Buscar

direito_tributario_e_empresari (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 214 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 214 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 214 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2019
Direito tributário e 
empresarial
Profª. Gabriela Wolff
Profª. Ana Paula Tabosa dos Santos Sanches
Prof. Anderson de Miranda Gomes
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Profª. Gabriela Wolff
Profª. Ana Paula Tabosa dos Santos Sanches
Prof. Anderson de Miranda Gomes
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
III
apresentação
Prezado acadêmico!
Iniciamos os estudos de Direito Tributário e Empresarial. Na Unidade 
1, estudaremos o conceito, as fontes do Direito Tributário, como se aplica e 
integra esta legislação específica. 
A Unidade 2 é dedicada ao estudo do conceito e classificação dos 
tributos, da competência tributária e das limitações a este poder. Também 
nesta unidade, estudaremos a obrigação tributária e o lançamento tributário.
Já na Unidade 3, voltada ao Direito Empresarial, estudaremos seu 
conceito, a figura do empresário e suas características, bem como a estrutura 
das sociedades empresárias, os títulos de crédito e o procedimento para a 
recuperação das empresas. 
Desejamos a você uma trajetória de sucesso! 
Bons estudos!
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 – DIREITO TRIBUTÁRIO ............................................................................................. 1
TÓPICO 1 – CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 CONCEITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO ...................................................................................... 3
2.1 DIREITO FINANCEIRO E DIREITO TRIBUTÁRIO .................................................................. 5
2.2 DIREITO TRIBUTÁRIO COMO RAMO DO DIREITO PÚBLICO ........................................... 6
2.3 RELAÇÕES DO DIREITO TRIBUTÁRIO COM OUTROS RAMOS DO DIREITO ................ 7
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 15
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 16
TÓPICO 2 – FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO ........................................................................ 17
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 17
2 A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 .......................................................................................... 18
2.1 EMENDAS CONSTITUCIONAIS ................................................................................................. 19
3 LEI ORDINÁRIA .................................................................................................................................. 22
4 MEDIDAS PROVISÓRIAS ................................................................................................................ 23
5 LEIS DELEGADAS ............................................................................................................................... 25
6 RESOLUÇÕES E DECRETOS LEGISLATIVOS ............................................................................. 26
7 DECRETOS REGULAMENTARES ................................................................................................... 27
8 TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS ................................................................... 28
9 NORMAS COMPLEMENTARES ...................................................................................................... 29
9.1 ATOS NORMATIVOS ..................................................................................................................... 31
9.2 DECISÕES ADMINISTRATIVAS................................................................................................... 32
9.3 PRÁTICAS REITERADAS .............................................................................................................. 32
9.4 CONVÊNIOS .................................................................................................................................... 32
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 34
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 35
TÓPICO 3 – INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEI TRIBUTÁRIA ................................ 37
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 37
2 NOÇÕES DE INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO ..................................................................... 37
3 INTEGRAÇÃO DO DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................................ 38
3.1 ANALOGIA ...................................................................................................................................... 39
3.2 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................... 39
3.3 PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO PÚBLICO ........................................................................... 41
3.4 EQUIDADE ....................................................................................................................................... 42
4 PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO PRIVADO ............................................................................ 43
5 INTERPRETAÇÃO LITERAL ............................................................................................................. 43
6 INTERPRETAÇÃO BENIGNA .......................................................................................................... 44
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 46
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 47
sumário
VIII
TÓPICO 4 – VIGÊNCIA E APLICAÇÃODA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ............................. 49
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 49
2 VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ............................................................................... 49
2.1 VIGÊNCIA NO ESPAÇO ................................................................................................................ 50
2.2 VIGÊNCIA NO TEMPO ................................................................................................................. 51
3 APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ........................................................................... 52
3.1 APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA .............................................. 53
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 55
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 60
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 61
UNIDADE 2 – CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS ............................................. 63
TÓPICO 1 – CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS ................................................. 65
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 65
2 CONCEITO DE TRIBUTO.................................................................................................................. 65
3 CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS ................................................................................................ 66
3.1 IMPOSTOS ........................................................................................................................................ 67
3.2 TAXAS ............................................................................................................................................... 69
3.3 CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA ............................................................................................. 71
3.4 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS............................................................................................... 73
3.5 CONTRIBUIÇÕES .......................................................................................................................... 74
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 77
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 78
TÓPICO 2 – COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA E LIMITES AO PODER DE TRIBUTAR ........... 81
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 81
2 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ........................................................................................................ 81
2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS ................................................................................. 82
2.1.1 Competência Privativa ........................................................................................................... 82
2.1.2 Competência Comum/Concorrente ..................................................................................... 83
2.1.3 Competência Cumulativa ...................................................................................................... 83
2.1.4 Competência Residual ........................................................................................................... 84
2.1.5 Competência Extraordinária ................................................................................................. 84
3 LIMITES NO PODER DE TRIBUTAR ............................................................................................. 85
3.1 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ..................................................................................................... 86
3.2 PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – ANUAL E NONAGESIMAL ....................................... 87
3.3 PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE ....................................................................................... 90
3.4 PRINCÍPIO DA ISONOMIA .......................................................................................................... 91
3.5 PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA .................................................................... 92
3.6 PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE CONFISCO .............................................................................. 93
3.7 PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO DE BENS E PESSOAS ...................................... 93
4 IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS ......................................................................................................... 94
4.1 IMUNIDADE DAS ENTIDADES POLÍTICAS/RECÍPROCA ................................................... 95
4.2 IMUNIDADE AOS TEMPLOS DE QUALQUER NATUREZA ................................................ 95
4.3 IMUNIDADE AOS PARTIDOS POLÍTICOS, SINDICATOS DE EMPREGADOS, ÀS 
INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO E ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL .................... 96
4.4 IMUNIDADE À IMPRENSA ......................................................................................................... 97
4.5 IMUNIDADE MUSICAL ................................................................................................................ 97
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 98
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 99
IX
TÓPICO 3 – RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA ........................................................................101
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................101
2 ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA ..........................................................101
2.1 HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E FATO GERADOR .................................................................102
