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GE_Tópicos Intregradores I- Enfermagem_Unidade3 SER

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UNIDADE III
Tópicos Intregradores I -
Enfermagem
2
Sumário
Para início de converSa ...................................................................................... 2
memBrana PLaSmáTica ........................................................................................ 3
mecaniSmoS de TranSPorTe ceLuLar ............................................................ 4
difusão Simples ......................................................................................................................... 4
difusão Facilitada ...................................................................................................................... 6
osmose ....................................................................................................................................... 7
Transporte ativo ....................................................................................................................... 8
endocitose e exocitose ............................................................................................................ 9
Bioeletrogênese ........................................................................................................................ 11
FiSioLoGia do SiSTema SenSoriaL ..................................................................... 12
Tato .............................................................................................................................................. 14
olfato ........................................................................................................................................... 15
Paladar ........................................................................................................................................ 17
visão ............................................................................................................................................ 20
audição ....................................................................................................................................... 23
FiSioLoGia do SiSTema diGeSTÓrio ................................................................... 26
Boca, Faringe e esôfago .......................................................................................................... 26
estômago .................................................................................................................................... 28
intestino delgado e Grosso .................................................................................................... 30
FiSioLoGia do SiSTema endÓcrino .................................................................... 32
Glândulas endócrinas e Hormônios ....................................................................................... 32
Hipotálamo ................................................................................................................................. 32
Hipófise ....................................................................................................................................... 33
Tireoide ....................................................................................................................................... 34
Paratireoides .............................................................................................................................. 35
Suprarrenais ou adrenais ........................................................................................................ 36
Pâncreas ..................................................................................................................................... 37
Testículos .................................................................................................................................... 38
ovários ....................................................................................................................................... 39
PaLavraS FinaiS do ProFeSSor .......................................................................... 40
1
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação: Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD 
_____________________________________________________________________
Moura, Marcela Pinto.
Tópicos Integradores I – Enfermagem: Unidade 3
Recife: Grupo Ser Educacional, 2019.
____________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
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TÓPicoS inTeGradoreS em enFermaGem
unidade 3
Para início de converSa
Caro (a) aluno (a), seja bem-vindo (a) a unidade 3!
Antes de iniciarmos, que tal recordar os tópicos abordados na unidade anterior? Você 
aprendeu sobre as fases e os mecanismos de divisão, gametogênese e sobre altera-
ções cromossômicas (numéricas e estruturais). Também entendeu de que forma algu-
mas patologias são hereditariamente transmitidas em certas genealogias, seguindo 
um padrão de herança genética. E percebeu a importância da construção de heredogra-
mas na análise de caracteres normais ou patológicos.
Nesta unidade você irá se familiarizar e estudar alguns dos principais temas em Fi-
siologia humana. Conhecerá a fisiologia de membranas e a bioeletrogênese celular. 
Entenderá como o Sistema sensorial viabiliza a captação de informações e a interação 
com o meio em que o organismo vive. Saberá como o sistema digestório age na trans-
formação do alimento para a obtenção de nutrientes, absorção de água e eletrólitos e 
eliminação de resíduos não absorvidos. E ao final, poderá relacionar as glândulas do 
sistema endócrino e seus respectivos hormônios com o tecido ou órgão-alvo.
Inicialmente recomendo a leitura das Unidades 1, 2 e 4 do livro-texto de Fisiologia 
Humana, disponível na biblioteca virtual do portal do aluno, visando o melhor aprovei-
tamento de suas horas de estudo. Pois, você terá mais facilidade em compreender os 
conteúdos e aproveitar o conteúdo aqui proposto. Bom estudo!
orienTaçõeS da diSciPLina
O conteúdo deste Guia de estudos irá lhe proporcionar o acesso a matérias, artigos 
científicos, apostilas e vídeos que enriquecerão seu conhecimento em Fisiologia huma-
na, através do acesso a links descritos ao longo desse material.
Não se esqueça de que na modalidade de ensino à distância, você é parte fundamental 
do processo de aprendizagem, sendo o gestor de seu progresso acadêmico e científico. 
Por isso, procure organizar seu tempo de estudo de acordo com a sua disponibilidade 
e necessidade. 
É importante associar a leitura desse material complementar com a dos livros-textos 
de cada disciplina (Genética, Fisiologia e Bioestatística), que podem ser acessados 
na biblioteca virtual. Use livremente os recursos disponíveis no Portal do aluno, 
como as dicas de leitura e de vídeo, para que a resolução das atividades avaliativas 
propostas (Desafio colaborativo e Atividade Contextualizada) ocorra de forma tranquila 
e gradativa.
Vamos juntos iniciar a leitura e discussão do conteúdo aqui apresentado. Espero que 
essa jornada seja instrutiva para você, e que abra seus horizontes acerca das possibi-
lidades que a Genética, a Fisiologia humana e a Bioestatística podem proporcionar ao 
Curso de Enfermagem.
3
aceSSe o amBienTe virTuaL
Recomendo que você faça a leitura da Unidade I, do livro-texto de Fisiologia humana, 
disponível no AVA (ambiente virtual). Dessa forma, você iniciará a construção do seu 
conhecimento em Fisiologia celular, Homeostase, Fisiologia de membranas e Bioele-
trogênese. 
memBrana PLaSmáTica
A membrana citoplasmática é uma barreira física que permite a troca de solvente (água) e departículas 
(soluto) entre os compartimentos extra e intracelular, regulando a composição e osmolaridade desses 
meios. Esse fenômeno, denominado de permeabilidade seletiva, tem origem na composição e organiza-
ção das biomoléculas que compõem a membrana plasmática – modelo mosaico fluido. 
O modelo mosaico fluido foi proposto em 1972 pelos pesquisadores Singer e Nicholson, e posteriormente 
foi comprovado e aceito como sendo o mais correto. A membrana plasmática nesse modelo apresenta-se 
como um tipo de mosaico, onde moléculas proteicas aparecem incrustadas em uma bicamada de fosfoli-
pídios, de consistência fluida. 
