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Seminário Física II - Margaret Hamilton

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA – CAMPUS SANTO AUGUSTO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA DE FÍSICA
PROFESSOR MICHEL SILVA DOS SANTOS 
ISABELLE PIAIA
POLYANA FUCILINI
MARGARET HAMILTON
SANTO AUGUSTO
2019
1.INTRODUÇÃO	
O vigente seminário tem por razão apresentar a vida e obra da programadora, matemática, física e graduada em filosofia, Margaret Heafield Hamilton, a mulher que levou o homem à lua. Sendo a compreensão daquilo que foi capaz transformar o homem, naquele a colocar os pés em nosso satélite atrelado, importantíssima para o estudo da ciência física, matemática e da computação como um todo. 
O papel desempenhado por Hamilton foi a base para a construção da Ciência da Computação como conhecemos hoje, além de um importante fator para a base de dados espacial existente hoje e fator decisivo na Corrida Espacial do século XX. 
 À partir dos já mencionados fatos, procuramos fazer jus aos ensinamentos da renomada cientista, por meio deste relatório que tem por finalidade destrinchar os conceitos apresentados posteriormente e relacioná-los com o mundo contemporâneo, assim como suas influências e contexto histórico. 
2. DESENVOLVIMENTO	
2.1. NASCIMENTO E INFÂNCIA
Em 17 de agosto de 1936, em Paoli, Indiana nascia a filha de Kenneth Heafield e Ruth Esther Heafield, Margaret. A futura programadora, demonstrava desde os primeiros anos de vida uma imaginação muito maior do que a realidade onde vivia. Durante a infância, sua família realizava inúmeras viagens de carro pelo estado americano de Michigan, localizado no centro-oeste estadunidense, para visitar a sua avó. 
Além das inúmeras florestas e animais, a aguçada curiosidade da pequena Margaret viajava por lugares muito mais distantes que o estado de Michigan e até o país inteiro. A imaginação da garota, incentivada pelas resposta aguçadas e verídicas de seu pai, passeava por perguntas como “Porque a lua muda de forma toda noite?”, “O que será que é preciso para construir uma ponte que atravesse o Lago Michigan, o maior de todos os Estados Unidos?”, ‘Porque a gasolina faz o carro andar?” e “O que acontece quando a gente morre?” .
A cada pergunta, Margaret ia se aproximando de um objetivo maior, algo que nem ela sabia o que era, mas queria desesperadamente alcançar. Sua curiosidade e ambição a levaram longe, pra cada vez mais longe de sua cidade natal, estado, país e até planeta. Mas quem imaginaria que a astuta garotinha, interessada no funcionamento do universo, seria a responsável pela conquista de nosso asteroide companheiro. 
2.2. FORMAÇÃO ACADÊMICA
 Da garotinha com uma imaginação maior que o estado de Michigan até a mulher que levou o homem para além daquilo que ele poderia imaginar, Margaret manteve uma característica que define toda a sua história, ela era destinada para algo maior do que si mesma. A trajetória de Margaret Hamilton de sua infância até se integrar na profissão que ela mesma concretizou, foi amplamente marcada por sua curiosidade e dedicação.
Incentivada pelo apoio do pai, Margaret demonstrava uma insaciável vontade de aprender. Formada no ensino médio pela Hancock High School em 1954, Hamilton, ingressou na universidade de Matemática da Universidade de Michigan quando as aulas de ciência da computação ainda não haviam nem sido inventadas, vide que, o próprio computador ainda era uma novidade. Além disso, a mesma ainda estudava física e filosofia. 
Enquanto cursava Matemática na Universidade de Michigan, Margaret era uma das poucas presenças femininas, entretanto tinha um exemplo poderoso dentro da universidade, a professora Florence Long, Chefe do departamento de Matemática, era mulher. Sendo a mesma uma das pioneiras no próprio ato de frequentar uma universidade. À partir do exemplo de Florence, Margaret planejou terminar a faculdade e tornar-se também professora de matemática. Foi na faculdade que também conheceu James Cox Hamilton, o homem que se tornaria seu marido, também estudante da Universidade de Michigan, o futuro químico que compartilhava da ambição de Margaret por buscar sempre algo mais.
