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Aula 1 - 07/09 - elaboração de Contrato Social de uma Sociedade Empresária Contrato social vem da ideia de sociedade Art. 981 do CC, ideia do que é sociedade. Uma sociedade é um contrato, acordo entre as partes. Pessoas que se obrigam reciprocamente. ● Contribuição (financeiramente) ● Participação/colaboração ● Todos participam no caso do lucro ou perda, são chamados a responder (obrigações recíprocas) Sociedades personificadas - possui personalidade jurídica - vem do registro nos órgãos constitutivos ● LTDA ● S/A ● sociedade em comandita ○ Comandita simples ○ Comandita por ações ● Sociedade em nome coletivo e sociedades despersonificadas - não possui personalidade jurídica ● Sociedade em comum - sociedade que ainda não foi levada a registro, a responsabilidade dos sócios é ilimitada. Art. 982 - sociedade simples e sociedade empresária Atividade empresarial econômica, profissional e organizada para circulação de bens ou serviços, conforme preleciona o Art. 966. Parágrafo único do artigo 966 traz as exceções. Para entender se é simples ou empresária, deve-se olhar o tipo de atividade e não o tipo societário. Exceto em algumas hipóteses em que a Lei determina que alguns tipos de sociedades sempre serão simples ou empresárias Ao exemplo da Lei de S/A que determina que sempre será empresária Ao exemplo da sociedade de advogados que sempre será simples. A sociedade simples é aplicada subsidiariamente aos outros tipos de sociedade. Art. 997, CC, trata do contrato social de uma sociedade simples. Atividade:fazer um contrato social de uma sociedade empresária. Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará: I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas; II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária; IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la; V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços; VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições; VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais. Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato. Peça - Contrato social de Sociedade Empresária - 14/08/2019 Pelo presente instrumento particular, MARIA DA PAZ, brasileira, solteira, maior, nascida em 20/03/1975, empresária, portadora da carteira de identidade Rg n XXX e inscrita no CPF sob o n XXX, residente e domiciliada na Rua Tijuca grande, Bairro LeBlon, n 367, CEP: 04620-020, Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro e JOSIANE DA PAZ, brasileira, solteira, maior, nascida em 18/10/1995, estudante, portadora da carteira de identidade Rg n XXX e inscrita no CPF sob o n XXX, residente e domiciliada na Rua Tijuca grande, Bairro LeBlon, n 367, CEP: 04620-020, Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, constituem uma sociedade limitada mediante as cláusulas dispostas a seguir: CLÁUSULA PRIMEIRA O nome empresarial da sociedade será BOLOS DA PAZ CONFEITARIA - LTDA. CLÁUSULA SE G UNDA A sociedade ficará localizada na rua Francisco Gavião, n 334, Bairro do Leblon, Rio de Janeiro, RJ. CLÁUSULA TERCEIRA O objeto da sociedade será a feitura e comercialização de bolos. CLÁUSULA QUARTA A sociedade iniciará suas atividades em 12 de agosto de 2019 e seu prazo de duração é indeterminado. CLÁUSULA QUINTA O capital social será de R$ 50.000,0, dividido em 50.000 quotas, no valor de R$ 1,00 cada uma, inteiramente subscrito e integralizado pelas sócias em moeda corrente, distribuído nas seguintes proporções: 1) MARIA DA PAZ, já qualificada, subscreve 25.000 quotas de R$ 1,00 cada, totalizando R$ 25.000,00 2) JOSIANE DA PAZ, já qualificada, subscreve 25.000 quotas de R$ 1,00 cada, totalizando R$ 25.000,00 CLÁUSULA SEXTA A responsabilidade dos sócios é limitada ao valor de suas quotas, mas todos responderão solidariamente pela integralização do capital social. CLÁUSULA SÉTIMA Caberá às sócias a administração da sociedade, com iguais atribuições. CLÁUSULA OITAVA Ao termo de cada exercício social, em 31 de dezembro, haverá apuração de contas e os lucros serão divididos em igual proporção às sócias. E por estarem assim justos e contratados assinam o presente instrumento em 3 vias, na presença de 2 testemunhas Rio de Janeiro, 12 de agosto de 2019 Aula 2 - Desconsideração da personalidade jurídica - 14/08 CASO: Demerval Lobo, ex-empresário individual enquadrado como microempresário, requereu e teve deferida a transformação de seu registro em Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI), que foi enquadrada