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Apostila Programação em sistemas I

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Prévia do material em texto

PROGRAMAÇÃO 
DE SISTEMAS I
Professor Esp. Ronie Cesar Tokumoto
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; TOKUMOTO, Ronie Cesar. 
 
 Programação de Sistemas I. Ronie Cesar Tokumoto. 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. Reimpressão - 2018 
 135 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Programação 2. Sistemas . 3. Engenharia 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-0839-5
CDD - 22 ed. 005
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Minco�
James Prestes
Tiago Stachon 
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Diretoria de Graduação e Pós-graduação 
Kátia Coelho
Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine
Head de Produção de Conteúdos
Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais
Nádila Toledo
Supervisão Operacional de Ensino
Luiz Arthur Sanglard
Coordenador de Conteúdo
Fabiana de Lima
Design Educacional
Ana Claudia Salvadego, Isabela Agulhon Ventura
Iconografia
Ana Carolina Martins Prado
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Fernando Henrique Mendes
Revisão Textual
Silvia Caroline Gonçalves
Ilustração
Bruno Cesar Pardinho
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um 
grande desafio para todos os cidadãos. A busca 
por tecnologia, informação, conhecimento de 
qualidade, novas habilidades para liderança e so-
lução de problemas com eficiência tornou-se uma 
questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilida-
de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-
sos farão grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar 
assume o compromisso de democratizar o conhe-
cimento por meio de alta tecnologia e contribuir 
para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a 
educação de qualidade nas diferentes áreas do 
conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-
tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-
quisa-extensão com as demandas institucionais 
e sociais; a realização de uma prática acadêmica 
que contribua para o desenvolvimento da consci-
ência social e política e, por fim, a democratização 
do conhecimento acadêmico com a articulação e 
a integração com a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-
meja ser reconhecido como uma instituição uni-
versitária de referência regional e nacional pela 
qualidade e compromisso do corpo docente; 
aquisição de competências institucionais para 
o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-
solidação da extensão universitária; qualidade 
da oferta dos ensinos presencial e a distância; 
bem-estar e satisfação da comunidade interna; 
qualidade da gestão acadêmica e administrati-
va; compromisso social de inclusão; processos de 
cooperação e parceria com o mundo do trabalho, 
como também pelo compromisso e relaciona-
mento permanente com os egressos, incentivan-
do a educação continuada.
Pró-Reitor de 
Ensino de EAD
Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou 
seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de 
Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista 
às aulas ao vivo e participe das discussões. Além dis-
so, lembre-se que existe uma equipe de professores 
e tutores que se encontra disponível para sanar suas 
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza-
gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e 
segurança sua trajetória acadêmica.
A
U
TO
R
Professor Esp. Ronie Cesar Tokumoto
Pós-graduado em Gestão Escolar Integrada e Práticas Pedagógicas pela 
Faculdade Eficaz (2015), em tutoria em Educação a Distancia pela Faculdade 
Eficaz (2013), e em Docência no Ensino Superior pelo Centro Universitário 
Maringá (Unicesumar/2013). Bacharel em Informática pela Universidade 
Federal do Paraná (UFPR/2001). Atualmente é tutor mediador no EaD/
Unicesumar e professor na rede estadual de ensino do Paraná, em Sarandi, e 
em cursos Técnicos Profissionalizantes. Tem experiência em Coordenação de 
Curso Técnico (2013), e em palestras e eventos organizados para o mesmo 
curso. 
Para informações mais detalhadas sobre sua atuação profissional, pesquisas e 
publicações, acesse seu currículo, disponível no endereço a seguir:
http://lattes.cnpq.br/2653232632701400
SEJA BEM-VINDO(A)!
Caro(a) aluno(a), este material visa permitir que os conceitos fundamentais do desenvol-
vimento de sistemas utilizando a linguagem de programação Java sejam conhecidos e 
compreendidos de forma simples e objetiva.
O mercado de trabalho para desenvolvedores Java está aquecido, dando sinais de que 
tende a crescer ou, pelo menos, de se manter forte por um bom tempo, devido à evo-
lução da TI (Tecnologia da Informação) e das características favoráveis que a linguagem 
oferece.
A primeira unidade trata dos conteúdos básicos referentes à própria linguagem, como 
um resumo de sua história, características que a linguagem possui e oferece aos seus 
desenvolvedores, versões disponíveis de aplicações possíveis e de que forma são orga-
nizados os chamados pacotes disponibilizados pela Oracle, atual proprietária da própria 
linguagem em si, criada pela Sun, a qual foi adquirida pela referida empresa há algum 
tempo.
Na segunda unidade, são tratados conceitos relativos à linguagem em si, como as cer-
tificações oficiais sobre o desenvolvimento em linguagem Java, oferecidas pela Oracle, 
assim como os conceitos básicos sobre o processo de desenvolvimento de aplicações 
em Java, seu ambiente de desenvolvimento, plataforma de execução e formas de pro-
gramação na linguagem. Também são tratados os conceitos do processo de compilação 
e execução de códigos em linguagem Java usandoos utilitários do pacote JDK de de-
senvolvimento.
Na terceira unidade, são vistos os conceitos de programação em linguagem Java, junta-
mente com os princípios da programação envolvendo os conceitos de tipos de dados, 
variáveis, constantes e operadores. Também são vistos detalhes complementares ini-
ciais como o uso de comentários e do utilitário de documentação do pacote JDK. O uso 
da identação para um correto alinhamento de instruções também é tratado. 
Já na quarta unidade, são vistos os conceitos de fluxo de dados, juntamente com o uso 
de sua entrada e saída por meio de bibliotecas padrão Java. Também são vistos os con-
ceitos de vetores e matrizes que representam importantes estruturas de dados.
Na última unidade, temos conteúdos relacionados ao tratamento de exceções que 
possam ocorrer em tempo de execução e que sejam previsíveis, além de um pequeno 
exemplo de aplicação para auxiliar na compreensão do conteúdo geral da disciplina e 
no entendimento da fase de testes.
Assim, por meio de todo esse conteúdo, aliado à disciplina complementar de Programa-
ção de Sistemas II, será possível oferecer um material de aprendizado para uso futuro na 
carreira profissional.
APRESENTAÇÃO
PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS I
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM JAVA
15 Introdução
16 Histórico Resumido da Linguagem Java 
18 Características da Linguagem Java 
20 Segurança 
22 Versões e Extensões em Java 
25 Desenvolvimento de Software Em Java 
27 Considerações Finais 
31 Referência 
32 Gabarito 
UNIDADE II
PARTICULARIDADES DA LINGUAGEM JAVA
35 Introdução
36 Ambiente de Desenvolvimento Java 
38 Plataformas Java 
41 Formas de Programação em Java 
42 Tipos de Aplicativos 
44 Pacotes de Desenvolvimento 
45 Compilação e Execução 
SUMÁRIO
10
50 Considerações Finais 
54 Referências 
55 Gabarito 
UNIDADE III
INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO JAVA
59 Introdução
60 Fundamentos de um Programa Java 
61 Instruções Básicas 
72 Expressões 
74 Identação e Espaçamento 
77 Considerações Finais 
83 Referências 
84 Gabarito 
UNIDADE IV
MANIPULAÇÃO DE DADOS
87 Introdução
88 Fluxo de Dados 
89 Entrada de Dados 
91 Saída de Dados 
95 Vetores e Matrizes 
SUMÁRIO
11
100 Considerações Finais 
104 Referências 
105 Gabarito 
UNIDADE V
COMPLEMENTOS E ESTUDO DE CASO
109 Introdução
110 Tratamento de Exceções 
117 Exemplo de Aplicação 
121 Fase de Testes 
123 Atualizações e Novas Versões 
129 Considerações Finais 
133 Referências 
134 Gabarito 
135 Conclusão 
U
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ID
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Professor Esp. Ronie Cesar Tokumoto
FUNDAMENTOS DA 
LINGUAGEM JAVA
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Conhecer a história e conceitos básicos da linguagem Java. 
 ■ Compreender os aspectos que tornam a linguagem segura.
 ■ Compreender as possibilidades de desenvolvimento de software em 
linguagem Java.
 ■ Compreender os conceitos de versão e extensão em Java.
 ■ Compreender como ocorre uma das formas de desenvolvimento de 
software.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Histórico resumido da linguagem Java
 ■ Características da linguagem Java
 ■ Segurança
 ■ Versões e extensões em Java
 ■ Desenvolvimento de software em Java
INTRODUÇÃO
Ao iniciar os estudos sobre a programação de sistemas utilizando a linguagem 
Java, temos uma grande ferramenta de trabalho para conhecer e explorar, de 
forma a construir uma base de conhecimento para preparar futuros profissio-
nais da área de desenvolvimento, complementando o aprendizado obtido em 
outras disciplinas e linguagens, como a linguagem C. 
