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DE JERUSALÉM A ROMA

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PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA GOIAS – PUC GO
ESCOLA DE FORMACÃO DE PROFESSORES E HUMANIDADES. EFPH
CAMPUS: INSTITUTO SANTA CRUZ. ISC
CURSO: TEOLOGIA 2019/2
DISCIPLINA: INSTRUÇÃO DA IGREJA DA IDADE ANTIGA
PROF. JOSÉ LUIZ DE CASTRO
ACADÊMICO: ROBERTO JOSÉ ALVES BRAZ
 
DE JERUSALÉM A ROMA
1-QUE SIGNIFICADO TEM A COMUNIDADE (DESCRITA NOS ATOS DOS APÓSTOLOS) PARA A HISTÓRIA DO CRISTIANISMO?
R:o retrato mais famoso desta comunidade é aquele traçado pelos atos dos apóstolos,espacialmente nos primeiros capítulos. esta descrição suscitou, em todas as épocas,projetos de vida apostólica, comunhão de bens, liberdade,cristã, fraternidade, procura de dons do espírito santo (carismas),diaconia do evangelho...
2-FAÇA UM ELENCO DAS PRINCINPAIS FONTES (CRISTÃS E NÃO-CRISTÃS)QUE NOS INFORMAM SOBRE O CRISTIANISMO DO PRIMEIRO SÉCULO.
*FONTES CRISTÃS
R:-A Didaqué ou Doutrina dos Doze Apóstolos,trata-se de um pequeno livro contendo um catecismo do "caminho reto" (capitulo 1-6) em um manual de liturgia (c7-15),escrito no início do século II, mas com material mais antigo.
R:-A carta de Clemente Romano aos Coríntios, escrita no ano de 95 ou pouco depois, que faz referência não apenas a divergências entre jovens e anciãos, mas contém um ampla exortação moral e várias orações.
R:-As sete cartas de Inácio, bispo de Antioquia,escritas ao redor de 110 (elas deram base teológica a uma organização dos ministérios - episcopado monárquico, presbitério e diáconos - que terá muito sucesso; hoje suspeita-se de algum retoque no texto original).
R:Outros textos do século II, como a Carta de Policarpo, a Epístola de Barnabé, a Segunda Epístola de Clemente, o Pastor Hermas (algumas delas, na realidade, não são cartas, mais sim pequenos tratados ou homilias atribuídos a um Autor mais antigo).
*FONTES NÃO - CRITÃS
R:-Flávio Josefo, escritor judeu, que no fim do século I escreve, em Roma, as Antiguidades Judaicas que fala de João Batista (18, 109-119), de JESUS (18, 63-64) - [o testo é muito discutido : provavelmente foi retocado por um cristão] e de Tiago, "irmão de JESUS", morto em 62 (20, 197-203).
R:Tácito, escritor romano, que nos Annales (escritos por volta de 115-120) fala da perseguição de Nero aos cristãos após o incêndio de Roma, no ano 64 (cf.15 44, 2-5).
R:-Suetônio, (+ 126 dC), outro escritor romano da mesma época de Tácito, que, na Vida de Cláudio, faz alusão a um "Cresto" que poderia ser Cristo.
R:-Plínio, o Moço, em seu epistolário (10, 96-97), conservou uma carta dele ao imperador Trajano e a resposta deste, onde se trata da perseguição dos cristãos na Bitínia (hoje noroeste da Turquia). As duas cartas foram escritas por volta de 111-113
3-QUAL É A DATA PROVÁVEL DO NASCIMENTO DE JESUS CRISTO E EM QUE ANO DEVEMOS SITUAR SUA MORTE?
R:-Em 532, preparando um calendário litúrgico para a igreja de Roma, pôs o nascimento de JESUS no final do ano 753 a.U.c ("ab urbe condita", isto é, da fundação de Roma). O cálculo estava errado,porque JESUS nasceu antes da morte do rei Herodes (+ em 750 a.U.c ou 4 aC).
De qualquer forma, sem entrar aqui em maiores discussões, há um relativo consenso dos historiadores em apontar o dia 7 de abril do ano 30 como o dia da morte de JESUS na cruz e em considerar que sua pregação foi breve (um ano, no máximo dois; ou seja, entre 28 ou 29 e 30).
 
3.1-A QUAL ANO DE FUNDAÇÃO DE ROMA [a.U.c] CORRESPONDE O ANO I DEPOIS DE CRISTO [dC], OU SEJA, O PRIMEIRO ANO DA ERA CRISTÃ?
R:Nós contamos o tempo a partir da época de JESUS (era cristã). Mas esse sistema só foi introduzido a partir dos cálculos feitos por um monge de origem cita (russa), chamado Dionísio, o Pequeno. Em 532, preparando um calendário litúrgico para a igreja de Roma, pôs o nascimento de JESUS no final do ano 753 a.U.c ("ab urbe condita", isto é, da fundação de Roma). O cálculo estava errado,porque JESUS nasceu antes da morte do rei Herodes (+ em 750 a.U.c ou 4 aC). Mas o cômputo de Dionísio foi aceito a até hoje é assim que se calcula o tempo (ao menos nos países cristãos).
