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Anatomia Dental Interna e Cirurgia de Acesso

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Anatomia Dental Interna e Cirurgia 
de Acesso 
Conhecer a anatomia dental interna dos dentes anteriores, pré-molares e molares, bem como a sua 
projeção externa de forma a definir o acesso à cavidade endodôntica. 
 
ANATOMIA DENTAL INTERNA 
A cavidade pulpar, situada geralmente no centro dos dentes é formada pela câmara pulpar e canal 
radicular. A morfologia desta cavidade acompanha a estrutura externa do dente, podendo 
modificar-se em função das agressões mecânicas, térmicas, químicas ou microbianas que este vier 
a sofrer durante sua permanência na cavidade bucal. 
O conhecimento minucioso da anatomia dental interna é de extrema importância para que o 
profissional especializado tenha maior sucesso em seus procedimentos, pois o conhecimento 
anatômico incorreto pode levar ao insucesso do tratamento endodôntico. 
Considerando-se que os dentes estão em grupos morfológicos e funcionais diferenciados, onde 
cada elemento tem função definida, e que, dentro de cada grupamento existem variações 
morfológicas, é fundamental uma abordagem particular de cada grupo dentário especificamente, 
para uma correta condução da terapia endodôntica. 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
- Estruturas Dentárias 
Coroa, raiz, esmalte, dentina, câmara pulpar, cemento, canal radicular e ápic e. 
- Cavidade Pulpar 
No que diz respeito ao canal radicular, ele tem início no término da câmara pulpar em dentes com 
apenas um canal, na altura do colo anatômico do dente. Dentes com mais de um canal, os canais 
radiculares se iniciam no assoalho da câmara pulpar. Composição da câmara pulpar: assoalho, teto 
e paredes axiais (mesial, vestibular, distal e palatina ou lingual). Assim sendo, dependendo do 
número de canais que o dente contém, o número de faces que compõem a câmara pulpar pode se 
alterar. Na câmara pulpar de dentes com apenas um canal, encontramos 5 paredes sendo elas: 
mesial, distal, vestibular, lingual ou palatina e incisal ou oclusal, correspondendo ao teto da 
câmara pulpar. Por sua vez, nos dentes com mais de um canal, encontramos 6 paredes, sendo elas: 
mesial, distal, vestibular, lingual ou palatina e incisal ou oclusal e o assoalho da câmara pulpar. 
- Sistema de Canais Radiculares (SCR) 
O sistema de canais radiculares não é formado exclusivamente por canais únicos, e sim por um 
emaranhado de canais composto pelo canal principal, cavo inter-radicular, recorrente, lateral ou 
adventício, reticular, colateral ou bifurcado, interconduto, secundário, acessório e delta apical, 
como explicado a seguir. 
- Delta Apical 
O canal radicular não é único, baseado em sua estrutura divide-se em canal dentinário e canal 
cementário. Ambos os canais se unem pelos vértices, configurando a junção cemento -dentina-
canal (CDC) dando, geralmente, o formato de cones truncados, com o canal dentinário 
representando quase todo o conduto radicular e o canal cementário constituindo aproximadamente 
cerca de 1 milímetro de distância do forame apical. 
O forame apical situa-se quase sempre num dos lados da raiz e muito raramente em seu vértice, 
mesmo em raízes retilíneas, apresentando o forame localizado parapicalmente. Normalmente nos 
incisivos e caninos superiores, nos pré-molares inferiores e nas raízes disto vestibular e palatina 
dos molares superiores, as raízes são ovaladas ou às vezes até circulares, originando 1 canal. Nos 
dentes anteriores inferiores, pré-molares superiores, raízes mesial e distal dos molares inferiores e 
na raiz mésio-vestibular dos molares superiores, as raízes são achatadas no sentido mésio distal ou 
proximal, podendo originar 1 ou 2 canais, com 1 ou 2 forames independentes, porém no terço 
apical o canal permanece circular. 
- Fatores que alteram as cavidades pulpares 
 O volume da cavidade pulpar pode variar em função da deposição fisiológica ou reparadora 
dentinária, durante o período de vitalidade, desde o dente jovem até o idoso, alterando o volume 
da cavidade pulpar com o evoluir da idade pela deposição de dentina fisiológica. A cárie, abrasão 
e envolvimento patológico periodontal também alteram o volume da câmara pulpar. 
 
