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PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 1 de 31 ALICERCE CONCURSOS PORTUGUÊS – PARTE I Teoria e Exercícios PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 2 de 31 ALICERCE CONCURSOS REGRAS DE ORTOGRAFIA Ortografia é a parte da Fonologia que trata da cor- reta grafia das palavras. A ortografia é uma invenção mais importante que a do próprio alfabeto, pois, é ela que “ordena” qual o som que deve Ter as letras do alfabeto, numa língua. A maneira mais simples, prática e objetiva de apren- der ortografia é fazer exercícios, muitos exercícios, ver as palavras, escrevê-las, familiarizar-se com elas quanto possível. Conhecer regras é útil, mas nem sempre mostra o caminho mais rápido e seguro, não só em virtude das inúmeras exceções que apresen- tam, como também dos conhecimentos de etimolo- gia que existem. O ditado é a maneira mais eficaz de se estudar ortografia. Nota: Processo de nominalização é aquele que, a partir de um verbo, forma-se um substantivo. 1) Se na nominalização de verbos ocorrer: Verbos terminados em: TER, TIR DER, DIR MER MIR A) O grupo todo cai e sobra vo- gal, USA-SE –ssão. B) O grupo todo cai e sobra con- soante, USA-SE -são. C) O grupo não existe ou não cai por inteiro, USA-SE –ção. 2) Geralmente as palavras cognatas (mesma famí- lia) seguem a mesma grafia. Ex.: ânsia - ansiedade - ansioso. Atenção: Lembremos que palavras que trazem “s” ou “z” em seu Radica, terão sempre eles em suas terminações. Ex.: Aviso – avisar Análise – analisar 3) O “s” intervocálico (entre vogais) tem sempre som de “z”. Ex.: casa - uso - mesa 4) Depois de “n” nunca há ss ou rr. Ex.: enredo - Pretensioso 5) Depois de “r” nunca há ss. Ex.: aniversário. 6) Serão sempre com “s” os sufixos formadores de feminino. (esa-isa-essa). Ex.: barão –baronesa conde – condessa duque – duquesa poeta - poetisa camponês – camponesa burguês – burguesa 7) Serão sempre com “z” os sufixos eza e ez, que formam, a partir de adjetivos e substantivos abs- tratos. Ex.: belo – beleza límpido – limpidez Grande – grandeza escasso – escassez Rico – riqueza árido – aridez Forte – fortaleza plácido – placidez 8) Uso de X e do CH . Emprega-se a letra X: 1) normalmente depois de ditongo: eixo – caixa – faixa – feixe. 2) Depois da sílaba inicial en: enxada – enxame – enxoval – enxaqueca. Exceto: encher – encharcar e seus deriva- dos. 3) depois da sílaba me: mexer – mexilhão – mexerico – mexicano. Exceto: mecha que se escreve com CH. 4) Nas palavras de origem indígena e africana: abacaxi, capixaba, muxoxo, pixaim, xará, xavante, xingar, xucro, caxumba, orixá, xan- gô. 5) Nas palavras de origem inglesa: xampu, xor- tes, xou, xerife. Exceção: Chute (shoot) . Po- rém a influência americana em nossos cos- tumes é tão intensa, que estas palavras normalmente são escritas na forma da língua inglesa. Ex.: Shampoo, Show etc. Emprega-se a letra CH: 1) Nas palavras que no latim eram escritas com CL, FL, e PL: chave, chama, chumbo, chuva, cheirar. 2) Nas palavras que em alemão e inglês são es- critas com CH: chope, charuto, cheque, san- duiche. 3) Origem italiana: charlatão, espadachim, sal- sicha, bambochata. 4) Origem francesa e espanhola: brocha, chalé, chapéu, chatô, chefe, flecha, apetrecho, ca- chumba, endecha, chorrilho, mochila. EXERCÍCIOS 1 - (FMU) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente: a – ( ) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar. b – ( ) alteza, empreza, francesa, miudeza. c – ( ) cuscus, chimpanzé, encharcar, encher. d – ( ) incenso, abcesso, obsessão, Luís. e – ( ) chineza, marquês, garrucha, meretriz. 2 - Complete as lacunas das palavras que seguem, utilizando “g” ou “j”: PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 3 de 31 ALICERCE CONCURSOS a – vare---ista b – via---em c – ma---estade d – fuli----em e – verti---em f – ferru----em g – mira----em i – falan----e j – laran---eira 3 - Partindo do pressuposto de que alguns verbos derivam de substantivos, siga o exemplo abaixo: civil – civilizar análise - catálise - pesquisa - aviso - paralisia - 4 - Ainda em se tratando de derivação, atente-se ao modelo que segue e dê continuidade aos demais: viúvo – viuvez lúcido - surdo - altivo - honrado - pequeno - sensato - insensato - pálido - ACENTUAÇÃO 1 – Palavras proparoxítonas De acordo com as 10 regras de acentuação da Língua Portuguesa, todas as palavras proparoxítonas devem ser acentuadas. Exemplos: • África; • Álibi; • Metafísica; • Lâmpada. 2 – Palavras paroxítonas De forma geral, as palavras paroxítonas não rece- bem acento. Exemplos: • Sozinho; • Cadeira; • Brasileiro; • Aldeia; • Envelope; • Parede. As palavras paroxítonas que recebem acento são aquelas terminadas em: A – i (is), us Exemplos: • Vírus; • Júri; • Bônus; • Júris; • Lápis; • Biquíni; • Íris. B – ã (ãs), ão (ãos) Exemplos: • Sótão; • Sótãos; • Órfã; • Órfãs; • Ímã; • Ímãs; • Órgão; • Órgãos. C – um (uns) Exemplos: • Médium; • Médiuns; • Álbum; • Álbuns. D – on (ons) Exemplos: • Cânions; • Elétron; • Elétrons; • Cátion; • Cátions; • Íon; • Íons. E – ditongo oral, seguido ou não de s Exemplos: • Fáceis; • História; • Jóquei; • Pônei; • Cáries; • Infância; • Ásia; • Tréguas. F – r, x, n, l Exemplos: • Amável; • Mártir; • Fácil; • Tórax; • Pólen; • Fênix. G – ps Exemplos: • Fórceps; • Bíceps; PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 4 de 31 ALICERCE CONCURSOS • Quadríceps; • Tríceps. 3 – Palavras oxítonas No caso das palavras oxítonas, elas devem receber acento quando são terminadas em: A – a, e, o (seguidos ou não de s) Exemplos: • Maracujá; • Taubaté; • Acarajé; • Vatapá; • Fubá; • Paetês; • Amapá; • Cipó; • Sofá; • Dominó; • Bisavó; • Ananás; • Cafés; • Paletós. B – em (ens) • Armazém; • Parabéns; • Vintém; • Vinténs. 4 – Ditongos Outra das 10 regras de acentuação dizem respeito ao ditongo. Nos casos de ditongos abertos (éu, éi e ói), eles devem receber acento agudo na vogal, quando ocorrem em palavras oxítonas ou monossilá- bicas: • Anzóis; • Faróis; • Céu; • Véu; • Herói; • Chapéus; • Anéis; • Carretéi 5 – Hiatos Deve ser empregado acento agudo nas vo- gais i e u tônicas dos hiatos quando se apresenta- rem sozinhas na sílaba ou acompanhadas da letra s. Exemplos: • Pa-ís; • Sa-í-da; • Ba-la-ús-tre; • Sa-ú-de; • Ba-ú; • He-lo-í-sa. 6 – Acentuação de formas verbais A – Verbos TER e VIR Os verbos “ter” e “vir” recebem acento circunflexo quando escritos na terceira pessoa do plural do pre- sente do indicativo. Exemplos: • Ele tem – Eles têm • Ele vem – Eles vêm B – Os verbos derivados de “ter” e “vir” (convir, de- ter,conter, intervir, manter etc.) devem receber acento agudo na terceira pessoa do singular e acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo: • Ele detém – Eles detêm • Ele intervém – Eles intervêm 7 – Acento grave Das 10 regras de acentuação, outra das principais é o acento grave, que é empregado para marcar a ocorrência de crase (ou seja, a fusão de dois as). Exemplos: • Refiro-me a aquela mulher. / Refiro- me àquela mulher. • Irei a a / Irei à praia. 8 – Acento diferencial De acordo com as 10 regras de acentuação do Novo Acordo Ortográfico, o acento diferencial que existia em algumas palavras foi removido. As únicas duas palavras em que se emprega o acento diferen- cial são: • Pôde (pretérito perfeito), que é acentuado por oposição a pode (presente do indicati- vo). Exemplo: Ontem ela não pôde vir, mas hoje ela virá. • Pôr (verbo), que é acentuado para diferenci- ar de por (preposição). Exemplos: Vou pôr o cheque no banco por seguran- ça. 9 – Uso do til O til (~) consiste no sinal colocado sobre as vo- gais a e o, indicando a nasalização. Exemplos: • Órfão; • Lã; • Fã; • Irmã; • Mãe; • Maçã; • Dispõe; • Vão; • Pão; • Coração; • Opiniões; • Ilusões; • Alemãs; • Irmã 10 – Palavras com elementos ligados por hífen Nos casos de palavras nas quais os elementos são ligados por hífen, para efeito de acentuação é neces- sário considerar cada elemento separado pelo hífen como uma unidade autônoma. Exemplos: • Salário-família; • Água-de-colônia; • Arco-íris; • Retribuí-la; • Caça-ní EXERCÍCIOS PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 5 de 31 ALICERCE CONCURSOS 1- (UFPR) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxí- tonos: 2- a) paletó, avô, pajé, café, jiló 3- b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis 4- c) você, capilé, Paraná, lápis, régua 5- d) amém, amável, filó, porém, além 6- e) caí, aí, ímã, ipê, abricó 2 - (PUC-RJ) Aponte a opção em que as duas pala- vras são acentuadas devido à mesma regra: a) saí - dói b) relógio - própria c) só - sóis d) dá - custará e) até – pé 3 - Marque a única alternativa que apresenta equí- vocos de acentuação das palavras: a) Goiânia é a única cidade que gostaria de morar. b) Sábado vou à feira comprar pêixe e abóbora para fazer aquela receita. c) Gostaria de saber o porquê de tanta rúcula e cará no meu prato. d) O vigésimo colocado no concurso será nomeado a partir do último sábado do mês que vem. e) Hélio não pôde ver o número do ônibus porque estava sem os óculos. 