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Instalações Prediais de Água Fria e quente – Aula 2 Professora: Andréa Rodrigues andreaufcg@gmail.com São utilizados em instalações aparentes. As conexões, são largamente utilizados nos pontos de torneira de jardim, pia, tanque por serem mais resistentes. Materiais utilizados em instalações de água fria AÇO São tradicionalmente utilizados nas instalações de água quente. As tubulações de cobre proporcionam menores diâmetros no dimensionamento, entretanto seu custo é maior que as de PVC. COBRE São largamente utilizadas em instalações de água fria pelo baixo custo e pela durabilidade . PVC Comparação entre materiais MATERIAL VANTAGENS DESVANTAGENS PVC Leveza Baixa resistência ao calor Facilidade de transporte e manuseio Durabilidade ilimitada Resistencia a corrosão Degradação por exposição prolongada ao sol Baixo custo Menor perda de carga Metais (aço e cobre) Maior resistência mecânica Susceptíveis a corrosão Menor deformação Possibilidade de alteração das características físico-químicas da água pelo processo de corrosão e de outros resíduos Maior resistência a pressão Maior transmissão de ruídos ao longo dos tubos Resistência a altas temperaturas Maior perda de pressão (aço) Constituintes usuais Registros de fechamento Registros de utilização Registros de manobra • Finalidade básica: possibilitar eventual manutenção em partes bem definidas do sistema, sem interromper o fornecimento de água para as partes restantes. Por exemplo: Registro de fechamento Exemplos: a montante de torneiras de bóia de reservatórios nas entradas e saídas de bombas de recalque nas tomadas d’água para consumo e para saída de limpeza em reservatórios No início das derivações do barrilete para as colunas de distribuição Registros Tipos de registros de fechamento Registro de gaveta • É uma válvula dotada de um obturador interno que ao ser totalmente acionada, obstrui completamente a passagem do fluxo líquido. São indicados para atuar em serviços onde não há necessidade de operações frequentes e onde a interrupção abrupta poderia dar origem a golpes de aríete. Tipos de registros de fechamento Registro de esfera • é uma válvula dotada de um obturador interno com formato de uma esfera perfurada, por onde a água escoa, e que, ao ser girado 90º, veda completamente a passagem interna do fluxo. • São componentes instalados nas tubulações e destinados a controlar a vazão da água utilizada. Registro de utilização Usados para regulagem de vazão em: Chuveiros Torneiras Duchas higiênicas Registros Tipos de registros de utilização Válvula tipo globo • Caracterizada pela forma globosa do corpo, permite um controle mais eficiente do fluido. Sofrem desgastes mínimos com a erosão, tanto na sede como no obturador. Oferecem elevada perda de carga devido à mudança brusca de direção imposta ao fluido. Tipos de registros de utilização Registro de pressão • O registro de pressão é utilizado para o controle de vazão, e é mais utilizado para o acionamento do chuveiro. • São componentes instalados em tubulações e em suas derivações, destinados a controlar, direcionar ou desviar o sentido do fluxo aumentando a vida útil das peças. Registro de manobra São instaladas geralmente em: Saída das bombas entre estas e os registros de regulagem Esta posição facilita os eventuais consertos e inspeções Registros Tipos de registros de manobra Válvula de retenção • Dispositivo de prevenção contra o refluxo. Esta é destinada a permitir a passagem de água apenas num dado sentido e impedir no sentido contrário. Podem ser horizontais e verticais. Horizontal Vertical Válvula de alívio ou redutora de pressão Definição • Dispositivo que mantêm constante a pressão de saída na tubulação, já reduzida a valores adequados. Válvula de alívio ou redutora