Nesta primeira unidade, serão tratados os aspectos fundamentais do desen-
volvimento de aplicações em Java, como sua história e demais detalhes referentes 
à poderosa e popular ferramenta de trabalho.
Iniciando os estudos por meio da história da linguagem, é possível com-
preender o motivo de sua criação e de que forma ocorreu sua evolução, desde a 
implementação até as atuais modificações que mantêm a linguagem atual e aten-
dendo às necessidades do mercado. 
São expostas também algumas características da linguagem, citando-se a 
conexão com o desenvolvimento voltado à Internet e à forma pela qual são gera-
das aplicações em Java. 
Segurança é um requisito muito importante no desenvolvimento de apli-
cações e a linguagem Java permite um bom nível de segurança pela forma de 
desenvolvimento e execução de suas aplicações. 
Nesta unidade são apresentadas informações sobre como esse nível de segu-
rança é garantido e de que forma isso ajuda na popularização da linguagem para 
o desenvolvimento de projetos para as mais diversas finalidades. 
Também será trabalhada a versatilidade da linguagem na criação de diferen-
tes tipos de aplicação para as mais diversas plataformas (sistemas operacionais).
Finalmente, a forma como pode ser desenvolvida uma aplicação é tratada para 
mostrar que existem diversas alternativas de softwares próprios para o desenvol-
vimento de aplicações, chamados de ambientes integrados de desenvolvimento, 
capazes de oferecer diversos recursos de auxílio ao desenvolvimento de software.
Introdução
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FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM JAVA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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HISTÓRICO RESUMIDO DA LINGUAGEM JAVA
Olá caro(a) aluno(a), neste primeiro tópico, é importante citar que a linguagem 
foi concebida durante a década de 1990, na Sun Microsystems. Seus idealizadores 
foram James Gosling, Patrick Naughton, Chris Warth, Ed Frank e Mike Sheridan. 
Inicialmente com o nome de Oak, o qual, posteriormente, foi alterado para Java 
em 1995 (MANZANO, 2011), seu propósito inicial não era a Internet, mas apa-
relhos domésticos como linguagem para programação embarcada. 
Com a popularização da World Wide Web, o propósito da linguagem ser 
independente de plataforma ou hardware impulsionou a evolução da linguagem 
para que pudesse se adequar às necessidades da programação web. Sua forma 
singular de programação e a forma como permitia que o uso da Internet fosse 
muito mais interativo e repleto de novas possibilidades garantiram essa onda 
de profissionais interessados em desenvolver aplicações com a nova linguagem.
Assim como a tecnologia e a Internet, a linguagem teve atualizações em ver-
sões que foram sendo criadas para atender novas demandas e oferecer melhorias 
para o desenvolvimento web. A Sun desenvolvia novos pacotes para as novas 
versões, denominadas como J2SE, acrescidas de números indicativos da versão 
a partir 2, versões como J2SE 1.3, 1.4 e 5 foram surgindo e agregando funções 
ao desenvolvimento de programas. Conforme citado por Manzano (2011), a 
versão J2SE 5 representou uma segunda revolução na linguagem e, por isso, 
Histórico Resumido da Linguagem Java
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mudou o padrão de numeração definido pelas duas versões anteriores, pois além 
de melhorias no ambiente de desenvolvimento e alguns recursos importantes, 
a quinta versão reformulou certos aspectos da linguagem. Ela agregou recursos 
como os tipos genéricos, uma evolução no uso do laço de repetição for, uso de 
anotações, enumerações, uso de importação estática e argumentos em quanti-
dades variáveis, por exemplo.
A versão seguinte, Java SE 6 (forma reduzidade Java Plataform, Standard 
Edition 6), gerou aprimoramentos nas bibliotecas APIs, novos pacotes e otimi-
zações para a execução dos softwares desenvolvidos.
Na versão seguinte, Java SE 7, novos recursos foram adicionados, como mais 
incrementos em suas bibliotecas APIs, melhorias no tratamento de exceções e 
mudanças no uso da instrução switch.
Um ponto marcante da versão 7 foi o fato de ser uma primeira versão lançada 
após a aquisição da empresa Sun pela Oracle, em 2009, fato que, como sempre 
ocorre em negociações entre grandes companhias de tecnologia, cria muita apre-
ensão no mercado. A Figura 1 mostra uma versão do mascote Duke utilizado 
oficialmente pela companhia para representar seu novo produto.
Figura 1- Mascote Duke criado para o projeto *7 de 1992
Fonte: Oracle (2009, on-line)1.
FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM JAVA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Em 2016, foi lançada a versão 8, que promete grandes mudanças, as quais incluem 
a transformação na ideia da programação embarcada para a tendência da “Internet 
das Coisas”, programação em nuvem, possibilidade do uso de objetos genéricos, 
melhoria no tratamento de exceções, lambdas e anotações. Parte das novas fun-
cionalidades fará parte do escopo do livro por serem relevantes aos conteúdos do 
material, e os demais conteúdos podem ser buscados em outras fontes de pesquisa 
complementares sugeridas ao longo das unidades (ORACLE, [2017], on-line)2.
CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM JAVA
Algumas características fundamentais da linguagem Java são a programação 
baseada no paradigma orientado a objetos que, diferentemente do paradigma 
estruturado, é baseia no conceito de classes instanciadas em objetos indepen-
dentes para melhorar o reuso de código.
Além da reusabilidade, a portabilidade também é uma característica impor-
tante da linguagem, a qual garante que um mesmo código possa ser compilado e 
Características da Linguagem Java
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executado em diferentes plataformas (“write once, run anywhere”). Essa carac-
terística também melhora a possibilidade de divulgação de aplicações e sua 
distribuição, pois, sendo portátil, não é necessário criar versões específicas e, 
assim, toda aplicação acaba sendo multiplataforma. Possui recursos de rede por 
meio de bibliotecas para lidar com protocolos TCP/IP, HTTP e FTP, mantendo 
níveis de segurança aceitáveis pela restrição de execução.
Outra característica que ajudou a popularização da linguagem Java foi sua 
sintaxe baseada na linguagem C++ que já era popular há muito tempo, além da 
linguagem C++ conter uma grande quantidade de bibliotecas disponíveis para 
facilitar a codificação. A linguagem JAVA, assim como a linguagem C++, não se 
utilizam de ponteiros nem registros, pois ambos os elementos podem ser subs-
tituídos por outros do paradigma orientado a objetos que permitem o uso de 
recursos que podem ser até superiores em termos de programação e resultados 
computacionais (desempenho, facilidade de implementação e controle). Além 
dessas características, algumas técnicas, como desalocação automática de memó-
ria por meio de coletor de lixo e carregamento independente de componentes 
(classes) em tempo de execução.
Por ser uma linguagem com boa ortogonalidade (pouca redundância no desen-
volvimento de código), acaba proporcionando facilidade no desenvolvimento e 
interpretação de código. Permite programação web através de APIs próprias para 
trabalho com protocolos TCP/IP, FTP e HTTP, além de possibilidade de integra-
ção com linguagens próprias para web, como HTML e Javascript. Por ser uma 
linguagem fortemente tipada, os dados processados são mais precisos e passí-
veis de validação, reduzindo a ocorrência de imprevistos em tempo de execução.
 ■ Realiza a inicialização básica automática de variáveis criadas facilitando 
a prevenção de erros decorrentes de dados indevidos já existentes na área 
reservada em memória para cada variável criada.
 ■ Permite programação de aplicações concorrentes que possam aproveitar 
recursos avançados de hardware por meio de técnicas como multithreads 
(processos podem responder solicitações concorrentemente ou simul-
taneamente), e monitores (sincronia entre duas ou mais tarefas que 
compartilham recursos).
FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM JAVA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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O código fonte JAVA é compilado e gerado o código bytecode, que posterior-
mente se executado por uma JVM em tempo real. Esse processo reduz eficiência 
computacional, mas pela portabilidade proporcionada, acaba se tornando menos 
relevante para a maioria das aplicações atuais devido os melhores recursos de 
hardware e software.
SEGURANÇA
Um ponto importante no desenvolvimento de programas em Java é que, o código é 
compilar na geração do software. Códigos maliciosos não são executados diretamente 
Conhecer bem sua ferramenta de trabalho é fundamental e o mesmo vale 
na programação. Como se preparar para um mercado tão competitivo?
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sobre o sistema operacional, pois a interpretação dos arquivos intermediários Java 
(bytecode) e applets é restrita aos ambientes próprios para esses arquivos.
Assim, não tendo acesso livre fora do ambiente de interpretação de byteco-
des, não há motivo para códigos maliciosos se infiltrarem nesses tipo de arquivo 
e acabarem não sendo efetivos.