4 - Assinale a alternativa que apresenta equívoco de acentuação: a) ônibus, saída, Ilhéus. b) óculos, Sabará, vídeo. c) íntimo, sílaba, rúcula. d) operário, sanitário, Goiânia. e) Goiás, amônia, econômia. GABARITO 1 – A - Na letra A, todas as palavras são oxítonas porque a sílaba tônica recai sobre a última sílaba: paletó, avô, pajé, café, jiló. 2- B - As palavras relógio e própria são acentuadas porque, de acordo com a regra de acentuação, acen- tuam-se todas as palavras paroxítonas terminadas em ditongo. 3- B - De acordo com as regras de acentuação da Língua Oortuguesa, são acentuadas as paroxítonas terminadas em: i, is, us, um, uns, us, um, uns, l, n, r, x, ps, ã, ãs, ão, ãos e ditongo oral, crescen- te ou decrescente, seguido ou não de 's'. A pala- vra 'peixe', como termina em vogal 'e', não se en- caixa nessa regra. 4 – E - A palavra 'economia' não é acentuada porque é uma paroxítona terminada em vogal 'a'. De acordo com a regra, são acentuadas as paroxítonas termi- nadas em: i, is, us, um, uns, us, um, uns, l, n, r, x, ps, ã, ãs, ão, ãos e ditongo oral, crescente ou de- crescente, seguido ou não de 's'. CLASSES DE PALAVRAS Classes de palavras são agrupamentos de pala- vras que mantêm características comuns. Na Língua Portuguesa existem 10 classes de palavras: 1. Adjetivo; 6. Numeral; 2. Advérbio; 7. Preposição; 3. Artigo; 8. Pronome; 4. Conjunção; 9. Substantivo 5. Interjeição; 10. Verbo. Além dessas 10 classes definidas, existem algumas palavras que se aproximam tanto do advérbio, mas ainda diferem dele e não se assemelham a nenhuma outra: são as palavras denotativas. ADJETIVO É palavra variável – sofre flexões em gênero, número e grau – e que tem por função caracterizar o substantivo atribuindo-lhe qualidade, estado, modo de ser ou aspecto. Classificam-se os adjetivos conforme o gêne- ro: a) uniformes – aqueles que possuem a mesma forma para o masculino ou feminino: inteligente, simples, feliz, urgente, capaz, etc. b) biformes – aqueles que apresentam formas dife- rentes para o masculino e feminino: simpático (a), alto (a), estudioso (a), belo (a), feio (a), etc. Quanto ao número e salvo exceções, o adje- tivo recebe flexão no plural: homem honesto, ho- mens honestos, sapatos marrom-escuros, blusas azul-marinho. Para o estudo de análise sintática é impor- tante também identificar os adjetivos pátrios e as locuções adjetivas. Adjetivos Pátrio Locução Adjetiva acreano do Acre PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 6 de 31 ALICERCE CONCURSOS afegão do Afeganistão capixaba do Espírito Santo Há ainda outras locuções adjetivas: Adjetivo Locução Adjetiva abdominal de abdômen vulturino de abutre discente de aluno plúmbleo de chumbo materno de mãe pueril de criança. ADVÉRBIO É a palavra que designa alguma circunstância relativa ao verbo. O advérbio, excepcionalmente, pode designar a intensidade do adjetivo e do próprio advérbio. Explicando melhor: o advérbio tem como função principal, esclarecer as circunstâncias que envolvem a conduta verbal. Só por exceção – e na forma de intensidade – é que o advérbio modifica o adjetivo ou o próprio advérbio. Ex.: Maria comeu depressa. (advérbio de modo) Maria ficou bem bonita. (advérbio de intensidade) Maria chegou muito cedo. (advérbio de intensidade) O advérbio pode aparecer como advérbio propriamente dito – uma palavra apenas – ou sob a forma de locução – formado por duas ou mais pala- vras. Ex.: Pedrita mora aqui. (advérbio) Pedrita mora à beira mar. (locução adverbial) Circunstâncias que o advérbio pode indicar: a) afirmação: sim, certamente, deveras, realmente Locução adverbial: com certeza, por certo, sem dú- vida, de fato, na verdade. b) dúvida: talvez, acaso, porventura, provavelmen- te, decerto. Locução adverbial: por certo, quem sabe, com certe- za. c) intensidade: bastante, bem, demais, mais, me- nos, muito, pouco, quase, quanto, tanto, tão, dema- siado, meio, todo, completamente, inteiramente, demasiadamente, excessivamente, apenas. Locução adverbial: de muito, de pouco, de todo, em demasia, em excesso, por completo. d) lugar: abaixo, acima, adiante, aí, aqui, além, ali, aquém, cá, acolá, atrás, através, dentro, fora, perto, longe, junto, onde, defronte, detrás, aonde, donde, alhures, nenhures, algures. Locução adverbial: à direita, à esquerda, à distância, ao lado, de longe, de perto, para dentro, por aqui, em cima, por fora, para onde, por ali, por dentro, de onde. e) modo: assim, bem, mal, depressa, devagar, pior, melhor, como, alerta, suavemente, calmamente (e quase todos os derivados de adjetivo terminados em mente). Locução adverbial: às cegas, às claras, à toa, à von- tade, às pressas, a pé, ao léu, às escondidas,em geral, em vão, passo a passo, de cor, frente a frente, lado a lado. f) negação: não, absolutamente Locução adverbial: de forma alguma, de jeito ne- nhum, de modo algum, de jeito algum. g) tempo: hoje, ontem, amanhã, agora, depois, antes, já, anteontem, sempre, nunca, tarde, jamais, outrora, raramente, sucessivamente, presentemente. Locução adverbial: à noite, à tarde, às vezes, de repente, de manhã, de vez em quando, de súbito, de quando em quando, em breve, de tempos em tem- pos, vez por outra, hoje em dia. h) assunto: sobre, acerca de. i) causa: de fome, por causa de j) companhia: com, na companhia de k) concessão: mesmo que, apesar de, embora l) condição: sem, com m) finalidade: para, com o fim de, n) conformidade: de acordo com, conforme PALAVRAS DENOTATIVAS São aquelas que não se encaixam em nenhuma outra classe, mas por serem muito semelhantes aos advérbios são aqui estudadas. Tais palavras não possuem efeito sintático. São observadas apenas no seu efeito semântico. São elas: a) de inclusão – também, até, mesmo, inclusive, ademais, além disso, de mais a mais b) de exclusão – só, somente, salvo, exceto, se- não, apenas, fora, tirante, sequer c) de situação – mas, então, afinal, agora d) de designação – eis e) de retificação – aliás, isto é, ou melhor, ou antes, f) de realce – cá, lá, só, é que, ainda, mas, sobre- tudo, embora. g) de valor expletivo – ora, que h) de valor explicativo – a saber, por exemplo, isto é, ou seja i) de afetividade – felizmente ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS São os usados nas interrogativas diretas ou indi- retas: a) modo – como b) lugar – onde, aonde, donde c) causa – por que d) tempo – quando e) valor/intensidade – quanto f) finalidade – por que, para que ARTIGO É palavra que precede o substantivo com o fim de determiná-lo. Os artigos se dividem em defi- nidos (o, a, os, as) e indefinidos (um, uns, uma, umas). Em análise sintática exercem a função de adjunto adnominal. CONJUNÇÃO É palavra invariável usada (a) para ligar duas orações ou (b) ligar na mesma oração termos inde- pendentes: - ligando orações: Ela chorou porque perdeu o na- morado. PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 7 de 31 ALICERCE CONCURSOS - ligando termos: Quero que você compre um livro ou (e) um caderno. Quando ligam orações, as conjunções se classificam como coordenativas se unirem orações formando períodos coordenados. Serão subordina- tivas quando unirem orações formando período for- mado por subordinação, conforme veremos no final deste estudo. ✓ Conjunção coordenativa: é aquela que liga duas orações num período de coordenação de idéias, podendo ser: - Aditiva: e, nem, (não só)...mas também, (não somente)...senão ainda, também, que, tanto...como, assim...como, assim...quanto, assim...que, não só...