como microempresa. Alguns meses após o início das atividades da EIRELI (Sorvetes União EIRELI ME), o patrimônio de Demerval Lobo foi substancialmente diminuído, com sucessivas transferências de valores de suas contas particulares para as contas da pessoa jurídica, que já era titular do imóvel onde estava situada a sede. Por outro lado, as dívidas particulares de Demerval Lobo cresceram em proporção inversa, acarretando inúmeros inadimplementos com os credores. Gervásio Oliveira, um dos credores particulares de Demerval Lobo por obrigação contraída após a transformação do registro, ajuizou ação de cobrança para receber quantias provenientes de contrato de depósito. Logo após a citação do réu, o autor descobriu que as contas correntes do devedor tinham sido encerradas e o imóvel em que residia foi alienado para a EIRELI, tendo prova desse fato por meio de certidão do Registro de Imóveis da Comarca de Cocal, Estado do Piauí. A advogada de Gervásio Oliveira foi autorizada por ele a propor a medida judicial cabível, no curso da ação de conhecimento,para atingir o patrimônio da pessoa jurídica e, dessa forma, garantir o pagamento da dívida do devedor. Considere que a ação de cobrança tramita na 2ª Vara da Comarca de Campo Maior, Estado do Piauí. Elabore a peça processual adequada. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. PEÇA: EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 2ª VARA DA COMARCA DE CAMPO MAIOR/PI GERVÁSIO OLIVEIRA, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), (CPF), (RG), (endereço eletrônico), (endereço), por meio de seu procurador que esta subscreve (procuração em anexo), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, instaurar INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA INVERSA com fundamento nos artigos 133 a 137 do Código de Processo Civil e artigo 50 do Código Civil em face de SORVETES UNIÃO EIRELI ME, pessoa jurídica de direito privado (CNPJ), (sede), (endereço eletrônico), pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas I - DOS FATOS Dermeval Lobo, réu na ação de cobrança XXX, que tramita perante esta vara, é titular da Empresa Sorvetes União Eireli ME. Esta empresa iniciou suas atividades com Dermeval como empresário individual, porém este requereu e teve deferida a transformação de sua empresa em uma EIRELI. Ocorre, Excelência, que alguns meses após o início das atividades da Sorvetes União EIRELI ME, o patrimônio de Dermeval Lobo foi substancialmente diminuído, com sucessivas transferências de valores de suas contas particulares para as contas da pessoa jurídica, que já era titular do imóvel em que está situada sua sede. Por outro lado, as dívidas particulares de Dermeval Lobo cresceram em proporção inversa, acarretando inúmeros inadimplementos com seus credores. Gervásio Oliveira então, propôs ação de cobrança em face de Dermeval Lobo, por obrigação contraída através de contrato de depósito e ao tentar buscar bens do réu naquela ação constatou que este havia encerrado todas as suas contas particulares e o imovél em que residia havia sido alienado para a EIRELI, conforme Certidão de Registo da Comarca de Cocal (doc. anexo). Sendo assim, é evidente a ocorrência de confusão patrimonial , de forma que a pessoa física transferiu os bens para a pessoa jurídica com a intenção de obstar os credores de atingirem o seu patrimônio II - DO DIREITO Conforme percebemos ao analisar o quadro fático, é nítida a intenção de Dermeval em ocultar seu patrimônio, diante das constantes transferências que realizou, configurando abuso de personalidade jurídica, conforme o disposto no artigo 50 do Código Civil; o qual descreve que a prática de confusão patrimonial autoriza que se estendam determinadas obrigações da empresa aos sócios. Tal desconsideração da personalidade jurídica pode ser também inversa, conforme o artigo 133, § 2º do CPC, o que o autor vem aqui requerer, tendo em vista que quer atingir o patrimônio da pessoa jurídica para cuymprimento de obrigação do sócio. Dermeval propõe o presente incidente com base no artigo 133 do CPC, visto que é autor na supracitada ação de cobrança. O autor visa, com isto, que sejam desconstituídas as sucessivas alienações que Dermeval realizou à empresa Sorvetes União EIRELI, conforme autoriza o artigo 137 do Código Civil. III - DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer: A. A citação da pessoa jurídica, conforme o disposto no artigo 135 do CPC, para manifestar-se e requerer as provas cabíveis, no prazo de 15 