Na imagem a seguir você verá como as biomoléculas se dispõem no modelo de mosaico fluido, e poderá 
conhecer outros modelos propostos em anos anteriores à descoberta de Singer e Nicholson.
 
Figura 1
Fonte: LINK
http://www.netxplica.com/figuras_netxplica/verifica/membrana.plasmatica.png
4
São várias as propriedades da membrana citoplasmática, dentre elas destacam-se:
•	 Manutenção da integridade da estrutura celular;
•	 Controle da movimentação de substâncias para dentro e para fora da célula (permeabilidade 
seletiva);
•	 Regulação das interações intercelulares;
•	 Reconhecimento através de receptores de antígenos de células estranhas e células alteradas;
•	 Interface entre o citoplasma e o meio externo;
•	 Estabelecimento de sistemas de transporte para moléculas específicas;
•	 Transdução de sinais extracelulares.
veja o vídeo!
Para informações mais detalhadas sobre a composição e as funções da membrana 
plasmática, acesse o vídeo, com duração de 6 minutos e 49 segundos
LINK
mecaniSmoS de TranSPorTe ceLuLar
A passagem de substâncias (solutos e solventes) do meio extracelular para o meio intracelular pode ser 
realizada pelos processos de osmose, difusão, por transporte ativo, por endocitose ou exocitose. Na reali-
dade, em célula normal e ativa, alguns desses mecanismos podem ocorrer simultaneamente. É importante 
que você saiba diferenciá-los, dando enfoque as semelhanças e diferenças encontradas. 
Vamos conhecê-los?
difusão Simples
A difusão simples é um tipo de transporte passivo, ou seja, não há gasto de energia celular, em que um 
soluto atravessa a membrana a favor de um gradiente de concentração. 
https://www.youtube.com/watch%3Fv%3D2FE206MtIUA%20
5
Esse movimento é aleatório e espontâneo, caracterizando-se pela passagem de partículas suspensas ou 
dissolvidas em solução, de uma região de maior concentração para outra de menor concentração.
Figura 2
Fonte: LINK
Além do gradiente de concentração é necessário considerar a solubilidade das partículas, para então 
determinar a sua permeabilidade através da membrana. As que são lipossolúveis atravessam diretamen-
te a bicamada lipídica, enquanto as partículas hidrossolúveis necessitam de um corredor aquoso, como 
canais iônicos, ou da participação de transportadores especiais. Em contrapartida, alguns solutos, como 
as macromoléculas proteicas são completamente impermeáveis.
Figura 3
Fonte: LINK
https://slideplayer.com.br/slide/8199876/25/images/8/Difus%25C3%25A3o%2BSimples%2BAtrav%25C3%25A9s%2Bda%2Bmembrana.jpg
http://www.if.ufrgs.br/fis01038/biofisica/difusao/tabela.jpg
6
difusão Facilitada
A Difusão facilitada é outro tipo de difusão em que não ocorre gasto de energia, cujo movimento de par-
tículas é a favor do gradiente de concentração, porém nesse mecanismo, a difusão é mediada por uma 
proteína carreadora. 
Os carreadores proteicos são necessários para o transporte de moléculas hidrossolúveis que não podem 
atravessar os canais iônicos, como a glicose e os aminoácidos. 
O processo ocorre da seguinte forma: 
1. A partícula a ser transportada se liga a uma proteína de membrana, que muda a sua conformação 
espacial; 
2. A mudança conformacional da proteína de membrana permite o transporte da partícula, através da 
membrana plasmática. 
Figura 4
Fonte: LINK
veja o vídeo!
Para aprofundar seus conhecimentos, prezado (a) estudante, sobre a difusão simples e 
a facilitada, acesse o vídeo com duração de 7 minutos e 29 segundos:
LINK
https://www.sobiologia.com.br/figuras/Citologia/permease.jpg%20
https://www.youtube.com/watch%3Fv%3D9DGWJU7P-uM%20
7
osmose
A osmose é outro tipo de transporte passivo, sem gasto de energia, contudo, diferentemente das difusões 
simples e facilitada, não há movimento de soluto e sim de solvente. Perceba que agora é a água que se 
move através da membrana. A pressão que a água exerce para forçar a membrana e, assim conseguir se 
movimentar livremente através da membrana é conhecida como pressão osmótica. 
O movimento da água não é influenciado pela natureza do soluto, mas pelo número de partículas dissolvi-
das ou em suspensão, indo sempre do local que tem menor concentração de soluto para o local de maior 
concentração. 
Observe a imagem a seguir para entender como a osmose é realizada entre soluções com diferentes 
concentrações.
Figura 5
Fonte: LINK
A solução que possui mais soluto é chamada de hipertônica, e a de menor concentração de hipotônica. 
Separadas por uma membrana, a água flui da solução hipotônica para a hipertônica até que o equilíbrio 
seja alcançado, e as duas soluções se tornem isotônicas. A partir desse momento, haverá fluxo de água 
nos dois sentidos de modo proporcional.
Quer saber como a osmose pode afetar a morfologia e o funcionamento de células em condições fisioló-
gicas normais? 
https://www.biologianet.com/upload/conteudo/images/2014/12/mecanismo-de-osmose.jpg
8
Então, observe a próxima imagem e analise as modificações sofridas por hemácias dispostas em soluções 
com diferentes concentrações.
Figura 6
Fonte: LINK
Transporte ativo 
O transporte ativo é o nome dado ao movimento de moléculas através da membrana, contra um gradiente 
de concentração, por meio da atuação de proteínas transportadoras específicas e com gasto de energia 
celular (hidrólise de ATP). Esse tipo de transporte pode ser de dois tipos: primário ou secundário.
Conheça-os:
1. No transporte ativo primário, o transporte da partícula se realiza com a hidrólise de ATP pelas 
ATPases (p.ex.: Na+/K+ ATPase, Ca2+ ATPases e H+/K+ ATPase). 