2.2 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ........................................................................................................104
2.2.1 Sujeitos da obrigação tributária ..........................................................................................104
2.2.2 Responsabilidade tributária ................................................................................................105
2.2.3 Objeto e causa da obrigação tributária ..............................................................................107
3 LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO .......................................................................................................108
4 CRÉDITO TRIBUTÁRIO ..................................................................................................................109
4.1 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ...............................................................................110
4.2 EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ................................................................................111
4.3 EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO .................................................................................112
5 CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA E EXECUÇÃO FISCAL ..........................................................115
6 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO ..........................................................................................................118
7 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ..................................................................................................119LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................121
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................124
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................125
UNIDADE 3 – DIREITO EMPRESARIAL ........................................................................................127
TÓPICO 1 – BREVE HISTÓRICO – SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DO DIREITO 
EMPRESARIAL ......................................................................................................................................129
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................129
2 A TEORIA DA EMPRESA ................................................................................................................131
3 A EMPRESA .........................................................................................................................................132
4 O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL .....................................................................................................133
4.1 PROIBIDOS DE EXERCER ATIVIDADE EMPRESARIAL ......................................................134
5 EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – EIRELI .......................135
5.1 REQUISITOS E IMPEDIMENTOS PARA SER TITULAR DE EIRELI ...................................136
6 EMPRESÁRIOS RURAIS ..................................................................................................................138
7 MICROEMPRESÁRIOS E EMPRESÁRIOS DE PEQUENO PORTE .......................................139
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................142
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................143
TÓPICO 2 – SOCIEDADES EMPRESÁRIAS ..................................................................................145
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................145
2 SOCIEDADES DE PROPÓSITO ESPECÍFICO (SPE) .................................................................146
2.1 DIFERENÇA ENTRE SPE E CONSÓRCIO CONTRATUAL ..................................................147
3 SOCIEDADES PERSONIFICADAS E NÃO PERSONIFICADAS ...........................................147
3.1 SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS OU DESPERSONIFICADAS ...............................148
3.1.1 Sociedade em Comum .........................................................................................................148
3.1.2 Sociedade em Conta de Participação .................................................................................150
3.2 SOCIEDADES PERSONIFICADAS ...........................................................................................151
3.2.1 Sociedades Simples ...............................................................................................................152
3.2.2 Sociedades Empresárias .......................................................................................................154
3.2.2.1 Sociedades Empresárias Limitadas .................................................................................155
3.2.2.2 Sociedade Anônima (S.A.) ................................................................................................158
3.2.2.3 Sociedade em Nome Coletivo ..........................................................................................161
3.2.2.4 Sociedade em Comandita Simples ..................................................................................162
3.2.2.5 Sociedade em Comandita por Ações ..............................................................................163
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................165
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................166
X
TÓPICO 3 – TÍTULOS DE CRÉDITO, RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E FALÊNCIA .......167
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................167
2 O SURGIMENTO DO CRÉDITO ...................................................................................................167
3 CONCEITO E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TÍTULO DE CRÉDITO ..................169
4 CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ......................................................................171
5 CONCEITOS IMPORTANTES LIGADOS AOS TÍTULOS DE CRÉDITO ............................172
5.1 ENDOSSO .......................................................................................................................................172
5.2 AVAL ................................................................................................................................................173
5.3 PROTESTO ......................................................................................................................................174
5.4 PRESCRIÇÃO .................................................................................................................................175
6 TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE...........................................................................................175
6.1 LETRA DE CÂMBIO .....................................................................................................................176
6.2 NOTA PROMISSÓRIA ..................................................................................................................177
6.3 CHEQUES .......................................................................................................................................179
6.4 DUPLICATA ...................................................................................................................................182
7 DA RECUPERAÇÃO DA EMPRESA..............................................................................................183
7.1 DA RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL ...................................................................................183
7.2 DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL .................................................................................................186
8 FALÊNCIA ............................................................................................................................................187
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................190
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................193
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................194
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................197
1
UNIDADE 1
DIREITO TRIBUTÁRIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você será capaz de:
• entender o conceito de direito tributário, suas principais fontes e a sua 
relação com os outros ramos do direito;
• compreender a legislação tributária, sua vigência e aplicação, sua interpretação 
e integração ao caso concreto, a ponto de facilitar no seu dia a dia profissional.
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No final de cada um deles, você 
encontraráatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
TÓPICO 2 – FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
TÓPICO 3 – INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEI TRIBUTÁRIA
TÓPICO 4 – VIGÊNCIA E APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
1 INTRODUÇÃO
A denominação direito tributário está consagrada no direito brasileiro, 
sendo a expressão mais adequada, segundo o entendimento majoritário dos 
estudiosos do assunto.
Por outro lado, assevera Difini (2006), que em outros países é utilizado o 
termo direito fiscal, como no direito francês (droit fiscal), inglês (fiscal law), bem 
como em Portugal que, segundo estudiosos, limita o ramo jurídico ao estudo de 
um só dos polos (o polo ativo) da relação jurídica tributária, qual seja o fisco, 
desprezando o outro, no qual se encontra o sujeito passivo (contribuinte e/ou 
responsável).
Assim, a terminologia direito tributário, para a denominação do ramo 
jurídico, objeto de nosso estudo, vem sendo adotada em nosso direito desde 
a Emenda Constitucional no 18, de 1965, que organizou o Sistema Tributário 
Nacional. Daí passou à Lei nº 5.172/66, o Código Tributário Nacional e às 
constituições subsequentes (BRASIL,1966). A Constituição Federal de 1988, no 
Capítulo I (artigos 145 a 162) do Título VI, cuida do Sistema Tributário Nacional 
(BRASIL, 1988).
2 CONCEITO DO DIREITO TRIBUTÁRIO
O conceito de tributo encontra-se descrito no artigo 3º do Código Tributário 
Nacional (Lei no 5.172/1966), o qual traduz que: “Art. 3º Tributo é toda prestação 
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada”.
UNIDADE 1 | DIREITO TRIBUTÁRIO
4
FIGURA 1 – CONCEITO DE TRIBUTO
Prestação Pecuniária
deve ser paga em dinheiro
Prestação compulsória
o pagamento é obrigatório
Prestação que não constitui 
sanção por ao ilícito, o pagamento 
não tem intenção de penalidade
Prestação cobrada por atividade 
vinculada, o contribuinte está obrigado 
a pegar o tributo e o fisco não pode se 
recusar a cobrar o tributo devido
T
R
IB
U
T
O
Prestação instituída por lei
FONTE: Os autores
Existe discordância na doutrina quanto ao conceito de Direito Tributário, 
entre as diversas conceituações, cada autor escolhe certos elementos que considera 
mais significativos para chegar ao conceito (MAZZA, 2018).
Para Souza (1993, p. 40), um dos percursores da ciência tributária no Brasil, 
“Direito Tributário é o ramo do direito do direito público que rege as relações jurídicas 
entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado no 
que se refere à obtenção de receitas que correspondam ao conceito de tributos”.
De acordo com Machado (2004, p. 63), defensor de uma concepção mais 
garantista, “é o ramo do Direito que se ocupa das relações entre o Fisco e as 
pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o poder 
de limitar e protegendo o cidadão contra os abusos desse poder”.
