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Empreendedorismo Juliano Mario da Silva SOBRE A FACULDADE A Faculdade Cidade Verde (FCV) nasceu de um sonho, de um projeto de vida de professores universitários que compartilhavam de um mesmo desejo, o de produzir e difundir o conhecimento ao maior número de pes- soas, com o intuito de formar profi ssionais aptos a atuarem no mundo dos negócios. E assim, unidos por este propósito transformador, constituíram a FCV por meio da União Maringaense de Ensino Ltda (UME). 2005 - O Diário Ofi cial da União (DOU) ofi cializou o projeto com a publicação dos dois primeiros cursos: Administração e Ciências Contábeis. O sonho tomava forma, novos apoiadores vieram e os primeiros alunos, ao todo eram 35. Ainda em 2005, o grupo alçava mais um passo com a implantação dos cursos de pós-graduação latu-sensu, nas áreas de Gestão e Contabilidade. 2006 - mais uma conquista com a autorização do curso de Ciências Econômicas. A esta altura, o sonho já não cabia no pequeno espaço, e fez- se necessário melhorar a estrutura física. 2008 - Iniciou-se uma pesquisa de mercado com intuito de buscar um novo local, com facilidade de transporte e segurança. 2009 - O crescimento do novo centro de Maringá, a FCV inicia o seu processo de mudança para a Avenida Horácio Raccanello Filho, 5950. 2010 - Ocorreu a mudança para o atual endereço da instituição, ano em que houve também a autorização dos cursos tecnólogos em Análise e Desen- volvimento de Sistemas, Gestão Comercial e Gestão da Produção Industrial. 2011 - Direito passa a integrar o complexo de cursos e atividades que daria base ao desenvolvimento da FCV. 2014 - Em parceria com os Institutos Lactec, a FCV traz para Maringá o Mes- trado Profissional em Desenvolvimento de Tecnologia. 2015 - Mais dois novos cursos passam a integrar a oferta de cursos superio- res, os Tecnólogos em Gestão de Recursos Humanos e Tecnólogo em Marketing. De lá pra cá, foram muitas as lutas para garantir a qualidade de ensino e inovação. 2016 - As novas conquistas: os cursos de Psicologia e Design Gráfico. 2017 - Lançamento de oito cursos de Graduação e mais de oitenta cursos de Pós-Graduação à distância nas áreas de Educação, Gestão, Direito e Informática. Hoje, a FCV é reconhecida como um importante centro de produção e difusão de conhecimento com mais de vinte cursos de pós-graduação e onze de gradu- ação presenciais, lançando os cursos de Graduação e Pós-Graduação à distância, tendo como foco a manutenção dos mesmos padrões de qualidade apresentados nos cursos presenciais. As instalações atuais da sede estão distribuídas em mais de dez mil metros quadrados, comportando seus diversos departamentos admi- nistrativos; biblioteca (com acervo de dezoito mil livros); cinco laboratórios de informática, um de anatomia, uma brinquedoteca, trinta e quatro salas de aula, Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ), salas de professores e de apoio pedagógico, duas cantinas e área de laser. No tocante à qualificação dos professores, a FCV conta com mais de 90% do seu corpo docente composto por mestres e douto- res. Essa é a FCV de hoje, uma faculdade de negócios preocupada em formar ci- dadãos éticos, contribuindo para o desenvolvimento social, buscando resultados sustentáveis através do ensino presencial e a distância. AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NTAÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO A P R E S E N T A Ç Ã OEmpreendedorismo Juliano Mario da Silva Olá, prezado(a) estudante, é sempre um prazer escrever sobre o empreendedorismo, esse é um assunto que sempre me chamou a atenção pelas possibilidades de mudança que podem trazer para a vida das pessoas. Sou formado em economia e administração. Na conclusão da graduação em economia procurei entender qual foi a infl uência da implantação do sistema Simples de tributação de pequenas e médias empresas, uma grande mudança na época, no início dos anos 90. Já na graduação em administração elaborei um diagnóstico em uma pequena empresa no ramo de autopeças e no mestrado em administração procurei entender qual a infl uência das políticas públicas no ambiente empreendedor e qual a infl uência no IDH-M Índice de Desenvolvimento Humano nos Municípios, além disso tive a oportunidade de apresentar vários artigos sobre empreendedorismo em congressos nacionais e internacionais. Enfi m, boa parte da minha formação acadêmica é voltada para o estudo do empreendedorismo, além disso, tive a oportunidade de fazer duas especializações, um MBA em Gestão Empresarial e outra especialização em educação com foco na educação a distância. Ainda falando de empreendedorismo atuei como consultor no sistema SEBRAE, onde tive a oportunidade de trabalhar com desenvolvimento local na organização de cadeias produtivas, também lecionei a disciplina de empreendedorismo para vários cursos de graduação na modalidade presencial e a distância, atualmente tenho apresentado as disciplinas relacionadas ao empreendedorismo para cursos de pós-graduação. AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO AP RE SE NT AÇ ÃO A P R E S E N T A Ç Ã O Para facilitar o estudo proposto aqui, o livro está dividido em três unidades, além dos conteúdos existem refl exões e dicas de leitura e ao fi nal de cada unidade disponibilizamos questões que auxiliam na fi xação do conteúdo. Na primeira unidade serão apresentadas as defi nições do empreendedorismo considerando as diferentes visões e diferentes escolas, além disso, existe um capítulo que apresenta as diferenças entre o empreendedorismo no Brasil e em outros países, bem como a apresentação do perfi l dos empreendedores. Na segunda unidade o estudo focará no entendimento do processo de criação de empresas e no estudo da oportunidade que são assuntos importantes para o entendimento do empreendedorismo. Como o empreendedorismo deve ser estudado com muito critério, a unidade ainda destaca os riscos e problemas relacionados à abertura de novos negócios. Concluindo o livro, a terceira unidade trará os assuntos mais relacionados à prática que são os estudos sobre os planos de negócios e o papel socioambiental do empreendedor. Como empreendedores podem estar à frente de empresas ou fazendo grande sucesso dentro das empresas, a última unidade trará ainda a apresentação do intraempreendedorismo enfatizando a capacidade que estes empreendedores têm de transformar as empresas onde atuam. Espero que o conteúdo tenha grande importância em sua vida acadêmica e profi ssional motivando-os a entender melhor o que é o empreendedorismo e quem sabe até iniciar um novo negócio. Bom estudo e sucesso no seu curso! Prof. Me. Juliano Mario da Silva S U M Á R IO UNIDADE 1: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DO ESTUDO DO EMPREENDEDORISMO 11 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 13 DEFINIÇÕES DE EMPREENDEDORISMO ..................................................................... 15 O EMPREENDEDOR NO BRASIL E NO MUNDO ........................................................ 22 O PERFIL EMPREENDEDOR ............................................................................................. 57 UNIDADE 2: ESTUDO DAS OPORTUNIDADES NA CRIAÇÃO DE NEGÓCIOS 69 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 71 O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UM NEGÓCIO .......................................................... 73 OPORTUNIDADES .............................................................................................................. 88 ESCOLHA, RISCO E PROBLEMAS A CONSIDERAR NO ATO DE EMPREENDER 102 UNIDADE 3: PLANO DE NEGÓCIOS E TÓPICOS AVANÇADOS NO ESTUDO DO EMPREENDEDORISMO 111 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 113 INTRAEMPREENDEDORISMO ........................................................................................ 115 PLANO DE NEGÓCIOS ...................................................................................................... 