Além da segurança embutida pelo próprio sistema de uso de aplicações em 
Java, existem diversas outras formas de aumentar o nível de segurança e da garantia 
de uma correta execução por meio de diversos mecanismos adicionais, na forma 
de outros softwares que tenham função de segurança agregados ao sistema ope-
racional, como antivírus e ferramentas de proteção a invasões e perdas de dados.
Também existe a segurança que pode ser implementada na própria aplica-
ção por meio de mecanismos de segurança programados como autenticação de 
usuários, tratamento de exceções, validação de dados, e recursos programados 
como backup automático, por exemplo.
FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM JAVA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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VERSÕES E EXTENSÕES EM JAVA 
Figura 2 - Tela de download do plugin Java para navegadores, versão 8
Fonte: Java ([2017], on-line)2. 
Em decorrência das contínuas evoluções da linguagem, mudanças ocorreram 
em sua forma de uso e nas aplicações desenvolvidas de acordo com as demandas 
do mercado. Assim, um recurso largamente utilizado até então - os chamados 
applets, que são aplicações criadas para serem executadas como elementos em 
páginas da Internet - perderam sua força devido às guerras travadas entre as 
empresas desenvolvedoras de software para web.
Estas resolveram utilizar os recursos oferecidos pelo Javascript e HTML 5, 
que acabaram por substituir estas aplicações feitas em Java devido à necessidade 
do uso de plugins adicionados aos navegadores, os quais geravam dependência 
das mudanças que muitas vezes mostravam incompatibilidades entre applets 
criados em diferentes implementações da linguagem e versões dos plugins.
A proposta da versão 8 da linguagem Java é oferecer melhores condições 
para a produção de software embarcado, podendo criar uma nova onda na área 
de Tecnologia da Informação.
Versões e Extensões em Java 
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J2ME (MICRO-EDITION FOR PDAS AND CELL PHONES)
Pacote de desenvolvimento próprio para aplicativos para dispositivos móveis 
e embarcados, em que a forma como essas aplicações se comportam difere das 
demais plataformas devido às restrições físicas, como tamanho da tela e desem-
penho de hardware (ORACLE, [2017], on-line)2.
Aplicações para smartphones, tablets, aparelhos GPS, e eletrônicos mais 
modernos em geral, que contenham sistemas embarcados como geladeiras, reló-
gios e TVs do tipo Smart, os quais possuam recursos como acesso à Internet, 
baseiam-se na ideia de uma forte otimização no desenvolvimento de código para 
se adequar a recursos mais limitados de hardware em termos de memória tem-
porária e permanente, principalmente. Alguns dispositivos são potentes, mas 
apenas uma porcentagem dos usuários desse tipo de tecnologia possui apare-
lhos com grande poder computacional.
Em função dessa disparidade de equipamentos, códigos otimizados permi-
tem que todos tenham acesso aos aplicativos desenvolvidos, independentemente 
do dispositivo que utilizado ou do potencial do hardware a ser usado; é possível 
ajustar o código para adequar o desempenho do software, permitindo que sof-
twares sejam embarcados em dispositivos diversos.
Na onda da “Internet das coisas”, objetos antes capazes de funcionalidades 
bem específicas puderam adicionar novas funções com a inclusão de tecnologia 
e softwares embarcados capazes de adicionar novas funcionalidades aos obje-
tos. Roupas inteligentes capazes de realizar monitoramentos e eletrodomésticos 
conectados à Internet são exemplos de como a tecnologia está sendo capaz de 
alterar a forma de utilização dos objetos.
Importa destacar a preocupação que há quanto à evolução tecnológica, a qual 
está sendo retardada pela falha na infraestrutura necessária para oferecer ser-
viços de conectividade de qualidade, a fim de que os dispositivos possam estar 
conectados em qualquer lugar e com boa velocidade de transmissão e recepção 
de dados. Além da infraestrutura desequilibrada em todo planeta, não existem 
padronizações a produção desses dispositivos o que gera diferenças na produ-
ção de software e suas etapas, desde o desenvolvimento até o uso.
FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM JAVA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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J2SE (STANDARD EDITION) 
Pacote padrão para desenvolvimento e execução de aplicações Java contendo o 
compilador Javac e a máquina virtual JVM, além das bibliotecas (API) da lin-
guagem, e alguns utilitários como Javadoc (ORACLE, [2017], on-line)1.
J2EE (ENTERPRISE EDITION) 
Pacote mais completo que o J2SE, pois além dos componentes citados neste 
pacote, são incluídas as funcionalidades para a produção de aplicações corpo-
rativas (ORACLE, [2017], on-line)2.
JMX (JAVA MANAGEMENT EXTENSIONS)
Pacote para desenvolvimento de aplicações distribuídas, baseadas em web, imple-
mentado para a versão 5 da linguagem, mantendo seu uso em versões posteriores 
(ORACLE, [2017], on-line)2.
O mercado de desenvolvimento em Java sofre alterações frequentes e tipos 
de aplicações que, em determinado momento, podem ser muito populares. 
Com o passar do tempo, pode praticamente desaparecer, como é o caso 
dos applets que, por mudanças nas políticas dos desenvolvedores de na-
vegadores, estão deixando de manter a compatibilidade com plugins flash 
necessários para execução dos applets.
Esses plugins servem como máquinas virtuais Java integrados aos nave-
gadores para executar os miniaplicativos desenvolvidos e que tiveram um 
auge recente como opções de marketing e entretenimento na Internet.
Fonte: o autor.
Desenvolvimento de Software Em Java
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DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE EM JAVA
O desenvolvimento de software é uma das áreas mais importantes dentro do 
mercado de tecnologia da informação e depende diretamente de escolhas que 
são feitas durante o processo, desde a qualidade e quantidade de componentes 
da equipe para o projeto, até a escolha de quais linguagens poderão ser utiliza-
das no desenvolvimento dos softwares. Aliado a isso, é fundamental que, além 
do sucesso dos projetos, os custos e tempo sejam minimizados e a qualidade do 
produto seja mantida em bons níveis para aceitação. 
Usar a linguagem Java como alternativa para codificação faz com que o pro-
gramador lide com uma forma diferente de trabalho e funcionamento, na qual o 
código fonte não gere um arquivo executável, a exemplo do que ocorre com as lin-
guagens de programação compiladas para o desenvolvimento de software em geral.
Nesta linguagem, o código deve ser criado e salvo com extensão java em 
qualquer ambiente de desenvolvimento integrado (IDE) ou editor de textos sem 
formatação de tipo algum como nas demais linguagens de programação, pois 
não são considerados arquivos de texto como os arquivos do tipo doc utilizados 
na produção de documentos contendo formatações, imagens e outros elementos 
não utilizados em arquivos de código de quaisquer linguagens de programação.
Temos como exemplos de IDEs populares utilizados pelos profissionais 
de desenvolvimento de software a Netbeans ou Eclipse como opções muito 
populares entre os desenvolvedores, pelo fato de serem eficientes e gratuitas. 
FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM JAVA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E26
O desenvolvimento por meio de editores de texto simples, como o Bloco de 
Notas, que faz parte dos acessórios do sistema operacional Windows, é uma 
opção viável, pois por já fazer parte do sistema operacional, sabe-se que é total-
mente compatível e que não depende da aquisição de softwares adicionais para o 
desenvolvimento. Isso aumenta o nível de segurança para o hardware a ser utili-
zado pela não necessidade de buscas na Internet para download desses softwares 
com ambientes de desenvolvimento integrado. Nos livros de programação I e 
II, durante o desenvolvimento de exemplos em Java, foi utilizado como padrão 
o desenvolvimento sem o uso destes ambientes integrados para não tirar o foco 
da programação em si.
A forma com que se desenvolvem os códigos não influencia a qualidade dos 
softwares criados, mas pode influenciar o tempo de desenvolvimento e o modo 
de trabalho durante a codificação.
Para focar o estudo na linguagem em si, serão desconsiderados o uso de quais-
quer ferramentas simplificadoras como IDEs (conforme citado) ou Frameworks, os 
quais trazem muita facilidade, pois eliminam etapas importantes do aprendizado.
Paralelamente ao estudo da disciplina, é normal que você busque outras 
fontes ou alternativas de desenvolvimento de códigos. Porém, para a disciplina 
em si, deve ser focado o desenvolvimento baseado no que é visto na mesma, 
desconsiderando alternativas pesquisadas, pois isto prejudica a avaliação dos 
conhecimentos.
Considerações Finais
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, foi possível observar que uma série de detalhes indica os moti-
vos da grande popularidade da linguagem Java e servem de parâmetro para o 
início dos estudos da linguagem.
Tendo sua história inicialmente indicando uma finalidade distinta do atual 
uso da linguagem, seu uso para desenvolvimento de aplicações para diferentes 
sistemas operacionais e tendoforte ligação com a Internet, temos que a lin-
guagem Java evolui de forma a acompanhar as mudanças que ocorrem com a 
Internet e sua rápida evolução.
