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aula 2 - Anestésicos locais mais utilizados em odontologia AULA 2

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Anestésicos locais mais utilizados em odontologia
Anestesia local é a perda da sensação em uma área circunscrita do corpo causada pela depressão da excitação nas terminações nervosas ou pela inibição do processo de condução nos nervos periféricos. Nela há perda de sensibilidade sem perda de consciência. 
Métodos usados para induzir anestesia local
Trauma mecânico
Baixa temperatura
Anóxia
Irritantes químicos
 agentes neurolíticos (álcool ou fenol)
Agentes químicos (anestésicos locais)
Propriedades dos anestésicos locais
Não ser irritante para o tecido onde é aplicado
Não causar alterações permanentes na estrutura dos nevos
Ter baixa toxicidade sistêmica
Ser eficaz quer aplicado por infiltração no tecido ou aplicado localmente nas membranas mucosas
Ter um tempo bastante breve para agir no local aplicado
Ter uma ação de longa e eficiente duração e que possibilite o procedimento, mas que não exija uma recuperação prolongada. 
Componentes das soluções anestésicas
Sal anestésico: Lidocaína, prilocaína, mepivacaína, articaína, bupivacaína, benzocaína
Antioxidante: bissulfito de sódio
Vasoconstritor: epinefrina, norepinefrina, corbadrina, fenilefrina e felipressina
Veículo: água bidestilada
LIDOCAÍNA
Preliminares: Aspectos clínicos
Introduzido em 1948
É o anestésico padrão, sendo o mais usado no mundo, com exceção da Alemanha, onde a articaína é vendido em maior escala
Sem vasoconstritor, tem curto período de ação, não interessa a clínica odontológica.
Muito eficaz como anestésico tópico. Pomada concentrações de 5 a 6% e spray concentração 10%.
A redução da dor à punção da agulha depende da técnica aplicada.
O uso de lidocaína a 10% exige cuidados e cautela.
lidocaína
Metabolização: por oxidação de microssomos hepáticos. 
Meia-vida plasmáica – em torno de 1,6horas
Tempo de latência – tempo necessário para início do efeitos do anestésico - de 2 a 4 minutos.
Duração anestesia pulpar : sem vasoconstritor 5 a 10 minutos
Com vasoconstritor 40 a 60 minutos. Em tecidos moles, cerca de 120 150 minutos.
Potência: quatro vezes maior que a da procaína.
Toxicidade: duas vezes maior que a da procaína.
Excreção: via renal
 
