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História do Brasil ESTRUTURA POLÍTICA DO PERÍODO REGENCIAL 1 Sumário Introdução .................................................................................................................................... 2 Objetivo......................................................................................................................................... 2 1. A estrutura política do Período Regencial ............................................................................ 2 1.1 As Regências estrutura política do Período Regencial ......................................................... 2 1.2 Os grupos políticos do Período Regencial ........................................................................... 3 Exercícios ...................................................................................................................................... 4 Gabarito ........................................................................................................................................ 4 Resumo ......................................................................................................................................... 5 2 Introdução Nesta aula estudaremos o Período Regencial nos aspectos referentes às divergências políticas entre progressistas e regressistas. O Período Regencial pode ser entendido como o principal momento em que o país abre discussão acerca da unidade territorial e dos rumos que a nação tomava dentro daquela conjuntura política. A abdicação de D. Pedro I deixou de certa forma um vazio político, pois o herdeiro do trono, Pedro de Alcântara tinha apenas cinco anos e estava impossibilitado de ocupar o cargo deixado pelo pai segundo as leis constitucionais. Sendo assim, houve disputas entre grupos políticos para decidir quem ficaria no poder até a maioridade do jovem Imperador, somando as instabilidades decorrentes das revoltas separatistas que tomaram conta do país, colocaram o Brasil num de seus mais intensos momentos históricos. Objetivos • Analisar o contexto político do período Regencial no Brasil; • Compreender as divergências entre progressistas e regressistas. 1. A estrutura política do Período Regencial 1.1 As Regências Diante da abdicação de D. Pedro I, o trono brasileiro ficou vago, uma vez que nenhum membro da família real possuía os atributos compatíveis determinados pela constituição para assumir a posição de imperador. Segundo a constituição de 1824, o trono deveria ser ocupado pelo filho mais velho com idade superior a 18 anos, caso isso não fosse possível outro membro mais próximo na linha sucessória maior de 25 anos assumiria o cargo temporariamente até que o sucessor direto completasse a idade prevista pela constituição. Caso nenhum dos preceitos estabelecidos legalmente fosse cumpridos, o documento previa a instalação do sistema de regência, onde o parlamento definiria os ocupantes do cargo. Assim sendo como não havia nenhum membro da família real apto a ocupar o cargo foi necessário então estabelecer o sistema de regência como previsto na lei, dessa forma se iniciou o período denominado na história do Brasil como período regencial. 3 Durante os nove anos de existência o período regencial foi divididos em três momentos, fruto das disputas políticas dos grupos hegemônicos presentes no período. Os momentos em questão foram: • Regência Trina Provisória (abril/junho de 1831); • Regência Trina Permanente (junho de 1831/ 07 de abril de 1350); • Regência Una (07 de abril de 1835/23 de julho de 1840). 1.2 Os grupos políticos do período regencial Mesmo não configurando partidos como entendemos na atualidade, existiam tendências políticas que disputavam o poder e, principalmente discutiam sob ponto de vista diferentes caminhos que o Brasil deveria tomar e como seria o país na ocasião da posse de Pedro II, entre elas destacamos: • Restauradores ou Caramurus; • Liberais moderados ou Chimangos; • Liberais exaltados ou Jururubas. Esses três grupos representavam basicamente os ideais das elites brasileiras, cada qual defendendo o seu interesse, os grupos citados representavam respectivamente os comerciantes portugueses e funcionários públicos; aristocracia rural; e camadas médias e algumas aristocracias rurais de diferentes regiões. As ideias que diferenciavam tais grupos giravam em torno do regime monárquico, onde os restauradores defendiam a necessidade do retorno de D. Pedro I como solução para o país, os liberais entendia que o sistema baseado na constituição seria a melhor e mais coerente opção, já os exaltados ansiavam por uma monarquia federalista onde as províncias tivessem mais autonomia em relação ao poder central. Essa disputa política gerou grande instabilidade política dentro do período, sem uma figura central, o poder foi se alternando entre os grupos, e a cada nova gestão um novo caminho era definido, e todos os avanços realizados pelo antigo governo acabavam sendo deixada para trás. Nesse contexto a disputa acabou centralizada em dois grupos: os regressistas e os progressistas. Um desejando maior centralização do poder e o outro mais autonomia. Ficava assim estabelecido um antagonismo que se fará presente durante todo o período regencial. 4 Exercícios 1.(Autor-2019) Que grupos políticos se destacaram durante o período regencial brasileiro? 2.(MACKENZIE) Do ponto de vista político podemos considerar o período regencial como: a) uma época conturbada politicamente, embora sem lutas separatistas que comprometessem a unidade do país. b) um período em que as reivindicações populares, como direito de voto, abolição da escravidão e descentralização política foram amplamente atendidas. c) uma transição para o regime republicano que se instalou no país a partir de 1840. d) uma fase extremamente agitada com crises e revoltas em várias províncias, geradas pelas contradições das elites, classe média e camadas populares. e) uma etapa marcada pela estabilidade política, já que a oposição ao imperador Pedro I aproximou os vários segmentos sociais, facilitando as alianças na regência. 3.(Autor - 2019) Dentre as diversas divergências entre os grupos políticos do período regencial, qual era o único ponto de convergência entre os grupos? Gabarito 1. Restauradores, Liberais moderados e liberais exaltados. 2. d). Neste aspecto temos muitas revoltas em várias regiões do país, sendo assim existia claro uma instabilidade e grande disputa da elite em relação à classe mais pobre, gerando assim inúmeras crises e também muitos conflitos. 3. A única ideia convergente entre os grupos era sobre o regime monárquico. 5 Resumo Nesta aula vimos a estrutura política do período regencial e as divergências entre os diversos grupos políticos em disputa pelo poder após a abdicação do trono por D. Pedro I e a impossibilidade de seu sucessor assumir imediatamente o trono. Centralização ou autonomia política foi o principal ponto de divergência entre os grupos, buscava-se uma alternativa para a monarquia brasileira. Essas disputas políticas acabaram gerando uma intensa instabilidade política durante os 9 anos em que as regências se fizeram presente no Estado brasileiro. 6 Referências bibliográficas Andrade, Manuel Correia de Oliveira. Movimentos popularesno Nordeste no período regencial. Recife: Fundação Joaquim Nabuco,1989 (Série Memória da República). Basile, Marcello. O laboratório da nação: a era regencial (1831-1840). In: Keila Grinberg e Ricardo Salles.O Brasil Imperial, volume II: 1831-1870. Rio de Janeiro: Civilização, 2009. FAZOLI FILHO, Arnaldo. O Período Regencial. São Paulo: Ática, 1981. (Princípios).
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