2. Por outro lado, no transporte ativo secundário, a energia necessária para direcionar o movimento 
contra o gradiente de concentração advém do gradiente eletroquímico de um segundo soluto. Ou seja, 
embora haja consumo de energia, a diferença entre os transportes primário e secundário está na fonte 
de energia.
https://static.todamateria.com.br/upload/os/mo/osmose-0-cke.jpg
9
Veja, na imagem a seguir, um resumo dos mecanismos de transporte através da membrana plasmática, 
sejam eles ativos ou passivos:
Figura 7
Fonte: LINK
endocitose e exocitose
O transporte de macromoléculas, para dentro ou para fora do meio intracelular, é realizado por endocitose 
ou exocitose através da indução de alterações morfológicas celulares. 
Na endocitose, a macromolécula é conduzida para o interior da célula por meio de dois mecanismos 
principais. 
https://images.slideplayer.com.br/62/11802855/slides/slide_17.jpg
10
Na fagocitose, a célula engloba partículas sólidas através de seus pseudópodes, que são prolongamentos 
citoplasmáticos. Já na pinocitose são englobadas partículas líquidas. 
Figura 8
Fonte: LINK
Na exocitose, o movimento de macromoléculas é para fora da célula pela liberação de vesículas de se-
creção que convergem para a membrana, fundem-se a ela e liberam o seu conteúdo no meio extracelular. 
As partículas exocitadas são oriundas da digestão intracelular ou de moléculas sintetizadas no interior 
da célula. 
Figura 9
Fonte: LINK
http://www.educabras.com/media/emtudo_img/upload/_img/20141210_073157.gif
https://image.slidesharecdn.com/4heterotrofia-130225112918-phpapp02/95/4-heterotrofia-30-638.jpg%3Fcb%3D1361795703
11
veja o vídeo!
Assista a uma animação em 3D dos mecanismos de transportes ativos (primário e se-
cundário), endocitose e exocitose, com duração de 3 minutos e 18 segundos.
LINK
BioeletrogêneseAs células eucarióticas apresentam diferenças na concentração de solutos dentro e fora da célula, que 
são mantidas ativamente pela polaridade elétrica de cada íon, pela permeabilidade seletiva da membra-
na, e pelos mecanismos de transporte passivos e ativos.
O chamado potencial de repouso está presente em todas as células do nosso corpo, inclusive em células 
excitáveis como neurônios e as células musculares, quando não estão em atividade. Esta diferença de 
potencial tem origem na assimetria de íons existente entre os meios extra e intracelular, principalmente 
de potássio, sódio e cloro, sendo mantida pela bomba de sódio e potássio.
A bomba de sódio e potássio tem a função de gerar uma maior concentração de íons K+ no meio intrace-
lular em relação ao sódio Na+, que possui uma maior concentração em meio extracelular em relação aos 
íons K+, mantendo assim um déficit de íons positivos no interior celular e negativo no meio extracelular.
O denominado potencial de ação somente ocorre em células excitáveis ativas, e é capaz de gerar um fluxo 
de íons que modifica a diferença de potencial encontrada em uma célula em repouso. A partir de certo 
estímulo, o potencial de ação pode ser desencadeado, havendo uma mudança transitória e gradativa da 
diferença de potencial da membrana até que haja a completa inversão da polaridade elétrica.
A despolarização é rápida devido à entrada de cargas positivas para o interior do neurônio. Na repolari-
zação, a diferença de potencial volta aos valores do potencial de repouso graças à saída de cátions, que 
é significativa e torna a membrana momentaneamente hiperpolarizada, quer dizer, mais carregada nega-
tivamente do que no estado de repouso. 
https://www.youtube.com/watch%3Fv%3D-CaPKp-B8jQ
12
Veja na imagem abaixo um gráfico que ilustra todo esse processo:
Figura 10
Fonte: LINK
FiSioLoGia do SiSTema SenSoriaL
O que você entende sobre Sistema Sensorial, caro (a) aluno (a)? 
Bem, esse sistema é formado pelos órgãos do sentido, em que as terminações do sistema nervoso peri-
férico captam estímulos provenientes do meio externo em que vivemos, os quais são interpretados pelo 
sistema nervoso central.
Figura 11
Fonte: LINK
https://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/images/a/a3/Impulsonervoso.jpg
https://1.bp.blogspot.com/-5GDEbRuxCdw/XJI92Vs-rHI/AAAAAAAAZ20/Fp4cNNfNFIUknHzskoIbnsDibQtFlDx_wCLcBGAs/s1600/receptores%252Bsensoriais%252B1.jpg
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Para tanto, os receptores sensoriais são os responsáveis pela transdução do estímulo ambiental em um 
sinal elétrico que pode ser processado pelo Sistema nervoso central. Tais receptores reagem preferencial-
mente a um determinado tipo de estímulo, e são assim classificados em:
	 Quimiorreceptores – perceptíveis a substâncias químicas; 
	 Termorreceptores – respondem pela variação da temperatura, captando estímulos de natureza 
térmica; 
	 Mecanorreceptores – respondem a estímulos mecânicos; 
	 Fotorreceptores – captam estímulos luminosos, detectando a luz. 
Figura 12
Fonte: LINK
Outra forma de classificar os receptores sensoriais é com base em sua localização em:
	 Exterorreceptores – localizados na superfície do corpo, captando estímulos do meio externo, 
como a luz, calor, som e pressão;
	 Propriorreceptores – localizados nos músculos, tendões, articulações e órgãos internos, cap-
tando estímulos provenientes meio interno;
	 Interorreceptores – percebem as condições internas do corpo, como pH, pressão osmótica, 
temperatura e composição química do sangue.
Agora que você já aprendeu a classificar os receptores sensoriais, conforme a natureza do estímulo cap-
tado e sua localização, vamos analisar cada órgão do sentido separadamente.