123 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO EMPREENDEDOR .............................138 CONCLUSÃO 144 S U M Á R IO REFERÊNCIAS 146 Aspectos introdutórios do estudo do empreendedorismo UNIDADE 1 ObjEtIvOs DE AprENDIzAgEm • Conhecer as definições do Empreendedorismo. • Entender a diferença do Empreendedorismo no Brasil e em outros países. • Conhecer os perfis empreendedores.. plANO DE EstUDO Serão abordados os seguintes tópicos: • Definições de Empreendedorismo • O Empreendedorismo no Brasil e no Mundo • O perfil Empreendedor Juliano Mario da Silva 13 UNIDADE I - Empreendedorismo INTRODUÇÃO Na unidade I você irá entender como a pesquisa em empreendedorismo tem se diversifi - cado à medida que os desafi os acerca deste campo de estudo vão sendo explorados por interesse de pesquisadores. Atualmente, as pesquisas apresentam vários focos, como o estudo sobre a criação de novos negócios, importância da exploração das oportunida- des, a participação de mulheres no mercado enfi m, o empreendedorismo é um campo de estudos dinâmico e empolgante, pois aborda assuntos de interesse da maioria das pessoas como é o caso do estudo sobre a criação de algo, no caso uma empresa, que lhe 14 UNIDADE I - Empreendedorismo traga muita satisfação e que se tenha a possibilidade de receber por isso, é mais ou menos como os grandes astros do futebol do mundo, aparentemente ganham muito bem para fazer o que gostam. Um importante foco de estudo do empreendedorismo e que tem tido cada vez mais desta- que é o estudo do ambiente, onde os novos empreendedores ou empreendedores já esta- belecidos interagem uns com os outros. Isso fi ca bastante evidente quando comparamos as políticas de incentivo a um ambiente empreendedor no Brasil e em outros países do mun- do. É interessante verifi car que o Brasil tem tantas iniciativas quantos outros países desen- volvidos, porém aqui o que se percebe é a falta de foco e a difi culdade com os preceitos mais básicos de uma gestão profi ssional, enquanto que em países desenvolvidos o foco já está em incentivar a inovação para agregação de valor ao que é produzido. Basicamente, nossos pequenos negócios ainda, na sua grande maioria, iniciam copiando outros já existentes e não procuram inovar, isso em parte se deve a baixa formação de nossos empreendedores. Mas qual é o perfi l empreendedor? São várias as características que compõem esse perfi l, e vou dar uma notícia que talvez surpreenda você que agora lê essa introdução, uma dos principais perfi s empreendedores é o gosto pelo trabalho. Isso mesmo! Empreendedores trabalham muito mais que empregados, enganam-se os que imaginam que abrir um pe- queno negócio se resume a colocar alguém para cuidar da empresa enquanto se mantém o emprego é uma fórmula para ter um ganho extra. 15 UNIDADE I - Empreendedorismo Lembra-se daquele antigo ditado que diz que os bois engordam aos olhos do dono? Isso é a pura verdade no empreendedorismo. Empreendedores trabalham muito e tem prazer em fazer isso. Assim, espero que aproveite bem essa primeira unidade, ela é a base para entender- mos o mundo econômico e o papel do empreendedorismo nesse mundo. Um ótimo estudo! DEFINIÇÕES DE EMPREENDEDORISMO O empreendedorismo é um campo de estudos que se encontra em evolução, o entendi- mento deste fenômeno é importante, pois o momento econômico exige geração de ren- da por meio do aumento da produtividade, principalmente no caso brasileiro. Segundo a reportagem de Stefano e Maia Junior (2012) um americano produz, em médiaao equi- valente a cinco brasileiros, isso em parte se deve a diferença do acesso ao conhecimento e a tecnologia existentes no Brasil e nos Estados Unidos. Em geral, economias em desen- volvimento como a nossa conquistarão produtividade à medida que crescer o acesso à tecnologia e o aumento do incentivo ao empreendedorismo, é o que pode trazer essa produtividade de forma mais rápida e sustentável. 16 UNIDADE I - Empreendedorismo FIQUE POR DENTRO Interessante vídeo sobre o empreendedorismo nos dias atuais: <http:// www.youtube.com/watch?v=2iTlhNwBu3g>. Assim enquanto um campo de estudos em desenvolvimento o empreendedorismo apresen- ta várias defi nições, em geral, essas diferentes defi nições estão relacionadas ao foco que é dado por cada concepção. A palavra empreendedorismo vem, em livre tradução, da palavra em inglês entrepreneurship, e esta infl uenciada pelo termo francês entrepreneur que desig- nava alguém que intermediava e facilitava a relação entre a ponta produtora e a ponta con- sumidora, de certa forma, alguém que via uma oportunidade nesse comércio. Alguns econo- mistas utilizam o termo empresariedade com o mesmo signifi cado de empreendedorismo. Entre os autores mais citados podemos destacar Dolabela (1999) que diz que o empre- endedorismo se foca no estudo do empreendedor, compreendendo seu perfi l, aspectos idiossincráticos e ambiente empreendedor. Para Schumpeter (1983) o empreendedor é aquele que tem a capacidade de ir contra ou destruir a ordem econômica existente pela criação de novas formas de gestão, novos produtos ou serviços, enfi m o empreendedo- rismo foca no estudo deste ator que aproveita oportunidades onde outros não têm essa percepção, porém faz tudo isso considerando os riscos que em geral são bem calculados. 17 UNIDADE I - Empreendedorismo Dornelas (2005) destaca que o estudo do empreendedorismo se foca na iniciativa que o empreendedor tem em criar um novo negócio, no estudo da paixão que em geral estas pessoas têm pelo que fazem utilizando de forma criativa os recursos que tem disponíveis para transformação de sua organização, bem como a transformação social. Veiga (2006) foca a análise do empreendedorismo como uma visão estratégica de transformação da ordem socioeconômica pela geração de riqueza e capacidade de distribuição de renda. REFLITA Se o empreendedorismo é tão importante para o desenvolvimento econômico, por que países como o Brasil não redirecionam seu foco a melhoria do ambiente empreendedor? Para Hisrish (2004) o empreendedorismo estuda a capacidade que o empreendedor tem em articular os vários recursos produtivos existentes ao seu redor destacando-se aí a sensibilida- de humana que permite desenvolver altos desempenhos produtivos de diferentes equipes. Davidsson (2005) analisando todos os conceitos de empreendedorismo e suas análises sobre os empreendedores chegou a uma curiosa conclusão, a de que empreendedores são loucos abençoados por Deus. Esta é uma defi nição engraçada, porém se considerarmos o ambiente 18 UNIDADE I - Empreendedorismo ácido ao empreendedorismo brasileiro, não é difícil encontrar empreendedores que sem nada, apenas com uma visão de oportunidade e com muito trabalho, conseguiram vencer, foram verdadeiros loucos que Deus abençoou. Existem duas principais correntes no estudo do empreendedorismo, uma dos compor- tamentalistas que se focam nas atitudes e intuições comuns aos empreendedores e os economistas que enfatizam mais as questões operacionais nas empresas. Em comum, o que podemos observar entre os vários conceitos existentes são expressões, como: • Geração de valor a sociedade. • Visão de oportunidade. • Mudança da realidade existente. • Criação, organização e planejamento. • Plano de negócios. • Capacidade de liderar. • Inovação. • Iniciativa. • Assume riscos calculados. 19 UNIDADE I - Empreendedorismo INDICAÇÃO DE LEITURA O livro 1808 de Laurindo Gomes é uma rica abordagem histórica do Brasil e que explica muito do perfi l empreendedor encontrado no Brasil em comparação com outros países como a Inglaterra da época. Quanto ao tipo de empreendedor, este pode ser dividido em dois principais grupos o primei- ro grupo dos empreendedores internos ou intraempreendedores que inovam e criam valor dentro das organizações. Como todo o empreendedor este é proativo nunca se acomodan- do na sua zona de conforto. O Segundo grupo, muito mais estudado, são os empreendedo- res externo, conforme já destacado são aqueles que alavancam o desenvolvimento por meio da inovação ou da boa gestão dos seus negócios. Quanto à motivação para se empreender esta também se divide em dois principais moti- vos, o empreendedorismo por necessidade onde a pessoa empreende pela necessidade de geração de renda, o que não é o mais adequado, pois geralmente não há tempo ne- cessário para se analisar todas as variáveis no caso de abertura de uma nova empresa. E o empreendedorismo por oportunidade, onde se empreende para aproveitar uma oportu- nidade existente aplicando as habilidades para administrar todos os recursos envolvidos em um negócio. 