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Dissertação 01

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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
EDUCAÇÃO AMBIEMTAL COM ENFOQUE NA CONSERVAÇÃO DA COMUNIDADE DE AVES DO CERRADO DE CUIABÁ- MT.
	
VALDILENE CHAGAS BARBOSA 
Dissertação apresentada à Universidade do Estado de Mato Grosso, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais para obtenção do Título de Mestre.
CÁCERES/MT - BRASIL
2018
VALDILENE CHAGAS BARBOSA 
EDUCAÇÃO AMBIEMTAL COM ENFOQUE NA CONSERVAÇÃO DA COMUNIDADE DE AVES DO CERRADO DE CUIABÁ- MT.
	
Dissertação apresentada à Universidade do Estado de Mato Grosso, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais para obtenção do Título de Mestre.
ORIENTADOR:
Profº. Drº. Josué Ribeiro da Silva Nunes
CÁCERES/MT - BRASIL
2018
VALDILENE CHAGAS BARBOSA 
EDUCAÇÃO AMBIEMTAL COM ENFOQUE NA CONSERVAÇÃO DA COMUNIDADE DE AVES DO CERRADO DE CUIABÁ- MT.
	
Dissertação apresentada à Universidade do Estado de Mato Grosso, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais para obtenção do Título de Mestre.
Aprovada em 26 de Março de 2018
 Banca Examinadora
 ___________________________________ 
Prof. Dr. Josué Ribeiro da Silva Nunes
Universidade do Estado de Mato Grosso 
___________________________________ 
Prof. Dr. Nelson Antunes de Moura
Universidade do Estado de Mato Grosso 
___________________________________ 
Prof. Dr. Rogério Benedito da Silva Añez.
Universidade do Estado de Mato Grosso 
CÁCERES/MT – BRASIL 2018
A minha mãe e meu pai, Regina Francisca Chagas Barbosa e Valdecir Alves Barbosa, pelo amor, incentivo, apoio. A meu esposo pelo incentivo e paciência. A meus filhos por ser a força que me leva para prosseguir nesta caminhada. E aos meus irmão e sobrinhos obrigada por existir.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela esperança dada aos momentos de dificuldades na trajetória desta pesquisa e no enfrentamento dos desafios.
Ao professor Drº. Josué que, acreditou no meu trabalho e me recebeu para orientar. Que me ajudou, a cada momento, a superar as dificuldades e enfrentar novos desafios. Agradeço muito pelo carinho, paciência e oportunidade que você me deu para desenvolver este trabalho de pesquisa.
Ao Programa de Pós- Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Estadual de Mato Grosso, pela oportunidade de ingressar no curso de graduação e Mestrado.
Ao meu querido amigoirmão Mestre Wallace pelo carinho e amizade, e pelos ótimos momentos que compartilhamos durante este percurso e da faculdade também. Sejamos sempre amigos e família! Citar versículo.
	Aos amigos Angelica, Breno e Carolina.
E aos professores pelas informações cedidas. Sem eles, este trabalho não seria possível.
A todos aqueles que, por ventura, não tiveram seus nomes aqui citados, mas que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste trabalho. 
