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Indicadores de Atividade

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AULA 3 – BLOCO 4 – INDICADORES DE ATIVIDADE
Indicadores de Atividade são indicadores que permitem analisar a atividade operacional da empresa utilizando-se os valores do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado. São indicadores que transformam os valores em tempo, dentro do ciclo operacional da empresa. Com base nos indicadores podemos apurar a velocidade que recebemos as vendas, o prazo para o pagamento dos fornecedores e o tempo que os produtos ficam estocados até a sua venda. 
Quando utilizarmos demonstrações anuais, o indicador obtido deve ser multiplicado por 360, para demonstrar a rotação em números de dias. Se calcularmos com demonstrações mensais, é necessária a multiplicação por 30, para determinar a rotação dos estoques.
Dividem-se em: 
Prazo médio de estocagem: Indica o tempo médio verificado desde a aquisição da mercadoria junto ao fornecedor até sua venda. Demonstra o tempo médio em dias que a mercadoria fica estocada. O melhor para a empresa é ter um baixo período de estocagem, que significa que ela adquire a mercadoria e rapidamente consegue vender a mesma, transformando em recursos financeiros. Para empresas industriais, o prazo médio é o período que compreende a compra da matéria-prima, sua transformação e posterior venda do produto acabado. A fórmula é: 
Cálculo: 
 O indicador demonstra que os estoques demoram 21 dias e 23,14 dias, respectivamente, nos anos de 2013 e 2014.O ciclo está aumentando, ou seja, os estoques estão ficando mais tempo na empresa até que os mesmos sejam vendidos. 
Quanto menor for o prazo de estocagem, mais rapidamente a empresa transforma as mercadorias e produtos em dinheiro e consegue realizar novas compras ou pagar despesas. 
Prazo médio de pagamento: Mede desde o momento em que se compra a matéria-prima e mercadorias, até o momento do pagamento. O prazo indica o tempo que a empresa dispõe para fazer o pagamento dos seus fornecedores. É calculado em dias e demonstra o crédito que a empresa tem junto aos seus credores. A fórmula é:
Cálculo: 
O indicador demonstra que a empresa tem o prazo médio de 16,5 dias e 16,7 dias, respectivamente, nos anos de 2013 e 2014, para efetuar os pagamentos dos fornecedores. O ciclo mantém-se estável. 
Quanto maior for o prazo de pagamento, mais rapidamente a empresa transforma as mercadorias e produtos em dinheiro e consegue efetuar os pagamentos. Se o prazo for muito curto, a empresa terá necessidade de fazer o pagamento e ainda não terá vendido e recebido pelo seu produto, ocasionando a necessidade de recursos para pagar os credores. 
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Prazo médio de recebimento: Mede do momento em que se vende a mercadoria ou produto até o momento do recebimento das vendas a prazo. O prazo indica o tempo que a empresa concede, em média, aos seus clientes para efetuar os pagamentos. É calculado em dias e demonstra período de tempo que a companhia fica sem os recursos oriundos das vendas. Quanto menor esse prazo, melhor é para a empresa, pois terá com mais rapidez os recursos para fazer frente às necessidades de caixa. A fórmula é: 
Cálculo: 
O indicador demonstra que a empresa tem o prazo médio de cobrança de 6,3 dias e 7,125 dias, respectivamente, nos anos de 2013 e 2014. Esse prazo demonstra que as vendas a prazo são rapidamente recebidas, e que a maioria das vendas ocorre à vista, ou com reduzido prazo de recebimento. 
Ciclo Operacional: Demonstra o prazo que vai desde a compra da matéria-prima ou mercadoria, até o recebimento das vendas. A empresa tem um ciclo de comprar as mercadorias, manter estocado, vender e posteriormente receber pelas vendas a prazo. Esse ciclo corresponde ao ciclo operacional da empresa. Compreende o prazo que a empresa consegue comprar e transformar esses itens em recursos financeiros para que o ciclo inicie novamente. É determinado pela seguinte fórmula: PMEPrazo Médio de Estocagem | PMRPrazo Médio de Recebimento
Ciclo Operacional = PME + PMR
É calculado com base nos ciclos anteriormente calculados.
Utilizando os dados do exemplo apresentado nos ciclos de estocagem e recebimento, temos: 
2013: CO = 21 + 6,3 = 27,3 dias 			2014: CO = 23,14 + 7,125 = 30,265 
Representando graficamente, temos: 
O ciclo operacional da empresa do exemplo vem aumentando, passando de 27,3 dias para 30,26 dias, de 2013 para 2014. Em média, a empresa precisa de 30 dias em 2014 para comprar o produto, vender e receber pelas vendas a prazo.
Ciclo Financeiro: Demonstra o prazo que vai desde o pagamento dos fornecedores até o recebimento das vendas a prazo. Quanto menor for o ciclo financeiro, melhor será a situação financeira da entidade, pois é menor o período de tempo entre o recebimento pela venda e a necessidade do pagamento para o fornecedor. Se for muito longo o prazo entre o pagamento para o fornecedor e o recurso entrando no caixa, maior será a necessidade de a empresa buscar recursos externos para realizar seus pagamentos. É determinado pela seguinte fórmula: 
Ciclo Financeiro = CO – PMP
É calculado com base nos ciclos anteriormente calculados. 
Utilizando os dados do exemplo apresentado no ciclo operacional e pagamento, temos: 
2013: CF = 27,3 – 16,5 = 10,8 dias 			2014: CF = 30,265 – 16,7 = 13,565 dias 
Representando graficamente, temos: 
Analisando o ano de 2014, o Ciclo Financeiro é de 13,56 dias e compreende desde o momento em que é efetuado o pagamento aos fornecedores pelas compras a prazo até o recebimento pelas vendas a prazo. É o período de tempo que a empresa tem que desembolsar valores e ainda não recebeu.