GRUPOS DENTAIS 
Os grupamentos dentários serão descritos individualmente com os aspectos frequentemente 
encontrados nas cavidades pulpares, por meio das características longitudinais e transversais, ao 
nível do terço cervical, médio e apical, de cada raiz. 
 Incisivo Central Superior 
As características do canal no corte transversal: 
 terço apical: forma circular. 
 terço médio: forma ovalada, com o lado maior para o vestibular. 
 terço cervical: forma cônica triangular, com base para vestibular. 
Número e forma radicular: raiz única e normalmente reta. 
Relação de comprimentos em milímetros: máximo 28 mm, médio 22 mm e mínimo 18 mm, 
respectivamente. 
 Incisivo Lateral Superior 
As características do canal no corte transversal: 
 terço apical: forma circular. 
 terço médio: forma ovalada. 
 terço cervical: forma cônica triangular, com base para vestibular e com ligeiro 
achatamento proximal. 
Número e forma radicular: raiz única e normalmente apresenta curvatura apical disto -palatina. 
Relação de comprimentos em milímetros: máximo 29 mm, médio 23 mm e mínimo 18,5 mm, 
respectivamente. 
 Canino Superior 
As características do canal no corte transversal: 
 terço apical: forma circular. 
 terço médio: forma ovalada com discreto achatamento proximal. 
 terço cervical: forma cônica triangular, com base para vestibular. 
Número e forma radicular: raiz única e normalmente apresenta afilamento e dilacerações no terço 
apical. 
Trata-se do dente com maior comprimento da arcada. 
Relação de comprimentos em milímetros: máximo 33,5 mm, médio 26,4 mm e mínimo 20 mm, 
respectivamente. 
 Primeiro Pré-Molar Superior 
As características do canal no corte transversal: 
 terço apical: condutos em forma circular totalmente separados. 
 terço médio: condutos em forma circular separados por uma ponte de dentina. 
 terço cervical: dois condutos de forma elíptica, unidos por um pequeno istmo. 
Número e forma radicular: normalmente 2 raízes, 1 vestibular e 1 palatina. 
Raiz vestibular: reta 27,8%; curvatura palatina 36,2%; curvatura vestibular 14%; curvatura distal 
14%; baioneta 5,5%; pseudo-baioneta 2,5%. 
Raiz palatina: reta 44,4%; curvatura vestibular 27,8%; curvatura distal 14%; curvatura palatina 
8,3%; baioneta 5,5%. 
(Números médios com relação aos trabalhos e pesquisas mais recentes) 
 Relação de comprimentos em milímetros: máximo 25,5 mm, médio 21,5 mm e mínimo (17 mm), 
respectivamente. 
 Segundo Pré-Molar Superior 
As características do canal no corte transversal: 
 terço apical: forma elíptica ou circular. 
 terço médio: forma elíptica, alongada de vestibular para palatino. 
 terço cervical: conduto de forma elíptica alongada de vestibular para palatino, com 
achatamento proximal. 
Número e forma radicular: normalmente possuem 1 raiz, porém, podem apresentar-se com 1 canal 
(54%) ou 2 canais (46%), devido ao achatamento proximal. 
(Números médios com relação aos trabalhos e pesquisas mais recentes) 
Relação de comprimentos em milímetros: máximo 26 mm, médio 21,6 mm e mínimo 17 mm, 
respectivamente. 
 Primeiro Molar Superior 
As características do canal no corte transversal: 
 terço apical: forma elíptica ou circular para todos canais 
 terço médio: forma elíptica, alongada de vestibular para palatino para o canal MV (1 
canal) e oval ou circular para o DV e Palatino 
 terço cervical: MV - forma de vírgula para 1 canal e "oitoide" para 2 canais, DV - 
oval ou circular e o canal P - oval ou circular. 
Número e forma radicular: normalmente 3 raízes, 1 mésio-vestibular (35%),1 disto-vestibular e 1 
palatina. Em alguns casos a raiz mésio-vestibular pode se apresentar com 2 canais (65%), devido 
ao achatamento proximal, similar ao que acontece nos segundos pré-molares superiores. 
 Raiz mésio-vestibular: curvatura distal 78% e reta 21%. 
Raiz disto-vestibular: reta 54%; curvatura distal 17%; curvatura mesial 19%; pseudo -baioneta: 
9%. 
Raiz palatina: reta 40%; curvatura radicular apical vestibular 55%. 
(Números médios com relação aos trabalhos e pesquisas mais recentes) 
 Relação de comprimentos em milímetros: máximo 25,5 mm, médio 21,3 mm e mínimo 18 mm, 
respectivamente. 
Quando da existência do 4º. canal ele será denominado mésio-palatino (MP) ou mésio-vestibular 2 
(MV2). 
 A raiz mésio-vestibular do primeiro molar superior pode se apresentar com 2 canais (65%), 
devido ao achatamento proximal, apresentando variações em relação a anatomia interna: 
iniciando na cervical com 1 canal e finalizando apicalmente com 2 canais independentes; 
iniciando com 2 canais e finalizando apicalmente com 1 canal; iniciando com 2 canais, que se 
unem no terço médio e finalizando apicalmente com 2 canais novamente. Observar a configuração 
dos canais nas raízes mésio-vestibulares, com 1 e 2 canais: MV - mésio-vestibular e MP - mésio-
palatino (ou MV2- mésio-vestibular 2). 
 Segundo Molar Superior 
As características do canal no corte transversal: 
 terço apical: forma elíptica ou circular para todos canais. 
 terço médio: forma elíptica, alongada de vestibular para palatino para o canal MV (1 
canal) e oval ou circular para o DV e Palatino 
 terço cervical: MV - forma de vírgula para 1 canal e "oitoide" para 2 canais, DV - 
oval ou circular e o canal P - oval ou circular. 
Número e forma radicular: normalmente 3 raízes, 1 mésio-vestibular (46%), 1 disto-vestibular e 1 
palatina. Em alguns casos a raiz mésio-vestibular pode se apresentar com 2 canais (54%), devido 
ao achatamento proximal, similar ao que acontece nos segundos pré -molares superiores. Observar 
que as raízes e os canais MV e DV podem unir-se no terço apical. 
Raiz mésio-vestibular: reta 22% e curvatura distal 54%. 
Raiz disto-vestibular: reta 54% e curvatura mesial 17%. 
Raiz palatina: reta 63% e curvatura radicular apical vestibular 37%. 
(Números médios com relação aos trabalhos e pesquisas mais recentes) 
 Relação de comprimentos em milímetros: máximo 27 mm, médio 21,7 mm e mínimo 17,5 mm, 
respectivamente. 
Quando da existência do 4º. canal ele será denominado mésio-palatino (MP) ou mésio-vestibular 2 
(MV2). 
A raiz mésio-vestibular do segundo molar superior pode se apresentar com 2 canais (54%), devido 
ao achatamento proximal, apresentando variações em relação a anatomia interna: iniciando na 
cervical com 1 canal e finalizando apicalmente com 2 canais independentes; iniciando com 2 
canais e finalizando apicalmente com 1 canal; iniciando com 2 canais, que se unem no terço médio 
e finalizando apicalmente com 2 canais novamente. Observar a configuração dos canais nas raízes 
mésio-vestibulares, com 1 e 2 canais: MV - mésio-vestibular e MP - mésio-palatino (ou MV2- 
mésio-vestibular 2). 
 Incisivo Central Inferior 
As características do canal no corte transversal: 
 terço cervical, médio e apical: achatamento proximal. 
Número e forma radicular: 1 raiz, forma elipsóide com achatamento proximal: reta 65%; curvatura 
vestibular 18%; curvatura distal 15%; pseudo-baioneta 2%. O achatamento pode determinar a 
presença de dois canais: vestibular e lingual. 
(Números médios com relação aos trabalhos e pesquisas mais recentes) 
 Relação de comprimentos em milímetros: máximo 27 mm, médio 21 mm e mínimo 17 mm, 
respectivamente. 
Trata-se do menor dente da arcada. 
 Incisivo Lateral Inferior 
As características do canal no corte transversal: 
 terço cervical, médio e apical: achatamento proximal. 
Número e forma radicular: 1 raiz, forma elipsóide com achatamento proximal, normalmente reta 
54%; curvatura distal 33%; curvatura vestibular 11%. 
O achatamento pode determinar a presença de dois canais: vestibular e lingual. 
(Números médios com relação aos trabalhos e pesquisas mais recentes) 
 Relação de comprimentos em milímetros: máximo 29 mm, médio 22 mm e mínimo 17 mm, 
respectivamente. 
 Canino Inferior 
As características do canal no corte transversal: 
 terço apical: forma circular. 
 terço médio: forma ovalada com base para vestibular e achatamento proximal, 
porém de menor calibre que o cervical. 
 terço cervical: forma ovalada com base para vestibular e achatamento proximal. 
Número e forma radicular: raiz única em 98% e normalmente reta. 
Raiz com forma cônica triangular e achatamento proximal, podendo determinar a bifurcação do 
conduto e mesmo da raiz em 2%; forma elipsóide com achatamento proximal, normalmente reta 
38,5%; curvatura distal 19,5%; curvatura vestibular 13%; curvatura mesial 12%; curvatura 
palatina 6,5%; pseudo-baioneta 4,6%; acotovelamento 3,5%; dilaceração 2,6%. 
(Números médios com relação aos trabalhos e pesquisas mais recentes) 
Relação de comprimentos em milímetros: máximo 32 mm, médio 25 mm e mínimo 19 mm, 
respectivamente. 
 Primeiro Pré-Molar Inferior 
As características do canal no corte transversal: 
 terço apical: forma circular. 
 terço médio: forma ovalada, porém de menor calibre que o cervical. 
 terço cervical: forma ovalada com base para vestibular (ou elíptica, devido 
achatamento proximal, podendo determinar a bifurcação do conduto e mesmo da 
raiz). 
Número e forma radicular: normalmente 1 raiz em 87% e reta em 48%; curvatura distal 36%; 
curvatura lingual 7%; curvatura vestibular 2%; pseudo-baioneta 4%, baioneta 2%; curvatura 
mesial 1%. 
(Números médios com relação aos trabalhos e pesquisas mais recentes) 
Relação de comprimentos em milímetros, máximo (26,5 mm), médio (22 mm) e mínimo (17,5 
mm), respectivamente. 
Variações no aspecto anatômico do primeiro pré-molar inferior: 
87%: 1 raiz, 1 canal e 1 forame 
11%: 1 raiz, 2 canais e 2 forames ou 2 raízes, 2 canais e 2 forames 
2%: 3 raízes, 3 canais e 3 forames 
 Segundo Pré-Molar Inferior 
As características do canal no corte transversal: 
 terço apical: forma circular 
 terço médio: forma ovalada, porém de menor calibre que o cervical 
 terço cervical: forma ovalada com base para vestibular (ou elíptica, devido 
achatamento proximal, podendo determinar a bifurcação do conduto e mesmo da 
raiz). 
Número e forma radicular: raiz única e normalmente reta. Número e forma radicular: normalmente 
1 raiz em 87%, reta: 40%; curvatura distal: 40%; curvatura vestibular: 10%; curvatura lingual: 3%, 
pseudo-baioneta: 7%. 
(Números médios com relação aos trabalhos e pesquisas mais recentes) 
 Relação de comprimentos em milímetros: máximo 27,5 mm, médio 22 mm e mínimo 17,5 mm, 
respectivamente. 
Variações no aspecto anatômico do primeiro pré-molar inferior: 
87%: 1 raiz, 1 canal e 1 forame. 
11%: 1 raiz, 2 canais e 2 forames ou 2 raízes, 2 canais e 2 forames. 
2%: 3 raízes, 3 canais e 3 forames. 
 Primeiro Molar Inferior 
As características do canal no corte transversal: 
 terço apical: condutos em forma circular. 
 terço médio: condutos com forma discretamente elíptica. 
 terço cervical: condutos com forma elíptica e achatamento proximal. 
Número e forma radicular: normalmente 2 raízes, 1 mesial e 1 distal (50%); 3 condutos, sendo 2 
na raiz mesial, canal MV e ML e, na distal 1 conduto. Em alguns casos a raiz distal pode se 
apresentar com 2 canais (50%), devido ao achatamento proximal, similar ao que acontece nos 
segundos pré-molares superiores. 
Raiz mesial: curvatura distal 84% e reta 16%.Raiz distal reta 73,5%, curvatura distal 18%, curvatura mesial 8,5%. 
(Números médios com relação aos trabalhos e pesquisas mais recentes) 
Relação de comprimentos em milímetros: máximo 27 mm, médio 22 mm e mínimo 19 mm, 
respectivamente. 
Quando da existência do 4º canal ele estará localizado na raiz distal, sendo DV - disto-vestibular e 
DL - disto-lingual; observar o achatamento proximal na raiz mesial, podendo também ocorrer na 
raiz distal, determinando 2 condutos. 
 Segundo Molar Inferior 
As características do canal no corte transversal: 
 terço apical: condutos em forma circular. 
 terço médio: condutos com forma discretamente elíptica. 
 terço cervical: condutos com forma elíptica e achatamento proximal. 
Número e forma radicular: normalmente 2 raízes, 1 mesial e 1 distal; 3 condutos, sendo 2 na raiz 
mesial, canal MV e ML e, na distal 1 conduto (60%). Em alguns casos a raiz distal pode se 
apresentar com 2 canais (40%), devido o achatamento proximal, similar o que acontece nos 
segundos pré-molares superiores. 
Raiz mesial: curvatura distal 61%; reta 27%; baioneta 7%; curvatura vestibular 4%. 
Raiz distal: reta 58%; curvatura distal 18%; curvatura mesial 14%; curvatura vestibular 4%; 
baioneta 6%. 
(Números médios com relação aos trabalhos e pesquisas mais recentes) 
Relação de comprimentos em milímetros: máximo 26 mm, médio 22,5 mm e mínimo 19 mm, 
respectivamente. 
Quando da existência do 4º canal ele estará localizado na raiz distal, sendo DV - disto-vestibular e 
DL - disto-lingual; observar o achatamento proximal na raiz mesial, podendo também ocorrer na 
raiz distal, determinando 2 condutos. 
O 2o molar inferior pode apresentar apenas 2 condutos 16%, raiz mesial apresentando 1 conduto e 
a raiz distal também apresentando 1 conduto, bem como a presença do istmo, entre o conduto 
vestibular e lingual. Raízes fusionadas podem apresentar 2 canais (16%) ou 1 canal (5%), e se 
apresentar em forma de "C" ou "C Shaped", devido a fusão desses condutos (incidência 5%). 
Tabela 01: Grupos dentais e seus respectivos números de raízes, canais normalmente 
encontrados e nomes dos canais. 
Dente 
Raízes 
(normalmente) 
Número de 
canais 
(normalmente) 
Nome dos canais 
Incisivos Unica 1 Unico 
Caninos Unica 1 Único 
Primeiro pré-molar 
superior 
Duas: V/P 2 
(V) Canal vestibular, (P) 
Canal palatino 
Segundo pré-molar 
superior 
Unica 1 Unico 
Primeiro molar 
superior 
Três: MV/DV/P 4 
(MV) Canal mésio-
vestibular e (MP) canal 
mésio-palatino ou (MV2) 
mésio-vestibular 2, (DV) 
Canal disto-vestibular e (P) 
Canal palatino 
Segundo molar 
superior 
Três: MV/DV/P 3 
(MV) Canal mésio-
vestibular, (DV) Canal 
disto-vestibular e (P) Canal 
palatino 
Primeiro pré-molar 
inferior 
Única 1 Único 
Segundo pré-molar 
inferior 
Unica 1 Unico 
Tabela 01: Grupos dentais e seus respectivos números de raízes, canais normalmente 
encontrados e nomes dos canais. 
Dente 
Raízes 
(normalmente) 
Número de 
canais 
(normalmente) 
Nome dos canais 
Primeiro molar 
inferior 
Duas: M/D 4 
(MV) Canal mésio-
vestibular, (ML) Canal 
mésio-lingual, (DV) Canal 
disto-vestibular e (DL) 
Canal disto-lingual 
Segundo molar 
inferior 
Duas: M/D 3 
(MV) Canal mésio-
vestibular, (ML) Canal 
mésio-lingual e (DV) Canal 
distal 
 