de pressão Válvula de descarga Uso • presentes nas instalações de bacias sanitárias. Caixa acoplada Registro de bóia Função • Controle de nível de água em reservatórios e caixas de descarga. Constituintes usuais TUBOS CONEXÕES Tubos Linha roscável Linha soldável Conexões Tê de redução Curva de 45o Tê Joelho de 90o Curva de 90o Joelho de redução Curva de transposição Cruzeta Luva simples Joelho de redução soldável para roscável Curva de 45o Medidas para redução de ruídos e vibrações Locar as peças de utilização na parede oposta aos ambientes habitados, ou na impossibilidade disso, utilizar dispositivos antirruídos nas instalações. Não utilizar tijolos vazados de cerâmica ou concreto nas paredes que suportam tubulações de água de alimentação de válvula de descarga ou sob pressurização. Deixar um recobrimento maior na face voltada para dormitórios, sala íntima e escritórios. Quando possível utilizar vasos sanitários acoplados à caixa de descarga, em vez de válvulas de descarga. Instalações Prediais de Água quente Introdução • Importância das instalações de água quente – O fornecimento de água quente representa uma necessidade nas instalações de alguns aparelhos e uma conveniência para melhorar as condições de conforto e de higiene em aparelhos sanitários de uso comum. – Assim, não se pode prescindir de água quente em instalações hospitalares, em hotéis e em edifícios residenciais. Instalação predial de água quente Definição Conjuntos de equipamentos, fontes energéticas e materiais que permitem ao usuário das instalações prediais a obtenção de água artificialmente aquecida. Água quente Água chegando a temperaturas de uso próximas a 50oC, às vezes próximas de 70oC ou mesmo 80oC. Norma reguladora NBR 7198/93 – “Projeto e execução de Instalações prediais de água quente” Exigências a serem observadas no projeto segundo a norma Garantir o fornecimento contínuo de água, em quantidade suficiente e temperatura controlável, com segurança aos usuários, com pressões e velocidades compatíveis com o funcionamento das peças de utilização e das tubulações. Preservar rigorosamente a qualidade da água. Proporcionar o nível de conforto adequado aos usuários. Racionalizar o consumo de energia. As instalações prediais de água quente devem ser projetadas e executadas de modo a atender a exigências a seguir. Temperaturas adequadas aos usos de água quente Usos Temperaturas (°C) Uso pessoal em banhos ou higiene 35°C a 50°C Em cozinhas 60°C a 70°C Em lavanderias 75°C a 85°C Em finalidades médicas 100°C Tabela 6.1 – Faixas de temperaturas para usos de água quente Estimativas de consumo de água quente Estimativa de consumo de água quente Edificação Consumo Litros/dia Alojamento provisório de obra 24 por pessoa Casa popular ou rural 36 por pessoa Residência 45 por pessoa Apartamento 60 por pessoa Quartel 45 por pessoa Escola (internato) 45 por pessoa Hotel (s/incluir cozinha e lavanderia) 36 por hóspede Hospital 125 por leito Restaurantes e simulares 12 por refeição Lavanderia 15 por kg de roupa seca Tabela 6.2 – Estimativa de consumo de água quente Estimativas de consumo de água quente ITEM USOS CONSUMO DE ÁGUA QUENTE (L) TEMPERATURA DA MISTURA QUANTIDADE PARA MISTURA (L) QUENTE (70°C) FRIA (17°C) 1 Chuveiro30 38°C 12 18 2 Barba, lavagem de mãos e rosto 10 38°C 4 6 3 lavagem 20 52°C 13 7 TOTAIS 60 42,6°C 29 31 Tabela 6.3 – Consumo de água quente em mistura com água fria Materiais utilizados em instalações de água quente • Aço • Cobre Metais • CPVC • PPR Plásticos O aço, com o tempo, se corroe e cria incrustações. O cobre é mais caro. Ambos devem ser revestidos com isolamento térmico para diminuir a troca de calor com o meio. Os plásticos são bons isolantes térmicos, dispensando revestimento adicional e apresentam valores acessíveis, por isso são largamente