Torres (2006, p. 35), por sua vez, adota uma conceituação objetiva funcional 
voltada para as atividades estatais que são objeto do ramo. “Direito Tributário é o 
conjunto de normas e princípios que regulam a atividade financeira relacionada 
com a instituição e cobrança de tributos: impostos, taxas, contribuições e 
empréstimos compulsórios”.
TÓPICO 1 | CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
5
Para Carvalho (2004, p. 4), “direito tributário positivo é o ramo 
didaticamente autônomo do direito, integrado pelo conjunto de proposições 
jurídico-normativas que correspondam, direta ou indiretamente, à instituição, 
arrecadação e fiscalização de tributos”.
A análise dos conceitos anteriormente apresentados permite identificar 
alguns elementos fundamentais, isto é, núcleos conceituais que são úteis para 
formar uma compreensão mais detalhada do que é o direito tributário (MAZZA, 
2018). Confira no quadro a seguir:
QUADRO 1 – ANÁLISE DO CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Atividade financeira para obtenção de 
rendimentos
Finalidade essencial à captação de recursos 
para custeio do Estado.
Limite do poder de tributar e proteção do 
cidadão
Regrar as atividades fiscais estabelecendo 
restrições ao poder de cobrar tributos como 
forma de proteger os direitos do contribuinte.
Instituição e cobrança de tributos
Estabelecer tributos, cobrança de tributos, 
fiscalização do pagamento do tributo.
Autônomo 
Ramo didaticamente autônomo, o direito em 
si, considerado como o conjunto de regras 
impostas pelo Estado.
Disciplina jurídica de tributos
O direito tributário constitui um ramo jurídico 
integralmente construído em torno de um 
único instituto: o tributo.
FONTE: Adaptado de Mazza (2018)
A partir das conceituações dos autores citados. Podemos dizer que: 
o direito tributário é o ramo de direito público que estuda princípios e normas 
disciplinadoras do exercício das atividades de instituição, cobrança e fiscalização 
de tributos. Desta forma quando o dinheiro do contribuinte ingressa nos cofres 
públicos, termina o direito tributário e começa o direito financeiro (MAZZA, 2018).
2.1 DIREITO FINANCEIRO E DIREITO TRIBUTÁRIO
São frequentes as confusões envolvendo os conceitos de direito tributário e 
direito financeiro.
O direito financeiro é o ramo do direito público (domínio deontológico, 
ciência do dever e da obrigação) que tem por objeto a disciplina jurídica das 
atividades jurídicas do Estado, com exceção daquelas de natureza tributária. A 
exceção das atividades de natureza tributárias é relevante porque essas atividades 
de criação, cobrança e fiscalização de tributos também são atividades financeiras 
do Estado, mas pertencem ao objeto específico do direito tributário e foram extintas 
do direito financeiro (MAZZA, 2018).
UNIDADE 1 | DIREITO TRIBUTÁRIO
6
Desse modo, as atividades financeiras compreendidas no objeto do direito 
financeiro são: despesa pública, receita pública, crédito público e orçamento 
público. Confira a tabela a seguir:
TABELA 1 – COMPARATIVO DO DIREITO TRIBUTÁRIO E DIREITO FINANCEIRO
Direito Tributário Direito Financeiro
Ramo do direito público Ramo do direito público
Conjunto de princípios e normas que regula as 
relações jurídicas entre Estado e o particular.
Conjunto de princípios e normas que regula a 
atividade financeira do Estado.
Atividades de instituição, cobrança e 
fiscalização de tributos.
Despesa pública, receita pública, crédito 
público e orçamento público.
FONTE: Adaptado de Mazza (2018)
2.2 DIREITO TRIBUTÁRIO COMO RAMO DO DIREITO 
PÚBLICO
O direito tributário classifica-se como ramo do direito público à medida em 
que desenvolve a criação, cobrança e fiscalização de tributos, que são atividades 
que o ordenamento jurídico brasileiro define como próprias de Estado.
FIGURA 2 – CARACTERÍSTICAS DO DIREITO TRIBUTÁRIO
Direito Público: Criação, cobrança e fiscalização de tributos
Direito Obrigacional: Relação jurídica entre o fisco e a contribuinte
Direito Comum: Aplicável à generalidade das pessoas
Direito Material: Natureza substancial ou formal
FONTE: Os autores
Por estabelecer uma atividade de natureza formal, o direito tributário é ramo 
de direito material, obrigacional, na relação jurídica ligando o fisco ao contribuinte, 
direito comum no sentido de ser aplicável à generalidade das pessoas. 
TÓPICO 1 | CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
7
2.3 RELAÇÕES DO DIREITO TRIBUTÁRIO COM OUTROS 
RAMOS DO DIREITO
O direito tributário tem autonomia didática, possuindo princípios 
próprios e técnicas especificas para compreensão do seu objeto (criação, cobrança 
e fiscalização de tributos). Embora seja autônomo, o direito tributário tem diversospontos de conexão com outras disciplinas jurídicas (MAZZA, 2018), conforme 
será visto a seguir:
O direito financeiro é o estudo da normatização das atividades financeiras 
do Estado. Assim, entende-se que a criação, cobrança e fiscalização de tributos 
são atividades materialmente financeiras, mas que foram subtraídas do campo 
de interesse do direito financeiro para integrar, pelo processo de especialização, o 
objeto do direito tributário (MAZZA, 2018).
FIGURA 3 – DIREITO FINANCEIRO
Direito
Financeiro
Destinação do dinheiro
arrecadado pelo fisco.
FONTE: Os autores 
O direito constitucional versa sobre o Sistema Tributário Nacional, 
abrangendo os artigos 145 a 162 da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), 
implicando a constitucionalização dos seguintes temas tributários: 
a) Espécies de tributos (arts. 145, 148, 149 e 195)
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, 
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, 
prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado 
à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a 
esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos 
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas 
do contribuinte.
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
UNIDADE 1 | DIREITO TRIBUTÁRIO
8
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir 
empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade 
pública, de guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante 
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições 
sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das 
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua 
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 
150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às 
contribuições a que alude o dispositivo.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão 
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício 
destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota 
não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos 
efetivos da União (Nova redação dada pela EC 41/03).
Redação original:
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir 
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício 
destes, de sistemas de previdência e assistência social. (Parágrafo 
renomeado pela EC nº 33/01)
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico 
de que trata o caput deste artigo: (§ 2º acrescentado pela EC 33/01) 
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; 
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou 
serviços; (Nova redação dada ao inciso pela EC 42/03).