CIRURGIA DE ACESSO 
Princípios Básicos 
A cavidade pulpar é composta pela câmara pulpar e canal radicular, assim sendo, para que 
possamos visualizar e acessar de maneira livre e direta os canais radiculares é necessário 
primeiramente atingir a câmara pulpar. A esta manobra damos o nome de Cirurgia de Acesso. 
Devido às características de cada grupo dental, a manobra de cirurgia de acesso tem 
particularidades específicas para cada um destes grupos e serão discutidas a seguir. 
Os objetivos da Cirurgia de Acesso são: 
 Acessar os canais de forma livre e direta sem interferência de paredes. 
 Remover todo o teto da câmara pulpar, permitindo a visualização adequada e 
impedindo que restos pulpares, necróticos ou material obturador do canal radicular 
se alojem entre as paredes axiais e o teto da câmara pulpar. A não observância deste 
detalhe pode causar, entre outras coisas, o escurecimento da coroa dental. 
 Visualizar os canais sem danificar a entrada destes bem como o assoalho da câmara 
pulpar. Quando preservado o assoalho e a entrada dos canais, a entrada de 
instrumentos será facilitada, pois estes podem deslizar em direção ao canal sem 
dificuldade. 
 Dar expulsividade à parede mesial dos dentes posteriores, facilitando o acesso de 
instrumentos nos canais mesiais, além de favorecer a iluminação e visualização 
destes. 
O sucesso da cirurgia de acesso está relacionado ao conhecimento da anatomia dental interna do 
dente. Antes de iniciarmos a abertura coronária é necessário realizar o exame radiográfico do 
dente a ser tratado. O conhecimento da anatomia interna associado a uma boa radiografia de 
diagnóstico nos permitirá fazer considerações a respeito do volume da cavidade pulpar, alterações 
em sua forma que possam estar presentes e, na maioria das vezes, permite identificar o número de 
canais e sua forma. 
 
