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carga tributaia liquida

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
NOMES: MAICON LINKE; RONALDO TORRES
TRABALHO SOBRE A COMPOSIÇÃO TRIBUTÁRIA DO BRASIL
SANTA MARIA
2019
 INTRODUÇÃO 
Este trabalho procura aprofundar o conhecimento sobre o tema arrecadação nacional, com embasamento principal sobre a carga tributária líquida, que sua definição mais básica trata e objetiva sobre a carga tributária líquida é a equação: a carga tributária bruta (-) transferências de assistência, previdência e subsídios de acordo com a Secretaria de Orçamento Federal (SOF).
O estado capta seus recursos junto à população, com objetivo de manutenção da máquina pública, em que os estudos que abordam a forma como o estado capta seus recursos, de maneira a demonstrar a composição de cada esfera do governo.
Segundo Riani (2002, p. 170)
“A estrutura tributária brasileira tem uma relação muito forte com as atividades produtivas, porque grande parte dela recai sobre o setor de consumo. Dessa forma, ela apresenta um movimento cíclico em função das próprias alterações ocorridas nas atividades produtivas do país. Além disso, os constantes planos de estabilização implantados no país, sobretudo após meados da década de 80 têm, também, afetado de forma significativa a carga tributária, contribuindo para as oscilações por ela apresentada ao que se refere ao montante arrecadado e a suas relações com o PIB”.
Desse modo podemos entende que é necessário cada vez mais investir em políticas publicas que aquecem o consumo e o setor primário nacional para podermos elevar a arrecadação e assim, investir para garantir melhorias.
COMPOSIÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
O Brasil umas das formas de averiguar a carga tributária é geralmente se avaliar em relação ao Produto Interno Bruto PIB, por esta relação comparam-se quanto de renda é destinado ao pagamento de impostos e posteriormente revertido em serviços para a população do país. A tabela 1 demonstra os dados brutos referentes à tributação no Brasil no período de 2014 a 2017, em que as contas que serão analisadas são referentes à carga tributária bruta que relaciona a totalidade dos tributos recebidos pelo governo e a carga tributária líquida menos as transferências correntes as famílias.
Tabela 1- Carga Tributária Líquida de 2014 a 2017
	Discriminação
	2014
	2015
	2016
	2017
	Carga Tributária Bruta
	 1,840.3 
	 1,924.6 
	 2,021.2 
	 2,127.4 
	(-) Transferências p/ Previdência e Assistência Social e Subsídios (TAPS)
	 887.4 
	 981.9 
	 1,086.6 
	 1,183.8 
	RPPS (previdência servidor público)
	 234.8 
	 258.2 
	 277.3 
	 322.1 
	RGPS (previdência e assistência social - setor privado)
	 391.4 
	 429.8 
	 496.7 
	 546.8 
	Saques do FGTS e PIS/Pasep
	 87.9 
	 100.7 
	 110.8 
	 120.5 
	Fundo de Amparo ao Trabalhador (inclui seguro-desemprego)
	 51.9 
	 47.3 
	 55.3 
	 54.6 
	Benefício ao deficiente e ao idoso
	 37.5 
	 41.8 
	 48.0 
	 53.1 
	Outros Benefícios (inclui Bolsa-Família)
	 35.8 
	 35.0 
	 36.3 
	 35.7 
	Subsídios
	 15.9 
	 33.3 
	 24.9 
	 13.4 
	Inst. Privadas Sem Fins Lucrativos
	 32.2 
	 36.0 
	 37.3 
	 37.7 
	Carga Tributária Líquida 
	 952.9 
	 942.7 
	 934.6 
	 943.5 
Fontes: Secretaria da Receita Federal; Secretaria do Tesouro Nacional
Nota: R$ bilhões correntes	
Para o período de 2014 a arrecadação bruta para o Brasil foi ao valor de 1840,3 bilhões de reais, enquanto a carga tributária líquida é próxima dos 952 bilhões de reais, representado valores elevados que são destinados as transferências correntes as famílias. Isso é verificado para os anos posteriores como para 2015 em que a carga tributaria bruta teria o valor equivalente a 1.924,6 bilhões de reais e a carga tributária liquida possuía 942,7 bilhões de reais, para o ano de 2016 o valor que corresponde à carga tributária bruta é 2.021,2 bilhões de reais em que a carga tributaria liquida para o período é de 934,6 bilhões de reais, para o ultimo ano analisado 2017 o valor da tributação total corresponde a 2.127,4 bilhões enquanto que a carga tributaria liquida o valor é de 943,5 bilhões de reais.