LISTA DE TABELAS
Figura 1 - Comunidade Quilombola Vãozinho entre as serras	22
Figura 2 - Representação de casa tradicional feita de barro com telhado de palha na Comunidade Vãozinho	24
Figura 3 - As plantas e a presença de animais no quintal da casa do Senhor Ambrosio	26
Figura 4 - Plantas ornamentais localizadas no entorno de uma das casas dos moradores	31
Figura 5 - Atividades de trabalho realizadas na Comunidade Quilombola Vãozinho, município de Porto Estrela/MT.	41
Figura 6 - Tradicional Roça de Coivara na Comunidade Quilombola Vãozinho, município de Porto Estrela/MT	42
Figura 7 - Etapas do desenvolvimento das Roças de Coivara, na Comunidade Quilombola Vãozinho, no município de Porto Estrela/MT	43
Figura 8 - Estágio inicial da regeneração da roça de coivara na Comunidade Quilombola Vãozinho, município de Porto Estrela/MT	45
Figura 9 - Ferramentas utilizadas no manejo das roças de coivara na Comunidade Quilombola Vãozinho, município de Porto Estrela/MT	46
RESUMO
O presente estudo foi desenvolvido em uma comunidade quilombola, denominada de Vãozinho, no município de Porto Estrela, no Estado de Mato Grosso. A pesquisa enfoca o manejo tradicional realizado nas roças e o conhecimento da diversidade local que esta comunidade utiliza no modo de vida. Este trabalho de categoria analítica e descritiva foi construído a partir da recorrência das unidades de significados acerca da produção sustentável, do manejo adotado no local de produção e que faz parte da subsistência. A investigação ocorreu em duas etapas. Na 1ª etapa de coleta de coleta de dados, foi utilizada a técnica de questionários semiestruturados respondida por 21 entrevistados em duas estratégias: A (teve um momento para conhecer os recursos naturais utilizados no modo de vida da comunidade e a percepção ambiental destes) e B (aplicação de um questionário relacionado sobre o manejo das roças e o que é produzido). Na 2ª etapa de coleta foi utilizada uma técnica muito importante em estudos da etnociência e de estudos antropológicos que é a observação participante. O dia a dia na comunidade foi vivenciado, afim de, enriquecer mais o trabalho e da uma maior complementação aos questionários. Em geral as potencialidades do ambiente são percebidas e utilizadas pela comunidade do Vãozinho. A comunidade ainda possui no seu modo de vida características de uma forte utilização dos recursos ambientais. A mina de água é utilizada por toda a comunidade através de uma encanação devido à água do rio ter um gosto salobro e ser impróprio para consumo. As moradias de palha a barro é também uma característica forte desse povo. No entanto, nas roças o manejo é diversificado, vários influenciam na produção, desde fatores ambientais como o clima, como também fatores espirituais como as rezas, os santos, a lua também ainda é observada pelos mais velhos. Por mais que seja harmonioso esse manejo, a comunidade ainda sim percebe problemas ambientais dentro da comunidade como o assoreamento do rio, a extinção de espécies de peixes e o atraso das chuvas durante o ano. Os resultados da pesquisa apontaram uma comunidade conhecedora do ambiente local e protetora, sendo assim o manejo da comunidade parte dele ainda é sustentável. As áreas de preservação são respeitadas o que mostra que esse povo são etnoconservadores de um ambiente que não tem apenas um significado de produção, mas também de convivência e harmonia.
Palavras-chaves: Comunidades tradicionais, Manejo tradicional, Conhecimento tradicional.
ABSTRACT
INTRODUÇÃO GERAL
O Brasil e o país que apresenta a mais alta diversidade biológica do mundo (MITTERMEIER et al., 1997), com uma estimativa de 1.8 milhões de espécies, cerca 13% de toda biota terrestre (LEWINSOHN e PRADO, 2005). Sendo um dos países com maior número de aves registradas, com 1919 espécies segundo o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (Piacentini et al. 2015). Essa diversidade de macro ecossistemas está representada pelos seis principais biomas encontrados em território brasileiro: Floresta Amazônica, Floresta Atlântica, Caatinga, Cerrado, Pantanal e Campos Sulinos (IBGE 2010), Dentre estes, três se destacam pela extensão e diversidade de aves: Amazônico, Mata Atlântica e Cerrado. A Floresta Atlântica e o Cerrado correspondem, atualmente, aos hotspots de biodiversidade (MYERS et al., 2000). O significado deste termo se traduz em áreas com alta concentração de endemismos e de diversidade biológica, porém seriamente ameaçadas em consequência do avanço da degradação ambiental. De forma abrangente, os fatores que contribuem para tal efeito são a localização geográfica, a alta heterogeneidade e complexidade ambiental e o maior sistema fluvial do mundo (BRANDON et al., 2005). 