utilizados. Tipos de sistemas de aquecimento de água Aquecimento individual (local) Aquecimento central privado Aquecimento central coletivo O projetista deve estudar a viabilidade de emprego de cada um sistema e determinar a melhor solução. Sistemas de aquecimento É o caso também de um aquecedor a gás localizado em um banheiro ou numa cozinha. Individual • O aquecimento é individual quando alimenta uma única peça de utilização, como por exemplo, um chuveiro ou uma torneira elétrica. O aquecedor utilizado neste sistema é do tipo PASSAGEM!! Sistemas de aquecimento Central Privado • O sistema é central privado quando atende somente uma unidade habitacional, ou seja, alimenta vários pontos de consumo localizados em cozinhas, banheiros, áreas de serviço. Para esse tipo de sistema utiliza- se um aquecedor do tipo ACUMULAÇÃO. Sistemas de aquecimento Central Coletivo • O sistema é central coletivo quando um único conjunto de aquecimento alimenta várias unidades de um edifício, ou seja, várias peças de utilização de várias unidades habitacionais ou de comércio e serviço. Exemplo: edifício residencial, hotel, hospital. O aquecedor utilizado neste sistema é do tipo ACUMULAÇÃO!! Fontes de calor ou energia Elétrica O aquecimento elétrico pode ser feito por aparelhos de passagem ou de acumulação. Gás O aquecimento a gás pode ser feito por aparelhos de passagem ou de acumulação. Energia solar O aquecimento solar somente pode ser feito por aparelhos de acumulação. Aquecedores de passagem Aquecedores Elétricos Aquecedores a gás Os aquecedores de passagem são dispositivos interpostos na tubulação para o aquecimento instantâneo da água (aquecida em sua passagem pelo aparelho). Vantagem dos aquecedores de passagem: São compactos e fáceis de instalar, dispensando tubulações independentes Desvantagem dos aquecedores de passagem: Elétricos: Custo kw, baixa pressão e pouca vazão. A gás: Risco de vazamento Aquecedores por acumulação A q u e ce d o re s p o r a cu m u la çã o Os aquecedores por acumulação proporcionam maior conforto ao usuário, pois a água é aquecida para posterior consumo. A acumulação possibilita seu uso com maior vazão em qualquer outro ponto de utilização. Fornece água quente em vários pontos de consumo ao mesmo tempo, não dependendo da pressão da água para seu bom funcionamento. Aquecimento elétrico por acumulação em residências Aquecedores elétrico por acumulação Dimensionamento de aquecedor elétrico por acumulação Exemplo 1: Qual a capacidade de uma aquecedor elétrico para atender a um apartamento com três quartos? Resolução: O consumo de água a 70°C (Tab. 6.3) = 6 x 29 l/pessoa = 174 l/pessoa Pela Tabela 6.4 : Capacidade do aquecedor = 150 l Tabela 6.4 – Capacidade e potência de aquecedores Consumo diário a 70°C Capacidade do aquecedor (Litros) Potência (kW) 60 50 0,75 95 75 0,75 130 100 1,0 200 150 1,25 260 200 1,5 330 250 2,0 430 300 2,5 700 500 4,0 850 600 4,5 1150 750 5,5 1500 1000 7,0 2300 1500 10,0 2900 1750 12,0 3300 2000 14,0 5000 3000 20,0 Ambiente permanentemente arejado Instalação de aquecedores a gás de acumulação Aquecimento a gás por acumulação em residências Energia solar A utilização da energia solar no aquecimento de água vem sendo realizada há várias décadas e em muitos países do mundo. A energia solar aproveitável é função do tempo de insolação, em média, 6,5 a 7 horas diárias na região centro-sul do Brasil e alcançando valores maiores na região nordeste. Com o desenvolvimento tecnológico dos equipamentos e das técnicas de instalação, os custos de um sistema de aquecimento solar diminuíram significativamente, fazendo com que o custo-benefício acabe compensando. Pode ser necessário um aquecedor auxiliar que utilize energia convencional para suprir situações de falta de insolação por períodos