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p.u 2° semestre SJ

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BACHARELADO EM DIREITO
PRODUÇÃO ÚNICA - ESTUDO DIRIGIDO DE CASO
CATARINA RUBINO DA SILVA
Texto dissertativo apresentado no curso de Direito do Centro Universitário AGES, como um dos pré-requisitos para obtenção da nota parcial nas disciplinas de Teoria das Penas e Crimes contra a Pessoa (Valmir Lacerda Cardoso Junior), Teoria da Constituição, (João Gabriel Brito Silva), Teoria do Direito Penal (João Gabriel Brito Silva), Hermenêutica e Argumentação Jurídicas (Fernando Santana de Oliveira Santos), Sociologia Geral e Jurídica (Rodrigo Gomes Wanderley)
Orientador: João Gabriel Brito Silva
Tuma: 2° Período- turma A
Turno: Noturno
	CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA 
PRODUÇÃO ÚNICA
	PONTUAÇÃO MÁXIMA
	PONTUAÇÃO OBTIDA
	1. ESTRUTURA
( ) Introdução
( ) Desenvolvimento
( ) Conclusão
	0,10
	
	2.CORRESPONDÊNCIA DO TEXTO COM O CASO/PROBLEMA
	0,10
	
	3. CONTEÚDO APRESENTADO
	1,0 SENDO =
	3.1.Introdução
	0,10
	
	3.2.Desenvolvimento
( ) Resumo dos Problemas
( ) Fundamentação Teórica e Discussão
	0,80
	
	3.3.Conclusão
	 0,10
	
	4. VOCABULÁRIO ADEQUADO E GRAMÁTICA
( ) Vocabulário (variedade e científico)
( ) Gramática (acentuação, ortografia, regência, emprego adequado dos pronomes, conjunções, tempos e modos verbais, preposições e pontuação)
	0,20
	