ACESSO À CÂMARA PULPAR 
O acesso à câmara pulpar também é conhecido por trepanação da câmara pulpar. Para isso, 
precisamos realizar alguns procedimentos: 
 Ponto de Eleição 
Local escolhido para se iniciar a cirurgia de acesso. Nos incisivos e caninos está localizado na 
face lingual ou palatina, enquanto nos pré-molares e molares está situado na face oclusal. 
 Pré-Cavidade 
Após a escolha do ponto de eleição, iniciaremos a confecção de uma cavidade inicial, chamada de 
pré-cavidade, que terá uma forma específica para cada dente. Ela será o início da forma de 
contorno que será determinada ao término do acesso à câmara pulpar. 
 Direção de Trepanação 
Uma vez posicionada no ponto de eleição, a broca deverá seguir a forma da pré cavidade e se 
aprofundar em uma direção determinada, visando atingir a parte mais volumosa da câmara pulpar. 
Esta será a direção de trepanação e será feita com brocas específicas em alta rotação, de acordo 
com a fase do acesso e tamanho da coroa dental. Utilizamos as brocas esféricas diamantadas de 
haste longa, sendo que seu diâmetro varia de acordo com a amplitude da câmara pulpar, por 
exemplo, dentes com câmara pulpar ampla, utilizaremos brocas com diâmetro maior. O diâmetro 
das brocas também poderá variar em função da dimensão da coroa dental, por exemplo, no s 
incisivos centrais inferiores utilizaremos brocas de diâmetro menor que nos incisivos centrais 
superiores. 
 Forma de Contorno 
A forma de contorno é dada pela remoção do teto da câmara pulpar e varia de acordo com a 
anatomia interna de cada dente. É representada por uma forma geométrica pré -determinada para 
cada grupo dental. 
 Forma de Conveniência 
A forma de conveniência é a adaptação da forma de contorno às características particulares de 
cada dente. Ou seja, consiste no alisamento das paredes axiais, na remoção de projeções de 
dentina na entrada dos canais radiculares e no desgaste de determinadas paredes, trazendo maior 
conveniência no acesso aos canais radiculares. Esta será a forma final da cavidade de acesso. 
 
