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APOSTILA - ESCRIVÃO PC-SP

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APOSTILA DE LEGISLAÇÃO | POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO @ ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
APOSTILA DE 
LEGISLAÇÃO 
ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
APOSTILA DE LEGISLAÇÃO | POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO @ ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
2 
 
 
Olá, meu nome é Hugo e estudo para concursos desde 2015. Já obtive algumas 
aprovações e continuo na luta buscando mudar de vida através dos concursos 
públicos, como você. 
A apostila foi organizada segundo o Edital de 2018 contendo toda a parte de 
legislação. Separei apenas o que é previsto em edital, limpei a lei das informações 
que poluem o texto, tais como: artigos revogados, vigência, “redação dada pela lei 
...”, hyperlinks, etc. Assim, o texto fica mais agradável e organizado de ler e 
assimilar o conteúdo. 
É importante frisar que a banca Vunesp gosta muito de cobrar a letra da lei, então 
espero que você consiga ler essa apostila o máximo de vezes que conseguir. 
Desejo toda sorte do mundo pra você e obrigado por adquirir esse material. 
 Um grande abraço, 
 Hugo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE LEGISLAÇÃO | POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO @ ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
3 
 
ÍNDICE 
DIREITO CONSTITUCIONAL ________________________________________ 4 
DIREITO PENAL __________________________________________________ 20 
PROCESSO PENAL _______________________________________________ 55 
LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS_________________________________ 86 
LEI DO ABUSO DE AUTORIDADE ___________________________________ 95 
CRIMES DE PRECONCEITO RACIAL ________________________________ 100 
PRISÃO TEMPORÁRIA ____________________________________________103 
LEI DOS CRIMES HEDIONDOS _____________________________________106 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ____________________________ 110 
LEI DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA _____________________________114 
LEI DA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA ______________________________120 
LEI DA TORTURA _________________________________________________123 
LEI DO MEIO AMBIENTE ___________________________________________125 
ESTATUTO DO IDOSO ____________________________________________127 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO ___________________________________130 
LEI MARIA DA PENHA ______________________________________________133 
LEI DAS DROGAS _________________________________________________142 
LEI DO ACESSO A INFORMAÇÃO ____________________________________160 
LEI DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ____________________________________173 
LEI DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ___________________________________175 
LEI DA PREVENÇÃO E REPRESSÃO AO TRÁFICO DE PESSOAS ___________183 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE _________________________189 
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL _______________________________________196 
CÓDIGO BRASILEIRO DE TRÂNSITO __________________________________200 
DECRETO ESTADUAL 58.052/12 ______________________________________205 
LEI ORGÂNICA DA POLICIA __________________________________________228 
ESTATUTO DOS SERVIDORES DE SP _________________________________255 
DIREITOS HUMANOS _______________________________________________287 
 
APOSTILA DE LEGISLAÇÃO | POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO @ ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO 
CONSTITUCIONAL 
 
 
APOSTILA DE LEGISLAÇÃO | POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO @ ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
5 
 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, 
formada pela união indissolúvel dos Estados 
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se 
em Estado Democrático de Direito e tem 
como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da 
livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana 
do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos 
termos desta Constituição. 
Art. 2º São Poderes da União, 
independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Art. 3º Constituem objetivos 
fundamentais da República Federativa do 
Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e 
solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a 
marginalização e reduzir as desigualdades 
sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade 
e quaisquer outras formas de discriminação. 
Art. 4º A República Federativa do Brasil 
rege-se nas suas relações internacionais 
pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao 
racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o 
progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
Parágrafo único. A República Federativa 
do Brasil buscará a integração econômica, 
política, social e cultural dos povos da 
América Latina, visando à formação de uma 
comunidade latino-americana de nações. 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E 
COLETIVOS 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, 
sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em 
direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei; 
III - ninguém será submetido a tortura 
nem a tratamento desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do 
pensamento, sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da indenização 
por dano material, moral ou à imagem; 
APOSTILA DE LEGISLAÇÃO | POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO @ ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
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VI - é inviolável a liberdade de 
consciência e de crença, sendo assegurado o 
livre exercício dos cultos religiosos e 
garantida, na forma da lei, a proteção aos 
locais de culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a 
prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação 
coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos 
por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as 
invocar para eximir-se de obrigação legal a 
todos imposta e recusar-se a cumprir 
prestação alternativa, fixada em lei; 
IX - é livre a expressão da atividade 
intelectual, artística, científica e de 
comunicação, independentemente de censura 
ou licença; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida 
privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano 
material ou moral decorrente de sua 
violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do 
indivíduo, ninguém nela podendo penetrar 
sem consentimento do morador, salvo em 
caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial; 
XII - é inviolável o sigilo da 
correspondência e das comunicações 
telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem 
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer para fins de investigação criminal 
ou instrução processual penal; 
 XIII - é livre o exercício de qualquer 
trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei 
estabelecer; 
XIV - é assegurado a todos o acesso à 
informação e resguardado o sigilo da fonte, 
quando necessário ao exercício 
profissional; 
XV - é livre a locomoção no território 
nacional em tempo de paz, podendo qualquer 
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, 
permanecer ou dele sair com seus bens; 
XVI - todos podem reunir-sepacificamente, sem armas, em locais abertos 
ao público, independentemente de 
autorização, desde que não frustrem outra 
reunião anteriormente convocada para o 
mesmo local, sendo apenas exigido prévio 
aviso à autoridade competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação 
para fins lícitos, vedada a de caráter 
paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na 
forma da lei, a de cooperativas independem 
de autorização, sendo vedada a interferência 
estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser 
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por decisão judicial, 
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em 
julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a 
associar-se ou a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando 
expressamente autorizadas, têm legitimidade 
para representar seus filiados judicial ou 
extrajudicialmente; 
XXII - é garantido o direito de 
propriedade; 
 XXIII - a propriedade atenderá a sua 
função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o 
procedimento para desapropriação por 
necessidade ou utilidade pública, ou por 
interesse social, mediante justa e prévia 
indenização em dinheiro, ressalvados os 
casos previstos nesta Constituição; 
 XXV - no caso de iminente perigo 
público, a autoridade competente poderá usar 
de propriedade particular, assegurada ao 
proprietário indenização ulterior, se houver 
dano; 
APOSTILA DE LEGISLAÇÃO | POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO @ ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
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XXVI - a pequena propriedade rural, 
assim definida em lei, desde que trabalhada 
pela família, não será objeto de penhora para 
pagamento de débitos decorrentes de sua 
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os 
meios de financiar o seu desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito 
exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução de suas obras, transmissível aos 
herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos 
da lei: 
a) a proteção às participações 
individuais em obras coletivas e à reprodução 
da imagem e voz humanas, inclusive nas 
atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do 
aproveitamento econômico das obras que 
criarem ou de que participarem aos criadores, 
aos intérpretes e às respectivas 
representações sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de 
inventos industriais privilégio temporário para 
sua utilização, bem como proteção às 
criações industriais, à propriedade das 
marcas, aos nomes de empresas e a outros 
signos distintivos, tendo em vista o interesse 
social e o desenvolvimento tecnológico e 
econômico do País; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de 
estrangeiros situados no País será regulada 
pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou 
dos filhos brasileiros, sempre que não lhes 
seja mais favorável a lei pessoal do "de 
cujus"; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma 
da lei, a defesa do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos 
órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, 
que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes 
Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em 
repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse 
pessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação 
do Poder Judiciário lesão ou ameaça a 
direito; 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito 
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa 
julgada; 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de 
exceção; 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do 
júri, com a organização que lhe der a lei, 
assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos 
crimes dolosos contra a vida; 
XXXIX - não há crime sem lei anterior 
que o defina, nem pena sem prévia 
cominação legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo 
para beneficiar o réu; 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação 
atentatória dos direitos e liberdades 
fundamentais; 
XLII - a prática do racismo constitui 
crime inafiançável e imprescritível, sujeito à 
pena de reclusão, nos termos da lei; 
 XLIII - a lei considerará crimes 
inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
APOSTILA DE LEGISLAÇÃO | POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO @ ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
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anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e 
os definidos como crimes hediondos, por eles 
respondendo os mandantes, os executores e 
os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e 
imprescritível a ação de grupos armados, 
civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da 
pessoa do condenado, podendo a obrigação 
de reparar o dano e a decretação do 
perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles 
executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido; 
XLVI - a lei regulará a individualização 
da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra 
declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
XLVIII - a pena será cumprida em 
estabelecimentos distintos, de acordo com a 
natureza do delito, a idade e o sexo do 
apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o 
respeito à integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas 
condições para que possam permanecer com 
seus filhos durante o período de 
amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, 
salvo o naturalizado, em caso de crime 
comum, praticado antes da naturalização, ou 
de comprovado envolvimento em tráfico ilícito 
de entorpecentes e drogas afins, na forma da 
lei; 
LII - não será concedida extradição de 
estrangeiro por crime político ou de opinião; 
LIII - ninguém será processado nem 
sentenciado senão pela autoridade 
competente; 
LIV - ninguém será privado da liberdade 
ou de seus bens sem o devido processo 
legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial 
ou administrativo, e aos acusados em geral 
são assegurados o contraditório e ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as 
provas obtidas por meios ilícitos; 
LVII - ninguém será considerado 
culpado até o trânsito em julgado de sentença 
penal condenatória; 
LVIII - o civilmente identificado não será 
submetido a identificação criminal, salvo nas 
hipóteses previstas em lei; 
LIX - será admitida ação privada nos 
crimes de ação pública, se esta não for 
intentada no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a 
publicidade dos atos processuais quando a 
defesa da intimidade ou o interesse social o 
exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em 
flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária 
competente, salvo nos casos de transgressão 
APOSTILA DE LEGISLAÇÃO | POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO @ ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
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militar ou crime propriamente militar, definidos 
em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o 
local onde se encontre serão comunicados 
imediatamente ao juiz competente e à família 
do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus 
direitos, entre os quais o de permanecer 
calado, sendo-lhe assegurada a assistência 
da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação 
dos responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial;LXV - a prisão ilegal será imediatamente 
relaxada pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou 
nela mantido, quando a lei admitir a liberdade 
provisória, com ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por 
dívida, salvo a do responsável pelo 
inadimplemento voluntário e inescusável de 
obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
LXVIII - conceder-se-á habeas 
corpus sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em 
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade 
ou abuso de poder; 
LXIX - conceder-se-á mandado de 
segurança para proteger direito líquido e 
certo, não amparado por habeas 
corpus ou habeas data, quando o 
responsável pela ilegalidade ou abuso de 
poder for autoridade pública ou agente de 
pessoa jurídica no exercício de atribuições do 
Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo 
pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no 
Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de 
classe ou associação legalmente constituída 
e em funcionamento há pelo menos um ano, 
em defesa dos interesses de seus membros 
ou associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de 
injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício 
dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania; 
LXXII - conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de 
informações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registros ou bancos de dados 
de entidades governamentais ou de caráter 
público; 
b) para a retificação de dados, quando 
não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, 
judicial ou administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte 
legítima para propor ação popular que vise a 
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de 
entidade de que o Estado participe, à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente 
e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o 
autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
LXXIV - o Estado prestará assistência 
jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o 
condenado por erro judiciário, assim como o 
que ficar preso além do tempo fixado na 
sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os 
reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações 
de habeas corpus e habeas data, e, na forma 
da lei, os atos necessários ao exercício da 
cidadania. 
APOSTILA DE LEGISLAÇÃO | POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO @ ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
10 
 