Redação original. 
II - poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados, 
gás natural e seus derivados e álcool combustível;
III - poderão ter alíquotas:
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor 
da operação e, no caso da importação, o valor aduaneiro; 
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá 
ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei.
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma 
única vez.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, 
de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998).
b) Reserva de Lei complementar (art. 146)
Art. 146. Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos 
impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos 
geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
TÓPICO 1 | CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
9
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas 
sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as 
microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive 
regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no 
art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da 
contribuição a que se refere o art. 239. (Redação dada à alínea "d" do 
inciso III e ao p. único e seus incisos pela EC 42/03).
c) Competência tributária (arts. 147, 153, 155, e 156)
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos 
estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, 
cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem 
os impostos municipais. 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou 
valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir 
impostos sobre: (Nova redação dada ao artigo pela EC 3/93) 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, 
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 
III - propriedade de veículos automotores.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de 
bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre 
imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua 
aquisição; 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, 
II, definidos em lei complementar (Nova redação dada ao inciso pela 
EC 3/93).
d) Princípios (art. 150)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, 
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem 
em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de 
ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente 
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência 
da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que 
os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada 
a lei que os instituiu ou aumentou, observadoo disposto na alínea 
b; (Nova redação dada à alínea pela EC 42/03)
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de 
UNIDADE 1 | DIREITO TRIBUTÁRIO
10
tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de 
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, 
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência 
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil 
contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/
ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como 
os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo 
na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a 
laser (Acrescentado pela EC 75/13).
e) Imunidades (art. 150, VI)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, 
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre;
f) Tributação de guerra (arts. 148, I, e 154, II)
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir 
empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, 
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; 
Art. 154. A União poderá instituir:
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão 
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
g) Regime do Simples Nacional (art. 146, parágrafo único) 
Art. 146. Cabe à lei complementar:
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, 
também poderá instituir um regime único de arrecadação dos 
impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, observado que:
I - será opcional para o contribuinte; 
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento 
diferenciadas por Estado;
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da 
parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados 
será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas 
pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes.
Além desses temas, o constituinte incluiu no Sistema Tributário Nacional 
as regras de repartição de receitas tributárias (arts. 157 e 158), tema que na verdade 
pertence ao objeto específico do direito financeiro (MAZZA, 2018). 
Primeiramente, as relações do direito tributário com o direito 
constitucional decorrem principalmente do fato de que a Constituição contém as 
bases do ordenamento jurídico, é nela que se encontra o próprio fundamento de 
validade do tributo, a outorga de competência tributária para as várias pessoas 
políticas (União, estados, Distrito Federal e municípios), e por fim, define os 
TÓPICO 1 | CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
11
lineamentos básicos do sistema tributário nacional (os princípios constitucionais 
tributários, as limitações ao poder de tributar, a discriminação de rendas e a 
repartição das receitas tributárias). 
É também na Constituição que se regulam os tipos de normas veiculadoras 
de preceitos tributários e o respectivo campo de atuação, ou seja, quando a matéria 
é de competência normativa da lei complementar, quais as matérias reservadas à 
lei ordinária, às resoluções do Senado Federal, os convênios etc.
FIGURA 4 – DIREITO CONSTITUCIONAL
Direito 
Constitucional A CF/88 em seu título V 
"Tributação e Orçamento" 
contribuindo para aproximar 
o direito tributário e o 
direito constitucional.
Direito
Administrativo
Com exceção da criação de tributos, 
que é função legislativa, todas as 
atividades desempenhadas pela 
Administração Tributária, ou fisco, são 
manifestações da função administrativa, 
regidas pelos princípios e regras do 
direito administrativo.
FONTE: Os autores 
O direito administrativo empresta ao direito tributário uma importante 
base valorativa e principiológica, como: os princípios administrativos da 
legalidade, impessoalidade, segurança jurídica, publicidade, entre outros. 
A estrutura organizacional e o quadro de pessoal componentes 
da administração tributária estão subordinados ao regramento do direito 
administrativo. Tem-se que toda a operação, visando à arrecadação e fiscalização 
de tributos, opera por intermédio dos órgãos que compõem a administração 
pública do Estado, cuja atuação é regida pelo direito administrativo. Tal 
determinação emana do próprio conceito de tributo dado pelo Código Tributário 
Nacional (BRASIL, 1966a).
FIGURA 5 – DIREITO ADMINISTRATIVO
FONTE: Os autores
UNIDADE 1 | DIREITO TRIBUTÁRIO
12
O direito civil contribui com diversos institutos e conceitos para o direito 
tributário, sendo um ramo de sobreposição porque utiliza conceitos e institutos 
próprios de outros ramos do direito (MAZZA, 2018). Em todos os seus setores – 
direitos reais, direito das obrigações, direito de família, direito das sucessões –, 
fornece vários conceitos para a lei fiscal. Os contratos, as relações de família, as 
questões sucessórias e a propriedade tramitam na seara tributária, constituindo 
fatos geradores para a cobrança de tributos.
 Assim, por exemplo, em torno do contrato de compra e venda de imóvel, 
regulado pelo direito civil, a lei tributária pode estruturar uma ou mais relações 
tributárias, passando a exigir o recolhimento do imposto de transmissão inter 
vivos, de competência dos municípios. Já sobre o lucro que o vendedor apure, a 
lei estabelece a obrigação de pagamento do imposto de renda.
FIGURA 6 – DIREITO CIVIL
Direito
Civil
Utiliza diversos institutos e conceitos. 
Exemplo: o legislador define como 
hipótese de incidência de IPTU "ser 
proprietário de imóvel predial e território 
urbano", os conceitos de "proprietário" e 
"imóvel" são provenientes do direito civil.
FONTE: Os autores 
O direito penal tem relação com o direito tributário, especialmente 
a existência dos chamados crimes contra a ordem tributária, tipificados na 
Lei no 8.137/90, que revogou a antiga Lei de Sonegação Fiscal (4.729/65). O 
crime mais importante definido na Lei é o de supressão ou redução de tributo 
(MAZZA, 2018). 
Além de sancionar criminalmente os ilícitos tributários considerados 
mais graves, como sonegação fiscal, apropriação indébita em matéria tributária 
etc, que constituem objeto do direito penal tributário, fornece, ao direito 
dos tributos, um conjunto de princípios extremamente útil no campo das 
infrações e penalidades fiscais de caráter não delituoso, como in dúbio pro reo 
e a retroatividade benigna (retroatividade de disposição legal sobre infração 
tributária mais favorável ao infrator).