	5. COESÃO (construção de períodos – repetições de palavras e frases incompletas)
	0,20
	
	6. COERÊNCIA (encadeamento de ideias)
	0,20
	
	7. NORMAS TÉCNICAS (ABNT)
	0,20
	
	TOTAL
	2,00
	
Jacobina/BA
Novembro de 2019
1. Introdução
 
O termo sociologia foi utilizado pela primeira vez no mundo pelo sociólogo Augusto Conte. Dentre vários tipos de definições apresentadas para esse vocábulo, a com maior abrangência consiste em elucidar que a sociologia é uma ciência humana que tem como objeto de estudo as diferentes tipos de sociedades e de culturas juntamente com as organizações e fatos sociais onde o mesmo é caracterizado pela evolução do homem temporalmente.
O caso decorrido pelo docente na matéria de Sociologia Jurídica envolve famosos artistas brasileiros, retratando dois estilos musicais: de um lado o forró raiz representado pela figura de Elba Ramalho e Alcymar Monteiro e do outro, o sertanejo universitário simbolizado pela Cantora Marília Mendonça. O problema da situação exposta é que a intérprete Elba ramalho contestou a legitimidade da quantidade de contratação de artistas sertanejos para se apresentarem no palco principal da festa de São João de Campina Grande, do qual o forró era o estilo musical que dominava. Com isso Marília Mendonça provocou a forrozeira, querendo impor a supremacia do sertanejo a respeito do gosto do público, e a partir desse impasse uma série de comentários ofensivos entre os artistas dos dois gêneros musicais fora proclamados.
Esta problemática não trata somente de uma disputa de egos de artistas divididos em dois grupos, dos quais uns defendem a preservação do forró raiz e tradicional nos festejos juninos e do outro, músicos que desejam modernizar essas festas com os hits do sertanejo da atualidade. Mas sim a principal questão é analisar os problemas provocados no âmbito capitalista, onde uma pequena quantidade de pessoas com o maior poder aquisitivo, normalmente na figura dos grandes empresários que pegam as canções e processam dentro da indústria cultural, transformando as mesmas em mercadorias para a obtenção de lucro. Foi por esse motivo que levou o professor ter passado este problema, instigando seus discentes usar outras lentes, para refletir sociologicamente, o porquê e como transcorrem tais acontecimentos.
Os estudantes necessitam realizar um estudo minucioso recorrendo a diversos livros, artigos e sites que contenha explicações a respeito do que é a escola de Frankfurt, analisando as principais problemáticas dessa doutrina e de como a mesma poderá ser associada ao caso, identificando a influência dos sociólogos dessa doutrina dentro da sociedade de massa brasileira.
Conclusão
Diante de toda arguição que foi exposta conclui-se, portanto, que a cultura foi transformada pelos detentores do maior capital através de uma indústria que só visa benefícios financeiros, convertendo a arte em mercadoria, e para isso conta com a ajuda da mídia, que com o seu grande poder de persuasão e de influência, faz com que a sociedade perca seu poder de opinião.
Por fim, é necessário estimular, além da indispensável importância da disponibilização de uma educação de qualidade a toda comunidade, é preciso efetuar a descentralização dos meios de comunicação e motivar a população, para que a mesma reflita o porquê de se acreditar naquelas informações que a mídia tanto quer que os indivíduos acreditem, só assim a população começará a enxergar com olhos bem vivos, saindo do estado de alienação, para ficar ciente das verdadeiras notícias que os rodeiam.
Referências Bibliográficas
ADORNO, Theodor W. A indústria cultural. São Paulo; Editora Ática, 1986.
ADORNO, Theodor W; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento: Fragmentos filosóficos. Trad. Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
ATUNES, Edvan. De caipira a Universitário: A história do sucesso da música sertaneja. São Paulo: Matrix Editora, 2012.
BENJAMIN, W. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1955.
JAMESON, Frederic. A cultura do dinheiro: Ensaios sobre a globalização. Porto Alegre: Editora Vozes, 2001.
MORAES, Dênis De; RAMONET, Ignacio. Mídia, Poder e Contrapoder: Da concentração monopólica à democratização da informação. São Paulo: Editora Boitempo, 2013.
ORTIZ, R. A Escola de Frankfurt e a questão da cultura. Revista Brasileira de Ciências Sociais. São Paulo, 1986.
ANEXAÇÃO DO CASO 3ª SETAC 
Caso Sociologia
No início deste mês de junho de 2017, Elba Ramalho acendeu fogueira cujas labaredas ainda crescem e estão inflando egos de artistas ligados ao forró e ao universo sertanejo. Com argumentos plenamente justificados e justificáveis, a cantora paraibana defendeu o território dos cantores e grupos de forró no palco principal da festa de São João de Campina Grande, autointitulada"O maior São João do mundo".
Sem atacar os colegas do universo sertanejo, Elba questionou a legitimidade da contratação de artistas sertanejos para apresentações no principal palco da festa com o argumento de que artistas ligados ao forró nunca se apresentaram na Festa do Peão de Barretos, evento tradicional que sempre foi reduto de duplas e cantores sertanejos.
A questão é que, a partir da discussão aberta por Elba de forma pacífica e legítima, artistas de um gênero e de outro estão se atacando. A cantora e compositora Marília Mendonça saiu na frente e mandou recado para Elba:"Vai ter sertanejo no São João, sim, viu? Porque quem quer é o público", alfinetou a artista goiana, cheia de si, em apresentação no Recife (PE).
O contra-ataque foi rápido. De forma deselegante, o cantor cearense Alcymar Monteiro criticou Marília com argumentos e falas indefensáveis como a de que a artista"canta para cachaceiros". Com ataques do gênero, Alcymar revela preconceito contra a música sertaneja, ignora o alcance nacional do gênero e perde a razão que está do lado dos artistas de forró.
A questão é que os artistas que se sentem lesados devem cobrar das prefeituras de cidades ligadas ao forró, como Campina Grande (PB), a preservação das tradições da programação principal das festas de forró. São as prefeituras que contratam os artistas e arcam com os custos das festas de São João. Elba teve foco e maturidade ao abrir a discussão. Infelizmente, esse foco está se perdendo com indiretas e ataques desnecessários de artistas como Alcymar Monteiro e Marília Mendonça.
Em um Brasil que pouco faz pela cultura do país, é fundamental que haja união entre os artistas de todos os gêneros. Até porque todos os gêneros (sertanejo, forró, MPB, pop etc) acabam se
misturando. A cantora e compositora Ana Carolina, por exemplo, já fez parceria e jágravou com Luan Santana, para citar somente um exemplo de união musical entre um ídolo sertanejo e uma cantora identificada com a MPB pop.
Alertar contra o crescente domínio dos sertanejos nos nichos forrozeiros é legítimo. Desqualificar de forma grosseira artistas deste gênero amado por grande parte do povo brasileiro é atitude que em nada contribui para a resolução da questão. O discurso enérgico, mas pacífico, de Elba Ramalho deve ser tomado como exemplo nesse guerra que já acendeu a fogueira de vaidades, tirando o foco da questão primordial.
Aos forrozeiros, o que é dos forrozeiros. Mas que estes respeitem os sertanejos. E que os sertanejos também reflitam sobre a questão sem dispararem ataques e sem se sentirem superiores somente porque, no momento, a máquina da indústria da música opera, sobretudo, a serviço do gênero. Basta somente que os respectivos nichos e territórios sejam respeitados por uns e por outros...
Competências:
Compreender as relações entre a indústria cultura e a ideologia do capitalismo de transformação de bens culturais em mercadoria.
Explicar os mecanismos dos meios de comunicação nas conformações de produtos culturais.
Compreender as contribuições da Teoria Crítica e da Escola de Frankfurt para a compreensão das relações entre a infra-estrutura (praxis) e da Superestrutura (ideologia).
Explicar a disputa entre os gêneros musicais (sertanejo e forró) no âmbito de uma análise a partir da teórica crítica.

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