Como o Brasil e o segundo pais com a maior diversidade de aves, esse tema vem sendo usado com uma maior
frequência, para tentar diminuir a fragmentação de habitats natural, a perca de espécies ainda não conhecidas, faz-se necessário investigações para a aplicação de estratégias para conservação e proteção (ALVES et al., 2000; MARINI; GARCIA, 2005; SILVA; MAMEDE, 2008). Desde muitos tempos as aves são animais admirados pelo homem em virtude de suas cores, formas, cantos e modo de vida. Observando-o seja na forma de inspiração artística, para consumo alimentar, controle de pragas, uso das penas, para estudos, no turismo, entre outras formas de uso (ARGEL-DE-OLIVEIRA, 1997; SICK, 1997; SILVA; MAMEDE, 2008). As aves são vertebrados com o corpo coberto de penas, penas essas que responsáveis pelo isolamento térmico, força para de elevação e para o contorno aerodinâmico para o voo e indicadores de qualidade ambiental (POUGH et al., 2008; SICK, 1997). 
Nos últimos tempo a observação de aves vem crescendo de maneira significativa no Brasil. Essa atividade consistem em observar os bichos em seu ambiente natural. Essa atividade pode ser em trilhas em meio a matas fechadas ou áreas abertas como como parques e ambientes urbanos, tendo uma maior incidência de espécies na borda de mata. (MOHR e MOSER 2011).
De acordo com Farias (2007), existem no mundo aproximadamente 80 milhões de observadores de aves, a maioria no Estados Unidos com 70 milhões de observadores. Muitos do que prática essa atividade de observação estão em busca de um passatempo, motivadas pela aventura de estar próximo a natureza, trata-se de uma pratica muito saudável, que tem influência no condicionamento físico, emocional e intelectual. Observar aves é uma atividade saudável não somente pelo contato com a natureza mais também por ser considerada uma terapia de relaxamento, aliviando o estresse do dia à dia, ainda permiti ao observador conhecimento da fauna e flora local. Para os observadores o que vale é avistar o maior número possível de espécie possível e anotá-las em um caderno de campo, descrevendo as suas características, tais como, cores das plumagens, formas e comportamentos (CALDAS 2007). Para os iniciantes e difícil pois ainda não percebem as cores e formas das aves avistadas, também é comum não conseguir descrever as atividades das aves. Mais com o passar do tempo o praticante adquire a capacidade de percepção. Para Almeida (2008) o tempo e a dedicação ao estudo levam naturalmente ao progresso do nível de detalhamento e à maturidade do conhecimento. A observação de aves é uma prática considerada ecologicamente correta, por não agredir o meio ambiente, promovendo a educação ambiental tanto dos praticantes, quanto da comunidade local, trazendo um interesse pela avifauna e pela preservação ambiental. Como essa atividade vem crescendo possibilita o estudo da fauna e da flora de uma forma diferente, até mesmo inusitada. 
A observação de aves pode ser desenvolvida durante todo o ano, algumas espécies tem maior ou menor ocorrência em alguma época do ano. Mais quando não se avista muitas espécies e possível trabalhar com o ciclo da natureza. Por exemplo entre agosto e novembro as aves são mais fácil de observar, pois tem influência na temperatura e uma maior oferta de alimentos com a produção de flores e frutos um aumento na ocorrência de insetos CALDAS (2007). A observação de aves mesmo que regional é em ambientes pequenos mostram que pesquisas indicam uma grande aceitação dos alunos para essa atividade como recurso interdisciplinar. A atividade de observação de aves vem como uma inovação para práticas pedagógicas alternativas ao ensino dos conteúdos de educação ambiental. E técnica didática possibilita a compreensão do ambiente sob uma abordagem diferente do convencional. Um dos principais objetivos para utilizar o “tema aves” como multiplicador e integrador no ensino é a sua fácil aplicação e aceitação por parte de todos os públicos (MOLIN E VIEIRADA-ROCHA 2008).