CIRURGIA DE ACESSO DOS INCISIVOS 
SUPERIORES 
 Ponto de Eleição 
O ponto de eleição situa-se imediatamente abaixo do cíngulo, em relação à borda incisal. 
 Forma de Contorno 
Triangular, com a base voltada para a incisal. 
 Direção de Trepanação 
45o em relação ao longo eixo do dente, tomando uma direção mais paralela em relação ao longo 
eixo à medida que a broca vai penetrandoem direção à câmara pulpar. 
Ao atingir a câmara pulpar realizamos a remoção do teto da mesma. Inicialmente faremos 
movimentos de tração no sentido incisal com as costas da broca esférica e depois utilizaremos a 
broca Endo-Z paralelamente às paredes axiais da câmara pulpar. 
 Forma de Conveniência 
Após a conclusão da cirurgia de acesso, esta deverá apresentar uma forma triangular, com a base 
voltada para incisal. Em dentes com câmara pulpar ampla, esta figura geométrica é maior. Por sua 
vez, em dentes com câmara pulpar reduzida, esta forma triangular pode ser alterada, apresentando 
uma forma reduzida e, por vezes, sendo substituída por uma forma ligeiramente ovalada. 
A verificação da existência ou não de remanescente do teto é feita com o auxílio de um explorador 
no 5, o qual deverá ser usado nas paredes da câmara pulpar. Quando o instrumental ficar preso em 
uma destas paredes, significa que ainda há remanescente do teto. Neste caso, devemos remover 
esse remanescente com a broca Endo-Z. 
Após a cirurgia de acesso, devemos localizar a entrada do canal radicular utilizando uma sonda 
exploradora reta nº47. 
Após a abertura coronária é necessário realizar o desgaste do cotovelo de dentina, também 
conhecido como concrescência, localizado na porção cervical da cavidade. O objetivo deste 
desgaste é diminuir a espessura da parede palatina do canal na região cervical da abertura 
coronária, permitindo a entrada livre do instrumento no canal. A falha ou não execução desta etapa 
pode dificultar a instrumentação da parede palatina do canal radicular. 
A cirurgia de acesso para os incisivos centrais e laterais superiores seguem os mesmos passos. A 
diferença entre eles diz respeito ao tamanho do acesso, sendo menor nos incisivos laterais. 
 