Vamos começar!
https://slideplayer.com.br/slide/3223302/11/images/4/RECEPTORES%2BSENSORIAIS%2B-%2BCLASSIFICA%25C3%2587%25C3%2583O%2B-.jpg
14
Tato
O sentido do tato está relacionado a terminações nervosas e corpúsculos que formam os receptores tá-
teis, sendo o sentido responsável pela percepção de diferentes sensações na pele. 
Figura 13
Fonte: LINK
Este sentido é o primeiro sentido desenvolvido nos seres humanos homem, sendo fundamental para 
o crescimento, desenvolvimento e aprendizado da criança, a partir do toque e de estímulos de outras 
pessoas. Por toda vida, o sentido do tato é o único que mantém em alerta durante o período do sono. Os 
receptores táteis podem estar mais presentes em regiões como as mãos, os pés e os lábios.
Outra importante função dos receptores táteis é a de possibilitar reflexos capazes de evitar eventuais 
danos à pele, ou ao próprio organismo, a partir de conexões com neurônios motores na medula. 
Como nós somos organismos homeotérmicos, conseguimos manter a temperatura do corpo constante 
independente da temperatura do meio externo. Isso somente é possível graças aos termorreceptores que 
mantém a regulação da temperatura interna. 
http://www.educabras.com/media/emtudo_img/upload/_img/20141215_061812.gif
15
Para os animais homeotérmicos (ou pecilotérmicos), a temperatura corporal varia de acordo com a tempe-
ratura do meio ambiente, a exemplo dos répteis e anfíbios. 
Figura 14
Fonte: LINK
olfato
O olfato está relacionado ao epitélio olfativo das vias nasais, responsável por captar odores liberados 
por diferentes objetos. Essa região está localizada no teto das cavidades nasais onde neurorreceptores 
percebem e captam as partículas de odor, dissolvidas no muco das vias nasais.
Figura 15
Fonte: LINK
As células sensoriais do órgão olfatório possuem neurônios que ao serem estimulados originam impulsos 
nervosos direcionados ao lobo olfatório cerebral, e então produzindo a sensação de cheiro. Vale salientar 
que o sistema olfativo é o único conectado diretamente com o córtex cerebral. 
https://slideplayer.com.br/slide/1670961/6/images/7/PELE%253A%2BTIPOS%2BDE%2BRECEPTORES.jpg
https://auladefisiologia.files.wordpress.com/2009/08/olfato.jpg
16
Pesquisas indicam que há uma conexão entre o lobo frontal e o sistema límbico que está relacionado às 
emoções, o que permite que o ser humano tenha a chamada memória olfativa. 
Figura 16
Fonte: LINK
você SaBia?
Estimado (a) estudante, você sabia que os cientistas descobriram que enquanto estímu-
los visuais evocavam memórias da adolescência e juventude dos indivíduos analisados, 
os estímulos aromáticos evocavam memórias da primeira infância, excepcionalmente 
ricas e emotivas?
Isto mesmo...tal conexão foi atribuída ao fato de que o olfato é o primeiro sentido a 
amadurecer, garantindo uma ligação entre os aromas e as emoções. 
???
https://clubeessencial.com/wp-content/uploads/2019/03/sistema-limbico.jpg
17
Figura 17
Fonte: LINK
viSiTe a PáGina
Ficou interessado (a) nesse assunto? 
Então, leia a reportagem do Estadão - Olfato é o sentido mais ligado às emoções e à 
memória, acessando o seguinte link: LINK
Paladar
O paladar é o sentido que está associado às papilas gustatórias ou gustativas, localizadas na língua e 
palato. As papilas filiformes geram a sensações relacionadas aos sabores, já as papilas circunvaladas, 
fungiformes e foliáceas pelas sensações táteis. Além de avaliar o tipo de sensação do gosto dos alimen-
tos, o paladar se refere ao mecanismo de evitar a ingestão de substâncias tóxicas.
https://2.bp.blogspot.com/-FThnK6PLOEM/WPIsbgAT4JI/AAAAAAAAN-4/EX8MCZ5Xlpo-pwcSu8Bctg2ylSHIgCFGQCLcB/s1600/olfato.png
https://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral%2Colfato-e-o-sentido-mais-ligado-as-emocoes-e-a-memoria%2C218772
18
Figura 18
Fonte: LINK
A fisiologia do sistema gustativo se inicia após a solubilização das partículas do alimento, então são ge-
rados impulsos químicos pelos quimiorreceptores das papilas gustativas. Esses receptores estão localiza-
dos nos calículos gustativos e enviam os impulsos através dos nervos cranianos (facial, glossofaríngeo e 
vago) até a medula oblonga, e daí para o tálamo. Os impulsos continuam seu caminho pela área gustativa 
primária do córtex cerebral, onde serão interpretados.
Figura 19
Fonte: LINK
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3377275/mod_resource/content/1/Gusta%25C3%25A7%25C3%25A3o%2520e%2520Olfa%25C3%25A7%25C3%25A3o_EC2017.pdfhttps://slideplayer.com.br/slide/1784953/7/images/5/Paladar%2BQuimiorreceptores%2B%25EF%2583%25A0%2Bdoce%252C%2Bsalgado%252C%2Bamargo%2Be%2Bazedo%253B.jpg
19
É fato que nos seres humanos são perceptíveis cinco sabores primários, não é verdade? Mas, a percepção 
de outros tipos de sabores ocorre por combinação desses sabores. São eles:
	 Doce: a célula receptora é estimulada pela sacarose, sacarina e aspartame;
	 Salgado: os íons Na+ e Ca2+ estimulam as células receptoras;
	 Azedo: a célula receptora é estimulada pelos íons H+;
	 Amargo: o estímulo é feito pela quinina e pela cafeína;
	 Umami: diversos aminoácidos, como o ácido glutâmico, são responsáveis por estimular as células 
receptoras. 
