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O termo pluviômetro é formado pelas palavras pluvia (de origem latina, significando chuva), e metro (de origem grega, significando instrumento para medir). Assim sendo, pluviômetro significa “medidor de chuva”, ou seja, ele é um aparelho destinado a medir em mililitros a altura da lâmina de água que caiu do céu. Muito embora digam que o pluviômetro surgiu muito antes de cristo, e que não, sejam encontradas informações confiáveis sobre a autoria da invenção desse instrumento, existe a informação de que no ano de 1245 efetuou-se na China, pela primeira vez, o registro de um índice pluviométrico com a utilização de pluviômetro, o que só viria a acontecer no ocidente a partir de 1639.
Medir as precipitações permitia estimar como rendariam os cultivos, o que ajudou a aperfeiçoar as tarefas da agricultura.
Os pluviómetros mais simples (que não eram mais que recipientes com uma régua) deram passagem a outros de maior complexidade, capazes de medir a chuva de forma constante, sem necessidade de que alguém se aproxime a cada certa quantidade de tempo (em geral, doze horas) para tirar as notas correspondente. 
 Quando se informa que choveu 20 mililitros (milésima parte do litro) em determinada região, isso significa dizer que lá o solo foi coberto com uma lâmina de 2 centímetros, equivalente a 20 litros do líquido em cada metro quadrado do chão. Ao considerarmos essa mesma quantidade de chuva caída em um campo de futebol, cuja área aproximada é de dez mil metros quadrados, a constatação é a de que 200.000 litros de água foram despejados das nuvens naquele pedaço do terreno. E o mesmo raciocínio extrapolado para um bairro de tamanho equivalente a 50 campos de futebol, durante um dia chuvoso em que a precipitação atingiu 40 mililitros, dará a indicação de que ali caíram, durante determinado tempo, cerca de 20 milhões de litros de chuva, algo assim como se 20 mil caixas d’água de mil litros, cada uma, tivessem sido derramadas no local.
Apesar desse aparelho medir a quantidade de chuva caída em determinado período de tempo, acompanhando sua dinâmica em cada região, ele não impede inundações nem deslizamentos. Mas por meio dele é possível orientar a realização dos trabalhos preventivos, como o da instalação de sistemas de captação e escoamento de águas pluviais, capazes de suportar a vazão da água da chuva em áreas impermeabilizadas por concreto e asfalto, ou então a indicação de áreas onde exista o risco de deslizamento em encostas, permitindo a adoção de medidas emergenciais que evitem a ocorrência de tragédias. Nesse caso, sensores de deslocamento de solo são instalados juntamente com os pluviômetros, para que os técnicos obtenham informações sobre como o terreno está se comportando.
A presença de pluviômetros no campo também é de grande valia para o agricultor, porque o conhecimento da quantidade de chuva caída habitualmente em cada região, ou a determinação dos períodos de maior concentração dos veranicos, do início e fim da estação chuvosa, além de outros mais, possibilita a coleta de dados que auxiliam nas decisões sobre época de plantio, tipo de lavoura, escolha de semente e adubação, permitindo, assim, a obtenção de melhores resultados financeiros ao final da safra. Por isso, o registro e arquivamento de dados, bem como o correto local de instalação do pluviômetro, são itens importantes que necessariamente devem ser levados em conta.
Em artigo publicado originalmente na primeira quinzena de março de 2005, edição 75 do jornal “O Despertar”, João Zuccaratto trata desse assunto dizendo que “Hoje em dia, o administrador de propriedade rural pode se valer de tecnologias, recursos e equipamentos sofisticados para conseguir bons resultados. Mas ainda há espaço para diversos tipos de soluções simples, acessíveis a qualquer bolso, e cujo domínio está ao alcance de todos, mesmo daqueles sem uma preparação técnica aprofundada”.
Contribui muito conhecer o regime de águas no espaço onde está localizada a propriedade. Afinal, mesmo quem não é agricultor sabe da importância da água na medida certa para o sucesso de uma safra (…). Mais do que ninguém, o ruralista experiente sabe a época das chuvas em sua região. É até capaz de dizer com antecedência se vai desabar um temporal ou se tudo não passará de um chuvisco. Mas o que ele não sabe é a quantidade de água caída em determinado dia ou período. E isto é o que realmente importa: conhecer para planejar com muito mais segurança”
Basta instalar na propriedade um dispositivo barato, chamado Pluviômetro de Leitura Direta. Com ele, o agricultor sabe até que altura ficaria a água em cima da terra se esta fosse um tanque e pudesse conservar todo o líquido caído do céu. Há pluviômetros de diversos tipos, inclusive equipamentos sofisticados, eletrônico. A instalação do pluviômetro de leitura direta é muito simples, assim como a medição. Toda vez que chover, deve-se ir até lá, sempre à mesma hora – 9 horas da manhã, por exemplo – para ver a quantidade de água que ele contém, e anotar este número numa planilha. Feito isto, tire o recipiente, esvazie-o e recoloque-o novamente no mesmo local. Assim, estará pronto para marcar outra vez o volume de chuvas que caírem até à mesma hora do dia seguinte”.
“Para o leigo, ou mesmo para aquele que começa a ter contato com o pluviômetro de leitura direta, este processo pode parecer um pouco complicado. Isto, porque ele mede a chuva em milímetros e, como o espaço entre um tracinho e outro ficaria muito pequeno se fossem marcados de um em um, convencionou-se mostrar os intervalos com 2,5 milímetros cada. A pessoa que faz a leitura tem que se acostumar a fazer o cálculo o mais aproximado possível da realidade, para não distorcer as informações. Aliás, para evitar que a captação do recipiente seja influenciada ou alterada por fatores não naturais, ele deve ser colocado em local bem afastado de obstáculos tais como árvores, telhados ou paredes. E a boca do mesmo deve ficar 5 centímetros acima do nível da estaca de fixação. Estas precauções vão permitir que as informações correspondam à realidade”.
“Tendo o cuidado de fazer as anotações toda vez que chover, no final de cada ano se saberá qual foi a precipitação na propriedade e quais os meses ou períodos de chuvas mais freqüentes ou mais intensas. Os registros permitem observações de vários anos. E assim o proprietário rural poderá programar os seus plantios com mais segurança”.

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