As aves são os amimais mais bem conhecidos e portanto mais populares por parte da população Brasileira, sendo simpáticas e facilmente observáveis por apresentarem grande diversidade de cores e cantos estabelecendo, assim uma importante conexão com as práticas de educação ambiental. (STRAUBE e VIEIRA-DA-ROCHA, 2006). As aves urbanas representam um tema muito adequado para o trabalho de educação ambiental, principalmente por estarem presentes no próprio ambiente em que os alunos vivem. Para Espinola (2007) a utilização da observação de aves como instrumento didático e fortalecido pela importância ecológica deste grupo, que além ser um grande grupo, atua significantemente no controle populacional em inúmeras relações ecológicas. Como no ambiente escolar e fácil encontrar alunos com grande aversão à alguns animais, especialmente sapos, morcegos e serpentes. Por isso ao utilizar as aves como instrumento didático na educação e possível desenvolver nos alunos a percepção da existência de animais no entorno do ser humano, desmistificando qualquer aversão causada por outros animais. Assim reduzindo os riscos de repulsa por parte dos alunos, (ARGEL-DE-OLIVEIRA 1996).
As aves podem serem trabalhadas como ferramentas para promover a Educação Ambiental mesmo por professores que não tenha muita prática com esse grupo de animais. Além do mais elas podem serem utilizadas com educandos dos mais variados noveis de conhecimento. Por exemplo a simples fato que a aves estejam presentes em lugares como pátio e no jardim da escola, ou em uma área verde, não requer mais do que ver o animal e acompanhar suas ações durante alguns minutos. É importante lembrar que além do conhecimento ornitológico, o educador deve perceber o que há de interessante, como utiliza-la para despertar o interesse do aluno para a observação ARGELDE-OLIVEIRA (1996).
REFERÊNBCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARGEL-DE-OLIVEIRA, M. M., 1996. Subsídios para a atuação de biólogos em Educação Ambiental. O uso de aves urbanas em educação ambiental. Mundo da Saúde, 20(8): 263- 270.
STRAUBE, F.C. & VIEIRA-DA-ROCHA, M.C. 2006. O conhecimento da avifauna pela população de Curitiba (Paraná, Brasil), com subsídios para propostas locais de educação ambiental. Atualidades Ornitológicas 133.
FARIAS, G. B., 2007. A observação de aves como possibilidade ecoturística. Revista Brasileira de Ornitologia, 15(3): 474-477. 
CALDAS, Sérgio Túlio. Olha o passarinho. Globo Rural, São Paulo, n. 262, p. 56-65, ago. 2007.
MOHR, M. e MOSER, G. Observação de Aves como Ferramenta da Educação Ambiental. Florianópolis: Uniasselvi, 2011.
ESPÍNOLA, C., R. R. 2007. Aves na escola, análise de livros didáticos do ensino fundamental. Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina.	
 
AVES COMO FERRAMENTA PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CUI ABÁ, MATO GROSSO, BRASIL 
[Artigo nas normas da Revista Gaia Scientia]
INTRODUÇÃO 
Embora a Educação Ambiental consta na legislação Brasileira desde 1973 (BRASIL 2014), só foi implementada como componente educacional nas escolas nos anos 90, pelo PNMA (Planalto 2014). Desde sua implementação, o tema Educação Ambiental precisou de algumas modificações que permitissem sua aplicação junto à grade curricular escolar, de maneira que se tornasse parte do dia-dia do aluno (VOLTANI & NAVARRO 2012). A Educação Ambiental não aborda um único tema, podendo tratar de assuntos socioeconômicos dentro da particularidade de cada disciplina no ambiente escolar (FAZENDA 2002). Porém é deixada em segundo plano, assim como o ensino de ciências (Vieira Da Rocha & Molin 2008), em decorrência das dificuldades orçamentárias estruturais que os professores enfrentam.
