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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR
 Superintendência de Graduação
 Faculdade de Direito
SUELLEN CRISTINA ALVES DA SILVA
SOBRE: QUESTÕES INCIDENTAIS, SENTENÇA PENAL E RECURSOS CIRMIANAIS 
Salvador
2018
SUELLEN CRISTINA ALVES DA SILVA 
SOBRE: QUESTÕES INCIDENTAIS, SENTENÇA PENAL E RECURSOS CIRMIANAIS 
 
 Trabalho apresentado ao curso de Direito da Universidade Católica do Salvador, como um complemento para a nota na disciplina de Direito Processual Penal II . 
Orientador: Prof. Thomas Bacellar 
 
 
 
 Salvador
 2018
QUESTÕES INCIDENTAIS (PREJUDICAIS E EXCEÇÕES)
Prejudiciais
São controvérsias de natureza penal ou extrapenal que devem ser resolvidas antes da questão principal eis que se ligam ao mérito dessa questão principal. São questões que tem que ser definidas antes do mérito da causa porque o prejudicam. Não se discute o mérito, mas a existência de elementares do crime. É uma defesa puramente processual. Toda questão de valoração jurídica, seja de Direito Penal, seja extrapenal são questões prejudiciais, que devem ser resolvidas antes da questão principal, ou prejudicada, pois é antecedente desta, podendo acarretar a sua paralisação, o que pode perdurar até não serem solucionadas. A questão prejudicial será sempre de valoração jurídica, sendo que sua solução irá influir na existência ou inexistência do crime que é objeto do processo principal. 
Suas características são: Deve ser julgado antes da questão principal eis que é um antecedente da questão prejudicada; Possibilidade de existência autônoma; A solução quanto à questão prejudicial irá influir sobre a existência ou inexistência do crime objeto do processo; Geralmente, são solucionadas pelo juízo penal, mas, excepcionalmente podem ser julgadas pelo
juízo cível. 
E quanto à natureza jurídica da matéria:
– Homogêneas (comuns ou imperfeitas): quando a questão prejudicial pertence ao mesmo ramo do direito da questão principal, ou seja, são de natureza penal.
– Heterogêneas (perfeitas ou jurisdicionais): quando a questão prejudicial é de ramo diverso do direito da questão principal (penal).
Exceções
São consideradas meios de defesa indireta como o objetivo de extinguir a ação ou dilatar o seu exercício, e são utilizáveis quando não há o propósito de atacar diretamente o mérito da lide principal, mas obstaculizar ou transferir o seu julgamento. Ou seja, significa a alegação de ausência dos pressupostos processuais e condição da ação referidos. As exceções processuais podem ser dilatórias (que quando aceita, apenas retardam o curso de processo ou transferem seu exercício); e peremptórias (extinguem o processo quando acolhidas). 
 As cinco exceções que consta no artigo 95 do CPP, são:
Exceção de Suspeição (Art. 96 a 107 do CPP): consiste na desconfiança da imparcialidade do juiz, que deverá ser afastado. É puramente processual, pois define se aquele juiz pode julgar aquele processo, e somente podem ser invocadas as hipóteses previstas em lei. “ O processamento da exceção de suspeição não importa suspensão do andamento do processo criminal junto ao qual suscitada, salvo se reconhecida, pela parte contrária, a procedência da arguição, pois, nessa hipótese, poderá, a seu requerimento, o próprio relator a que distribuída ordenar seja sustado o feito até que se julgue o incidente”. 
Exceção de Incompetência do juízo (Art.108 e 109 do CPP): tem natureza dilatória, pressupondo a existência de ação penal que esteja tramitado em foro incompetente. Poderá ser oposta oralmente, ou por escrito, no prazo da defesa. A incompetência relativa (ratione loci), deve ser suscitada tempestivamente (no prazo da defesa prévia, sob pena de preclusão e prorrogação da competência). Segundo a Súmula 33 do STJ “a incompetência relativa não pode ser declarada de ofício”. Já a incompetência absoluta (ratione materiane ou ratione persone), poderão ser invocadas a qualquer tempo, não se aplicando, evidentemente, a regra preclusiva do citado. 
 Exceção de Litispendência (Art. 110 do CPP): “ A natureza é peremptória, sendo cabível na hipótese de coexistirem dois ou mais processos contra o mesmo réu, envolvendo o mesmo fato. Em suma, quando houver ações penais idênticas, como tais consideradas aquelas que possuem as mesmas partes, causa de pedir (fato imputado) e pedido (condenação). A exceção de litispendência segue o mesmo procedimento da exceção de incompetência, não havendo prazo para que seja suscitada. Deve, outrissim, ser arguida junto ao processo ajuizado mais recentemente”. 
 (AVENA, Norberto, pag. 81, 2006)
Exceção de Ilegitimidade de parte (Art. 110 do CPP): Ilegítima é a parte que não pode figurar em um dos polos, seja porque não possui capacidade processual para isso (ilegitimidade ad processum), seja porque não detém o status de autora ou ré (ilegitimidade ad causam). A ilegitimidade ad processum pode ser corrigida, retificada; enquanto a ilegitimidade ad causam é irreparável.
