO VII 
DA EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL 
Art. 84 A Educação em Tempo Integral tem por finalidade ampliar a 
jornada escolar, os espaços educativos, a quantidade e a qualidade do 
tempo diário de escolarização. 
Parágrafo único. A jornada escolar ampliada deve ter a duração mínima 
de 3 (três) horas diárias durante todo o ano letivo e contemplar a 
formação além da Escola, com a participação da família e da 
comunidade. 
Art. 85 As atividades da jornada ampliada podem ser desenvolvidas 
dentro do espaço escolar, conforme a disponibilidade da Escola, ou fora 
dele, em espaços distintos da cidade ou do entorno em que está situada 
a unidade escolar, mediante as parcerias estabelecidas. 
Art. 86 A composição curricular da Educação em Tempo Integral deve ser 
organizada contemplando os seguintes campos de conhecimento: 
I - Acompanhamento Pedagógico; 
II - Cultura e Arte; 
III - Esporte e Lazer; 
IV - Cibercultura; 
V - Segurança Alimentar Nutricional; 
VI - Educação Socioambiental; 
VII - Direitos Humanos e Cidadania. 
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Parágrafo único. Os campos de conhecimento da Educação em Tempo 
Integral devem estar integrados aos Componentes Curriculares das áreas 
de conhecimento do Ensino Fundamental e Médio. 
 
 
Este Decreto é muito importante! Preste atenção! 
 
DECRETO 47227, DE 02/08/2017 
Dispõe sobre a Educação Integral e Integrada na rede de ensino 
pública do Estado. 
O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de 
atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90 da Constituição do 
Estado e tendo em vista o disposto nos arts. 205, 206 e 208 da 
Constituição Federal, na Lei (*) nº 8.069, de 13 de julho de 1990, na Lei 
Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, no Decreto (*) nº 7.083, de 
27 de janeiro de 2010, na Lei Federal nº 13.005, de 25 de junho de 2014, 
e na Lei (*) nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, 
DECRETA: 
Art. 1º ± A Educação Integral e Integrada visa a assegurar o acesso 
e a permanência dos estudantes na educação básica, com a melhoria 
da qualidade do ensino e o respeito à diversidade, garantindo-se as 
condições necessárias ao desenvolvimento dos diversos saberes e 
habilidades pelos estudantes e a ampliação da oferta da jornada em tempo 
integral, em consonância com as metas estabelecidas no Plano Nacional de 
Educação. 
§ 1º ± A educação básica em tempo integral assegurará a jornada 
escolar com duração igual ou superior a sete horas diárias ou trinta e 
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cinco horas semanais, durante todo o período letivo, compreendendo o 
tempo total em que os estudantes permanecerem na escola ou em outros 
espaços educacionais, em atividades educativas. 
§ 2º ± A Secretaria de Estado de Educação ± SEE ± tomará as 
providências para a ampliação gradativa da Educação Integral e 
Integrada na rede de ensino pública estadual, considerando as metas 
estabelecidas no Plano Nacional de Educação e nos demais 
instrumentos legais e as condições de oferta e demanda apresentadas no 
Plano de Atendimento Escolar. 
Art. 2º ± São princípios da Educação Integral e Integrada: 
I ± igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II ± liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o 
pensamento, a arte e o saber; 
III ± pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
IV ± respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V ± valorização do profissional da educação; 
VI ± gestão democrática do ensino público; 
VII ± valorização da experiência extraescolar; 
VIII ± vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas 
sociais; 
IX ± consideração com a diversidade étnico-racial. 
Art. 3º ± São objetivos da Educação Integral e Integrada: 
I ± contribuir para a formação integral de crianças, adolescentes e 
jovens da rede de ensino pública do Estado; 
II ± possibilitar a articulação de ações, projetos e programas e suas 
contribuições às propostas, às visões e às práticas curriculares, 
alterando o ambiente escolar; 
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III ± ampliar a oferta de saberes, métodos, processos e conteúdos 
educativos em outros espaços socioculturais, no contraturno escolar; 
IV ± incluir os campos das artes, cultura, esporte, lazer, mobilizando-
os para a melhoria do desempenho educacional e o cultivo de relações 
entre professores, alunos e suas comunidades; 
V ± incentivar o retorno de jovens e adolescentes ao sistema escolar, 
contribuindo para a elevação da escolaridade; 
VI ± fortalecer a rede de educação profissional, com vistas ao aumento 
da escolarização e à melhoria da qualidade da formação do jovem e 
adulto trabalhador, tendo como centralidade o estudante e 
considerando como dimensões indissociáveis o trabalho, a ciência, a 
cultura e a tecnologia; 
VII ± garantir a proteção social e a formação para a cidadania, 
incluindo perspectivas temáticas dos direitos humanos, consciência 
ambiental, novas tecnologias, comunicação social, saúde e consciência 
corporal, segurança alimentar e nutricional, convivência e democracia, 
compartilhamento comunitário e a dinâmica de redes; 
VIII ± contribuir para a redução da evasão, reprovação, distorção 
idade ± série, mediante a implementação de ações pedagógicas para 
melhoria de condições para o rendimento e aproveitamento escolares; 
IX ± oferecer atendimento educacional especializado às crianças, 
adolescentes e jovens com necessidades educacionais especiais, 
integrando à proposta curricular das escolas de ensino regular o 
convívio com a diversidade de expressões e linguagens corporais, 
incluindo ações de acessibilidade voltadas àqueles com deficiência ou 
com mobilidade reduzida; 
X ± prevenir e combater o trabalho infantil, a exploração sexual e 
outras formas de violência

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