Suas características indicam que, por ser uma linguagem com boa facilidade 
de aprendizado e bons níveis de segurança, tornou-se preferência entre os pro-
fissionais desenvolvedores de sistemas em função da chamada portabilidade, a 
qual permitiu o desenvolvimento de uma única versão de uma aplicação para 
diferentes sistemas operacionais.
Outro ponto fundamental é a possibilidade de criação de uma variedade de 
aplicações por meio de diferentes pacotes de desenvolvimento disponibilizados e indi-
cados para o desenvolvimento de aplicações para dispositivos móveis, por exemplo.
Também foram tratadas opções de desenvolvimento de aplicações por meio de 
ambientes integrados capazes de oferecer ferramentas facilitadoras do trabalho de 
programadores com recursos automatizados e de auxílio à construção de código.
Assim, é possível observar que a linguagem Java permite que sejam cria-
das aplicações com tranquilidade, pois, além de recursos muito bons da própria 
linguagem, há ferramentas que auxiliam o processo de desenvolvimento e per-
mitem que o profissional tenha ajuda no desenvolvimento de suas aplicações.
Dando continuidade, na segunda unidade, será focada a parte relativa ao 
ambiente e às plataformas de execução de aplicações, além das opções de aplica-
ções que podem ser desenvolvidas para diferentes fins. Finalmente, é explanado 
o processo de compilação e execução de códigos.
28 
CERTIFICAÇÕES 
Existem certificações diversas que podem ser feitas para comprovar conhecimentos 
avançados em programação Java, além de proporcionar um incremento no currículo 
pessoal. Essas certificações são importantes para o mercado de trabalho, pois são com-
provações que mostram o preparo do profissional dentro de uma especialidade e ser-
vem de parâmetro para contratações.
Alguns tipos de certificações da Oracle para Java podem ser Oracle Certified Enterprise 
Architect (OCEA), Oracle Certified Mobile Application Developer (OCMAD), Oracle Certi-
fied Developer For Java Web Services (OCDJWS), Oracle Certified Business Component 
Developer (OCBCD), Oracle Certified Web Component Developer (OCWCD), Oracle Cer-
tified Java Developer (OCJD), Oracle Certified Java Programmer (OCJP), Oracle Certified 
Java Associate (OCJA) (ORACLE, [2017], on-line)2. 
Cada certificação se presta a uma habilidade específica de uma plataforma e linguagem 
Java. Todos os testes são realizados por uma empresa chamada Person VUE, sendo acei-
tos internacionalmente (ORACLE, [2017], on-line)2.
Observando as opções existentes de certificações, vemos que existe uma sequência ló-
gica que pode ser seguida de forma que a construção do conhecimento seja gradativa 
e mais eficiente.
Ter diferencial no mercado de trabalho por meio de certificações diversas é muito im-
portante, mas não adianta ter certificações e não ser capaz de aplicar o que é visto na 
teoria em prática com eficiência.
É preciso praticar muito os conceitos vistos para que sejam realmente úteis para o mer-
cado de trabalho, pois na área de tecnologia, o saber notório é muito comum e por 
vezes suficiente para muitas empresas.
Mas os melhores empregos demandam exigências e responsabilidades maiores que jus-
tificam maiores salários e cargos em empresas que tendem a crescer rapidamente, da 
mesma forma que podem também desaparecer, pois a área de tecnologia se modifica 
rapidamente.
Para o mercado, tanto a graduação quanto a certificação são diferenciais curriculares, 
assim como a experiência de trabalho. Para se destacar, é interessante acumular todos 
esses diferenciais. 
Fonte: o autor.
29 
1. A linguagem Java possui uma característica fundamental que é a programação 
baseada em um paradigma de programação específico. Com as novas imple-
mentações, está agregando conceitos de outro paradigma. Quais os nomes 
desses dois paradigmas aos quais se refere o enunciado?
2. Uma das bases da implementação da linguagem Java foi a linguagem C++, que 
serviu de base para boa parte da sintaxe do Java. Diversos recursos de uma lin-
guagem são utilizados na outra, mas existem dois que não estão presentes de-
vido à forma como é programar em java e seu paradigma. Cite esses recursos 
importantes que são implementados de forma distinta em Java com rela-
ção à linguagem C++.
3. Uma forte característica da linguagem Java é a sua portabilidade de código. O 
que vem a ser característica?
4. Para garantir esta portabilidade citada na questão anterior, um código em Java 
não é executado diretamente, como ocorre na interpretação de linguagens 
como HTML, mas por meio de passos. Um desses passos é a compilação do códi-
go escrito em linguagem Java em um tipo de arquivo intermediário e compatí-
vel com a plataforma a ser interpretada. Como se chama esse arquivo interme-
diário gerado pelo compilador Java e como se chama o compilador?
5. Dentre os tipos de aplicações desenvolvidas em Java temos um chamado J2ME, 
voltado para um destes tipos. Descreva qual seria este tipo de aplicação e 
para qual tipo de uso.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Java - Como Programar - 8. ed. 2010
Paul J. Deitel e Dr. Harvey M. Deitel
Editora: Prentice Hall
Sinopse: Já em sua oitava edição, este livro completo 
aborda inúmeros conceitos associados à programação 
em linguagem Java, abordando desde a programação 
básica, teoria do paradigma orientado a objetos e 
criação de interfaces grá� cas.
REFERÊNCIAS
31
MANZANO, J. A. N. G. Java 7 - programação de computadores: guia prático de 
introdução, orientação e desenvolvimento. 1 ed. São Paulo: Érica, 2011.
ORACLE, University. JAVA SE. [on-line]; Disponível em: http://education.oracle.com/
pls/web_prod-plq-dad/ou_product_category.getPage?p_cat_id=267. Acesso em 
29 mai. 2017.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1 Em: <https://www.java.com/pt_BR/download/win10.jsp> Acesso em: 29 mai. 2017
2 Em: <http://www.oracle.com/technetwork/articles/javaee/javaee6overview-
-part2-136353.html> Acesso em: 08 jun. 2017
GABARITO
1) Ponteiros e Registros.
2) Orientado a Objetos e Funcional.
3) Capacidade de um mesmo código poder ser executado em diferentes platafor-
mas e sistemas operacionais sem a necessidade de alterações no código, tendo 
apenas que utilizar para cada plataforma a JVM compatível e adequada.
4) Bytecode gerado pelo compilador Javac.
5) É relativo às aplicações para dispositivos móveis com menor capacidade de 
hardware, normalmente como telas menores ou hardware menos potente em 
termos de processamento ou armazenamento temporário e permanente.
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Professor Esp. Ronie Cesar Tokumoto
PARTICULARIDADES DA 
LINGUAGEM JAVA
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Complementar os conceitos iniciais vistos na unidade anterior. 
 ■ Conhecer como se pode desenvolver software em Java tendo acesso 
a exemplos de plataformas e ambientes de desenvolvimento.
 ■ Saber como pode ocorrer o processo de programação em Java.
 ■ Conhecer quais são os tipos de aplicativos criáveis em Java.
 ■ Entender conceitos de pacotes de desenvolvimento e como ocorre a 
compilação e execução em Java.
 ■ Compreender como ocorre o processo de uso de uma aplicação 
desenvolvida.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Ambiente de desenvolvimento Java
 ■ Plataformas Java
 ■ Formas de programação em Java
 ■ Tipos de aplicativos
 ■ Pacotes de desenvolvimento
 ■ Compilação e execução
INTRODUÇÃO
Iniciamos uma nova etapa de estudos. Essa segunda unidade complementa a 
unidade anterior, em que vimos conceitos relacionados à história da linguagem 
Java, e detalhes mais técnicos como suas características e funcionalidades que 
permitiram à linguagem se tornar tãopopular.
Nesta unidade, damos continuidade ao conhecimento de aspectos da lin-
guagem Java, mencionando aspectos de como é o funcionamento de aplicações 
em linguagem Java, tratando de como estas aplicações necessitam de um sof-
tware para interpretação das aplicações em cada diferente sistema operacional.
Comentaremos também como as evoluções tecnológicas afetam constan-
temente o mercado de desenvolvimento, criando demandas e abrindo espaços 
para novas linguagens e oportunidades, fazendo com que constantes mudanças 
na implementação da linguagem Java sejam necessárias para manter sua atrati-
vidade entre os profissionais.
As opções de aplicações diferentes possíveis de serem desenvolvidas também 
são retomadas para reforçar sua flexibilidade na criação de software e acrescentar 
pontos adicionais sobre tipos de aplicações e o uso de interfaces gráficas em projetos.