Percebe-se que ao decorrer dos anos os valores das cargas tributarias brutas são elevados assim como as transferências correntes as famílias também são, isso se deve ao fato de o Brasil possuir amplos programas de assistências aos menos favorecidos como meio de reduzir as desigualdades sociais, o que torna a carga tributaria que fica para o governo gastar com outras contas seja reduzida.
Por seguinte a tabela 2 apresenta valores em relação aos valores de tributação em relação ao PIB.
Tabela 2-Carga Tributária Líquida de 2014 a 2017 percentuais do PIB
	Discriminação
	2014
	2015
	2016
	2017
	Carga Tributária Bruta
	31.8%
	32.1%
	32.2%
	32.5%
	(-) Transferências p/ Previdência e Assistência Social e Subsídios (TAPS)
	15.4%
	16.4%
	17.3%
	18.1%
	RPPS (previdência servidor público)
	4.1%
	4.3%
	4.4%
	4.9%
	RGPS (previdência e assistência social - setor privado)
	6.8%
	7.2%
	7.9%
	8.3%
	Saques do FGTS e PIS/Pasep
	1.5%
	1.7%
	1.8%
	1.8%
	Fundo de Amparo ao Trabalhador (inclui seguro-desemprego)
	0.9%
	0.8%
	0.9%
	0.8%
	Benefício ao deficiente e ao idoso
	0.6%
	0.7%
	0.8%
	0.8%
	Outros Benefícios (inclui Bolsa-Família)
	0.6%
	0.6%
	0.6%
	0.5%
	Subsídios
	0.3%
	0.6%
	0.4%
	0.2%
	Inst. Privadas Sem Fins Lucrativos
	0.6%
	0.6%
	0.6%
	0.6%
	Carga Tributária Líquida 
	16.5%
	15.7%
	14.9%
	14.4%
Fontes: Secretaria da Receita Federal; Secretaria do Tesouro Nacional
Nota: % do PIB	
Quando visualizado em proporção do PIB a carga tributária bruta para o ano de 2014 tinha percentual referente a 31,8% enquanto que a carga tributária líquida para o mesmo ano possuía o percentual de 16,5%; para o ano seguinte o valor da carga tributária bruta tinha percentual de 32,1% enquanto que a carga tributária liquida este percentual era de 15,7%; já para o ano seguinte em 2016 a carga tributária bruta tinha percentual representava 32,2% do PIB enquanto que a carga tributária líquida este valor corresponderia a 14,9% é para o ano de 2017 o percentual correspondente a carga tributária bruta em relação ao PIB era de 32,5% e para carga tributária líquida este valor era de 14,4%.
Em relação ao período analisado pode-se perceber que os percentuais em relação ao PIB não possuem grandes variações tanto para carga tributária bruta como para carga tributária líquida. Enquanto os valores da carga tributária bruta estão em torno de 32% do PIB, a carga tributária líquida está em tono dos 15% do PIB.
Quando analisada a carga tributária por esferas como é visto na tabela 3, pode-se ser percebida uma concentração das transferências tributarias as famílias por parte da União os valores que mais se concentram são referentes à previdência e assistência social.
Tabela 3-Carga Tributária por Entes
	Discriminação
	2014
	2015
	2016
	2017
	Carga Tributária Bruta
	1,840.3
	1,924.6
	2,021.2
	2,127.4
	(-) Transferências p/ Previdência e Assistência Social e Subsídios (TAPS)
	887.4
	981.9
	1,086.6
	1,183.8
	União
	720.3
	791.6
	883.6
	950.5
	RPPS (previdência servidor público)
	101.2
	106.4
	114.8
	129.6
	RGPS (previdência e assistência social - setor privado)
	391.1
	429.5
	496.7
	546.8
	Saques do FGTS e PIS/Pasep
	87.9
	100.7
	110.8
	120.5
	Fundo de Amparo ao Trabalhador (inclui seguro-desemprego)
	51.9
	47.3
	55.3
	54.6
	Benefício ao deficiente e ao idoso
	37.5
	41.8
	48.0
	53.1
	Outros Benefícios (inclui Bolsa-Família)
	30.4
	29.0
	30.2
	29.8
	Subsídios
	15.7
	33.1
	24.7
	13.1
	Inst. Privadas Sem Fins Lucrativos
	4.6
	3.8
	3.1
2.9
	
