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Fortaleza, CE 2012 Cassandra Ribeiro Joye Regina Santos Young MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará Acolhimento em EaD Aperfeiçoamento em Educação Profissional Científica e Tecnológica nos Níveis Básico e Técnico Aula presecencial.indd 1 05/06/2013 11:35:11 Presidente Dilma Vana Rousseff Ministro da Educação Aloizio Mercadante Oliva Secretário de Educação Profissional e Tecnológica Marco Antônio de Oliveira Diretor de Integração das Redes de Educação Profissional e Tecnológica Marcelo Machado Feres Coordenação Geral de Fortalecimento dos Sistemas Públicos Carlos Artur de Carvalho Arêas Reitor do IFCE Cláudio Ricardo Gomes de Lima Pró-Reitor de Ensino Gilmar Lopes Ribeiro Diretora de EaD/IFCE Cassandra Ribeiro Joye Coordenadora da Especialização Em Turismo e Hospitalidade Fabíola Silveira Jorge Coordenadora Técnica Aline Sá Cavalcanti Coordenadora de Tutoria Eliana Alves Moreira Leite Coordenador de Produção de Conteúdo Breno Giovanni Silva Araújo Elaboração do Conteúdo Autora: Cassandra Ribeiro Joye Coautora: Regina Santos Young Colaboradores Cristiane Borges Braga Jane Fontes Guedes Eliana Alves Moreira Gilvandenys Leite Sales Equipe Pedagógica e Design Instrucional Iraci de Oliveira Moraes Schmidlin Lívia Maria de Lima Santiago Márcia Roxana da Silva Régis Equipe Arte, Criação e Produção Visual Benghson da Silveira Dantas José Stelio Sampaio Bastos Neto Luana Cavalcante Crisóstomo Lucas de Brito Arruda Marco Augusto M. Oliveira Júnior Suzan Pagani Maranhão Equipe Web Benghson da Silveira Dantas Fabrice Marc Joye Samantha Onofre Lóssio Revisão Textual e Web Débora Liberato Arruda Hissa Saulo Garcia Secretária Carla Anaíle Moreira de Oliveira Auxiliar Bernardo Matias de Carvalho Charlene Oliveira da Silveira Créditos Aula presecencial.indd 2 05/06/2013 11:35:11 Joye, Cassandra Ribeiro. Acolhimento em educação a distância: Bloco I / Cassandra Ribeiro Joye, Regina Santos Young. - Fortaleza: SETEC/IFCE, 2012. 59p. : il. ; 27cm. 1. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. 2. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO. 3. AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM. 4. FERRAMENTAS E RECURSOS DIGITAIS. I. Young, Regina Santos. II. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE. III. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETEC. IV. Título. CDD – 371.334 J89a Catalogação na Fonte: Islânia Fernandes Araújo (CRB 3/917) Aula presecencial.indd 3 05/06/2013 11:35:11 Sumário AULA PRESENCIAL AULA 1 AULA 2 Surgimento e histórico da EaD 7 Definição da educação a distância12 O papel do professor no ensino a distância 23 Recursos utilizados em EaD 41 Ferramentas de organização, gestão e comunicação em EaD 45 Aprendendo a distância 27 Modelo de pedagogia a distância 19 Apresentação 5 Referências 56 Tópico 1 Tópico 2 Tópico 3 Tópico 1 Tópico 2 Tópico 3 Para compreender a educação a distância 6 Os recursos e ferramentas utilizadas em EaD 40 O papel do professor e do aluno no ensino a distância 22 Tópico 1 Tópico 2 Ferramentas interativas do Moodle 48 Currículo 58 Aula presecencial.indd 4 05/06/2013 11:35:11 5 ApreSentAção Prezado (a) cursista, Nesta disciplina, disponibilizaremos subsídios teóricos e práticos para que você compreenda o processo educativo que está se iniciando. Esse processo educativo possui particularidades próprias por ter como suporte principal as tecnologias da informação e comunicação (TICs), redimensionando, assim, o trabalho de professor e aluno na realidade da educação a distância. Para que você tenha um bom aproveitamento em todo o curso, é muito importante que, nesta primeira disciplina, ocorra uma apropriação de questões chave sobre ensinar e aprender a distância por meio das TICs. Dessa forma, enfocaremos os seguintes aspectos/temáticos dessa importante modalidade educativa: • surgimento e evolução da EaD; • características que compõem a educação a distância enquanto modalidade de ensino e sua relação com as tecnologias e as mídias; • legislação que normatiza a educação a distância no sistema educacional brasileiro; • Andragogia e a metodologia pedagógica adotada em nossa Instituição para o ensino a distância; • papel do professor e do aluno; • recursos e ferramentas interativas para o ensino a distância. Todos os aspectos e temáticas destacadas serão trabalhados no ambiente virtual de aprendizagem Moodle, permitindo que, no decorrer da disciplina, você tenha uma experiência teórico-prática que colaborará para uma aprendizagem contextualizada e significativa. Muito sucesso nessa nova empreitada! ApreSentAção Aula presecencial.indd 5 05/06/2013 11:35:11 Educação a d is tânc ia6 Caro (a) cursista, Na aula presencial, você conhecerá as principais questões que envolvem a educação a distância (EaD). Estudaremos seu surgimento e evolução para entender sua valorização nos dias atuais. Discutiremos as características que compõem a educação a distância enquanto modalidade de ensino e sua relação com as tecnologias e as mídias. Enfatizaremos em sua disseminação a partir das potencialidades das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Apresentaremos, também, a legislação que normatiza a educação a distância no sistema educacional brasileiro, mostrando que, assim como a educação presencial, a EaD é considerada relevante e normatizada em todos os seus processos. No último tópico, discutiremos algumas questões-chave relacionadas ao modelo pedagógico baseado na Andragogia e a metodologia pedagógica adotada em nossa Instituição para o ensino a distância. objetivos • Conhecer a história e origem da EaD • Reconhecer a educação a distância no sistema educativo brasileiro • Discutir o modelo de pedagogia a distância do IFCE • Discutir a metodologia colaborativa em EaD AulA preSenCiAl Para compreender a educação a distância Aula presecencial.indd 6 05/06/2013 11:35:11 7 Iniciando nosso diálogo, podemos considerar que educação a distância tem como marco principal a separação geográfica entre professores e alunos, em que os problemas advindos com essa separação podem ser consideravelmente suprimidos pelo uso das tecnologias. Para compreender adequadamente a EaD, precisamos “mergulhar” um pouco em sua história e evolução. Então, vamos lá! Em seus primórdios, a EaD foi marcada pelo uso de duas tecnologias principais: o material impresso e a correspondência. O conteúdo instrucional era desenvolvido de forma que o aluno pudesse estudar sozinho, sendo autoinstrucional. tópiCo 1 Surgimento e histórico da EaD oBJetiVo • Conhecer a origem e o histórico da EaD TÓPICO 1 O que é um conteúdo autoinstrucional ? Esse tipo de conteúdo foi desenvolvido para atender ao aluno que não possui a mediação do professor no momento do estudo. Para facilitar a aprendizagem individual, todo o conteúdo é organizado previamente em pequenas partes e acrescido de exercícios e recurso de fixação. Normalmente, uma equipe pedagógica é responsável por essa preparação, contando com professores conteudistas, web designers e pedagogos. AulA preSenCiAl Aula presecencial.indd 7 05/06/2013 11:35:11 Educação a d is tânc ia8 Para chegar até o aluno, utilizava-se o meio postal da época. Experiências desse tipo foram registradas no exterior, em países da Europa. Conforme destaca Saraiva (1996, p. 18): (...) um primeiro marco da Educação a Distância foi o anúncio publicado na Gazeta de Boston, no dia 20 de março de 1728, pelo professor de taquigrafiaCauleb Phillips: “Toda pessoa da região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston. No Brasil, a educação a distância se deu primeiramente pelo correio e pelo rádio. Em 1941, o Instituto Universal Brasileiro começou a oferecer cursos via correio. Saraiva (1996, p. 20) destaca que “O Instituto Universal Brasileiro, sediado em São Paulo com filiais no Rio de Janeiro e Brasília, como entidade de ensino livre, oferece cursos por correspondência. Foi fundado em outubro de 1941 e pode ser considerado como um dos primeiros em nosso país”. O rádio foi um meio de comunicação acessível a grande parcela da população. Essa característica permitiu iniciativas governamentais de cunho educativo, assim, o Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação e Cultura, em 1971, passou a veicular uma programação educativa de caráter obrigatório por todas as emissoras de rádio do país. A obrigatoriedade deu-se a partir da Lei 5.692/71. Uma das iniciativas desenvolvidas por meio do rádio foi o projeto Minerva, que tinha como finalidade atender a uma demanda educativa adulta que possuía defasagem em seus estudos, abrangendo uma função supletiva. Abordaremos, a seguir, algumas experiências desenvolvidas no Brasil em EaD para você compreender que diferentes instituições de ensino formal e não formal se apropriaram do uso das tecnologias da comunicação para oferecer ensino a distância. Veja também uma reportagem que fala sobre a história da educação a distância apresentada no jornal nacional no link: http://www.youtube.com/ watch?v=5OKybl7vTqo. Saib a M ais Saiba Mais Aula presecencial.indd 8 05/06/2013 11:35:11 9 Entre os anos de 1920 e 1950, os principais eventos das iniciativas pioneiras na área foram: TÓPICO 1 Quadro 1 – Primeiras iniciativas em EaD Fonte: Saraiva (1996) Por meio do quadro 1, é possível entender que a EaD é uma prática antiga e que favorece o acesso à educação em diferentes níveis e públicos. Um dos exemplos foi no Estado do Ceará, nas décadas de 70, 80 e 90, o governo inseriu a TV Educativa no sistema formal de ensino, acrescentando, nas escolas públicas, salas de aula em que a figura do professor foi substituída por emissões televisivas. Depois dessas décadas iniciais, e principalmente depois da LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e com o aumento do uso das TICs, a educação a distância tem se expandido no Brasil. O reconhecimento formal dessa modalidade de ensino e aprendizagem veio com a LDB de 1996, que lhe dedicou todo o seu Artigo 80. Vejamos alguns aspectos da EaD a partir de 1996. AulA preSenCiAl Data Informações 1923 Fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (Roquete Pinto e Henrique Moritz). 1934 Doação, por parte de Roquete Pinto, dessa rádio para o Ministério da Educação e Saúde, que passa a chamar-se de Rádio-Escola Municipal do Rio de Janeiro. 1937 Criação do Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação. 1939 Criação, em São Paulo, do Instituto Rádio-Técnico Monitor (cursos por correspondência). 1941 Fundação do Instituto Universal Brasileiro. 1943 Lançamento de cursos bíblicos por correspondência, pela Igreja Adventista Brasileira. 1957 Criação do Sistema Radioeducativo Nacional (programas educativos a serem transmitidos por um conjunto de emissoras, em todo o Brasil). 