excepcionalmente grandes. Aquecimento solar por acumulação Aquecimento solar por acumulação em residências Instalação de aquecedores solares de acumulação Funcionamento do sistema de aquecimento solar Os coletores devem ser direcionados sempre para o norte (para os habitantes do hemisfério sul). Quando os telhados não possuem essa inclinação, existem duas soluções possíveis: (1) Inclinar os coletores por meio de suportes independentes; (2) Aumentar a área coletora, para compensar as perdas de captação. Inclinação ideal das placas Para uma boa absorção de energia, ou seja, para que os coletores recebam maior incidência dos raios solares durante o ano, a inclinação ideal das placas, em relação a horizontal, é um ângulo resultante as soma da latitude do lugar mais 5° a 10°. Funcionamento do sistema de aquecimento solar Detalhes esquemático da instalação de aquecedor solar As alturas e distâncias (mínimas e máximas) entre caixas d’água, boiler e placas são fundamentais para a otimização do sistema. A distância horizontal entre o reservatório térmico e os coletores solares deverá ser de, no máximo 6m. O desnível entre o topo da caixa d’água e o fundo do reservatório térmico não pode ultrapassar a pressão máxima admissível do equipamento fornecida pela fabricante. Para melhor aproveitamento de circulação da água quente nas canalizações de alimentação e retorno dos coletores, o desnível entre o fundo do boiler e o topo dos coletores deve ser entre 0,30m e 4 m. Funcionamento do sistema de aquecimento solar Placas Coletores • Os coletores solares constituem a parte principal do sistema. • É através deles que a energia é absorvida e transmitida a água que circula pelos tubos do interior do condutor Partes componentes dos coletores solares Funcionamento do sistema de aquecimento solar Funcionamento do sistema de aquecimento solar Boiler debaixo da caixa d’água Boiler em nível com a caixa d’água Dimensionamento do sistema de aquecimento solar O dimensionamento de um sistema de aquecimento solar está relacionado diretamente ao número de usuários e à destinação da água quente (pontos de consumo). Volume do Boiler Banheiras são consideradas à parte, acrescentando-se um volume igual ao da própria banheira!!! (Regra geral para utilização em cozinha, lavatório e ducha) 50 ℓ/pessoa Área das placas coletoras 1 m2 50 a 65 ℓ de água aquecida Sistemas conjugados Placas e sistema a gás Placas e sistema elétrico Resistência elétrica no interior do boiler Dimensionamento de aquecedor solar por acumulação Exemplo 2: Dimensionar o sistema de aquecimento solar de uma residência para atender uma família de quatro pessoas. Sabe-se que seráinstalada uma banheira de hidromassagem, com volume de 200 litros. Resolução: Capacidade do boiler 50 litros x 4 pessoas = 200 litros Uma banheira = 200 litros Total = 400 litros Área das placas Coletoras 1 m2 50 litros x m2 400 litros Total = 8 m2 de área coletora de energia Projeto hidráulico Inspeção Coleta de dados Concepção e elaboração do projeto Etapas: Projeto hidráulico Planta Baixa Projeto hidráulico Detalhe Isométrica Para melhor visualização da rede de distribuição de água fria, desenham-se os compartimentos sanitários em perspectiva isométrica. Os aparelhos sanitários são representados por suas convenções em traços de maior espessura, bem como as tubulações, os registros e outros detalhes. Os detalhes isométricos, geralmente são elaborados nas escalas 1:20 ou 1:25. Desenham-se com traços finos os contornos das paredes e marca-se as posições das portas e janelas. Rede de distribuição Instalações de água fria Instalações de água quente Projeto hidráulico Parte do material dessa aula foi gentilmente cedido pelo Prof. Newton Motta Tribuzi Neves Isométrica com reuso
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