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1/10 CURSO: DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS - 2018 Nº 04 DATA: 02/03/2018 DISCIPLINA: Constitucional PROFESSORA: Renata Abreu MONITORA: Leila Cristina AULA: 01/15 Conteúdo Estrutura da CF/88 ............................................................................................................................................ 1 Normas constitucionais originárias e derivadas ............................................................................................ 2 Aplicabilidade as normas constitucionais .......................................................................................................... 3 Poder constituinte .............................................................................................................................................. 4 Dinâmica constitucional ..................................................................................................................................... 8 Estrutura da CF/88 A constituição é dividida em três partes: Preambulo - Teorias: 1ª corrente: Majoritária - Teoria da irrelevância jurídica: preâmbulo não tem força normativa. Não é norma constitucional. Havendo um ato normativo qualquer, que viole o preâmbulo não será possível o controle de constitucionalidade, pois o preâmbulo não tem força normativa, não servindo, portanto, de parâmetro para o controle de constitucionalidade. O preâmbulo faz parte do campo político, e não do direito – A ADI 2076 analisou a expressão “sobre a proteção de Deus” (descrito no preâmbulo), pois uma constituição Estadual não havia reproduzido tal termo, e o STF entendeu que o preâmbulo não norma de reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais. 2ª corrente: Relevância jurídica direta: o preâmbulo deve ser obedecido como qualquer outra norma prevista na CF. 3º corrente Relevância jurídica indireta: o Preâmbulo não tem força normativa, mas serve como vetor de interpretação. 2/10 Parte dogmática – art. 1º a 250 Parte transitória – art. 1º a 100 ADCT No Brasil quando se fala em parâmetro para o controle de constitucionalidade, liga-se a ideia de bloco de constitucionalidade, que por sua vez tem conceito restritivo (normas que estão dentro do corpo constitucional, que podem ser implícitas ou explicitas). Exemplo: uma Lei que modifique o preceito secundário do crime de estupro de vulnerável, tornando-o crime de menor potencial a ser julgado no JECRIM, pode-se dizer que é tal lei viola o princípio da proporcionalidade. O bloco de constitucionalidade engloba as normas constitucionais implícitas e explícitas (regras e princípios). Os tratados internacionais que forem incorporados em nosso ordenamento jurídico com votação em cada casa do Congresso, em 2 turnos de votação, por 3/5 dos votos, art. 5º § 3º da CR, equivalem a Emendas Constitucionais (norma constitucional derivada). Art. 5º (...) § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. Normas constitucionais originárias e derivadas Normas constitucionais originais: escritas pelo poder constituinte originário, fazem parte da redação original da CF. Possuem uma presunção absoluta de constitucionalidade, pois não existe hierarquia entre normas originárias, e o Brasil não adotou a teoria das normas constitucionais inconstitucionais. No art. 45 §1º (original) traz que o número de deputados federais será proporcional a população dos estados, de modo que nenhum estado tenha o mínimo de 8 e máximo de 70. Os estados que têm menor população (Acre, Amapá etc) têm 8 deputados federais e o maior, São Paulo têm 70 deputados (o número de deputados comparado a população é desproporcional) No Art. 19, III, dispõe sobre o federalismo - não pode haver criação de preferência entre entes federativos, porém a norma anterior (art. 45) criou preferência para o Acre e desprestigiou São Paulo em relação ao número de Deputados Federais. Pode dizer que tal norma é inconstitucional? NÃO, pois não há hierarquia entre normas constitucional, ambas são normas originárias – tem presunção absoluta de constitucionalidade. O caso acima deve ser resolvido com Hermenêutica. Normas constitucionais em sentido formal. Possuem uma roupagem constitucional. São dotadas de supremacia – formalmente constitucionais – servem de parâmetro para o controle de constitucionalidade. 