Formou-se também em Matemática pelo Earlham College no estado de Indiana, em 1958. Após, ingressou no programa de pós-graduação em Meteorologia no MIT, Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Após terminar seus estudos, concretizou o sonho de se tornar professora, ao lecionar matemática e francês para alunos do Ensino Médio, enquanto seu marido completava a graduação. Ela acabava por se tornar uma das poucas mulheres sustentando além de si, sua própria família na época. 
Nos anos sessenta, ela e o marido se mudaram para a cidade de Boston, Massachussets, onde ela iria realizar pós-graduação em Matemática Pura pela Universidade de Brandeis. No mesmo período ela assumiu a posição de interina no MIT, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, onde ela anteriormente havia estudado Meteorologia, com a função de desenvolver programas e softwares no departamento do professor Edward Norton Lorenz. O que a posteriormente à levaria a se tornar parte da equipe do programa Apollo, e assim sendo, a garota que levou o homem à lua.
2.3. CASAMENTO E MATERNIDADE
Ao ingressar na Universidade de Michigan, Margaret acabou conhecendo se apaixonando pelo químico, James Hamilton, com quem compartilhava um amor e uma ambição maiores de que seus próprios corpos. Ambos compartilhavam de um desejo incansável por sucesso em suas profissões, fato que fez com que o casal amadurecesse, e posteriormente mudar para a capital de Massachusetts, Boston, em busca de uma pós-graduação de qualidade e excelência.
Mesmo no início desse processo, era explícito que seria quase impossível que o casal mantivesse a vida na capital do estado enquanto ambos estudassem. Assim, Margaret, sugeriu ao marido que eles “revezassem” , ou seja, enquanto ele estudava, ela sustentava a casa através do próprio trabalho. Após isso, os papéis seriam invertidos para que Margaret tivesse a oportunidade de estudar também. A situação de sobremaneira era atípica e ainda quebrava um tabu de conjuntura da sociedade da época, já que o sustento da casa dificilmente era deixado aos cuidados da mulher.
Em 1959 nasce Lauren Hamilton, a primeira e única filha do casal, que futuramente apresentou-se muito importante para que o homem chegasse ao tão esperado satélite. Mesmo com o nascimento da filha, a cientista conseguiu manter o ritmo de sua carreira, que a partir dali alavancaria de forma exponencial. Alguns anos depois devido a deterioração de seu relacionamento, Margaret acaba se divorciando do marido.
2.4. ASCENSÃO NA CARREIRA: MIT E NASA
De professora de matemática e francês para alunos do ensino médio até a programadora que colocou o homem na Lua, Margaret desenvolveu sua carreira de forma descomunante, principalmente levando em conta os paradigmas que teve de enfrentar por ser mulher no mercado de trabalho na época. 
A área de atuação da mesma, também dominada por homens, a computação, felizmente crescia exponencialmente devido ao início da Guerra Fria e da corrida espacial para levar o homem ao espaço.Tais avanços tecnológicos que trouxeram a expansão da computação também foram responsáveis pelo surgimento da Engenharia de Software, que futuramente, devido aos trabalhos de Margaret, tornaria-se uma disciplina na universidade. 
Ao chegar em Boston, encontra um emprego no renomado Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT, que além de muito renomado, contava com materiais de pesquisa e professores com qualidade de ponta para a época, e que futuramente ficaria muito conhecido por sua grande contribuição com o desenvolvimento tecnológico tanto quanto durante a Segunda Guerra quanto na Guerra Fria, palco das maiores descobertas de Margaret
No MIT, Margaret trabalhava no setor de meteorologia como assistente do professor Edward Norton Lorenz, que desenvolvia programas com o
intuito de prever padrões climáticos com softwares que desenvolvidos em linguagem computacional conseguiam transformar inúmeros fenômenos climáticos em linguagem matemática.
A dedicação, habilidades e sagacidade da cientista lhe rendeu um novo emprego no MIT, mas dessa vez, cada vez mais perto do espaço. Naquele momento, a Rússia acabava de colocar o homem na órbita da Terra, o que deixou os estadunidenses eufóricos devido a disputa espacial acirrada entre os dois países
Os investimentos em pesquisa espacial começam a crescer exponencialmente, e o Instituto Tecnologia de Massachusetts inicia a construção de um novo laboratório para a NASA em suas ocupações, logo Margaret consegue duas entrevistas para trabalhar na tão idealizada pesquisa, devido aos seus grandes conhecimentos a cientista é chamada para ambas as vagas, e é disputada para ocupar ambos os cargos, de qualquer forma, Margaret agora trabalhava nessa missão tão surpreendente e sagaz de colocar o homem na Lua.