Mepivacaina
Preliminares: Aspectos clínicos
Introduzido em 1960
Potência: semelhante a lidocaína
Toxicidade : semelhante a lidocaína
Metabolização: por oxidação de microssomos hepáticos. 
Excreção: Excreção: via renal, 16% não sofre metabolização
Meia-vida plasmática: 1,9hora
Mepivacaina 
Latência - entre 2 e 4 minutos
Duração: sem vasoconstritor anestesia pulpar técnica infiltrativa (20 minutos) técnica de bloqueio (40 minutos)
Com vasoconstritor: anestesia pulpar 60 a 90 minutos e em tecidos moles 120 a 200 minutos
Lembrete importante
A mepivacaína possui pequeno poder vasodilatador em relação a outros anestésicos. Portanto, pode ser utilizada para anestesias quando não é conveniente o uso de anestésico local associado a vasoconstritor. 
Prilocaína 
Preliminares: aspectos clínicos
Introduzida para uso clínico em 1960
Potência: igual a da lidocaína
Toxicidade: 40% menos que a lidocaína
 Metabolização: fígado, pulmões e rins
Excreção: via renal e na forma de metabólitos
Meia-vida plasmática: 1,6hora
Latência: de 2 a 4 minutos
Baixa atividade vasodilatdora (50% menor do que a d lidocaína)
Prilocaína
Na concentração de 4%, pode ser usado sem vasoconstritor. Essa formulação não é usada no Brasil
Prilocaína a 4% tem duração anestesia pulpar entre 10 (técnica infiltrativa) e 60 minutos (técnica de bloqueio)
Com felipressina, a prilocaína tem tempo de anestesia pulpar, após uso de técnica infiltrativa na maxila , varia entre 45 e 60 minutos. Em tecidos moles, 120 a 220 minutos
Prilocaína – muita atenção
Apesar de a prilocaína ser menos tóxica do que os demais sais anestésicos, o aumento na formação de metemoglobina recomenda maior cuidado no uso desse anestésico em pacinees com deficiência de oxigenação (por discrasias sanguíneas, alterações respiratórias ou cardiovasculares). Pelo mesmo motivo, deve ser evitado o uso concomitante com outros medicamentos que também podem aumentar os níveis de metemoglobina, como o paracetamol. 
Articaína 
Preliminares: aspectos clínicos
Sinonímia: carticaína, articaína
Introduzida em 1976 na Alemanha
Toxidade: igual a da lidocaína
Potência de ação: 1,5 vez a da lidocaína
Metabolização: nas colinesterases plasmáticas e oxidação nos microssomos hepáticos
Excreção: via rins, sendo 10% na forma não metabolizada
Articaína 
Obs. Metabolismo: na articaína, como a biotransformação começa no plasma, a meia vida plasmática é mais curta do que as das demais amidas utiliizadas em odontologia, em torno de 44 minutos após injeções intrabucais com a dose máxima recomendada (500mg). 
Latência: de 2 a 4 minutos
Duração de anestesia pulpar entre 50 e 70 minutos na maxila em técnica infiltrativa e com vasoconstritor 160 minutos após bloqueio do nervo alveolar inferior. Em tecidos moles, a ação pode chegar a 270 minutos.
Aspectos de importância clínica
A articaína é o único anestésico local com um anel tiofeno em sua terminação aromática. Esse anel permite maior difusão tecidual, possibilitando seu uso em técnica infiltrativa na mandíbula dispensando o uso de técnicas anestésicas de bloqueio. Assim é possível realizar exodontias na maxila apenas com infiltração de articaína na região vestibular. 
Articaína – muita atenção
Por ser comercializada em concentração maior do que as demais amidas(4%), o uso da articaína em técnicas de bloqueio como o do nervo alveolar inferior tem sido associado a um aumento na incidência de parestesia.
Bupivacaína 
Preliminares: aspectos clínicos
Introduzida na clínica 1960 e na odontologia 1980. comercializada em forma de tubete no Brasil em 1990.
Potência e toxicidade 4 vezes maiores que as da lidocaína
Metabolização: no fígado
Excreção: é renal sendo apenas uma pequena parte na forma inalterada.
Meia vida plasmática é de 2,7 horas.
Bupivacaína 
Latência – 10 a 16 minutos na região de molares e pré-molares, quando associado a epinefrina, e usando técnica de bloqueio do nervo alveolar inferior 
A duração de anestesia pulpar nestes mesmos dentes varia de 230 a 420 minutos. Em tecidos moles a ação pode durar até 640 minutos. 
A bupivacaína é indicada para tratamentos delonga duração.
 
Bupivacaina – muita atenção
Em virtude da ação prolongada da bupivacaína nos tecidos moles, podem ocorrer com maior frequência lesões inadvertidas dos tecidos. Por isso, seu uso não é recomendado para pacientes com idade inferior a 12 anos.
Benzocaina 
Único anestésico do grupo éster disponível para uso odontológico no Brasil.
Usado somente como anestésico tópico.
Embora reações alérgicas a anestésicos locais sejam raras, sua incidência é maior com o uso dos ésteres . Dessa forma, a benzocaina não deve ser usada em indivíduos com sensibilidade aos ésteres.
Na concentração de 20% diminui de forma consistente a dor à punção.
Boa noite.......
Até a próxima semana...

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