1958 Serviço de Assistência Rural-SAR (Diocese de Natal, com foco na educação popular). Aula presecencial.indd 9 05/06/2013 11:35:12 Educação a d is tânc ia10 Quadro 2 – Iniciativas atuais em EaD Fonte: Saraiva (1996) Data Informações 1996 Criação, no MEC, da Secretaria de Educação a Distância-Seed (Decreto nº 1.917). Neste ano, surgiu um importante programa dessa secretaria: a TV Escola. 1997 Criado o Programa Nacional de Informática na Educação-ProInfo (Portaria MEC nº 522). 1. MEC/CAPES/SEED - Programa de Apoio à Pesquisa em Educação a Distância - Paped (apoio financeiro para dissertações ou teses relativas à educação a distância ou a tecnologias da informação e da comunicação (TICs) aplicadas à educação. 2. Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação - Resolução que fixa condições para validade de diplomas de cursos de graduação e de pós-graduação em níveis de mestrado e doutorado, oferecidos por instituições estrangeiras no Brasil, nas modalidades semipresenciais ou a distância. 1998 Decreto nº 2.494 regulamenta a Educação a Distância no país. Ainda em 1998, tivemos: 1. MEC – Portaria nº 301 normatiza as formas de credenciamento de instituições de ensino, para a oferta de cursos a distância – em nível de graduação e educação profissional e tecnológica. 1999 MEC - Programa de Formação de Professores em Exercício- Proformação, iniciado em caráter experimental nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 2000 MEC - Portaria nº 495 - comissão de técnicos desse ministério e de outros órgãos federais e estaduais para o desenvolvimento, na UniRede, de projetos, critérios, padrões e procedimentos para a organização de cursos superiores de graduação a distância. Ainda em 2000: 1. Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT - Portaria nº 129, que constitui grupo de trabalho para elaborar projeto de infraestrutura tecnológica com o objetivo de implantar a Universidade Virtual Pública do Brasil. 2. Consórcio Universidade Virtual Pública do Brasil- UniRede ( Termo de Adesão assinado por reitores e diretores de 62 instituições federais, estaduais e Centros de Educação Tecnológica). No mesmo dia, o MEC e a UniRede assinavam convênio para a realização do curso de extensão a distância “A TV na Escola e os Desafios de Hoje”, iniciado em outubro do mesmo ano. A UniRede é um desdobramento do Consórcio Interuniversitário de Educação Continuada e a Distância-(Brasil EaD). Uma iniciativa mais recente do Governo Federal é a Universidade Aberta do Brasil - UAB. Aula presecencial.indd 10 05/06/2013 11:35:12 11TÓPICO 1 Em uma parceria entre o Ministério da Educação (MEC) / Secretaria de Educação Básica (SEED), o Banco do Brasil e algumas instituições federais e estaduais de ensino superior, foi desenvolvido o curso-piloto da Universidade Aberta do Brasil, Administração a distância. O curso-piloto teve, no seu primeiro edital, a oferta de 60.000 vagas. O programa beneficia parte da população, em municípios mais distantes dos grandes centros urbanos, até então carentes de cursos superiores. O programa Universidade Aberta do Brasil - UAB, em parceria com instituições brasileiras, é composto de aproxidamente 88 instituições entre universidades federais, universidades estaduais e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs). Neste tópico, estudamos o surgimento da modalidade de ensino a distância, apresentando alguns fatos relevantes que ocorreram em seus primórdios desde a utilização da mídia impressa e do correio até sua consolidação nos dias atuais. No próximo tópico, avançaremos em sua caracterização no contexto brasileiro. AulA preSenCiAl Você Sabia? Você Sabia? Você Sabia? Você Sabia? Aula presecencial.indd 11 05/06/2013 11:35:12 Educação a d is tânc ia12 Educação a distância é o termo genérico usado no Brasil para designar modos de formação ou de aprendizagem cuja mediação estudante-professor-conteúdo é feita por alguma tecnologia e que, por isso, diferencia-se do modelo presencial clássico. Educação a distância (EaD), Formação a Distância (FaD), Aprendizagem Aberta e a Distância (AaD), E-Learning, e mais recentemente U-learning ou U-formação, esses termos e escrita demonstram que, quando se fala dessamodalidade educacional, não há como dissociá-la dos meios de entrega do conteúdo e de interação, ou seja, das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). “E” vem de “eletronic”, como o ”e”- de e-mail. Significa uma modalidade de EaD baseada na internet e em outros meios digitais, como Educação online, no Brasil. Isso porque há outros modelos de EaD como cursos semipresenciais e/ou que utilizam outras mídias além da internet. Já o “U”é bem novo e significa “ubiquos”, ubiquitous, ou simplesmente mobility (de mobilidade). Resume uma modalidade de EaD que se organiza a partir das tecnologias sem fio (GPRS, 3G, I-Mode, WAP, Wifi). No U-learning, você pode acessar os conteúdos, fazer as atividades, etc. pelo celular. Ainda há o b-learning (blended-learning), híbrido entre presencial e a distância. tópiCo 2 Definição da educação a distância oBJetiVo • Reconhecer a caracterização da educação a distância no sistema educativo brasileiro. Você Sabia? Você Sabia? Você Sabia? Você Sabia? Aula presecencial.indd 12 05/06/2013 11:35:12 13TÓPICO 2 13 Para caracterizar a EaD, começaremos pela Lei de Diretrizes e Bases da educação (LDB) 9.394/96 que permitiu um avanço nessa área quando define em seu artigo nº 80 que: O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. §1º - A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. §2º - A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registros de diplomas relativos a cursos de educação a distância. §3º - As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para a sua implantação, caberão aos órgãos normativos dos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas. (BRASIL, 1996) Esse marco legal ampara as iniciativas institucionais da educação a distância no Brasil, mostrando sua relevância dentro do sistema educativo na medida em que suas ações serão regulamentadas e fiscalizadas pelo poder público. Após essa iniciativa, em 2005, foi elaborado outro documento que complementa a LDB, regulamentando seu Art. 80, trazendo maiores orientações e detalhamento para o âmbito dessa modalidade, que foi o Decreto 5.622/05. Logo em seu primeiro artigo, define a EaD como: (…)modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. (BRASIL, 2005) Para conhecer o Decreto 5622/05 na íntegra, acesse o endereço: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004- 2006/2005/Decreto/D5622compilado.htm O Decreto traz em seu escopo, além da definição da modalidade, outras importantes orientações que englobam avaliação, quais sejam: os níveis de ensino, qualidade, diploma, convênios, entre outras informações. A incorporação crescente das novas tecnologias da informação e AulA preSenCiAl Saib a M ais Saiba Mais Aula presecencial.indd 13 05/06/2013 11:35:13 Educação a d is tânc ia14 comunicação ao processo ensino–aprendizagem a distância vem tornando essa modalidade educacional mais democrática, rompendo barreiras culturais de língua, de espaço geográfico, de tempo, à medida que dinamiza os modos de ensinar e aprender e realiza as interações pedagógicas necessárias entre “aprendiz/interface, aprendiz/conteúdo, aprendiz/professor, aprendiz/ aprendiz” (HOFFMANMAN E MACMACMACKIN ,1996). Os atuais estágios de desenvolvimento tecnológico, aliados aos recursos da informática e das telecomunicações, mudaram o conceito de distância e aproximaram os sujeitos por meio do uso das ferramentas de comunicação e interação, capazes de diminuir (mas não de eliminar) a barreira física e temporal entre professor e aluno, além de proporcionar um aumento substancial do nível de interatividade. 2.1 A eVolução em eduCAção A diStânCiA Pedagogicamente, a evolução da EaD esteve condicionada aos paradigmas e tendências educacionais que impulsionaram as experiências didáticas à medida que também evoluíram as concepções e teorias de aprendizagem e os modelos de ensino auxiliados por computador e pelos meios tecnológicos que determinam seu uso. A história da formação a distância pode ser vista, segundo Peraya (2001), a partir da evolução das mídias e dos diferentes dispositivos que elas utilizaram. Nessa perspectiva cronológica, sinteticamente, definiram-se três grandes etapas em associação com os modelos pedagógicos predominantes. O quadro a seguir, extraído de Peraya (2001), dá uma perspectiva mais sucinta e completa sobre esses diferentes períodos. Aula presecencial.indd 14 05/06/2013 11:35:13 15AulA preSenCiAl TÓPICO 2 Mata (1995) afirma que hoje é amplo o leque de possibilidades que se oferece à EaD. O vídeo interativo, baseado em computador com uso de interfaces gráficas, o videodisco a laser, o hipertexto, as hipermídias, o CD-ROM, junto com material impresso, além dos outros recursos como rádio, televisão, telefone, correio postal e eletrônico e fax fazem parte dos possíveis materiais e ferramentas a serem utilizados. Os satélites de comunicação e as redes de computadores oferecem inúmeras possibilidades para criar, armazenar, distribuir, apresentar informações, motivar, interagir e estabelecer relações no âmbito da mediação pedagógica. Dentre as várias definições de EaD existentes na literatura sobre o assunto, destaca-se a de Moore e Kearsley (2007). Segundo os autores, educação a Quadro 3 – Evolução das Mídias Fonte: Peraya (2001) Evolução da EaD Papel das mídias Conceito de formação a distância Cenário pedagógico Impresso (metade do século IX) Auxiliar Suporte Substitutivo Vencer a distância geográfica Expositivo, primazia do discurso verbal eventualmente ilustrado Multimídia (a partir dos anos 60) Convergência e complementaridade Especificidade e eficacidade própria de cada mídia. Conceito de “midiatização”. Evolução do conceito de distância. Vencer distâncias socio- econômicas mais que espaço- temporais. Ensino da segunda chance. Modularidade de ensino específico, Andragogia Complementaridade dos “recursos audiovisuais” Modalidades sensoriais, sistemas socio-cognitivos, modos de tratamento distintos. Focalização progressiva sobre a aprendizagem e o aprendiz. Telemática CMC (a partir dos anos 80) Dispositivo de comunicação e de formação. 4 formas de mediação: Tecnológicas, Corporais, semiocognitivas e relacionais Formação a distância aberta e flexível. Sistemas mistos, híbridos. Ambiente integrado de trabalho. Telepresença. Campus Virtuais. Atividades de aprendizagem e recursos. Aula presecencial.indd 15 05/06/2013 11:35:13 Educação a d is tânc ia16 distância seria o aprendizado que ocorre normalmente em um lugar diferente do local de ensino, exigindo técnicas especiais de criação do curso e de instrução, comunicação por meio de várias tecnologias e disposições organizacionais. Com a redução nos custos dos equipamentos e a necessidade crescente de formação, o aperfeiçoamento profissional e a necessidade de expansão do ensino, a EaD configura-se como uma modalidade de ensino e tecnologia educacional acessível e conveniente a várias pessoas que se encontram dispersas geograficamente,uma vez que evita deslocamentos e possibilita ao estudante aprender em seu ritmo, no tempo e local que lhe são mais convenientes. Além disso, favorece o desenvolvimento de habilidades e competências cognitivas, como autonomia, criatividade, autodisciplina, responsabilidade com a própria formação, construção do conhecimento, aprendizagem cooperativa entre outras. 