(como, porém sim, que também, senão que, senão também, também). - Adversativa: mas, porém, todavia, contudo, se- não, aliás, no entanto, entretanto, ainda sim, não obstante. - Alternativa: ou, ou...ou, já...já, seja...seja, ora...ora, quer...quer, agora...agora, quan- do...quando. - Conclusivas: logo, pois (após o verbo), então, portanto, assim, por isso, enfim, por fim, por conse- guinte, donde, por onde, por consequência. - Explicativa: ou, pois bem, ora, na verdade, de- pois, alem disso, com efeito, outrossim, demais, ademais, ao demais, de mais a mais, demais disso, porque, que. ✓ Conjunção Subordinativa: é aquela que li- ga duas orações num período formado por subordinação (onde uma oração exerce fun- ção sintática em outra) podendo ser classifi- cada em: - Integrantes: ligam orações substantivas às suas principais: que, se. Observação: as abaixo classificadas introduzem ora- ções adverbiais. - Causais: porque, que, pois que, porquanto, já que, por isso que, uma vez que, sendo que, dado que, desde que, como, visto que. - Comparativas: que, do que, como, tal qual, tanto quanto, tão quão, tanto como, menos ... do que, mais .... do que. - Concessivas: embora, quando mesmo, mesmo que, ainda que, por mais que, por menos que, por muito que, por pouco que, se bem que, posto que, com/sem + infinitivo, conquanto, suposto que. - Condicionais: se, salvo se, exceto se, contanto que, com tal que, caso, a não ser que, a menos que, sem que, suposto que. - Consecutiva: de maneira que, de forma que, de sorte que, de molde que, de jeito que, de modo que. - Finais: para que, que, afim de que, porque. - Temporais: apenas/mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, quando, enquanto, senão quando, ao tempo que, ao passo que. - Proporcionais: quanto (mais, menos, maior, menor, melhor, pior - subordinada), tanto (mais, menos, maior, menor, melhor, pior - principal), à medida que, à proporção que. Observação: o pri- meiro elemento “tanto” pode ser omitido. -Conformativa: como, conforme, consoante, se- gundo, da mesma maneira que. INTERJEIÇÃO É palavra que representa alguma emoção súbita. Não possui função sintática. Podem expressar: • alegria - ah!, oh!, oba!, eh!, viva! • dor – ai!, ui!, ah!, oh!, ai de mim!, meu Deus! • advertência - cuidado!, atenção!, devagar!, olha lá!, calma! • afugentamento - fora!, rua!, passa!, xô! • alívio - ufa!, arre! • animação - coragem!, avante!, eia! • aplauso - bravo!, bis!, mais um! • chamamento - alô!, olá!, psit!, ô!, ó! • desejo - oxalá!, tomara! / dor - ai!, ui! • espanto - puxa!, oh!, chi!, ué!, céus!, quê!, upa! • impaciência - hum!, hem!, diabo!, irra! • silêncio - silêncio!, psiu!, quieto!, pst!, bico! • desagrado – chi!, ora bolas!, que nada!, fran- camente! • aprovação – muito bem!, boa!, apoiado!, bra- vo!, hurra! • terror – uh!, credo!, cruzes!, Jesus!, ui! • saudação – salve!, viva!, ora viva!, ave! • indignação – fora!, morra!, abaixo!, São locuções interjetivas: puxa vida!, não di- ga!, que horror!, graças a Deus!, ora bolas!, cruz credo!, ai de mim!, quem me dera!, valha-me Deus!, ô de casa!, bem feito!, etc. NUMERAL É palavra usada para determinar uma certa quantidade de seres (substantivos) ou colocá-los em determinada ordem ou designar suas partes (fração) ou múltiplos. São classificados em: a) cardinal – indica quantidade determinada de seres. Ex.: um, dois, três. b) ordinal – indica a ordem que o ser ocupa numa série. Ex.: primeiro, segundo, terceiro. c) multiplicativo – expressa a idéia de que um nú- mero é múltiplo de outro. Ex.: dobro, duplo, triplo, quádruplo. d) fracionário – indica que um número representa parte (fração) de outro. Ex.: meio, terço, quarto, quinto, inteiro. PREPOSIÇÃO É a palavra invariável que liga dois termos entre si estabelecendo que o segundo depende do primeiro. A preposição pode estabelecer as mais variadas relações não sendo único o sentido em que possa ser empregado. Ex: Preposição DE: - posse: casa de Pedro. - parte: ponta da mesa - pertença: parafuso da fechadura - classificação: piano de cauda PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 8 de 31 ALICERCE CONCURSOS - finalidade: caixa de jóia - lugar: acontecimento do Brasil - tempo: prazo de um ano - matéria: copo de vidro - conteúdo: copo de leite - preço: bolsa de mil reais - origem: ele veio de marte Preposição A: - lugar: ir à cidade - tempo: ir à noite - finalidade: tocar à missa - contigüidade: estar à janela - preço: vender à cem reais - medida: comida a quilo PreposiçãoATÉ: - fim de movimento: caminhar até o mar - quantidade de tempo: descansar até dez horas por dia - tempo: ficar até ele chegar Preposição COM: - companhia – voltar com a esposa - modo – trabalhar com capricho - oposição – lutar com os inimigos Preposição EM: - lugar – estar no escritório - modo – viver em paz - preço – avaliar em reais - tempo – chegar em duas horas - finalidade – pedir em casamento - causa – ser feliz e não morrer Preposição PARA: - lugar – ir para o norte - finalidade – trabalhar para vencer - tempo – deixar para amanhã Preposição POR: - lugar – ele anda por aí - meio – comunicar por gestos - troca – comer gato por lebre - preço – vender por cem reais - em favor de – lutar por você - duração – ficar rico por muitos anos - ordem – ele veio por último Preposição SOBRE: - posição superior – colocar um livro sobre o outro - assunto – falar sobre dinheiro As preposições acima são chamadas de es- senciais pois essa é a função originária dessas pala- vras. Existem ainda as chamadas acidentais que são palavras oriundas de outras classes que funcio- nam como preposição. Ex: Conforme, como, conso- ante, segundo, mediante, durante, exceto, feito, salvo, fora. Contração de preposição com outra palavra As preposições “a”, “de”, “em”, “por” podem se unir a outras palavras como artigos, pronomes ou advérbios. Ex: - Preposição + artigo: ao, aos, à, às, do, dos, dum, dumas, no, nos, num, numas, pelo, pelas. - Preposição + pronomes: àquele, àquelas, àquilo, deste, dessas, daqueles, dos, das, doutros, nestes, naquelas, naquilo, nas, no, dele, delas. - Preposição + advérbio: daqui, daí, dali, dalém. Locuções Prepositivas Existem também alguns grupos de palavras que exercem função de preposição como por exem- plo, abaixo de, cerca de, acima de, afim de, em cima de, antes de, através de, ao lado de, ao longo de, a par com, à roda de, a respeito de, dentro de, dentro em, em favor de, à frente de, junto a, até a, detrás de, para com, de conformidade com, na conta de, de acordo com, por meio de, diante de, em vez de. PRONOME É a palavra que substitui um substantivo ou o determina, relacionando esse substantivo a uma das três pessoas gramaticais (eu/nós, tu/vós, ele/eles). Diante dessas duas funções principais, os pronomes podem ser classificados como: a) pronome substantivo – é aquele que substitui o substantivo. Ex.: Maria saiu cedo ou Ela saiu cedo. Os cães morderam seu tio ou Eles morderam seu tio. b) pronome adjetivo – é aquele que acompanha o substantivo determinando-o, seja indicando a pessoa gramatical ou diferenciando de outro. Ex.: Tua voz é boa. Aquela mulher é minha tia. Os pronomes podem ainda ser classificados como pessoais, possessivos, demonstrativos, indefi- nidos, interrogativos e relativos. ✓ Pronomes Pessoais – aqueles que indicam as três pessoas gramaticais (do singular e do plural): PESSOA RETOS OBLÍQUOS 1ª EU me, mim,contigo 2ª TU te ti, contigo 3ª ELE se, lhe, o, a si, consigo 1ª NÓS nos conosco 2ª VÓS vos convosco 3ª ELES se,lhes,os, as si, consigo Tais pronomes vão ser sempre pronomes substantivos. Ainda entre os pronomes pessoais encon- tram-se os pronomes de tratamento. Há momentos em que não se permite informalidade, intimidade no trato com certas pessoas, nesse caso, em vez de se dirigir a alguém se utilizando de tu ou você, deve-se preferir Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Majestade etc. Importante: o que difere uma locução prepositiva de uma locução conjuntiva é que naquela (preposi- tiva) o grupo de palavras termina com preposição e nesta, com con- junção. PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 9 de 31 ALICERCE CONCURSOS ✓ Pronomes Possessivos – aqueles que indicam aquilo que pertencem a cada uma das pessoas gra- maticais. Tais pronomes podem ser pronomes subs- tantivos ou adjetivos, dependendo de sua função. Ex.: A sua mãe não virá pronome adjetivo. A sua não virá pronome substantivo. São pronomes possessivos: meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa, vosso, vossa, seus, suas. ✓ Pronomes Demonstrativos – são aqueles que identificam os substantivos em razão da sua localiza- ção no espaço e relacionando-os com as pessoas gramaticais. 1ª pessoa (singular ou plural): este, esta, isto, estes, estas – denotam que o ser está próximo do falante. 2ª pessoa (singular ou plural): essa, essa, isso, es- ses, essas – denotam que o ser está próximo da pessoa com que se fala. 3ª pessoa (singular ou plural): aquele, aquela, aqui- lo, aqueles, aquelas – denotam que o ser encontra- se distante tanto do falante quanto do ouvinte. Há também os pronomes demonstrativos de reforço que são o o, mesmo, próprio, semelhante, tal e suas variações. São também pronomes de tratamen- to: senhor, senhora, senhorita, você, vocês. ✓ Pronomes Indefinidos – são aqueles que sem- pre se referem à 3ª pessoa do discurso de modo vago, impreciso, indeterminado. Serão sempre subs- tantivos (e indefinidos) os pronomes alguém, nin- guém, algo, outrem, quem, tudo, nada. Os demais poderão ser substantivos ou adjetivos: algum, ne- nhum, qualquer, qual, um, todo, pouco, outro, de- mais, tal, que, quanto, vários, mais, menos, muito, certo, tanto, cada. Obs.: as palavras mais e menos só serão pronomes indefinidos quando se relacionarem com substanti- vos. Relacionando-se com verbo, advérbio e adjetivo serão advérbios. Há ainda locuções pronominais indefinidas como: cada qual, quem quer que, qualquer um, cada um, seja quem for, seja qual for, todo aquele que, tal qual, tal e qual, um ou outro. ✓ Pronomes Relativos – são aqueles que repre- sentam uma palavra que já apareceu na oração an- terior – sempre representa um antecedente. Ex.: Essa é a mulher que amo. São pronomes relativos: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas, que, quem, onde, aonde, donde. ✓ Pronomes Interrogativos – são o que, quem, qual, quanto (que são indefinidos) quando usados em frases interrogativas diretas e indiretas. PRONOMES DE TRATAMENTO A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando utilizamos pronomes que, apesar de indica- rem nosso interlocutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro seguinte: Pronomes de Tratamento Vossa Alteza V. A. príncipes, du- ques Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais Vossa Reveren- díssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e oficiais- generais Vossa Magnifi- cência V. Mag.