4-O AMBIENTE EM QUE O CRISTIANISMO SE EXPANDIU NO SÉCULO I É DO PONTO DE VISTA RELIGIOSO - CARACTERIZADO POR TRÊS SITUAÇÕES:
*O JUDAISMO TRADICIONAL DA PALESTINA:
*O JUDAISMO DA DIÁSPORA, INFLUENCIADO PELO HELENISMO:
*O PAGANISMO GRECO - ROMANO
-DESCREVA BREVEMENTE :
A) A ATITUDE DO JUDAISMO DA PALESTINA FACE AOS PRIMEIROS CRISTÃOS.
R:Na Palestina, os cristãos se encontravam no meio do judaísmo tradicional. A ele pertenciam por nascimento, e continuavam pertencendo mesmo depois da conversão ao cristianismo e do batismo. Pelo menos até o ano 70 e , alguns lugares até mais tarde, os cristão continuaram frequentando as sinagogas e respeitando o sábado (cf. Mt. 24, 20). Em Jerusalém de início, visitavam normalmente o Templo (cf. At 2,46).
B) AS OPORTUNIDADES DE EXPANSÃO QUE O CRISTIANISMO ENCONTROU NO JUDAISMO DA DIÁSPORA.
R:-Não precisou ir muito longe. Na própria Jerusalém, na época de JESUS,havia fortes influências da cultura e da língua gregas. O templo atraia, todos os anos, judeus que viviam ordinariamente no exterior, em outros países (uma boa listagem dessas nações está em At2, 9-11). 
C)AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS RELIGIOSAS NO INTERIOR DO PAGANISMO GRECO - ROMANO, DURANTE P SÉCULO I dC.
R 1:-O culto do Imperador, nascido de concepção egípcias e orientais, que consideravam o soberano como "filho dos deuses".
R 2:-A religião tradicional do Gregos e dos Romanos que implicava na crença em muitos deuses.
R 3:As novas religiões "mistéricas", procedentes do oriente (Egito, Síria, Pérsia...).
R 4:-As supertições e crenças populares , que abrangiam diversas formas de magia e feitiçaria, a crença na astrologia e a busca incessante para descobrir ou adivinhar o destino. 
5-COMO PODEMOS DEFINIR O PAPAEL DOS DOZE APÓSTOLOS NA DIFUSÃO DO CRISTIANISMO? O QUE SABEMOS DELES?
R:Poucos sabemos, com certeza, da atuação dos Doze. O que é certo é que , de início, eles permaneciam em Jerusalém. Aguardavam a manifestação imnente do Reino e se consideravam o novo Israel, ou melhor, o verdadeiro Israel. Eram vistos como símbolo das novas tribos e o fundamento da Igreja.
Do grupo dos membros dos Doze apóstolos nem todos não se tem tantas notícias, pois nem todas as cartas como de Tiago, Judas não acrescentam nada sobre a atuação desses apóstolos e também as cartas de Pedro e João não pode ser tomadas , sem reservas, como testemunho e pensamentos deles, ou seja todos tiveram seu papal fundamental na difusão do cristianismo.
6-QUAL A CONTRIBUIÇÃO ESPECÍFICA DE PAULO NA OBRA MISSIONÁRIA DO CRISTIANISMO PRIMITIVO? INDIQUE AS
PRINCIPAIS ETAPAS DA SUA ATUAÇÃO. QUAIS AS FONTES QUE NOS FORNECEM DADOS SOBRE SUA VIDA E PENSAMENTO?
R:É espantoso o trabalho realizado por Paulo em poucos anos. Seu período de atividade plena não passa de dez anos, entre 49 e 58, aproximadamente! Tanto mais se considerarmos os obstáculos que encontrou s os sofrimentos que padeceu (como se vê no impressionante relato de 2Cor 11,22-33: cinco vezes punido com os açoites pelos judeus e três vezes com varas dos romanos; uma vez, apedrejado; três vezes, naufrágios...). Apesar de tudo, ele assegurou a difusão do cristianismo no meio pagão e garantiu a verdade do Evangelho e a liberdade cristã. Mesmo depois de morto, encontrou a incompreensão dos falsos irmãos, sobretudo entre os judeus - cristão. Mas também serviu de inspiração, ao longo dos séculos, e continua servindo, para a redescoberta dos valores centrais e característicos do cristianismo. Até hoje questiona os cristãos que facilmente se acomodam a uma religião não muito diferente do legalismo farisaico que combateu, e os convida a serem imitadores dele, como ele o é de Cristo (cf. 1Cor 11,1).
Principais etapas são as sete cartas como certamente autênticas: 1Ts, 1 e 2Cor, Gl, Rm, Fl, Fm. As outras cartas atribuídas a Paulo no Novo Testamento (não apenas Hb, mas também, 2Ts, Cl, Ef, 1 e 2 Tm, Tt) foram redigidas por discípulos . Trata-se de cartas longas para os padrões da época.