TÓPICO 1 | CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
13
Direito
Penal
Existência dos chamados crimes contra 
a ordem tributária, tipificados na Lei nº 
8.137/90.
Direito Processual
Penal
Ritos utilizados para apuração e 
o julgamento dos crimes contra 
a ordem tributária.
FIGURA 7 – DIREITO PENAL
FONTE: Os autores
O direito processual penal colabora com os seus ritos utilizados para 
apuração e julgamento dos crimes contra a ordem tributária, sendo um ramo do 
direito público com o qual o direito tributário tem uma relação de proximidade e 
colaboração (MAZZA, 2018). 
FIGURA 8 – DIREITO PROCESSUAL PENAL
FONTE: Os autores
O direito empresarial possui pontos de conexão com o direito tributárioespecialmente no que diz respeito ao tema da responsabilidade tributária (MAZZA, 2018).
FIGURA 9 – DIREITO EMPRESARIAL
Direito
Empresarial Responsabilidade tributária nas 
transformações empresariais, 
no trespasse empresarial e 
desconsideração da personalidade 
jurídica para fins tributários.
FONTE: Os autores
UNIDADE 1 | DIREITO TRIBUTÁRIO
14
Direito
Processual Civil Estabelece o devido processo 
legal para cobrança judicial 
de tributos, bem como para 
propositura de ações em 
defesa do contribuinte.
Direito
Internacional Público Celebração de 
Tratados e Convenções 
internacionais versando 
sobre questões tributárias.
O direito processual civil define as normas adjetivas (formais) a serem 
observadas quando a questão tributária material for levada a juízo pelo 
contribuinte ou pelo fisco (MAZZA, 2018).
FIGURA 10 – DIREITO PROCESSUAL CIVIL
FONTE: Os autores
O direito internacional público relaciona-se ao direito tributário com a 
celebração de tratados e convenções internacionais versando sobre questões 
tributárias. A participação do Brasil no Mercosul tem criado novos desafios 
envolvendo tributação internacional, especialmente ao equilíbrio da balança 
comercial nas importações e exportações (MAZZA, 2018).
FIGURA 11 – DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
FONTE: Os autores
Desta forma, quanto ao caráter relativo da autonomia de qualquer ramo 
do direito, sempre que se estuda essa questão, deve-se levar em consideração 
que todos se inter-relacionam, mantendo entre si correlações que configuram a 
unidade do sistema jurídico. Logicamente, disso não escapa o direito tributário, 
que se vale das construções elaboradas por outros segmentos do direito para, 
sobre elas, estruturar as relações tributárias.
15
Neste tópico, você aprendeu que:
• O direito tributário, na forma adotada pelo direito brasileiro, decorre de 
uma complexa construção jurídica, cujos parâmetros são estabelecidos pela 
Constituição Federal de 1988.
• O direito tributário é um ramo do direito público em razão do claro interesse 
do Estado na arrecadação dos tributos perante os particulares.
• O direito tributário mantém estreitas ralações com o direito constitucional, 
financeiro, administrativo, penal, processual e com o direito privado.
RESUMO DO TÓPICO 1
16
1 Descreva as diferenças entre o direito tributário e o direito financeiro.
2 O direito tributário tem diversos pontos de conexão com outros ramos do 
direito. Com base nessa afirmativa, descreva as disciplinas jurídicas que 
envolvem o direito tributário. 
AUTOATIVIDADE
17
TÓPICO 2
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Quando a palavra fonte é utilizada sob a ótica jurídica, adquire sentido 
próprio e especial, significando o nascedouro, o que determina as regras 
norteadoras de determinado instituto.
A expressão fontes do direito, segundo Moraes (apud ROSA JÚNIOR, 
1991, p. 134), é empregada com o significado de “ponto originário de onde provém 
ou nasce a norma jurídica”, sendo expressão sinônima de “causas de nascimento 
do direito”, correspondendo, pois, aos processos de criação das normas jurídicas.
De acordo com a lição de Carvalho (2004, p. 4), as fontes do direito devem 
ser compreendidas como “focos ejetores de regras jurídicas, isto é, os órgãos 
habilitados pelo sistema para produzirem normas, numa organização escalonada”. 
 
As fontes são, portanto, o modo de expressão do direito. Em sistemas de 
direito escrito, como o brasileiro, a fonte básica do direito é a lei. Tal concepção é 
ainda mais importante no direito tributário, uma vez que é regido pelo princípio 
da legalidade.
Sobre a legislação tributária, assim estabelece o art. 96 do Código Tributário Nacional:
“Art. 96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções 
internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, 
sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes” (BRASIL, 1966a).
ATENCAO
A doutrina e a jurisprudência exercem, também no campo tributário, sua 
importância na construção do direito, mas com influência mais restrita, em virtude 
do princípio da estrita legalidade dos tributos.
Cabe salientar a diferença entre legislação tributária e Lei tributária. Conforme 
quadro a seguir:
UNIDADE 1 | DIREITO TRIBUTÁRIO
18
QUADRO 2 – CONCEITOS DE LEGISLAÇÃO E LEI TRIBUTÁRIA
Legislação Tributária Lei Tributária
Conceito abrangente Conceito restrito
Inclui leis, tratados, convenções internacionais, 
decretos e normas complementares (atos 
normativos, decisões do fisco, convênios e 
costumes)
Somente leis em sentido formal emanadas 
do Parlamento (ordinárias, complementares, 
emendas constitucionais)
Fonte da obrigação tributária acessória Fonte da obrigação tributária principal
FONTE: Mazza (2018)
2 A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
O substantivo fonte pode evidenciar vários sentidos, dependendo da 
interpretação que se lhe atribui. Comumente, poderíamos entendê-lo como 
“aquilo que origina ou produz; origem, causa” (AURÉLIO, 2010). 
Contudo, quando a expressão fonte é utilizada sobre o ponto de vista 
jurídico, adquire sentido próprio e específico, significando a origem das regras 
norteadoras de determinado instituto.
Fontes do direito são centros criadores de regras jurídicas, no direito 
tributário podemos encontrar as seguintes fontes: materiais, reais e formais 
(primárias e secundárias). 
Fontes materiais são os órgãos habilitados pelo sistema para produção de 
normas tributárias, assim como os acontecimentos sociais relevantes para criação 
de regras jurídicas. Exemplo: Congresso Nacional, Assembleias Legislativas, 
Câmaras Municipais, Presidência da República (na edição de medidas provisórias 
tributárias) (MAZZA, 2018).
Fontes formais são os veículos introdutores de normas tributárias, 
como as leis ordinárias, as leis complementares, as medidas provisórias, 
a Constituição Federal etc. As fontes formais se dividem em primárias e 
secundárias (MAZZA, 2018).