2.5. NASA
2.5.1. O contexto do Programa Apollo 
Desde os tempos mais remotos o ser humano encontra conforto e direção no pequeno satélite ao nossos olhos tão longe mas fisicamente o mais próximo de nós, a Lua. Durante toda a história da humanidade a Lua vem desempenhando um papel chave no desenvolvimento do homem, influenciando em aspectos tanto quanto de sobrevivência como na agricultura e na localização quanto como culturalmente, sendo cultuada como divindade por diversos povos.
Durante muito tempo o homem apenas observou-a de longe, porém com os avanços da tecnologia a ideia de conquista-lá começou a se tornar cada vez mais próxima. Com o final da Segunda Guerra Mundial, inicia-se um novo período na história da humanidade, uma cortina de ferro divide o mundo em dois, os vencedores da guerra, Estados Unidos e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a URSS, entram em conflito instaurando a chamada Guerra Fria, que se baseava em um conflito permanente no qual os dois lados procuraram evitar confronto militar direito.
Dessa forma, os dois lados começam a disputar de forma peculiar, de forma que em certo ponto a disputa entre os dois países deslocou-se do campo militar para o da ciência e tecnologia, levando então ao início da corrida espacial, que ao olhar das duas potências visava demonstrar ao mundo que o seu sistema socioeconômico era o mais avançado.
Tudo isso fomentou então para a criação da NASA, National Aeronautics and Space Administration, em 1958, de forma a intensificar a pesquisa e a exploração espacial nos Estados Unidos. Em 1961 a agência inicia o Programa Apollo, o projeto consistia em um conjunto de missões espaciais com o intuito de levar o homem à Lua.
Inicialmente o programa guiou naves não tripuladas, o que se sucedeu até o voo da Apollo 7. Após isso os esforços da agência e os investimentos do governo se intensificam cada vez mais, de modo a iniciar testes com seres humanos a bordo.
Somente após muitos testes e inúmeras missões mal sucedidas, no vôo da Apollo 11 finalmente o homem pisou na lua pela primeira vez. Neil Armstrong, astronauta e engenheiro aeroespacial, o primeiro homem a pisar na Lua, eternizou o momento com a seguinte frase “um pequeno passo para um homem, um salto gigantesco para a humanidade” que é lembrada e comemorada pela população americana até os dias atuais.
2.5.2. Por trás do trabalho da mulher que levou o homem à lua
	O trabalho de Hamilton no Programa Apollo, com destaque na Missão Apollo 11 foi esplêndido e marcante além do esperado até mesmo por colegas e superiores da época. Margaret, ao iniciar seus trabalhos com MIT/NASA , acabou se tornando a Diretora da Divisão de Engenharia de Software do Laboratório de Instrumentação do MIT, fazendo parte de todas a missões tripuladas do Programa Apollo, e em algumas missões não tripuladas ao longo do caminho, atuando na criação de códigos. Seu trabalho com as missões tripuladas resultou na criação do software do Apollo Guidance Computer. 
A programação do Apollo Guidance Computer, sendo este o computador utilizado tanto no Módulo Lunar quanto no Módulo de Controle, que por si só já representava uma grande conquista na engenharia, foi árdua e repleta de surpresas. O mesmo, também chamado de AGC, era um computador relativamente compacto para sua época e trazia consigo recursos computacionais e controles para orientação, navegação e controle do Módulo de Comando e do Módulo Lunar utilizados no Projeto Apollo. Foi um dos primeiros computadores desenvolvidos baseados em um circuito integrado, atualmente os CIs são usados em quase todos os equipamentos eletrônicos e revolucionaram o mundo da eletrônica.
 O mesmo ainda foi programado para funcionar de forma assíncrona, ou seja, era um tipo de software onde uma linha de código pode ser lida e interpretada antes do retorno dos dados de sua anterior, uma maneira de executar o código sem que o programa se prenda a transações mais demoradas, assim evitando erros e garantindo que tudo rodasse de forma paralela.
Margaret liderava um time de pessoas, posteriormente chamadas de engenheiros de software, termo este criado pela própria tempos depois de seu ingresso na profissão, cujo trabalho envolvia escrever códigos para o AGC, algo bastante trabalhoso na época. A chamada LOL Memory, Little-Old-Lady Memory, no português “velhinha”, era o tipo de armazenamento utilizado pelos computadores da época, incluindo o Apollo Guidance Computer. 