20 UNIDADE I - Empreendedorismo Entre as características mais comuns dos empreendedores, independente do tipo ou da motivação, podemos destacar: • A ética. • Preocupação com o desenvolvimento pessoal e social. • Capacidade de inventar e de inovar. • Criatividade e persistência. • Visão de oportunidade. • Comprometimento. • Autoconfi ança. Assim o grande desafi o do empreendedorismo é entender como os empreendedores con- seguem destruir a ordem existente e encontrar caminhos, onde outros não conseguem, que tragam prosperidade pessoal e aos demais que estão ao seu redor. Mais ainda, cabe ao empreendedorismo organizar essas informações levando este conhecimento ao maior número possível de pessoas, pois a multiplicação desse conhecimento pode potencializar 21 UNIDADE I - Empreendedorismo o crescimento econômico à medida que os recursos envolvidos no ato de empreender são melhor alocados. O EMPREENDEDOR NO BRASIL E NO MUNDO Assim como em outras áreas públicas como educação, cultura ou saúde a atuação dos governos, seja municipal, estadual ou federal, é fundamental para a formação de um am- biente empreendedor. Para Davidsson (2005), políticos e suas políticas podem decidir mudanças em como a sociedade é organizada e introduzir regulamentações ou outras mudanças institucionais na qual criam oportunidades no mercado e, consequentemente, 22 UNIDADE I - Empreendedorismo no incremento do comportamento competitivo que direciona o processo de mercado, ou seja, podem criar um ambiente mais adequado aos empreendedores e suas iniciativas. Não são os políticos que exercem o empreendedorismo, estes decidem facilidades para o empreendedorismo por meio de mudanças organizacionais, porém esse processo deve ser organizado de tal forma que se torne sustentável. Para Shane (2003) as mudanças nas políticas voltadas ao empreendedorismo, dão a possi- bilidade para que as empresas realoquem recursos para um novo uso de forma que este se torne mais produtivo. Ratifi cando, Freitas et al. (2004), identifi cam a importância do Estado por meio das políticas públicas para a promoção da capacidade empresarial para prospec- ção de novos mercados, por exemplo, a exportação. Conceitualmente existem inúmeras formas de incentivo ao empreendedorismo por parte do setor público, recentemente a atuação do Estado tem estimulado o Empreendedorismo Social (DUARTE; SANTOS, 2003), as redes de cooperação emer- ge como uma ferramenta de suporte às novas propostas de políticas públicas (HASTENREITER-FILHO; SOUZA, 2004) ou segundo, Espejoe Previdelli (2004), a atuação de instituições de ensino privado que implantam, nos seus projetos pedagógicos, pro- gramas, métodos e materiais didático-pedagógicos voltados ao empreendedorismo. 23 UNIDADE I - Empreendedorismo FIQUE POR DENTRO Programa federal de microcrédito: <http://www.youtube.com/watch?v=JLAZpGLIeEI>. Pode-se destacar também como exemplo de políticas voltadas ao empreendedorismo, os programas de acesso ao microcrédito, como forma de fomento voltado ao pequeno em- preendedor que tem grande importância na expansão de vendas mediante a disponibili- dade de recursos fi nanceiros e, consequentemente, expansão no processo produtivo desse segmento (ANDREASSI, 2003). No que se refere ao empreendedorismo feminino, nota-se um quadro em grande mudança no Brasil, apesar de tardio, assim como ocorre em vários países do mundo (MACHADO, 2001). No entanto, para que essas iniciativas tenham maior efi ciência a tecnologia passa a ter grande importância. Neste sentido, para Hisrich e Peters (2004), o governo tem relevante papel no estímulo à pesquisa, apesar desta atuação ainda ter muito espaço para crescer, principalmente em países em desenvolvimento assim como nos países subdesenvolvidos. Como forma de mensurar a Taxa de Atividade Empreendedora (TEA) em países do mundo e as necessidades de melhoria das condições ou ambiente de suas em- presas, o relatório GEM (2011) – Global Entrepreneurship Monitor, pesquisa o 24 UNIDADE I - Empreendedorismo empreendedorismo em mais e 40 países, destacando o Brasil entre as nações mais empreendedoras do mundo. Além disso, destacou as ações necessárias relaciona- das às políticas e programas públicos para o empreendedorismo. No caso brasileiro ações efetivas existem, o desafio que se coloca é os empreendedores de diferentes tipos conhecerem as iniciativas para melhor tirar proveito delas. Este relatório GEM é anual e a cada edição algumas recomendações são sugeridas com foco a melhoria do ambiente empreendedor, entre elas cabe destacar: • Melhorar as condições dos empreendedores por necessidade onde o empreende- dor inicia um negócio com foco em geração de renda, em geral substituindo um antigo emprego. Estes continuam tendo difi culdades para obter recursos no mer- cado formal que viabilizem seus negócios. • Fortalecer a criatividade como elemento essencial do empreendedorismo. O rela- tório GEM demonstra que a grande maioria dos empreendimentos opera em pou- cos segmentos, de alta concorrência e baixo nível de inovação. • Preparar melhor as pessoas que estão pensando em se tornar empreendedoras para que compreenda o mercado em que desejam atuar – principalmente a dinâ- mica da concorrência, o potencial de aceitação do produto etc. – antes de despen- der recursos e energias, seus e de seus familiares. 25 UNIDADE I - Empreendedorismo • Orientar potenciais empreendedores quanto ao potencial das atividades relacio- nadas ao fornecimento de produtos a empresas, de maior valor agregado. • Introduzir modifi cações na legislação trabalhista, com incentivos para que peque- nos empreendedores contratem mão de obra formal, expandindo a força de traba- lho protegida por direitos. • Facilitar o acesso a espaço físico para os empreendedores estabelecerem seus ne- gócios, mediante fi nanciamento para compra ou medidas de diminuição da bu- rocracia – como fundos de aval em substituição à fi ança – e dos preços de alugu- éis – com incentivos fi scais para construção e locação de imóveis comerciais e de produção. INDICAÇÃO DE LEITURA Relatório GEM 2011: <http://www.ibqp.org.br/img/projetos/downloads/arquivo_20120705122320.pdf>. Apesar das necessidades de melhoria do ambiente empreendedor no Brasil, atualmente vivemos uma fase relativamente positiva do ponto de vista institucional para o desenvol- vimento dos negócios no Brasil. Porém, não basta lançar as políticas e programas para a 26 UNIDADE I - Empreendedorismo promoção do empreendedorismo, o importante, além disso, é fazê-las chegar ao objetivo fi nal que é o empreendedor. Neste sentido destacaremos aqui ações nacionais que tem por objetivo a melhoria do ambiente para o investimento em negócios. É o caso da Lei nº 11.196/2005, a medida provisória 255, “a MP do bem”, que provavelmen- te seja a de maior alcance no meio empresarial, pois altera pontos importantes como a desoneração do investimento e empresas exportadoras de bens de capital, incentivos à contratação de pesquisadores, duplicação do enquadramento das empresas ao sistema de tributação “Simples”, isenção de PIS e Cofi ns para compra de computadores de baixo custo. REFLITA Considerando as políticas públicas existentes no Brasil seria interessante que o assunto empreendedorismo já fosse aplicado aos alunos desde o Ensino Médio onde o aluno já tem sonhos e entender os conceitos básicos de empreendedoris- mo nessa fase dos estudos melhoraria muito os resultados das nossas empresas, e, consequentemente, da nossa economia. Outro avanço foi a aprovação no congresso brasileiro do “Super Simples”, lei geral das mi- cro e pequenas empresas – projeto de lei 123/2004 – que agiliza o sistema de arrecadação 27 UNIDADE I - Empreendedorismo das empresas benefi ciadas. Além dessas iniciativas Federais têm-se nos Estados políticas de redução das alíquotas do ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias, de acordo com o faturamento, incluindo a isenção dos impostos estaduais em segmentos estratégi- cos para micro e pequenas empresas como alguns produtos da cesta básica. Há ainda uma crescente preocupação com a participação das pequenas empresas nas compras governamentais. A principal peça de regulamentação do processo de Compras Governamentais, a Lei n.