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FACULDADES INTEGRADAS SÃO JUDAS TADEU BRUNA BAPTISTA LIMA A EVASÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) PORTO ALEGRE, RS 2018 BRUNA BAPTISTA LIMA A EVASÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de Pedagogia das Faculdades Integradas São Judas Tadeu, sob orientação da Profª Greice M. M. Chaves, para obtenção de aprovação da disciplina de Educação de Jovens Adultos II. PORTO ALEGRE, RS 2018 INTRODUÇÃO O projeto de pesquisa foi elaborado sob a orientação o da professora Mirianne Almeida, como ferramenta de pesquisa e observação no âmbito escolar na aprendizagem dos jovens e adultos e nos problemas acarretados nas turmas de EJA. A pesquisa será realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental Alvarenga Peixoto, na cidade de Porto Alegre, com propósito baseados em questionamentos sobre as causas da evasão escolar, nas séries iniciais. Na modalidade Educação de Jovens e Adultos há uma série de problemáticas que interferem no desenvolvimento cognitivo dos educando. Em geral, percebe-se que os principais problemas sãos encontrados na falta de qualificação dos professores que, na maioria das vezes, não são preparados para esse público. Além do material didático, que não é contextualizado a partir da realidade dos alunos e das condições de vida deles que não favorece seu desenvolvimento educacional. Por exemplo, no Brasil, a EJA tem se integrando, ao longo dos tempos como uma área metódica para conceber igualdade social, no processo de escolarização. Através de observações e estudos podemos compreender o que acarreta as altas taxas de evasão nas turmas de EJA nos anos iniciais na escola. Verificando e detectando essas deficiências pretendemos constatar a instrução dos educadores e educandos. PROBLEMATIZAÇÃO Na educação o índice de evasão escolar vem aumentando demasiadamente e por isso é indispensável à observação da questão de pesquisa: O que causa a evasão escolar na modalidade EJA na Escola Alvarenga Peixoto, na cidade de Porto Alegre? Tal pergunta decorre de problemas cotidianos que precisam de explicação. OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Compreender a causa da evasão escolar na modalidade EJA na Escola E.E.F. Alvarenga Peixoto. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar as dificuldades encontradas na turma de EJA na Escola E.E.F. Alvarenga Peixoto. Avaliar o perfil do professor da Educação de Jovens e Adultos. Analisar os materiais didáticos usados na Educação de Jovens e Adultos. REFERENCIAL TEÓRICO Atualmente, evasão escolar nas turmas de EJA é um tema pertinente que está presente na cidade de Porto Alegre. E diante da falta de qualificação dos professores, do material didático, que não é contextualizado e das condições de vida dos educandos que não favorece o desenvolvimento educacional dos educandos. Segundo Gadotti (2003, p. 95) a Educação Permanente é um aumento de formação profissional que serve “para torná-los mais rentáveis e melhor adaptados às novas exigências e mudanças tecnológicas do desenvolvimento econômico e industrial; um álibi para manter os filhos das classes populares distantes da totalidade da cultura”. Outro ponto importante para o desenvolvimento educacional dos jovens e adultos seria uma rigorosa análise aos materiais didáticos. Como mostra Menegolla (1989, p.09), “o professor necessita selecionar os conteúdos que não sejam portadores de ideologias destruidoras de individualidades ou que venham atender a interesses opostos aos indivíduos”. De acordo com o ponto de vista de Menegolla (1989, p. 09.) a seleção de conteúdo é de alto valor pedagógico, que deve estar direcionados aos interesses sociais, culturais e históricos do aluno, para que as aulas sejam significativas e atraentes, que sirva para o despertar ideológico, conduzindo para o meio social como cidadão crítico, questionador e formador de opiniões. Precisamos verificar também os perfis dos alunos, pois na maioria das vezes estudos têm apontado aspectos sociais considerados como determinantes da evasão