ª (s) reitores de uni- versidades Vossa Majestade V. M. reis e rainhas Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores Vossa Santidade V. S. Papa Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento ceri- monioso Vossa Onipotên- cia V. O. Deus Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. "O senhor" e "a senho- ra" são empregados no tratamento cerimonio- so; "você" e "vocês", no tratamento famili- ar. Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil; em algumas regiões, a for- ma tu é de uso frequente, em outras, é muito pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à lin- guagem litúrgica, ultraformal ou literária. Observações: a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pro- nomes de tratamento que possuem "Vossa (s)"são empregados em relação à pessoa com quem falamos. Por exemplo: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro. Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa. Por exemplo: Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade. - Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlo- cutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Exce- lência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa. PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 10 de 31 ALICERCE CONCURSOS b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os prono- mes possessivos e os pronomes oblíquos emprega- dos em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa. Por exemplo: Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitoreslhe fiquem reconhecidos. c) Uniformidade de Tratamento: quando escre- vemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se co- meçamos a chamar alguém de "você", não podere- mos usar "te" ou "teu". O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa. Por exemplo: Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado) Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto) Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto) SUBSTANTIVO É a classe de palavras que dá nome aos se- res, às coisas, a tudo que existe ou que pensamos que existe. Os substantivos são classificados como pró- prios ou comuns. - Comuns: são aqueles que dão nomes aos seres da mesma espécie. Ex.: menino, coelho, cidade, mu- lher, cachorro, país. - Próprios: são aqueles que dão nome a um ser entre todos os outros de uma mesma espécie. Ex.: João, Pernalonga, Guaratinguetá, Maria, Rex, Brasil. Podem ainda ser classificados como concre- tos e abstratos. São concretos os que: a) possuem existência física como parede, pedra, ar, ondas eletromagnéticas, som, voz, homem. b) possuem existência no imaginário das pessoas como Deus, anjo, fantasma. São abstratos os que: a) dão nomes aos sentimentos: medo, alegria, tris- teza, etc. b) dão nomes às ações: corrida, luta, mergulho, competição, casamento, etc. c) dão nomes aos estados: riqueza, pobreza, acidez, esperteza, etc. d) dão nomes aos conceitos: verdade, mentira, cer- to, errado, etc. Podem ser coletivos ou compostos: - Coletivos: são aqueles que dão nomes a grupos específicos de seres: matilha, manada, penca, tur- ma, tripulação etc. - Compostos: são aqueles formados por dois ou mais elementos morfológicos: salário-família, pé-de- moleque, sofá-cama, etc. VERBO É palavra que exprime ação, estado, mudan- ça de estado e fenômeno natural, situando essas ocorrências no tempo. Apenas para viabilizar o estudo de análise sintática, vamos fazer uma diferenciação entre ver- bos de significação e verbos de ligação. ⬧ Verbos de significação: são todos aqueles que trazem em si próprios alguma mensagem, alguma ação, algum fenômeno. Ex.: - Choveu muito. (indica que um fenômeno ocorreu) - O Juiz condenou o réu. (ação de condenar alguém) - Vanessa chorou pouco pelo marido. (indica que alguém chorou por outrem) - Jesus nasceu. (indica a conduta de alguém) ⬧ Verbos de ligação: são aqueles que não trazem em si qualquer significado, ou os que não indicam qualquer conduta ou fenômeno. Tais verbos se pres- tam apenas para unir um estado ou qualidade a um outro termo. Esse estado ou qualidade pode ser re- presentado por um adjetivo, substantivo ou parti- cípio. Sua função é apenas ligar um termo a outro. O verbo de ligação, por excelência, é o verbo ser. Ex.: João é homem. (substantivo) João é feio. (adjetivo) Porém, pode haver uma infinidade de verbos que são acidentalmente de ligação como, estar, ficar, permanecer, tornar-se, virar, continuar, aparentar, andar, viver. Tais verbos exigem aten- ção, pois somente quanto tiverem a função e o sen- tido do verbo ser é que serão de ligação. Observem: - Maria foi à São Paulo com você? - Não, ela ficou. (nesse caso o verbo ficar não é de ligação, pois além de não ter o sentido do verbo ser, não liga o termo ela a adjetivo, substantivo ou parti- cípio). É verbo de significação. Observem ainda: - Onde está João? - Ele está aqui. (nesse caso também o verbo estar não é de ligação, pois não une termos e também não possui o significado do verbo ser). Note-se que só será de ligação se ligar um termo (substantivo) a outro que pode ser adjetivo, substantivo ou particí- pio. No caso, aqui é advérbio de lugar. Outra questão importante é saber que o ver- bo ser pode às vezes se ligar a particípio. Nesse caso não será verbo de ligação, pois esta união o torna auxiliar da formação de voz passiva. Ex.: Maria é/foi bonita. (adjetivo-verbo de ligação) Maria é/foi secretária. (substantivo-verbo de ligação) Maria é/foi enganada. (particípio-voz passiva) Tal fato só se dá com o verbo ser, pois com os de- mais (acidentais) isso não acontecerá. Ex.: Maria está bonita/cansada. (adjetivo/particípio). Maria continua bonita/enganada. (adjetivo/ particí- pio) PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 11 de 31 ALICERCE CONCURSOS VOZES VERBAIS Dá-se o nome de VOZ à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou pa- ciente da ação. São três as vozes verbais: • Voz ATIVA: quando o sujeito executa a ação indicada pelo verbo–> João roubou o quadro • Voz PASSIVA: quando o sujeito sofre (ou re- cebe) a ação indicada pelo verbo • SINTÉTICA: é formada por verbo TRANSITIVO DIRETO, pronome “SE” (partícula apassivadora) e sujeito PACIENTE –> Alugam-se casas • ANALÍTICA: é formada por sujeito PACIENTE, verbo auxiliar SER ou ESTAR, verbo principal indicador de ação no PARTICÍPIO – ambos formam locução verbal passiva – e AGENTE DA PASSIVA–> O quadro foi roubado por Jo- ão • Voz REFLEXIVA: Há dois tipos de voz reflexi- va • REFLEXIVA: será chamada simples- mente de reflexiva, quando o sujeito pra- ticar a ação sobre si mesmo (o sujeito é agente e paciente da ação) –> Maria cor- tou-se com a tesoura • RECÍPROCA: Será chamada de refle- xiva recíproca, quando houver dois ele- mentos como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro–> Os cães morderam-se na disputa pelo osso • Os verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos, são chamados NEUTROS. Por exemplo: O vinho é bom. Aqui chove muito. • Os verbos CHAMAR-SE, BATIZAR-SE, OPERAR-SE (no sentido cirúrgico) e VACINAR-SE são considerados PASSIVOS, logo o sujeito é paciente. Por exemplo: Chamo-me Luís. Batizei-me na Igreja do Carmo. Operou-se de hérnia. Vacinaram-se contra a gripe. —> Como transformar voz ativa em passiva? 