Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Uso de animais de laboratório Os animais de laboratório representam um risco para quem os maneja, pois, mesmo que não experimentalmente infectados, podem estar carreando agentes patogênicos. Além disso, deve-se garantir a integridade e o bem-estar físico dos animais manipulados. Os estudos de longa duração em animais estão associados, freqüentemente, a estudos de carcinogênese, oncogênese viral, teratogênese, avaliação de compostos potencialmente tóxicos e radioisótopos 2 USO DE ANIMAIS EM LABORATÓRIO Legislação Legislação brasileira para uso de animais em pesquisa e ensino: Lei Arouca Lei 11.794, de 8/10/2008: Estabelece critérios para a criação e para a utilização de animais em atividades de ensino e pesquisa científica, em todo o território nacional procedimentos para o uso científico de animais 3 Uso de animais em Laboratório Com o advento dessa lei foram criados: Concea (Conselho Nacional de Experimentação Animal); Dentre as suas competências destacam-se a formulação de normas relativas à utilização humanitária de animais com finalidade de ensino e pesquisa científica, bem como estabelecer procedimentos para instalação e funcionamento de centros de criação, de biotérios e de laboratórios de experimentação animal. Ciuca (Sistema de Cadastro de Instituições de Uso Científico de Animais); CEUAS (Comissões Éticas em Uso Animal). Uso de animais em Laboratório Legislação brasileira para uso de animais em pesquisa e ensino : - § 1º. A utilização de animais em atividades educacionais fica restrita a: estabelecimentos de ensino superior; estabelecimentos de educação profissional técnica de nível médio da área biomédica. Uso de animais em Laboratório § 2º. São consideradas como atividades de pesquisa científica: Todas aquelas relacionadas com ciência básica, aplicada, desenvolvimento tecnológico, produção e controle da qualidade de drogas, medicamentos, alimentos, imunobiológicos, instrumentos, ou quaisquer outros testados em animais, conforme definido em regulamento próprio. Uso de animais em Laboratório § 3º. Não são consideradas como atividades de pesquisa as práticas zootécnicas relacionadas à agropecuária. conjunto de tecnologias aplicadas à produção animal, as quais tem por finalidade melhorar a qualidade da carne produzida 8 Uso de animais em Laboratório Russell and Burch Uso de animais em Laboratório Princípio dos 3 Rs Replace – consiste na substituição do uso de animais por modelos alternativos não sensíveis, sempre que possível, ou por animais com sistema nervoso menos desenvolvido. Dessa forma, a lei vigente no país criou uma câmara permanente intitulada Métodos Alternativos, para a validação e a divulgação desses métodos. Uso de animais em Laboratório Exemplos de métodos de substituição ao uso animal: Modelos computacionais e matemáticos; Teste in vitro; Cultura de células; Modelos e simuladores mecânicos; Filmes e vídeos interativos para demonstração em aulas. Uso de animais em Laboratório Reduce – consiste na redução do número de animais por experimento, sem prejudicar a qualidade do resultado experimental. Esta pode ser obtida, por exemplo, com cálculos amostrais bem definidos e com a escolha do melhor modelo biológico a ser utilizado. Para o tratamento estatístico, podem ser considerados testes-pilotos, que muitas vezes, definem com mais precisão o número de animais a serem utilizados. Uso de animais em Laboratório Refine – Os cientistas propõem que as técnicas e os procedimentos que serão realizados nos animais sejam menos invasivos e o mais refinados possível, sendo capazes de reduzir a dor, a angústia e o sofrimento animal. Esse refinamento abrange protocolos experimentais bem definidos de anestesia, analgesia, assim como a utilização, sempre que necessário, de anti-inflamatórios e antibióticos, no pré e no pós-cirúrgico. Comportamento de ratos e camundongos Hierarquia social Cada animal tem seu papel como dominante ou dominado; Agressividade Entre ratos; Camundongos; Disputa por território; Mudança de grupo entre os machos; Defender filhotes entre as fêmeas. Uso de animais em Laboratório Postura Em pé na gaiola, para exploração de ambiente e luta Uso de animais em Laboratório Limpeza A secreção oleosa produzida pelas glândulas da pele é distribuída pelo corpo, mantendo a pelagem limpa e com brilho. A falta desse hábito indica que o animal está com algum problema. Uso de animais em Laboratório Porfirina Pigmento de coloração avermelhada nos olhos e no nariz, indica sofrimento ou estresse. Pode ocorrer pela liberação da amônia no ambiente decorrente da falta de troca das gaiolas, pela falta da ventilação ambiental ou pela liberação de gases irritantes produzidos por produtos de limpeza. Uso de animais em Laboratório Uso de animais em Laboratório Brincadeiras Espaço suficiente na gaiola Uso de animais em Laboratório Alojamento dos animais Devem ser alojados em grupo Enriquecimento Físico Estrutura adequada na gaiola, traz mais benefícios para os animais. Existem diversos tipos de enriquecimento para animais de laboratório que podem ser improvisados ou que são comercializados. Uso de animais