º 8.666/93, que prevê que “[...] a política de compras governamen- tais dará prioridade à microempresa e à empresa de pequeno porte, individualmente ou de forma associada com processo especial e simplifi cado, nos termos da regulamentação desta Lei” (SEBRAE-SP, 2005). A lei da inovação que objetiva o fortalecimento do sistema nacional de inovação, ao pre- ver mecanismos que facilitem a integração entre centros de pesquisa e empresas. Esta lei é um das 57 medidas apresentadas no anúncio do detalhamento das Diretrizes para as Políticas Industriais, Tecnológicas e de Comércio Exterior. Além das políticas voltadas aos incentivos tributários, existem programas direcionados ao acesso a recursos fi nanceiros, que é o caso do Juro Zero do Finep para empresas de base tecnológica. O setor de tecnologia, além de recursos disponibilizados, tem também vários programas de incentivos do Ministério da Ciência e Tecnologia e comércio exterior, como (MCT, 2010): 28 UNIDADE I - Empreendedorismo • Programa Brasileiro de Design – PBD: voltado para a inserção e incremento da ges- tão do design nos setores produtivos. • Programa de Capacitação de Recursos Humanos para Atividades Estratégicas: visa apoiar de forma institucional ou interinstitucional projetos para a capacitação de recursos humanos vinculados à pesquisa tecnológica e gestão tecnológica. • Programa de Desenvolvimento tecnológico Industrial e Agropecuário: tem por objetivo a capacitação tecnológica das indústrias e da agropecuária bra- sileira, visando a geração de novos produtos, processos aprimorando suas características. 29 UNIDADE I - Empreendedorismo • Projeto Alfa: tem por objetivo estimular a inovação tecnológica nas micros e pe- quenas indústrias, por meio da oferta de linha de fi nanciamento, não reembolsá- vel, para apoiar a realização de estudos de viabilidade econômica e técnica de pro- jetos de desenvolvimento de inovações tecnológicas. • Programa de Apoio àcapacitação Tecnológica da Indústria – PACTI. • Programa Nacional de Apoio a Incubadora de empresas: incentivar a abertura de instituições que promovam o desenvolvimento de novas empresas sustentáveis em todo o país. • Fundo Verde-Amarelo (FVA – Universidade-Empresa): o FVA tem como fi nalidade contribuir para a criação de um ambiente favorável à capacitação para a inovação tecnológica, visando o aumento da competitividade do setor produtivo e incenti- vando o comprometimento das empresas e instituições de pesquisa com o proces- so de inovação. • Programa Empreendedor Rural, uma parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR-PR e o Serviço de Apoio à Pequena Empresa no Paraná – SEBRAE-PR. Voltado à gestão empreendedora da propriedade rural (EMPREENDEDOR RURAL, 2005). 30 UNIDADE I - Empreendedorismo FIQUE POR DENTRO Dicas de abertura de um negócio: <http://www.youtube.com/watch?v=iHpe7oVKztc>. Existem também fontes de fi nanciamento para os mais diversos segmentos, como: • Programa Brasileiro da qualidade e Produtividade – PBQP. • Programa Novos Polos de Exportações – PNPE. • Financiamento às Exportações – PROEX. • Programa de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – PMPE. • Fundo de Desenvolvimento Científi co Tecnológico – FUNDECI/BNB. • Fundos Constitucionais de Financiamentos Regionais. • Fundações de Amparo a Pesquisa nos Estados. 31 UNIDADE I - Empreendedorismo Mais recentemente o governo federal por meio da Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008 lançou o programa Microempreendedor individual que é um incentivo a formalização das atividades de pessoas que trabalham por conta própria e tem um faturamento máximo de R$60.000,00 anuais. Com esta Lei o empreendedor pode formalizar seu trabalho tendo acesso ao sistema bancário e a linhas de crédito que estimulem seu crescimento, além do aumento do seu mercado de trabalho uma vez que podem prestar pequenos serviços a grandes corporações. Outra área em que os programas de empreendedorismo crescem é na área da educa- ção se tem um grande crescimento da implantação da disciplina de empreendedoris- mo nos mais diversos cursos das instituições de ensino superior, públicas e privadas. Até mesmo no Ensino Fundamental existem iniciativas de inserir o assunto no conteú- do das disciplinas como o programa Pedagogia Empreendedora que tem como objeti- vo o incentivo ao empreendedorismo ainda nos primeiros anos escolares. Existem também iniciativas municipais, que apesar de compor uma pequena parte das iniciativas para o empreendedorismo, em alguns municípios tem dado grande suporte estrutural para atividades dessa natureza, até mesmo como iniciativas de fomento por meio da disponibilizarão de recursos fi nanceiros com juros diferenciados, é o caso dos “Bancos Sociais”. 32 UNIDADE I - Empreendedorismo Como ferramenta de implantação de algumas políticas e programas podem-se destacar instituições e órgão públicos, como: REFLITA O Sebrae é uma instituição de capital misto que tem grande penetração no ter- ritório nacional, é considerado um case de sucesso mundial na promoção do empreendedorismo. • BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Nacional que tem como uma de suas ações prioritárias apoiar as micro, pequenas e médias empresas de todo o país, tendo em vista o seu papel na criação de empregos e geração de renda. Disponibilizando linhas de apoio fi nanceiro e programas específi cos que oferecem as melhores condições de custos, prazos e níveis de participação, para apoio a in- vestimentos nos setores industrial, de infraestrutura, de comércio e serviços e agro- pecuário (BNDES, 2010). • Ministério da Ciência e Tecnologia que atualmente disponibiliza o programa na- cional de incentivo a empresas de base tecnológica conforme já mencionado anteriormente. 33 UNIDADE I - Empreendedorismo • Sebrae – Serviço brasileiro de apoio a micro e pequena empresa, é uma instituição técnica de apoio ao desenvolvimento da atividade empresarial de pequeno porte, voltada para o fomento e difusão de programas e projetos que visam à promoção e ao fortalecimento das micro e pequenas empresas. • Instituto Evaldo Lodi, um instituto que atua na capacitação de empresários com cursos como capacitação empresarial para micro e pequenas empresas, curso de gestão estraté- gica para dirigentes empresariais e cursos focados em arranjos produtivos locais onde se oferece cursos de longa duração voltados a empresários, dirigentes e gestores de micro e pequenas empresas de todo o país (IEL, 2011). • Instituto Empreender Endeavor, é um instituto não governamental que foi criado a partir de uma parceria com a Endeavor Initiative Inc, uma organização internacio- nal sem fi ns lucrativos que promove o empreendedorismo em países em desenvol- vimento (ENDEAVOR, 2012). • Secretarias Estaduais e Municipais de Indústria e Comércio que tem aumentado suas atuações na promoção do empreendedorismo nos estados e municípios. 34 UNIDADE I - Empreendedorismo Diante das necessidades de desenvolvimento econômico, seja por meio da geração de empregos ou pela inovação tecnológica, um grande número de países tem incentivado seus empreendedores. Podemos destacar algumas nações que tem incentivado o desen- volvimento por meio do incentivo ao empreendedorismo: • Na Áustria existe a preocupação por parte do governo com a promoção da capacita- ção de pessoal em pequenas e médias empresas. Um programa nessa área foi inicia- do em janeiro de 2002, com a meta de apoiar as PMEs vienenses na capacitação de pessoal e na melhoria da competitividade. As empresas são ressarcidas em até 50% das despesas com treinamento externo. 