1) OBJETO DIRETO passa a ser SUJEITO 2) O SUJEITO passa à função de AGENTE DA PASSIVA 3) O VERBO se desdobra, numa forma composta, formada pelo verbo SER. No mesmo tempo do verbo da ativa, e o seu próprio PARTICÍPIO. Exemplo: • Pedro escreveu o texto Pedro: sujeito –> agente escreveu: verbo o texto: objeto direto –> paciente • Voz passiva analítica: objeto direto vira sujeito (paciente),sujeito vira agente da passiva —> O texto foi escrito por Pedro. —> Formas verbais compostas • Pedrinho deveria estar distribuindo os convi- tes –> Os convites deveriam estar sendo dis- tribuídos por Pedrinho Conclusão: apenas o último componente da forma verbal composta é desdobrado. Os demais permane- cem, com eventuais adaptações de concordância. —> Pronomes pessoais • Tu me convidarás –> Eu serei convidado por ti Conclusão: os pronomes passam do caso reto para o caso oblíquo e vice-versa, sempre que isso for ne- cessário. —> Uma oração só pode passar para a voz passiva quando tiver OBJETO DIRETO (ou seja, VERBO TRANSITIVO DIRETO) Ex. de impossibilidade de transformação: • Não podemos continuar a agir assim • Nas últimas semanas, a garota parecia preo- cupada • Naquela casa, costumam acontecer coisas estranhas Colocação pronominal A colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em rela- ção ao verbo. A colocação pronominal faz referência à posição dos pronomes pessoais oblíquos átonos em relação ao verbo. PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 12 de 31 ALICERCE CONCURSOS Os pronomes pessoais oblíquos átonos são: me, te, se, o(s), a(s), lhe(s), nos, vos. O pronome pode estar em três posições distintas em relação ao verbo: Próclise: o pronome surge anterior ao verbo. Exemplo: Não me faça perder sua confiança. A próclise é empregada quando: a) Antes do verbo houver palavras de sentido nega- tivo. Nada me faz voltar atrás. b) Antes do verbo houver um advérbio. Naquela cidade se fala alemão. c) Antes do verbo houver pronomes (relativos, inde- finidos e demonstrativos) Isso me deixou muito feliz. d) Antes do verbo houver preposição seguida de gerúndio. Em se tratando de saneamento, o Brasil ainda tem que investir muito na área de tratamento de esgoto. Ênclise: o pronome surge posterior ao verbo. Exemplo: Alistou-se no exército para realizar um sonho. É importante informar que a ênclise não ocorre no início da frase, na linguagem formal. Portanto, os pronomes pessoais oblíquos átonos não iniciam ora- ções. Exemplo: Me falaram que estou muito bem. (errado) Falaram-me que estou muito bem. (certo) Mesóclise: o pronome surge no meio do verbo. Exemplo: Abraçar-lhe-ia agora, mas estou molhado. Temos quatro observações importantes 1 – Verbos no infinitivo sempre admitem o uso da ênclise. Ex.: Não importar-se com o que ocorra. Note-se que, devido à presença do verbo no infiniti- vo, o pronome poderá permanecer após a forma verbal, mesmo que haja fator atrativo. Sem proble- mas, também poderíamos ter a seguinte constru- ção: “Não se importar com o que ocorra”. 2 – Verbos no particípio e no futuro jamais admitem o uso da ênclise. Ex.: Ninguém deve ter se lembrado desses meca- nismos. Ex.: Tratar-me-ei. Lembre-se de que a mesóclise só poderá ocorrer com verbos no futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que não haja um fator de pró- clise, ou seja, uma palavra atrativa. Veja outros exemplos: Realizar-se-ia uma nova reunião. (sem fator atrati- vo) Mostrar-lhe-ei outros projetos. (sem fator atrativo) Não te enviarei outra proposta. (com fator atrativo) Depois se buscaria uma solução melhor. (com fator atrativo) 3 – A expressão “em + verbo no gerúndio” exige a próclise. Ex.: Em se tratando desse assunto, Rodrigo é espe- cialista. 4 – Frases exclamativas, interrogativas e opta- tivas (frases que exprimem desejo) exigem a próclise. Ex.: Como te julgaram! Ex.: Como se chama o presidente do Senado Fede- ral? Ex.: Bons ventos o tragam, Lucas Gonçalves. EXERCÍCIOS Questão 1 Assinale a frase cujas palavras sublinhadas sejam substantivo e pronome, respectivamente: a) A lata de doce é dele. b) A Inglaterra é um país muito bonito. c) Fale sobre tudo o que lhe perguntar. d) As pessoas estão inconformadas. e) Os refugiados não queriam sair do alojamento. PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 13 de 31 ALICERCE CONCURSOS Questão 2 (UFMG) As expressões sublinhadas correspondem a um adjetivo, exceto em: a) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusias- mo. b) Demorava-se de propósito naquele complicado banho. c) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira. d) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caatinga sem fim. e) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça. Questão 3 A palavra 'encarecidamente' pertence à classe dos(as): a) Substantivos b) Verbos c) Adjetivos d) Advérbios e) Artigos Questão 4 Marque a alternativa em que haja um artigo definido e um artigo indefinido, respectivamente: a) Roberta é a melhor aluna dessa classe. b) Gostaria de comprar um celular novo e a sandália daquela loja. c) Uma boa noite de sono é a melhor maneira de evitar o estresse. d) A casa que comprei é um pouco antiga. e) Nenhuma das alternativas anteriores. Questão 5 Marcos enfrentou congestionamento no trânsi- to e perdeu o início da reunião. As duas orações do período estão unidas pela con- junção “e”, que, nesse caso, além de indicar ideia de adição, também indica ideia de: a) condição. b) oposição. c) consequência. d) adversidade. e) comparação. Questão 6 (PUC-SP) No período: "Da própria garganta saiu um grito de admiração, que Cirino acompa- nhou, embora com menos entusiasmo", a palavra destacada expressa uma ideia de: a) explicação. b) concessão. c) comparação. d) modo. e) consequência. Questão 7 (PUC-SP) Assinale a alternativa que possa substituir, pela ordem, as partículas de transição dos períodos abaixo, sem alterar o significado delas. "Em (primeiro lugar), observemos o avô. (Igualmen- te), lancemos um olhar para a avó. (Também) o pai deve ser observado. Todos são altos e morenos. (Consequentemente), a filha também será morena e alta." a) primeiramente, ademais, além disso, em suma b) acima de tudo, também, analogamente, finalmen- te c) primordialmente, similarmente, segundo, portanto d) antes de mais nada, da mesma forma, por outro lado, por conseguinte e) sem dúvida, intencionalmente, pelo contrário, com efeito. Questão 8 Sobre as conjunções, é correto afirmar: a) As conjunções são unidades linguísticas desprovi- das de independência, ou seja, não aparecem sozi- nhas no enunciado porque apenas introduzem a ideia de função gramatical de um elemento. b) As conjunções são expressões modificadoras do verbo que apresentam uma ideia de circunstância e atuam como adjunto adverbial em uma oração. c) As conjunções são palavras que podem ser utiliza- das no lugar de um nome, referir-se a ele ou acom- panhar o nome com a intenção de qualificá-lo. d) As conjunções têm por finalidade traduzir nossos estados emotivos. Apresentam independência e po- dem constituir, por si, verdadeiras orações. e) As conjunções são unidades da língua que têm por finalidade reunir orações em um mesmo enunciado, classificando-se em conjunções coordenativas e su- bordinativas. Questão 9 PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 14 de 31 ALICERCE CONCURSOS Conjunções coordenativas e subordinativas: As coordenati- vas ligam orações independentes, enquanto as subordina- tivas ligam orações dependentes. * *A imagemque ilustra a questão é de autoria do cartunista Quino No quadrinho do cartunista Quino, encontramos a conjunção mas, que pode ser classificada como: a) Conjunção consecutiva. b) Conjunção aditiva. c) Conjunção adversativa. d) Conjunção alternativa. e) Conjunção conclusiva. Questão 10 Ele chegou _____ tempo de acompanhar o segundo tempo da partida de futebol. _____ várias diferenças entre o verbo “haver” e a preposição “a”. _____ muitos anos não viajava para o exterior. _____ dois meses da promoção, pediu demissão da empresa onde trabalhava. O office-boy entregou _____ funcionária os docu- mentos. A alternativa que preenche corretamente as lacunas das orações acima é: a) há – há – há – à – a b) a – há – há – a – à c) a – há – a – há – à d) à – a – a – a – há 1 A 6 B 2 B 7 D 3 D 8 E 4 D 9 C 5 C 10 B CONCORDÂNCIA VERBAL A regra básica da concordância verbal é o verbo con- cordar em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) com o sujeito da frase. 1. Sujeito simples – o verbo concordará com ele em número e pessoa. Ex.: O artista excursionará por várias cidades do interior. 2. Sujeito composto – em regra geral, o verbo vai para o plural. Ex.: Sua avareza e seu egoísmo fizeram com que todos o abandonassem. Se o sujeito vier depois do verbo, concorda com o núcleo mais próximo, ou vai para o plural. Ex.: “Ainda reinavam (ou reinava) a confusão e a tristeza” (Dinah S. de Queiroz). Se o sujeito vier composto por pronomes pessoais diferentes – o verbo concordará conforme a priorida- de gramatical das pessoas. Ex.: Eu e você somos pessoas responsáveis. Atenção! Tu e ela estudais / estudam. A segunda forma é mais usada atualmente. 3. Expressões não só...mas tam- bém, tanto/quanto que relacionam sujeitos com- postos permitem a concordância do verbo no singu- lar ou no plural. Ex.: Tanto o rapaz quanto o amigo obtiveram/obteve nota máxima na redação do ENEM. 4. Sujeito composto ligado por ou: - indicando exclusão, ou sinonímia – o verbo fica no singular. Ex.: Maria ou Joana será representante. - indicando inclusão, ou antonímia – o verbo fica no plural. Ex.: O amor ou o ódio estão presentes. - indicando retificação – o verbo concorda com o núcleo mais próximo. Ex.: O aluno ou os alunos cuidarão da exposição. 