CIRURGIA DE ACESSO DOS INCISIVOS 
INFERIORES 
 Ponto de Eleição 
O ponto de eleição situa-se imediatamente acima do cíngulo, em relação à borda incisal. 
 Forma de Contorno 
Triangular, com a base voltada para a incisal. 
 Direção de Trepanação 
45o em relação ao longo eixo do dente, tomando uma direção mais paralela em relação ao longo 
eixo à medida que a broca vai penetrando em direção à câmara pulpar. 
Ao atingir a câmara pulpar realizamos a remoção do teto da mesma. Inicialmente faremos 
movimentos de tração no sentido incisal com as costas da broca esférica e depois utilizaremos a 
broca Endo-Z paralelamente às paredes axiais da câmara pulpar. 
 Forma de Conveniência 
Após a conclusão da cirurgia de acesso, esta deverá apresentar uma forma triangula r com a base 
voltada para incisal. Em dentes com câmara pulpar ampla, esta figura geométrica é maior. Por sua 
vez, em dentes com câmara pulpar reduzida, esta forma triangular pode ser alterada, apresentando 
uma forma reduzida e, por vezes, sendo substituída por uma forma ligeiramente ovalada. 
A verificação da existência ou não de remanescente do teto é feita com o auxílio de um explorador 
no 5, o qual deverá ser usado nas paredes da câmara pulpar. Quando o instrumental ficar preso em 
umas destas paredes, significa que ainda há remanescente do teto. Neste caso, devemos remover o 
remanescente de teto com a broca Endo-Z. 
Após a abertura coronária, é necessário realizar o desgaste do cotovelo de dentina, também 
conhecido como concrescência, localizado na porção cervical da cavidade. O objetivo deste 
desgaste é diminuir a espessura da parede lingual do canal na região cervical da abertura 
coronária, permitindo a entrada livre do instrumento no canal. A falha ou não execução desta etapa 
pode dificultar a instrumentação da parede lingual do canal radicular. 
A cirurgia de acesso para os incisivos centrais e laterais inferiores seguem os mesmos passos. 
Entretanto, os incisivos inferiores podem apresentar maior dificuldade no acesso, pois geralmente 
sua coroa e consequentemente sua câmara pulpar são menores. Além disso, suas raízes apresentam 
achatamento no sentido mésio-distal, provocando por vezes a bifurcação do canal. Quando ocorre 
esta bifurcação, o desgaste das concrescências deve ser realizado na porção cervical p ara um 
melhor acesso ao canal lingual. 
 