TÓPICO 2 | FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
19
FIGURA 12 – FONTES FORMAIS
FONTES FORMAIS
Primárias: conhecidas também como principais ou imediatas, são aquelas que 
podem criar efetivamente regras jurídicas, inovando em caráter originário na 
ordem jurídica. Exemplo: leis, medidas provisórias, emendas constitucionais;
Secundárias: conhecidas também como acessórios ou mediatas, são aquelas 
que podem somente detalhar regras introduzidas pelas fontes primárias. 
Exemplo: decretos, regulamentos, instruções normativas, portarias ministeriais.
FONTE: Mazza (2018)
Ainda que abstratamente, encontramos, na Carta da República, a descrição 
de vários tributos, sendo estabelecidas, ainda, referências aos impostos, às taxas 
e às hipóteses em que estas são admitidas: à contribuição de melhoria e seus 
pressupostos; e ao delineamento dos empréstimos compulsórios. 
Por outro lado, é importante salientar que a Constituição Federal, embora 
seja considerada a principal lei tributária, não cria tributos. A competência 
tributária para tal é da lei infraconstitucional. 
Contudo, é na Constituição que encontramos a delimitação e o 
fracionamento da competência tributária, na qual a União, os estados, os 
municípios e o Distrito Federal receberam cada qual um campo tributável próprio. 
Assim, a Constituição não criou tributos, apenas atribuiu competências para que 
as pessoas políticas, por meio de lei, venham a fazê-lo.
2.1 EMENDAS CONSTITUCIONAIS
As emendas constitucionais podem modificar as regras tributárias 
contidas no texto constitucional, inserindo novos comandos ou suprimindo os já 
existentes sem violar as Cláusulas Pétreas (MAZZA, 2018). 
As Cláusulas Pétreas são consideradas um Dispositivo constitucional 
que não pode ser alterado nem por Proposta de Emendaà Constituição (PEC). 
As cláusulas pétreas inseridas na Constituição do Brasil de 1988 estão dispostas 
em seu artigo 60, §4º. São elas: a forma federativa de Estado; o voto direto, 
secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes; e os direitos e garantias 
individuais (SENADO, 2018).
Sucessivas emendas constitucionais já foram promulgadas versando sobre 
matéria tributária, merecendo destaque:
UNIDADE 1 | DIREITO TRIBUTÁRIO
20
QUADRO 3 – EMENDAS CONSTITUCIONAIS
Emenda Constitucional no 3/93
Autorizou a União a instituir o imposto sobre 
Movimentação ou Transmissão de Valores e de 
Créditos e Direitos de Natureza Financeira – 
IPMF (art. 2º da Emenda):
“Art. 2.º (*) A União poderá instituir, nos 
termos de lei complementar, com vigência 
até 31 de dezembro de 1994, imposto 
sobre movimentação ou transmissão de 
valores e de créditos e direitos de natureza 
financeira”.
Emenda Constitucional no 17/97
Alterou regras de distribuição aos Municípios 
da receita proveniente da arrecadação do 
Imposto de Renda (art. 3º da Emenda):
“A União repassará aos Municípios, do 
produto da arrecadação do Imposto sobre 
a Renda e Proventos de qualquer natureza, 
tal como considerado na constituição dos 
fundos de que trata o art. 159, I, 
da Constituição, excluída a parcela referida 
no art. 72, I, do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias”.
Emenda Constitucional no 20/98
Modificou o regime constitucional das 
contribuições sociais (art. 195, I, da CF/88):
“Art. 195. A seguridade social será financiada por 
toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes 
dos orçamentos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, e das 
seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998)
I - dos empregadores, incidente sobre a folha de 
salários, o faturamento e o lucro”.
Emenda Constitucional no 32/2001
Alterou o regime das medidas provisórias 
tributárias (art. 62, §2º, da CF/88)
“Em caso de relevância e urgência, o 
Presidente da República poderá adotar 
medidas provisórias, com força de lei, devendo 
submetê-las de imediato ao Congresso 
Nacional;
§ 2º Medida provisória que implique instituição 
ou majoração de impostos, exceto os previstos 
nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá 
efeitos no exercício financeiro seguinte se 
houver sido convertida em lei até o último 
dia daquele em que foi editada. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001)”.
TÓPICO 2 | FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
21
Emenda Constitucional n. 33/2001
Disciplinou a instituição de Cides (art. 149, 
§2º) e alterou regras do ICMS (art. 155, §2º, 
IX, da CF/88)
Compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no 
domínio econômico e de interesse das 
categorias profissionais ou econômicas, como 
instrumento de sua atuação nas respectivas 
áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, 
e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 
195, § 6º, relativamente às contribuições a que 
alude o dispositivo.
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no 
domínio econômico de que trata o caput deste 
artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 33, de 2001”.
“Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito 
Federal instituir impostos sobre: (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 
1993)
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá 
ao seguinte: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993)
IX - incidirá também:
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria 
importados do exterior por pessoa física 
ou jurídica, ainda que não seja contribuinte 
habitual do imposto, qualquer que seja a 
sua finalidade, assim como sobre o serviço 
prestado no exterior, cabendo o imposto 
ao Estado onde estiver situado o domicílio 
ou o estabelecimento do destinatário da 
mercadoria, bem ou serviço; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001).
Emenda Constitucional n. 42/2003
Modif icou o regime da anter ior idade 
tributária (art. 150, III, “c”, da CF/88)
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
c) antes de decorridos noventa dias da data em 
que haja sido publicada a lei que os instituiu 
ou aumentou, observado o disposto na alínea 
b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
42, de 19.12.2003).
UNIDADE 1 | DIREITO TRIBUTÁRIO
22
Emenda Constitucional n. 55/2007
Alterou os percentuais de distribuição de receita 
do IPI (art. 159, I, “d”, da CF/88)
“A União entregará: (Vide Emenda Constitucional 
nº 55, de 2007)
I - do produto da arrecadação dos impostos 
sobre renda e proventos de qualquer natureza e 
sobre produtos industrializados quarenta e oito 
por cento na seguinte forma: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 55, de 2007)
d) um por cento ao Fundo de Participação dos 
Municípios, que será entregue no primeiro 
decêndio do mês de dezembro de cada ano; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 55, 
de 2007)”.
FONTE: Adaptado de Mazza (2018)
Assim como ocorre com o próprio texto constitucional, as emendas 
constitucionais não criam tributos, pois esta tarefa é exclusiva do legislador ao 
definir legalmente os cinco aspectos da hipótese de incidência tributária (aspecto 
pessoal, material, territorial, temporal e quantitativo) (MAZZA, 2018).