5. Quando o sujeito é representado por expressões como a maioria de, a maior parte de e um nome no plural, o verbo concorda no singular (realçando o todo) ou no plural (destacando a ação dos indiví- PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 15 de 31 ALICERCE CONCURSOS duos). Ex.: A maioria dos jovens quer as reformas. (ou) A maioria dos jovens querem as reformas. 6. Não sou daqueles que recusa / recusam as obri- gações. Nesse caso, o referente do pronome relativo que é daqueles, a regra fundamental de concordância com o sujeito deverá levar o verbo para a 3ª pes- soa do plural. Entretanto, também é aceito quando refletimos em uma concordância com um daqueles que. 7. Verbo ser + pronome pessoal + que – o verbo concorda com o pronome pessoal. Ex.: Sou eu que executo a obra. Seremos nós que executaremos a obra. Verbo ser + pronome pessoal + quem – o verbo concorda com o pronome pessoal ou fica na 3ª pes- soa do singular. Ex.: Sou eu quem inicio a leitura. Sou eu quem inicia a leitura. 8. Nomes próprios locativos ou intitulativos – se precedidos de artigo plural, o verbo irá para o plural; não sendo assim, irá para o singular. Ex.: Os Estados Unidos reforçam as suas bases. Minas Gerais progride muito. 9. Pronome relativo antecedido da expressão “um dos”, “uma das” – verbo na 3ª pessoa do singular ou do plural. Ex.: Ela é uma das que mais impressiona (ou im- pressionam). Quando apresenta uma ideia de seletividade, fica obrigatoriamente no singular. Ex.: Aquela é uma das peças de Nelson Rodrigues que hoje se apresentará neste teatro. 10. Concordância do verbo ser: a) sujeito nome de coisa ou um dos pronomes nada, tudo, isso ou aquilo + verbo ser + PREDICATIVO no plu- ral: verbo no singular ou no plural (mais comum). Ex.: "A pátria não é ninguém: são todos.” (Rui Bar- bosa) b) NAS ORAÇÕES INTERROGATIVAS iniciadas pelos pronomes quem, que, o que – verbo ser concorda com o nome ou pronome que vem depois. Ex.: Quem eram os culpados? c) 1º TERMO – SUJEITO = substantivo; 2º ter- mo = pronome pessoal, o verbo concorda com o pronome pessoal. Ex: Os defensores somos nós. d) Nas expressões é muito, é pouco, é mais de, é tanto, é bastante + determinação de preço, medida ou quantidade: verbo no singular. Ex.: Dez reais é quase nada. e) Indicando hora, data ou distância – o verbo concorda com o predicativo. Ex.: São três horas. Hoje são 15 de fevereiro. 11. PASSIVO – NA VOZ PASSIVA SINTÉTICA, com o pronome apassivador SE, o verbo con- corda com o sujeito paciente (que é um aparente objeto direto). Ex.: Escutavam-se vozes. INDETERMINADO – com o pronome indetermina- dor do sujeito, o verbo fica na 3ª pessoa do singular. Ex.: Precisa-se de operários. CONCORDÂNCIA NOMINAL As relações que as palavras estabelecem com o substantivo que as rege constitui o que em gramáti- ca se chama de sintagma nominal. Essa relação caracteriza os casos de concordância nominal. 1. Concordância de gênero e número entre o núcleo nominal e os artigos que o precedem, os pronomes indefinidos variáveis, os demonstrativos, os posses- sivos, os numerais cardinais e os adjetivos. Ex.: Um luar claro e belíssimo. 2. Concordância do adjetivo com dois ou mais substantivos a) Substantivos do mesmo gênero, o adjetivo irá para o plural desse gênero ou concordará com o mais próximo (concordância atrativa). Ex.: Bondade e alegria raras ou rara. b) Substantivos de gêneros diferentes, o adjetivo irá para o masculino plural ou concordará com o mais próximo. Ex.: Atitude e caráter apropriados ou apropriado. c) Adjetivo anteposto aos substantivos, nos dois casos acima, a norma geral é que ele concorde com o substantivo mais próximo. Ex.: Mantenha desligadas as lâmpadas e os eletro- domésticos. d) Substantivos com sentido equivalente ou expres- sam gradação, o adjetivo concorda com o mais pró- ximo. Ex.: Revelava pura alma e espírito. CASOS PARTICULARES 1. POSSÍVEL a) precedido de o mais,o menor, o melhor, o pior – singular; b) precedido de os mais, os menores, os melhores, os piores – plural. Ex.: Estampas o mais possível claras. / Estampas as mais claras possíveis. 2. ANEXO / INCLUSO – adjetivos, concordam com o substantivo a que se referem. Ex.: Envio-lhe anexos / inclusos os documentos. (em anexo, junto a são invariáveis) 3. LESO (adjetivo = lesado, prejudicado) concorda com o substantivo com o qual forma uma composi- ção. Ex.: Cometeu crime de lesa-pátria. 4. PREDICATIVO a) substantivo com sentido indeterminado (sem arti- go) – adjetivo no masculino. Ex.: É proibido entrada; b) substantivo com sentido determinado (com arti- go) – adjetivo concorda com o substantivo. Ex.: É PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 16 de 31 ALICERCE CONCURSOS necessária muita cautela. 5. MEIO – numeral = metade (variável) Ex.: Falou meias verdades. Advérbio = parcialmente (variável). Ex.: Encontrava-se meio fatigada. 6. MUITO, POUCO, BASTANTE, TANTO – PRONOMES – (variáveis). Ex.: Li bastantes livros. ADVÉRBIOS (invariáveis). Ex.: Estavam bastantefelizes. 7. SÓ – adjetivo = sozinho (variável). Ex.: Eles se sentiam sós. Palavra denotativa de ex- clusão (invariável). Ex.: Só os alunos compareceram à reunião (= so- mente). 8. PSEUDO, ALERTA, SALVO, EXCETO – são pala- vras invariáveis. Ex.: Ela é pseudo-administradora, por isso fiquemos sempre alerta. 9. QUITE = LIVRE – concorda com aquele a que se refere. Ex.: Estamos quites com a mensalidade. 10. OBRIGADO, MESMO, PRÓPRIO – concordam com o gênero e número da pessoa a que se referem. Ex.: Ela disse: - Muito obrigada, eu mesma cuidarei do assunto. REGÊNCIA VERBAL Alguns verbos podem apresentar dificuldade. Observe-os: 1º grupo: Não exigem preposição: 1. prezar, estimar, acatar, respeitar, amar; 2. cumprimentar, felicitar, convidar; 3. almejar, assessorar, usufruir. 2° grupo: Exigem a preposição DE os seguintes verbos: 1. gostar, desgostar, abster-se; 2. carecer, precisar, necessitar, prescindir. 3° grupo: Exigem a preposição A: 1. obedecer, resistir, proceder, suceder; 2. aludir, anuir, referir-se. EXERCÍCIOS 001) Em qual item a regência nominal não poderá ser empregada com a preposição indicada? a) Tenho aversão — filmes de terror.(a) b) Este é um acontecimento digno — nota. (de) c) Teremos muito gosto — recebê-los. (em) d) Tal atitude é própria pessoa ignorante.(de) e) O jantar estará pronto — 10 minutos. (a) 002) Assinale o único item em que se usou a preposição adequada a realizar a regência correta. a) A platéia emocionada assistia — espetáculo. (para) b) Restabeleceu-se rapidamente quando passou a aspirar — uma nova vida. (de) c) Obedecia incondicionalmente — ordens do patrão.(às) d) O programa é propício — melhoria do transporte coletivo.(com) e) O paciente era vizinho — todas as famílias presentes. (para com) Nas questões abaixo, assinale o item em que a preposição usada contraria a norma de regência nominal: 003) a) Meus olhos estavam ansiosos por novas paisagens. b) Estou solidário a você desde quando começou essa brebenda. c) Exercia funções coerentes com as de cônsul brasileiro. d) Sentia-me feliz por vê-la sempre alegre e risonha. e) O filme foi proibido porque tinha cenas atentatórias aos bons costumes. 004) a) Daniele tinha aversão à política, todavia não era imune a seus princípios. b) Procure divertimentos compatíveis com sua formação moral. c) O algoz encapuzado passou correndo, rente da parede. d) O amor do indivíduo a si mesmo não deve tomá-lo hostil para com os outros. e) O professor era indulgente dos nossos erros mais grosseiros. 005) a) Estávamos pasmados em ouvi-lo falar assim. b) O velho Barão era bem impaciente com a vida social. c) Era mais propício a uma afilhada que à outra. d) Sentia-se impotente contra os membros do partido. e) Pendentes do teto, oscilavam as lâmpadas fluorescentes. 006) a) Uma pessoa dissidente é sempre perniciosa com o grupo. b) No mundo inteiro houve manifestações de repulsa ao bárbaro crime. c) As dúvidas acerca das pretensões estrangeiras eram conhecidas. d) Havia orquídeas em profusão, algumas em vasos superiores ao teto. e) A terra e o clima eram proveitosos à cultura da soja e do feijão. PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 17 de 31 ALICERCE CONCURSOS 007) a) Os políticos dizem que construirão portos acessíveis a qualquer navio. b) Nossa avó sempre costurava numa saleta contígua da cozinha. c) O crime praticado por Marcelo é passível de pena de reclusão. d) Tatiana exerce atividades incompatíveis com o seu cargo. e) Socorreu-me um senhor residente na Av. Atlântica. 