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Processos de 
Fabricação II
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Lincoln Nascimento Ribeiro
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Processos de Soldagem
• Introdução;
• Classificação dos Processos de Soldagem;
• Defeitos na Soldagem.
• Apresentar ao aluno os principais processos de soldagem dos materiais e suas aplicações 
na fabricação de produtos na indústria metal mecânica.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Processos de Soldagem
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Processos de Soldagem
Introdução
Os processos de soldagem dos materiais têm como objetivo a união de 2 metais 
em definitivo através do aquecimento desses materiais. Esse processo pode ser re-
alizado com ou sem a adição de um material.
Os processos de soldagem apresentam uma enorme versatilidade. São utilizados 
para a fabricação de diversos produtos metálicos.
Entre essas possibilidades estão a soldagem de chapas, tubos, estruturas metáli-
cas, que podem ser aplicados nos mais variados projetos de engenharia.
A seguir, serão apresentados os principais processos de soldagem e a sua aplicação.
Classificação dos Processos de Soldagem
Antes de apresentar a classificação dos processos de soldagem, é importante 
conceituar-se uma propriedade conhecida como soldabilidade dos materiais.
A soldabilidade dos materiais é a facilidade de se realizar uma união uniforme 
desses materiais através de um processo de soldagem de tal forma que essa união 
seja uniforme e as propriedades mecânicas dos materiais originais sejam mantidas.
Entre os fatores que influenciam a soldabilidade de um material, o principal fator 
é a composição química desse material.
Dependendo da composição química de alguns materiais, pode ser necessário 
que para se conseguir soldar esses materiais sejam necessários diversos controles 
de parâmetros do processo, como por exemplo, temperatura. Há casos em que até 
um tratamento térmico pode ser necessário após a soldagem. Esse é o caso dos 
materiais de baixa soldabilidade.
Quando um material apresenta facilidade de soldagem, sem a necessidade de 
grandes cuidados e controles precisos dos parâmetros de processo, dizemos que 
esse material apresenta boa soldabilidade.
Na tabela 1 é possível visualizar a soldabilidade de alguns materiais, classificando 
a soldabilidade em boa(ou ótima), razoável ou baixa.
Tabela 1 – Exemplo de soldabilidade de alguns materiais.
Materiais
Soldabilidade do Material
Boa ou ótima Razoável Baixa
Ligas de Alumínio ×
Ligas de Cobre ×
Aço Inoxidável ×
Aço com Baixa porcentagem de Carbono ×
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Materiais
Soldabilidade do Material
Boa ou ótima Razoável Baixa
Aço com Média porcentagem de Carbono ×
Aço com Alta porcentagem de Carbono ×
Aços com Ligas ×
Ferro Fundido Cinzento ou Nodular ×
Ferro Fundido Branco ×
Nessa unidade, os processos de soldagem serão classificados em 7 tipos:
• Processos de Soldagem a Gás;
• Processos de Soldagem ao Arco Elétrico;
• Processos de Soldagem TIG;
• Processos de Soldagem MIG-MAG;
• Processos de Soldagem ao Arco Submerso;
• Processos de Soldagem por Resistência;
• Processos de Soldagem por Brasagem.
A seguir, esses processos de soldagem dos materiais serão discutidos.
Processos de Soldagem a Gás
Quando um processo de soldagem de metais ocorre através do aquecimento, 
utilizando-se uma chama produzida pela queima da mistura de um gás combustível 
com um gás comburente (oxigênio), chamamos esse processo de Soldagem a gás.
O aquecimento causado por essa chama terá como resultado a produção de 
calor que será utilizado para fundir tanto o metal a ser soldado, quanto o metal de 
adição (caso necessário).
Como a chama da soldagem a gás é produzida?
Ex
pl
or
Normalmente, 2 cilindros são utilizados nos equipamentos de soldagem a gás 
para armazenar os gases que serão utilizados durante o processo de soldagem.
De cada um desses cilindros sai uma mangueira que é ligada em um maçarico. 
Esse maçarico tem como função misturar os 2 gases para que ocorra a queima 
(combustão) e, dessa forma, seja produzida a chama que será utilizada no processo 
de soldagem.
