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Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Elétrica VARIAÇÃO DA CORRENTE A VAZIO E DA CORRENTE TRANSITÓRIA (INRUSH) Aluno: Victor Fernandes Camargo 11511EEL035 Uberlândia 2018 Sumário 1. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 3 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA ...................................................................................................... 3 3. PREPARAÇÃO DO ENSAIO ................................................................................................. 4 4. ANÁLISE DE SEGURANÇA .................................................................................................. 6 5. CÁLCULOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS ...................................................................... 6 6. QUESTÕES ........................................................................................................................... 7 7. CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 9 8. REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 9 3 1. Objetivos Os objetivos principais deste trabalho consistem em obter e analisar a forma da onda das correntes transitórias de magnetização (corrente de INRUSH) e das correntes a vazio de um transformador de potência observado em sala de aula. 2. Introdução Teórica Os transformadores de potências podem ser definidos como equipamentos fundamentais para que aconteça a transmissão e a distribuição de energia elétrica, pois são dependentes de uma energia, denominada primária, para que possam transformá-la em outra energia elétrica, denominada secundária (BECHARA, 2010; AGUIAR & CAMACHO, 2014). Quando esse transformador é alimentado por um de seus lados, com apenas uma corrente de excitação, enquanto o outro está em aberto, com uma corrente nula (corrente a vazio) denomina-se “Ensaio a Vazio”. Desta forma os resultados da impedância são obtidos pelo lado que se encontra em aberto e assim as medidas podem ser efetuadas. É a partir da corrente a vazio que pode-se definir a energia consumida pelo transformador quando é operado sem carga, de forma a fornecer a energia que é necessária para que se magnetize o circuito (MATHEUS, 2010). Quando o transformador é energizado por sua ligação com uma fonte de tensão alternada de valor instantâneo ocorre em fluxo no núcleo com três componentes. As duas primeiras componentes são continuas e unidirecionais e por isso desaparecem depois de alguns ciclos. É nessa curta duração que aparece uma forte corrente no primário do transformador, que é chamada corrente transitória de magnetização ou corrente INRUSH por conta da curva de saturação do núcleo (AGUIAR & CAMACHO, 2014). 4 2.1 Circuito equivalente Figura 1 apresenta o circuito equivalente monofásico de um transformador com seus parâmetros. Figura 1: Circuito equivalente transformador. Parâmetro Valor Potência de entrada (W) 800 Velocidade nominal (rpm) 1720 Corrente nominal (A) 6,8 Tensão nominal (V) 220 Rendimento (%) 66 TABELA I. Características 3. Preparação do ensaio 3.1 Materiais e ferramentas Para a construção deste trabalho foi utilizado os seguintes materiais: 1 Transformador monofásico (que foi utilizado para visualizar a forma de onda da corrente em vazio do transformador); 1 Varivolt do modelo ATV-245-T, que possui uma entrada de 220 V / 60 Hz, três fases, saída de 0 à 240 V com 11 A máximo e 4,5 K VA máximo; 5 1 Reostato; 1 Chave on-off, contendo 3 pinos de entrada e a mesma quantidade de saída; e 1 osciloscópio analógico sem memória do modelo Minipa MO-12215. 3.2 Montagem A montagem do experimento para obter a corrente a vazio foi realizada em sala de aula com os materiais citados a cima. A figura a baixo demonstra um esquema para retratar esta montagem. Figura 2: Esquema de montagem para obtenção da corrente a vazio. Por meio desse esquema é possível notar que o transformador devem estar operando a vazio e que não se mediu nenhum valor, pois o foco do projeto foi de observar a forma de onda que deveria ser capturada pelo osciloscópio. Desta forma com a utilização do resistor em serie, com o circuito e a utilização das ponteiras do osciloscópio que esta medindo a tensão, é possível conseguir a forma de onda da corrente através da Lei de OHM e, assim obteremos que a onda de corrente e diretamente proporcional à forma da onda de tensão. Seguindo esse principio é possível obter a corrente de transição a partir do momento em que se desliga a alimentação do circuito de tal transformador e com o varivolt em uma posição de valor que possua uma corrente em vazio que seja razoável diante das circunstancias. Após esse primeiro momento liga-se a chave novamente e se verifica a nova forma de onda que foi obtida e tem-se assim a corrente em INRUSH, logo que ela só ocorre depois desse momento de ligamento do circuito. 6 4. Análise de Segurança Para a realização desse experimento é necessário e fundamental que se utilize analises de segurança para que não ocorra riscos no decorrer do experimento, tais como: Ligue o transformador em vazio pelo lado que possui baixa tensão; Observe as escalas que são referidas no osciloscópio para que se verifique se elas estão adequadas aos valores de tensão; Aumente a tensão do varivolt de maneira lentamente e consecutiva até que se chegue à nominal; Verifique a tensão de alimentação dos equipamentos; Tenha cuidado ao manusear os cabos do experimento para que não provoque um curto circuito. 