3/10 Normas constitucionais derivadas: fruto do trabalho do poder constituinte derivado reformador, que fazem alterações no texto da constituição (alterações textuais), através de emendas. Possuem presunção meramente relativa de constitucionalidade. Obs.: Uma emenda constitucional pode ser objeto de controle de constitucionalidade? Pode, pois é norma derivada, a presunção de constitucionalidade é relativa. Uma PEC pode ser objeto de controle de constitucionalidade ainda no curso do processo legislativo? Sim, através de mandado de segurança – controle preventivo. O MS é proposto por parlamentares no STF. Direito líquido é certo ao devido processo legislativo. Aplicabilidade das normas constitucionais 1. Teoria Americana – T. Cooley: Dividia as normas constitucionais em: a. Self executing provisions: normas constitucionais autoexecutáveis, aplicáveis. b. Not self executing provisions: normas não autoexecutáveis, só produziam efeitos jurídicos se devidamente regulamenta pelo poder público. Jose Afonso da Silva criticou estas teorias e elaborou a sua. 2. Teoria Brasileira – José Afonso da Silva Segundo o autor, não existe norma constitucional, que não seja capaz de produzir algum efeito jurídico – todas as normas são capazes de ter eficácia jurídica. Toda norma é capaz de produzir algum efeito jurídico em maior ou menor grau. A classificação do autor refere- se aos graus de produção de efeito jurídico. Toda norma será capaz de produzir no mínimo dois efeitos jurídicos, quais sejam, revogar o ordenamento anterior e condicionar o legislador a produzir normas compatíveis com a constituição. Compreendendo os termos Aplicabilidade: qualidade do que é aplicável, em sentido jurídico, é quando se pode aplicar uma norma. Para aplicação de uma norma é preciso percorrer três requisitos: Vigência – existência jurídica da norma; (revogação acaba com a vigência); Validade – compatibilidade da norma com a constituição; (o que acaba com a validade é a declaração de inconstitucionalidade); Eficácia – eficácia jurídica – capacidade de produção de efeitos jurídicos. Eficácia jurídica x eficácia social (efetividade): eficácia social trata-se de materialização no mundo real dos preceitos normativos (materializado no meio da sociedade), exemplo: Lei de Contravenções penais tem uma baixa eficácia social, já a “Lei Seca” tem alta 4/10 eficácia social – é a aproximação do dever ser normativo (escrito no papel) com o ser da realidade social. Direta Normas de eficácia plena - aplicabilidade: imediata Integral Direta Normas de eficácia Contida – aplicabilidade: imediata indireta Normas de eficácia Limitada – aplicabilidade mediata Questão: as normas constitucionais de eficácia limitada quando não sofrem regulamentação por parte do poder público, não são capazes de produzir efeitos jurídicos. Afirmativa Errada. Não produzemplenamente os efeitos, mas produzem os dois - revogar o ordenamento anterior e condicionar o legislador a produzir normas compatíveis com a constituição. Duas espécies de normas constitucionais de eficácia limitada: Princípio institutivo: que estabelece sistemas gerais de organização, de entidades, órgãos, instituições, direito de greve, territórios, organização do MP; Princípio programático: estabelecem objetivos, metas, programas a serem perseguidos pelo estado brasileiro - (a saúde é direito de todos). Obs: a constituição que contém em seu bojo, muitas normas programáticas é denominada constituição dirigente, que se volta para o futuro, expressa objetivos a serem alcançados. Poder constituinte 1. Poder constituinte originário: aquele poder responsável por elaborar as constituições, representa um rompimento com as ordens constituintes anteriores. A CF prevê um direito, mas o exercício depende de regulamentação por parte do poder público – exemplo greve do servidor público. art. 5º XIII liberdade profissional. Aplicabilidade direta, mas possivelmente não integral, pois pode haver restrição por meio de lei. Não depende de atuação do poder público para regulamentar – ex: art 2º CR. 5/10 O poder constituinte pode ser Fundacional: é o responsável pela elaboração da primeira constituição de um estado. Exemplo: após o movimento de uma colonização elabora-se a constituição. Pós-fundacional: é responsável pela elaboração das demais constituições do estado; e a cada constituição representa um rompimento com a ordem jurídica anterior, a cada constituição inaugura-se uma nova ordem jurídica. O Pode constituinte originário pode ser ainda, Material: conjunto de forças política e sociais, que vai eleger as matérias mais importantes para aquela sociedade. Formal: é aquele que vai pegar as matérias escolhidas pelo poder constituinte material e trazer para dentro da constituição – o formal é responsável pela formalização da constituição. O poder constituinte material diz o que é constitucional, e o formal dá a roupagem constitucional. Titularidade O povo é o titular do poder constituinte originário. Para