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Bioética: Ética da Vida e Princípios

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ÉTICA E EXERCÍCIO PROFISSIONAL
BIOÉTICA
Literalmente, o termo “bioética” significa “ética da vida”. O vocábulo bíos, de raiz grega, designa as ciências da vida
 Potter cunhou o termo bioética depois de procurar por muitos meses as palavras certas para expressar a necessidade de equilibrar a orientação científica da biologia com os valores humanos
em 1995, definiu-se bioética como: “o estudo sistemático das dimensões morais, incluindo a visão, a decisão, a conduta e as normas, das ciências da vida e da saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas num contexto interdisciplinar”
A bioética é uma ética da responsabilidade, ou seja, a gestão responsável, prudencial das decisões relativas à vida
Para a bioética, as decisões partem de uma reflexão racional que tem como pressuposto básico a pluralidade da sociedade com a convivência de sistemas éticos diferentes com várias opções
Dentre os paradigmas mais comuns destacam-se:
1 - O do liberalismo, que tem nos direitos humanos a justificativa para o valor central da autonomia do individuo sobre seu próprio corpo e as decisões relativas à sua vida;
2 - O das virtudes, que coloca a tônica na boa formação do caráter e da personalidade das pessoas ou dos profissionais;
3 - O da casuística, que incentiva a análise sistemática de casos a fim de reunir características paradigmáticas que se prestará para analogias em situações com circunstâncias semelhantes;
4 - O narrativo, que entende a intimidade e a identidade experimental pela pessoa ao contarem ou seguirem histórias como um instrumento facilitador da análise ética;
5 - O do cuidado, que defende a importância das relações interpessoais e da solicitude;
6 - E o principialista, baseado nos princípios da beneficência, não maleficência, autonomia e justiça.
Para compreender a ponderação de princípios conflitantes, vale lembrar dos atos corriqueiros do cotidiano relacionados à saúde como os efeitos colaterais de medicações, as punções venosas para coleta de exames. Nessas situações comuns nos serviços de saúde, raramente os profissionais percebem que, ao aceitarem causar dor e desconforto, estão optando por um princípio, a beneficência, em detrimento de outro, a não maleficência. Quando o caso é mais complexo, como na amputação de membros, esse conflito fica mais patente.
O princípio da não maleficência afirma a obrigação de não causar danos aos outros. O termo “dano” não fica restrito aos aspectos físicos como dor, incapacidades e morte, mas inclui os âmbitos psíquico, social, moral e outra série de prejuízos. Do princípio da não maleficência decorrem outras regras morais de cunho mais específico, como não matar; não causar dor ou sofrimento; não incapacitar; não ofender; não privar o outro dos bens da vida. 
 Por beneficência entende-se “fazer o bem”, “cuidar da saúde”, “favorecer a qualidade de vida”, enfim, dilatar os benefícios. De maneira geral, pode-se afirmar que uma ação beneficente é a que pretende beneficiar as pessoas.
A beneficência, quase sempre, compreende a ajuda ativa, o que requer uma ação transitiva. Por sua vez, a não maleficência, usualmente, envolve abster-se intencionalmente da realização de atos possíveis de causar dano.

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