5. Cálculos e análise dos resultados 5.1 Dados coletados Figura 3: Forma de onda da corrente a vazio. 7 Figura 4: Representação teórica da forma de onda da corrente inrush e da tensão aplicada. 5.2 Análise dos Resultados obtidos Para analisarmos os dados deste trabalho utilizaremos as figuras acima apresentadas. Quando acionamos o ligamento do chaveamento no circuito, após elevar sua tensão em que podemos notar um pico da corrente de INRUSH. Também podemos notar distorções em sua forma causadas pela característica magnética não linear do ferro. Como observamos a corrente de excitação pela serie de Fourier, podemos notar que ela tem uma quantidade de harmônicos e da fundamental. Podemos afirmar que a fundamental se subdivide em duas fases, a primeira com uma força contraeletromotriz e a segunda atrasada em 90º em relação à própria. Quando se subtrai a componente em fase, interpretada como a potência ligada à histerese e as perdas de Focault, obteremos a corrente de magnetização, que representa a parcela atrasada nos 90º e também com outras harmônicas. Para, além disso, a terceira harmônica é aproximadamente 40% da total da fundamental e para que se evite que esta componente deforme a onda é necessário que a ligação seja realizada em delta, pois possui uma sequência equivalente a zero e acaba por se anular quando inserida em delta, devendo-se isso pelos sentidos da corrente. 6. Questões Questões referentes a obtenção da corrente a vazio: 1. O que se pode observar na forma de onda para as tensões de excitação mais baixas? E para as mais altas? Em que situação a onda é mais distorcida? 8 Na corrente a vazio com valores baixos em sua entrada, sua forma de onda ficara próxima de uma senoide pura, mas quando se aumenta a tensão sua forma ficara distorcida por causa da linearidade do transformador, fazendo com que chegue na região de saturação do núcleo. 2. Desenhe as formas de onda observadas, para uma excitação mais baixa e mais alta, respectivamente. O que representa esta onda de tensão observada no osciloscópio? As formas de ondas observadas estão ilustradas nas figuras 3 e 4, como podemos observar foram obtidas nas resistências usando um osciloscópio analógico que apresenta a corrente a vazio do transformador. Como também podemos observar as influencias no núcleo pela forma de onda da corrente de magnetização. Referentes a obtenção da corrente transitória: 1. O que se pode observar a respeito da corrente transitória no instante em que o transformador foi ligado em vazio? Podemos notar que formara uma corrente de pico, logo haverá uma queda e depois entra em um regime permanente. 2. O que se pode observar a respeito da corrente transitória alguns ciclos após seus chaveamento? É possível observar que após o chaveamento da corrente transitória ela entrara em um regime permanente, pois ela em um ensaio a vazio e passara a ser uma corrente a vazio, de forma que possa suprir as perdas do núcleo e assim produzir um fluxo magnético. 3. Repetindo o processo de energização do transformador por varias vezes, o que se pode concluir a respeito da influência do instante de energização sobre a corrente transitória? Podemos concluir que a corrente transitória não apresentará em nenhum de seus chaveamentos uma mesma forma de onda, logo que o transformador varia de acordo com o tempo e sua tensão de alimentação é senoidal. Isso ocorre porque os valores elevados de seu fluxo atingem sua saturação no laço de histerese do núcleo. 4. Desenhe as formas de onda típicas de corrente transitória em transformadores. Podemos observar a ilustração na figura 4. 9 5. Por que entre dois processos de obtenção da corrente transitória, a forma de onda registrada no osciloscópio nunca se repete? A partir do momento em que é feita a energização não se torna possível que ocorra uma previsão de em qual ponto da senoide estará no ciclo, logo a cada instante que a forma de onda for registrada no osciloscópio se obterá um pico diferente para cada valor para a corrente INRUSH. 7. Conclusões Este trabalho foi montado a partir de uma análise das ações das correntes a vazio e de INRUSH contidas em um transformador, este que foi montado de modo monofásico e com um de seus lados estando em aberto. Sendo assim, podemos concluir através da análise das formas de onda apresentadas que o aumento gradativo de tensão terá uma influência direta na distorção realizada na corrente a vazio do próprio transformador por conta das propriedades magnéticas não lineares constituintes no núcleo. Além disso, se torna extremamente importante observar a trajetória da correte INRUSH no momento da energização que o circuito sofre, pois possui um pico que é variável a depender do ponto em que sofre a energização, de forma que não se torna possível ter um controle fidedigno desta grandeza. 8. REFERÊNCIAS Aguiar, A. L. & Camacho, J. R. (2014). Transformadores de potência. Minas Gerais: Universidade Federal de Uberlândia, pp. 01-35. Bechara, R. (2010). Análise de falhas de transformadores de potência. São Paulo: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, pp.17-23. Matheus, C. (2010). Ensaios no transformador. [online] Available at: http://carlosmatheus.com.br/?p=95 [Accessed 11 Sep. 2018].
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