a doutrina clássica: Emmanuel Siyès – “O que é o terceiro Estado”, nessa obra ele dizia que o titular do poder era a nação (conceito que interessa a sociologia – conjunto de pessoas ligadas por laços de tradição, cultura etc). Titularidade x exercício O exercício pode ser: Democrático indireto em assembleia nacional constituinte. O povo escolhe os representantes que formam a assembleia e escrevem a constituição em seu nome (povo). Autocrático: processo de outorga, é uma constituição sem legitimidade popular, não tem participação do povo. Características do poder constituinte originário Inicial: representa um rompimento com a ordem jurídica anterior. Com a chegada de uma nova constituição, inaugura um novo estado; é pré jurídico. Obs.: nem mesmo o direito adquirido resiste ao poder constituinte originário. (direito adquirido é aquele em que, já se preencheu todos os requisitos para aquisição de uma vantagem, mas não se iniciou o desfrute). Ilimitado: não sofre limites jurídicos, pois é pré-jurídico, é anterior ao próprio direito. Incondicionado: não tem limitação em relação ao procedimento. Entendimento da doutrina juspositivista. 6/10 A corrente jusnaturalista entende que o poder constituinte sofre limitações impostas pelo direito natural. Mesmo os juspositivistas entendem que a ausência é de limites jurídicos, pois alguns limites são incontestáveis, como o geográfico (a CF é daquele estado). Barroso entende que o poder constituinte é limitado/condicionado pelos valores sociais e políticos que levaram a sua deflagração. Outra corrente mais moderna entende que o poder sofre limitações impostas pelos Direitos Humanos. Permanente Natureza Escola jusnaturalista: poder de direito, reconhece o direito natural, direito este que é prévio ao direito positivo. Escola juspositivista: entende que o poder constituinte originário, é um poder de fato e político. De fato porque é meta jurídico, funda em si mesmo; e é político porque é fruto das forças sociais que o criam. Natureza híbrida: porque é dotado de feições de poder de fato e poder político no momento da ruptura. E dotado de feições de poder de direito no momento de elaborar o novo documento constitucional. 2. Poder constituinte derivado a. Decorrente: se expressa pela capacidade de organização dos Estados membros quando da elaboração de suas constituições estaduais. Art. 25 da CF. Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. b. Reformador: decorre da necessidade de se alterar textualmente a CF; reforma é espécie que tem como gênero a revisão (já ocorreu – art. 3º ADCT, não é mais possível e revisão) e a emenda constitucional – art. 60. Revisão é uma verificação global na constituição. A emenda é uma alteração pontual. O poder constituinte derivado é: (a nomenclatura ideal seria “poderes constituídos”) Limitado; Condicionado; Secundário. 7/10 Limitações ao poder de emenda Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Limitações Materiais – art. 60 §4º - cláusulas pétreas Limitações formais, procedimentais, em relação à legitimidade: Art. 60, I, II, III Art. 60 § 2º Art. 60 § 3º promulgação. Art. 60 § 5º princípio da irrepetibilidade. Limitações explícitas – expressas na CF Limitações circunstanciais: Art. 60 § 1º Se um presidente, quiser instituir uma EC para revogar o art. 5º, III, princípio da vedação a tortura, não é possível, em razão das cláusulas pétreas art. 60, §4º IV (não pode haver proposta tendente a abolir direitos fundamentais). Se firme no intento de abolir o princípio que veda a tortura, o presidente entender pela revogação art. 60, §4º IV, pois assim não haveria mais nenhum impedimento, seria possível? NÃO, apesar de não haver nada escrito, têm-se as limitações implícitas – tal impedimento é explicado pela teoria da dupla revisão QUE NÃO É ADMITIDA NO BRASIL. 3. Poder constituinte difuso Alterações informações, de interpretação, sem que haja alteração de texto, a denominada mutação constitucional. 8/10 Dinâmica constitucional A constituição é fundamentode validade para todo o ordenamento jurídico. 