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e 
administrativo, são assegurados a razoável 
duração do processo e os meios que 
garantam a celeridade de sua tramitação. 
§ 1º As normas definidoras dos direitos 
e garantias fundamentais têm aplicação 
imediata. 
§ 2º Os direitos e garantias expressos 
nesta Constituição não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por 
ela adotados, ou dos tratados internacionais 
em que a República Federativa do Brasil seja 
parte. 
§ 3º Os tratados e convenções 
internacionais sobre direitos humanos que 
forem aprovados, em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, por três 
quintos dos votos dos respectivos membros, 
serão equivalentes às emendas 
constitucionais. 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de 
Tribunal Penal Internacional a cuja criação 
tenha manifestado adesão. 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS SOCIAIS 
Art. 6º São direitos sociais a educação, 
a saúde, a alimentação, o trabalho, a 
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternidade 
e à infância, a assistência aos desamparados, 
na forma desta Constituição. 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores 
urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
I - relação de emprego protegida contra 
despedida arbitrária ou sem justa causa, nos 
termos de lei complementar, que preverá 
indenização compensatória, dentre outros 
direitos; 
II - seguro-desemprego, em caso de 
desemprego involuntário; 
III - fundo de garantia do tempo de 
serviço; 
IV - salário mínimo , fixado em lei, 
nacionalmente unificado, capaz de atender a 
suas necessidades vitais básicas e às de sua 
família com moradia, alimentação, educação, 
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e 
previdência social, com reajustes periódicos 
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo 
vedada sua vinculação para qualquer fim; 
V - piso salarial proporcional à extensão 
e à complexidade do trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o 
disposto em convenção ou acordo coletivo; 
VII - garantia de salário, nunca inferior 
ao mínimo, para os que percebem 
remuneração variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base 
na remuneração integral ou no valor da 
aposentadoria; 
IX – remuneração do trabalho noturno 
superior à do diurno; 
X - proteção do salário na forma da lei, 
constituindo crime sua retenção dolosa; 
XI – participação nos lucros, ou 
resultados, desvinculada da remuneração, e, 
excepcionalmente, participação na gestão da 
empresa, conforme definido em lei; 
XII - salário-família pago em razão do 
dependente do trabalhador de baixa renda 
nos termos da lei; 
XIII - duração do trabalho normal não 
superior a oito horas diárias e quarenta e 
quatro semanais, facultada a compensação 
de horários e a redução da jornada, mediante 
acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
XIV - jornada de seis horas para o 
trabalho realizado em turnos ininterruptos de 
revezamento, salvo negociação coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, 
preferencialmente aos domingos; 
APOSTILA DE LEGISLAÇÃO | POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO @ ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
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XVI - remuneração do serviço 
extraordinário superior, no mínimo, em 
cinqüenta por cento à do normal; 
XVII - gozo de férias anuais 
remuneradas com, pelo menos, um terço a 
mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo 
do emprego e do salário, com a duração de 
cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos 
fixados em lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho 
da mulher, mediante incentivos específicos, 
nos termos da lei; 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo 
de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, 
nos termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao 
trabalho, por meio de normas de saúde, 
higiene e segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para 
as atividades penosas, insalubres ou 
perigosas, na forma da lei; 
XXIV - aposentadoria; 
XXV - assistência gratuita aos filhos e 
dependentes desde o nascimento até 5 
(cinco) anos de idade em creches e pré-
escolas; 
XXVI - reconhecimento das convenções 
e acordos coletivos de trabalho; 
XXVII - proteção em face da automação, 
na forma da lei; 
XXVIII - seguro contra acidentes de 
trabalho, a cargo do empregador, sem excluir 
a indenização a que este está obrigado, 
quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXIX - ação, quanto aos créditos 
resultantes das relações de trabalho, com 
prazo prescricional de cinco anos para os 
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 
dois anos após a extinção do contrato de 
trabalho; 
XXX - proibição de diferença de salários, 
de exercício de funções e de critério de 
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou 
estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer 
discriminação no tocante a salário e critérios 
de admissão do trabalhador portador de 
deficiência; 
XXXII - proibição de distinção entre 
trabalho manual, técnico e intelectual ou entre 
os profissionais respectivos; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, 
perigoso ou insalubre a menores de dezoito e 
de qualquer trabalho a menores de dezesseis 
anos, salvo na condição de aprendiz, a partir 
de quatorze anos; 
XXXIV - igualdade de direitos entre o 
trabalhador com vínculo empregatício 
permanente e o trabalhadoravulso. 
Parágrafo único. São assegurados à 
categoria dos trabalhadores domésticos os 
direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, 
X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, 
XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas 
as condições estabelecidas em lei e 
observada a simplificação do cumprimento 
das obrigações tributárias, principais e 
acessórias, decorrentes da relação de 
trabalho e suas peculiaridades, os previstos 
nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem 
como a sua integração à previdência social. 
Art. 8º É livre a associação profissional 
ou sindical, observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do 
Estado para a fundação de sindicato, 
ressalvado o registro no órgão competente, 
vedadas ao Poder Público a interferência e a 
intervenção na organização sindical; 
II - é vedada a criação de mais de uma 
organização sindical, em qualquer grau, 
representativa de categoria profissional ou 
econômica, na mesma base territorial, que 
será definida pelos trabalhadores ou 
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12 
 