Exceção de Coisa Julgada: Todo processo criminal tem como objeto um fato e sua autoria. Caso essa relação já tenha sido tratada em outro processo e tenha sido definitivamente decidida, poderá ser oposta a exceção de coisa julgada. Será autuada em apartado e, caso seja julgada procedente, causará a extinção do processo na qual foi alegada. Há uma diferença entre a coisa julgada material e coisa julgada formal. A Coisa julgada formal é quando houver a imutabilidade da decisão dentro do processo e a coisa julgada material é quando houver a imutabilidade da sentença dentro ou fora do processo, tornando-se impossível a alteração da sentença
SENTENÇA PENAL 
É uma declaração resultante de toda uma atividade processual, que faz surgir uma manifestação de vontade pelo juiz da causa através de uma atividade mental. Os tipos de sentenças elas podem ser condenatórias e absolutórias (artigos 385, 386 e 387 do CPP). A condenatórias é quando se reconhece e julga procedente a pretensão punitiva do Estado, fazendo com que ele saia do plano abstrato e se materialize no caso concreto,ou seja, aquela que reconhece a responsabilidade do réu em relação à infração penal que o mesmo cometeu, condenando-o, exigindo-se prova cabal, ao passo que a absolutória julga improcedente a acusação, absolvendo o réu. Por assim dizer, temos os seguintes tipos de sentenças: a sentença executável, ocorre desde o momento que são prolatadas podendo de imediato ser executada; já a sentença não executável é aquela em que foi prolatada mas tem como de imediato produzir seus efeitos, não podendo ser executada. A sentença Absolutória(ou Declaratória), são as que não reconhecem a pretensão punitiva, negando sua concretização. Esse tipo de sentença pode ser dividida em; absolutória própria, quando não há qualquer sanção ao acusado; e absolutória imprópria que impõem medida de segurança.
Sobre os requisitos da sentença, ademais, tem previsão legal no artigo 381 do CPP e incisos seguintes com o respectivo rol: os nomes das partes ou quando não possível, as indicações necessárias para identificá-las; a exposição suscinta da acusação e da defesa, a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão, as indicações dos artigos de leis aplicados, o dispositivo e a data e a assinatura do juiz. A ausência de qualquer um destes requisitos terá como consequência anulação.
Diante disto, o Relatório compreende os incisos I e II do artigo em comento, é pois o resumo dos acontecimentos do processo (no juízo
comum é obrigatório), nos incisos III e IV, encontra-se a Fundamentação, esta é a mais importante e obrigatória, permite às partes saberem quais foram os motivos que levaram o juiz a tomar a decisão, artigo 93, IX da Constituição; o Dispositivo é o terceiro requisito, está presente no inciso V, é a parte da sentença em que o juiz expressa a decisão, condenando ou absolvendo o réu, e por fim a Autenticação, que é a parte da sentença consistente na data e assinatura do juiz prevista no inciso VI do artigo em comento.
RECURSOS CRIMINAIS 
É o meio de impugnação de uma decisão judicial que visa a sua reforma ou invalidação, é possível fazer uma simbiose entre eles e extrair-lhes elementos comuns que facilitam a sua compreensão, como por exemplo: o recurso é ato da parte, excluindo a possibilidade de ser ato do juiz (oficio); tem como pressuposto um gravame que adveio daquela decisão; ele se dá sempre dentro do mesmo processo; sua interposição impede a coisa julgada; e normalmente permite que a questão seja reexaminada por um órgão jurisdicional de hierarquia superior. O recurso nada mais é do que uma extensão do próprio direito de ação exercido no processo. Entretanto, é importante dizer que parte da doutrina defende a existência de outros desdobramentos no sentido de encarar o recuso como a instauração de uma nova relação processual, o que é uma posição bem minoritária na doutrina. A correição parcial dentro do processo penal trata-se de providencia recursal administrativa no judiciário, contra decisões incidentais que tumultuarem a ação penal, como por exemplo, indeferimento de testemunha arrolado. Quando não houver previsão legal para outro meio recursal se instaura uma correição parcial. O prazo para interposição para acorrente minoritária deverá ser de 10 (dias) acompanhando o rito do agravo de instrumento, enquanto a corrente minoritária defende a ideia de seguir o rito do RESE onde é detentor do prazo de 5 (cinco) dias. 
REFERÊNCIAS:
https://www.webartigos.com/artigos/questoes-incidentais/23357/
https://cdaun.jusbrasil.com.br/artigos/188053331/excecoes-questoes-prejudiciais-processos-incidentais-e-medidas-assecuratorias-processo-penal
https://jus.com.br/artigos/61379/entendendo-a-sentenca-no-processo-penal

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