Na Figura 1 está ocorrendo um processo de soldagem a gás. Na Figura estão 
em destaque o maçarico e os 2 cilindros utilizados para armazenamento dos gases.
É interessante observar também o equipamento de segurança utilizado pelo 
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UNIDADE Processos de Soldagem
soldador, incluindo um óculos para proteger os olhos do brilho excessivo que ocor-
re durante a soldagem e o avental que protege de fagulhas que também ocorrem 
durante a soldagem.
Maçarico
Cilindros
Figura 1 – Cilindros de armazenamento de gás e o maçarico durante um processo de soldagem a gás
Fonte: Adaptado de Getty Images
Na Figura 2 é possível visualizar em detalhes os componentes do equipamento 
de soldagem a gás. Nesse caso, o gás comburente é o oxigênio e o gás combustível 
é o acetileno. É a chamada soldagem oxiacetilênica.
Figura 2 – Detalhes do equipamento para soldagem a gás
Fonte: SANTOS, 2015
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Processos de Soldagem ao Arco Elétrico
Quando o aquecimento dos metais em um processo de soldagem ocorre através 
de um arco elétrico formado entre o componente a ser soldado e o material de adi-
ção (eletrodo), chamamos esse processo de Soldagem ao Arco elétrico.
Esse arco elétrico é produzido através de uma elevada corrente elétrica que 
passa através do eletrodo e da peça a ser soldada. Esse arco elétrico produz um 
aquecimento ainda micro do que o aquecimento gerado pelo maçarico na soldagem 
a gás. Com esse calor é possível fundir tanto o metal se adição quando o metal a 
ser soldado.
Nesse processo o eletrodo é, na verdade, o material de adição a ser utilizado 
entre os componentes que serão soldados.
Como se forma o arco elétrico?
Ex
pl
or
O arco elétrico, também chamado de arco voltaico é formado pela passagem 
de corrente elétrica elevada através de um gás, no caso o ar. Ocorre um processo 
chamado de ionizaçãodo ar, onde a sua resistência à passagem de corrente elétrica 
tende a zero. O resultado desse fenômeno é a transformação da energia elétrica em 
energia térmica na forma de calor.
No caso da soldagem a arco elétrico, o arco elétrico é produzido pela corrente 
elétrica que passa “entre” o eletrodo e a peça. Dessa forma, o operador nunca deve 
encostar o eletrodo na peça. Ele deve apenas aproximar o eletrodo na peça, para 
que ocorra a formação do arco elétrico.
Na Figura 3 é possível visualizar que o operador segura um eletrodo com o au-
xílio de um dispositivo em forma de garra chamado de porta eletrodo. Para realizar 
a soldagem, ele aproxima o eletrodo da peça, para que o arco elétrico se forme e 
ocorra a fusão dos materiais envolvidos.
Arco
Elétrico
EletrodoPorta Eletrodo
Figura 3 – Exemplo de soldagem a arco elétrico
Fonte: Adaptado de Getty Images
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UNIDADE Processos de Soldagem
Como é produzida a corrente elétrica necessária para formação do arco elétrico para a solda 
a arco elétrico?Ex
pl
or
A corrente elétrica necessária para o processo de soldagem a arco elétrico é bas-
tante elevada. Para produzir essa corrente, utiliza-se um equipamento conhecido 
como Máquina de Soldagem Elétrica. Na Figura 4 é possível visualizar um exemplo 
de Máquina de soldagem elétrica. Há também ao lado uma máscara protetora para 
o soldador. Essa máscara é capaz de proteger o soldador da luminosidade excessiva 
e das fagulhas produzidas durante o processo de soldagem.
Figura 4 – Exemplo de máquina de solda elétrica
Fonte: Getty Images
Outro fator interessante a ser considerado é o revestimento do eletrodo utili-
zado na soldagem a arco elétrico. Esse revestimento possui uma composição que 
permite que a solda seja protegida dos gases da atmosfera durante a soldagem, 
dependendo da sua composição química podem auxiliar também na formação do 
arco elétrico, ou no acabamento da solda.