empregadores interessados, não podendo ser 
inferior à área de um Município; 
III - ao sindicato cabe a defesa dos 
direitos e interesses coletivos ou individuais 
da categoria, inclusive em questões judiciais 
ou administrativas; 
IV - a assembléia geral fixará a 
contribuição que, em se tratando de categoria 
profissional, será descontada em folha, para 
custeio do sistema confederativo da 
representação sindical respectiva, 
independentemente da contribuição prevista 
em lei; 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou 
a manter-se filiado a sindicato; 
VI - é obrigatória a participação dos 
sindicatos nas negociações coletivas de 
trabalho; 
VII - o aposentado filiado tem direito a 
votar e ser votado nas organizações sindicais; 
VIII - é vedada a dispensa do 
empregado sindicalizado a partir do registro 
da candidatura a cargo de direção ou 
representação sindical e, se eleito, ainda que 
suplente, até um ano após o final do 
mandato, salvo se cometer falta grave nos 
termos da lei. 
Parágrafo único. As disposições deste 
artigo aplicam-se à organização de sindicatos 
rurais e de colônias de pescadores, atendidas 
as condições que a lei estabelecer. 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, 
competindo aos trabalhadores decidir sobre a 
oportunidade de exercê-lo e sobre os 
interesses que devam por meio dele 
defender. 
§ 1º A lei definirá os serviços ou 
atividades essenciais e disporá sobre o 
atendimento das necessidades inadiáveis da 
comunidade. 
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os 
responsáveis às penas da lei. 
Art. 10. É assegurada a participação dos 
trabalhadores e empregadores nos 
colegiados dos órgãos públicos em que seus 
interesses profissionais ou previdenciários 
sejam objeto de discussão e deliberação. 
 Art. 11. Nas empresas de mais de 
duzentos empregados, é assegurada a 
eleição de um representante destes com a 
finalidade exclusiva de promover-lhes o 
entendimento direto com os empregadores. 
CAPÍTULO III 
DA NACIONALIDADE 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa 
do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, 
desde que estes não estejam a serviço de 
seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai 
brasileiro ou mãe brasileira, desde que 
qualquer deles esteja a serviço da República 
Federativa do Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai 
brasileiro ou de mãe brasileira, desde que 
sejam registrados em repartição brasileira 
competente ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil e optem, em qualquer 
tempo, depois de atingida a maioridade, pela 
nacionalidade brasileira; 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a 
nacionalidade brasileira, exigidas aos 
originários de países de língua portuguesa 
apenas residência por um ano ininterrupto e 
idoneidade moral; 
b) os estrangeiros de qualquer 
nacionalidade, residentes na República 
Federativa do Brasil há mais de quinze anos 
ininterruptos e sem condenação penal, desde 
que requeiram a nacionalidade brasileira. 
§ 1º Aos portugueses com residência 
permanente no País, se houver reciprocidade 
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13 
 
em favor de brasileiros, serão atribuídos os 
direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos 
previstos nesta Constituição. 
§ 2º A lei não poderá estabelecer 
distinção entre brasileiros natos e 
naturalizados, salvo nos casos previstos 
nesta Constituição. 
§ 3º São privativos de brasileiro nato os 
cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da 
República; 
II - de Presidente da Câmara dos 
Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal 
Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa 
§ 4º - Será declarada a perda da 
nacionalidade do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por 
sentença judicial, em virtude de atividade 
nociva ao interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo 
nos casos: 
a) de reconhecimento de nacionalidade 
originária pela lei estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela 
norma estrangeira, ao brasileiro residente em 
estado estrangeiro, como condição para 
permanência em seu território ou para o 
exercício de direitos civis; 
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma 
oficial da República Federativa do Brasil. 
§ 1º São símbolos da República 
Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as 
armas e o selo nacionais. 
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão ter símbolos próprios. 
CAPÍTULO IV 
DOS DIREITOS POLÍTICOS 
Art. 14. A soberania popular será 
exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos, 
e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de 
dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores 
de dezoito anos. 
§ 2º Não podem alistar-se como 
eleitores os estrangeiros e, durante o período 
do serviço militar obrigatório, os conscritos. 
§ 3º São condições de elegibilidade, na 
forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos 
políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na 
circunscrição; 
V - a filiação partidária; 
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14 
 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e 
Vice-Presidente da República e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado 
Federal, Deputado Estadual ou Distrital, 
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os 
analfabetos. 
§ 5º O Presidente da República, os 
Governadores de Estado e do Distrito 
Federal, os Prefeitos e quem os houver 
sucedido, ou substituído no curso dos 
mandatos poderão ser reeleitos para um 
único período subseqüente. 
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, 
o Presidente da República, os Governadores 
de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos 
devem renunciar aos respectivos mandatos 
até seis meses antes do pleito. 
§ 7º São inelegíveis, no território de 
jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes 
consangüíneos ou afins, até o segundo grau 
ou por adoção, do Presidente da República, 
de Governador de Estado ou Território, do 
Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os 
haja substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se já titular de 
mandato eletivo e candidato à reeleição. 
§ 8º O militar alistável é elegível, 
atendidas as seguintes condições: 
I -se contar menos de dez anos de 
serviço, deverá afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de 
serviço, será agregado pela autoridade 
superior e, se eleito, passará 
automaticamente, no ato da diplomação, para 
a inatividade. 
§ 9º Lei complementar estabelecerá 
outros casos de inelegibilidade e os prazos de 
sua cessação, a fim de proteger a probidade 
administrativa, a moralidade para exercício de 
mandato considerada vida pregressa do 
candidato, e a normalidade e legitimidade das 
eleições contra a influência do poder 
econômico ou o abuso do exercício de 
função, cargo ou emprego na administração 
direta ou indireta. 
§ 10. O mandato eletivo poderá ser 
impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo 
de quinze dias contados da diplomação, 
instruída a ação com provas de abuso do 
poder econômico, corrupção ou fraude. 
§ 11. A ação de impugnação de 
mandato tramitará em segredo de justiça, 
respondendo o autor, na forma da lei, se 
temerária ou de manifesta má-fé. 
Art. 37. A administração pública direta e 
indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte: 
I - os cargos, empregos e funções 
públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, 
assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
II - a investidura em cargo ou emprego 
público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e 
títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma 
prevista em lei, ressalvadas as nomeações 
para cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração; 
III - o prazo de validade do concurso 
público será de até dois anos, prorrogável 
uma vez, por igual período; 
IV - durante o prazo improrrogável 
previsto no edital de convocação, aquele 
aprovado em concurso público de provas ou 
de provas e títulos será convocado com 
prioridade sobre novos concursados para 
assumir cargo ou emprego, na carreira; 
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15 
 