3 LEI ORDINÁRIA
O direito tributário, em regra, é disciplinado por lei ordinária. O uso de lei 
complementar em matéria de tributação constitui exceção. Desta maneira, as leis 
ordinárias são o veículo normativo mais importante para disciplina dos temas tributários 
não gerais de competência federal. Neste sentido, cabe à lei ordinária disciplinar tudo 
aquilo que não estiver sobre reserva de lei complementar (MAZZA, 2018). 
FIGURA 13 – EXEMPLOS DE LEI ORDINÁRIA
IPTU
CONTRIBUIÇÕES DE
MELHORIAS
TAXAS
CONTRIBUIÇÕES
ESPECIAIS
Realizada por
meio de lei
ordinária
FONTE: Os autores
Todavia, como ocorre na esfera federal, a lei ordinária também é a fonte 
formal mais importante para o direito tributário nos âmbitos estadual, distrital 
e municipal. Compete à Lei Ordinária, entre outros temas, instituir, majorar, 
reduzir e extinguir todos os tributos de competência dos Estados, Distrito Federal 
e Municípios (MAZZA, 2018).
TÓPICO 2 | FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
23
4 MEDIDAS PROVISÓRIAS
As medidas provisórias constituem inovação da Constituição Federal 
(BRASL,1988, s.p.), sendo o seu campo de atuação determinado em seu artigo 62. 
Vejamos seu teor: 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República 
poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo 
submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. § 1º É vedada a edição 
de medidas provisórias sobre matéria: a) nacionalidade, cidadania, 
direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal, 
processual penal e processual civil; c) organização do Poder Judiciário 
e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; d) 
planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos 
adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
[...] II - que vise à detenção ou sequestro de bens, de poupança popular 
ou qualquer outro ativo financeiro; III - reservada a lei complementar; 
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional 
e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. § 2º Medida 
provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto 
os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no 
exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o 
último dia daquele em que foi editada. § 3º As medidas provisórias, 
ressalvado o disposto nos §§11 e 12, perderão eficácia, desde a 
edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, 
prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo 
o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações 
jurídicas delas decorrentes. § 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-
se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os 
períodos de recesso do Congresso Nacional. § 5º A deliberação de cada 
uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas 
provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus 
pressupostos constitucionais. § 6º Se a medida provisória não for 
apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, 
entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma 
das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se 
ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em 
que estiver tramitando. § 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual 
período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta 
dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada 
nas duas Casas do Congresso Nacional. § 8º As medidas provisórias 
terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. § 9º Caberá 
à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas 
provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em 
sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso 
Nacional. § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de 
medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua 
eficácia por decurso de prazo. § 11. Não editado o decreto legislativo 
a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de 
eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e 
decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão 
por ela regidas. § 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando 
o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente 
em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.
UNIDADE 1 | DIREITO TRIBUTÁRIO
24
A partir da publicação da medida provisória, o Congresso Nacional tem 
prazo de sessenta dias, prorrogável, uma vez, por igual período, para aprová-la 
ou rejeitá-la. Sua aprovação poderá ser feita na íntegra ou com alterações. 
Por outro lado, havendo a rejeição da Medida Provisória, esta não pode 
ser reeditada. Por fim, apesar de ter força de lei, sua utilização é restrita. 
No campo tributário, poderá ser utilizada para a instituição ou majoração 
de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, da Constituição 
da República (BRASIL, 1966b), só produzindo efeitos no exercício financeiro 
seguinte, se houver sido convertida em lei até o último dia daquele ano em que 
foi editada.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou 
valores mobiliários;
Art. 154. A União poderá instituir:
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão 
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
No julgamento da ADI no 2391/2006, o Supremo Tribunal Federal admitiu a 
possibilidade de existirem medidas provisórias estaduais, desde que expressamente 
previstas na Constituição do respectivo Estado-membro. O entendimento baseou-
se na ausência de proibição, na Constituição Federal de 1988, para outras esferas 
federativas editarem medidas provisórias (MAZZA, 2018).
DICAS
Plenário declara constitucional norma catarinense que permite
edição de MP pelo Estado
Por maioria de ministros, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou constitucional 
dispositivo da Constituição do Estado de Santa Catarina que prevê a possibilidade de o 
governador daquele estado editar medidas provisórias. A decisão de hoje foi tomada no 
julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2391, ajuizada em 2001 pelo 
Partido dos Trabalhadores (PT), contra a Assembleia Legislativa catarinense (Alesc).
No final de maio, o julgamento da ADI 2391 foi interrompido após o pedido de vista da 
ministra Cármen Lúcia Antunes da Rocha. Na ocasião, já haviam votado a ministra Ellen 
Gracie, relatora da ação, e os ministros Sepúlveda Pertence – acompanhando o voto da 
relatora, no qual julgou improcedente a ADI – e Carlos Ayres Britto, que a julgou procedente.
O julgamento foi retomado em maio com a análise do mérito referente à possibilidade da 
edição de medida provisória na esfera estadual. A relatora lembrou que, no julgamento da 
TÓPICO 2 | FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
25
ADI 425, “a Corte reconheceu, por maioria, a constitucionalidade da instituição de medida 
provisória estadual, desde que, primeiro, esse instrumento esteja expressamente previsto na 
Constituição do Estado e, segundo, sejam observados os princípios e limitações impostas 
pela Constituição Federal”.
Ellen Gracie citou o voto do relator da ADI 425, ministro Maurício Corrêa (aposentado), ao 
afirmar que o parágrafo 1º, do artigo 25, da Constituição Federal reservou aos Estados “as 
competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. Quis o constituinte que 
as unidades federadas pudessem adotar o modelo do processo legislativo admitido para a 
União, uma vez que nada está disposto, no ponto, que lhes seja vedado”.
De acordo com a relatora, se a Constituição Federal não autorizou explicitamente os Estados-
membros a adotarem medidas provisórias, “ela ofereceu, no entanto, forte e significativa 
indicação quanto a essa possibilidade quando estabeleceu no capítulo referente à organização 
e regência dos Estados a competência desses entes da federação para ‘explorar diretamente 
ou mediante concessão os serviços locais de gás canalizado na forma da lei, vedada, diz a 
Constituição, a edição de medida provisória para a sua regulamentação’ (artigo 25, parágrafo 
2º, da CF)”.
Para a ministra Ellen Gracie, “concluir de forma diversa nos levaria a indagar inevitavelmente 
se teria sentido endereçar tal restrição ao presidente da República num dispositivo que trata 
apenas de atividade exclusiva dos outros partícipes da federação, que não a União, ou ainda 
porque motivo a Constituição Federal imporia uma proibição específica quanto à utilização 
pelos Estados-membros de um instrumento legislativo que lhes fosse vedado a instituir”.