2.2 interAção em AmBienteS VirtuAiS de AprendizAgem Desde o ensino por correspondência, em que se utilizava material impresso, até o ensino mediado eletronicamente, no qual se utilizam redes de computadores e recursos multimídia em tempo real, houve um avanço considerável nessa modalidade de ensino. Em EaD, a importância desse avanço pode ser percebida pelo destaque que se dá a cada uma das interações que ocorrem em um curso a distância, conforme destacamos na figura 1: Figura 1 – Interações em EaD Aula presecencial.indd 16 05/06/2013 11:35:13 17 Os diferentes recursos da tecnologia conjugada (internet, software aplicativos, multimídia interativa, hipermídia, videoconferência, webconferência, audioconferência, teleconferência, Realidade Virtual não-imersiva e imersiva (quando esta for possível), e outros recursos têm provocado modificações substanciais nos paradigmas de educação vigentes. Essas modificações acontecem porque os recursos oferecem ao estudante e ao professor inúmeras possibilidades de acesso à informação; de comunicação via esses novos meios e novas formas de aprender e ensinar, que são requeridas. Nesse contexto tecnológico, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) foram criados em benefício da educação a distância interativa, visto que possuem características comunicativas que as mídias anteriores não alcançavam. Entre as vantagens dos AVAs, verificamos que estes (...) reúnem em único espaço da WEB ferramentas diversas de comunicação (fórum de discussão, bate-papo, portfolio, e-mail), ferramentas para apresentação e compartilhamento de materiais didáticos em diferentes formatos textuais (textos, vídeos, imagens) e ferramentas para organização e coordenação para o atendimento de uma determinada disciplina ou curso. (YOUNG, 2008, p. 44) Essa estrutura permite a inserção de diversificação das práticas educativas baseadas na construção do conhecimento. Esse fato é relevante, pois a EaD foi criticada durante muito tempo por suas limitações em termos de metodologias de aprendizagem que se baseava basicamente na “entrega” do conteúdo autoinstrucional aos alunos. Outro enfoque para a relação tecnologias/aluno/professor é dado por Hoffman e Mackin (1996), cuja preocupação é com os novos paradigmas da interação de uma sala de aula virtual. Eles afirmam que as interações aluno/interface, aluno/conteúdo, aluno/professor e aluno/aluno precisam ser adequadamente utilizadas e conhecidas para gerar cursos a distância interativos de alta qualidade. Nestas relações de comunicação, a interação aluno/interface é a linha vital entre o professor e o aluno. Se ela falha, o processo pedagógico (formação, treinamento e outros) também falha. Entre outras medidas, é necessário tornar a tecnologia o mais amigável e transparente possível. TÓPICO 2AulA preSenCiAl Aula presecencial.indd 17 05/06/2013 11:35:13 Educação a d is tânc ia18 Já a interação entre o aluno e o conteúdo ocorre quando o entendimento, a percepção e as estruturas cognitivas do aluno são transformados. A visualização dos conteúdos do programa de ensino é criada para estimular, satisfatoriamente, não só a percepção e a cognição, mas também a atenção e a motivação do aluno. O conceito de “entertainment” é proposto por Hoffman e Mackin (1996) para definir a mistura de treinamento com entretenimento, a qual serviria para capturar a atenção e a imaginação dos estudantes. Na interação que ocorre entre aluno e professor, o papel do professor-tutor é de organizar e orientar o processo de aprendizagem do estudante. O professor deve também estimular e motivar o aluno, manter seu interesse, dar apoio e encorajá-lo na sua aprendizagem. As interações aluno/aluno são, ainda segundo Hoffman e Mackin (1996), frequentemente, as mais produtivas experiências de formação. Quando bem projetadas, elas oferecem a oportunidade de os estudantes expandirem e aplicarem os conhecimentos de forma compartilhada, aspecto impossível no estudo solitário. Aula presecencial.indd 18 05/06/2013 11:35:13 19TÓPICO 3 tópiCo 3 Modelo de pedagogia a distância oBJetiVos • Conhecer o modelo de pedagogia a distância do IFCE • Estudar a metodologia colaborativa em EaD O modelo pedagógico da EaD, diferente do presencial, é planejado e produzido para dar a você o maior controle possível sobre sua aprendizagem. Assim, é você quem escolhe o momento, o lugar e o seu ritmo de aprendizagem, levando em conta que este precisa estar de acordo, também, com o cronograma da disciplina que você está cursando. O modelo pedagógico da EaD é concebido para a aprendizagem de adultos segundo os princípios da Andragogia. Diferente do curso tradicional em sala de aula, a formação que você está iniciando agora o torna mestre de sua aprendizagem, o gestor do seu tempo e ritmo. Para definirmos Andragogia, podemos compará-la à Pedagogia. A Andragogia é a arte e a ciência da educação especializada no aprendizado de adultos e a Pedagogia é a arte e a ciência da educação especializada em crianças e adolescentes. Assim, é fácil perceber que existe uma clara distinção entre as duas já que o público-alvo é diferente. Obviamente, você sabe que crianças e adultos têm necessidades diferenciadas. As crianças são mais dependentes da orientação dos adultos; já os adolescentes têm essa dependência reduzida; os adultos, além de independência, contam com sua experiência de vida que os influencia diretamente em sua aprendizagem autônoma. Em função disso, há AulA preSenCiAl Aula presecencial.indd 19 05/06/2013 11:35:13 Educação a d is tânc ia20 necessidade de se ter uma ciência voltada para o ensino de adultos e outra para o ensino de crianças. A Andragogia, ao estudar as características do adulto em situação de aprendizagem, consegue determinar quais as melhores condições para aprender. Isso por que: Quadro 4 – Aprendizagem de adultos. Fonte: Peraya (2001) Por essas razões, nosso modelo é centrado no estudante, que precisa ter todos os meios, materiais e estratégias didáticas concebidas para que sua aprendizagem seja facilitada. Por isso, as mídias de entrega do conteúdo são variadas. No item seguinte, estudaremos a metodologia colaborativa como proposta educativa na EaD. 3.1 metodologiA ColABorAtiVA em eAd Com possibilidade de comunicação, interação e compartilhamento de informações entre alunos e professores (e entre alunos e alunos trazidas pelas tecnologias digitais e suas ferramentas), novas formas de ensinar e aprender foram desenvolvidas. A metodologia colaborativa para o ensino a distância tem sido uma das mais utilizadas atualmente no contexto de ensino por meio de Ambientes Virtuais de Aprendizagem - AVAs. A metodologia colaborativa tem como fundamento a relação e troca de A. Os adultos são portadores de uma experiência que os distingue das crianças e dos jovens. Em numerosas situações de formação, são os prórpios adultos com a sua experiência que constituem os recurso mais rico para as sua próprias aprendizagens. B. Os adultos estão dispostos a iniciar um processo de aprendizagem desde que compreendam a sua utilidade para melhor enfrentar problemas reais da sua vida pessoal e profissional. C. Em algumas situações de ensino em que os adultos estão envolvidos, há mais facilidadepara se enfatizar o trabalho com reslução de problemas e tarefas com que se confrontam na sua vida cotidiana, uma vez que os próprios adultos demandam com mais frequência esse tipo de abordagem. D. Os adultos são sensíveis a estímulos da natureza externa (notas, etc.), mas são os fatores de ordem interna que primeiramente motivam o adulto para a aprendizagem (satisfação, autoestima, qualidade de vida, etc.) Aula presecencial.indd 20 05/06/2013 11:35:15 21 conhecimento entre os sujeitos aprendizes. Como pressuposto para aprendizagem, supõe-se que, além da mediação do professor e de estudos individuais com materiais didáticos, é imprescindível o trabalho coletivo entre os alunos. A ideia-chave da metodologia colaborativa é o desenvolvimento do diálogo, pois, por meio dele, é possível aprender também com o outro. Segundo Young (2008, p. 56): Trazer o diálogo para dentro das práticas de EaD é permitir que os alunos e alunas possam assumir seu papel de sujeito, sendo capazes de expressar ideias, percepções, desejos, intenções e sentimentos. Através da linguagem e do discurso, é possível que a interação possa se desenvolver por via de entendimento mútuo negociado e argumentativo, diferente da imposição e autoridade que muitas vezes é exercida no interior da relação entre professor e aluno. Para isso, é necessário que tanto o professor-tutor quanto os alunos estejam abertos a essas possibilidades. Para que a metodologia colaborativa em EaD realmente tenha sucesso, é necessário que tanto alunos quanto professores superem a ideia de que educar é transmitir conteúdo, pois, nessa concepção, não se valorizam os conhecimentos que os alunos já trazem quando entram em seus cursos e disciplinas. Educar é muito mais que transmitir conhecimento, é a possibilidade de formação integral de sujeito em que o conhecimento precisa ser construído tendo significado para os alunos. Nesse sentido, Young (2008, p.56) destaca que “(...) a atividade colaborativa consiste numa prática em que todos os participantes são autores, sobressaindo o trabalho coletivo como resultado da atividade. A prática colaborativa pressupõe uma ideia de educação sob a qual os alunos são sujeitos ativos e autônomos”. Neste tópico, estudamos sobre a importância do embasamento da Andragogia e da metodologia colaborativa para o processo de ensino a distância de qualidade que prioriza a interação e a experiência entre os alunos adultos. Em seu curso, esses fundamentos serão cruciais para o sucesso de sua aprendizagem. Na próxima aula, estudaremos sobre o papel do professor e do aluno na EaD. Então, nos encontraremos lá! TÓPICO 3AulA preSenCiAl Aula presecencial.indd 21 05/06/2013 11:35:15 Educação a d is tânc ia22 O papel do professor e do aluno no ensino a distância Caro (a) cursista, Na aula anterior, discutimos sobre os fundamentos da educação a distância, seus conceitos e suas características. Nesta aula, trabalharemos sobre duas questões também importantes para a compreensão dessa modalidade de ensino: o papel do professor e do aluno, destacando como este poderá organizar seus estudos para obter sucesso em sua aprendizagem. Na contemporaneidade, a EaD intensificou ainda mais o uso dos recursos