V - as funções de confiança, exercidas 
exclusivamente por servidores ocupantes de 
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a 
serem preenchidos por servidores de carreira 
nos casos, condições e percentuais mínimos 
previstos em lei, destinam-se apenas às 
atribuições de direção, chefia e 
assessoramento; 
VI - é garantido ao servidor público civil 
o direito à livre associação sindical; 
VII - o direito de greve será exercido nos 
termos e nos limites definidos em lei 
específica; 
VIII - a lei reservará percentual dos 
cargos e empregos públicos para as pessoas 
portadoras de deficiência e definirá os 
critérios de sua admissão; 
IX - a lei estabelecerá os casos de 
contratação por tempo determinado para 
atender a necessidade temporária de 
excepcional interesse público; 
X - a remuneração dos servidores 
públicos e o subsídio de que trata o § 4º do 
art. 39 somente poderão ser fixados ou 
alterados por lei específica, observada a 
iniciativa privativa em cada caso, assegurada 
revisão geral anual, sempre na mesma data e 
sem distinção de índices; 
XI - a remuneração e o subsídio dos 
ocupantes de cargos, funções e empregos 
públicos da administração direta, autárquica e 
fundacional, dos membros de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, dos detentores de 
mandato eletivo e dos demais agentes 
políticos e os proventos, pensões ou outra 
espécie remuneratória, percebidos 
cumulativamente ou não, incluídas as 
vantagens pessoais ou de qualquer outra 
natureza, não poderão exceder o subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, aplicando-se 
como limite, nos Municípios, o subsídio do 
Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, 
o subsídio mensal do Governador no âmbito 
do Poder Executivo, o subsídio dos 
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do 
Poder Legislativo e o subsidio dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça, 
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco 
centésimos por cento do subsídio mensal, em 
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, no âmbito do Poder Judiciário, 
aplicável este limite aos membros do 
Ministério Público, aos Procuradores e aos 
Defensores Públicos; 
XII - os vencimentos dos cargos do 
Poder Legislativo e do Poder Judiciário não 
poderão ser superiores aos pagos pelo Poder 
Executivo; 
XIII - é vedada a vinculação ou 
equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias para o efeito de remuneração 
de pessoal do serviço público; 
XIV - os acréscimos pecuniários 
percebidos por servidor público não serão 
computados nem acumulados para fins de 
concessão de acréscimos ulteriores; 
XV - o subsídio e os vencimentos dos 
ocupantes de cargos e empregos públicos 
são irredutíveis, ressalvado o disposto nos 
incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 
4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
XVI - é vedada a acumulação 
remunerada de cargos públicos, exceto, 
quando houver compatibilidade de horários, 
observado em qualquer caso o disposto no 
inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro 
técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos 
privativos de profissionais de saúde, com 
profissões regulamentadas; 
XVII - a proibição de acumular estende-
se a empregos e funções e abrange 
autarquias, fundações, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, suas 
subsidiárias, e sociedades controladas, direta 
ou indiretamente, pelo poder público; 
XVIII - a administração fazendária e 
seus servidores fiscais terão, dentro de suas 
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16 
 
áreas de competência e jurisdição, 
precedência sobre os demais setores 
administrativos, na forma da lei; 
XIX – somente por lei específica poderá 
ser criada autarquia e autorizada a instituição 
de empresa pública, de sociedade de 
economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as 
áreas de sua atuação; 
XX - depende de autorização legislativa, 
em cada caso, a criação de subsidiárias das 
entidades mencionadas no inciso anterior, 
assim como a participação de qualquer delas 
em empresa privada; 
XXI - ressalvados os casos 
especificados na legislação, as obras, 
serviços, compras e alienações serão 
contratados mediante processo de licitação 
pública que assegure igualdade de condições 
a todos os concorrentes, com cláusulas que 
estabeleçam obrigações de pagamento, 
mantidas as condições efetivas da proposta, 
nos termos da lei, o qual somente permitirá as 
exigências de qualificação técnica e 
econômica indispensáveis à garantia do 
cumprimento das obrigações. 
XXII - as administrações tributárias da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, atividades essenciais ao 
funcionamento do Estado, exercidas por 
servidores de carreiras específicas, terão 
recursos prioritários para a realização de suas 
atividades e atuarão de forma integrada, 
inclusive com o compartilhamento de 
cadastros e de informações fiscais, na forma 
da lei ou convênio. 
§ 1º A publicidade dos atos, programas, 
obras, serviços e campanhas dos órgãos 
públicos deverá ter caráter educativo, 
informativo ou de orientação social, dela não 
podendo constar nomes, símbolos ou 
imagens que caracterizem promoção pessoal 
de autoridades ou servidores públicos. 
§ 2º A não observância do disposto nos 
incisos II e III implicará a nulidade do ato e a 
punição da autoridade responsável, nos 
termos da lei. 
§ 3º A lei disciplinará as formas de 
participação do usuário na administração 
pública direta e indireta, regulando 
especialmente: 
I - as reclamações relativas à prestação 
dos serviços públicos em geral, asseguradas 
a manutenção de serviços de atendimentoao 
usuário e a avaliação periódica, externa e 
interna, da qualidade dos serviços; 
II - o acesso dos usuários a registros 
administrativos e a informações sobre atos de 
governo, observado o disposto no art. 5º, X e 
XXXIII; 
III - a disciplina da representação contra 
o exercício negligente ou abusivo de cargo, 
emprego ou função na administração pública. 
§ 4º - Os atos de improbidade 
administrativa importarão a suspensão dos 
direitos políticos, a perda da função pública, a 
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento 
ao erário, na forma e gradação previstas em 
lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de 
prescrição para ilícitos praticados por 
qualquer agente, servidor ou não, que 
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as 
respectivas ações de ressarcimento. 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito 
público e as de direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão pelos danos 
que seus agentes, nessa qualidade, 
causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de 
dolo ou culpa. 
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e 
as restrições ao ocupante de cargo ou 
emprego da administração direta e indireta 
que possibilite o acesso a informações 
privilegiadas. 
§ 8º A autonomia gerencial, 
orçamentária e financeira dos órgãos e 
entidades da administração direta e indireta 
poderá ser ampliada mediante contrato, a ser 
firmado entre seus administradores e o poder 
público, que tenha por objeto a fixação de 
APOSTILA DE LEGISLAÇÃO | POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO @ ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
17 
 
metas de desempenho para o órgão ou 
entidade, cabendo à lei dispor sobre: 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação 
de desempenho, direitos, obrigações e 
responsabilidade dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal." 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às 
empresas públicas e às sociedades de 
economia mista, e suas subsidiárias, que 
receberem recursos da União, dos Estados, 
do Distrito Federal ou dos Municípios para 
pagamento de despesas de pessoal ou de 
custeio em geral. 
§ 10. É vedada a percepção simultânea 
de proventos de aposentadoria decorrentes 
do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a 
remuneração de cargo, emprego ou função 
pública, ressalvados os cargos acumuláveis 
na forma desta Constituição, os cargos 
eletivos e os cargos em comissão declarados 
em lei de livre nomeação e exoneração. 
§ 11. Não serão computadas, para efeito 
dos limites remuneratórios de que trata o 
inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de 
caráter indenizatório previstas em lei. 
 § 12. Para os fins do disposto no inciso 
XI do caput deste artigo, fica facultado aos 
Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu 
âmbito, mediante emenda às respectivas 
Constituições e Lei Orgânica, como limite 
único, o subsídio mensal dos 
Desembargadores do respectivo Tribunal de 
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e 
cinco centésimos por cento do subsídio 
mensal dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, não se aplicando o disposto neste 
parágrafo aos subsídios dos Deputados 
Estaduais e Distritais e dos Vereadores. 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios instituirão, no âmbito 
de sua competência, regime jurídico único e 
planos de carreira para os servidores da 
administração pública direta, das autarquias e 
das fundações públicas. 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios instituirão conselho 
de política de administração e remuneração 
de pessoal, integrado por servidores 
designados pelos respectivos Poderes. 
§ 1º A fixação dos padrões de 
vencimento e dos demais componentes do 
sistema remuneratório observará: 
I - a natureza, o grau de 
responsabilidade e a complexidade dos 
cargos componentes de cada carreira; 
II - os requisitos para a investidura; 
III - as peculiaridades dos cargos. 
§ 2º A União, os Estados e o Distrito 
Federal manterão escolas de governo para a 
formação e o aperfeiçoamento dos servidores 
públicos, constituindo-se a participação nos 
cursos um dos requisitos para a promoção na 
carreira, facultada, para isso, a celebração de 
convênios ou contratos entre os entes 
federados. 
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes 
de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, 
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, 
XXII e XXX, podendo a lei estabelecer 
requisitos diferenciados de admissão quando 
a natureza do cargo o exigir. 
§ 4º O membro de Poder, o detentor de 
mandato eletivo, os Ministros de Estado e os 
Secretários Estaduais e Municipais serão 
remunerados exclusivamente por subsídio 
fixado em parcela única, vedado o acréscimo 
de qualquer gratificação, adicional, abono, 
prêmio, verba de representação ou outra 
espécie remuneratória, obedecido, em 
qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 
§ 5º Lei da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios poderá 
estabelecer a relação entre a maior e a menor 
remuneração dos servidores públicos, 
obedecido, em qualquer caso, o disposto no 
art. 37, XI. 
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário publicarão anualmente os valores 
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18 
 
