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Aula 8 - Campos Magnéticos e Lei de Biot Savart

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Eletromagnetismo I
Campos Magnéticos e Lei de Biot Savart
Prof. Dr. Hugo Vasconcelos
Campos Magnéticos
Campos Magnéticos
O fio é defletido na presença
do campo magnético.
Campos Magnéticos
Oersted utilizou uma bússola para
demonstrar que corrente produz campo
magnético que enlaça o condutor.
⨀ é utilizado para representar
a seção transversal de corrente
saindo do papel.
⨂ é utilizado para representar
a outra extremidade de uma
seta e corresponde à corrente
entrando no papel.
Lei de Biot-Savart
A lei de Biot-Savart descreve matemática a relação entre a corrente e o
campo magnético,
𝑑𝐻2 =
𝐼1𝑑𝐿 × 𝑎12
4𝜋𝑅12
2
Campo magnético originado
a partir de um segmento
diferencial de corrente.
Para obtermos o campo total resultante de
uma corrente, podemos somar as
contribuições de cada segmento
𝐻 = 
𝐼𝑑𝐿 × 𝑎𝑅
4𝜋𝑅2
Considere uma linha infinita, ao longo do eixo 𝑧, conduzindo
corrente 𝐼 na direção + 𝑎𝑧, como mostrado na figura. Queremos determinar o
campo magnético em todo o espaço.
Exemplo
𝐻 = 
𝐼𝑑𝐿 × 𝑎𝑅
4𝜋𝑅2
𝐼𝑑𝐿 = 𝐼𝑑𝑧 𝑎𝑧
𝑅 𝑎𝑅 = −𝑧 𝑎𝑧 + 𝜌 𝑎𝜌
𝐻 = 
−∞
+∞ 𝐼𝑑𝑧 𝑎𝑧 × (−𝑧 𝑎𝑧 + 𝜌 𝑎𝜌)
4𝜋(𝑧2 + 𝜌2)3/2
 𝑎𝑧 × 𝑎𝑧 = 0
 𝑎𝑧 × 𝑎𝜌 = 𝑎𝜙
𝐻 =
𝐼𝜌 𝑎𝜙
4𝜋
 
−∞
+∞ 𝑑𝑧
(𝑧2 + 𝜌2)3/2
𝐻 =
𝐼 𝑎𝜙
2𝜋𝜌
Considere agora um anel de corrente de raio 𝑎, estendido no
plano 𝑥𝑦, com uma corrente 𝐼 na direção +𝑎𝜙, como mostrado na figura. O
objetivo é determinar uma expressão para o campo em ponto arbitrário a uma
altura ℎ no eixo 𝑧.
Exemplo
𝐻 = 
𝐼𝑑𝐿 × 𝑎𝑅
4𝜋𝑅2
𝑑𝐿 = 𝑎𝑑𝜙 𝑎𝜙
𝑅 𝑎𝑅 = ℎ 𝑎𝑧 − 𝑎 𝑎𝜌
𝐻 = 
0
2𝜋 𝐼𝑎𝑑𝜙 𝑎𝜙 × ℎ 𝑎𝑧 − 𝑎 𝑎𝜌
4𝜋(ℎ2 + 𝑎2)3/2
 𝑎𝜙 × 𝑎𝑧 = 𝑎𝜌
 𝑎𝜙 × 𝑎𝜌 = − 𝑎𝑧
Os campos radiais se cancelam!
𝐻 =
𝐼𝑎2 𝑎𝑧
4𝜋(ℎ2 + 𝑎2)3/2
 
0
2𝜋
𝑑𝜙
𝐻 =
𝐼𝑎2 𝑎𝑧
2(ℎ2 + 𝑎2)3/2
ℎ = 0 𝐻 =
𝐼 𝑎𝑧
2𝑎
Solenoide
Podemos aplicar nossa solução para o campo no centro
de uma espira para determinar o campo em qualquer
ponto ao longo do eixo central do solenoide.
𝐻 =
𝐼𝑎2
2 𝑧′2 + 𝑎2 3/2
 𝑎𝑧
A figura ilustra muitas voltas
de um fio isolado, enrolado
na forma de um cilindro.
Considerando a espira um elemento diferencial do
solenoide,
𝑑𝐻 =
𝑎2𝑑𝐼
2 𝑧′2 + 𝑎2 3/2
 𝑎𝑧
A quantidade diferencial de corrente pode ser
considerada uma função do número de espiras e do
comprimento do solenoide.
ℎ ≠ 0
Solenoide
A quantidade diferencial de corrente pode ser
considerada uma função do número de espiras
e do comprimento do solenoide.
𝑑𝐼 =
𝑁
ℎ
𝐼𝑑𝑧′
O ponto 𝑃 é onde se deseja calcular o campo.
𝑧′ → −𝑧 − ℎ/2 𝑧′ → −𝑧 + ℎ/2
𝐻 = 
−𝑧−ℎ/2
−𝑧+ℎ/2 𝑁𝐼𝑎2𝑑𝑧′
2ℎ 𝑧′2 + 𝑎2 3/2
 𝑎𝑧
𝐻 =
𝑁𝐼𝑎2
2ℎ
 