tecnológicos, com isso, o papel do professor, por exemplo, sofre alterações no contexto do ensino a distância, trazendo novas questões, tais como a tutoria e novos saberes docentes. Nessa perspectiva, o processo de aprendizagem do aluno também necessita de novas abordagens e novos tratamentos. Assim, para abordar a aprendizagem a distância, apresentaremos ao aluno ferramentas que tornarão o processo de ensino-aprendizagem eficiente diante dos desafios e especificidades da EaD. objetivos • Compreender o papel do professor no ensino a distância por meio das TICs • Conhecer técnicas e procedimentos para estudo em EaD AulA 1 Aula presecencial.indd 22 05/06/2013 11:35:15 23 Como discutimos na aula presencial, o uso de tecnologias para o ensino não é novidade. Durante o século XIX, com o surgimento do rádio, da TV e de programas educacionais envolvendo esses recursos; cogitou- se, inclusive, a possibilidade de substituir a figura do professor por um desses veículos de comunicação. Houve, também, a ideia de que uma máquina de ensinar pudesse ser mais eficiente que o professor. Isso foi defendido por Skinner, que, na década de 50, propôs atividades por meios de máquinas para que os alunos aprendessem os conteúdos curriculares. Para conhecer um pouco mais sobre a máquina de ensinar, assista ao vídeo no link: http://www.youtube. com/watch?v=vmRmBgKQq20 No entanto, essas ideias de Skinner sobre a máquina de ensinar não surtiram efeito, porém, curiosamente, suas concepções pedagógicas tecnicistas ainda influenciam o processo de ensino e aprendizagem até os dias atuais. Pedagogia tecnicista é uma abordagem pedagógica que coloca as ferramentas tecnológicas no centro do processo de ensino e aprendizagem. tópiCo 1 O papel do professor no ensino a distância oBJetiVo • Discutir a função do professor frente ao ensino por meio das TICs AulA 1 TÓPICO 1 Você Sabia? Você Sabia? Você Sabia? Você Sabia? Saib a M ais Saiba Mais Aula presecencial.indd 23 05/06/2013 11:35:15 Educação a d is tânc ia24 Para conhecer um pouco mais da história de vida do psicólogo Skinner, acesse o site: http://revistaescola. a b r i l . c o m . b r / h i s t o r i a / p r a t i c a - p e d a g o g i c a / skinner-428143.shtml Assim, da época de Skinner para cá, existe uma constante (re) definição do papel do professor que vem a cada dia sendo questionada e provocando diversas reflexões acerca da sua função e de sua real contribuição para a formação educativa dos aprendizes nos diversos níveis e modalidades de ensino, seja no presencial ou a distância. No ensino a distância, os processos de acompanhamento dos alunos diferenciam-se das práticas presenciais, por isso, novos papéis são criados por exigência da própria estrutura tecnológica atual. De acordo com Oliveira (2006, p. 1) (...) as figuras de sala de aula, professor e estudante não se materializam no tempo e no espaço, conforme ocorre no ensino presencial. Essas figuras não deixam de existir, mas assumem características e funções específicas para essa modalidade de ensino. Nesse cenário, os sistemas de tutoria são adotados por instituições que trabalham com EaD na busca de responder a sua complexidade. Consideramos sistema de tutoria como a estrutura disponibilizada pelas instituições para oferecer todo o suporte ao aluno, contando com diferentes profissionais envolvidos no processo de produção de materiais até o profissional que atua como tutor, trabalhando diretamente com o aluno. Oliveira (2006, p. 1) alerta que “(...) podemos ao invés de falar em “sistema” de tutoria, falarmos em “sistemas” de tutoria, ou seja, concepção e estruturação de sistemas de apoio aos estudantes que revelam na prática a concepção de EAD da instituição que o organizou.” Dentro desses sistemas, podemos destacar alguns papéis desempenhados pelo professor que, dependendo da instituição, podem ter modificações e variações: Saib a M ais Saiba Mais Aula presecencial.indd 24 05/06/2013 11:35:16 25AulA 1 TÓPICO 1 • Professor conteudista ou autor - responsável pela elaboração e atualização do conteúdo. • Professor formador - responsável pela organização das disciplinas de um curso e pela equipe de tutores. • Professor tutor - responsável por uma turma de alunos em uma disciplina. Por meio dessa classificação geral, é possível perceber que o trabalho doprofessor tutor depende do trabalho dos profissionais que estão atuando nos “bastidores”, ou seja, na preparação das disciplinas, como os professores conteudistas, e/ou no acompanhamento das mesmas, como os professores formadores. Cada um desses profissionais é responsável por um importante aspecto que refletirá em todo o processo educativo, sendo fundamental para o sucesso de um curso a distância. Dentre esses três papéis citados, discutiremos um pouco mais sobre a função do professor tutor, visto que esse profissional estabelece uma relação mais próxima com o aluno, pois é o tutor que mostrará ao público externo o trabalho de toda a equipe. Bem, de início, é importante destacar que o professor tutor precisará de todos os saberes exigidos à docência para uma boa atuação profissional, conforme apresenta Tardiff (2002): • Saberes da formação profissional – transmitidos pelas instituições de formação de professores, pertencentes às ciências da educação e à ideologia pedagógica. • Saberes disciplinares – pertencentes às variadas áreas do conhecimento. • Saberes curriculares – correspondentes aos discursos, objetivos, conteúdos e métodos constantes dos programas escolares, e que o professor precisa saber aplicar. • Saberes experienciais – desenvolvidos pelos professores na sua própria prática, no exercício das suas funções. Acrescentamos aos saberes elencados o domínio das tecnologias da informação e comunicação (TIC) e suas ferramentas e linguagens como sendo imprescindível para a atuação docente, tais como ambientes virtuais de aprendizagem, sites de pesquisa, programa e aplicativos para interação entre alunos e professores, entre outros. Aula presecencial.indd 25 05/06/2013 11:35:16 Educação a d is tânc ia26 É importante destacar, também, que o professor tutor terá sua atuação orientada pela abordagem pedagógica proposta pela instituição a que está vinculado. Abordagem pedagógica é a teoria da educação que fundamenta um processo educativo. As abordagens se desenvolvem a partir de uma concepção de como se aprende e como deve ser o ensino, entre outras questões. Essa abordagem pedagógica dará um norte para a relação que o professor tutor estabelecerá com o aluno. Por exemplo, o professor tutor poderá ter uma postura de mediador e orientador, preocupando-se com a interação e discussão de conteúdos; outra abordagem poderá exigir do professor uma postura diretiva e de entrega de conteúdo que se preocupa com as respostas aos exercícios e avaliações, a partir de uma abordagem mais instrucional. A seguir, trataremos do papel do aluno no contexto do ensino a distância e apresentaremos instrumentos para que este tenha sucesso no seu processo de aprendizagem. Aula presecencial.indd 26 05/06/2013 11:35:18 27 Aprender a distância exige bastante disciplina e comprometimento do aluno, visto que este necessita ter maior controle sobre seu tempo e organização da sua aprendizagem, pois pressupõe-se uma autonomia do estudante. Por isso, para estudar a distância, é preciso que o aluno compreenda bem seu papel dentro desse processo. Em vista disso, neste tópico, trabalharemos para oferecer a você instrumentos de acompanhamento, organização e planejamento para sua organização. Então, vamos lá? Quando você decidiu fazer seu curso na modalidade a distância, aceitou participar de um novo desafio! Pois bem, agora é hora de se engajar a fundo em seus estudos, saber o que é esperado de você, o que precisa ser feito, e como fazer. Em resumo, é hora de desenvolver o hábito de planejar e de organizar sua aprendizagem e, com isso, criar melhores condições de aprender e de manter-se no controle de seus estudos. No diagrama 1, veja quais atitudes e tarefas são importantes para um aluno da modalidade de ensino a distância. tópiCo 2 Aprendendo a distância oBJetiVos • Entender o papel do aluno no ensino a distância • Compreender a importância do planejamento e comprometimento em cursos a distância • Conhecer as ferramentas que auxiliam na aprendizagem • Aplicar técnicas de estudo no aprendizado a distância AulA 1 TÓPICO 2 Aula presecencial.indd 27 05/06/2013 11:35:18 Educação a d is tânc ia28 Diagrama 1– Atitudes e tarefas de um aluno EaD A falta de planejamento é um fator que impede seu sucesso no curso a distância. Veja bem, cursista, o aluno que estuda a distância necessita ter o controle sobre sua aprendizagem, isto é, ele deve comandar todas as ações que permeiam esse processo. Para isso, deve desenvolver uma série de aptidões, habilidades, hábitos, atitudes e competências que lhe ajudem a obter bons resultados em sua aprendizagem. Saber gerenciar e planejar Aula presecencial.indd 28 05/06/2013 11:35:21 29AulA 1 TÓPICO 2 suas atividades, comprometer-se com seus estudos, criar um ambiente que estimule o desenvolvimento da sua aprendizagem e estar constantemente se autoavaliando são elementos importantes para você obter êxito em um curso a distância. Portanto, esses hábitos precisam ser desenvolvidos continuamente no decorrer do curso. Você, cursista, deverá agir como seu próprio treinador agora. Todos os seus esforços devem ser voltados para sua aprendizagem. Nesse caso, a partir desse momento, comprometimento e planejamento do tempo para estudar a distância serão as duas coisas mais exigidas de você. Assim, para auxiliá-lo na compreensão desses dois termos tão significantes para sua aprendizagem a distância, vamos elencar alguns pontos que devem norteá-lo nesse processo. Comprometimento Para avaliar e melhorar seu grau de comprometimento, pense no seu objetivo de concluir este curso com um excelente desempenho. Para isso, será necessário: • ter disciplina e realizar as atividades do curso com responsabilidade; • valorizar o curso que escolheu se dedicando e contribuindo para que ele mantenha um ótimo padrão de qualidade; • confiar em si mesmo para superar seus limites e buscar soluções para as dificuldades encontradas ao longo de sua aprendizagem; • ser sujeito participante ativo do curso, exercer continuamente seu espírito crítico, valorizando suas opiniões e as dos colegas. planejamento Em educação a distância, o estudante deve ter autodisciplina e aprender a gerir o seu tempo. Infelizmente, o sistema tradicional de ensino habituou-se a dizer-lhe o que fazer, quando fazer, como fazer e com que fazer, dificultando, assim, o desenvolvimento dessas habilidades tão necessárias agora. Sem disciplina, é quase improvável que o estudante conclua seu curso. Na verdade, o bom aluno de EaD precisa de duas características principais: autonomia e disciplina. Esse aluno compõe o universo de pessoas que “sabem dosar suas Aula presecencial.indd 29 05/06/2013 11:35:21 Educação a d is tânc ia30 horas de estudo”, no dizer de Litto, Presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED). A Associação Brasileira de Educação a Distância, sociedade científica, sem fins lucrativos, voltada para o desenvolvimento da educação aberta, flexível e a distância, foi criada em 21 de junho de 1995 por um grupo de educadores interessados em educação a distância e em novas tecnologias de aprendizagem. Fonte: http://www2.abed.org.br/institucional.asp?Institucional_ID=1 Diante disso, você pode se questionar: e agora? Como fazer? A resposta é planejar! O planejamento é a chave para seu sucesso nas disciplinas, no curso, e também na vida! Por isso, comece por aprender o planejamento do seu tempo, ele é uma ferramenta poderosa para • estabelecer objetivos e prioridades claras, realizáveis, dentro do cronograma do curso e do tempo de quevocê dispõe para estudar; • gerenciar seus estudos, seu tempo e seu ritmo para um bom cumprimento das atividades curriculares do curso; • avaliar as condições que você tem disponíveis e aquilo de que precisa para melhor se aplicar nos estudos; • criar as condições (físicas, psicológicas e emocionais) favoráveis para seus estudos; • controlar e avaliar constantemente sua maneira de aprender, melhorando-a no que for necessário. 