escolar, dentre os problemas mais frequentes se encontram: a desestruturação familiar, as políticas de governo, o desemprego, a escola e a própria criança, sem que, com isto, eximam a responsabilidade da escola no processo de exclusão das crianças do sistema educacional. Assim, faz-se necessário analisar todos os fatores em geral, partindo das discussões de Freire (FREIRE, 1997, p.81) que nos dias atuais as consequências da evasão escolar têm sido drásticas seus resultados, apesar de surgir atualmente, novas políticas de incentivo em vários campos de alfabetização para jovens e adultos. A partir dessas conclusões, tenho em vista também algumas considerações no sentido de recomendar que sejam feitos cursos regulares de capacitação para os profissionais atuantes nas classes da EJA, revisões nos materiais didáticos, acrescentado de contextos sociais dos alunos, apoio dos familiares que são a base para o andamento no processo educativo e mudanças nos espaços escolares para que assim os educandos possam motivá-los. É oportuno lembrar que todos podem e devem contribuir para o desenvolvimento da EJA: os governantes devem implantar políticas integradas para a EJA, às escolas devem elaborar um projeto adequado para seus próprios alunos e não seguir modelos prontos, os professores devem estar sempre atualizando seus conhecimentos e métodos de ensino, os alunos devem sentir orgulho da EJA e valorizar a oportunidade que estão tendo de estudar e ampliar seus conhecimentos. À sociedade cabe contribuir com a EJA não discriminando essa modalidade de ensino nem seus alunos, e por fim, as pessoas em geral que conhecerem um adulto analfabeto deve falar da importância da educação e incentivá-los a procurar uma escola de EJA. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Em relação ao método adotado como instrumento de análise do estudo, será utilizada a pesquisa bibliográfica em livros, textos, artigos, e teses primeiramente para fundamentar o problema, depois será feito uma pesquisa de campo para observar e compreender o problema a ser pesquisado. RESULTADOS PARCIAIS A construção desse trabalho envolveu uma observação nos dias 19 a 21 de Junho de 2018, na turma de EJA na Escola E. E. F. Alvarenga Peixoto, para a compreensão da evasão nessa modalidade. Através de questionários semiabertos respondidos por alunos e professores sobre o modelo de avaliação adotada pelo professor, os recursos utilizados e os cursos de capacitação oferecidos pelo governo ou município. Com base nos questionários respondidos, entende-se que realmente há uma grande existência de problemáticas que interferem nas turmas de EJA. Por exemplo: Professores e alunos citaram que não são incentivados pelo município ou Estado, os professores não fazem cursos de capacitação para estarem licenciando nessa modalidade, a estrutura física do Colégio, que não são apropriadas para as turmas e a falta de material adequado para ensinar e alunos descreveram que a metodologia dos professores é baseada na abordagem tradicionalista. Com os dados obtidos podemos perceber que se devem diversificar os conteúdos programáticos, reformular a metodologia para que o aluno possa interagir com a turma e assimile os conteúdos passados. O governo ou município poderia atribuir incentivo na parte física do Colégio, nos recursos para a utilização em sala e em capacitações dos educadores. REFERÊNCIAS ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. 2 ed. São Paulo: Moderna, 1996. CARNEIRO, Selma de Souza. Práticas Escolares para diminuir a evasão na EJA ‘disponível em: < Acesso em 21 de Outubro de 2014 às 22h54min>’. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. 184 p. FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 26 ed. Rio de Janeiro- RJ: Paz e Terra, 1997. HADDAD, Sérgio, DI PIERRO, Maria Clara. Aprendizagemde jovens e adultos: avaliação da década da educação para todos. Vol. 1, São Paulo em Perspectiva, 2000. MOURA, Tânia Maria de Melo. A prática pedagógica dos alfabetizadores de jovens e adultos: contribuições de Freire, Ferreiro e Vygotsky. 2 ed. Maceió: EDUFAL, 2001.