Recursos complementares, como bibliotecas com conteúdo pronto para uso 
em novos projetos são citados para mostrar, a exemplo do que ocorre em outras 
linguagens, que criar um banco de bibliotecas prontas pode facilitar e melhorar 
o processo de desenvolvimento.
Para o trabalho com Java, é preciso ter instalado na estação de trabalho um 
pacote de desenvolvimento de acordo com a plataforma instalada para realizar 
os procedimentos de compilação e execução de aplicações, além de outros recur-
sos adicionais citados ao longo do livro.
Para finalizar, o processo em si de compilação e geração do arquivo inter-
mediário para execução é tratado na última parte da unidade, exemplificando 
de que forma proceder para realizar estas etapas do desenvolvimento e teste de 
aplicações.
Seguindo adiante, na próxima unidade serão tratados os fundamentos da 
programação na linguagem Java e os primeiros aspectos como tipos de dados e 
instruções básicas já poderão ser conhecidos.
Introdução
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AMBIENTE DE DESENVOLVIMENTO JAVA
Olá, caro(a) aluno(a). É importante citar que neste primeiro tópico, indepen-
dentemente da opção de editor ou ambiente de desenvolvimento utilizado para 
criar programas em Java, um arquivo contendo código na linguagem Java com 
extensão “java” é convertido para criar arquivos bytecode com extensão “class” 
através de um compilador Javac, por exemplo.
Em um ambiente de desenvolvimento, o compilador Javac é componente pré-
-instalado ou que pode ser adicionado no caso de ambientes que podem aceitar 
mais de uma linguagem de programação diferentes. Este ambiente é capaz de 
compilar o código Java para geração do arquivo bytecode e interpretar o código 
em tempo real para testes de execução de dentro do próprio ambiente de desen-
volvimento (MANZANO, 2011).
Bytecodes são interpretados e executados por meio de máquinas virtu-
ais chamadas de Java Virtual Machine (JVM), que funcionam como um tipo 
de software que emula um ambiente padrão para execução de código bytecode 
próprio para cada plataforma na qual seja executado. Esse arquivo intermediá-
rio bytecode elimina incompatibilidades entre um programa Java codificado e 
as diversas plataformas em que pode ser executado, pois a máquina virtual Java 
tem versão própria para cada plataforma (MANZANO, 2011).
A JVM carrega o arquivo bytecode para memória principal do hardware, 
verifica o arquivo na busca de possíveis ameaças ao próprio sistema operacio-
nal em que será executado, e, por fim, o programa é executado de forma híbrida 
entre interpretação e compilação Just-in-Time (JIT) (MANZANO, 2011).
Ambiente de Desenvolvimento Java
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Basicamente, no processo de execução de bytecodes em uma JVM, o compi-
lador converte partes essenciais destes arquivos bytecode utilizados com maior 
frequência em código de máquina para melhorar o tempo de execução, e os 
demais componentes do bytecode são interpretados de acordo com a execução 
em função de não serem elementos prioritários à execução.
A Figura 1 mostra um diagrama simplificado do processo completo que 
ocorre na linguagem Java, desde a criação do código até a execução do software 
compilado. É importante observar que o diagrama não se altera para as diversas 
plataformas em que seja desenvolvido. 
Figura 1 - Diagrama simplificado da criação de software com Java
Fonte: o autor.
Programar em linguagem Java oferece uma vantagem muito interessante, que 
influenciou em sua grande popularização - chamada de portabilidade -, na qual um 
mesmo código pode ser utilizado em diferentes sistemas operacionais. Por meio da 
portabilidade, códigos criados em linguagens que contemplam esta característica 
reduzem o tempo de desenvolvimento de softwares por não serem necessárias ver-
sões diferentes para cada plataforma em ques serão executados (MANZANO, 2011).
Na área de desenvolvimento de software, a redução de tempo não é a única 
vantagem, pois a portabilidade facilita a contratação de mão de obra especiali-
zada, e a mesma necessita de um menor tempo de desenvolvimento devido a não 
necessidade de desenvolver mais de uma versão do mesmo software.
Muitos profissionais da programação dizem que aplicações em Java são len-
tas e as descartam em situações com exigência de desempenho. Mas então, 
por que existem equipamentos que rodam com Java?
PARTICULARIDADES DA LINGUAGEM JAVA
Reprodução proibida. A
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PLATAFORMAS JAVA
Aplicações desenvolvidas em Java permitem forte portabilidade, o que é comen-
tado diversas vezes em qualquer literatura sobre a linguagem, já que representa 
um de seus grandes trunfos, que permitiram a rápida e enorme popularização da 
linguagem.
No caso da linguagem Java, é usado um software emulador chamado de 
máquina virtual (JVM) e as chamadas API Java (Java Application Programming 
Interface), que são compostas por coleções de componentes de software prontos, 
contendo classes e métodos prontos para manipulação de estruturas de arquivos 
ou construção de aplicações gráficas, por exemplo (MANZANO, 2011).
Esta forma de desenvolvimento permite que cada sistema operacional dife-
rente, chamado de plataforma dentro do aprendizado neste livro, possua uma 
JVM adaptada ao seu sistema e permita que um mesmo código desenvolvido 
em Java possa ser executado em qualquer plataforma sem a necessidade de alte-
rações no código, salvo em casos em que algum recurso for inexistente ou não 
contemplado pela própria linguagem para determinada plataforma.
Figura 2 - Ilustração sobre plataformas de execução de aplicações
Plataformas Java
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Cada API é como um arquivo contendo classes, métodos e interfaces agrupa-
das em pacotes, mas estes conceitos serão abordados no decorrer do livro em 
momentos oportunos e se necessário.
Tendo forte atuação no mercado de aplicativos para a plataforma Android 
da Google, conseguiu muito de sua popularidade por meio da Internet, tendo 
aplicativos desenvolvidos em uma quantidade absurda por grandes empresas 
desenvolvedoras e programadores independentes.
No caso da plataforma Android, o desenvolvimento de aplicações permitiu 
que a linguagem se popularizasse e muitos bons programadoressaíssem do ano-
nimato para reconhecimento quase instantâneo, por meio de aplicativos muito 
bem sucedidos. Em outras plataformas, como Linux e Windows, também acabou 
sendo muito utilizada a linguagem devido à portabilidade e capacidade de, além 
do desenvolvimento de softwares completos, pequenos plugins chamados Applets, 
que foram populares por muito tempo para dinamizar a navegação na Internet.
É possível perceber que a grande comunidade de desenvolvedores Java 
continua criando componentes e aplicações o tempo todo, incentivando cons-
tantemente grandes evoluções na linguagem, devido à gama de profissionais de 
desenvolvimento de diversos tipos de software que utilizam a linguagem Java e se 
adaptam às evoluções e necessidades do mercado da tecnologia da Informação.
Atualmente, com a evolução da Internet das Coisas, a qual permitiu que o 
hardware estivesse cada vez mais próximo do usuário em dispositivos antes igno-
rados em termos de software (como relógios), a linguagem se adapta às novas 
necessidades de aplicações e, assim, mantém-se forte no mercado.
Pode ocorrer de alguma linguagem mais recentes no mercado, como as lin-
guagens Go da Google, Hack do Facebook, ou Swift da Apple, desbancarem o 
reinado das linguagens C, C++ e Java no mercado de desenvolvimento. Mas ainda 
parece algo pouco provável, por motivos de portabilidade reduzida ou inexis-
tente, ou menor flexibilidade no desenvolvimento de diferentes tipos de software.
PARTICULARIDADES DA LINGUAGEM JAVA
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IIU N I D A D E40
Linguagens de programação têm o poder de criar software, mas a correta 
escolha entre as linguagens é baseada em diversos aspectos, já que muitas 
linguagens são específicas para certos sistemas operacionais e plataformas, 
ou para desenvolver tipos específicos de aplicação.
Além disso, aspectos como popularidade e recursos que a linguagem possui 
para facilitar o desenvolvimento também são importantes na definição da 
ferramenta de trabalho.
Conhecer mais de uma linguagem de programação amplia a oferta de op-
ções de trabalho, mas é bom sempre ter uma linguagem principal, sobre a 
qual o desenvolvedor possua um maior domínio e seja capaz de produzir 
aplicações mais complexas.
A dúvida persiste em relação a qual linguagem focar e qual a primeira a 
aprender. É interessante buscar as linguagens líderes em popularidade e 
com maior volume de desenvolvedores que a utilizam, pois a chance de a 
linguagem durar um tempo maior é grande. Mas é preciso levar em conside-
ração a forma como o desenvolvedor queira trabalhar e o tipo de software 
que desejo programar.
Fonte: o autor.