35 UNIDADE I - Empreendedorismo • A Austrália tem como um dos principais objetivos para a promoção do empreen- dedorismo com foco em mulheres aborígines jovens, esse grupo tem o suporte do Governo Federal como parte do programa para promoção de jovens empresá- rias. Nesse programa o governo espera gastar U$ 11 milhões em três anos. Desde 1985 o governo australiano tem um programa de incentivo a novas empresas para pessoas desempregadas, nesse programa as pessoas recebem um benefício de 12 meses para iniciarem um novo negócio. Em 1996 cerca de 43% da força de trabalho australiana era composta por mulheres que têm grande capacidade empreende- dora, por isso o governo disponibiliza vários programas às mulheres empresárias. O jovem empresário também é foco, principalmente no ensino básico, lá existem programas de simulação empresarial para jovens, além do governo Federal por meio do departamento da indústria, ciência e recursos têm realizado promoções que incentivem jovens empresários a constituir uma cultura empreendedora. • Na Alemanha existe o “Mercur” que é um programa fi nanciado pelo Ministério da Educação e Pesquisa e pelo Instituto Federal de Treinamento Vocacional. Este foi um projeto piloto buscando verifi car as possibilidades do teleaprendizado em Manufatura, e desde 2000 tornou-se uma academia virtual para empresas alemãs de manufatura. A Universidade de Colônia opera o Mercur, em estreita colaboração com associações de classe. 36 UNIDADE I - Empreendedorismo FIQUE POR DENTRO Conteúdo apresentando a importância do empreendedorismo: <https://www.youtube.com/watch?v=WRUPnr9IKic>. • No Canadá existem instituições sem fi ns lucrativos como é o caso da Canadian Institute of Small Business Counsellors Inc. (CISBC), que tem o propósito de pro- mover o crescimento profi ssional e o desenvolvimento de pequenas empresas. Existe parceria do governo em várias universidades do país, entre elas destacamos o Centre d’entrepreneurship HEC-Poly-UdeM. O centro tem atuadomais na orien- tação para confecção de Planos de Negócios (sempre requeridos por qualquer ins- tituição fi nanciadora no Quebec) e na administração de empresas recém-criadas, suprindo as inefi ciências dos engenheiros no que tange à gestão. Promovem tam- bém, com alguma regularidade, seminários de informação e formação para seus afi liados e para a comunidade empreendedora em geral. A instituição conta com parceiros como o Ministério dos Negócios (Ministère des Aff aires Municipales et de la Metrópole), do Banque de Montréal, da Bell Canada e da KPMG, dentre ou- tros. O Centro de Empreendedorismo da McGill tem a pretensão de atuar com em- preendedores em projetos de criação de empresa atendendo ao público interno, promovendo seminários e conferências para as comunidades empreendedoras de 37 UNIDADE I - Empreendedorismo Montreal, pelo qual é amplamente reconhecido. São vários os focos de atuação das políticas públicas para o empreendedorismo, como mulheres, jovens, imigrantes e pessoas sem habilidades e pensam em empreender com o objetivo de crescimen- to e geração de empregos. • Já alguns anos a Bélgica cobre metade dos gastos das PMEs com “bônus de consul- toria”. A meta é encorajar as PME’s a buscarem aconselhamento profi ssional para tomadas de decisão (em organização corporativa, estratégia, gerenciamento de pessoal, marketing, automação e meio ambiente). Operacionalmente, as PMEs ad- quirem os bônus e os utilizam em projetos de consultoria que devem custar acima de 300 Euros. • Na Dinamarca o Ministério da Educação opera o Fundo para Planejamento Educacional, que atende a praticamente todos os setores da economia e visa 38 UNIDADE I - Empreendedorismo especialmente atender a empresas com menos de dez empregados. A principal meta do Fundo é a ampliação da competência dos empregados. As atividades sub- sidiadas incluem a colaboração entre entidades educacionais e empresas, novas formas de treinamento e desenvolvimento de competências, preparação de trei- namento e planejamento de desenvolvimento de competências entre empresas, e a formação de redes de planejamento educacional e desenvolvimento de compe- tências. É requerido que o projeto seja executado em colaboração entre emprega- dos e direção da empresa. • Na Espanha a competência voltada à capacitação de empreendedores, tem uma característica de ser descentralizado, com uma atuação regional o empreendedor encontra programas de treinamento em várias regiões. Consequentemente, exis- tem vários tamanhos de centros especializados como o CESEGA (Confederação dos Empresários da Galícia), que opera na promoção de novos empreendimentos. Existem também as Agências para o desenvolvimento econômico da Castilha e Leon que monitoram projetos de promoção ao empreendedorismo. Uma rede de 21 centros de incubação e inovação é outra estrutura disponibilizada na Espanha para estimular e encorajar a criação de novas empresas. Além disso, existem pro- gramas que dão suporte e informação para pequenos empresários para a inserção deste em mercados que não conseguiriam atingir sozinho. O DG-PYME (uma insti- tuição de promoção aos pequenos empresários com suporte do Alto Conselho do 39 UNIDADE I - Empreendedorismo Comércio), tem explorado os caminhos para orientação das empreendedoras na organização de novos empreendimentos em parceria com o Conselho da Mulher e o Ministério do Trabalho e Ação Social e o Conselho da Indústria e Comércio. Existe um número de programas para a promoção da empregabilidade para pessoas de- sempregadas, o Instituto Nacional do Emprego (INEM) tem duas iniciativas para a promoção de desempregados na iniciação de um novo negócio como a coope- rativa de trabalhadores, e o programa para incentivo para criação de empregos extras. O DG-PYME em parceria com o Instituto dos Jovens tem trabalhado com o objetivo de diminuição de desemprego entre o público jovem além da promo- ção do empreendedorismo. Para que se garanta o fi nanciamento de todas estas iniciativas existem algumas organizações que promovem o acesso do capital aos empresários como a Compania Espanola de Reafi anzamiento S.A. (CERSA) que é uma das que trabalham com sistemas mútuos de garantia de crédito e o ICO-PYME que é o instituto ofi cial de crédito que promove fundos aos bancos espanhóis para promoção de pequenas e médias empresas. O PIPE 2000 – Plano de Iniciação em Promoção no Exterior tem como objetivo ampliar o número de pequenas e médias empresas espanholas exportadoras, por meio de transformações culturais e de competitividade nas PMEs em condições de exportar. Para isso, o Programa prevê apoio fi nanceiro, bem como consultorias especializadas individuais por uma equi- pe de tutores. 40 UNIDADE I - Empreendedorismo • Nos Estados Unidos um dos destaques é o projeto de incentivo as incubadoras de empresas que desempenharam e ainda desempenham um excelente impac- to econômico na promoção de empregos e renda a partir de pequenas e médias empresas. Os grupos focos para a promoção do empreendedorismo nos EUA são a mulheres, os hispânicos, asiáticos, africanos, índios nativos e os veteranos. A promoção do empreendedorismo ocorre não só por iniciativas governamen- tais, as universidades têm grande destaque nesse objetivo. É o caso do Centro de Empreendedorismo em Harvard tradicionalmente voltada para o ensino focado na gestão de grandes corporações, a instituição tem sentido as mudanças ambientais e decidiu também se inserir no campo de estudo de empreendedorismo. O Centro de Empreendedorismo do MIT está totalmente voltado para o desenvolvimento de empresas de alta tecnologia. Seu foco está em treinar e desenvolver líderes que irão construir bem-sucedidos empreendimentos de alta tecnologia. No setor de empreendedorismo rural, o Alabama Nordeste de Sistema Empresarial (o Sistema) foi fundado em março de 1998 em Anniston, Alabama. O Sistema foi projetado a criar e unir três incubadoras empresariais que localizou ao longo da região. O Centro de Greenbrier tem espaço para 