2.1 eStABeleCendo oBJetiVoS e prioridAdeS ClArAS e reAlizáVeiS Pallof e Pratt (2004) destacam que o princípio básico para o gerenciamento do tempo é o estabelecimento claro dos objetivos e, entre eles, quais são as prioridades. Por isso, estas estão sempre ligadas aos objetivos. Os autores chamam atenção, ainda, para como devem ser estabelecidos os objetivos e salientam a relação entre estes e a obtenção de nota e a apreensão de conteúdo, como se vê a seguir: Saib a M ais Saiba Mais Aula presecencial.indd 30 05/06/2013 11:35:21 31AulA 1 TÓPICO 2 Os alunos virtuais devem ser incentivados a determinar seus objetivos não só pelo resultado do programa como um todo, mas pelos resultados obtidos em cada um dos cursos que farão. Mesmo que o curso seja um pré-requisito, uma obrigação para se obter o diploma, é importante estabelecer o tempo necessário para dar conta dos trabalhos [...] O tempo destinado para cada uma dessas atividades deve, então, ser planejado e marcado em um calendário. (PALLOF; PRATT, 2004, p. 100) Para uma melhor visualização das concepções acima de Pallof e Pratt (2004), você pode conferir abaixo uma figura em que os autores sugerem critérios para classificar nossas atividades por ordem de importância e urgência. Quadro 1 – Priorizando o comprometimento com o tempo. Adaptado de Pallof e Pratt (2004) Agora, cursista, você poderá estabelecer, dentro dessa classificação, quais são suas prioridades. Poderá cumprir com todas as suas tarefas e compromissos, priorizando, é claro, as mais importantes e urgentes sem se descuidar das demais. Os autores apresentam, ainda, como as atividades podem ser encaixadas no quadro 1. Veja que você também pode fazer isso! Dessa forma, procure construir o seu quadro. Para isso, use o cronograma, agenda, horários e lista de tarefas descritas mais adiante. Aula presecencial.indd 31 05/06/2013 11:35:22 Educação a d is tânc ia32 2.2 Aprender A diStânCiA, mAS Como? A resposta para essa pergunta é aprender a planejar, gerenciar e avaliar seus estudos, seu tempo e seu ritmo, bem como o cumprimento das atividades curriculares do curso. Existem diversas ferramentas de gestão que ajudam na tarefa de planejamento e avaliação. A Universidade de Laval, no Canadá, pela experiência acumulada de muitos anos em educação a distância, aconselha que o estudante prepare e utilize um calendário, uma agenda, um quadro de horários diário/semanal e também uma lista de tarefas a cumprir a cada semana, como ferramenta básica para se planejar (DESSAINT, 1998). São essas ferramentas que vamos indicar para ajudá-lo a planejar e organizar sua formação. Dessaint (1998) ressalta que essas ferramentas ajudam o aluno a acompanhar atentamente, a longo prazo, a progressão da aprendizagem, conforme detalharemos nos próximos sub-tópicos. 2.3 SuA primeirA ferrAmentA: um grAnde CAlendário! Ao longo das disciplinas do curso de Turismo e Hospitalidade, você encontrará disponível, no ambiente virtual, um calendário semanal das atividades curriculares, das datas das provas, dos encontros e práticas presenciais e outros compromissos. Pois bem, pegue esse mesmo calendário e amplie com as demais obrigações: familiares, profissionais e sociais (aqueles inadiáveis), como o aniversário de seus pais ou uma viagem já programada. Transforme em um calendário bem grande e colorido, se puder, destacando com cores diferentes as prioridades importantes e urgentes. Depois disso, coloque seu calendário bem visível, em local onde você passe a maior parte do seu tempo (em casa ou no trabalho). Ah, ele é para ser consultado como se toma um remédio, duas vezes por dia! Com ele, você saberá os seus períodos mais ocupados e os mais leves. Assim você pode organizar melhor o uso do tempo para seus estudos individuais e atividades obrigatórias do curso sem se perder e, como lucro, obterá os melhores resultados nas disciplinas e no curso. Aula presecencial.indd 32 05/06/2013 11:35:22 33 2.4 umA AgendA, SAntA ferrAmentA! Você não imagina, cursista, o quanto esse item é útil para tantas coisas! Por isso, adquira o hábito de ter e usar diariamente uma agenda. Pegue seu calendário e anote logo na agenda todos os compromissos do curso. Em seguida, anote seus compromissos pessoais e profissionais. Vá alimentando sua agenda com as atividades que forem surgindo. Com isso, você terá, além do controle dos seus afazeres, uma ajuda para avaliar o cumprimento dos seus compromissos e até para fazer relatórios periódicos. Se preferir, que tal você fazer também a mesma agenda em formato digital no computador ou no seu celular? Importante! Meus horários diários e semanais Munido (a) de um cronograma geral e amplo, posicionado em local de fácil visualização; além de uma agenda, onde há o registro de tudo que deve fazer no curso, você estabelecerá os horários reservados para estudos e atividades profissionais. Mas lembre-se de reservar tempo também para o divertimento! AulA 1 TÓPICO 2 Quadro 2 – Modelo de Agenda Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE Universidade Aberta do Brasil - UAB Curso de _________________________________ Semana _________________________________ Aluno _________________________________ Horas Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab 6h às 7h 7h às 8h 8h às 9h 9h às 10h 10h às 11h 11h às 12h 12h às 13h 13h às 14h 14h às 15h 15h às 16h 16h às 17h 17h às 18h Aula presecencial.indd 33 05/06/2013 11:35:22 Educação a d is tânc ia34 2.5 liStA de tArefAS, não poSSo perder meuS oBJetiVoS de ViStA! Outra ferramenta, sem dúvida, eficaz para planejamento, gestão e controle dos seus compromissos é criar e manter bem atualizada uma lista de tarefas. Ao realizar cada atividade, lembre-se sempre de marcar e/ou excluir aquelas que forem sendo cumpridas. Veja outro modelo bem prático (se desejar, pode criar um do seu jeito). No entanto, cursista, lembre-se que você deve controlar seu tempo para não ficar sobrecarregado, se isso acontecer, reavalie seu cronograma, sua agenda, seu horário e sua lista de tarefas, redistribua conforme o estabelecimento das prioridades; claro que você priorizará as mais urgentes, respeitando seus limites e seu tempo. Nos períodos mais sobrecarregados, procure parar e depois retomar as atividades com a mente mais aberta, descansada. Gerencie seu tempo, seu ritmo e garanta seus prazos. No quadro 3, você encontrará um modelo de planejamento bem útil para a organização das suas atividades. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE Universidade Aberta do Brasil - UAB Curso de _________________________________ Tarefas a cumprir Aluno _________________________________ Aqui você assinala as atividades a cumprir, trabalho escrito, exercício do livro didático, exercício no ambiente virtual, prova presencial, discussão no fórum, pesquisa na biblioteca, pesquisa na internet, relatório de visita técnica, discussão com o tutor, encontro no polo e outras. Exemplo: Fazer um resumo, ler um texto, responder a um exercício, marcar uma discussão com o tutor, responder ao fórum, responder perguntas, ver um vídeorecomendado pelo professor, etc. Anote quanto tempo você acha que vai precisar para realizar cada tarefa. Discrimine o que você vai precisar para executar a tarefa: Livro, vídeo, internet e outros. Exemplos de prazos a cumprir: limite de data para entregar um trabalho, devolver os livros na biblioteca, postar uma mensagem no fórum, procurar o tutor, entregar um documento. Quadro 3 – Modelo de planejamento Aula presecencial.indd 34 05/06/2013 11:35:24 35 2.6 A importânCiA dA AutoAVAliAção É sempre muito útil, também, caro (a) cursista, você fazer uma reflexão: como estou progredindo em minha aprendizagem? Perceba que o professor pode até saber suas notas, mas a verdadeira situação de sua aprendizagem, somente você sabe. Por isso, adquira o hábito de se avaliar constantemente, pois a autoavaliação é a melhor bússola para você administrar seu percurso de aprendizagem e sua progressão nos estudos. Dessaint (1998) afirma que as vantagens da autoavaliação são numerosas. A partir de pressupostos teóricos e de nossa experiência como docente e, ao mesmo tempo, eternos estudantes, acreditamos que uma autoavaliação permite ao aluno identificar alguns pontos. Vejamos, então? a. Conhecer-se melhor como estudante • Perceba que tipo de estudante você é. Tente encontrar um ponto de equilíbrio para o seu desempenho, nem excessivamente rigoroso, nem relapso. • Identifique qual seu modo próprio de pensar, de aprender as coisas e quais as melhores condições para isso: se é lendo e ouvindo música, por exemplo; se é anotando e fazendo esquemas do que vai estudando. b. Avaliar como eu aprendo melhor e mais rápido c. Identifique o que lhe distrai e o que o ajuda a se concentrar para aprender mais fácil e rapidamente • Analise qual o grau de conhecimento que você já tem (ou não tem) sobre o assunto estudado, se precisa estudar mais, pesquisar sobre o assunto, aprender coisas mais básicas para compreender melhor o conteúdo ou ir logo para a parte mais aprofundada, pois as bases, talvez você já saiba. • Prepare-se para as avaliações e provas, mantendo seus exercícios em dia e revisando-os frequentemente. Além disso, é importante também você estar “antenado” com suas motivações, suas mudanças de humor, seu estado de espírito. Ninguém é de ferro. Se estiver se sentindo desmotivado, desanimado, frustrado, é hora de pedir ajuda para o pessoal do curso ou até mesmo para a família dar uma forcinha. AulA 1 TÓPICO 2 Aula presecencial.indd 35 05/06/2013 11:35:24 Educação a d is tânc ia36 Lembre-se sempre de que ninguém melhor do que você para ter consciência de si mesmo. Então, trate de detectar e corrigir o que não estiver bom (consigo e com suas tarefas). Temos acima alguns conselhos que ajudam na autoavaliação. Agora, eis alguns exemplos para você refletir e, é claro, para guiar-se nos estudos. • Faça uma análise de seu calendário, de seu horário e de sua lista semanal de tarefas, mantendo-os regularmente em ordem de modo a fazer um balanço e controlar sua progressão nos objetivos e compromissos. • Consulte seu material habitualmente (como nesse módulo que você está estudando agorinha mesmo) que contém técnicas e estratégias eficientes de trabalho intelectual e faça um paralelo com seu próprio modo habitual de estudar. • Revise seus trabalhos quando recebê-los, se necessário, discuta com seu tutor. • Observe seu modo de estudar – leituras, atividades e pesquisas - e procure identificar quais as maneiras mais eficientes nesses momentos. Assim, ao final do estudo, você não terá aquela sensação de que gastou seu tempo à toa. • Motive-se constantemente no seu curso, mesmo diante de conteúdos não tão interessantes para você no momento. A mesma recomendação serve para os exercícios e as atividades propostas. Embora elas não lhe pareçam tão estimulantes, aproveite essas atividades para revisar seus conhecimentos. 