7-COMO A IGREJA ENCAROU O PROBLEMA DA CONTINUIDADE NOS ANOS 70 A 100. OU SEJA, DEPOIS DA MORTE DE QUASE TODOS OS APÓSTOLOS E DA PRIMEIRA GERAÇÃO DE CRISTÃOS?
R:A morte dos Apóstolos e o desaparecimento da primeira geração, junto com esse enfraquecimento e essa tentação de esquecer a Palavra,tornam mais urgente a necessidade de pôr por escrito e conservar melhor o que até então fota transmitido apenas oralmente (a Tradução). Nesses anos, entre 70 e 100,é redigida a maior parte dos textos do Novo testamento. exceto as cartas autênticas de Paulo, escritas entre 50 e 60, praticamente todo o resto do NT é obra da segunda geração,mesmo se muitos escritos foram postos sob o nome de um Apóstolo,cuja tradição pretendiam preservar. A partir de material anterior, surgem os evangelhos de Marcos (perto de 70), Mateus e Lucas (depois de 80) e João (final do século). A mesma época pertencem os Atos dos Apóstolos e a maioria das epístolas católicas (Tg; 1,2 e 3 Jo; 1Pd; Jd), Hb, ap e os escritos dêutero-paulinos (=de discípulos de Paulo); 2Ts, Cl, Ef, 1 e 2 Tm, Tt.
8-O QUE SABEMOS SOBRE A ORGANIZAÇÃO DAS COMUNIDADES CRISTÃS NO ÚLTIMO QUARTEL DO SÉCULO I, NO QUE DIZ RESPEITO.
*AO MINISTÉRIOS E AO EXÉRCÍCIO DA AUTORIDADE?
R:Quando Paulo menciona os principais ministérios da igreja (cf. 1Co 12, 28: "os que DEUS estabeleceu na Igreja são apóstolos... profetas... doutores..."), alude exclusivamente a ministros da Palavra. Tal estrutura ministerial parece vir de Antioquia (cf. At.13,1ss, onde profetas e doutores enviam apóstolos; note-se que aqui e, em geral nos textos de Paulo, o termo apóstolo não indica somente os Doze, mas todos os missionários com plenos poderes para evangelizar).
*A DOUTRINA E à LITURGIA?
R:As notícias são demasiadamente fragmentadas para reconstruirmos um quadro detalhado dessa evolução. Mas podemos discernir alguns dados fundamentais. JESUS tinha dado uma importância especial a oração. No período pós-apostólico, esta valor continua sendo reconhecido. As formas mais antigas da oração cristã estão ainda muito ligadas à piedade judaica, mas também manifestam uma nova confiança e alegria pela redenção em CRISTO, o que se traduz em louvor e ação de graças (cf. as orações de Lc e At; Didaqué 9, 2-5; 1Clem. 59-61).
*ÀS CLASSSES SOCIAIS E À CULTURA?
R:Antes de tudo,parece ser claro que o cristianismo do século I (e mesmo dos séculos II e III) é uma religião urbana, espalhada nas cidades. A penetração no meio rural, particularmente no Ocidente, só se intensifica no final do século IV, Um grande número de pobres, inclusive de escravos, entra nas comunidades cristãs, que se distinguem por aceitar a todos,sem discriminação, como lembra o famoso texto de Gl 3,28 (talvez anterior ao próprio Paulo): "Não há judeu grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; pois todos vós sois um só em CRISTO JESUS". Mas nas comunidades paulinas,que conhecemos melhor, é certa a presença de alguns ricos, comerciantes e artesãos, talvez até altos funcionários (cf. 1Cor 1,11. 16; 16,15; Rm 16, 14; 18, 2-3; etc.). Estas pessoas colocam a sua casa a disposição da comunidade cristã, que ali se reúne (cf. Rm16, 1.5.23; 1Cor 16,19; Cl 4,15; Fm 2; At 16,15).
*À RELAÇÃO COM O ESTADO ROMANO E À RELIGIÃO OFICIAL DO IMPÉRIO?
R:Em geral, eles pareciam não ter chamado a atenção das autoridades romanas, que deviam confundi-los, ao menos inicialmente, com um dos tantos grupos de judeus. Nesse sentido,era de interesse dos romanos fazê-los respeitar, senão protegê-los, enquanto era política de Roma favorecer o fracionamento e as divisões entre os grupos que queriam dominar (divide et impera). Lucas, no livro dos Atos, procura mostrar que as autoridades romanas sempre protegem os cristãos. O próprio Paulo manda rezar pelas autoridades civis e a sua orientação é retomada por outros textos do Novo Testamento (Rm 13, 1-7; cf. também 1Tm 2, 1-2; 1Pd 2, 13-15). Os cristãos encontram hostilidade e perseguição por parte de judeus e, às vezes , da população pagã, que estranha a religião cristã, aparentemente sem templos e sem deuses. Sob os imperadores Nero (54-68) w Domiciano (81-96).

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