do subsídio e da remuneração dos cargos e 
empregos públicos. 
§ 7º Lei da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios disciplinará 
a aplicação de recursos orçamentários 
provenientes da economia com despesas 
correntes em cada órgão, autarquia e 
fundação, para aplicação no desenvolvimento 
de programas de qualidade e produtividade, 
treinamento e desenvolvimento, 
modernização, reaparelhamento e 
racionalização do serviço público, inclusive 
sob a forma de adicional ou prêmio de 
produtividade. 
§ 8º A remuneração dos servidores 
públicos organizados em carreira poderá ser 
fixada nos termos do § 4º. 
Art. 41. São estáveis após três anos de 
efetivo exercício os servidores nomeados 
para cargo de provimento efetivo em virtude 
de concurso público. 
§ 1º O servidor público estável só 
perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial 
transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em 
que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III - mediante procedimento de avaliação 
periódica de desempenho, na forma de lei 
complementar, assegurada ampla defesa. 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a 
demissão do servidor estável, será ele 
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, 
se estável, reconduzido ao cargo de origem, 
sem direito a indenização, aproveitado em 
outro cargo ou posto em disponibilidade com 
remuneração proporcional ao tempo de 
serviço. 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua 
desnecessidade, o servidor estável ficará em 
disponibilidade, com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço, até seu 
adequado aproveitamento em outro cargo. 
§ 4º Como condição para a aquisição da 
estabilidade, é obrigatória a avaliação 
especial de desempenho por comissão 
instituída para essa finalidade. 
CAPÍTULO III 
DA SEGURANÇA PÚBLICA 
Art. 144. A segurança pública, dever do 
Estado, direito e responsabilidade de todos, é 
exercida para a preservação da ordem 
pública e da incolumidade das pessoas e do 
patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de 
bombeiros militares. 
§ 1º A polícia federal, instituída por lei 
como órgão permanente, organizado e 
mantido pela União e estruturado em carreira, 
destina-se a:" 
I - apurar infrações penais contra a 
ordem política e social ou em detrimento de 
bens, serviços e interesses da União ou de 
suas entidades autárquicas e empresas 
públicas, assim como outras infrações cuja 
prática tenha repercussão interestadual ou 
internacional e exija repressão uniforme, 
segundose dispuser em lei; 
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, o contrabando 
e o descaminho, sem prejuízo da ação 
fazendária e de outros órgãos públicos nas 
respectivas áreas de competência; 
III - exercer as funções de polícia 
marítima, aeroportuária e de fronteiras; 
IV - exercer, com exclusividade, as 
funções de polícia judiciária da União. 
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão 
permanente, organizado e mantido pela 
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União e estruturado em carreira, destina-se, 
na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo 
das rodovias federais. 
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão 
permanente, organizado e mantido pela 
União e estruturado em carreira, destina-se, 
na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo 
das ferrovias federais. 
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por 
delegados de polícia de carreira, incumbem, 
ressalvada a competência da União, as 
funções de polícia judiciária e a apuração de 
infrações penais, exceto as militares. 
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia 
ostensiva e a preservação da ordem pública; 
aos corpos de bombeiros militares, além das 
atribuições definidas em lei, incumbe a 
execução de atividades de defesa civil. 
§ 6º As polícias militares e corpos de 
bombeiros militares, forças auxiliares e 
reserva do Exército, subordinam-se, 
juntamente com as polícias civis, aos 
Governadores dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Territórios. 
§ 7º A lei disciplinará a organização e o 
funcionamento dos órgãos responsáveis pela 
segurança pública, de maneira a garantir a 
eficiência de suas atividades. 
§ 8º Os Municípios poderão constituir 
guardas municipais destinadas à proteção de 
seus bens, serviços e instalações, conforme 
dispuser a lei. 
§ 9º A remuneração dos servidores 
policiais integrantes dos órgãos relacionados 
neste artigo será fixada na forma do § 4º do 
art. 39. 
§ 10. A segurança viária, exercida para 
a preservação da ordem pública e da 
incolumidade das pessoas e do seu 
patrimônio nas vias públicas: 
I - compreende a educação, engenharia 
e fiscalização de trânsito, além de outras 
atividades previstas em lei, que assegurem 
ao cidadão o direito à mobilidade urbana 
eficiente; e 
II - compete, no âmbito dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, aos 
respectivos órgãos ou entidades executivos e 
seus agentes de trânsito, estruturados em 
Carreira, na forma da lei. 
 
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DIREITO PENAL 
 
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21 
 
 PARTE GERAL 
TÍTULO I 
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL 
 Tempo do crime 
 Art. 4º - Considera-se praticado o crime 
no momento da ação ou omissão, ainda que 
outro seja o momento do resultado. 
 Lugar do crime 
 Art. 6º - Considera-se praticado o crime 
no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, 
no todo ou em parte, bem como onde se 
produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
Relação de causalidade 
 Art. 13 - O resultado, de que depende a 
existência do crime, somente é imputável a 
quem lhe deu causa. Considera-se causa a 
ação ou omissão sem a qual o resultado não 
teria ocorrido. 
 Superveniência de causa 
independente 
 § 1º - A superveniência de causa 
relativamente independente exclui a 
imputação quando, por si só, produziu o 
resultado; os fatos anteriores, entretanto, 
imputam-se a quem os praticou. 
 Relevância da omissão 
 § 2º - A omissão é penalmente relevante 
quando o omitente devia e podia agir para 
evitar o resultado. O dever de agir incumbe a 
quem: 
 a) tenha por lei obrigação de cuidado, 
proteção ou vigilância; 
 b) de outra forma, assumiu a 
responsabilidade de impedir o resultado; 
 c) com seu comportamento anterior, 
criou o risco da ocorrência do resultado. 
 
 
 Art. 14 - Diz-se o crime: 
 Crime consumado 
 I - consumado, quando nele se reúnem 
todos os elementos de sua definição legal; 
 Tentativa 
 II - tentado, quando, iniciada a execução, 
não se consuma por circunstâncias alheias à 
vontade do agente. 
 Pena de tentativa 
 Parágrafo único - Salvo disposição em 
contrário, pune-se a tentativa com a pena 
correspondente ao crime consumado, 
diminuída de um a dois terços. 
 Desistência voluntária e 
arrependimento eficaz 
 Art. 15 - O agente que, voluntariamente, 
desiste de prosseguir na execução ou impede 
que o resultado se produza, só responde 
pelos atos já praticados. 
 Arrependimento posterior 
 Art. 16 - Nos crimes cometidos sem 
violência ou grave ameaça à pessoa, 
reparado o dano ou restituída a coisa, até o 
recebimento da denúncia ou da queixa, por 
ato voluntário do agente, a pena será 
reduzida de um a dois terços. 
 Crime impossível 
 Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, 
por ineficácia absoluta do meio ou por 
absoluta impropriedade do objeto, é 
impossível consumar-se o crime. 
 Art. 18 - Diz-se o crime: 
 Crime doloso 
 I - doloso, quando o agente quis o 
resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; 
 