Esse sistema de memória de fios, exigia que para que um código fosse escrito fosse utilizada uma placa de metal reservada para o armazenamento de códigos binários, onde os fios eram passados por dentro de furos na placa, representando o número um caso o fio estivesse dentro do furo e o número zero caso o mesmo estivesse vazio. Basicamente, o trabalho de codificação era comparado ao de tecelões em fábricas. 
2.5.3. A Simulação de Lauren 
Margaret sempre se diferenciou dos demais colegas por inúmeros motivos, um dos maiores sempre foi sua filha, Lauren. A pequena garota acompanhava a mãe em momentos incansáveis de trabalho e por vezes acaba fazendo suas próprias descobertas. 
"Minha filha Lauren eventualmente vinha comigo ao trabalho às noites e finais de semana pois éramos todos muito dedicados. Não havia um momento em que não estivéssemos trabalhando.Ela gostava de brincar de astronauta pois ela me viu ‘brincando’ daquela forma em uma simulação que realizamos. Era uma simulação de hardware, queríamos testar como o software funcionaria em conjunto com todas as outras partes - o astronauta, o hardware. Então eu me lembro, que em uma certa vez quando a simulação de Lauren acabou dando errado e pensei ‘Oh meu deus, como isso foi acontecer?” [HAMILTON; MARGARET, 19--?]
A presença de Lauren no laboratório era, além de tudo, uma ferramenta para novas descobertas. A garota compartilhava da mesma curiosidade e fascínio da mãe pelo desconhecido, e assim passou a buscar suas próprias aventuras. Na mais famosa delas, a pequena Hamilton, acabou criando sua própria simulação, dentro da qual, Lauren, fez algo que seus astronautas treinados nunca deveriam, ela selecionou o comando PO1, o pré-lançamento, no meio da rota até a lua. Caso acontecesse em um cenário real, as consequências desse ato seriam catastróficas, todos os dados da missão acabariam apagados deixando os astronautas e a missão em perigo. 
Abismada com os resultados da simulação da filha, Margaret, rapidamente levou suas preocupações aos demais colegas, entretanto seus dizeres foram ignorados e a missão prosseguiu sem o código de prevenção que a mesma 
pretendia ativar. Pouco tempo depois, a missão Apollo 8 acontecia, durante o trajeto um astronauta cometeu o mesmo engano que a pequena Lauren, causando assim com que todos os seus dados e segurança fossem comprometidos. A equipe de Hamilton fez com que a missão de encerrasse com sucesso, e dali em diante, a prevenção de Margaret se fez presente em todos os voos. 
Hamilton também foi a responsável por desenvolver um software capaz de detectar
erros e corrigi los em tempo real, incluindo uma interface também desenvolvida pela mesma chamada Man-In-The-Loop-Priority-Display-Interface-Routines, que basicamente consistia em uma ferramenta que deu ao sistema a habilidade de se comunicar de forma assíncrona com os astronautas no módulo lunar, fazendo com que o software e os astronautas funcionassem de forma paralela. À partir disso, os displays que apontavam as prioridades da missão eram capazes de, em caso de emergências, interromper a programação normal da missão e providenciar opções de saída para as possíveis situações que fossem ocorrer. 
O Man-In-The-Loop foi uma ferramenta fundamental na missão Apollo 11 quando, momentos antes do pouso na superfície lunar, o computador acabou sobrecarregando e comprometendo o desenvolvimento da missão, devido à um dos radares que havia sido colocado em uma posição equivocada. Nesse momento, o display apresentou um alerta de prioridade com relação à situação fazendo com que os astronautas colocassem o radar de volta ao seu local de pertencimento original, para assim, posteriormente pousarem com segurança. 
2.5.4. Física da Lua 
Os avanços na tecnologia e ciência proporcionados pelo trabalho de Margaret e o Programa Apollo são inúmeros, vide que, a ida do homem à lua se tornou um marco na história da humanidade. Os avanços físicos proporcionados nas missões que constituíram o Programa foram inúmeros, e proporcionam mais e mais descobertas até os dias atuais. 
