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O SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO JANUARIO MONTONE Vamos mostrar os desafios da saúde nos municípios • Como o sistema de saúde brasileiro se organiza • Qual o papel do município no SUS (Sistema Único de Saúde) • Como se organiza a rede municipal de saúde • Casos de sucesso • Santos: redução da mortalidade infantil e materna • São Paulo: gerenciamento de hospital municipal pelo Sírio Libanês Como os brasileiros avaliam a saúde Saúde está entre os três principais problemas apontados pelos brasileiros em todas as pesquisas Como os brasileiros avaliam a saúde: Em todos os estados Saúde é o problema mais citado pelos eleitores Resultados: expectativa de vida e mortalidade infantil Fontes: IBGE, OCDE(2013) Expectativa de vida Brasil: 76 anos OCDE: 80,5 anos CMI Brasil: 12,8 OCDE: 3,8 SUS: criação e impactos (universalidade) 1920 a 1960 •Caixas de aposentadorias e pensões por empresa • Institutos de Aposentadorias e Pensões por categoria profissional (1933) 1960 a 1980 •Planos de Saúde (Abramge em 1966) •1967 - Criação do INPS •1975 – Criação do INAMPS •Movimento da Reforma Sanitária 1980 a 2000 •1988 – Constituição e criação do SUS •1990 – Lei Orgânica da Saúde •1998 – Lei Geral dos Planos de Saúde •2000 – EC 29 (vinculação de recursos para a Saúde) • INAMPS: carteira assinada • SUS: todos os brasileiros e residentes Universalização • Centralizado na União • Entrega nos estados e municípios Descentralização • Integral pela União • União, Estados e Municípios Financiamento • Incipiente/InexistenteParticipação Social DESAFIOS DA IMPLANTAÇÃO DO SUS Nosso sistema de saúde: publico e privado SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) 207,7 milhões 42,5 milhões(*) VIGILÂNCIA EM SAÚDE (Sanitária, Epidemiológica e Ambiental) ASSISTÊNCIA À SAÚDE ASSISTÊNCIA À SAÚDE SAÚDE SUPLEMENTAR SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE (*) população atendida = 90% dos beneficiários; critério do autor Quantas pessoas na sua cidade tem planos de saúde? Consulte: http://www.ans.gov.br/anstabnet/cgi- bin/dh?dados/tabnet_02.def ORÇAMENTO PÚBLICO NACIONAL (2018) – R$ 280,9 bilhões - R$ 1.347,06 per capita RECEITA OPERADORAS (2018) – R$ 208,8 bilhões – R$ 4.418,70 per capita R$ 1.692,35/per capita – SUS Dependente Como o SUS se organiza Financiamento pelas 3 esferas de governo ESTRUTURA NORMATIVA COM PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE UNIÃO 130,47 46,5% ESTADOS(DF) 66,25 23,6% MUNICÍPIOS 84,13 30,0% TOTAL 280,86 100,0% em Bilhões de Reais GASTOS NACIONAIS DO SUS (2018) Alta Complexidade Média Complexidade Atenção Básica MUNICÍPIO ESTADO NÍVEIS DE ATENÇÃO Falso dilema: mais recursos ou mais gestão •Mais recursos e mais gestão • Gastamos pouco e gastamos mal • Expansão de recursos está comprometida nos próximos anos • Fragilidade da economia • Desemprego • Teto de Gastos da União (14,51%) • Estados (12,99%) • Municípios (22,93%) MELHORAR A GESTÃO! Integração publico privado (falaremos mais) • Participação do setor privado sempre foi e é relevante no sistema púbico brasileiro seja como provedor de serviços, seja como parceiro • Principais modelos de participação da iniciativa privada: • Provedor de serviços e/ou insumos(contratação/licitação) • PPP – Parceria Público-Privada (Lei No. 11.079/2004 ) • Contrato de Gestão com Organizações Sociais sem fins lucrativos (modelo da Lei No. 9.637/98) • Termo de Fomento e Termo de Colaboração (antigo convênio) – Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC) – Lei No. 13.019/2014 44% dos leitos do SUS são privados Histórico • Antes da Constituição de 88 os municípios tinham pouca participação na área da saúde • A partir dos anos 1970 essa realidade se altera nas grandes cidades que começam a organizar sistema próprios incentivados pelo Movimento da Reforma Sanitária • O INAMPS era federal, ligado ao Ministério da Previdência Social e contratava do setor privado a maioria dos serviços, em especial de média e alta complexidade • O INAMPS só atendia os trabalhadores com carteira assinada e suas famílias • O Ministério da Saúde cuidava dos programas de saúde coletiva, como combate d endemias (dengue, malária e outros) e vacinação • Foi criado o Sistema Único de Saúde de responsabilidade da União, dos Estados e dos Municípios • Todos os brasileiros e residentes tem direito ao SUS • O INAMPS foi extinto