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FORMAS DE PROGRAMAÇÃO EM JAVA
A linguagem Java é bastante versátil e permite a criação de diversos tipos de sof-
tware, sendo que estes podem ser utilizados em diferentes fi nalidades, desde que 
sejam executados pelas JVM adequadas para cada sistema operacional em desk-
tops comuns, notebooks ou equipamentos como dispositivos móveis, por exemplo.
Outra forma bastante comum é a criação de “miniaplicativos” ou applets, que 
são executados como complementos para navegadores utilizando appletviews 
para implementar funções adicionais a páginas web como jogos ou anúncios 
interativos, como já mencionado.
Um ponto a ser observado é que estes appletviews precisam ser compatíveis 
e estarem disponíveis nos navegadores, permitindo atualizações constantes por 
parte de seus desenvolvedores. No entanto, isso pode causar um inconveniente, 
pois algumas aplicações prontas e funcionais podem não ser totalmente compa-
tíveis com as atualizações dos appletviews e podem gerar erros em sua execução 
ou falhas repentinas (MANZANO, 2011).
A criação de bibliotecas é uma excelente forma de divulgação do profi ssio-
nal e de contribuição para a comunidade de desenvolvedores, espalhados ao 
redor do mundo, pois proporciona contato com profi ssionais que podem vir a 
ser grandes parceiros de trabalho.
Aplicativos para dispositivos móveis e soft wares de maior porte, como jogos, 
também são responsáveis por boa parte dos profi ssionais da área de desenvol-
vimento, permitindo a estes ganhos fi nanceiros diretos com a venda destes 
aplicativos, ou ganhos com itens para estas aplicações como ocorre com grande 
quantidade de jogos, os quais, muitas vezes, são até disponibilizados gratuita-
mente, mas possuem diversos itens pagos.
PARTICULARIDADES DA LINGUAGEM JAVA
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Sistemas complexos podem ser desenvolvidos na linguagem Java por meio 
do agrupamento de diversas classes nos chamados “pacotes”, os quais permi-
tem que aquelas que estejam ali incluídas possam se comunicar e funcionar 
conjuntamente. 
É interessante observar que o dia a dia mostra novas oportunidades, e que o 
contato com empresas e comunidades pode gerar inúmeras formas de trabalho 
com a linguagem, no desenvolvimento de variados softwares com finalidades 
específicas. 
TIPOS DE APLICATIVOS 
Além de possibilitar formas de programação diferenciadas de acordo com o 
tipo de software a ser desenvolvido, é possível criar dois tipos básicos diferentes 
de software. O primeiro é voltado a sistemas que necessitam de melhor desem-
penho em detrimento de uma interface amigável, ou, de forma alternativa, que 
sejam executados em terminais simples ou servidores em modo texto, chama-
dos de softwares de modo console (MANZANO, 2011).
Estes softwares não apresentam o tipo de interface gráfica padrão dos atu-
ais sistemas operacionais, mas são adequados para softwares que rodam em 
segundo plano ou que não necessitem de interface gráfica para facilitar seu uso, 
Tipos de Aplicativos 
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permitindo uma aparência simples, porém capaz de atender às necessidades para 
as quais foram desenvolvidos.
Outra categoria de software é a desenvolvida para modo gráfico, que gera 
códigos maiores, de menor desempenho em geral, mas com uma interface muito 
mais amigável, própria para uso constante em sistemas operacionais gráficos 
como Windows, Linux, Android e OSX. Estas aplicações oferecem vantagens 
em troca da perda de desempenho como melhor aparência e experiência para 
usuários quando conectados ou não à Internet, e são responsáveis pela popu-
larização dos softwares, computadores e dispositivos móveis principalmente.
Com a inclusão de interfaces gráficas, a gama de aplicações aumenta e é pos-
sível pensar em aplicativos para desktops com sistemas operacionais de modo 
gráfico como Windows, Linux, IOS e Android, por exemplo, usando ou não 
conexão em rede ou Internet.
Por meio das conexões possíveis, vemos que é possível criar aplicações Cliente/
Servidor, comerciais ou não, como sistemas empresariais ou jogos, e aplicações 
que possam usufruir dos benefícios da Internet, como aplicações para e-busi-
ness, que podem conter funções de e-commerce também.
Também é possível aproveitar a Internet e a forte divulgação que ela promove 
para oferecer aplicativos (APPs) diversos para dispositivos móveis que possam 
ter as mais diversas utilidades e com ou sem custos. Bibliotecas próprias e com-
ponentes para aplicações de maior porte também são formas de trabalho com 
grande potencial, pois as comunidades de desenvolvedores costumam estar sem-
pre de olho em soluções prontas para partes de seus projetos (MANZANO,2011).
Também podemos nos deparar com melhores implementações de soluções 
desenvolvidas por um profissional que consulte uma comunidade em busca de 
aperfeiçoamento profissional e de otimizações para suas aplicações.
A variedade e quantidade de opções de desenvolvimento na área de progra-
mação em geral é vasta, variando com as inovações e tendências do mercado de 
tecnologia da informação. Entretanto, cabe ao profissional a busca por estas ino-
vações ou permanecer no campo de atuação ao qual já esteja adaptado.
 
Existem várias opções disponíveis de ferramentas para a produção de códi-
go em Java, com seus pontos positivos e também negativos. Sendo assim, 
com um conhecimento prévio das mesmas, qual a melhor ferramenta para 
se utilizar?
PARTICULARIDADES DA LINGUAGEM JAVA
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PACOTES DE DESENVOLVIMENTO
Da mesma forma que surgem diferentes implemen-
tações da linguagem Java, surgem os pacotes de 
desenvolvimento para profissionais chamados de JDK 
(Java SE Development Kit). Tais pacotes são distri-
buídos gratuitamente pela Internet, atualmente em 
sites com a logo Oracle, e são fundamentais para o 
desenvolvimento do aprendizado dos conteúdos deste 
material (ORACLE, [2017], on-line)1.
Complementarmente, temos diversas alternativas 
úteis para o desenvolvimento de aplicações, sabendo 
que a combinação de diferentes softwares pode ofere-
cer recursos para programação mais abrangente em 
termos de tipos de aplicações possíveis.
O ambiente Netbeans criado pela Sun é um dos mais utilizados, assim como 
o JDeveloper da Oracle, que atualmente é a plataforma de desenvolvimento ofi-
cial para a linguagem Java. Para uso de serviços agregados a Bancos de Dados 
há a instalação de softwares como o HypersonicSQL, que é totalmente voltado 
para uso de aplicações Java, Apache Derby que faz parte do pacote de distribui-
ção Java sob o nome de JavaDB, e PostGreeSQL, que concorre diretamente com 
outro servidor MySQL (ORACLE, [2017], on-line) 1.
Para a criação de servidores web para Java, duas opções populares são o Jetty, 
concorrente do Apache Tomcat, que possui uma versão customizada chamada 
JBossWeb, disponibilizado pela JBoss.
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COMPILAÇÃO E EXECUÇÃO
Existem ambientes de desenvolvimento para Java, mas independentemente de 
qual seja utilizado, o resultado final pode ser o mesmo, pois a lógica envolvida 
no código e o correto uso de palavras reservadas, classes e seus métodos é que 
realmente determinam a funcionalidade da aplicação a ser criada.
Usando o ambiente do PROMPT DE COMANDO (CMD na busca do 
Windows), é preciso observar que o local em que se encontra armazenado o 
compilador Java e seus componentes em seu disco, precisa estar contemplado 
como parte do caminho padrão do sistema para acesso a aplicativos (PATH). A 
Figura 7 mostra um exemplo de PATH já contendo o caminho para o compi-
lador JAVAC na máquina e, caso não esteja, é preciso buscar pela pasta em que 
esteja localizado o compilador, como no exemplo da figura 7.
Pode-se selecionar o caminho indicado como indicado na figura 7 para 
copiar e colar este caminho no comando PATH, após incluir um sinal de ponto 
de vírgula (;) adicional no final do caminho PATH já existente, como ficou na 
figura 7 (;C:\Program Files\Java\jdk1.8.0_77\bin).
Assim, temos que o comando PATH mostra como estão os caminhos padrões 
para localização de aplicações e um comando similar a: 
PATH=C:\ProgramData\Oracle\Java\javapath;
C:\WINDOWS\system32;
C:\WINDOWS;
C:\WINDOWS\System32\Wbem;
PARTICULARIDADES DA LINGUAGEM JAVA
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C:\WINDOWS\System32\WindowsPowerShell\v1.0\;
C:\Program Files (x86)\Skype\Phone\;
C:\Program Files\Java\jdk1.8.0_77\bin. 
Ajusta quais são as pastas e discos válidos como padrões.
As Figuras 6 e 7 ajudam no processo de ajuste do caminho para simplificar o 
uso dos recursos do pacote JDK de desenvolvimento Java indicando como obter 
o caminho para a pasta em que estão os recursos e como conferir pelo Prompt 
de Comando do sistema operacional Windows, por exemplo.