A chegada do homem à lua possibilitou um salto no conhecimento tido até então sobre a lua e sua relação com o planeta Terra. À partir do momento que Buzz Aldrin e Neil Armstrong colocaram os pés na superfície lunar, foram instalados dispositivos como um sismômetro, aparelho responsável por detectar os movimentos do solo, incluindo os gerados pelas ondas sísmicas. Um coletor de partículas de ventos solares, responsável por tomar conta dos níveis de partículas do vento solar, constituído pela energia proveniente das reações de fusão nuclear que ocorrem no núcleo do nosso sol, os mesmos podem ter sido o responsáveis pela varredura da atmosfera de planetas próximos ao Sol, como Mercúrio. Além de uma série de refletores destinados a enviar pulsos de laser em direção à terra. 
Para a comunidade física, a maior conquista do Projeto Apollo vem do Lunar Laser Ranging, o LLR, é um procedimento atualmente em uso que mede a distância entre as superfícies da Terra e da Lua usando a tecnologia LIDAR. A primeira constituição do LLR foi instalada na missão Apollo 11, posteriormente nas missões Apollo 14 e 15 novos arranjos de refletores foram instalados e como parte do programa soviético Luna. Basicamente, os refletores são moldados em forma de um sólido cubo de vidro, que refletem os sinais de laser diretamente para a direção de sua origem original, viagem essa que leva apenas cerca de 2.5 segundos. 
Por mais de cinquenta anos, cientistas têm analisado todas as informações dadas pelo LLR. O aparelho ainda é capaz de medir a distância entre o planeta Terra e Lua com a mais alta precisão, e ainda foi capaz de testar diversas predições da Lei da Gravitação Universal proposta por Isaac Newton, assim como suas características em locais de características imprevisíveis. 
Durante o Eclipse Lunar que ocorreu no ano de 2014, um raio laser foi lançado em direção à um dos refletores posicionados pela missão Apollo 15, pelo time de pesquisadores do Apache Point Observatory, em Sunspot, New México. Essa experiência, assim como diversas outras realizadas pela equipe, é capaz de colocar em teste vários princípios já conhecidos como a confirmação do Princípio de Equivalência elaborado por Albert Einstein e a verificação da Constante Gravitacional de Isaac Newton. 
Outra descoberta do time de pesquisadores do Apache Point Observatory, é a de que a lua se encontra em uma distância tão grande do Planeta Terra, fazendo com que ela orbite essencialmente ao redor do Sol, apesar de sua órbita ao redor do Sol pouco se diferenciar da órbita terrestre. À partir disso, puderam ser analisadas possíveis perturbações da órbita solar da Lua causadas pela Terra e sua relação com a Teoria Gravitacional. 
As descobertas científicas proporcionadas pela corrida espacial foram importantíssimas e capazes de alavancar a astronomia, a física e o mundo de forma geral. Foram e até hoje são oportunidades de desenvolvimento e comprovação. 
2.5.5. Teorias Conspiratórias
 	Ao longo do tempo, surgiram inúmeras teorias alegando que toda o Projeto Apollo e a Chegada à Lua não se passavam de farsas. De autores e sites de notícias famosos à meras especulações civis, a maior parte da população estadunidense e mundial teve algo à dizer com relação à chegada do homem à Lua. 
	A grande maioria das teorias tem suas raízes ligadas ao contexto histórico em que à chegada do homem à Lua se deu. Com a Guerra Fria à todo vapor, a disputa entre os Estados Unidos e a União Soviética era explícita e perigosa, a Corrida Espacial marcava a expansão e influência dos dois países de forma eminente, à partir disso, muitos acreditam que nesse guerra indireta, os países estariam dispostos a tudo para tomar à frente, inclusive armar farsas elaboradas e capazes de enganar bilhões de pessoas. 
	Alguns dos mais recorrentes aspectos utilizados de bases para essas teorias estariam nas fotos e filmagens do evento, feitas pela própria Nasa. O fotográfo fantasma, a bandeira dos EUA que tremula em um ambiente sem atmosfera e o céu negro e sem a presença das estrelas são pontos recorrentes. Além disso, o Módulo Lunar da Apollo 11, que em teoria pesava cerca de onze toneladas não levantou poeira e nem deixou marcas visíveis na superfície lunar. 
	Em seu livro Bad Astronomy, o astrônomo Philip Plait resume a teoria: a NASA descobriu um erro fatal em seu foguete, lançando-o assim, sem tripulantes, enquanto enviou os astronautas a um platô de Nevada para simular toda a missão espacial que conhecemos hoje. 