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22 
 
 Crime culposo 
 II - culposo, quando o agente deu causa 
ao resultado por imprudência, negligência ou 
imperícia. 
 Parágrafo único - Salvo os casos 
expressos em lei, ninguém pode ser punido 
por fato previsto como crime, senão quando o 
pratica dolosamente. 
 Agravação pelo resultado 
 Art. 19 - Pelo resultado que agrava 
especialmente a pena, só responde o agente 
que o houver causado ao menos 
culposamente 
 Erro sobre elementos do tipo 
 Art. 20 - O erro sobre elemento 
constitutivo do tipo legal de crime exclui o 
dolo, mas permite a punição por crime 
culposo, se previsto em lei. 
 Descriminantes putativas 
 § 1º - É isento de pena quem, por erro 
plenamente justificado pelas circunstâncias, 
supõe situação de fato que, se existisse, 
tornaria a ação legítima. Não há isenção de 
pena quando o erro deriva de culpa e o fato é 
punível como crime culposo. 
 Erro determinado por terceiro 
 § 2º - Responde pelo crime o terceiro 
que determina o erro. 
 Erro sobre a pessoa 
 § 3º - O erro quanto à pessoa contra a 
qual o crime é praticado não isenta de pena. 
Não se consideram, neste caso, as condições 
ou qualidades da vítima, senão as da pessoa 
contra quem o agente queria praticar o crime. 
 Erro sobre a ilicitude do fato 
 Art. 21 - O desconhecimento da lei é 
inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, 
se inevitável, isenta de pena; se evitável, 
poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
 Parágrafo único - Considera-se evitável 
o erro se o agente atua ou se omite sem a -
consciência da ilicitude do fato, quando lhe 
era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir 
essa consciência. 
 Coação irresistível e obediência 
hierárquica 
 Art. 22 - Se o fato é cometido sob 
coação irresistível ou em estrita obediência a 
ordem, não manifestamente ilegal, de 
superior hierárquico, só é punível o autor da 
coação ou da ordem. 
 Exclusão de ilicitude 
 Art. 23 - Não há crime quando o agente 
pratica o fato: 
 I - em estado de necessidade; 
 II - em legítima defesa; 
 III - em estrito cumprimento de dever 
legal ou no exercício regular de direito. 
 Excesso punível 
 Parágrafo único - O agente, em qualquer 
das hipóteses deste artigo, responderá pelo 
excesso doloso ou culposo. 
 Estado de necessidade 
 Art. 24 - Considera-se em estado de 
necessidadequem pratica o fato para salvar 
de perigo atual, que não provocou por sua 
vontade, nem podia de outro modo evitar, 
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas 
circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
 § 1º - Não pode alegar estado de 
necessidade quem tinha o dever legal de 
enfrentar o perigo. 
 § 2º - Embora seja razoável exigir-se o 
sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá 
ser reduzida de um a dois terços. 
 
 
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23 
 
 Legítima defesa 
 Art. 25 - Entende-se em legítima defesa 
quem, usando moderadamente dos meios 
necessários, repele injusta agressão, atual ou 
iminente, a direito seu ou de outrem. 
TÍTULO IV 
DO CONCURSO DE PESSOAS 
 Art. 29 - Quem, de qualquer modo, 
concorre para o crime incide nas penas a este 
cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
 § 1º - Se a participação for de menor 
importância, a pena pode ser diminuída de 
um sexto a um terço. 
 § 2º - Se algum dos concorrentes quis 
participar de crime menos grave, ser-lhe-á 
aplicada a pena deste; essa pena será 
aumentada até metade, na hipótese de ter 
sido previsível o resultado mais grave. 
 Circunstâncias incomunicáveis 
 Art. 30 - Não se comunicam as 
circunstâncias e as condições de caráter 
pessoal, salvo quando elementares do crime. 
 Casos de impunibilidade 
 Art. 31 - O ajuste, a determinação ou 
instigação e o auxílio, salvo disposição 
expressa em contrário, não são puníveis, se o 
crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
 Concurso material 
 Art. 69 - Quando o agente, mediante 
mais de uma ação ou omissão, pratica dois 
ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se 
cumulativamente as penas privativas de 
liberdade em que haja incorrido. No caso de 
aplicação cumulativa de penas de reclusão e 
de detenção, executa-se primeiro aquela. 
 § 1º - Na hipótese deste artigo, quando 
ao agente tiver sido aplicada pena privativa 
de liberdade, não suspensa, por um dos 
crimes, para os demais será incabível a 
substituição de que trata o art. 44 deste 
Código. 
 § 2º - Quando forem aplicadas penas 
restritivas de direitos, o condenado cumprirá 
simultaneamente as que forem compatíveis 
entre si e sucessivamente as 
demais. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 Concurso formal 
 Art. 70 - Quando o agente, mediante 
uma só ação ou omissão, pratica dois ou 
mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a 
mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, 
somente uma delas, mas aumentada, em 
qualquer caso, de um sexto até metade. As 
penas aplicam-se, entretanto, 
cumulativamente, se a ação ou omissão é 
dolosa e os crimes concorrentes resultam de 
desígnios autônomos, consoante o disposto 
no artigo anterior. 
 Parágrafo único - Não poderá a pena 
exceder a que seria cabível pela regra do art. 
69 deste Código. 
 Crime continuado 
 Art. 71 - Quando o agente, mediante 
mais de uma ação ou omissão, pratica dois 
ou mais crimes da mesma espécie e, pelas 
condições de tempo, lugar, maneira de 
execução e outras semelhantes, devem os 
subseqüentes ser havidos como continuação 
do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só 
dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se 
diversas, aumentada, em qualquer caso, de 
um sexto a dois terços. 
 Parágrafo único - Nos crimes dolosos, 
contra vítimas diferentes, cometidos com 
violência ou grave ameaça à pessoa, poderá 
o juiz, considerando a culpabilidade, os 
antecedentes, a conduta social e a 
personalidade do agente, bem como os 
motivos e as circunstâncias, aumentar a pena 
de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais 
grave, se diversas, até o triplo, observadas as 
regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 
75 deste Código. 
 
 
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24 
 
PARTE ESPECIAL 
TÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA 
CAPÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A VIDA 
 Homicídio simples 
 Art. 121. Matar alguem: 
 Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 Caso de diminuição de pena 
 § 1º Se o agente comete o crime 
impelido por motivo de relevante valor social 
ou moral, ou sob o domínio de violenta 
emoção, logo em seguida a injusta 
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a 
pena de um sexto a um terço. 
 Homicídio qualificado 
 § 2° Se o homicídio é cometido: 
 I - mediante paga ou promessa de 
recompensa, ou por outro motivo torpe; 
 II - por motivo futil; 
 III - com emprego de veneno, fogo, 
explosivo, asfixia, tortura ou outro meio 
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar 
perigo comum; 
 IV - à traição, de emboscada, ou 
mediante dissimulação ou outro recurso que 
dificulte ou torne impossivel a defesa do 
ofendido; 
 V - para assegurar a execução, a 
ocultação, a impunidade ou vantagem de 
outro crime: 
 Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
Feminicídio 
VI - contra a mulher por razões da 
condição de sexo feminino: 
VII – contra autoridade ou agente 
descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição 
Federal, integrantes do sistema prisional e da 
Força Nacional de Segurança Pública, no 
exercício da função ou em decorrência dela, 
ou contra seu cônjuge, companheiro ou 
parente consanguíneo até terceiro grau, em 
razão dessa condição: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
§ 2o-A Considera-se que há razões de 
condição de sexo feminino quando o crime 
envolve: 
I - violência doméstica e familiar; 
II - menosprezo ou discriminação à 
condição de mulher. 
 Homicídio culposo 
 § 3º Se o homicídio é culposo: 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
 Aumento de pena 
 § 4o No homicídio culposo, a pena é 
aumentada de 1/3 (um terço), se o crime 
resulta de inobservância de regra técnica de 
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa 
de prestar imediato socorro à vítima, não 
procura diminuir as conseqüências do seu 
ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. 
Sendo doloso o homicídio, a pena é 
aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é 
praticado contra pessoa menor de 14 
(quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
 § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, 
o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as 
conseqüências da infração atingirem o próprio 
agente de forma tão grave que a sanção 
penal se torne desnecessária 
 § 6o A pena é aumentada de 1/3 (um 
terço) até a metade se o crime for praticado 
por milícia privada, sob o pretexto de 
prestação de serviço de segurança, ou por 
grupo de extermínio. 
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25 
 