CIRURGIA DE ACESSO DOS CANINOS 
SUPERIORES E INFERIORES 
A cirurgia de acesso para os caninos superiores e inferiores seguem os mesmos passos descritos a 
seguir. 
 Ponto de Eleição 
Nos superiores, o ponto de eleição situa-se imediatamente abaixo do cíngulo, em relação à borda 
incisal. Nos inferiores, o ponto de eleição situa-se imediatamente acima do cíngulo, em relação à 
borda incisal. 
 Forma de Contorno 
Losangular, lanceolada ou em chama de vela. 
 Direção de Trepanação 
45o em relação ao longo eixo do dente, tomando uma direção mais paralela em relação ao longo 
eixo à medida que a broca vai penetrando em direção à câmara pulpar. 
Ao atingir a câmara pulpar realizamos a remoção do teto da mesma. Inicialmente faremos 
movimentos de tração no sentido incisal com as costas da broca esférica e depois utilizaremos a 
broca Endo-Z paralelamente às paredes axiais da câmara pulpar. 
 Forma de Conveniência 
Após a conclusão da cirurgia de acesso, esta deverá apresentar uma forma losangular ou em chama 
de vela. Dependendo do volume da câmara pulpar, esta figura geométrica pode ser maior ou 
menor. 
A verificação da existência ou não de remanescente do teto é feita com o auxílio de um explorador 
no 5, o qual deverá ser usado nas paredes da câmara pulpar. Quando o instrumental ficar preso em 
umas destas paredes, significa que ainda há remanescente do teto. Neste caso devemos remover 
esse remanescente com a broca Endo-Z. 
Após a cirurgia de acesso, devemos localizar a entrada do canal radicular utilizando uma sonda 
exploradora reta nº47. 
Após a abertura coronária é necessário realizar o desgaste do cotovelo de dentina, também 
conhecido como concrescência, localizado na porção cervical da cavidade. O objetivo d este 
desgaste é diminuir a espessura da parede palatina ou lingual do canal na região cervical da 
abertura coronária, permitindo a entrada livre do instrumento no canal. A falha ou não execução 
desta etapa pode dificultar a instrumentação da parede palatina do canal radicular. 
 
CIRURGIA DE ACESSO DOS PRÉ MOLARES 
SUPERIORES 
 Ponto de Eleição 
O ponto de eleição situa-se na face oclusal, no centro do sulco principal. 
 Forma de Contorno 
Elíptica, no sentido vestíbulo-palatino. 
 Direção de Trepanação 
Paralela em relação ao longo eixo do dente. No primeiro pré molar superior, à medida que a broca 
vai penetrando em direção à câmara pulpar, devemos tomar uma direção ligeiramente inclinada em 
direção à raiz palatina, devido a maior incidência de 2 canais e 2 raízes neste dente e, desta forma, 
ao inclinar a broca desviamos do assoalho da câmara pulpar e seguimos para o canal que 
geralmente é mais amplo, o canal palatino. 
Ao atingir a câmara pulpar realizamos a remoção do teto da mesma. Inicialmente faremos 
movimentos de tração no sentido oclusal com as costas da broca esférica e depois, utilizaremos a 
broca Endo-Z paralelamente às paredes axiais da câmara pulpar. 
 Forma de Conveniência 
Após a conclusão da cirurgia de acesso, esta deverá apresentar uma forma elíptica no sentido 
vestíbulo-palatino. 
A verificação da existência ou não de remanescente do teto é feita com o auxílio de um explorador 
no 5, o qual deverá ser usado nas paredes da câmara pulpar. Quando o instrumental ficar preso em 
uma destas paredes, significa que ainda há remanescente do teto. Neste caso, devemos remover o 
remanescente de teto com a broca Endo-Z. 
Após a cirurgia de acesso, devemos localizar a entrada do canal radicular utilizando uma sonda 
exploradora reta ou uma lima de fino calibre.CIRURGIA DE ACESSO DOS PRÉ MOLARES 
INFERIORES 
 Ponto de Eleição 
O ponto de eleição situa-se na face oclusal, no centro do sulco principal. No primeiro pré molar 
inferior, devido à presença de uma ponte de esmalte, evitamos o desgaste desta estrutura de 
reforço e iniciamos o acesso na fosseta mesial da face oclusal. Além disso, nos pré molares 
inferiores, os canais estão localizados um pouco mais para a mesial. 
 Forma de Contorno 
Circular no primeiro pré molar inferior e oval no segundo. 
 Direção de Trepanação 
Paralela em relação ao longo eixo do dente. No primeiro pré molar inferior, à medida que a broca 
vai penetrando em direção à câmara pulpar, devemos tomar uma direção ligeiramente inclinada em 
direção ao centro da coroa, devido a localização do ponto de eleição mais para a mesial. 
Ao atingir a câmara pulpar realizamos a remoção do teto da mesma. Inicialmente faremos 
movimentos de tração no sentido oclusal com as costas da broca esférica e depois utilizaremos a 
broca Endo-Z paralelamente às paredes axiais da câmara pulpar. 
 Forma de Conveniência 
Após a conclusão da cirurgia de acesso, esta deverá apresentar uma forma circular (primeiro pré 
molar inferior) ou oval (segundo pré molar inferior). 
A verificação da existência ou não de remanescente do teto é feita com o auxílio de um explorador 
no 5, o qual deverá ser usado nas paredes da câmara pulpar. Quando o instrumental ficar preso em 
umas destas paredes, significa que ainda há remanescente do teto. Neste caso, devemos remover 
esse remanescente de teto com a broca Endo-Z. 
Após a cirurgia de acesso, devemos localizar a entrada do canal radicular utilizando uma sonda 
exploradora reta ou uma lima de fino calibre. 
 