Processos de Soldagem TIG
No processo de Soldagem TIG o aquecimento também é gerado por um arco 
elétrico, porém, nesse caso, o eletrodo é feito de tungstênio e não é consumido 
durante o processo de soldagem. O arco elétrico é formado entre esse eletrodo e a 
peça a ser soldada, e durante a realização da soldagem ocorre a injeção de um gás 
inerte sobre o arco elétrico.
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O calor produzido por esse arco elétrico tem como função fundir (derreter) o 
metal a ser soldado e o metal de adição. O gás inerte serve para proteger a solda 
da oxidação pela atmosfera, melhorando a qualidade da solda.
A sigla TIG significa Tungsten Inert Gas, ou seja, Tungstênio e Gás Inerte.
Isso significa dizer que os eletrodos utilizados na solda são de tungstênio e ocorre a 
injeção de gás inerte durante a soldagem.
O eletrodo não consumível utilizado na soldagem TIG é chamado de tocha.
Ele não é o material de adição.
O operador aproxima o material de adição do arco elétrico durante a soldagem. 
Esse material de adição normalmente é fornecido na forma de varetas.
O material de adição consiste em uma vareta que deve ser aproximada do arco 
elétrico, para que seja fundida e adicionada entre os componentes a serem soldados.
O arco elétrico é produzido através da passagem de corrente elétrica entre o 
eletrodo e a peça a ser soldada.
Na Figura 5 é possível observar que o soldador segura a tocha com a mão di-
reita e a vareta (metal de adição) com a mão esquerda. Através da tocha também é 
injetado o gás inerte.
Tocha que possui
na ponta o eletrodo
não consumível
Vareta com
material de adição
Arco Elétrico
Figura 5 – Exemplo de soldagem TIG
Fonte: Adaptado de Getty Images
O Argônio e o Hélio são os gases mais utilizados como gases inertes na soldagem TIG.
O que é um gás inerte?
Ex
pl
or
Um gás inerte é formado por átomos que possuem a camada de valência estável, 
como os gases nobres, por exemplo. O resultado dessa característica é que esses 
átomos não reagem quimicamente com outros compostos. Ao injetarmos esse gás 
sobre o arco elétrico, produzimos a solda da oxidação pelo oxigênio presente no ar.
O ótimo acabamento do cordão de solda é a principal vantagem da soldagem TIG.
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UNIDADE Processos de Soldagem
Esse processo de soldagem é bastante utilizado na soldagem de ligas de alumínio 
e de ligas de magnésio.
Existe também a possibilidade de se realizar a soldagem TIG sem a utilização de 
material de adição. Porém, essa aplicação é muito restrita, normalmente aplicada 
para soldagem de chapas muito finas.
Processos de Soldagem MIG-MAG
No processo de Soldagem MIG-MAG o aquecimento também é gerado por um 
arco elétrico, porém, nesse caso, o eletrodo é consumível. O arco elétrico é forma-
do entre esse eletrodo e a peça a ser soldada e durante a realização da soldagem 
ocorre, de forma simultânea, a injeção de um gás inerte ou de um gás ativo sobre 
o arco elétrico.
O calor produzido por esse arco elétrico tem como função fundir (derreter) o 
metal a ser soldado e o metal de adição. O gás inerte serve para proteger a solda 
da oxidação pela atmosfera, melhorando a qualidade da solda.
A sigla MIG significa Metal Inert Gas, ou seja, Metal e Gás Inerte. A sigla MAG 
significa Metal Active Gas, ou seja, Metal e Gás Ativo. Essa diferença ocorre de-
vido as características do tipo de gás injetado no arco elétrico durante o processo 
de soldagem.
Na soldagem MIG, quando ocorre a injeção de um gás inerte, ocorre a soldagem MIG.
Quando ocorre a injeção de gás ativo, ou seja, que interage com os materiais que 
estão envolvidos na soldagem, a soldagem é chamada de Soldagem MAG. 
Como exemplo de gás inerte a ser utilizado no processo de Soldagem MIG é 
possível citar o argônio.
Como exemplo de gás ativo a ser utilizado no processo de Soldagem MAG é 
possível citar o dióxido de carbono.