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada 
de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for 
praticado: 
I - durante a gestação ou nos 3 (três) 
meses posteriores ao parto; 
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) 
anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com 
deficiência; 
III - na presença de descendente ou de 
ascendente da vítima. 
 Induzimento, instigação ou auxílio a 
suicídio 
 Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a 
suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o 
faça: 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, se 
o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a 
três anos, se da tentativa de suicídio resulta 
lesão corporal de natureza grave. 
 Parágrafo único - A pena é duplicada: 
 
Aumento de pena 
 I - se o crime é praticado por motivo 
egoístico; 
 II - se a vítima é menor ou tem 
diminuída, por qualquer causa, a capacidade 
de resistência. 
 Infanticídio 
 Art. 123 - Matar, sob a influência do 
estado puerperal, o próprio filho, durante o 
parto ou logo após: 
 Pena - detenção, de dois a seis anos.Aborto provocado pela gestante ou 
com seu consentimento 
 Art. 124 - Provocar aborto em si mesma 
ou consentir que outrem lho 
provoque Pena - detenção, de um a três 
anos. 
 Aborto provocado por terceiro 
 Art. 125 - Provocar aborto, sem o 
consentimento da gestante: 
 Pena - reclusão, de três a dez anos. 
 Art. 126 - Provocar aborto com o 
consentimento da gestante: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 Parágrafo único. Aplica-se a pena do 
artigo anterior, se a gestante não é maior de 
quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, 
ou se o consentimento é obtido mediante 
fraude, grave ameaça ou violência 
 Forma qualificada 
 Art. 127 - As penas cominadas nos dois 
artigos anteriores são aumentadas de um 
terço, se, em conseqüência do aborto ou dos 
meios empregados para provocá-lo, a 
gestante sofre lesão corporal de natureza 
grave; e são duplicadas, se, por qualquer 
dessas causas, lhe sobrevém a morte. 
 Art. 128 - Não se pune o aborto 
praticado por médico: 
 Aborto necessário 
 I - se não há outro meio de salvar a vida 
da gestante; 
 Aborto no caso de gravidez resultante 
de estupro 
 II - se a gravidez resulta de estupro e o 
aborto é precedido de consentimento da 
gestante ou, quando incapaz, de seu 
representante legal. 
 
 
 
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26 
 
CAPÍTULO II 
DAS LESÕES CORPORAIS 
 Lesão corporal 
 Art. 129. Ofender a integridade corporal 
ou a saúde de outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um 
ano. 
 Lesão corporal de natureza grave 
 § 1º Se resulta: 
 I - Incapacidade para as ocupações 
habituais, por mais de trinta dias; 
 II - perigo de vida; 
 III - debilidade permanente de membro, 
sentido ou função; 
 IV - aceleração de parto: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 § 2° Se resulta: 
 I - Incapacidade permanente para o 
trabalho; 
 II - enfermidade incuravel; 
 III perda ou inutilização do membro, 
sentido ou função; 
 IV - deformidade permanente; 
 V - aborto: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 Lesão corporal seguida de morte 
 § 3° Se resulta morte e as circunstâncias 
evidenciam que o agente não quís o 
resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 
 Diminuição de pena 
 § 4° Se o agente comete o crime 
impelido por motivo de relevante valor social 
ou moral ou sob o domínio de violenta 
emoção, logo em seguida a injusta 
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a 
pena de um sexto a um terço. 
 Substituição da pena 
 § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, 
pode ainda substituir a pena de detenção pela 
de multa, de duzentos mil réis a dois contos 
de réis: 
 I - se ocorre qualquer das hipóteses do 
parágrafo anterior; 
 II - se as lesões são recíprocas. 
 Lesão corporal culposa 
 § 6° Se a lesão é culposa: 
 Pena - detenção, de dois meses a um 
ano. 
 Aumento de pena 
 § 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um 
terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos 
§§ 4o e 6o do art. 121 deste Código. 
 § 8º - Aplica-se à lesão culposa o 
disposto no § 5º do art. 121. 
 Violência Doméstica 
 § 9o Se a lesão for praticada contra 
ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou 
companheiro, ou com quem conviva ou tenha 
convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o 
agente das relações domésticas, de 
coabitação ou de hospitalidade: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) 
anos. 
 § 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 
3o deste artigo, se as circunstâncias são as 
indicadas no § 9o deste artigo, aumenta-se a 
pena em 1/3 (um terço). 
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27 
 
 § 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a 
pena será aumentada de um terço se o crime 
for cometido contra pessoa portadora de 
deficiência. 
§ 12. Se a lesão for praticada contra 
autoridade ou agente descrito nos arts. 
142 e 144 da Constituição 
Federal, integrantes do sistema prisional e da 
Força Nacional de Segurança Pública, no 
exercício da função ou em decorrência dela, 
ou contra seu cônjuge, companheiro ou 
parente consanguíneo até terceiro grau, em 
razão dessa condição, a pena é aumentada 
de um a dois terços. 
CAPÍTULO V 
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
 Calúnia 
 Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-
lhe falsamente fato definido como crime: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois 
anos, e multa. 
 § 1º - Na mesma pena incorre quem, 
sabendo falsa a imputação, a propala ou 
divulga. 
 § 2º - É punível a calúnia contra os 
mortos. 
 Exceção da verdade 
 § 3º - Admite-se a prova da verdade, 
salvo: 
 I - se, constituindo o fato imputado crime 
de ação privada, o ofendido não foi 
condenado por sentença irrecorrível; 
 II - se o fato é imputado a qualquer das 
pessoas indicadas no nº I do art. 141; 
 III - se do crime imputado, embora de 
ação pública, o ofendido foi absolvido por 
sentença irrecorrível. 
 
 
 Difamação 
 Art. 139 - Difamar alguém, imputando-
lhe fato ofensivo à sua reputação: 
 Pena - detenção, de três meses a um 
ano, e multa. 
 Exceção da verdade 
 Parágrafo único - A exceção da verdade 
somente se admite se o ofendido é 
funcionário público e a ofensa é relativa ao 
exercício de suas funções. 
 Injúria 
 Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe 
a dignidade ou o decoro: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, 
ou multa. 
 § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a 
pena: 
 I - quando o ofendido, de forma 
reprovável, provocou diretamente a injúria; 
 II - no caso de retorsão imediata, que 
consista em outra injúria. 
 § 2º - Se a injúria consiste em violência 
ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo 
meio empregado, se considerem aviltantes: 
 Pena - detenção, de três meses a um 
ano, e multa, além da pena correspondente à 
violência. 
 § 3o Se a injúria consiste na utilização de 
elementos referentes a raça, cor, etnia, 
religião, origem ou a condição de pessoa 
idosa ou portadora de deficiência: 
 Pena - reclusão de um a três anos e 
multa. 
 Disposições comuns 
 Art. 141 - As penas cominadas neste 
Capítulo aumentam-se de um terço, se 
qualquer dos crimes é cometido: 
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28 
 