A Educação Ambiental é uma ferramenta de educação para o desenvolvimento sustentável. Ela busca estabelecer uma nova aliança entre a humanidade e a natureza, desenvolver uma nova razão que não seja sinônimo de autodestruição, exigindo o componente ético nas relações econômicas, políticas e sociais. Portanto, o papel da Educação Ambiental é fundamental para a efetiva mudança de atitude e comportamento (SANTOS 2007).
Ela faz parte do processo de formação humana
que vem para atuar como uma ferramenta de inclusão e participação do cidadão em projetos ambientais. Ela e definida como um processo amplo e continuo, com atividades práticas social com relações interespecífica. Para Marques (2008) A conservação da biodiversidade não consiste apenas na proteção da vida silvestre e seus ecossistemas. Ela é mais ampla: trata da preservação das condições de vida do homem, por meio da manutenção dos sistemas naturais que sustentam a própria vida. O tão conhecido desenvolvimento sustentável capaz de eliminar qualquer antagonismo entre o desenvolvimento (que todos almejam) e a preservação do meio ambiente (de que todos necessitam) é a única garantia das condições de sobrevivência do homem e do planeta Terra, daí a importância de se demonstrar a necessidade urgente de se promover a Educação Ambiental. 
Nas últimas décadas houve um aumento expressivo nas preocupações com o meio ambiente onde as questões ambientais tornaram-se vastamente discutidas pela sociedade, até mesmo dentro das escolas. Confirma-se também pela crescente inclusão da temática na pratica pedagógica das escolas. As transformações da natureza pela interferência humana tem repensado seu compromisso com o Meio Ambiente, com isso a inserção da Educação Ambiental no ambiente escolar pode ser uma alternativa para mudanças de atitudes com o meio ambiente CALONGE-MENDEZ E SANTOS-FILHO (2013). No decorrer dos anos alguns autores vêm buscando formas de abordar o tema Educação Ambiental de maneira mais interativa e incentivadora, como por exemplo, (ARGELDE-OLIVEIRA 1996), (STRAUBE e VIEIRA DA ROCHA 2006), (SANTOS E PRAÇA 2015) com a utilização da prática de observação de aves.
É importante que a aprendizagem provoque as modificações desejadas no comportamento do sujeito. Para TOZONI-REIS (2006) as temáticas ambientais que envolve animais como ferramenta para processos educativos e um acesso de sensibilização e conscientização a respeito da importância do conhecimento da fauna. Deste modo a Observação de aves se fortalece como ferramenta da Educação Ambiental, com estratégia para a consolidação da função social. Há uma necessidade da adequação metodológicas para às competências e habilidades a serem desenvolvidas em sala de aula, o que virá a contribuir para uma melhor qualidade do ensino. Com isso, as diferentes modalidades didáticas podem ser aproveitadas nas aulas para despertar o interesse científico dos alunos (SEPINI 2010), (OLIVEIRA e SOARES, 2012). Este trabalho teve como objetivo a identificação e ocorrência da comunidade de aves no Parque Municipal Lagoa Encantada em Cuiabá-MT, que servirá como base na aplicação do conhecimento por parte dos professores das disciplinas ciências e biologia e ainda como base para Educação Ambiental em seus conteúdos desenvolvidos.
1.2 - MATERIAL E MÉTODOS
1.2.3 - População Alvo:
Os questionário foram aplicados durante o mês de setembro para 13 professores que ministravam as disciplina de ciências e biologia. O questionário semiestruturado foi elaborado e aplicado a cada professor, o questionário teve como principais abordagem a utilização de do Parque Municipal Lagoa Encantada, que está localizado próximo a três escola como local para aulas práticas e se o tema aves era utilizado como ferramenta para Educação Ambiental. Os professores eram de três escolas: Escola Estadual Professora Dione Augusta Silva Souza, Escola Estadual Professora Victorino Monteiro, Escola Estadual Doutor Leônidas Antero de Matos.