Quando se está soldando materiais ferrosos é mais comum a utilização da solda-
gem MAG. Por outro lado, quando se está soldando materiais não ferrosos é mais 
comum a utilização de Soldagem MIG.
Apesar do eletrodo do processo de soldagem MIG-MAG ser utilizado como ma-
terial de adição, esse eletrodo não tem revestimento e escoa continuamente através 
da tocha.
Esse escoamento contínuo permite uma maior produtividade. Normalmente, os 
eletrodos são fornecidos em bobinas de arames de solda. Isso permite o abasteci-
mento contínuo da solda.
O arco elétrico também é produzido através da passagem de corrente elétrica 
entre o eletrodo e a peça a ser soldada.
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No processo de Soldagem MIG-MAG da Figura 6, o soldado segura a tocha com 
apenas uma mão e ao apertar uma espécie de gatilho nessa tocha, o arame de sol-
da sai pela tocha, se aproximando da peça e formando o arco elétrico que funde o 
eletrodo e o material a ser soldado.
Tocha
Cordão de
solda
Figura 6 – Exemplo de soldagem MIG-MAG
Fonte: Adaptado de Getty Images
A Soldagem MIG-MAG, por ser contínua, apresenta uma alta produtividade. É 
a principal vantagem desse processo em relação à soldagem TIG e à soldagem a 
arco elétrico.
Processos de Soldagem ao Arco Submerso
O processo de soldagem a arco submerso também é um tipo de processo de 
soldagem a arco elétrico. Porém, nesse caso, durante o processo de soldagem, o 
arco elétrico se forma sob uma camada de material granulado. Essa camada de 
material granulado é chamada de fluxo de solda e é utilizada para proteger a solda 
da oxidação pela atmosfera.
A vantagem da soldagem ao arco submerso é que ocorre a formação de um 
cordão de solda mais uniforme durante a soldagem, porém, esse tipo de solda só 
pode ser utilizado na posição vertical.
Nesse processo o eletrodo utilizado é o material de adição, não possui revesti-
mento e escoa continuamente através da tocha.
Essa característica resulta em uma maior produtividade. Esse processo pode 
ser utilizado em soldagens de grande porte, como estruturas metálicas,caldeiras, 
estaleiros, siderúrgicas, entre outras aplicações.
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UNIDADE Processos de Soldagem
Na Figura 7 é possível visualizar um exemplo de equipamento utilizado para 
soldagem a arco submerso. Veja que esse equipamento possui uma mesa para 
acondicionamento da peça a ser soldada.
Figura 7 – Exemplo equipamento utilizado para soldagem a arco submerso
Fonte: Wikimedia Commons
Processos de Soldagem por Resistência
No processo de soldagem por resistência a solda dos metais ocorre também atra-
vés do aquecimento causado pela corrente elétrica que passa pelas peças a serem 
soldadas. Porém, nesse caso, não ocorre a formação de arco elétrico.
A causa do aquecimento nesse processo é o Efeito Joule, que afirma que um 
corpo sofre aquecimento ao ser submetido à passagem de uma corrente elétrica 
pelo seu interior.
Esse aquecimento ocorre porque o corpo exerce uma resistência à passagem 
dessa corrente elétrica.
Esse processo de soldagem é um dos processos mais versáteis que existem. 
Pode ser facilmente automatizado com a utilização de robôs.
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Entre as aplicações desse processo, é possível citar, por exemplo, a solda de 
componentes do chassi de um veículo.
Na Figura 8 é possível visualizar uma ilustração de um equipamento utilizado 
para soldagem por resistência. Esse equipamento possui dois eletrodos que condu-
zem a corrente elétrica. As peças a serem soldadas estão posicionadas entre esses 
eletrodos. Ao se acionar o equipamento, os eletrodos comprimem levemente as 
peças a serem soldadas e ocorre a passagem da corrente elétrica que provoca o 
aquecimento e a soldagem, conforme ilustrado na figura.
Figura 8 – Exemplo de processo de soldagem por resistência
Fonte: Adaptado De Wikimedia Commons
Processos de Soldagem por Brasagem
No processo de soldagem por brasagem ocorre apenas a fusão do material de 
adição. Sendo assim, os metais a serem soldados não são fundidos.