 I - contra o Presidente da República, ou 
contra chefe de governo estrangeiro; 
 II - contra funcionário público, em razão 
de suas funções; 
 III - na presença de várias pessoas, ou 
por meio que facilite a divulgação da calúnia, 
da difamação ou da injúria. 
 IV – contra pessoa maior de 60 
(sessenta) anos ou portadora de deficiência, 
exceto no caso de injúria. 
 Parágrafo único - Se o crime é cometido 
mediante paga ou promessa de recompensa, 
aplica-se a pena em dobro. 
Exclusão do crime 
 Art. 142 - Não constituem injúria ou 
difamação punível: 
 I - a ofensa irrogada em juízo, na 
discussão da causa, pela parte ou por seu 
procurador; 
 II - a opinião desfavorável da crítica 
literária, artística ou científica, salvo quando 
inequívoca a intenção de injuriar ou difamar; 
 III - o conceito desfavorável emitido por 
funcionário público, em apreciação ou 
informação que preste no cumprimento de 
dever do ofício. 
 Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e 
III, responde pela injúria ou pela difamação 
quem lhe dá publicidade. 
 Retratação 
 Art. 143 - O quereladoque, antes da 
sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou 
da difamação, fica isento de pena. 
 Parágrafo único. Nos casos em que o 
querelado tenha praticado a calúnia ou a 
difamação utilizando-se de meios de 
comunicação, a retratação dar-se-á, se assim 
desejar o ofendido, pelos mesmos meios em 
que se praticou a ofensa. 
 Art. 144 - Se, de referências, alusões ou 
frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, 
quem se julga ofendido pode pedir 
explicações em juízo. Aquele que se recusa a 
dá-las ou, a critério do juiz, não as dá 
satisfatórias, responde pela ofensa. 
 Art. 145 - Nos crimes previstos neste 
Capítulo somente se procede mediante 
queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 
2º, da violência resulta lesão corporal. 
 Parágrafo único. Procede-se mediante 
requisição do Ministro da Justiça, no caso do 
inciso I do caput do art. 141 deste Código, e 
mediante representação do ofendido, no caso 
do inciso II do mesmo artigo, bem como no 
caso do § 3o do art. 140 deste Código. 
CAPÍTULO VI 
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE 
INDIVIDUAL 
SEÇÃO I 
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE 
PESSOAL 
 Constrangimento ilegal 
 Art. 146 - Constranger alguém, mediante 
violência ou grave ameaça, ou depois de lhe 
haver reduzido, por qualquer outro meio, a 
capacidade de resistência, a não fazer o que 
a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: 
 Pena - detenção, de três meses a um 
ano, ou multa. 
 Aumento de pena 
 § 1º - As penas aplicam-se 
cumulativamente e em dobro, quando, para a 
execução do crime, se reúnem mais de três 
pessoas, ou há emprego de armas. 
 § 2º - Além das penas cominadas, 
aplicam-se as correspondentes à violência. 
 § 3º - Não se compreendem na 
disposição deste artigo: 
 I - a intervenção médica ou cirúrgica, 
sem o consentimento do paciente ou de seu 
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representante legal, se justificada por 
iminente perigo de vida; 
 II - a coação exercida para impedir 
suicídio. 
 Ameaça 
 Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, 
escrito ou gesto, ou qualquer outro meio 
simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, 
ou multa. 
 Parágrafo único - Somente se procede 
mediante representação. 
 Seqüestro e cárcere privado 
 Art. 148 - Privar alguém de sua 
liberdade, mediante seqüestro ou cárcere 
privado: 
 Pena - reclusão, de um a três anos. 
 § 1º - A pena é de reclusão, de dois a 
cinco anos: 
 I – se a vítima é ascendente, 
descendente, cônjuge ou companheiro do 
agente ou maior de 60 (sessenta) anos; 
 II - se o crime é praticado mediante 
internação da vítima em casa de saúde ou 
hospital; 
 III - se a privação da liberdade dura mais 
de quinze dias. 
 IV – se o crime é praticado contra menor 
de 18 (dezoito) anos; 
 V – se o crime é praticado com fins 
libidinosos. 
 § 2º - Se resulta à vítima, em razão de 
maus-tratos ou da natureza da detenção, 
grave sofrimento físico ou moral: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 Redução a condição análoga à de 
escravo 
 Art. 149. Reduzir alguém a condição 
análoga à de escravo, quer submetendo-o a 
trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, 
quer sujeitando-o a condições degradantes 
de trabalho, quer restringindo, por qualquer 
meio, sua locomoção em razão de dívida 
contraída com o empregador ou preposto: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos, e 
multa, além da pena correspondente à 
violência. 
 § 1o Nas mesmas penas incorre 
quem: 
 I – cerceia o uso de qualquer meio de 
transporte por parte do trabalhador, com o fim 
de retê-lo no local de trabalho; 
 II – mantém vigilância ostensiva no local 
de trabalho ou se apodera de documentos ou 
objetos pessoais do trabalhador, com o fim de 
retê-lo no local de trabalho. 
 § 2o A pena é aumentada de metade, se 
o crime é cometido: 
 I – contra criança ou adolescente; 
 II – por motivo de preconceito de raça, 
cor, etnia, religião ou origem. 
SEÇÃO II 
DOS CRIMES CONTRA A 
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO 
 Violação de domicílio 
 Art. 150 - Entrar ou permanecer, 
clandestina ou astuciosamente, ou contra a 
vontade expressa ou tácita de quem de 
direito, em casa alheia ou em suas 
dependências: 
 Pena - detenção, de um a três meses, 
ou multa. 
 § 1º - Se o crime é cometido durante a 
noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego 
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de violência ou de arma, ou por duas ou mais 
pessoas: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois 
anos, além da pena correspondente à 
violência. 
 § 2º - Aumenta-se a pena de um terço, 
se o fato é cometido por funcionário público, 
fora dos casos legais, ou com inobservância 
das formalidades estabelecidas em lei, ou 
com abuso do poder. 
 § 3º - Não constitui crime a entrada ou 
permanência em casa alheia ou em suas 
dependências: 
 I - durante o dia, com observância das 
formalidades legais, para efetuar prisão ou 
outra diligência; 
 II - a qualquer hora do dia ou da noite, 
quando algum crime está sendo ali praticado 
ou na iminência de o ser. 
 § 4º - A expressão "casa" compreende: 
 I - qualquer compartimento habitado; 
 II - aposento ocupado de habitação 
coletiva; 
 III - compartimento não aberto ao 
público, onde alguém exerce profissão ou 
atividade. 
 § 5º - Não se compreendem na 
expressão "casa": 
 I - hospedaria, estalagem ou qualquer 
outra habitação coletiva, enquanto aberta, 
salvo a restrição do n.º II do parágrafo 
anterior; 
 II - taverna, casa de jogo e outras do 
mesmo gênero. 
 
 
 
TÍTULO II 
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
CAPÍTULO I 
DO FURTO 
 Furto 
 Art. 155 - Subtrair, para si ou para 
outrem, coisa alheia móvel: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e 
multa. 
 § 1º - A pena aumenta-se de um terço, 
se o crime é praticado durante o repouso 
noturno. 
 § 2º - Se o criminoso é primário, e é de 
pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode 
substituir a pena de reclusão pela de 
detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou 
aplicar somente a pena de multa. 
 § 3º - Equipara-se à coisa móvel a 
energia elétrica ou qualquer outra que tenha 
valor econômico. 
 Furto qualificado 
 § 4º - A pena é de reclusão de dois a 
oito anos, e multa, se o crime é cometido: 
 I - com destruição ou rompimento de 
obstáculo à subtração da coisa; 
 II - com abuso de confiança, ou 
mediante fraude, escalada ou destreza; 
 III - com emprego de chave falsa; 
 IV - mediante concurso de duas ou mais 
pessoas. 
 § 5º - A pena é de reclusão de três a oito 
anos, se a subtração for de veículo automotor 
que venha a ser transportado para outro 
Estado ou para o exterior. 
 § 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 
5 (cinco) anos se a subtração for de 
semovente domesticável de produção, ainda 
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que abatido ou dividido em partes no local da 
subtração. 
 Furto de coisa comum 
 Art. 156 - Subtrair o condômino, co-
herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a 
quem legitimamente a detém, a coisa comum: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois 
anos, ou multa. 
 § 1º - Somente se procede mediante 
representação. 
 § 2º - Não é punível a subtração de 
coisa comum fungível, cujo valor não excede 
a quota a que tem direito o agente. 
CAPÍTULO II 
DO ROUBO E DA

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