−𝑧−ℎ/2
−𝑧+ℎ/2 𝑑𝑧′
𝑧′2 + 𝑎2 3/2
 𝑎𝑧
Solenoide
𝐻 =
𝑁𝐼𝑎2
2ℎ
𝑧′
𝑎2 𝑧′2 + 𝑎2
1
2
−𝑧−ℎ/2
−𝑧+ℎ/2
 𝑎𝑧
Sendo 𝑧 = 0 e ℎ ≫ 𝑎.
𝐻 =
𝑁𝐼
ℎ
 𝑎𝑧
Densidade de Corrente Superficial e Volumétrica
Corrente linear𝐼 (𝐴)
Densidade de corrente volumétrica 𝐽 (𝐴/𝑚2)
Densidade de corrente superficial𝐾 (𝐴/𝑚)
𝑎
𝐿
𝐻 = 
𝑰𝑑𝐿 × 𝑎𝑅
4𝜋𝑅2
𝐼 = 𝐽 ∙ 𝑑 𝑆 = 𝐾 ∙ 𝑑𝑁
𝐼 = 𝐽(𝑎𝑏) = 𝐾(𝑏)
Densidade de Corrente Superficial e Volumétrica
Em um solenoide, as espiras são consideradas tão firmemente enroladas que a
corrente poderia ser assumida como uma corrente laminar.
𝐾 =
𝑁𝐼
ℎ
 𝑎𝜙
A lei de Biot-Savart pode também ser escrita em termos das densidades de
corrente superficiais e volumétrica, substituindo 𝐼𝑑𝐿 por 𝐾𝑑𝑆 e 𝐽𝑑𝑣:
𝐻 = 
𝐾𝑑𝑆 × 𝑎𝑅
4𝜋𝑅2
𝐻 = 
 𝐽𝑑𝑣 × 𝑎𝑅
4𝜋𝑅2
Desejamos determinar 𝐻 em um ponto centrado adjacente a uma
fita infinita de corrente laminar como mostrado na figura.
Exemplo
𝐾𝑑𝑆 = 𝐾𝑧𝑑𝑥𝑑𝑧 𝑎𝑧
𝑑𝐻 =
𝐼
2𝜋𝜌
 𝑎𝜙
𝑅 = −𝑥 𝑎𝑥 + 𝑎 𝑎𝑦
𝜌 = 𝑅 𝐻 =
𝐾𝑧
2𝜋
 
−𝑑
𝑑 −𝑥𝑑𝑥 𝑎𝑦
𝑥2 + 𝑎2
− 
−𝑑
𝑑 𝑎𝑑𝑥 𝑎𝑥
𝑥2 + 𝑎2
Tratando a fita como um conjunto de
linha de corrente 𝐾𝑧𝑑𝑥 com comprimento
infinito. Cada linha contribuirá com
𝐻 = 
−𝑑
𝑑 𝐾𝑧𝑑𝑥 𝑎𝑧 × (−𝑥 𝑎𝑥 + 𝑎 𝑎𝑦)
2𝜋 𝑥2 + 𝑎2
Desejamos determinar 𝐻 em um ponto centrado adjacente a uma
fita infinita de corrente laminar como mostrado na figura.
Exemplo
Por simetria, 𝑎𝑦 é zero!
𝐻 =
𝐾𝑧
2𝜋
− 
−𝑑
𝑑 𝑎𝑑𝑥 𝑎𝑥
𝑥2 + 𝑎2
𝐻 = −
𝐾𝑧
2𝜋
𝑡𝑔−1
𝑑
𝑎
 𝑎𝑥
Se 𝑑 → ∞
𝐻 = −
𝐾𝑧
2
 𝑎𝑥
Forças Magnéticas
A força magnética 𝐹𝑚 sobre uma
carga em movimento é dada por
 𝐹𝑚 = 𝑞𝑢 × 𝐵
A intensidade de força elétrica 𝐹𝑒
que atua em uma carga é dada por
 𝐹𝑒 = 𝑞𝐸
A força total sobre uma carga é dada pela superposição das forças magnética e
elétrica, obtendo a equação da força de Lorentz
 𝐹 = 𝑞 𝐸 + 𝑢 × 𝐵
A equação da força de Lorentz é bastante útil na determinação dos caminhos
que as partículas carregadas irão percorrer enquanto se movem por entre os
campos elétrico e magnético.
Em uma dada região no entorno da origem, temos os campos
𝐵 = 5,0 × 10−4 𝑎𝑧 (𝑇) e 𝐸 = 5,0 𝑎𝑧 𝑉/𝑚 . Um próton (𝑞𝑝 = 1,602 ×
10−19 𝐶, 𝑚𝑝 = 1,673 × 10
−27 𝑘𝑔) entra no campo a partir da origem, com
uma velocidade inicial 𝑢𝑜 = 2,5 × 10
5 𝑎𝑥 𝑚/𝑠. Descreva o movimento do
próton e dê sua posição após três revoluções completas.
Exemplo
 𝐹0 = 𝑞(𝐸 + 𝑢 × 𝐵)
𝑧 = 𝑧0 + 𝑢0𝑡 +
𝑎𝑡2
2
=
1
2
𝑎𝑡2 =
1
2
𝑞𝑝𝐸
𝑚𝑝
𝑡2
𝑇 =
2𝜋𝑟
𝑢
= 2𝜋
𝑚𝑝
𝑞𝑝𝐵
𝑧 =
1
2
𝑞𝑝𝐸
𝑚𝑝
𝑡2 =
1
2
𝑞𝑝𝐸
𝑚𝑝
3𝑇 3 =
18𝜋2𝑚𝑝𝐸
𝑞𝑝𝐵2
= 37 𝑚
Bibliografia
HAYT JR, William H; BUCK, John A. Eletromagnetismo.
8.ed. Porto Alegre: AMGH, 2003.

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