Figura 20
Fonte: LINK
Uma curiosidade: você já percebeu como fica o sabor dos alimentos quando se está resfriado ou quando 
há algum comprometimento das vias nasais? 
Isso acontece porque o sabor é uma combinação de odores e de gostos, percebidos pelos quimiorrecep-
tores da gustação e do olfato. Cerca de 80% da sensação que temos ao ingerir um alimento está ligada 
ao olfato, e um dos motivos está no fato de que os centros do paladar e do olfato se situam em regiões 
próximas do córtex cerebral. O sistema olfativo pode ser prejudicado por alterações nasosseptais, polipo-
se nasal e congestão nasal crônica, como por exemplo, as rinites alérgicas e não alérgicas.
Figura 21
https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2018/09/papilas-gustativas-797392141.jpg
20
você SaBia?
A memória também possui um papel importante no paladar, querido (a) aluno (a)?
É por isso que bebês dão respostas faciais de diversas maneiras a tipos diferentes de alimentos, sobretudo 
para aqueles de sabor doce e amargo. 
Figura 22
Fonte: LINK
Percebe-se que de modo geral que os alimentos azedos geralmente são pouco aceitos pelos bebês, como 
um mecanismo de defesa contra alimentos contaminados.
visão
Os olhos possuem células fotorreceptoras capazes de captar estímulos luminosos, transformando-os em 
estímulos nervosos que são transmitidos da retina até o sistema nervoso central. Os fotorreceptores es-
tão localizados na retina, e podem ser de dois tipos – cones e bastonetes. 
Os bastonetes são mais sensíveis à luz do que os cones, mas são de apenas um tipo. É por isso que em 
um quarto escuro, cones não respondem e percebemos o ambiente como imagens acinzentadas (ou sim-
plesmente sem cor). 
???
https://criancabemnutrida.files.wordpress.com/2015/03/img_4527.jpg
21
Bastonetes são extremamente importantes para a detecção de bordas e movimento, e são os responsá-
veis pela distinção das cores.
Figura 23
Fonte: LINK
Observe na imagem abaixo o caminho percorrido pela luz através dos olhos humanos para a formação da 
imagem.
Figura 24
Fonte: LINK
A pupila funciona como um obturador e regula a quantidade de luz que penetra no olho, expandindo-se 
em ambientes escuros e se retraindo em ambientes claros. Por sua vez, o cristalino age como uma lente 
biconvexa que projeta os feixes luminosos até o fundo dos olhos, fotorreceptores. A imagem projetada 
pelo cristalino está invertida e sua correção ocorre no sistema nervoso central.
http://luztecnologiaearte.weebly.com/uploads/1/3/5/6/13567015/1763761_orig.jpg%3F1
http://jornalismojunior.com.br/wp-content/uploads/2019/04/caminho-da-visao.jpg
22
A seguir você pode conferir os problemas de visão mais comuns, e quais são as lentes utilizadas em sua 
correção. 
Observe que essas alterações modificam o local de formação da imagem (antes ou após a retina) ou o 
posicionamento da imagem (irregular). 
Figura 25
Fonte: LINK
A presbiopia ou “vista cansada” é outro tipo de problema de visão que costuma acometer pessoas acima 
dos 40 anos de idade. Ele está associado a problemas na acomodação visual desempenhada pelo crista-
lino no ajuste da visão, para observação de objetivos próximos ou distantes do observador. Com o passar 
dos anos a musculatura ligada ao cristalino ou o cristalino em si torna-se mais rígido, dificultando ou até 
mesmo impedindo esse mecanismo. 
Figura 26
Fonte: LINK
https://tvjaguari.com.br/wp-content/uploads/2018/09/olho_site-e1538141863989-735x400.jpg
https://202248-609124-1-raikfcquaxqncofqfm.stackpathdns.com/blog/wp-content/uploads/2018/11/181114-sintomas-presbiopia.jpg
23
você SaBia?
Você sabia que o uso excessivo de celular pode ser um risco para a saúde dos olhos, especialmente para 
crianças e jovens?
O acho que sim, devido às inúmeras reportagens veiculadas, não é verdade?
No Brasil, por exemplo, o uso de celular é maior entre os jovens e tem começado cada vez mais cedo. 
Pesquisas mostram que essa prática pode gerar cansaço nos olhos e ao uso crescente de óculos. 
Figura 27
Fonte: LINK
veja o vídeo!
Você pode assistir a uma reportagem do Portal Infonet, com duração de aproximada-
mente 2 minutos, sobre esse assunto:
LINK
audição
O som se propaga como uma onda no meio e ao atingir o ouvido humano produz sons que são audíveis, 
em uma frequência entre 20 Hz e 20.000 Hz. Anatomicamente, o aparelho auditivo é dividido em ouvido 
externo, ouvido médio e ouvido interno. 
Observe na imagem abaixo as subdivisões e componentes de cada parte do ouvido humano.
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http://files.clicksergipe.com.br//thumbs.php%3Farquivo%3D1/conteudos/2018/11/47305/4e03ff704d09338019a5542f9226ecd4.jpg%26largura%3D1200
https://youtu.be/0DAtrfRfJ0I
24
Figura 28
Fonte: LINK
Na orelha externa, o som é captado pelo pavilhão auricular e direcionado ao meato acústico externo, onde 
é amplificado. Seguindo para o ouvido interno, o som atinge a membrana timpânica, fazendo-a vibrar. Des-
sa forma, o tímpano transforma energia sonora em energia mecânica, transmitindo-a através dos ossícu-
los martelo, bigorna e estribo. As vibrações são então propagadas pelo fluido que está presente na cóclea, 
na parte interna do ouvido, onde ocorre a transformação do estímulo mecânico em energia hidrodinâmica. 
Os estímulos são conduzidos até o vestíbulo pela janela oval, onde existe a perilinfa e se desloca pela 
rampa vestibular até helicotrema, retornando pela rampa timpânica. Quando chegam na janela oval, os 
estímulos são direcionados à caixa timpânica. A diferença de pressão hidrostática é aplicada sobre a 
membrana basilar, onde há o órgão de Corti que converte a energia mecânica em energia elétrica. 