 1.2.4 - Coleta de dados:
Os trabalhos de campo ocorreram nos meses de Maio e Setembro de 2018. Em Maio houveram algumas vistas nas escola para esclarecimento e recolhimento de assinatura para o comitê de ética e pesquisa para a submissão do projeto junto a eles. Já no mês de Setembro a aplicação dos questionário nas escolas. Diretores e coordenadores foram os intermediário junto aos professores. 
1.2.5 - Método qualitativo:
Essa técnicas de pesquisa começaram a se desenvolver a partir do final do século XIX quando alguns antropólogos, como o norteamericano Lewis Henry Morgan (1818-1881); o alemão, Franz Boas (1858-1942) e o polonês Bronislaw Malinowski (1884-1942) quando realizaram diversos estudos sobre as sociedades tradicionais. O ponto de partida de uma investigação científica deve basear-se em um levantamento de dados. Para esse levantamento é necessário, pesquisa bibliográfica, observação dos fatos para maiores informações e coleta de dados. A entrevista é uma das técnicas mais utilizadas por pesquisadores para a coleta de dados neste terceiro momento. De acordo com Ribeiro (2008), a entrevista tornou-se, nos últimos anos, um instrumento eficaz, para muitos pesquisadores das áreas das ciências sociais e psicológicas dentre outros. Recorrendo à entrevista sempre que têm necessidade de obter dados que não podem ser encontrados em registros e fontes documentais, podendo estes serem fornecidos por determinadas pessoas.
Para conhecer sobre os professore foram utilizadas técnicas de análise quantitativo descritivo, entrevistas estruturadas (MARQUES, 1995; MONTENEGRO, 2002; VIERTLER, 2002, RIBEIRO, 2008), cuja finalidade foi de se conhecer a relação dos professores com os Parques Municipais e a utilização das aves como ferramenta para Educação Ambiental. Para isso também foram feitas perguntas para gerar dados socioeconômicos. 
O universo amostrado foi constituído de 13 entrevistados feitas com os professores de três escolas que estão próximas do Parque Municipal em estudo, esses professores concordaram em fazer parte da pesquisa. As entrevistas foram documentadas através do questionário estruturado com perguntas objetivas (ROSA; ARNOLDI, 2006). 
Esta pesquisa foi previamente submetida e aprovada por Comitê de Ética da Universidade do Estado de Mato Grosso, com o parecer de nº 2.771.184. A identificação dos participantes foi mantida em sigilo, assegurando-se o anonimato e a confidencialidade das informações, não constando seus nomes nas bases de dados. A participação e o consentimento dos envolvidos foram obtidos após esclarecimentos quanto à finalidade da pesquisa e anuência expressa por meio do Termo de Consentimento Livre Informado.
 1.3 - RESSULTADO E DISCUSSÃO.
1.3.1 - Aspectos socioeconômicos.
Dos 13 Professores entrevistados 69% foram mulheres e 31% homens, 6 nascidos na região de Cuiabá, três de munícipios de Mato Grosso, dois do Estado do Paraná e dois dos estados de Santa Catarina e Goiás. A faixa etária predominante foi de 32 a 40 anos, com amplitude de 32 a 55 anos e predomínio no nível de Educação Formal Especialização. (Tabela 01). (TEM QUE DISCUTIRA)
Tabela 01. Dados socioeconômicos dos Professores entrevistados em 2018.