Ellen Gracie concluiu seu voto no sentido da constitucionalidade da adoção de medidas 
provisórias pelos Estados, “com a condição inafastável de que esse instrumento esteja 
expressamente previsto na Constituição Estadual e nos mesmos moldes impostos pela 
Constituição Federal, tendo em vista a necessidade da observância simétrica do processo 
legislativo federal”.
Hoje, todos os ministros votaram de acordo com o voto da relatora, vencido o ministro 
Carlos Ayres Britto. Nesta ADI, não votou o ministro Gilmar Mendes por ter atuado como 
advogado-geral da União na época.
FONTE: <http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=67609>. 
Acesso em: 13 ago. 2018.
5 LEIS DELEGADAS
Trata-se de ato normativo oriundo do Poder executivo, em forma de lei, 
emanado de delegação expressa do Poder legislativo, tão somente para casos 
específicos e concretos.
UNIDADE 1 | DIREITO TRIBUTÁRIO
26
IMPORTANT
E
Sobre as leis delegadas, assim dispõe o artigo 68 da Constituição Federal 
(BRASIL, 1988, s.p.): 
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente 
da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso 
Nacional.
 § 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência 
exclusiva do Congresso Nacional, os de competênciaprivativa 
da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria 
reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a 
carreira e a garantia de seus membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e 
eleitorais; 
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
 § 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma 
de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu 
conteúdo e os termos de seu exercício. § 3º. Se a resolução 
determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, 
este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.
De acordo com o dispositivo constitucional sob enfoque, o Presidente 
elabora a lei delegada, após o deferimento do pedido de delegação formulado ao 
Congresso Nacional, que o confere mediante resolução. 
O objeto da delegação é restrito, não podendo envolver os atos de 
competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa 
da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria adstrita à lei 
complementar e determinadas matérias próprias da legislação. 
Por outro lado, no campo tributário não há restrições à delegação em 
matéria tributária, podendo a lei delegada instituir e aumentar tributos, nos casos 
em que não se exige lei complementar.
6 RESOLUÇÕES E DECRETOS LEGISLATIVOS
Resolução é uma espécie normativa utilizada para veiculação de matéria 
de competência privativa do Senado, da Câmara dos Deputados ou do Congresso 
Nacional (art. 51 e 52 da CF/88). A promulgação da resolução cabe ao Presidente 
do Senado (no caso de resolução do Senado ou do Congresso) ou da Câmara 
(para resolução da Câmara dos Deputados) (MAZZA, 2018).
No que se trata ao direito tributário, a Constituição de 1988 prevê a 
necessidade de resolução nas seguintes hipóteses:
TÓPICO 2 | FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
27
QUADRO 4 – RESOLUÇÕES TRIBUTÁRIAS
Aprovar delegação ao Presidente da República para editar leis delegadas (resolução do Congresso 
Nacional, art. 68, §2º, da CF/88):
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da 
República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do 
Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
Estabelecer alíquota do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e 
Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação aplicáveis 
às operações e prestações, interestaduais e de exportação, mediante resolução do Senado, de 
iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos senadores, aprovada pela maioria de 
seus membros (art. 155, §2º, IV, da CF/88):
 
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da 
República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria 
absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às 
operações e prestações, interestaduais e de exportação;
Definir alíquota mínima e máxima do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação 
de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação) nas operações internas (resolução Senado, art. 155, §2º, V, a e b, da CF/88
Fixar alíquota máxima do ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação)
Estabelecer alíquota mínima do IPVA (imposto sobre a propriedade de veículos automotores) 
resolução Senado, art. 155, III, da CF/88: “Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal 
instituir impostos sobre:
 III - propriedade de veículos automotores/’.
FONTE: Mazza (2018), adaptado pelos autores.
7 DECRETOS REGULAMENTARES
Decretos e regulamentos são atos administrativos gerais e abstratos, 
expedidos privativamente pelos Chefes do Executivo (MAZZA, 2018).
FIGURA 14 – CHEFES DOS PODERES DO EXECUTIVO
Presidente da
República
C
h
e
fe
s 
d
o
 e
xe
cu
ti
vo
Prefeitos
Governadores
FONTE: Os autores
UNIDADE 1 | DIREITO TRIBUTÁRIO
28
Ainda no que corresponde ao decreto regulamentar, conforme determinação 
do art. 84, inciso IV, da Constituição Federal (BRASIL, 1988), é de competência 
privativa do Presidente da República “sancionar, promulgar e fazer publicar as 
leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução”. O decreto, 
portanto, traça as regras para a fiel execução da lei da qual é dependente, sendo 
mero complemento e de cujos limites não se pode afastar, observadas as regras de 
interpretação estabelecidas pelo Código Tributário Nacional.
8 TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS
Os tratados e convenções internacionais dos quais o Brasil seja signatário 
são fontes formais do Direito Tributário, sendo considerados Legislação Tributária 
pela Lei no 5.172/66 (BRASIL, 1966a, s.p.):
Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de 
direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios.
Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os 
tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas 
complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e 
relações jurídicas a eles pertinentes.
Os tratados e as convenções internacionais derivam de atos externos 
que provocam efeitos na ordem jurídica interna, por força do art. 98 do Código 
Tributário Nacional (BRASIL,1966), atribuindo-lhes, especialmente, o caráter 
revogatório ou modificativo. Os atos que envolvem os tratados e as convenções 
são celebrados pelo Presidente da República, porém, devem ser referendados 
pelo Congresso Nacional, mediante decretos legislativos: “Art. 98. Os tratados 
e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária 
interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha”.
IMPORTANT
E
Sobre a competência do Presidente da República para a celebração de tratados 
e convenções internacionais, assim dispõe a Constituição Federal (BRASIL, 1988): “Art. 84. 
Compete privativamente ao Presidente da República:
[...]”
“VIII – celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso 
Nacional;[...]”.
TÓPICO 2 | FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
29
9 NORMAS COMPLEMENTARES
Norma complementar é aquela que completa uma norma constitucional 
que não é autoexecutável, ou seja, não possui eficácia própria e está sujeita à 
aprovação por maioria absoluta.
A norma complementar em matéria tributária está prevista também no art. 
146 da CF/88 (s.p.): 
Art. 146. Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos 
impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos 
geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas 
sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas 
e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou 
simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições 
previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 
239. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também 
poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e 
contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
observado que: (Incluído

Outros materiais