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Obrigação Tributária e Constituição do Crédito Tributário

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Obrigação Tributária e Constituição do Crédito Tributário.
Resumo produzido por Áurea Maria Milward Portugal Flamini.
Conceito: Toda vez que o contribuinte praticar um fato gerador disposto em lei, nascerá à obrigação tributária. 
FATO GERADOR DISPOSTO EM LEI = OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA NO MUNDO EXTERIOR
Temos dois tipos de obrigações tributárias no Direito:
Obrigação Principal: obrigação do contribuinte para o pagamento do tributo ou penalidade (multa).
Obrigação acessória: não consiste em pagamento, mas sim no ato de fazer ou não fazer. Ela colabora para a fiscalização e o pagamento do crédito tributário.
Ex: Não tirar ou rasurar uma NP.
Caso haja descumprimento de uma obrigação acessória, pode vir a surgir uma obrigação principal, ou seja, uma penalidade pecuniária (multa). 
Obs! Caso o contribuinte tente simular ou cometer fraude contra a existência de fato geradora, poderá o fisco ainda assim cobrar os valores devidos pela realização dos fatos geradores. 
Sujeito ativo e Sujeito Passivo da Obrigação Tributária.
Quem paga e quem cobram a obrigação tributária? Sujeito passivo e sujeito ativo da relação tributária. 
Sujeito ativo: toda pessoa jurídica de direito público que tem a competência constitucional para criar e/ou exigir o crédito tributário, observando a norma e à realização do fato gerador pelo contribuinte.
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.
Sujeito passivo: O responsável pelo pagamento do crédito tributário e/ou penalidade pecuniária (multa), uma vez realizado o fato gerador ou descumprida eventual obrigação acessória. 
Obs! Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
Pela leitura do artigo, podemos notar que nem sempre o sujeito passivo será o somente o contribuinte, podendo a obrigação tributária incidir sobre o responsável. Quem seria esta figura? Ele não possui a condição de contribuinte, mas é um sujeito passivo da relação obrigacional tributária. Não praticou o fato gerador, mas a norma tributária impõe a ele o dever de pagar o tributo.
Das convenções particulares e da obrigação tributária.
Simplificando a leitura do artigo 123 do CTN, nenhum contrato, acordo ou instrumento particular poderá ser oposto/apresentado contra a fazenda pública a fim de modificar a responsabilidade pelo pagamento do crédito tributário.
Exemplo: Na realização locatícia, por exemplo, onde a maioria dos contratos estabelecem a responsabilidade pelo pagamento do IPTU ao locatário, caso este não venha satisfazer o crédito, o fisco irá exigir o IPTU do proprietário, neste caso, locador.
Da Solidariedade.
Art. 124. São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
Obs! O artigo acima dispõe sobre quem são os sujeitos passivos solidariamente obrigados ao pagamento do tributo e/ou multa tributária. No inciso I, pessoas que possuam interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal e aquelas pessoas expressamente designada por lei. 
OBS!!!!!! A SOLIDARIEDADE NA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA NÃO COMPORTA BENEFÍCIO DE ORDEM, OU SEJA, QUEM PAGARÁ PRIMEIRO OU NÃO. A FAZENDA PÚBLICA PODE COBRAR DE QUEM ELA QUISER, SEM RESPEITAR QUALQUER TIPO DE ORDEM.
O que possui forte índice de incidência são os efeitos da solidariedade dispostos no art 125 do CTN, vejamos:
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.
Vale destacar o campeão de cobrança em prova, que é o inciso II, onde leciona que eventual isenção concedida em razão de caráter pessoal não será estendida para os demais, mantendo-se o saldo devido pelos demais sujeitos passivos (logo desconta-se a cota parte do sujeito isento).
Da Capacidade Tributária.
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.
A capacidade passiva tributária não depende da capacidade civil das pessoas naturais, ou seja, mesmo que o sujeito passivo não tenha capacidade civil plena (por exemplo, seja menor de idade, portador de deficiência) ele terá que pagar tributo. Esta conclusão também será estendida para o falido que quebrou uma empresa e hoje realiza outra atividade capaz de gerar fato gerador, bem como para sociedades de fato ou irregulares. Com base em resolução sobre referido tema, percebo que o inciso de maior incidência em questões é o I.

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