CIRURGIA DE ACESSO DOS MOLARES 
SUPERIORES 
 Ponto de Eleição 
O ponto de eleição situa-se na face oclusal, no centro da fosseta mesial no primeiro molar e na 
fosseta central no segundo molar. 
 Forma de Contorno 
Triangular, com base voltada para a face vestibular. 
 Direção de Trepanação 
Paralela em relação ao longo eixo do dente. À medida que a broca vai penetrando em direção à 
câmara pulpar devemos tomar uma direção ligeiramente inclinada em direção à raiz palatina, 
devido à presença do assoalho da câmara pulpar nos molares superiores, d esta forma, ao inclinar 
broca, desviamos do assoalho e seguimos para o canal que geralmente é mais amplo, o canal 
palatino. 
Ao atingir a câmara pulpar realizamos a remoção do teto da mesma. Inicialmente faremos 
movimentos de tração no sentido oclusal com as costas da broca esférica e depois utilizaremos a 
broca Endo-Z paralelamente às paredes axiais da câmara pulpar. 
 Forma de Conveniência 
Após a conclusão da cirurgia de acesso, esta deverá apresentar uma forma triangular com base 
voltada para a vestibular. 
A verificação da existência ou não de remanescente do teto é feita com o auxílio de um explorador 
no 5, o qual deverá ser usado nas paredes da câmara pulpar. Quando o instrumental ficar preso em 
umas destas paredes, significa que ainda há remanescente do teto. Neste caso, devemos remover o 
remanescente de teto com a broca Endo-Z. 
Nos molares superiores o acesso se faz na porção mesial da coroa, não sendo necessário remover 
ou desgastar a ponte de esmalte encontrada na face oclusal. Nesta porção mesial, deve mos realizar 
um desgaste compensatório na parede mesial, principalmente na região do canal mésio -vestibular 
a fim de remover a concrescência de dentina junto à entrada deste canal. Este desgaste deve ser 
realizado com a broca Endo-Z. 
Após a cirurgia de acesso, devemos localizar a entrada dos canais radiculares utilizando uma lima 
de fino calibre. Normalmente os canais se encontram nos ângulos formados pelas paredes da 
câmara pulpar, facilitando Isso facilita sua localização, desde que o acesso tenha sido re alizado 
adequadamente e com base na anatomia do dente. 
CIRURGIA DE ACESSO DOS MOLARES 
INFERIORES 
 Ponto de Eleição 
O ponto de eleição situa-se na face oclusal, no centro do sulco principal. 
 Forma de Contorno 
Trapezoidal, com base maior voltada para a face mesial. 
 Direção de Trepanação 
Paralela em relação ao longo eixo do dente. À medida que a broca vai penetrando em direção à 
câmara pulpar devemos tomar uma direção ligeiramente inclinada em direção à raiz dist al, devido 
à presença do assoalho da câmara pulpar nos molares inferiores, desta forma, ao inclinar broca, 
desviamos do assoalho e seguimos para o canal que geralmente é mais amplo, o canal distal. Ao 
atingir a câmara pulpar realizamos a remoção do teto da mesma. Inicialmente faremos movimentos 
de tração no sentido oclusal com as costas da broca esférica e depois utilizaremos a broca Endo -Z 
paralelamente às paredes axiais da câmara pulpar. 
 Forma de Conveniência 
Após a conclusão da cirurgia de acesso, esta deverá apresentar uma forma trapezoidal com base 
maior voltada para a mesial. Entretanto, dependendo do diâmetro vestíbulo -lingual do canal distal, 
esta forma pode se assemelhar a um retângulo, forma de conveniência também obtida quando a 
raiz distal apresentar dois canais. 
O acesso geralmente situa-se mais para a porção mesial da face oclusal e um pouco mais para a 
porção vestibular. 
De forma semelhante aos molares superiores, devemos realizar um desgaste compensatório na 
parede mesial da abertura coronária, tornando esta parede expulsiva, facilitando a visualização da 
câmara pulpar, bem como a introdução dos instrumentos endodônticos. 
A verificação da existência ou não de remanescente do teto é feita com o auxílio de um explorador 
no 5, o qual deverá ser usado nas paredes da câmara pulpar. Quando o instrumental ficar preso em 
umas destas paredes, significa que ainda há remanescente do teto. Neste caso, devemos remover o 
remanescente de teto com a broca Endo-Z. 
Após a cirurgia de acesso, devemos localizar a entrada dos canais radiculares utilizando uma lima 
de fino calibre. 
 
FIGURA 1: SISTEMA DE CANAIS RADICULARES 
 
FIGURA 2: Direção de trepanação e forma de conveniência dos incisivos superiores. 
 
FIGURA 3: Direção de trepanação e forma de conveniência dos incisivos inferiores. 
 
FIGURA 4: Forma de contorno dos caninos. 
 
FIGURA 5: Ponto de eleição, direção de trepanação, forma de contorno e localização dos canais do 
primeiro pré molar superior. 
 
FIGURA 6: Ponto de eleição, direção de trepanação, forma de contorno e localização dos canais do 
segundo pré molar superior. 
 
FIGURA 7: Ponto de eleição, direção de trepanação, forma de conveniência e posição dos canais na 
cirurgia de acesso dos molares superiores. 
 
FIGURA 8: Ponto de eleição, direção de trepanação, forma de conveniência e posição dos canais na 
cirurgia de acesso dos molares inferiores.

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