em Laboratório Imobilização e Contenção dos animais Troca de gaiolas Ratos – deve-se suspender o animal com as mãos atrás das patas dianteiras e da cabeça, pelo meio do corpo. Não é recomendável o manuseio pela cauda. Imobilização e Contenção dos animais Camundongos - São manuseados pela base da cauda. Se o trajeto for longo, deve-se apoiar o animal Procedimentos para contenção dos animais Ratos Segurando o pescoço do animal com os dedos indicador e médio; Envolvendo-lhe o dorso abaixo dos membros anteriores. Contenção manual para ratos puxando-lhe toda a pele do dorso Camundongo Procedimentos para contenção dos animais Principais vias de administração de substâncias Oral – substância misturada na comida ou água Gavagem - alimentação forçada Principais vias de administração de substâncias Subcutânea – raramente dolorida Principais vias de administração de substâncias Endovenosa – diretamente na corrente sanguínea PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS Intraperitoneal Principais vias de administração de substâncias Intramuscular Sexagem De camundongo Papila genital 33 Sexagem De cobaias Pressiona suavimente expoe o penis ou vulva 34 Normas de Biossegurança em Biotérios Biotério Instalações capazes de produzir e manter espécies animais destinadas a diversos tipos de ensaios controlados, para atender as necessidades dos programas de pesquisa, ensino, produção e controle de qualidade nas áreas biomédicas, ciências humanas e tecnológicas segundo a finalidade da instituição Tipos de Biotério Biotério de criação Produz e mantém as matrizes das linhagens; Controle rigoroso da saúde dos animais e esquemas especiais de acasalamento para manutenção das características genéticas; Instalação em áreas isoladas, distantes de centros urbanos; Tipos de Biotério Biotério de experimentação Recebem animais do biotério de criação; Os animais ficam alojados durante um determinado período experimental; A construção deve ser próxima à do laboratório de pesquisa; Instalação de barreiras sanitárias de proteção, tanto para o trabalhador quanto para o meio ambiente. Instalações e Equipamentos Planejados para manter a segurança de usuários, animais e meio ambiente; Salas ou áreas específicas para animais, lavagem e preparo de materiais; Depósitos; Vestiários; Climatização (temperatura, umidade e ventilação adequadas); Renovação total de ar em torno de 15-20 trocas de ar/hora. Gaiola para animais em biotérios Modelos animais utilizados em pesquisa •Camundongos (Família Muridae, Mus musculus). Modelos animais utilizados em pesquisa Espécie : Rattus norvegicus Família: Muridae Raça: Wistar Modelos animais utilizados em pesquisa Hamster (Roedor da família Cricetidae, Mesocricetus auratus); Coelho (Família Leporidae, Oryctolagus cuniculus) Riscos provenientes do manejo de animais Animais podem eliminar microrganismos nas fezes, urina, saliva ou aerossóis; Inoculação de patógenos por mordeduras ou arranhaduras; Transmissão direta do patógeno, por contato com o animal, seu sangue ou tecidos coletados em necropsias e cirurgias; Transmissão indireta por gaiolas e camas dos animais Uso de EPIs e EPCs Jaleco, luvas, máscara, gorro, botas ou propés; Fluxo laminar, chuveiro, Lava-olhos, pia, extintores de incêndio; Condicionador de ar, Autoclave etc Níveis de Biossegurança para o trabalho • Boas práticas (BPL) Mantém equivalência aos níveis de segurança de trabalho em laboratório (NB 1, NB 2, NB 3 e NB 4) Regras Gerais - BPL Não manusear animais que não esteja habilitado para tal; Usar roupas e materiais para contenção animal; Comunicar acidentes de trabalho; Manter em ordem a área de trabalho; Não utilizar materiais defeituosos; Manter as mãos limpas e unhas aparadas; Descarte Papel, plástico, fichas de identificação: compactados e incinerados; Cama suja, incluindo material fecal e restos de ração: acondicionar em sacos plásticos, que deverão ser etiquetados, vedados e incinerados; Carcaça de animais: manter devidamente acondicionado em freezer e incineração; Objetos cortantes: etiquetados com o sinal de risco biológico, autoclavados ou incinerados TRAUMAS FÍSICOS E RISCOS POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS Os acidentes que geralmente ocorrem em biotérios estão incluídos em uma das cinco categorias a seguir: Ferimentos causados por animais (arranhão, mordedura, coice etc.); cortes causados pelas gaiolas, tampas ou outros materiais; quedas causadas por pisos escorregadios ou degraus; torções causadas por objetos pesados, levantados incorretamente; ferimentos nos olhos e pele, quando da utilização incorreta de agentes químicos. Referencias MASTROENI MF. Biossegurança aplicada a laboratórios e serviços de saúde. 2ª edição, Editora Ateneu, 2005. http://www.icb.ufrj.br/Revista-Bio-ICB/Materias-Anteriores/Lei-Arouca-e-a-etica-no-uso-de-animais-233.html BINSFELD PC. Biosseguranca em biotecnologia. Editora: Interciência, 2005. HIRATA MH ; MANCINI FILHO J. Manual de biosseguranca. Editora: Manole, 2002. Manual de Cuidados e Procedimentos com Animais de Laboratório do Biotério de Produção e Experimentação da FCF-IQ/USP Slides: Profª Drª Luciana Mantzouranis
Compartilhar