008) a) A arquitetura desse prédio antigo é análoga do nosso. b) O sentimento de liberdade é inerente ao ser humano. c) Despercebidamente, a antipatia pelo cantor de Brasília ia crescendo. d) Dizem que é preferível sofrer injustiças a cometê-las. e) Ele é um escritor culto, muito versado em Astronomia. 009) a) Luís era um homem calmo, avesso a discussões. b) Não temos horror para com as caras feias. c) A polícia é infatigável em prender criminosos. d) Nas horas de nervosismo, Lucas fica transido de pavor. e) Vítor não era obsequioso com seus familiares mais íntimos. 010) a) Acredito que nunca fui ingrato para com aqueles que me querem bem. b) O guarda-costa era suspeito, antes do exame, de ter cometido tal delito. c) Confirmaram que esta refeição foi das mais parcas das suas vidas. d) Muitas estrelas dessa galáxia não são visíveis a olho nu. e) Meu sobrinho estava inocente a todos os atos praticados. Assinale a frase com erro de regência. 011) a) Cumprimentei o aluno efusivamente. b) Acatei muito bem as tuas sugestões. c) Respeitei sempre aquelas colegas. d) Jamais almejes o impossível. e) Não deixes de prescindir o necessário. 012) a) Queremos usufruir tua companhia por dois minutos. b) Convidei este aluno e a todos os seus amigos. c) Não deves proceder àquelas provas. d) Abstenham-se das falsas amizades. e) Obedeci às tuas ordens imediatamente. 013) a) Prezo deveras as tuas idéias referentes a esse vôo. b) Todos aludiram as tuas palavras de respeito ao diretor. c) Sucederei na direção da loja ao meu amigo Heitor. d) Vou anuir amanhã aos teus pedidos de soltura de presos. e) Procede da falta de comunicação entr7flós sua atitude. 014) a) Tens de estimar aos teus colegas de turma. b) Resista com denodo às tentações que aparecerem. c) A pessoa amiga referiu-se ao seu antigo problema. d) Sua dúvida apresentada na assembléia não procede. e) O autor aludiu a alguma personagem nesta passagem? 015) a) De que livro estás carecendo no momento? b) Abstenho-me de externar a minha opinião a todos. c) Gostaria de usufruir ao máximo de tua companhia. d) Atenção, vou proceder à chamada dos candidatos. e) Já desmoronou a igreja a que me referi em meu livro. Estes outros verbos devem apresentar dificuldade. 4° grupo: Exigem um dos seus termos regido: - de preposição A: 1. preferir, aconselhar, ensinar, permitir. - de preposição A ou DE: 2. avisar, certificar, cientificar, informar, incumbir, impedir, proibir. 5° grupo: Admitem várias regências os seguintes verbos: - o erro (OD) 1.perdoar - ao aluno (OI) - o erro ao aluno (OD e OI) *OBS: “Perdoou a esposa pelas faltas cometidas” (Jota) (VTDI) - o meu débito (OD) 2.pagar - ao banco (OI) - o meu débito ao banco (OD e OI) - a verdade (TD) 3.responder - ao telegrama (OI) - não ao telegrama (OD e OI) PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 18 de 31 ALICERCE CONCURSOS Assinale o item em que uma das construções está ERRADA: 016) a) Prefiro estes livros àquelas revistas usadas. b) Prefiro mais estes livros que aquelas revistas. c) Avisei ao aluno os últimos resultados dos exames. d) Avisei as alunas dos últimos resultados dos exames. e) Proibi a este menino pular a cerca daquele quintal. 017) a) Proibi estes meninos de pular a cerca do pasto. b) Permiti ao meu filho que chegasse bem tarde. c) Impeço a meu filho que chegue tarde a casa. d) Incumbi o diretor de convidar os oradores da igreja. e) Aconselhei às pessoas a que respeitem as faixas. 018) a) Aconselho o povo a obedecer às normas feitas. b) Ensineiaos turistas chegar à Bahia de carro. c) Informei os ouvintes de que saíssem cedo de casa. d) Impedi o jogador reclamar do juiz no campo. e) Cientifico à turma a hora exata da prova final. 019) a) Certifico os internos de que haverá mais vagas. b) Prefiro as louras àquelas morenas. c) Impedi o camelô de vender seus produtos na rua. d) Prefiro às louras aquelas morenas de biquíni. e) Proibi as louras sair sem biquíni do vestiário. 020) a) Aconselhei a todos a estudarem com afinco. b) Permiti aos alunos saírem da sala rapidamente. c) Incumbiram os professores de dar o resultado. d) Prefiro sair sozinho à noite com céu estrelado. e) Avisei os meus amigos do dia da festa de Rosana. O item que só pode ser completado com que e não de que ou a que: 021) a) Proíbo os motoristas _____ saiam da pista. b) Informei teus amigos _____ chegarias cedo. c) Avisei a todos _____ não haveria outra chance. d) Aconselhei-os ______ solicitassem revisão. e) Certificou-me ______ não deveria falar. 022) a) Avisei-lhe ______ não deveria falar muito alto. b) Cientifiquei-os _______ me ausentarei desta sala. c) Cientifica os presentes ______ me ausentarei. d) Proibiram-no ____ falasse sobre aquele assunto. e) Aconselharam-me _____ nunca comentasse o caso. A frase que só pode ser completada com ao(s) e não o(s): 023) a) Paguei em dia ____ Curso de Inglês da minha neta. b) Pagarei em dia ____ meu empréstimo bancário. c) Pago sempre _____ meus débitos no dia do vencimento. d) Nunca poderei perdoar _____ seus erros mais grosseiros. e) Só responderei _____ correto. 024) a) Perdoarei até mesmo — erros mais grosseiros. b) Aconselhei — time a que se esforçasse. c) Respondo hoje mesmo — teu telegrama. d) Ensinei — meninos a soltarem pipa. e) Prefiro aos livros — filmes antigos. 025) a) Prefiro — filmes nacionais modernos. b) Preferia os livros — filmes de longa metragem. c) Pagava sempre — débitos atrasados. d) Gostava de ensinar — meninos a trabalhar com argila. e) Só poderão perdoar — teu procedimento agora. 026) O único item em que não se deve usar a preposição: a) Avisou o aluno — que não poderia sair cedo de casa. b) Proibiu o aluno sair mais cedo que os colegas. c) Permitiu sair mais cedo — aluno mais antigo. d) Aconselhou a turma — que se esforçasse bem mais. e) Informo a todos — que a prova final será adiada. Verbos que apresentam dificuldade 6° grupo: Mudam de sentido conforme a regência: 1 - querer: - este carro (OD) – desejar - a esta menina (OI) - prezar 2 - servir: - os convidados (OD) - atender, prestar serviços - aos jovens (OI) - ser útil, agradar, convir - sobremesa aos convivas (OD / OI) 3 - assistir: - o/ao doente (OD /OI) - acompanhar, socorrer PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 19 de 31 ALICERCE CONCURSOS - ao jogo (OI) - ver, presenciar - ao aluno (OI) - caber - no Grajaú * (OI) - viver, morar 4 - visar: - o/ao alvo (OD / OI) - procurar,buscar,mirar/objetivar - o documento - assinar, pôr o visto em - ao emprego (OI) - desejar, almejar 5 - aspirar: - o perfume (OD) - respirar - ao emprego (OI) - desejar, almejar 7° grupo: Não se devem misturar as construções dos verbos: 1- lembrar / esquecer: - o teu nome (OD) - *algo LEMBRA a alguém 2 - lembrar-se / esquecer-se: - do teu nome (OI) 3 - custar: - *algo CUSTA a alguém Esses verbos não são pronominais: antipatizar comungar confraternizar - com essa menina (OI) rivalizar simpatizar Cuidado com o verbo pisar: - o aluno sem querer (TD) - nele (TI) Nas questões que seguem, assinale a única construção que exige preposição: 027) a) Lembrou _____ o tempo de infância. b) Lembrou-lhe _____ o tempo de infância. c) Lembro-me _____ o tempo de infância. d) Não esqueça _____ os teus amigos sinceros. e) Nunca esqueci _____ o meu passado obscuro. 028) a) Não se esqueça _____ os trabalhos domiciliares. b) O médico assistiu bem _____ os doentes deste hospital. c) O professor assistiu com prazer _____ esta turma. d) Os funcionários almejam _____melhores cargos. e) Os funcionários desejam _____ melhores cargos. 029) a) Os funcionários aspiram ____ altas remunerações. b) Acabei de visar ____ os cheques deste banco. c) Visar ____ o gol é dever dos atacantes. d) Aspirei ____ o perfume do florido jardim. e) O garçom serviu muito bem ____ os jovens casais. 030) a) Devemos sempre assistir ____ os jovens incipientes. b) Só quero ____ os jovens jogadores no meu time. c) Procurei lembrar ____ tuas recomendações na hora do jogo. d) Esta atitude nem sempre serve ____ os jovens educados. e) Tentamos lembrar-te ____ as recomendações do doutor. 031) a) Sempre mirei ____ cargos tão importantes. b) Sempre procurei ____ cargos tão importantes. c) Sempre aspirei ____ cargos tão importantes. d) Sempre almejei ____ cargos tão importantes. e) Sempre desejei ____ cargos tão importantes. 032) a) Hei de te lembrar ____ este assunto. b) Hei de lembrar ____ este assunto. c) Hei de me lembrar ____ este assunto. d) Hei de esquecer ____ este assunto. e) Hei de lembrar-te ____ este assunto. 033) a) Já deixei de visar ____ os meus cheques nominais. b) Lembrou-lhe ____ a data do seu nascimento. c) Sua firma serve muito bem ____ os meus propósitos. d) Lembrei muito ____ o seu nome ainda ontem. e) O atacante visava sempre ____ o gol adversário. 034) a) A enfermeira Daniele assistira com eficiência ____ o doente. b) Aspiramos ____ o ar puro da manhã. c) Assiste ____ o professor o direito de corrigir ou não o erro. d) Durante longo tempo, desejava ____ a glória do mundo. e) Almejo ____ obter uma boa classificação nesse concurso. 035) PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 20 de 31 ALICERCE CONCURSOS Assinale a alternativa CORRETA. a) Proibimos-lhe de que participasse da novena a Nossa Senhora. b) Encontrar o criminoso implicava muita fé dos policiais. c) Investigando o crime, o policial procedeu uma rigorosa busca no carro do suspeito. d) O jovem acidentado residia à rua Maravilha, n° 44, na baixada fluminense. e) Custei a encontrar minha fé, pois era cego. 036) Onde há erro de regência verbal? a) Esqueceram-lhe os compromissos assumidos. b) Nós lhe lembramos o compromisso assumido. c) Calastes-vos diante das ofensas dos vossos inimigos. d) Lembrar-nos-íamos de tais palavras se fosse preciso. e) Simpatizamo-nos com elas imediatamente. 037) “Tenho próprio casal, e nele assisto...” O verbo assinalado está empregado na acepção de: a) socorrer. b) ver. c) presenciar. d) caber. e) residir. 038) Na acepção assinalada na questão anterior, assistir é um verbo: a) transitivo direto. b) transitivo indireto. c) de ligação. d) intransitivo. e) bitransitivo. 039) “Das brancas ovelhinhas tiro o leite...” Sem prejuízo da regência, o poeta poderia trocar “tiro o leite” por: a) procedo à retirada do leite. b) custo a retirar o leite. c) esqueço de retirar o leite. d) assisto a retirada do leite. e) pago à retirada do leite. 040) A frase em que a regência do verbo NÃO está de acordo com a norma gramaticalé: a) Advogados costumam assistir às defesas de teses de seus colegas. b) Informamos-lhes de que o candidato da oposição renunciara à posse. c) Avisamo-lo de que deverão ocorrer algumas desistências amanhã. d) “A prova de conhecimento será realizada de acordo com o disposto no inciso III do artigo 11, obedecido ao seguinte:” (trecho de um regulamento) e) Alguém esqueceu os disquetes gravados na mala do carro. 041) Das frases abaixo, a que contém ERRO de regência verbal é: a) Quem não é disciplinado desobedece ao regulamento. b) E bom lembrá-la que tal conduta é prevista na Consolidação das Leis Trabalhistas. c) Isto poderá acarretar-lhe penalidades mais severas, que vão desde a suspensão do contrato de trabalho até a demissão por justa causa. d) Todas as medidas visam à reabilitação da imagem do nosso prefeito no contexto nacional. e) Deste modo, procederam imediatamente à leitura dos autos. 042) Assinale a única alternativa correta quanto à regência do verbo: a) Eles chegaram cedo na cidade e partiram em seguida, b) Eu custei a entender o trocadilho que fizeram sobre nós. c) Nos aniversários, prefiro doces e guaraná do que salgados frios. d) O atraso do pagamento das contas implica juros altos. e) Quero-a muito, querida filha! - dizia o velho pai. 043) Assinale a alternativa sem erro gramatical: a) Não tenham dúvidas que chegarei vivo ao local marcado. b) O livro que te referes foi o mais vendido de toda a Bienal. c) Quase todos os súditos amam e obedecem o seu senhor. d) Se lhe disserem que não o respeito, mentirão vergonhosamente. e) Prefiro mais estudar durante o dia do que trabalhar à noite. QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES 044) (AFC-ESAF/02) Assinale a opção em que o trecho do texto foi transcrito com erro de sintaxe. a) Uma conjugação de fatores favoráveis está na raiz do atual otimismo que domina a economia brasileira. Sinais internos e externos apontam na direção de perspectivas mais animadoras, ainda que não autorizem excesso de entusiasmo. b) A experiência ensina que não há nada mais sujeito a mudanças bruscas do que os sistemas econômicos regidos pelas leis de mercado. Durante os oito anos do governo Clinton, por exemplo, os Estados Unidos experimentaram taxas elevadas de crescimento. Logo a seguir, resvalaram para a depressão. PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 21 de 31 ALICERCE CONCURSOS c) A inflação em queda mostra aos operadores do mercado que o país se mantém no rumo da estabilidade aberto pelo Plano Real em 1994. Sinaliza, também, no sentido de que os acordos celebrados com o Fundo Monetário Internacional (FMI) seguem cumpridos com fidelidade. d) Aí se encontra a base de confiança que necessitam os investidores externos para aplicar recursos no país. Explica, também, a manutenção do ritmo dos investimentos internacionais. e) Outro dado chegado à cena para exorcizar o clima deprimente que ensombreceu as relações econômicas no ano passado é a ausência de alterações perigosas no câmbio. (Otimismo e Cautela, Editorial, Correio Braziliense, 1/3/2002) 045) (AFCE-TCU-ESAF/02) Na questão, marque o segmento do texto que contém erro de estruturação sintática. a) Adoto como Relatório a minudente instrução da lavra de Elson Rodrigues da Silva Junior, endossada pelos Sr. Diretor de Divisão e Sr. Secretário da 10ª SECEX. b) Versa a espécie Recurso de Reconsideração interposto pelo Sr. Fulano de Tal e Sicrano de Tal contra o Acórdão n° 2 17/97 da 2ª Câmara, com vistas a modificar aquele decisum, com base nos fatos e fundamentos expostos na peça recursal de fls.01/08 do volume dos autos. c) Os recorrentes são sócios-gerentes da empresa Transporte Ltda. que, por meio do instrumento colacionado às fls. 30/45 do volume principal dos autos, celebraram contrato de franquia empresarial com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. d) A ECT, entendendo de que a empresa franqueada atrasou e se omitiu no acerto de contas relativo ao período de 15/04/96 a 16/05/96, instaurou a tomada de contas especial, que consiste no presente feito. e) O Acórdão n° 217/97 da 2ª Câmara julgou irregulares as contas dos recorrentes e imputou- lhes a multa prevista. (Ministro-Relator Adhemar Paladini Ghisi, com adaptações) 046) (AFRF-ESAF/02) Indique a opção em que o trecho foi transcrito com transgressões à norma culta da modalidade escrita da língua a) O objetivo maior com a criação do FUNDEF esta na busca de soluções para um do graves problemas que ocorre no âmbito do ensino fundamental, que é o baixo padrão salarial dos professores. b) Assim, esse fundo Constitui um instrumento para a implementação de uma política redistributiva, que objetiva corrigir às desigualdades regionais e sociais, pois nem todos os municípios detêm capacidade financeira para investir em ensino de qualidade c) Esse instrumento tem natureza contábil, com conta especial, e os recursos a ele destinados devem ser utilizados, especificamente, para manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental e valorização do magistério. d) Tal estratégia vem permitir visibilidade na questão dos recursos e auxiliar na definição de prioridades, facilitando o controle social e as ações fiscalizatórias previstas em lei, além de permitir a autonomia na aplicação dos valores. e) Espera-se que a médio prazo surjam os primeiros resultados com reflexos positivos sobre a qualificação profissional do magistério e a qualidade do ensino ministrado nas escolas como fruto da garantia de alocação de recursos para tal fim. (Adaptado do Relatório e Parecer Prévio sobre as contas do Governo da República. 1997, p207) 047) (AFRF-ESAF/02) Leia o texto abaixo e assinale a opção que corresponde a erro gramatical. Vale ressaltar que o relacionamento do Brasil com os organismos financeiros multilaterais e agências governamentais estrangeiros (1) visa, principalmente, à (2) captação de recursos para financiar projetos de desenvolvimento de infra- estrutura produtiva e social, a programas de apoio a (3) ações voltadas para a modernização administrativa, fiscal e tributária, a reformas setoriais mais abrangentes, e, adicionalmente, beneficiarem-se (4) da assistência técnica e do assessoramento setorial especializado oferecidos (5) por essas entidades. (Adaptado do Relatório e Parecer Prévio sobre as contas do Governo da República 1997, p.2 75) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 048) (AFRF/02) Assinale a opção em que o trecho foi transcrito com erro gramatical. a) Os clientes do Banco do Brasil já começaram a receber o Declarafácil, CD-ROM produzido pelo banco em parceria com a Receita Federal. b) Além de contribuir na campanha de revitalização da arrecadação de tributos e contribuições federais, PORTUGUÊS – PARTE I Prof.ª Claudia Damião Lopes de Almeida Página 22 de 31 ALICERCE CONCURSOS o programa facilita os contribuintes o cumprimento de suas obrigações. c) Com o CD-ROM, o cliente poderá atualizar seus impostos e declarações de 1995 até hoje. d) A liquidação das guias também poderá ser feita sem burocracia, via computador. e) Nele estão os programas geradores de declarações para o governo federal, como Imposto de Renda, carnê-leão e outros aplicativos úteis à atividade das empresas. (Adaptado de O Estado de S Paulo, 26/09/2000) 049) (AFR-VUNESP/02) O emprego
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