Figura 6 - Exemplo de janela para buscar o caminho do compilador JAVAC
Fonte: o autor.
Figura 7 - Exemplo de Prompt indicando o caminho padrão com o comando PATH
Fonte: o autor.
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Após o ajuste do ambiente de trabalho, é possível incluir o código em um editor 
simples qualquer como o Bloco de Notas do Windows, confome mostra a Figura 8.
Figura 8 - Exemplo de código Java digitado em editor de texto simples 
Fonte: o autor.
Depois de digitar o código, grave-o em local adequado para seus estudos como uma 
pasta exclusiva para os códigos do livro e outros para exercício da linguagem, lem-
brando que todo arquivo Java será gravado com o nome da classe principal (seguindo 
as regras de nomenclatura do sistema operacional), e a extensão java como na figura 9.
Observe que, no caso do Bloco de Notas, é interessante indicar o tipo como 
Todos os arquivos para que a gravação não corra o risco e crie um arquivo do 
tipo TXT ao invés de java. Sem esta opção, poderia ser criado um arquivo seme-
lhante a Ex1.java.txt, o que não seria compreendido pelo compilador javac.
A Figura 9 mostra a tela de gravação de arquivos, na qual podemos escolher 
o local para gravação, em que é indicado respeitar uma organização de locais 
de gravação para as diferentes aplicações desenvolvidas, e a indicação do nome 
para o arquivo fonte, respeitando a regra de este nome ser igual ao da classe con-
tida no código.
PARTICULARIDADES DA LINGUAGEM JAVA
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Esta é mais uma precaução do que uma ação obrigatória, pois para outras 
situações ou sistemas operacionais, pode acontecer do editor usar todo o nome 
digitado “Nome.java” como nome do arquivo.
Figura 9 - Exemplo de gravação no aplicativo Bloco de Notas 
Fonte: o autor.
Após a correta gravação do arquivo, pode-se utilizar o prompt de comando para 
compilar o código Java e depois executar o aplicativo criado, confome mostra a 
Figura 10, na qual temos a sequência de todos os passos para realizar esta tarefa.
Primeiramente, usa-se o comando E: para seguir ao disco desejado, no qual 
esteja gravado o arquivo de extensão java, lembrando que cada programador 
organiza seus arquivos em disco como achar melhor, podendo, inclusive, gra-
var tudo referente aos estudos em um pendrive vazio. Em seguida, é usado o 
comando CD para seguir até a pasta de trabalho. O comando DIR permite lis-
tar os arquivos contidos na pasta escolhida.
Assim, estando no local correto e tendo encontrado o arquivo com o código 
desejado, é possível realizar a compilação por meio do JAVAC, indicando o nome 
do arquivo com o programa (Ex1.java por exemplo). Depois, caso não ocorram 
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erros, um arquivo do tipo CLASS é gerado contendo a conversão de linguagem 
Java para Bytecode, que pode ser interpretada e executada pelo JAVA confome 
a Figura 10.
Figura 10 - Exemplo de acesso aoarquivo JAVA, sua compilação e execução 
Fonte: o autor.
Com isso, encerrando a unidade, vemos que a proposta do material é de ensi-
nar os fundamentos da linguagem Java e da programação orientada a objetos, 
sem depender de ambientes integrados e receitas prontas.
PARTICULARIDADES DA LINGUAGEM JAVA
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IIU N I D A D E50
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade foram vistos diversos conceitos complementares à unidade ante-
rior, sendo possível conhecer mais aspectos da linguagem e compreender o 
motivo de sua popularidade e eficiência.
O ambiente em que são desenvolvidas as aplicações é muito importante, 
pois mostra de que forma linguagem Java, a qual possui uma forma um pouco 
diferente da maioria das demais linguagens de programação, desenvolve suas 
aplicações para garantir uma forte portabilidade entre as diferentes plataformas 
utilizadas em diferentes meios de execução de aplicações, como computadores 
e dispositivos móveis.
Complementando o ambiente de desenvolvimento, são citados os diferen-
tes sistemas operacionais que oferecem diversas plataformas de execução para 
as aplicações criadas e que, independentemente dessas diferenças, permitem 
que um mesmo código em Java possa ser executado em diferentes plataformas, 
devido a sua portabilidade.
Seguindo os conceitos tratados na unidade, há comentários sobre as formas 
de programação que destacam tipos diferentes de soluções com os quais um 
determinado desenvolvedor pode se especializar indicando se inclusive, áreas 
já ultrapassadas no mercado, mas que ainda apresentam situações de uso que já 
garantiram o trabalho de muitos profissionais.
Assim, as diferentes formas de criar software em linguagem Java são descritas 
oferecendo possibilidades diversas e indicando soluções mais simples para fins 
específicos, como software para máquinas sem necessidade de interface gráfica, 
sendo mais leve e eficiente, ou soluções mais complexas com interface gráfica 
para equipamentos como dispositivos móveis.
Finalizando a unidade, são tratados os pacotes utilizados para o desenvol-
vimento de software e o processo de compilação e execução de aplicações em 
diferentes plataformas.
Com esse preparo, já é possível ingressar em uma nova unidade, contem-
plando os primeiros pontos a serem vistos em relação à linguagem Java e seus 
conceitos iniciais de desenvolvimento de aplicações.
51 
Em Linux, para preparar o ambiente para programação em Java é preciso instalar o pa-
cote Java JDK, seguindo os passos indicados a seguir. Vale lembrar que tais passos po-
dem ser alterados devido às novas versões e à descontinuidade do pacote indicado no 
conteúdo a seguir.
Abrir uma janela terminal para, em seguida, usar o comando “su” para entrar em modo 
super usuário inserindo a senha necessária para tal.
Em seguida, entrar na pasta Downloads, com o comando “cd downloads”, e finalmente, 
o comando de instalação “rpm –jvh jdk-7-linux-i586.rpm”.
Depois de baixado o pacote, usar “mkdir/usr/java/jdk1.7.0/jre/classes” para criar uma 
pasta Classes para trabalho e remover o arquivo de instalação com o comando “rm jdk-
-7-linux-i586.rpm”.
Após instalado, é preciso que o Java seja visível em toda extensão do ambiente Linux e, 
para isso, é preciso manipular variáveis de ambiente do sistema operacional.
Siga a sequência de comandos a seguir para servir de guia para o processo, iniciando 
com “cd /etc/profile.d” para acessar a pasta indicada, digitando em seguida, “touch /etc/
profile.d/java.sh”.
Depois, use novamente “cd /etc/profile.d”, seguido do comando “joe” para poder editar 
as variáveis de ambiente, como indicado a seguir:
#!/bin/sh
JAVA_HOME=”usr/java/jdk1.7.0”
CLASSPATH=”.:$CLASSPATH:$JAVA_HOME/jre/classes”
PATH=”$JAVA_HOME/bin:$PATH”
export JAVA_HOME CLASSPATH PATH
Finalmente, utilize [CTRL+K] seguido de [X] para gravar o arquivo como “java.sh”.
Assim, temos uma das possíveis formas de se instalar e preparar o ambiente Java em 
Linux, lembrando que, em caso de falha no processo, a Internet oferece diversas varia-
ções em que é possível encontrar atualizações regulares do ambiente Java.
Fonte: o autor.
52 
1. Um bom profissional de desenvolvimento de software se prepara para garantir 
uma melhor qualificação em termos de conhecimento e experiência profissio-
nal. Iniciantes não possuem a experiência ainda, mas podem se preparar 
através de que recursos?
2. A JVM é por meio por interpretar e executar arquivos bytecode gerados pelo 
compilador Javac. Esta chamada máquina virtual aceita arquivos compilados 
com uma extensão específica gerada por meio do arquivo de código gravado 
com outra extensão específica. Cite as duas extensões.
3. Existem duas formas essenciais de desenvolvimento de aplicações em Java. Uma 
delas se da por meio da linha de comandos para compilar e executar programas 
através de utilitários próprios para tais tarefas inclusas no pacote JDK. Como se 
chama a alternativa de desenvolvimento que oferece alguns recursos adi-
cionais, além dos oferecidos pelo compilador e JVM de linha de comando?
4. A linguagem C++ gera aplicações por meio do seu processo de compilação, o 
qual serve para criar arquivos que podem ser executados, independentemente 
de outros softwares. No caso da linguagem Java, isso não ocorre e a aplicação 
precisa da JVM pa-ra ser executada. Qual o motivo desta diferença?
5. É possível desenvolver aplicações de tipos diferente, e com funções distintas em 
Java. Este é um exemplo da versatilidade da linguagem. Um destes tipos se cha-
ma applet e aos poucos está sendo descontinuado. Por que esta situação está 
ocorrendo?