	Variáveis
	Percentual
(Números de indivíduos/Total)
	Faixa etária
	
	30 a 40 anos
	46% 
	41 a 50 anos
	31% 
	51 a 60 anos
	23% 
	Nível de Educação formal 
	
	Graduação 
	00% 
	Especialização 
	69% 
	Mestrado 
	31% 
	Renda Familiar 
	
	1 á 2
	00% 
	3 á 4
5 á 6
7 á 8
9 á 10 
	23%
23%
31%
 23%
A renda familiar não diferiu, com a menor porcentagem com 23% e a maior com 31%. Isso se deve ao fato de que a maioria tem nível de escolaridades iguais como mostra na (Tabela 1) 69% à 31%, a mesma porcentagem ocorre com professores que dão aula em apenas uma escola. (TEM QUE DISCUTIR)
 
Quanto a forma de contratação dos professores, 62% tem contrato temporário e apenas 38% são concursado. (TEM QUE DISCUTIR)
Os professores que com 10 e 30 horas/trabalhadas por semana, não houve diferença sendo quatro professores com 10 horas/trabalhadas e quatro professores com 30 horas/trabalhadas, já com 12,14,20 e 20 horas/trabalhadas tiveram apenas 1,1,2 e 1 professores. (TEM QUE DISCUTIR)
Os professores que trabalha a mais empo como 
1.4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
O conhecimento dos aspectos culturais, e o modo de vida são essencial na manutenção da identidade da Comunidade Quilombola Vãozinho e permite a implementação
de estratégias capazes de promover a sustentabilidade social praticada por essa e muitas outras comunidades étnicas no Estado de Mato Grosso. 
Os principais problemas na comunidade e o êxodo rural, alimentada pelos jovens de seguir uma vida fora de suas terras. Assim a desvalorização da terra, do espaço de convivência pode levar ainda mais a fragmentação dessa comunidade e dessa cultura, no sentido de cessar o uso e o próprio manejo da natureza. É imprescindível que os trabalhos desenvolvidos nesta comunidade levem em consideração estes problemas e as atividades econômicas.
Sob a perspectiva da Etnoconservação, enquanto ciência do campo da complexidade tem a potencialidade de fornecer os elementos necessários para uma efetiva conservação ambiental e sociocultural, e desta forma constituir a base de um novo paradigma de desenvolvimento sustentável.
O quintal no ambiente do Vãozinho é um ambiente que contém uma diversidade importante. Contribuindo na vida dessas pessoas de maneira muito significativa. Visto que este espaço complementa diretamente o que é produzido na roça, atividade realizada pelo homem.
A utilização de plantas medicinais para a cura e prevenção de doenças é um procedimento comum entre os quilombolas. Assim também como as plantas de proteção e ornamentais.
1.5 - REFERÊNBCIAS BIBLIOGRÁFICA
ANDRADE, M. L. F.; MASSABNI, V. G.O desenvolvimento de atividades práticas na escola: um desafio para os professores de ciências Ciência & Educação (Bauru) vol.17 nº 4. Bauru (2011); 835-854, Mar/2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151673132011000400005
Acesso em 06 nov. 2018.
SEPINI, R. P. Observação de aves como estratégia de ensino de ecologia / educação ambiental. 2010. 233 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) - Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, 2010. 
CALONGE-MENDEZ, A. C.; SANTOS FILHO, G. R. Sensibilização Ambiental por meio da identificação da avifauna urbana em São Bernardo Campo. (Apresentação de Trabalho/Congresso), 2013.
OLIVEIRA, D. K. ; SOARES, B.M. Aves como ferramenta sensibilizadora e formadora em experiências educativas. In: XVIII seminário Institucional de Iniciação Científica, 2012, Frederico Westphalen. Anais XVIII seminário Institucional de Iniciação Científica. Frederico Westphalen: Ed. URI, 2012.
SANTOS, D.R.M: PREÇA, A. V. S., Conhecimento da avifauna pelos alunos do ensino médio do Instituto Marcos Freitas (IMF) Unidade Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brasil. Atualidades Ornitológicas, 187, setembro e outubro de 2015.
TOZONI-REIS (2006) sendo assim, a observação de aves pode ser caracterizada, como uma estratégia para a abordagem de temas relacionados ao meio ambiente
Brasil (2014) Lei 9.795/1999, de 27 de Abril de 1999. Dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em: Acesso em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm 06 de nov de 2018.
RIBEIRO, Elisa Antônia. A perspectiva da entrevista na investigação qualitativa. Evidência: olhares e pesquisa em saberes educacionais, Araxá/MG, n. 04, p.129-148, maio de 2008.

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