Nessa região há cinco tipos de células que realizam essa transdução: células ciliadas internas, células 
ciliadas externas, células de sustentação, estereocílios das células ciliadas e o nervo auditivo.
Figura 29
Fonte: LINK
https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/08/anatomia-orelha-ouvido-780609469-1000x768.jpg
https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2018/10/orgao-de-corti_625630376-1000x577.jpg
25
Ao final, os estímulos são transformados em impulsos nervosos que são conduzidos ao córtex cerebral, 
onde serão decodificados pelo cérebro que irá processar as informações e interpretar aquilo que ouvimos.
É por tudo isso, que o sistema auditivo é capaz de nos dar uma percepção tridimensional do ambiente a 
nossa volta. Lembre-se que o som é captado em qualquer direção, o que contribui para que o ser humano 
desenvolva seu senso de localização e equilíbrio, e então consiga se localizar e orientar no ambiente em 
que está.
você SaBia?
Você sabe o que é poluição sonora? 
Podemos conceituar da seguinte forma: a poluição sonora é o excesso de ruídos que incomodam por se-
rem altos demais para o nosso sistema auditivo, e que podem afetar a saúde física e mental da população. 
Diferentemente de outros tipos de poluição, a poluição sonora não deixa resíduos, possui um menor raio 
de ação, não é transportada através de fontes naturais e é percebida somente por um sentido: a audição. 
Esses fatores fazem com que muitos subestimem seus efeitos, ainda que ela possa trazer graves danos à 
saúde humana e de outros animais. 
Figura 30
Fonte: LINK
Em níveis normais, a audição humana capta sons a partir de 10 ou 15 decibéis. Até cerca de 80 a 90 de-
cibéis, ossons são inofensivos à audição humana. Porém acima desses valores, os sons podem provocar 
dores de cabeça, irritabilidade e insônia e, sobretudo, diminuição da capacidade auditiva. Segundo a 
Organização Mundial de Saúde, o som ambiente não deve ultrapassar 70 decibéis, para evitar a poluição 
sonora. 
???
https://st2.depositphotos.com/1077687/10225/v/950/depositphotos_102252592-stock-illustration-noise-pollution-design.jpg
26
A exposição prolongada a níveis mais elevados pode gerar lesões auditivas, ou até mesmo perda irrever-
sível da audição.
FiSioLoGia do SiSTema diGeSTÓrio
A digestão é o processo pelo qual o alimento é reduzido a compostos mais simples, através de meca-
nismos que agem mecânica e quimicamente, para que então sejam absorvidos e utilizados para o bom 
funcionamento do organismo. 
O sistema digestivo ou digestório humano é constituído por órgãos, glândulas e anexos, formando um 
longo tubo musculoso que se inicia pela boca, passando pela faringe, esôfago, estômago, intestino e, 
terminando no ânus.
Você pode ver na imagem abaixo, resumidamente, a função dos principais componentes do sistema di-
gestório humano:
Figura 31
Fonte: LINK
Boca, Faringe e esôfago
A boca é onde se inicia o processo de digestão dos alimentos, principalmente a digestão química dos car-
boidratos. Nela, há dentes que trituram o alimento (digestão mecânica), a língua que umidifica o alimento, 
misturando-o à saliva e o impulsiona em direção à faringe, facilitando a deglutição. 
A saliva é produzida e secretada pelas glândulas salivares parótidas, submaxilares e sublinguais. É 
composta por água, muco e pela enzima amilase (ou ptialina), que digere o amido e outros polissacarí-
deos, reduzindo-os em moléculas menores. 
http://s2.glbimg.com/JwnSanFoObupXtFoVQmCq_3v-rA%3D/0x0:620x313/620x313/s.glbimg.com/po/ek/f/original/2014/02/12/digestao.jpg
27
Esta enzima age em pH neutro, tendo sua ação inibida em pH ácido. 
Figura 32
Fonte: LINK
Ao ser deglutido o bolo alimentar é direcionado para a faringe, um tubo muscular membranoso que se 
comunica em uma extremidade com a boca, e na outra extremidade com o esôfago. A faringe é um canal 
comum ao sistema respiratório e ao sistema digestório, e para impedir que o bolo alimentar entre nas vias 
respiratórias, a epiglote fecha o orifício de comunicação da faringe com a laringe.
Figura 33
Fonte: LINK
Por contração da faringe o bolo alimentar chega ao esôfago, um tubo musculoso que é controlado pelo 
sistema nervoso autônomo, cujos movimentos peristálticos impulsionam o bolo alimentar até estômago.
https://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/2014/12/20170323-saliva.jpg
https://static.todamateria.com.br/upload/fa/ri/faringesistemadigestorio-cke.jpg
28
Figura 34
Fonte: LINK
estômago
O estômago é a porção mais dilatada do tubo digestivo e anatomicamente é dividido em fundo, corpo e 
porção pilórica. Agindo como uma grande bolsa, é lá que o bolo alimentar é armazenado e misturado com 
o suco gástrico, para digestão das proteínas. 
Figura 35
Fonte: LINK
https://static.todamateria.com.br/upload/es/of/esofagosistemadigestorio-cke.jpg
https://static.todamateria.com.br/upload/es/ta/esta_mago1.jpg%20
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As paredes do estômago são formadas por várias glândulas que produzem o suco gástrico, que é com-
posto basicamente por ácido clorídrico, e o muco que protege a mucosa estomacal contra os efeitos 
corrosivos da acidez excessiva. 
O pH ácido transforma o pepsinogênio em sua forma ativa, a pepsina – uma protease que degrada as 
proteínas em proteoses e peptonas. O controle da pepsina é realizado pelo hormônio gastrina, que é 
produzido no estômago quando moléculas de proteínas entram em contato com a parede gástrica. 