1. Recepção x não-recepção: (recepção de lei) Constituição 01 Lei – que tem como fundamento a CF O poder constituinte elabora outra CF2 A CF2 revoga globalmente a CF1 Deverá ser verificada a compatibilidade da lei com a nova CF Se for compatível ela será recepcionada Se incompatível – não recepção. Compatibilidade material: se o conteúdo está de acordo com CF. Compatibilidade formal: se a lei é complementar, e a CF exige LC há compatibilidade. Para que haja recepção deve haver compatibilidade material – preocupa-se com o conteúdo, pois a recepção pode ser com o mesmo status ou outro diverso. Como regra vício formal não impede a recepção – há uma exceção. Exceção em que vício formal vai impedir a recepção. Pense em uma CF01, que descreve que determinado assunto é de competência privativa da União; que esse assunto tenha uma Lei Federal regulamentando-o; vem a CF 02 e revoga a CF 01 globalmente de forma e evitar a coexistência de duas manifestações do poder constituinte originário, e traz que aquele assunto (referido na CF01) será de competência do Estado – há um problema de forma, porém o conteúdo está ok; neste caso a Lei Federal poderá ser recepcionada – recepção com status de Lei Estadual (mantem-se a regra: vício formal não impediu a recepção). Caso contrário, sendo o assunto de competência do Estado e DF; neste caso haverá 26 Leis estaduais, mais a Distrital no exercício da competência; vindo uma CF 02 trazendo que o mesmo assunto é de competência da União, não há como transformar 26 leis em uma. Neste caso não há como federalizar 26 leis estaduais mais 1 distrital – neste caso o vicio formal impediu a recepção. 9/10 Quando a competência é do ente federativo maior e muda para o menor não há problema; o contrário dá problema. Quando há problema de competência trata-se de vício formal orgânico. O Estado de Minas não pode editar uma Lei tratando de trânsito e transporte, pois é competência privativa da União, seria uma Lei eivada de inconstitucionalidade formal orgânica. Questão: O vício formal orgânico vai impedir a recepção – falso, pois não será todo vício formal que impedirá a recepção. Uma lei editada sobre a égide de uma constituição anterior, não estando compatível com a nova constituição, ela não será recepcionada, será revogada. Quando se fala em constitucionalidade ou inconstitucionalidade deve-se verificar a CF da época em que a lei foi criada. Não é possível uma lei editada sob a égide de uma constituição, ser constitucional, e com o advento de nova constituição se tornar inconstitucional – isso seria inconstitucionalidade superveniente, o que não é admitido. A consequência da não recepção: revogação - não há inconstitucionalidade superveniente. Lei revogada ataca a existência da norma, se falar que a lei está eivada de inconstitucionalidade é como dizer que a lei existe e é invalida – não está correto. A recepção não é um fenômeno expresso – o judiciário que vai reconhecendo. Se uma lei for elaborada, e tiver um problema de incompatibilidade com a CF da época (vicio no processo legislativo), mas nunca ter sido declarada a sua inconstitucionalidade, vindo uma nova constituição, se a referida lei for compatível, a lei será recepcionada? NÃO, pois se a lei possui um vício na origem ela não poderá ser salva pela recepção (doutrina majoritária). Para que haja recepção são necessários dois requisitos: Compatibilidade material com a CF da época. Ausência de vício na origem. Compatibilidade formal e material com a CF da época. Recepção material de norma constitucional Ocorre quando dentro de uma constituição atual têm várias normas constitucionais; vindo outra CF, que revoga a anterior, mas recepciona normas da primeira com status de norma constitucional. 10/10 Questão: a CF/88 previu expressamente o fenômeno da recepção material de normas constitucionais. Verdadeiro, art. 34 do ADCT. Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia do quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então, o da Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda nº 1, de 1969, e pelas posteriores. Requisitos para recepção Compatibilidade material Previsão expressa; Caráter precário – prazo certo. 1ª parte do art. 34 do ADCT – vacatio constitutionis 2º parte do art. 34 do ADCT recepção material de normas constitucionais. Desconstitucionalização Uma nova constituição revoga a anterior e recepciona com status com normas infraconstitucional dispositivos da CF anterior. Requisitos Compatibilidade material Previsão expressa Questão: a CF/88 previu expressamente o fenômeno da desconstitucionalização – falso 4. Repristinação Lei 01 é revogada pela lei 02 = lei 01 é a norma revogada e a lei 02 é a norma revogadora – vem a lei 03 e revoga a lei 02 – com a revogação da norma revogadora a norma revogada volta a vigorar? Não. Repristinação somente se houver previsão expressa. Obs: Efeito repristinatório é diferente, ocorre no controle de constitucionalidade: exemplo: No ano de 2010 foi editada a Lei A; no ano de 2012 foi editada a lei B que revogou a lei A; em 2018 a Lei B foi declarada inconstitucional. A declaração de inconstitucionalidade tem efeito ex tunc (nula desde o nascimento), logo não poderia ter revogado a lei A.
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