	Até os dias atuais, grande parte da população ainda se pergunta se os esforços estadunidenses levaram à chegada do homem à lua ou a uma teia complexa de mentiras. Apesar de tudo, a ciência hoje nos trás provas concretas sobre a fantástica viagem do homem a lua, tornando boa parte dessas teorias totalmente obsoletas e sensacionalistas, e deixando para as mesmas apenas o reflexo de uma mídia corrompida em meio ao caos de uma corrida espacial.
	
3.CONCLUSÃO
Em linhas gerais o presente trabalho teve como pretensão abranger conhecimento sobre a vida dessa figura tão importante para a humanidade, que com muita determinação e sagacidade, levando em conta o contexto machista e conservador da época, contribuiu para esse passo pequeno para o homem mas tão grande para a humanidade.
Margaret, fazendo jus à toda a sua história e a Medalha Presidencial da Liberdade concedida a ela pelo presidente Barack Obama no ano de 2016, tornou-se uma ilustre figura na história americana e mundial, selou uma conquista tremenda e segue realizando um trabalho incrível até os dias atuais. Marcou com louvor seu nome na história, como uma mulher capaz de romper as barreiras de seu próprio mundo. 
Assim como nos anos da missão Apollo, a exploração do companheiro cósmico de nosso planeta ainda representa um grande arranjo de novas oportunidades para o avanço da física, astronomia, astrofísica e ciências no geral. Desejamos que a apresentação da vida e obra da renomada Margaret Hamilton, a cientista que deixou sua marca muito além do próprio planeta, sirvam de exemplo e inspiração para todos aqueles que sonham com um mundo diferente daquele em que vivemos hoje. 
4. REFERÊNCIAS
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COUTINHO, Dimitria. Margaret Hamilton: sem essa mulher, o homem não teria pisado na Lua. Elaborada por Ada. Disponível em: <https://ada.vc/2018/03/22/margaret-hamilton/>.
Acesso em: 25 ago. 2019.
FISHMAN, Charles. Apollo 11 really landed on the Moon - and here’s how you can be sure (sorry, conspiracy nuts). 2019. Disponível em: <https://www.fastcompany.com/90375425/apollo-11-landed-moon-how-you-can-be-sure-sorry-conspiracy>. Acesso em: 02 set. 2019.
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GALASTRI, Luciana. Conheça a programadora que tornou a ida da humanidade à Lua possível. 2015. Elaborado por Galileu. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2015/07/conheca-programadora-que-tornou-ida-da-humanidade-lua-possivel.html>. Acesso em: 25 ago. 2019.
HACK THE MOON. Margaret Hamilton. Disponível em: <https://wehackthemoon.com/bios/margaret-hamilton>. Acesso em: 30 ago. 2019.
HACK THE MOON. In Their Own Words: Margaret Hamilton on Her Daughter's Simulation. Disponível em: <https://wehackthemoon.com/people/margaret-hamilton-her-daughters-simulation>. Acesso em: 23 ago. 2019.
HANCOCK, Jaime Rubio. 50 anos de conspirações sobre a chegada do homem à Lua. 2019. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/21/actualidad/1561128132_157440.html>. Acesso em: 02 set. 2019.
HYPENESS. A história de Margaret Hamilton, a incrível mulher que foi pioneira na tecnologia e ajudou a NASA a aterrissar na Lua. Disponível em: <https://www.hypeness.com.br/2017/09/a-historia-de-margaret-hamilton-a-incrivel-mulher-que-foi-pioneira-na-engenharia-e-ajudou-a-nasa-a-aterrissar-na-lua/>. Acesso em: 28 ago. 2019.
NOGUEIRA, Salvador. O caminho para a Lua: o plano da Nasa que guiou a Missão Apollo. 2019. Disponível em: <https://super.abril.com.br/historia/o-caminho-para-a-lua-o-passo-a-passo-da-nasa-que-guiou-a-missao-apollo/>. Acesso em: 30 ago. 2019.
NUCCO BRAIN. Rebel Girls || Moon Landing The Story Of Margaret Hamilton. Boston. 2019. Son., color. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=wD7GmF2mzdc>. Acesso em: 29 ago. 2019.
SCHIRBER, Michael. Physics from the Moon. 2019. Disponível em: <https://physics.aps.org/articles/v12/84>. Acesso em: 02 set. 2019.

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