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
Java Para Iniciantes: crie, compile e execute 
programas Java rapidamente - 6 ed. 2015
Herbert Schildt
Editora: Bookman
Sinopse: Conheça os fundamentos da programação 
Java com Herbert Schildt, autor best-seller de 
publicações sobre programação. O livro aborda 
recursos avançados e básicos de forma muito bem trabalhada.
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
54
MANZANO, J. A. N. G. Java 7 - programação de computadores: guia prático de 
introdução, orientação e desenvolvimento. 1 ed. São Paulo: Érica, 2011.
ORACLE, University; Java SE. [on-line] Disponível em: <http://education.oracle.
com/pls/web_prod-plq-dad/ou_product_category.getPage?p_cat_id=267>. Aces-
so em 30 mai. 2017.
REFERÊNCIAS
55
1) Cursos livres ou técnicos, Graduações, Especializações e Certificações na área. 
Participação em eventos e palestras também ajudam no conhecimento, além 
de proporcionar a criação de uma rede de contatos.
2) .JAVA e CLASS.
3) IDE (Ambiente Integrado de Desenvolvimento).
4) As aplicações em Java não são executáveis como em C++ devido à premissa de 
todo código Java ser portátil independentemente da plataforma, sendo que o 
arquivo bytecode de uma aplicação pode ser executado em várias plataformas, 
ao passo que na linguagem C++ é preciso recompilar o programa após corrigir 
as incompatibilidades da linguagem com cada versão de sistema operacional.
5) Os navegadores, aos poucos, estão descartando o uso de plugins que não pos-
sam ser incluídos no próprio código deles e necessitam de terceiros para de-
senvolver as mas atualizações esse. Assim, aos poucos, os navegadores estão 
deixando de ser compatíveis com este tipo de aplicativo.
GABARITO
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Professor Esp. Ronie Cesar Tokumoto
INTRODUÇÃO À 
PROGRAMAÇÃO JAVA
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Conhecer os conceitos básicos da programação Java. 
 ■ Compreender como elaborar instruções comuns.
 ■ Saber identificar operadores e suas regras de uso.
 ■ Compreender a elaboração de expressões na linguagem.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:■ Fundamentos de um programa Java
 ■ Instruções básicas
 ■ Expressões
 ■ Identação e espaçamento
INTRODUÇÃO
Nas unidades anteriores, foram apresentados os aspectos fundamentais da lin-
guagem Java e a forma pela qual ela permite a criação de diferentes tipos de 
software, por meio de um processo particular de compilação e execução de apli-
cações, no qual uma máquina virtual adaptada a cada plataforma de execução se 
encarrega de interpretar o projeto e manter a portabilidade do código sem que, 
geralmente, haja a necessidade de alterações.
Nesta unidade, são iniciados os estudos da linguagem em si, mostrando os 
conceitos fundamentais da linguagem Java em relação a todos os aspectos ini-
ciais que devem ser conhecidos.
Dentro das instruções básicas, será tratada a questão documental de um 
código, por meio de comentários e documentação gerada por um utilitário con-
tido no pacote de desenvolvimento.
Os tipos de dados mais importantes da linguagem também são citados, mos-
trando diferenças entre eles e indicando, a partir de exemplos, como devem ser 
utilizados em variáveis e constantes. É válido destacar que variáveis são pontos 
fundamentais da programação e não poderiam deixar de ser citadas devido a 
sua expansão para o título de atributos dentro da programação em Java orien-
tada a objetos.
Os chamados “tipos de dados” associados a estas variáveis representam a 
base de toda a funcionalidade de uma aplicação, já que, em geral, todo software 
se baseia no fundamento de servir como meio para que ocorra o processamento 
de dados de entrada, gerando dados de saída que podem representar informa-
ções mais complexas.
Atrelado à ideia de tipo de dado, será tratado o uso de operadores, os quais 
permitem realizar modificações em conteúdos de variáveis, podendo também 
ser utilizados em diversas outras funções, como cálculos que podem utilizar, 
inclusive, valores definidos para constantes.
Complementando os conteúdos da unidade, temos os conceitos de criação 
de expressões, utilizando operadores, e da chamada identação de código, que 
permite uma melhor leitura e compreensão de códigos.
Introdução
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FUNDAMENTOS DE UM PROGRAMA JAVA
Daremos início a mais uma unidade, caro(a) aluno(a). Neste primeiro tópico, é 
importante citar que toda a construção de código Java segue regras, as quais pre-
cisam ser respeitadas de forma que, além da sintaxe, a semântica de um código 
possa ser validado pelo compilador da linguagem para que um arquivo byte-
code válido possa ser gerado.
O uso do paradigma de orientação a objetos é uma destas regras essenciais 
e, sem ela, não é possível criar programas em Java válidos para um compilador 
(ORACLE, [2017], on-line)1. Temos basicamente dois tipos de arquivos usa-
dos na programação Java: um corresponde ao código escrito em si, gravado em 
arquivo do tipo JAVA, e outro que é gerado pelo compilador em formato byte-
code do tipo CLASS, como citado anteriormente.
Como o arquivo JAVA é um arquivo texto comum, não é preciso utilizar 
recurso especial além de um editor de textos simples para codificar programas 
em Java, assim como em outras linguagens compiláveis.
Existem diferentes formas de programação em Java, nas quais é possível criar 
softwares aplicativos no modo console, em que não existe interface gráfica e a 
programação não é fundamentada na web.
Pode-se criar software para o modo gráfico utilizando pacotes próprios para 
uso de recursos, como janelas e desenho de forma geral, amplamente voltado 
para plataformas com interface gráfica como Windows e Linux, além de amplo 
uso em plataformas web como Android.
 
Instruções Básicas
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INSTRUÇÕES BÁSICAS
Um programa criado em qualquer que 
seja a linguagem de programação tende a 
utilizar certos recursos básicos comuns a 
diversas linguagens e também na maioria 
dos problemas a serem resolvidos.
A seguir, serão apresentados alguns 
destes recursos, os quais devem ser com-
preendidos para se formar uma base de 
conhecimento inicial que dará suporte 
para o aprendizado futuro de conceitos 
mais avançados ou inovações que venham 
a complementar os contidos neste material.
COMENTÁRIOS
O processo de programação exige muito mais trabalho intelectual em rela-
ção ao trabalho manual de digitação, e cada profissional possui sua forma de 
implementar código. Assim, todo o ciclo de vida de um software envolve o desen-
volvimento de código, mas também envolve a manutenção do mesmo enquanto 
estiver sendo utilizado.
Alguns softwares chegam a ser utilizados por décadas, mesmo que ocorram 
evoluções tecnológicas de hardware e software, pois mudanças em certos siste-
mas são inviáveis devido ao seu tamanho e complexidade. Softwares em geral 
sofrem manutenções esporadicamente e estes softwares legados também, mas 
independentemente de qual seja o software, muitas vezes é preciso adicionar 
novas funcionalidades ou adequar outras já existentes.
Para facilitar o trabalho de manutenção, o uso de comentários dentro do 
código facilita a interpretação do que foi logicamente implementado e permite 
que, além do próprio programador que gerou o código, outros possam com-
preender e realizar a manutenção necessária no mesmo com maior facilidade.
INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO JAVA
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É preciso ter em mente que um software pode ter um ciclo de vida mais longo 
que o responsável pela sua criação dentro da empresa responsável pelo desen-
volvimento e/ou manutenção do mesmo por tempo indeterminado.
Importa observar que os comentários não são obrigatórios em programas; 
seu uso não influencia a lógica do código, até porque qualquer comentário colo-
cado dentro de um código é descartado já no processo de compilação e geração 
do arquivo bytecode por não ter função na execução do software.
Podemos utilizar // ou /** e */ para delimitar comentários, sendo a primeira 
forma para comentários de linha única, e a outra forma para delimitar blocos de 
comentários como indicado nos exemplos a seguir:
//código1 
 // Comentário de linha única.
 /* Início de bloco de comentário
 Que pode seguir por linhas abaixo até que seja encontrado
 O símbolo de fim do bloco de comentários */
Uma instrução pode ser colocada na mesma linha, desde que antes do símbolo 
indicador de comentário para não perder sua função por transformar-se em 
parte do texto do comentário. Já no bloco de comentários, quaisquer instruções 
colocadas entre o espaço delimitador de início e fim do comentário perde sua 
função, pois estando dentro de um comentário, qualquer conteúdo é descartado 
pelo compilador (DEITEL, 2010).
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JAVADOC
O chamado comentário de documentação inicia com o indicador /** e termina 
com o outro indicador */, permitindo que as informações sejam adicionadas 
dentro desses blocos de comentários, podendo, posteriormente, ser utilizados 
pelo utilitário Javadoc e faz parte do pacote JDK, para inserir tais comentários 
em arquivos HTML. É uma boa forma de documentar

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