Após sua digestão química, o bolo alimentar torna-se o quimo, que é parcialmente absorvido no estôma-
go, mas a maior parte é direcionada para o intestino delgado.
você SaBia?
Você sabia que algumas pessoas apresentam inflamações crônicas na mucosa gástricas que podem resul-
tar em lesões leves (gastrites) ou graves (úlceras) na parede do estômago?
No tópico anterior, você aprendeu a importância desse órgão na digestão de proteínas através da acidifi-
cação do bolo alimentar, não é verdade?
Mas o que será que acontece quando a proteção natural desse órgão é danificada?
Bem, um dos fatores de risco para o aparecimento de gastrites e úlceras estomacais é a infecção bacte-
riana por Helicobacter pylori. Estima-se que mais de 50% da população mundial possui o estômago colo-
nizado por essa bactéria, afetando indivíduos de todas as idades. A H. pylori tem uma incrível capacidade 
de sobreviver no pH ácido do estômago, devido à produção de substâncias que neutralizam essa acidez.
Figura 36
Fonte: LINK
???
http://gastrocentrocascavel.com.br/wp-content/uploads/2015/03/XVIc-Gastrite-H.-pylori.png
30
Depois que se fixa em um determinado ponto do estômago consegue ultrapassar a barreira de muco ade-
rindo-se à mucosa, e assim utilizando a proteção natural da mucosa gástrica a seu favor. 
veja o vídeo!
Se você quiser um pouco mais sobre H.pylori, assista ao vídeo com duração de 5 minu-
tos e 38 segundos:
LINK
intestino delgado e Grosso 
O intestino delgado é um tubo revestido por uma mucosa enrugada rica em vilosidades e microvilosida-
des, onde ocorre a maior parte da digestão e da absorção dos nutrientes. Anatomicamente, esse órgão é 
dividido em duodeno, jejuno e íleo. 
O duodeno é a primeira porção do intestino delgado a receber o quimo, ainda muito ácido, sendo irritante 
à mucosa duodenal. Sua chegada estimula a produção dos hormônios secretina e colecistocinina que 
atuam na secreção do suco pancreático pelo pâncreas e da bile pelo fígado, respectivamente. 
Figura 37
Fonte: LINK
https://www.youtube.com/watch%3Fv%3DY-jfnCivr0Q%26feature%3Dyoutu.be
https://static.todamateria.com.br/upload/rg/ao/rgaosanexossistemadigestorio-cke.jpg
31
A bile é sintetizada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar. Ela contém bicarbonato de sódio e sais 
biliares, que ajudam na neutralização do quimo e na emulsificação dos lipídios.
O suco pancreático, produzido no pâncreas, contém enzimas, água e grande quantidade de bicarbonato de 
sódio, também agindo na neutralização do quimo. Suas enzimas atuam na digestão enzimática de amidos 
(amilase pancreática), peptídeos (carboxipeptidase), lipídios (lipase), entre outros. 
Há ainda a liberação de suco entérico, que é produzido pela própria mucosa intestinal, cujas enzimas 
também participam da digestão de lipídios, proteínas e carboidratos. 
Os nutrientes que não foram absorvidos como água e fibras, são direcionados para o intestino grosso, 
onde há absorção de água, armazenamento e eliminação de resíduos digestivos. Anatomicamente, esse 
órgão é dividido em ceco, cólon (ascendente, transverso, descendente e a curva sigmoide) e reto.
Nessa região, a flora intestinal fermenta e decompõe o alimento (agora chamado de quilo), gerando gases 
e outros produtos como a vitamina K que são em parte liberados, em parte absorvidos pelo corpo. 
Figura 38
Fonte: LINK
O material que não foi digerido forma o bolo fecal ou as fezes, que se acumulam no reto até serem elimi-
nadas para fora do corpo pelo ânus. A passagem e eliminação do bolo fecal são facilitadas pelo muco, que 
o lubrifica, e é produzido por glândulas presentes no intestino grosso. Fibras vegetais não são digeridas e 
nem absorvidas, e por isso favorecem a formação das fezes.
https://static.todamateria.com.br/upload/in/te/intestinogrossosistemadigestorio-cke.jpg
32
FiSioLoGia do SiSTema endÓcrino
O Sistema Endócrino é formado por glândulas responsáveis pela produção de hormônios, que são lança-
dos no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam. 
Mas qual ou quais seriam as funções desse sistema?
Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções do nosso corpo, e controla 
diferentes respostas do organismo, como os exemplos: regulação, homeostase, desenvolvimento, repro-dução. A integração entre esses dois sistemas é realizada pelo hipotálamo.
Glândulas endócrinas e Hormônios
As glândulas endócrinas liberam sua secreção (os hormônios) diretamente na corrente sanguínea, estan-
do localizadas em diferentes partes do corpo. As principais são o hipotálamo, a hipófise, a tireoide, as 
paratireoides, o timo, as suprarrenais, o pâncreas e as glândulas sexuais (testículos e ovários).
 
Figuras: 39 e 40
Fontes: 
LINK1 
LINK2
Hipotálamo
O hipotálamo localiza-se na porção central da base do cérebro, sendo considerado o centro da sede, da 
fome, local das emoções e o termostato do corpo. É ainda responsável pelo controle do sistema nervoso 
autônomo e da glândula hipófise. 
https://static.todamateria.com.br/upload/53/14/5314facc53999-sistema-endocrino-large.jpg
https://www.anatomiaemfoco.com.br/wp-content/uploads/2018/07/sistema-endocrino.jpg
33
Figura 41
Fonte: LINK
Hipófise
A hipófise (ou pituitária) é uma glândula pequena, localizada na base do cérebro e adjacente ao hipo-
tálamo. Atua no controle hormonal de outras glândulas, como você pode observar na imagem abaixo. É 
formada pela adenohipófise (lobo anterior) e pela neurohipófise (lobo posterior), que libera, armazena e 
libera os hormônios produzidos pelo hipotálamo.