	
	
	Continuação
	Estados
	119.2
	136.4
	143.0
	168.1
	RPPS (previdência servidor público)
	103.3
	119.0
	125.4
	150.8
	Demais Transferências p/ Previdência e Assistência Social e Subsídios
	15.9
	17.4
	17.6
	17.3
	Municípios
	47.9
	53.9
	60.0
	65.3
	RPPS (previdência servidor público)
	30.3
	32.7
	37.1
	41.8
	Demais Transferências p/ Previdência e Assistência Social e Subsídios
	17.6
	21.2
	22.9
	23.5
	Carga Tributária Líquida
	952.9
	942.7
	934.6
	943.5
Fontes: Secretaria da Receita Federal; Secretaria do Tesouro Nacional
Nota: R$ bilhões correntes
	
Para poder mostrar o quanto do valor arrecadado é distribuído à tabela 3 pode exemplificar, que em torno de 50% do valor da carga tributarias bruta é dívida entres as esfera da União, estados e municípios.
A União leva grande parte destes valores distribuídos em todos os anos analisados mais de 80% da distribuição total, nesse contexto se tem maiores pontos de distribuição como programas sociais que englobam os trabalhadores por sua totalidade. Já os estados com uma participação menor que a federal, leva uma fatia do montante distribuído em torno dos 14% para atender suas necessidades em maior parte de previdência do funcionalismo. Para finalizarmos essa análise temos os municípios com uma singela participação de pouco menos de 6% do total da distribuição de transferências tributarias.
Seguindo Riani (2002) o governo formula uma distribuição da carga tributária para a sociedade com a finalidade de alcançar pontos mais justos para atender os que mais necessitam de auxílio e assim ter distribuição monetária mais eqüitativa. A tributação pode, portanto, ser o formato que auxilia para termos uma sociedade mais justa cobrando mais de quem ganha mais e redistribuindo os valor e serviços de que ganha menos renda numa sociedade.
CONCLUSÃO
As análises deste estudo sobre composição tributária teve como objetivo de demonstrar que ao longo dos anos a arrecadação tributária vem aumentando e assim também a distribuição principalmente em programas sociais do governo federal. A relação da carga tributária com o PIB tem se mantendo na média ao longo do período analisado, dando uma clareza que a carga liquida corresponde é em torno da metade da carga bruta em relação ao Produto Interno Bruto. Já a distribuição dos valores arrecadados deixa com maior parte a União para poder atender os inúmeros planos sociais estabelecidos, desse modo os estados e municípios ficam com menor parte para atender principalmente seus planos de previdência.
Os resultados também demostraram que as transferências correntes as famílias tem grande participação nos gastos públicos, diminuído do valor da carga tributária líquida, isto é em decorrência de amplos planos de assistencialismo que o país possui, principalmente aqueles relacionados a seguridade das pessoas “aposentadorias”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Riani, Flávio. Economia do setor público: uma abordagem introdutória. 4. Ed. – São Paulo: Atlas, 2002.
BRASIL, R. F. D. Receita Federal. receita.economia.gov.br, 2019. Disponivel em: <http://receita.economia.gov.br/>. Acesso em: 13 out. 2019.
ECONOMIA, M. D. Secretaria de Orçamento Federal. http: //www.planejamento.gov.br, 2019. Disponivel em: <http://www.planejamento.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/unidades/sof>. Acesso em: 23 set. 2019.

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