e sua estrutura transferida para o Ministério da Saúde e depois para Estados e Municípios • Os municípios também ficaram obrigados a investir recursos próprios no SUS • A EC 29/2000 exige investimentos de no mínimo 15% da receita própria ANTES DA CONSTITUIÇÃO DE 88 DEPOIS DA CONSTITUIÇÃO DE 88 Atribuições das três esferas de governo no SUS OS MUNICÍPIOS SÃO RESPONSÁVEIS PELA MAIORIA DAS ENTREGAS DO SUS AOS CIDADÃOS. SÃO RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO DAS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE COM RECURSOS PRÓPRIOS (15% NO MÍNIMO) E AQUELES REPASSADOS PELO ESTADO E MINISTÉRIO DA SAÚDE. OS SERVIÇOS SÃO PRESTADOS DIRETAMENTE OU COMPLEMENTADOS POR PROVEDORES PRIVADOS. O MINISTÉRIO DA SAÚDE É O PRINCIPAL FINANCIADOR DO SUS. ELE FORMULA AS POLÍTICAS NACIONAIS DE SAÚDE, ELABORAR AS NORMAS, SISTEMATIZAR AS INFROMAÇÕES, MAS ELE NÃO EXECUTA AS AÇÕES. ESSA EXECUÇÃO É FEITA POR ESTADOS, MUNICÍPIOS E PARCEIROS (FUNAÇÕES, ORGANIZAÇÕES SOCIAIS, EMPRESAS, ETC. AS SECRETARIAS ESTADUAIS DE SAÚDE SÃO RESPONSÁVEIS PELA ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO À SAÚDE, COORDENANDO E PLANEJANDO O SUS EM NÍVEL ESTADUAL. ELAS APLICAM RECURSOS PRÓPRIOS (12% NO MÍNIMO) E OS REPASSES DA UNIÃO. SUA MAIOR ONTRIBUIÇÃO AOS MUNICÍPIOS SE DÁ PELA PRESTAÇÃ DE SERVIÇOS COMO HOSPITAIS E AMBULATÓRIOS E MENOS EM TRANSFERÊNCIA DIRTA DE RECURSOS. Fonte: http://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude/responsabilidade-dos-entes Atribuições dos Municípios - Vigilância em Saúde (Vigilância Sanitária) • Vigilância Epidemiológica • Vigilância de Produtos e Serviços de Interesse da Saúde • Vigilância Ambiental • Controle de Zoonoses • Coleta e sistematização de Informações em Vigilância em Saúde • Saúde do Trabalhador Atribuições dos Municípios - Assistência à Saúde Alta Complexidade Média Complexidade Atenção Básica MUNICÍPIO ESTADO NÍVEIS DE ATENÇÃO (consultas e exames simples) (exames de imagem e atendimentos complexos) (procedimentos de maior custo) PSF UBS Exames (SADT) Medicamentos Ambulatórios Especialidade Exames (SADT) Medicamentos Exames (SADT) Medicamentos UPA’s Pronto Socorros Pronto Socorros SAMU RESGATE Hospitais Gerais Hospitais Gerais Hospitais Especializados MUNICÍPIO ESTADO Atribuições dos Municípios - Assistência à Saúde Articulação Institucional Secretaria Estadual de Saúde + Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde Ministério da Saúde + Conselho Nacional dos Secretários Estaduais e Municipais - CONASS e CONASEMS (CIT) Comissão Intergestores Tripartite (CIB) Comissão Intergestores Bipartite (1) (CIB) Comissão Intergestores Bipartite (n) OPERACIONAL CIT – Comissão Intergestores Tripartite (21) (7) Ministério da Saúde (7) Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (7) Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde CIB – Comissão Intergestores Estadual Secretaria Estadual de Saúde Conselho dos Secretários Municipais de Saúde # aprova as normas de implantação das políticas nacionais de saúde e a distribuição dos recursos # define tetos estaduais e municipais Desafios do financiamento e da gestão do SUS• Limite para expansão do gasto exige maior gerenciamento de receitas e despesas e aperfeiçoamentos na gestão • Receitas • Faturamento SUS (habilitação e registro) • Emendas parlamentares • Despesas • Gerenciamento contínuo • Gestão • Gestão de saúde populacional • Ganhos de produtividade (força de trabalho) • Novos modelos de prestação de serviços • Modelo de gestão - parcerias com organizações sociais sem fins lucrativos (Contratos de Gestão e Termos de Colaboração) Melhorar a gestão: encontrar maneiras de fazer mais e melhor com o que já se tem e com o que se conseguir de R$ novo • Melhorar a qualidade do gasto • Novos recursos exclusivamente para novas soluções! • Ativismo Governamental • O mantado 2021/2024 terá apenas 1.013 dias úteis! • Aproveite cada dia! ATIVISMO GOVERNAMENTAL Trabalho As coisas não acontecem do nada, elas resultam de muito esforço e dedicação. Competência Saber fazer, saber transformar idéias em realidades. Austeridade É preciso fazer valer cada real do dinheiro público. Criatividade A busca incessante de novas soluções para novos e velhos problemas. Parceria Não reinventar a roda nem insistir em fazer o que outros podem fazer melhor. OBRIGADO! Januario Montone jmontone@fipe.org.br
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