O ideal seria um ciclo negativo, ou seja, que a empresa vende e recebe pela venda antes de efetuar o pagamento para o fornecedor. Nessa situação, o próprio valor da operação de venda serviria para o pagamento do fornecedor. Não é o que acontece na maioria das vezes. Quanto maior é o ciclo financeiro, maior é o período que a empresa não recebe recursos das vendas realizadas, mas tem que desembolsar valores para pagar despesas e compras. É importante a empresa analisar e compatibilizar esses prazos para não necessitar de recursos externos, por exemplo de empréstimos, para fazer frente aos desembolsos necessários. 
AULA 3 – BLOCO 5 – CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
O Capital Circulante Líquido é calculado diminuindo-se o Ativo Circulante do Passivo Circulante. Representa o excedente que a empresa tem de recursos a curto prazo em relação às captações de recursos processadas também a curto prazo. Demonstra em valores absolutos os recursos que a empresa tem de sobra (ou falta) na relação ativo circulante e passivo circulante. Representa, também, a folga financeira, quanto maior o CCL, mais valores a empresa possui no seu ativo circulante para fazer frente às obrigações de curto prazo. O BP permite apurar a necessidade de capital de giro da empresa e/ou a qualidade da dívida da empresa. É calculado pela seguinte fórmula:
Capital Circulante Liquido = Ativo Circulante – Passivo Circulante
Nesse caso, o volume do Ativo circulante – AC (Caixa, direito a receber, estoques, dentre outras contas de curto prazo) apresenta o mesmo valor que o Passivo circulante - PC (Fornecedores, Folha de pagamentos, dentre outras obrigações de curto prazo). Portanto, o mesmo ocorre entre o “Ativo não circulante” - ANC e o “Passivo não circulante (PNC) + Patrimônio Líquido (PL)”. O que isso significa? A empresa apresenta um equilíbrio no curto prazo entre o financiamento e o investimento, assim sua operação apresenta uma situação estável, a qual se reflete em um índice de liquidez corrente igual 1 (para cada R$1,00 de PC ela tem R$ 1,00 de AC).
Nesse caso, temos que o volume do Ativo circulante é maior do que o valor do Passivo circulante. Portanto, o “Ativo não circulante” é menor que o “Passivo não circulante + Patrimônio Líquido”. O que isso significa? A empresa apresenta um desequilíbrio favorável no curto prazo entre a linha de financiamento e o investimento. Ou seja, temos que financiamento de longo prazo (PNC+PL) está sendo usado no AC, assim a operação
desta empresa apresenta um índice de liquidez corrente maior que 1 (para cada R$1,00 de PC ela tem mais de R$ 1,00 de AC para honrar seus compromissos, ela está tranquila no curto prazo). 
Por fim, temos que o volume do Ativo circulante é menor do que o valor do Passivo circulante. Portanto, o “Ativo não circulante” é maior que o “Passivo não circulante + Patrimônio Líquido”. O que isso significa? A empresa apresenta um desequilíbrio desfavorável entre a linha de financiamento de curto prazo e o investimento de curto prazo. Ou seja, temos aqui financiamento de curto prazo sendo usado no ANC, assim a operação desta empresa apresenta um índice de liquidez corrente menor que 1 (para cada R$1,00 de AC ela tem menos de R$ 1,00 de AC para honrar seus compromissos, por certo, ela terá dificuldade para honrar seus compromissos financeiros).
A folga financeira é maior, em 2014, de R$6.000,00, ou seja, a empresa dispõe de recursos de curto prazo no seu ativo para pagar as obrigações de curto prazo e ainda sobrará R$6.000,00.
Ponto de Equilíbrio: Vimos anteriormente os conceitos de receitas, custos e despesas. Utilizando esses conceitos e seus valores, conseguimos calcular o ponto de equilíbrio, que representa a quantidade de vendas para qual as receitas são iguais aos custos e despesas. Representa a quantidade mínima de produtos a serem vendidos, para que a partir desse momento a empresa gere lucro. No ponto de equilíbrio não há lucro nem prejuízo operacional, os gastos totais (custos totais + despesas totais) são exatamente iguais às receitas totais.
Custo Fixo: Corresponde a todo custo ou despesa que não varia, em valor total, com o volume de atividade ou operação. Os custos acontecem independente do volume de produção da empresa. Exemplos: salários dos supervisores, aluguel da fábrica, manutenção das máquinas etc. 
Custo Variável: É aquele que se altera em relação direta com as modificações do volume de atividade. O custo variável total aumenta ou diminui em decorrência do aumento ou diminuição da produção. Exemplos: matéria-prima, mão de obra direta, materiais usados diretamente na produção etc. 
Receitas de vendas: O valor total da receita de venda é determinado pela multiplicação da quantidade vendida pelo preço de venda das mercadorias ou produtos. 
Exemplo do cálculo, de acordo com Martins: 
Preço de venda = R$500,00 por unidade 
Custos + Despesas variáveis = R$350,00 por unidade 
Custos + Despesas fixas = R$600.000,00 por mês 
Se quisermos saber o ponto de equilíbrio em reais, multiplicamos o total dos custos variáveis pela quantidade do ponto de equilíbrio, e depois somamos com os custos e despesas fixas: 
O valor de R$2.000.000,00 iguala os custos com a Receita Total (4.000 unidades x R$500,00 = R$2.000.000,00) 
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