Para que isso seja possível, o material de adição precisa apresentar um ponto de 
fusão inferior ao ponto de fusão dos materiais a serem soldados.
Uma das maneiras de se realizar esse aquecimento é através da utilização de 
um ferro de solda, conforme ilustrado na Figura 9. Nesse exemplo, um material 
de adição composto por uma liga de estanho e chumbo está sendo utilizado para 
soldar componentes eletrônicos.
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UNIDADE Processos de Soldagem
Ferro de solda Local da solda
Material de adição
Figura 9 – Exemplo de processo de soldagem por brasagem
Fonte: Adaptado de Getty Images
Defeitos na Soldagem
Existem diversos possíveis defeitos que podem ocorrer em uma solda. A seguir 
alguns desses defeitos serão apresentados.
Distorção
Distorção é uma mudança no formato da peça causada pela alta temperatura 
aplicada nessa peça durante o processo de soldagem.
Na Figura 10 é possível observar um exemplo de distorção causada na solda de 
2 chapas que estavam inicialmente alinhadas.
Figura 10 – Exemplo de distorção na peça após a soldagem
Fonte: SANTOS, 2015
Formato incorreto da junta
O formato incorreto da junta ocorre quando o posicionamento da peça duran-
te a soldagem é incorreto. Também pode ocorrer quando o dimensionamento da 
solda é incorreto.
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A consequência é o desalinhamento das peças a serem soldadas, conforme ilus-
trado na Figura 11.
Figura 11 – Exemplo de desalinhamento nas peças devido ao formato incorreto da junta
Fonte: SANTOS, 2015
Perfil incorreto da junta
O perfil da junta soldada é muito importante para a resistência mecânica da sol-
da. Um perfil de solda inadequado pode causar fragilidades na junta soldada, como, 
por exemplo, concentração de tensões que podem gerar uma trinca na solda.
Na Figura 12 são apresentados alguns exemplos de perfis incorretos de juntas sol-
dadas. A linha tracejada indica o perfil ideal e a sombra cinza indica o perfil incorreto.
Figura 12 – Exemplos de perfi s incorretos de juntas soldadas
Fonte: SANTOS, 2015
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UNIDADE Processos de Soldagem
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Design industrial: materiais e processos de fabricação
LESKO, J. Design industrial: materiais e processos de fabricação. Edgard Blucher, 2004.
Leia o capítulo 6 (p 85-106) da obra, nesse texto serão apresentados os processos 
de soldagem.
Processos de soldagem: conceitos, equipamentos e normas de segurança
SANTOS, C. E. F. Processos de soldagem: conceitos, equipamentos e normas de 
segurança. São Paulo: Erica, 2015.
Leia também o capítulo 9 (p 142-151) da obra, nesse texto serão apresentadas as 
Normas e Equipamentos de Segurança para Soldagem.
 Vídeos
Processos de Fabricação – A União Faz a Solda
https://youtu.be/n_aL4ku0v7E
Processos de Fabricação – Arco Eletrico Entra em Ação
https://youtu.be/B8AnJaqBvjo
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Referências
ASKELAND, D. R. & WRIGHT, W. J. Ciência e Engenharia dos materiais.
3ª Edição – Ed. Cengage Learning, São Paulo, 2014.
CALLISTER Jr., W. D. & RETHVISCH, D. G. Ciência e Engenharia de Materiais 
– Uma Introdução. 9ª Edição – Ed. LTC, Rio de Janeiro, 2018.
LESKO, J. Design Industrial: Materiais e Processos de Fabricação. 1ª Edição – 
Ed. Blucher, São Paulo, 2004.
SANTOS, C. E. F. Processos de Soldagem – Conceitos, Equipamentos e Normas 
de Segurança. 1ª Edição – Ed. Érica, São Paulo, 2015.
SHACKELFORD, J. F. Ciência dos Materiais. 6ª Edição – Ed. Pearson Prentice 
Hall, São Paulo, 2008.
SMITH, W. F. & HASHEMI, J. Fundamentos de Engenharia e Ciência dos 
Materiais. 5ª Edição – Ed. AMGH, Porto Alegre, 2012.
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