dias; B. A instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica, com fundamento no Art. 133, caput , do CPC; C. A procedência do presente incidente, de forma que haja a desconsideração da personalidade jurídica da EIRELI, com levantamento da autonomia da pessoa jurídica para que seus bens possam responder pela solução do débito assumido pelo titular perante o requerente; D. suspensão do processo, nos termos do Art. 134 § 3º, do CPC; E. comunicação da instauração do incidente ao distribuidor para as anotações devidas (Art. 134, § 1º, do CPC). IV - DAS PROVAS O autor pretende provar o alegado por todo os meios de prova em direito admitidos, especialmente requer a juntada da certidão do Registro de Imóveis da Comarca de Cocal, prova de que o imóvel em que o réu residia foi alienado para a EIRELI. Termos em que, pede deferimento Local... (ou Campo Maior/PI), Data..., Advogado..., OAB... Aula 3 - 21/08 - Atividade: fazer uma Dissolução de sociedade Simples C/C apuração de haveres CASO: Pedro Régis, Bernardino Batista, José de Moura e Caldas Brandão são os únicos sócios da sociedade Laticínios Zabelê Ltda. EPP. O primeiro sócio é titular de 70% (setenta por cento) do capital e os demais sócios possuem 10% (dez por cento) cada. Todos os sócios são domiciliados em Rio Tinto, Estado da Paraíba, onde também é a sede da pessoa jurídica. A administração da sociedade cabe, alternativamente, aos sócios Pedro Régis e José de Moura. A sociedade foi constituída em 1994 e seu quadro social manteve-se inalterado até os dias atuais. O capital social, aumentado em 2010, é de R$ 1.700.000,00 (hum milhão e setecentos mil reais), totalmente integralizado. Em 26/03/2012, Caldas Brandão ficou vencido na deliberação dos sócios, tomada em assembleia, que aprovou a ampliação do objeto social para incluir a atividade de beneficiamento e comercialização de milho. Profundamente insatisfeito com os novos rumos que a sociedade iria tomar e com os efeitos da deliberação, o sócio dissidente manifestou aos demais sócios por escrito, em 15/04/2012, sua pretensão de retirar-se da sociedade, em caráter irrevogável, caso a decisão não fosse revertida. Os sócios afirmaram que não mudariam a decisão, e que não caberia outra alternativa a Caldas Brandão senão conformar-se com o ocorrido, em face do princípio majoritário das deliberações sociais. Em razão da negativa manifestada pelos demais sócios com a pretensão de retirada, Caldas Brandão procura um advogado,no dia 15 de maio de 2012, para orientá-lo na defesa de seus interesses. Pelas informações e documentos apresentados, verifica-se que: (i) A sociedade foi constituída por prazo determinado, até 31 de dezembro de 2000, prorrogada a vigência do contrato por 20 (vinte) anos, a contar de 1º de janeiro de 2001; (ii) O contrato social prevê a livre cessão das quotas; (iii) Não há cláusula de regência supletiva pela lei das sociedades por ações. Com base nas informações prestadas e que a Comarca de Rio Tinto é de Vara Única, elabore a peça adequada na defesa dos direitos do sócio. PEÇA: EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA X VARA CÍVEL DA COMARCA DE RIO TINTO - ESTADO DA PARAÍBA CALDAS BRANDÃO, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), (CPF), (RG), (endereço eletrônico), (endereço),por meio de seu procurador que esta subscreve (procuração anexa), com endereço profissional à XXX, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, propor AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE COM APURAÇÃO DE HAVERES com fundamento nos artigos 1077 e 1031, ambos do Código Civil e na forma dos artigos 319 e ss. do Código de Processo Civil, em face de LATICÍNIO ZABELÊ LTDA (CNPJ), (sede), representada pelos sócios, quais sejam, PEDRO RÉGIS, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), (CPF), (RG), (endereço eletrônico), (endereço),BERNARDINO BATISTA, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), (CPF), (RG), (endereço eletrônico), (endereço) e JOSÉ DE MOURA (nacionalidade), (estado civil), (profissão), (CPF), (RG), (endereço eletrônico), (endereço), pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas I - DOS FATOS Pedro Régis, Bernardino Batista, José de Moura e Caldas Brandão são os únicos sócios da sociedade Laticínios Zabelê Ltda. EPP. O primeiro sócio é titular de 70% (setenta por cento) do capital e os demais sócios possuem 10% (dez por cento) cada. Todos os sócios são domiciliados em Rio Tinto, Estado da Paraíba, onde também é a sede da pessoa jurídica. A