19 inquilinos residenciais. Oferecem os ser- viços compartilhados básicos providos pela maioria das incubadoras empresariais aos clientes deles. Seus inquilinos representam uma variedade de luz pequena que fabrica os negócios de serviço. O Foodworks Centro Culinário é um programa 41 UNIDADE I - Empreendedorismo de incubação que serve para promoção em companhias de comida processada. Representa uma variedade de incubação que aponta para reunir negócios na mesma indústria e compartilhar recursos, ideias e informações. O propósito é di- versifi car a economia da região desenvolvendo uma microindústria de comida. Geralmente chamado Foodworks, é uma incubadora residencial com um progra- ma de afi liados. FIQUE POR DENTRO Apresentação de projetos de incubadora de empresas: <https://www.youtube.com/watch?v=uH22PEUJcFM>. • Na Finlândia existem 17 centros de ciência e tecnologia localizados em universida- des de alta tecnologia. Essas incubadoras estão criando cerca de 350 novas empre- sas por ano. Os objetivos principais em relação ao empreendedorismo são as mu- lheres, imigrantes e os desempregados. A participação de mulheres no mercado de trabalho formal não é expressiva, porém o incremento da participação das mu- lheres nesse mercado é objetivo das políticas públicas fi nlandesas. Para isso, o go- verno aposta na oferta de baixos juros, microcrédito e treinamento especializado. Para os imigrantes existem projetos de inclusão de provisão para a promoção do empreendedorismo, incluindo programa de fi nanciamento e esforços para facilitar 42 UNIDADE I - Empreendedorismo o relacionamento entre empreendedoresimigrantes. Outros focos dos projetos para promoção do empreendedorismo estão relacionados à formação de redes de cooperação entre empreendedores e a promoção da criação de empresas a partir de desempregados que pretendem abrir seu próprio negócio. O capital de risco in- dustrial na Finlândia é muito recente e tem crescido acentuadamente desde 1999. Isso foi inicialmente estimulado pela Finnish Industry Investment Fund, uma inicia- tiva governamental no qual suportou o capital de risco para crescimento e recur- sos para fundos regionais. O “Programa Nacional Finlandês de Desenvolvimento do Ambiente de Trabalho” objetiva a efetividade e qualidade do ambiente de trabalho, e é gerenciado de forma tripartite. Fornece suporte e recursos fi nanceiros para o desenvolvimento de projetos em empresas. Os projetos possuem foco na promo- ção de trabalho em equipe e em gerenciamento por métodos de empoderamento, ampliação de habilidades, melhoria do desempenho no trabalho, e formação de redes de empresas. Gerência e empregados participam do planejamento e da exe- cução do projeto. Cerca de 66% dos recursos do Fundo, entre 2000 e 2002, foram alocados para PMEs. • Na França a regulamentação fornece reconhecimento às habilidades profi ssionais adquiridas pelos empregados – “VAP Validation dês acquis professionels”. A VAP foi regulamentada em 1992, permitindo à pessoa que exerceu atividade profi ssional 43 UNIDADE I - Empreendedorismo por cinco anos validar sua experiência. Essa validação foi ampliada, em 2002, e tor- nou-se a Validation ês Acquis de l’Experience (VAE) – de forma que se aplique a uma gama ampla de diplomas, e por meio de procedimentos mais fl exíveis. • A Grécia lançou por meio do Ministério do Trabalho uma série de medidas para capacitação de mão de obra empregada. Essas capacitações incluem treinamento de empregados de empresas privadas (das quais 70% dos benefi ciários são fun- cionários de microempresas) e treinamento vocacional para empreendedores “por conta própria”. • Na Holanda, segundo o relatório do Ministério da Economia Holandês (2001) a participação das políticas governamentais no acesso a informação, infraestrutura e o capital para inovação tecnológica têm criado novas oportunidades. Um dos projetos de destaque na Holanda é o BusinessLift que é focado na ajuda de em- preendedores com difi culdade de captar fi nanciamento. Outro ponto de destaque são as incubadoras organizadas em centros de desenvolvimento de tecnologia, gerenciamento, marketing, exportação e acesso a capitais de risco. Com relação às empreendedoras, o governo Federal tem a intenção de aumentar a participação das mulheres na força de trabalho, a participação é pequena, porém tem aumen- tado, mas o governo em uma estratégia macroeconômica pretende aumentar a oferta de serviços, segmento em que as mulheres holandesas mais se identifi cam. 44 UNIDADE I - Empreendedorismo Em relação à tecnologia, espera-se que o investimento nesse setor resulte em um rápido crescimento a partir das pequenas e médias empresas, essa tecnologia deve ser desenvolvida em uma parceria do Ministério de Negócios Econômicos com as escolas com vocação para isso. Existe um centro de informações que fornece serviços a empregados e empregador, contribuindo com o desenvolvimento de procedimentos e ações de estímulo à prática desse centro. Como foco principal, se almeja aumentar o interesse dos empregadores em investimentos no geren- ciamento de recursos humanos estratégicos, bem como no interesse dos empre- gados em assumir responsabilidade por sua condição de empregabilidade. Esses objetivos são atingidos tornando visíveis as habilidades pessoais, o que implica di- ferentes formas de aprendizado serem reconhecidas como adequadas para habili- dades específi cas. Essa medida é operada pelo Ministério de Assuntos Econômicos em cooperação com os Ministérios de Assuntos Sociais e Emprego, de Educação, Cultura e Ciência, e por uma organização privada – CINOP. 45 UNIDADE I - Empreendedorismo • Na Irlanda, em 1999 foi estabelecida a empresa Skillnets, com a fi nalidade de gerar respostas inovadoras e efetivas para necessidades de treinamentos e de desenvol- vimento. A direção da Skillnets é formada por representantes de classes empresa- riais e de organizações de trabalhadores. Opera o Training Network Programme, que mobiliza grupos ou redes de empresas para gerar respostas estratégicas sob medida conforme as suas necessidades. As ações são custeadas pelo National Training Fund, e com participação de, em média, 32% dos recursos fi nanceiros pe- las empresas participantes. 46 UNIDADE I - Empreendedorismo REFLITA As incubadoras de empresas são projetos importantes de apoio a empresas no período inicial. Os primeiros dois anos de uma empresa são cruciais para seu su- cesso, é um período de aprendizado e estes conhecimentos indispensáveis são encontrados nas incubadoras de empresas. • A Islândia tem um programa designado “Step Ahead” que é operado pelo Iceland Technology Institute. O Programa objetiva facilitar lideranças de micro e peque- nas empresas na busca de orientação em marketing, fi nanças, meio ambiente, organização e gerenciamento de produto. Para tanto, o programa apoia ativida- des de treinamento em empreendedorismo e gestão da inovação. • Na Itália o sistema educacional e de treinamento tem o objetivo de permitir o re- conhecimento de competências adquiridas, em adição às da educação formal. A “Lei de Promoção do Emprego” aborda o aprendizado de toda a vida, pelo qual competências adquiridas pelo trabalho podem ser enunciadas e potencialmente reconhecidas da mesma forma que aquelas adquiridas por meio das instituições formais de educação. 