Figura 42
Fonte: LINK
https://meuvet.files.wordpress.com/2016/08/52ab5-eixo-hipotalamo-hipofise-adrenal.jpg
https://www.msdmanuals.com/-/media/manual/home/images/end_pituitary_target_organs_pt.gif%3Fla%3Dpt%26thn%3D0
34
Figura 43
Fonte: LINK
Tireoide
A tireoide localiza-se na parte anterior do pescoço, abaixo da laringe. Divide-se em duas porções, ou 
lobos, ao lado da traqueia, que estão ligados por uma ponte de tecido glandular chamada istmo. 
Os hormônios da tireoide estão relacionados com a regulação do metabolismo (T3 e T4) e o equilíbrio das 
concentrações de cálcio (Calcitocina). Entre esses hormônios, destacam-se a tiroxina (T3) e a triiodotironi-
na (T4), que possuem iodo na sua composição. 
https://www.sistemanovi.com.br/basenovi/image/ConteudosDisciplinas/12/45/635/300379/tabela.png
35
A carência do iodo pode comprometer as funções fiosológicas da tireoide, e por isso o iodo passou a ser 
acrescentado ao sal de cozinha.
Figura 44
Fonte: LINK
Figura 45
Fonte: LINK
Paratireoides
As paratireoides são pequenas glândulas localizadas próximas à tireoide, que produzem um hormônio 
chamado de paratormônio. 
Figura 46
Fonte: LINK
https://www.sistemanovi.com.br/basenovi/image/ConteudosDisciplinas/12/45/635/300379/tabela-2.png
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/08/glandula-paratireoides.jpg
36
O paratormônio é fundamental na manutenção dos níveis saudáveis de cálcio no sangue, promovendo a 
liberação de cálcio dos ossos para o sangue; a absorção de cálcio pelo sistema digestório; e a reabsorção 
de cálcio nos túbulos renais.
Figura 47
Fonte: LINK
Suprarrenais ou adrenais
As glândulas suprarrenais (ou adrenais) estão localizadas pares na porção superior dos rins. São contro-
ladas pelo hipotálamo e pela hipófise, sendo que o córtex (região periférica) e a medula (região central) 
realizam funções distintas. 
Figura 48
Fonte: LINK
https://www.sistemanovi.com.br/basenovi/image/ConteudosDisciplinas/12/45/635/300379/tabela-3.png
https://slideplayer.com.br/slide/1225887/3/images/8/GL%25C3%2582NDULA%2BSUPRARRENAL%2BSuprarrenal%2Besquerda%2BSuprarrenal%2Bdireita.jpg
37
Veja no figura (quadro), a seguir, os hormônios liberados pela região cortical e medular das glândulas 
adrenais e suas respectivas funções.
Figura 49
Fonte: LINK
Pâncreas
O pâncreas é considerado uma glândula mista, já que atua em parte como uma glândula exócrina, que 
libera suco pancreático na luz do duoedeno, durante o processo digestivo, e em parte como uma glândula 
endócrina, que secreta os hormônios insulina e glucagon, diretamente na corrente sanguínea para regu-
lação do nível de glicose no sangue. 
O pâncreas está localizado posteriormente ao estômago, junto à porção superior do intestino.
Figura 50
Fonte: LINK
https://www.sistemanovi.com.br/basenovi/image/ConteudosDisciplinas/12/45/635/300379/tabela-4.png
https://traidapelopancreasblog.files.wordpress.com/2016/09/pancreas.png%3Fw%3D397
38
Figura 51
Fonte: LINK
Testículos
Os testículos são órgãos relacionados com o sistema reprodutor masculino, estando situado no interior do 
escroto. Eles atuam na produção de espermatozoides e na produção de testosterona – hormônio respon-
sável pelo aparecimento dos caracteres secundários masculinos após o início da puberdade.
Figura 52
Fonte: LINK
https://www.sistemanovi.com.br/basenovi/image/ConteudosDisciplinas/12/45/635/300379/tabela-5.png
https://dsrrl2qsquyq4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2013/08/anatomia-masculina-port.jpg
39
Figura 53
Fonte: LINK
ovários 
Os ovários são órgãos que compõem o aparelho reprodutor feminino. São responsáveis pela ovulogênese 
e pela produção dos dois hormônios sexuais femininos – estrógeno e progesterona.
Figura 54
Fonte: LINK
https://www.sistemanovi.com.br/basenovi/image/ConteudosDisciplinas/12/45/635/300379/tabela-6.png
http://infodiario.co.mz/app/webroot/js/kcfinder/uploads/201505/images/aparelho_reprodutor_feminino.jpg
40
Figura 55
Fonte: LINK
PaLavraS FinaiS do ProFeSSor
Prezado (a) aluno (a), chegamos ao final deste guia de estudos e assim você encerra os 
conteúdos da III unidade. O conteúdo aqui descrito lhe servirá como material de apoio 
em sua rotina de aprendizagem, direcionando seus estudos e enriquecendo seus con-
ceitos que serão tão importantes na vivência desta disciplina.
Aqui, você se familiarizou e estudou alguns dos principais temas em Fisiologia Huma-
na. Conheceu a fisiologia de membranas, a bioeletrogênese celular. Entendeu como o 
Sistema sensorial viabiliza a captação de informações e a interação com o meio em 
que o organismo vive. Aprendeu como o sistema digestório age na transformação do 
alimento para a obtenção de nutrientes, absorção de água e eletrólitos e eliminação de 
resíduos não absorvidos. E ao final, pôde relacionar as glândulas do sistema endócrino 
e seus respectivos hormônios com o tecido ou órgão-alvo.
https://www.sistemanovi.com.br/basenovi/image/ConteudosDisciplinas/12/45/635/300379/tabela-7.png
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	Hipotálamo
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	Tireoide
	Paratireoides
	Suprarrenais ou Adrenais
	Pâncreas
	Testículos
	Ovários 
	Palavras Finais do Professor

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