2.7 A leiturA Como método de eStudo pArA A AprendizAgem A diStânCiA Caro (a) cursista, você costuma realizar leituras (livros, revistas, jornais etc) no seu cotidiano? Pois é, nos estudos, para aprender, é preciso tirar o máximo proveito da leitura. É comum termos dificuldades de entender textos abstratos, extrair ideias principais, resumir o que foi lido, relacionar o conteúdo com outros conhecimentos ou associar aqueles conhecimentos com outros, contudo, precisamos de determinação e organização para superar nossas dificuldades. Este tópico é proposto para ajudá-lo a refletir sobre sua prática de leitura e contribuir para que você aproveite o máximo de seus estudos. Lembre-se, agora você é “senhor (a) absoluto (a)” de sua aprendizagem! A primeira etapa de qualquer leitura é saber que objetivo ela terá para você. Aula presecencial.indd 36 05/06/2013 11:35:24 37 Vai ler para fazer anotações? Para um trabalho de pesquisa? Para aprender um tema novo? Para responder atividades ou estudar para prova? Observe que, para cada objetivo, existe um determinado ritmo, às vezes mais rápido ou mais lento. Assim, dependendo do objetivo de sua leitura em uma atividade específica, verifique qual o tempo necessário e veja o ambiente mais adequado para seu conforto e concentração. Depois disso, dê uma olhada geral na estrutura e organização do material a ser lido e tente identificar as intenções do autor. Observe o sumário, títulos e subtítulos. Tente identificar o que você já conhece do conteúdo. A partir disso, você estabelecerá que tipo de leitura deve fazer: reflexiva? Seletiva? Ler o texto em diagonal? Fazer uma leitura ativa e analítica, ou misturar as técnicas de acordo com as necessidades? Para compreendermos um pouco melhor como funciona cada uma das técnicas de leitura mencionadas anteriormente, vou detalhar a seguir. Vamos lá? A leitura reflexiva ocorre especialmente para textos que necessitam de uma reflexão mais demorada, como os textos filosóficos e aqueles com maior aprofundamento do assunto. Esses tipos de textos exigem do leitor parar regularmente a leitura e refletir sobre as ideias do autor. A leitura seletiva requer um primeiro contato com um livro, um texto didático ou uma revista para descobrir as ideias desenvolvidas pelo autor. Nesse tipo de leitura, consultam-se as seguintes partes: • índice ou sumário • prefácio ou apresentação • notas biográficas do autor • resumos • glossário • índice • capítulo ou o texto de introdução • dedicatórias • conclusão, como também o primeiro e o último parágrafos de todo capítulo ou toda seção • diagramas, figuras ou ilustrações AulA 1 TÓPICO 2 Aula presecencial.indd 37 05/06/2013 11:35:24 Educação a d is tânc ia38 Lembre-se: a leitura seletiva deve ser o mais breve possível. Ela é somente para procurar informações específicas no texto. Na leitura seletiva, aconselha-se marcar as passagens importantes, reler e anotá-las para usar depois, como também elaborar perguntas sobre as ideias principais e sobre as referências com outros textos sugeridos. Procedendo dessa forma, não será mais necessário reler depois todo o texto, a não ser para encontrar determinados detalhes que devem ser aprofundados. Já a leitura em diagonal permite descobrir rapidamente as ideias e os temas importantes de um texto. Esse tipo de leitura nada mais é que um “sobrevoo” pelo texto sem se deter nas palavras, com os olhos movimentando-se em diagonal no texto, da esquerda para a direita, e de cima para baixo, ziguezagueando pelas páginas. A leitura seletiva e a leitura em diagonal não precisam de treinamento e possuem a vantagem de estabelecer, na mente do leitor, uma rede inteira de ideias e conhecimentosque lhe permitirão usar melhor informação quando fizer as leituras ativa e analítica. A leitura ativa e analítica permite clarear as ideias importantes de um texto e reconstruir informação a ser apropriada pelo leitor, ativando seus conhecimentos anteriores, evidenciando as ideias importantes e dirigindo a leitura para atestar a compreensão. Para ativar os conhecimentos anteriores - aqueles que acumulamos durante toda nossa vida - que são frutos de nossa experiência e que facilitam a aprendizagem de novos conhecimentos (pois a pessoa sempre faz associações entre o que sabe e o que vai saber), exercite isso: leia a introdução, faça os exercícios para ver o que você já sabe, tente fazer analogias, comparar com outras situações parecidas, encontre exemplo, escreva suas impressões, seus comentários, o que você achou das passagens mais importantes. Enfim, crie ou descubra seu jeito de ativar seus conhecimentos! Aula presecencial.indd 38 05/06/2013 11:35:24 39 Com isso, chegamos ao final da nossa aula 1. Nela, enfocamos o papel do professor e do aluno no ensino a distância, mostrando a importância da organização e planejamento do aluno para seu sucesso no curso. Na próxima aula, trataremos do ambiente virtual e das ferramentas que permitem o desenvolvimento do processo educativo a distância. Até lá! AulA 1 TÓPICO 2 Aula presecencial.indd 39 05/06/2013 11:35:24 Educação a d is tânc ia40 Os recursos e ferramentas utilizadas em EaD Caro (a) cursista, Nesta aula, exploraremos os principais recursos e ferramentas interativas para o ensino a distância. Tendo em vista que são muitos os suportes de apresentação, produção e interação dos conteúdos que permeiam essa modalidade de ensino, focaremos nos recursos e ferramentas mais importantes para sua atuação no curso. Obviamente, não podemos esquecer que todos esses componentes serão utilizados por professores, tutores e colegas cursistas. Bom estudo! objetivos • Conhecer os principais recursos e ferramentas utilizados na educação a distância • Aprender a identificar as ferramentas de organização, gestão, informação e comunicação AulA 2 Aula presecencial.indd 40 05/06/2013 11:35:24 41 Os professores ou equipe pedagógica, ao planejarem o ensino, tomam a decisão de usar uma ou várias tecnologias educativas, conforme ela(s) tenha(m) o potencial de contribuir para a aprendizagem do aluno, enriquecer o conteúdo e variar as estratégias didáticas, sempre no intuito de promover a eficácia pedagógica no que diz respeito a apresentar, armazenar e manipular o conteúdo didático ou informação. Vejamos, então, cursista, que recursos são mais utilizados (assim como suas respectivas características) em educação a distância. Os diagramas 1 e 2 apresentam um resumo dos tipos de recursos e de suas principais características, confira-os a seguir! tópiCo 1 Recursos utilizados em EaD oBJetiVo • Conhecer os recursos utilizados na educação a distância AulA 2 TÓPICO1 Aula presecencial.indd 41 05/06/2013 11:35:24 Educação a d is tânc ia42 Diagrama 1 – Recursos interativos Diagrama 2 - Equipamentos Pendrive TabletProjetor multimídia Equipamentos Substituto para o disquete e o CD-ROM. Chamado de memória USB Flash Drive, alguns modelos são chamados de pendrive. É um dispositivo de armazenamento constituído por uma memória �ash e um adaptador USB para interface com o computador. Geralmente possui formato compacto para facilitar o seu transporte. Utilizado para apresentações de trabalhos e exposições de conteúdos de aula. Equipamento em formato de prancheta que possui os recursos e potencialidades dos computadores pessoais. Videoaula Objetos educacionais Livros virtuais (e-book) Pesquisa online Biblioteca virtual Dicionário online Webconferência Ambiente virtual de aprendizagem Material audiovisual cujo objetivo é apresentar um ou vários conteúdos de aula. Plataforma desenvolvida especi�ca- mente para processo educativo online composta por diversas ferramentas, tais como: bate-papo, mensagens online, fóruns, exercícios. Ex: Moodle, Teleduc. Recursos digitais elaborados para auxiliar o processo de aprendizagem. Ex: http://objetoseducacionais2.mec.go- v.br Livro em arquivo digital que pode ser lido em equipamentos eletrônicos como tablets, notebooks, entre outros. Ferramenta destinada especi�ca- mente para pesquisas na internet, tais como: textos, livros, vídeos, entre outros. Ex: site do Google Recurso para acessar acervos de bibliotecas, atualmente diversas instituições disponibilizam suas bibliotecas. Ex: Biblioteca da USP, periódicos da CAPES. Versão online do dicionário tradicional, cuja função é consultar de�nições. É também possível consultar informação sobre a origem de algumas palavras e a sua pronúncia. Permite um encontro virtual com possibilidade de compartilhamento de apresentações, voz, vídeo, textos e arquivos via internet. Recursos Interativos Online Aula presecencial.indd 42 05/06/2013 11:35:24 43AulA 2 TÓPICO1 Como você pode ver, a lista de recursos é extensa. No entanto, ela não para só no que descrevemos no quadro. Pelo contrário, é crescente a evolução dos suportes eletrônicos e seus aplicativos que vêm sendo adaptados e aplicados no processo ensino-aprendizagem. Um exemplo concreto disso são os programas que funcionam em sistemas operacionais, popularmente conhecidos, tais como Windows ou Linux. Aplicativos são programas específicos para ajudar o usuário a desempenhar determinada função. Exemplo: um jogo, um editor de texto etc. Além desses, há também muitos softwares e aplicativos para uso profissional que são bastante utilizados em meio educacional. Destacam- se entre os mais conhecidos os processadores de texto (Word e Open Office Writer), as planilhas eletrônicas (Excel e Open Office Calc), apresentações eletrônicas (Power Point e Open Office Impress), aplicações gráficas (Photoshop, Corel Draw, Gimp), editores web (Dreamweaver, Kompozer- Mozilla) e banco de dados (Acess, Open Office Basic). Vejamos o que faz cada um desses aplicativos : Você Sabia? Você Sabia? Você Sabia? Você Sabia? Programas Os processadores de texto Permitem elaborar textos mais facilmente e dar-lhes um aspecto profissional imediato. Alguns softwares de tratamentos de textos incluem modelos, dicionários ou corretores, ou comportam funções científicas (edição de equações e fórmulas), bem como opções de desenho. Ex: Word e Write. As planilhas eletrônicas Permitem a tabulação de dados em tabelas eletrônicas, possibilitando análise detalhada das informações e criação de gráficos, elaboração de cálculos matemáticos, estatísticos etc. Dito de outra forma, significa que a informação numérica é estruturada em tabela em que é possível aplicar dados nos campos de operações (equações, cálculos, etc.) ou funções (inclusive modelo de textos). Ex: Excel, Calc. Os softwares para apresentações eletrônicas Podem ser úteis ao professor de duas formas: para desenvolver slides com grafismo, tipografia, cores e imagens e, na hipótese de a sala de aula ser equipada, projetar eletronicamente a informação a partir do computador, incluindo não apenas texto e imagem, mas também som, vídeo e certa interatividade. Os programas mais utilizados para elaboração de apresentações, por meio de slides, de forma simples e interativa, são o Power Point e Impress. Aula presecencial.indd 43 05/06/2013 11:35:25 Educação a d is tânc ia44 Como estudantes na modalidade a distância, vocês vão utilizar muitos desses recursos. Para o professor, eles também são essenciais, uma vez queo auxiliam a organizar a formação, fazer a gestão do processo ensino- aprendizagem, informar o estudante, bem como promover as interações necessárias entre professor-aluno(s), aluno(os)-tutores, aluno(s)-aluno(s), aluno(s)-instituição (equipe de apoio, suporte etc). No próximo tópico, então, mostraremos quais ferramentas são mais utilizadas em EaD e, em especial, nos ambientes virtuais, tais como o Moodle, plataforma virtual para aprendizado e interação deste curso. Quadro 1 - Programas e suas características Aplicações gráficas Os softwares permitem criar e editar imagens, gráficos ou desenhos. Os materiais dos programas gráficos podem ser uma tela gráfica (alta resolução e cores), recursos de tratamento de imagens (criar, apagar, aumentar etc.) e tabela marcadora para fazer edição em papel. Os programas de aplicações gráficas genéricos apresentam grande simplicidade e permitem o desenho de uma infinidade de coisas, entretanto, têm como inconveniente uma quantidade limitada de recursos, tais como os do Paint. Já os programas profissionais conferem precisão e versatilidade à arte final, como Corel Draw, Illustrator, Fireworks e Photoshop. Editores de páginas Web Permitem criar páginas facilmente, sem necessariamente se saber programar. Possibilita ao pessoal de uma instituição de ensino e a estudantes, por exemplo, disponibilizar informações interessantes e comunicar suas áreas de interesse. Permitem a publicação de conteúdos na Web com uma estrutura gráfica semelhante a de processadores de textos. Ex: Dreamweaver, Expression e NVU. Os bancos de dados Permitem armazenar tabelas informatizadas. Eles oferecem uma interface para manipulação, consulta de dados. São depósi tos organizados de informações para posterior consulta através dos Gerenciadores de Bancos de Dados (GBD). Ex: Access, MySQL. Aula presecencial.indd 44 05/06/2013 11:35:25 45AulA 2 TÓPICO2 Em educação a distância há, por trás de professor e tutores, uma equipe que ajuda no planejamento, criação e suporte do cenário tecnopedagógico em que vai se desenvolver a aprendizagem. Isso tudo para garantir que o estudante aprenda de maneira rica, eficaz e com qualidade, conforme os objetivos das disciplinas e do curso. Para isso, deve-se propiciar um ambiente virtual de aprendizagem que permita a ocorrência de todas as interações possíveis para o bom andamento do curso. Rocha e Joye (2011) consideram que, na EaD, não há como dissociar pedagogia e tecnologia, visto que é a relação entre essas duas dimensões que permite a existência da EaD, daí o surgimento do termo tecnopedagogia. Para atender a uma crescente demanda, foram desenvolvidas muitas plataformas que dão suporte às atividades de educação a distância. Essas plataformas, também chamadas de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), priorizam algumas funcionalidades que devem ser usadas para garantir que ocorram, efetivamente, as relações de comunicação, a difusão e tratamento do conteúdo, a gestão e as interações necessárias ao processo educativo. tópiCo 2 Ferramentas de organização, gestão e comunicação em EaD oBJetiVo • Identificar as ferramentas de organização, gestão e comunicação em educação a distância Você Sabia? Você Sabia? Você Sabia? Você Sabia? Aula presecencial.indd 45 05/06/2013 11:35:25 Educação a d is tânc ia46 Class (2001) elege um grupo de ferramentas com funções de informação, comunicação, colaboração, gestão e atividades como as mais adequadas para aprendizagem virtual. O autor observa que essas cinco funções apresentam o que é necessário para um ambiente de aprendizagem integrado e organizado (como no mundo físico, presencial), uma vez que agregam em um só ambiente virtual os elementos e funcionalidades necessários a todos os aspectos da formação. Abaixo, cursista, você pode ver cada uma das funções esclarecidamente. • Funções de INFORMAÇÃO: têm como usos gerar, armazenar, veicular, processar e reproduzir a informação. • Funções de COMUNICAÇÃO: incluem toda forma de veicular informação, inclusive as mídias mais tradicionais, como o uso de pergaminhos, de tambores na selva, de livros, de revistas, do rádio, da TV, do vídeo, das redes de computadores etc. • Funções de INTERAÇÃO: permitem elaboração e manipulação conjunta de conteúdos específicos por parte do emissor (professor- tutor/aluno) e do receptor (aluno/professor-tutor), codificando-os, decodificando-os, recodificando-os conforme as suas realidades individuais e a cultura em que vivem. • Funções de COLABORAÇÃO, por sua vez, permitem a otimização do trabalho em equipe, permitem a aprendizagem colaborativa, favorecem o uso de diferentes linguagens, atendem a diferentes estilos de aprendizagem. A figura abaixo mostra esse universo de funções e funcionalidades associadas. Figura 1 - Aspectos conceituais de um ambiente de aprendizagem integrado (Class, 2001) Aula presecencial.indd 46 05/06/2013 11:35:26 47 Veja que o espaço virtual reproduz as funções e os espaços correspondentes. O ambiente virtual em que você está interagindo agora, o Moodle, possui uma forte conotação espacial e funcional, como se você estivesse em um ambiente físico de ensino da instituição. Nele você interage com os espaços onde circula a informação, a comunicação, a gestão do ensino e do conteúdo, a colaboração, a gestão das atividades didáticas e avaliativas, conforme os objetivos estabelecidos nos planos das disciplinas. Abaixo, confira imagem da página inicial do Moodle na educação a distância do IFCE. Figura 2 - Ambiente Moodle – IFCE (http://virtual.ifce.edu.br/moodle/) Ainda assim, é preciso observar que, mesmo estabelecidos os espaços no ambiente virtual, é necessário o uso de diversas outras ferramentas para as tarefas de organização, gestão, informação e comunicação. AulA 2 TÓPICO2 Aula presecencial.indd 47 05/06/2013 11:35:26 Educação a d is tânc ia48 Uma das habilidades que um aluno virtual deve ter é saber utilizar o ambiente virtual de aprendizagem de forma eficiente, visto que todos os processos de ensino-aprendizagem ocorrerão nesse espaço. Em vista disso, por meio de uma abordagem teórico-prática, discutiremos o que são esses ambientes, do que são compostos e quais são suas potencialidades educativas. É importante salientar, ainda, que a educação a distância (EaD), no modelo atual, objetiva uma aprendizagem que se desenvolva coletiva e individualmente. Para a viabilização desse processo, é necessário que os cursos a distância ofereçam ambientes com ferramentas síncronas e assíncronas capazes de oferecer interatividade nas discussões, ou seja, compartilhamento de ideias entre os seus participantes. Ferramentas síncronas: são aquelas que promovem a comunicação em tempo real, ou seja, ao mesmo tempo entre os interlocutores que participam da atividade de interação. Ex: bate-papo Ferramentas assíncronas: são aquelas que promovem a comunicação em tempos diferentes. Os usuários não precisam estar conectados ao mesmo tempo para se comunicar com os outros colegas. Ex: fórum tópiCo 3 Ferramentas interativas do Moodle oBJetiVos • Apresentar o ambiente Moodle • Descrever as ferramentas de interação do ambiente Moodle • Apresentar outras ferramentas que fazem parte dos cursos a distância do IFCE e suas funcionalidades Aula presecencial.indd 48 05/06/2013 11:35:26 49 ferrAmentAS interAtiVAS Atualmente, em função dos avanços tecnológicos, ao se pensar em EaD, surgem diversos ambientes de aprendizagem, entre eles estão Aulanet, Solar, E-proinfo, TelEduc, Moodle, entre outros. Este último é o utilizado em nosso curso. Por meio dele, então, você acessaas aulas, interage com os demais participantes e posta as atividades. Obtenha mais informações sobre os ambientes virtuais de ensino nos seguintes sites: Aula net http://www.eduweb.com.br/aulanet/ Solar http://www.solar.virtual.ufc.br/ e-proinfo http://eproinfo.mec.gov.br/ Teleduc http://www.teleduc.org.br/ Moodle http://www.moodle.org.br/ Podemos dizer que o Moodle, como plataforma virtual de aprendizagem, conta com uma diversidade de recursos e ferramentas que propiciam a vocês possibilidades de explorar o conteúdo e as atividades de uma maneira mais dinâmica e interativa. O conjunto de ferramentas é dividido de acordo com os objetivos a que se pretende alcançar. Veja, abaixo, uma classificação desses recursos. 1. Ferramentas de comunicação e discussão: fórum e chat. 2. Ferramentas de avaliação e de construção coletiva: tarefa, wikis e glossários. AulA 2 TÓPICO3 3. Ferramentas instrucionais: lições (quiz). 