47 UNIDADE I - Empreendedorismo • Na Noruega o Programa FRAM – abreviatura para compreender, realístico, aceitar e me- dir – é um programa de desenvolvimento de estratégia e de gerenciamento, para gerên- cias de produção e de serviços em empresas com 5 a 30 funcionários, e cujo objetivo é ampliar a sua competitividade. Desde 1992, quando teve início, o Programa FRAM orga- niza projetos em sete regiões piloto, com planejamento anual e abrangendo diferentes temáticas. Em paralelo, duas atividades básicas são uniformes: seminários regionais com foco em aprendizado por troca de experiências entre empresas participantes; e orien- tação via especialistas em períodos de 15 meses de processos de desenvolvimento. O Programa é custeado pelo Fundo Regional e de Desenvolvimento Norueguês. • Em Portugal a Linha de Ação Inovação Organizacional (LAIO) é operada pelo Instituto de Treinamento em Inovação em parceria com o Instituto de Desenvolvimento e Inspeção de Condições de Trabalho. Seu objetivo é contribuir para a inovação orga- nizacional nas empresas privadas e cooperativas portuguesas que possuem entre 50 e 250 funcionários. É concedido apoio fi nanceiro, sob a forma de subsídios, e assistência técnica para implementação de projetos, principalmente por meio de consultoria de serviços. • No Reino Unido existe hoje um grande objetivo das políticas públicas de promover a entrada das mulheres no ramo dos pequenos negócios, mediante projetos como 48 UNIDADE I - Empreendedorismo treinamento nas melhores práticas de gerenciamento ou em projetos de disponibi- lizarão de micro fi nanças (1.000 a 5.000 Libras) com juros abaixo do mercado fi nan- ceiro. O governo preocupado com a ética nos negócios implementou políticas que promovem ética nos negócios com a Ethic Minority Business Advisory Fórum em dezembro de 1999. Como o Reino Unido recebe grande número de imigrantes em julho de 2000 foi implementado com grande sucessoprogramas que promovem o empreendedorismo a este público, com capital de risco e fundos de investimento. Esse resultado tem agradado bastante as autoridades governamentais, pois juntam as habilidades empreendedoras dos imigrantes, treinamento técnico específi co e viabilidade da proposta. A iniciativa jovem ao empreendedorismo no Reino Unido também conta com programas que oferecem juros baixos, recursos específi cos para o tipo de negócios a ser iniciado além de parcerias governamentais com grandes empresas para a promoção empreendedorismo a esses jovens. Isso tem proporcio- nado bons resultados na formação de novas empresas como também na melhoria da sobrevivência dessas empresas. • Na Suécia existem projetos como Swedich Job & Society (Stiftelsen Svenska Jobs and Society) que promovem novos empreendimentos em cerca de 100 localidades dife- rentes do país, sendo o principal objetivo do projeto as pessoas desempregadas. Outro projeto é o ALMI Foretagspartner AB, que é um projeto de fi nanciamento público 49 UNIDADE I - Empreendedorismo com escritórios em 22 escritórios regionais, subordinados ao Ministério da Indústria, ten- do como principal objetivo o suporte a micro e pequenas empresas com potencial de crescimento. Já o SME Pckage é um projeto também direcionado a pequenas e médias empresas com o objetivo de participar do mercado de exportação. Existem algumas iniciativas para a promoção do empreendedorismo feminino na Suécia como o acesso à informação, ao treinamento e consultorias especializadas. Outros benefícios disponi- bilizados são os juros com taxas mais baixas principalmente para os empreendimentos menores. Assim como no Reino Unido, na Suécia também é grande o foco das políticas públicas para promoção do empreendedorismo com imigrantes empreendedores, com desempregados e os jovens com potencial empreendedor que tem projetos direcionados 50 UNIDADE I - Empreendedorismo as suas necessidades de montarem pequenas e médias empresas. As redes de relaciona- mento também são foco do governo suíço, que atua em várias regiões do país identifi can- do as necessidades locais e atuando no objetivo de formação de redes de relacionamento entre estas pequenas empresas. • Em Taiwan o CYCDA oferece seminários especiais para mulheres divorciadas com limitação de oportunidades de emprego além de muitas mulheres que trabalham em negócios da família. No que se refere ao desenvolvimento de empresas ba- seadas em tecnologia o governo tailandês procura repatriar engenheiros que re- solveram mudar-se para países como os Estados Unidos para que estes elaborem pesquisas em produtos de base tecnológica que possa promover o crescimento nos empreendimentos. O governo tailandês promove acordos para a formação de redes para a promoção do empreendedorismo, pois acredita que por meio dessas redes os eventos, treinamentos, congressos possam ser mais proveitosos para suas indústrias. Comparando-se as informações de políticas e programas brasileiros e os dados de diver- sos países apresentados anteriormente é possível apresentar um quadro com as princi- pais iniciativas: 51 UNIDADE I - Empreendedorismo QUADRO 1: POLÍTICAS E PROGRAMAS DE INCENTIVOS AO EMPREENDEDORISMO NOS PAÍSES ANALISADOS C ap ac it aç ão e m p re sa ri al P ro m o çã o d a co m p et it iv id ad e In ce nt iv o s ao g ên er o f em in in o In ce nt iv o s ao s jo ve ns In ce nt iv o s ao s d es em p re g ad o s P ro m o çã o a o a ss o ci at iv is m o P ar ce ri a co m u ni ve rs id ad es R ec ur so s fi n an ce ir os In ce nt iv o s ao c o m ér ci o e xt er io r In ce nt iv o s ao s em p re sá ri o s P ro g ra m as d e in cu b aç ão d e em p re sa s In ce nt iv o s à im ig ra nt es Áustria √ √ Austrália √ √ √ √ Alemanha √ √ Canadá √ √ √ √ Bélgica √ √ Dinamarca Espanha √ √ √ √ √ √ Estados Unidos √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ Finlândia √ √ √ √ √ √ √ √ √ França √ √ Grécia √ √ Holanda √ √ √ √ √ √ Irlanda √ √ √ √ Islândia √ √ √ √ Itália √ √ √ 52 UNIDADE I - Empreendedorismo Noruega √ √ √ √ Portugal √ √ √ √ Reino Unido √ √ √ √ √ √ Suécia √ √ √ √ √ √ √ √ Taiwan √ √ √ √ √ BRASIL √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ É interessante perceber que a promoção de um ambiente empreendedor por meio de po- líticas públicas apresentadas em vários países, foca pontos relevantes para a análise com- parativa do que mais se destaca no meio empresarial de cada nação pesquisada. Essas políticas e programas públicos são importantes como ferramenta governamental ou de instituições que se propõem a esse objetivo para promover um ambiente favorável ao desenvolvimento desses empreendimentos e regulação dos mercados em que essas pe- quenas empresas estão inseridas. Principalmente em países de dimensões continentais, caso brasileiro, onde segundo, Biderman e Barberia (2005), a articulação entre as esferas, Federal, Estadual e Municipal tem grande importância na implantação dessas políticas. Para Julien (2005) o estado tem um importante papel na promoção de um ambiente que promova o empreendedorismo. Para o autor, por meio das políticas públicas, o estado pode cumprir cinco papéis importantes que são o de orientar, associar, apoiar, estimular e facilitar recursos para as pequenas empresas. 53 UNIDADE I - Empreendedorismo Os Estados Unidos como um dos países mais empreendedores do mundo, visto que sua estrutura tem grande preocupação com a promoção de novos negócios e inserção de grupos importantes como estrangeiros jovens. Destaca-se também uma grande preocu- pação com a tecnologia, muitas vezes promovida mediante os sistemas de incubação. Nos países europeus, têm-se dado grande importância a capacitação de micro e peque- nos empresários e a competitividade das empresas. A participação de Universidades como promotoras do empreendedorismo também é bastante evidente na comunidade europeia. No caso brasileiro as iniciativas existem, porém destaca-se a importância de uma adequa- da gestão dessas políticas e programas públicos, visto que as exigências de um mercado globalizado e altamente competitivo, no qual produtividade e qualidade passaram a ser elementos-chaves, envolvem não só mudanças técnicas, mas também de comportamen- tos e valores. Alguns pontos comuns entre as políticas públicas brasileiras e os demais países apresenta- dos é a preocupação da capacitação de novos empresários, empresários já estabelecidos e jovens no mercado de trabalho, além do processo crescente de incentivo a incubadoras. Além disso, parece comum entre o Brasil e os demais países apresentados, a intenção de cada país, por meio do empreendedorismo, resolver os seus problemas específi cos, enquanto a maioria dos países europeus se preocupa com a questão dos imigrantes e 54 UNIDADE I - Empreendedorismo sua inclusão no mercado. No Brasil a preocupação ainda se restringe, geralmente, na for- mação de um gestor profi ssional, sendo que o objetivo dos países desenvolvidos é a for- mação de empresas direcionada a criação de alta tecnologia e na inclusão de pequenas e médias empresas no mercado internacional. Trate-se de uma posição estratégia para o crescimento dos respectivos produtos internos brutos. Por características específi cas brasileiras, que surgem a partir da Constituição de 1988, as esferas nacional, estadual e municipal, apresentam-secom considerável desconexão en- tre as iniciativas de políticas públicas. Isso pode responder algumas questões em relação à falta de grandes projetos e de bons resultados na área de empreendedorismo brasileiro. Por outro lado, essa autonomia pode resolver o problema da diversidade do povo brasi- leiro, que poderia ser melhor potencializada se, independente da esfera governamental, existisse maiores investimentos nas instituições de ensino com o objetivo de celebrar par- cerias em projetos como incubadoras ou capacitação de empresários, por exemplo. FIQUE POR DENTRO Interessante vídeo questionando de onde vêm as boas ideias: <https://www.youtube.com/watch?v=45gjqmvFQw8>. 