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TRABALHO - Plantão Psicológico em Hospital Psiquiatríco

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Resumo “Plantão Psicológico em Hospital Psiquiátrico”
O hospital psiquiátrico, a Casa de Saúde Nossa Senhora de Fátima é uma instituição mantida por religiosas católicas pertencentes à Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus. De porte médio, com 170 leitos que permanecem invariavelmente ocupados. Trabalha-se com uma população bastante heterogênea, composta de pessoas em quadro agudo e sub-agudo de suas doenças. Sem pacientes asilados, o período de internação visa ser o mais breve possível. Pois o paciente deve estar junto a sua família e inserido na sociedade.
Observa-se que o corpo clínico é constituído por psiquiatras, clínicos gerais, psicólogos, estagiários, terapeutas ocupacionais, recreacionistas, assistentes sociais, enfermeiros, farmacêutico e nutricionista. O setor de psicologia realiza grupos psicoterápicos, atendimentos individuais e o plantão psicológico, processos psicodiagnósticos..
Vemos que o sofrimento psíquico não precisa ser sintoma de doença. Em alguns, casos, a angústia ou a tristeza são sinais de saúde. Dentro de um processo psicoterápico, o sofrimento pode significar que o sujeito está entrando em contado com questões que até então eram negadas. O doente mental seria aquele indivíduo que perdeu a capacidade de optar e passa a viver regido pelas normas ditadas pela sua patologia. 
Segundo ALFREDO MOFFATT (1983), a patologia seria uma desorganização da temporalidade e, consequentemente, da identidade. A doença mental cria um momento de crise onde há uma total desorganização de identidade do indivíduo que o retira da cultura geral, impedindo-o de tomar decisões e optar de maneira isenta no processo de gerenciamento da vida.
Então o cliente vinha ao grupo mobilizado pelo desejo da instituição e não pelo próprio desejo, e, consequentemente, não fazia opções, não se gerenciava e não havia o resgate da própria identidade. O psicoterapeuta nessa situação não era visto como um elemento facilitador para que o cliente se percebesse, elaborasse uma queixa e ditasse seus rumos.
Segundo CARL ROGERS E KINGET (1975), afirmavam que: todo organismo é movido por uma tendência inerente para desenvolver todas as suas potencialidades e para desenvolvê-las de maneira a favorecer sua conservação e seu enriquecimento.
Para que seja possível a realização do plantão psicológico em uma instituição, é necessário que essa acredite na capacidade de sua clientela em desenvolver-se. Tanto o profissional como o cliente devem saber da possibilidade de esse encontro ser único. O plantonista também deve se propor a responder À demanda do cliente naquele momento.
No hospital, a possibilidade de escolher se quer ou não utilizar-se do plantão é um ato de saúde, pois está implícito nessa atitude uma opção e uma ação contestatória da nulidade patológica. Outra vantagem do plantão psicológico no contexto hospitalar refere-se à possibilidade de atender de maneira eficiente uma população bastante heterogênea. No hospital psiquiátrico não é diferente, após o plantão, o ato de encaminhar para os serviços internos (terapia ocupacional, serviço social, clínico geral) ou externos tornou-se mais fácil e eficiente.
Podem beneficiar-se do plantão psicológico pessoas bastante deterioradas pela história de doença (deficientes, crônicos, oligofrênicos, demenciados, etc.) e aqueles que mantêm preservado sua capacidade simbólica e elaborativa (neuróticos, depressivos, alguns quadros psicóticos, etc.), visto que a ação psicoterapêutica é centrada na própria experiência do cliente.
Durante o plantão psicológico, o plantonista tem a possibilidade de avaliar a capacidade do indivíduo em lidar com as intervenções, seu potencial elaborativo e sua capacidade de simbolização e, a partir desses dados, encaminhá-lo a uma enfermaria que o levará a um grupo mais condizente com seu potencial. O plantão psicológico é um instrumento que se propõe a facilitar o resgate de uma visão mais integrada do cliente (Psico-Bio-Social). O plantonista não deve estar atento apenas às queixas psicológicas do cliente, mas sim, no modo como a situação conflitiva interfere nas várias esferas da vida da pessoa.
Com sua proposta inovadora, o plantão psicológico, proporcionou mudanças significativas na dinâmica hospitalar. Foram abertos vários horários na rotina do hospital para que as famílias pudessem se beneficiar desse espaço terapêutico. Assim, podemos atender a pessoa internada com grave comprometimento, a sua família, e até mesmo a instituição que a acolhe de uma forma indireta.
Concluí-se que, cada plantão psicológico é um instrumento viável para o resgate da cidadania e a reinteração do indivíduo institucionalizado no jogo social, assim como é eficaz para o processo de aprimoramento humano

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