4. Ferramentas de pesquisa e opinião: enquetes, referendos e questionários. A primeira ferramenta a ser apresentada é o fórum. Vale mencionar que esse recurso será bastante utilizado ao longo das disciplinas do seu curso, proporcionando ricos momentos de discussão. Saib a M ais Saiba Mais Aula presecencial.indd 49 05/06/2013 11:35:27 Educação a d is tânc ia50 Fórum O fórum consiste em uma discussão, no ambiente virtual, sobre um tema específico. É uma ferramenta de grande importância, pois permite a comunicação entre professores e alunos a qualquer momento, desde que se tenha um computador disponível e conectado à internet. De certa forma, podemos considerar o fórum como uma caixa de correio online, onde professor e alunos podem postar suas mensagens e fazer uma leitura das intervenções e explanações de todos os participantes envolvidos no curso. O fórum, como um espaço de discussão coletiva, permite que cada participante, ao ler a mensagem do seu colega, acrescente comentários, concorde ou até mesmo seja divergente da opinião do outro. A forma assíncrona de comunicação dessa ferramenta permite que o participante use seu tempo pessoal para elaborar suas reflexões sobre o tema que está sendo discutido. Abaixo, confira imagem que apresenta o template dessa ferramenta. No lado direito, cursista, veja que aparece o local em que são feitas as avaliações das postagens. Esse recurso chama-se learning vectors. Quando o professor escolhe uma das cores e clica nela, uma nota correspondente é atribuída ao aprendiz e registrada no sistema de avaliação do Moodle. Os Learning Vectors são indicadores de aprendizagem desenvolvidos para auxiliar o processo de avaliação em AVA. Como instrumento de avaliação online, os LVs reúnem aspectos qualitativos e quantitativos no acompanhamento de desempenho do aprendiz ao possibilitarem feedbacks constantes de suas ações. Fonte: http://seer.ufrgs.br/renote/article/view/14711 Saib a M ais Saiba Mais Aula presecencial.indd 50 05/06/2013 11:35:27 51 Figura 3 - Espaço Fórum de discussão Figura 4 - Tela de bate-papo do Moodle AulA 2 TÓPICO3 A sala de bate-papo do Moodle é uma ferramenta simples de comunicação que permite a professores e alunos comunicarem-se em tempo real (online). Seu funcionamento é semelhante a um sistema de mensagens instantâneas, como o MSN, por exemplo. No bate-papo, é preciso que todos os participantes estejam online (ferramenta síncrona), ou seja, conectados à internet, logados no ambiente Moodle e dentro dessa “sala” para que seja possível a comunicação. Essa ferramenta pode ser útil como espaço de discussão, de esclarecimento de dúvidas, mas também pode ter outros usos, tais como discussão de vídeos ou textos, por exemplo. Aula presecencial.indd 51 05/06/2013 11:35:27 Educação a d is tânc ia52 Figura 5 - Escrever mensagem mensagem A ferramenta mensagem possibilita a troca de mensagens instantâneas entre os participantes do curso. Na imagem seguinte, é possível visualizar uma mensagem recebida. Para acessá-la, é necessário clicar no ícone em forma de carta situado ao lado do nome do autor. Wiki É um recurso que permite construir documentos de forma coletiva, usando um navegador da internet. Esse tipo de tecnologia aumenta a velocidade de criação e atualização de páginas desenvolvidas por vários autores ao mesmo tempo, sem haver a necessidade de revisões antes de as modificações se tornarem efetivas. Dessa forma, o Wiki, no Moodle, tem o objetivo de proporcionar aos participantes de um curso, um grupo, por exemplo, um trabalho em conjunto para adicionar páginas web e expandir e modificar seus conteúdos. O texto/página vai sendo escrito aos poucos e com a participação de todos. As versões antigas da produção textual nunca são apagadas, podendo ser inclusive restauradas. Aula presecencial.indd 52 05/06/2013 11:35:27 53AulA 2 TÓPICO3 Figura 6 - quiz No Wiki, os textos podem ser editados, utilizando-se, para isso, recursos comuns de edição de textos, acrescidos de outros recursos, que ampliam as possibilidades de criação. Os autores dos textos, sejam eles professores ou alunos, podem desenvolver estilos diferentes de texto, inserir lista, hiperlinks, tabelas e figuras de acordo com a necessidade da atividade. A partir da inserção da primeira página, nomeada pelo próprio usuário (professor ou aluno), existem as possibilidades de reversão da página editada, ou seja, a possibilidade de se disponibilizar a página antiga, sem perda do seu texto novo ou antigo. A administração da página e a criação de links podem ser feitas pelos próprios alunos ou pelo professor. tareFa Uma tarefa consiste na descrição ou enunciado de uma atividade a ser desenvolvida pelo aluno, que pode ser enviada, em formato digital, ao local indicado no ambiente Moodle. Você pode solicitar aos seus alunos atividades como redações, projetos, relatórios, imagens, resoluções de exercícios, textos, resumos, entre outras. glossário É uma ferramenta em que o professor/tutor e alunos podem construir uma espécie de dicionário, no qual serão inseridos conceitos referentes ao conteúdo estudado. lição ou Quiz Trata-se de uma ferramenta que permite ao professor criar testes objetivos com diversos tipos de perguntas (verdadeiro ou falso, múltipla escolha, respostas curtas). A nota é atribuída automaticamente. Aula presecencial.indd 53 05/06/2013 11:35:28 Educação a d is tânc ia54 Figura 7 – Tela da webconferência WebConFerênCia Essa ferramenta promove encontros virtuais entre dois ou mais participantes em locais diferentes, distantes geograficamente, podendo utilizar diversos recursos tais como texto, imagens, áudio, vídeo, compartilhamento de arquivos e tela de computador, quadro branco etc. Segundo Santiago (2010, p. 14) A webconferência consiste em uma ferramenta que permite realizar interações síncronas online com múltiplos recursos interativos como chat, áudio, voz, vídeo, compartilhamento de tela, arquivos, apresentações/slides, dentre outras várias opções de gerenciamento de conferência por meio de configuração de permissões e tipos de usuário, permitindo diferentes formas de apresentação de acordo com a finalidade, comercial ou educacional. No quadro da UAB, a webconferência é usada para dar aulas, fazer apresentações, organizar reuniões de trabalho e sessões tira-dúvidas. Veja figura 7: Os principais recursos disponíveis num sistema de webconferência podem ser observados na figura 8. Aula presecencial.indd 54 05/06/2013 11:35:28 55 Figura 8 – Recursos da webconferência AulA 2 TÓPICO3Videoaulas São aulas gravadas em vídeos pelo professor-formador, pelo conteudista ou pelo professor-tutor para a explicação de um conteúdo ou de uma aula prática. Com a apresentação desses recursos e ferramentas, concluímos nossa aula e esperamos que tenham sido proveitosas as informações compartilhadas até agora. É importante que você, cursista, relacione as questões exploradas, nas aulas desse primeiro módulo, com os seus estudos no ambiente para que obtenha bons resultados como estudante virtual. Até a próxima aula! Aula presecencial.indd 55 05/06/2013 11:35:29 Educação a d is tânc ia56 referênCiAS AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica. 7ed. Piracicaba: UNIMEP, 1999. BEHRENS, Maria Aparecida. In: MORAN, J. M., MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. 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É professora e pesquisadora do INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ (anterior CEFETCE). Coordena a Diretoria de Educação a Distância do IFCE-DEAD- e seus cursos da Universidade Aberta do Brasil (UAB), bem como projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de EaD. Colabora com a UECE e UFC em programas de Pós-Graduação. Áreas de atuação predominantes em docência e projetos: educação a distância, Informática Educativa, Produção e Avaliação de Materiais Didáticos Digitais, Didática e Metodologias de Ensino, Metodologia da Pesquisa Científica e Tecnológica. Cristiane Borges Braga Possui graduação em Pedagogia formada pela Universidade Federal do Ceará (2001). Mestre em Computação Aplicada pela Universidade Estadual do Ceará. Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Telemáticas Educativas, atuando principalmente nas seguintes áreas: tecnologias da informação e comunicação, formação de professores, informática educativa, educação a distância e design instrucional. É professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará- Campus Quixadá. Eliana Alves Moreira Mestre em Ciência da Computação, na área de concentração: Informática Educativa pela Universidade Estadual do Ceará (UECE,2007). Especialista em Planejamento Educacional,Universidade Salgado de Oliveira (1996). Possui Licenciatura Plena em Química (UECE,2000) e Licenciatura em Ciências (UECE,1986). Professora efetiva da Rede Pública do Município de Fortaleza/Secretária Municipal de Fortaleza (SME) da área de Matemática e Laboratório de Informática. Atualmente é professora pesquisadora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) atuando na coordenação de tutores na modalidade em educação a distância (EAD) da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e compõe a Diretoria de Educação a Distância (DEAD). Participa do projeto do IFCE Eudcação a Distância;Telemática Aplicada ao Ensino. Aula presecencial.indd 58 05/06/2013 11:35:29 59 Gilvandenys Leite Sales Doutor em Engenharia de Teleinformática pela Universidade Federal do Ceará (UFC / 2010), mestre em Informática Educativa (UECE/CEFET-CE / 2005), Especialista em Metodologia do Ensino Superior (UNICAP-PE / 1989) e Graduado em Licenciatura em Física pela Universidade Católica de Pernambuco (1987); Atualmente é professor titular do Instituto Federal do Ceará e Defendeu sua tese de doutorado no Departamento de Engenharia de Tele-Informática da UFC em Nov 2010. Nossa tese, que trata de um instrumento de avaliação para ambientes virtuais de aprendizagem, denominado Learning Vectors-(LV) obteve o prêmio de melhor Tese de 2010 no concurso do SBIE/WIE 2011 promovido pela Sociedade Brasileira de Computação. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em desenvolvimento de Software Educativo e/ou Objetos de Aprendizagem (OA) voltado para Física e Matemática. É ainda professor de Física do IFCE e Tutor à distância, Formador e Especialista em Conteúdos da Universidade Aberta do Brasil. JaneFontes Guedes Possui graduação em Pedagogia (UFC-1999), Especialização em Informática Educativa e Mídias em Educação (UFC-2005) e mestrado em Educação Brasileira (eixo temático: Tecnologias Digitais na Educação) pela Universidade Federal do Ceará (2010). Atualmente é pesquisadora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Tecnologia Educacional, atuando principalmente nas áreas: Educação a Distância, Design Instrucional, Formação de Professores e Produção de Material Didático Digital para Educação a Distância. Bolsista EXP/CNPq - 2010/2011- Projeto de Formação GESAC- IFCE/MEC/MCT. Regina Santos Young Possui graduação em Pedagogia pela UNIFOR (2004), Especialização em Informática Educativa pela Universidade Federal do Estado do Ceará-UFC (2005), Mestrado em Educação Brasileira pela UFC (2008) e é doutoranda em educação brasileira pela UFC. Atualmente, desenvolve pesquisas sobre educação e tecnologias digitais e informática educativa no Laboratório de Pesquisa Multimeios da UFC. Atua como professora-tutora em disciplinas do Curso de Licenciatura em Matemática no IFCE. É professora efetiva da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e participa do Grupo de Estudos e Pesquisas em Teorias de Ensino e Práticas Educativas (UERN). CurríCulo Aula presecencial.indd 59 05/06/2013 11:35:29