55 UNIDADE I - Empreendedorismo O PERFIL EMPREENDEDOR Empreendedores têm em geral um perfil muito parecido independente dos segmen- tos que escolheram para abrir o seu negócio ou setor de empresas que trabalham. Conhecer o perfil empreendedor é um primeiro passo para saber se está pronto para ingressar nesse desafio ou se é necessário aprender mais sobre empreendedorismo. Nesse momento você deve estar pensando se a pessoa nasce empreendedora ou se é possível se formar um empreendedor. Esse é um mito que existe no estudo do empreen- dedorismo, muita gente acha que o empreendedor nasce pronto, isso não é totalmente verdade. Existem pessoas que nascem com o perfi l mais evidente de empreendedores, porém podem acumular conhecimento ao longo da vida e se transformarem em grandes empreendedores, principalmente por meio de estudos e práticas focados na área. Pessoas que tem o perfi l que descreveremos a seguir não são melhores ou piores que outras, apenas apresentam um perfi l que pode facilitar o planejamento e implantação de uma empresa ou tem o perfi l adequado ao planejamento e implantação de um gran- de projeto dentro de uma empresa, como é o caso dos intraempreendedores ou ainda desenvolver projetos que tenham como foco a melhoria da sociedade, que é o caso dos empreendedores sociais. 56 UNIDADE I - Empreendedorismo REFLITA Os empreendedores são pessoas com iniciativa e capacidade de envolvimento fantástico. Ao contrário que muitos imaginam empreendedores podem adquirir suas competências no decorrer da sua vida profi ssional. Enfi m, muito tem se estudado sobre esse perfi l com o objetivo de entender melhor o porquê dessa natureza e que potencial cada tipo de perfi l tem em transformar a socie- dade seja pela geração de renda, seja pela inovação que geram na economia. McCelland (David) em seu estudo destacou que os empreendedores têm um perfi l semelhante e uma forma de agir muito parecida independentemente do ambiente empreendedor em que estão inseridos, além disso não importa também a idade, o gênero ou a formação, o perfi l tende a ser semelhante. Entenda a seguir qual é esse perfi l: 1. Tem iniciativa e sempre buscam oportunidades: como os empreendedores têm a capacidade de identifi car e sumarizar muitas variáveis ao mesmo tempo tem uma espécie de antena onde percebem oportunidades à medida que desenvolvem seu trabalho, quando a questão são os problemas, comuns no mundo dos negócios, dão foco na solução e em geral conseguem ver oportunidades de crescimento nessas situações também, é o famoso “faça do limão uma limonada”, as oportunidades de aprender e crescer estão em todos os lugares. 57 UNIDADE I - Empreendedorismo 2. Calculam o risco dos investimentos e das ações tomadas: Empreendedores avaliam alternativas antes de tomar a ação. Essas alternativas compreendem a análise de tudo o que está em jogo, o que se pode perder com o investimento e o que se pode ganhar, quando o retorno vai acontecer se no curto ou no logo prazo. Diante das alternativas disponíveis na tomada de decisão os empreendedores tendem a escolher pelo que exigem esforço moderado e maior possibilidade de conquista, em geral, descartam as alternativas fáceis e com pequeno retorno, bem como as muito arriscadas que no caso de sucesso darão grandes retornos. 3. Suas ações se baseiam em qualidade e efi ciência: dar foco em qualidade além de garantir mais e melhores clientes melhora o desempenho da empresa sob todos os aspectos da gestão. Isso signifi ca que dar foco à qualidade se entrega pedidos nas datas programadas, os custos de produção tendem a ser mais baixos que os concorrentes, os produtos tem um padrão permitindo parcerias comerciais com grandes empresas. 4. São pessoas persistentes: empreendedores têm seus objetivos como a grande mo- tivação para o trabalho e para atingir esses objetivos é necessário ter persistência e criatividade para atingi-lo. Quando a maioria desiste na primeira difi culdade a per- sistência do empreendedor lhe permite estudar alternativas diferentes para chegar ao objetivo anteriormente defi nido. 58 UNIDADE I - Empreendedorismo 5. Tem comprometimento: difi cilmente se consegue um compromisso de um empre- endedor de algo que ele não possa cumprir. Isso porque os empreendedores em geral estão comprometidos com seus compromissos. Isso acontece tanto dentro quanto fora da empresa, uma ver que fez o compromisso vai cumpri-lo mesmo que isso lhe custe um fi m de semana ou algo parecido. 6. Estão sempre atualizados: como sempre estão tomando decisões os empreende- dores procuram informações em toda a parte, isso aumenta o sucesso nas decisões tomadas. Por isso são considerados curiosos consultando desde amigos, fornece- dores até concorrentes, isso lhes permite um cruzamento maior de variáveis para a decisão mais adequada. 59 UNIDADE I - Empreendedorismo 7. Seguem suas metas: como os empreendedores de sucesso têm objetivos muito bem defi nidos, a partir desses objetivos defi nem as metas a serem alcançadas. Essa forma de pensar e se organizar resultam em um desempenho maior que as demais pessoas, pois estão sempre pensando em seus objetivos e isso resulta em menor perca de tempo. 8. Tem capacidade de planejamento e de acompanhamento: planejar é uma arte, uma forma de se antecipar as difi culdades e sucessos que hão de vir no desen- volver de todo o planejamento. Baseado no conhecimento do seu negócio e nas informações que estão sempre recebendo os empreendedores têm a capacidade e a iniciativa de corrigir o percurso do planejamento à medida que acompanha a execução com um monitoramento sistemático. 9. Capacidade de mobilização da rede de contatos: em geral, os empreendedores são comunicativos e conhecendo bem seu empreendimento, seus objetivos e com transparência na abordagem em geral conseguem mobilizar o público interno da empresa, os colaboradores, como o público externo, seus fornecedores, parceiros e investidores. A persuasão não acontece ao acaso, em geral são pessoas que pla- nejam muito e conhece muito as pessoas a quem decidiram fazer uma proposta. 60 UNIDADE I - Empreendedorismo 10. São independentes e tem grande autoconfi ança: como em geral atingem resulta- dos mais que outras pessoas tendem a ter maior autoconfi ança nas suas atitudes o que os torna mais independentes. Essa postura é resultado de todas as caracterís- ticas anteriormente apresentadas. Dornelas (2005) adiciona ou reforça algumas características além das já apresentadas, sendo estas: 1. Pessoas Visionárias, pois tem a capacidade de articular e implementar o que vis- lumbra para o futuro. 2. Independente do momento está sempre pronto a tomar decisão, onde uns só veem problemas, empreendedores observam criteriosamente a situação e focam na solução. 3. Tem capacidade de transformar ideia em realidade, tanto ideias suas como de ter- ceiros os empreendedores têm uma incrível capacidade de realização. 4. São pessoas determinadas e dinâmicas,
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