administração da sociedade cabe, alternativamente, aos sócios Pedro Régis e José de Moura. A sociedade foi constituída em 1994 e seu quadro social manteve-se inalterado até os dias atuais. O capital social, aumentado em 2010, é de R$ 1.700.000,00 (hum milhão e setecentos mil reais), totalmente integralizado. Em 26/03/2012, Caldas Brandão ficou vencido na deliberação dos sócios, tomada em assembleia, que aprovou a ampliação do objeto social para incluir a atividade de beneficiamento e comercialização de milho. Profundamente insatisfeito com os novos rumos que a sociedade iria tomar e com os efeitos da deliberação, o sócio dissidente manifestou aos demais sócios por escrito, em 15/04/2012, sua pretensão de retirar-se da sociedade, em caráter irrevogável, caso a decisão não fosse revertida. Os sócios afirmaram que não mudariam a decisão, e que não caberia outra alternativa a Caldas Brandão senão conformar-se com o ocorrido, em face do princípio majoritário das deliberações sociais. Em razão da negativa manifestada pelos demais sócios com a pretensão de retirada, Caldas Brandão procura um advogado, no dia 15 de maio de 2012, para orientá-lo na defesa de seus interesses. Pelas informações e documentos apresentados, verifica-se que: (i) A sociedade foi constituída por prazo determinado, até 31 de dezembro de 2000, prorrogada a vigência do contrato por 20 (vinte) anos, a contar de 1º de janeiro de 2001; (ii) O contrato social prevê a livre cessão das quotas; (iii) Não há cláusula de regência supletiva pela lei das sociedades por ações. II - DO DIREITO O Código Civil, em seu artigo 1077, permite ao sócio que em caso de modificação do contrato este se manifesta em 30 dias para retirar-se da sociedade caso haja discordância. O autor, conforme já dito, em 15/04/2019 manifestou seu descontentamento em relação à modificação do objeto social,e, não obtendo mudança, propõe esta ação tempestivamente nos moldes do Código Civil, como vemos a seguir: Art. 1.077. Quando houver modificação do contrato, fusão da sociedade, incorporação de outra, ou dela por outra, terá o sócio que dissentiu o direito de retirar-se da sociedade, nos trinta dias subseqüentes à reunião, aplicando-se, no silêncio do contrato social antes vigente, o disposto no art. 1.031. Tendo em vista todo o esforço empreendido pelo autor e seu direito de receber os valores que lhe são pertinentes, seus haveres devem ser apurados , conforme o disposto no artigo 1031, caput, do CC Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado. III - DOS PEDIDOS: Ante o exposto, requer: A. A citação dos réus para, querendo, contestar a presente ação, no prazo de cinco dias (art. 656 , § 2º , CPC /39); B. A procedência dos pedidos em todos os seus termos no sentido de declarar a resolução (ou a dissolução parcial) da sociedade em relação ao sócio Caldas Brandão, determinando, ainda, a apuração dos seus haveres; C. A nomeação de liquidante para promover a apuração dos haveres do sócio Caldas Brandão (art. 1.031 c/c art. 1.053 , CC e art. 668 , CPC /39); D. A condenação nas custas e aos honorários de sucumbência em 20% do valor da causa, nos termos do art. 20 do CPC ; E. A indicação do endereço para receber intimações, nos termos do art. 39 , I , do CPC . IV - DAS PROVAS O autor pretende provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente por prova documental (juntada do contrato social e da ata de assembleia que deliberou a ampliação do objeto social). Dá-se à causa o valor de R$ 1.700.000,00 (art. 259, V, do CPC - o valor do capital social) Nestes termos, pede deferimento; Local, data; Advogado; OAB Aula 4 - 28.08 - Execução de Título Extrajudicial ● Ações Cambiárias ● Ação de Execução de Título Extrajudicial ● Ação de Execução de quantia certa http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10662089/artigo-656-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10661740/par%C3%A1grafo-2-artigo-656-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10667945/artigo-1053-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10660210/artigo-668-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10736397/artigo-20-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10735059/artigo-39-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10735024/inciso-i-do-artigo-39-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73 ● Foro - Porto alegre ● Exequente- banco arroio Grande S/A - Art. 778, CPC, 783, 786 - da legitimidade ativa ● Réus - Art 47 e 32 do decreto 57663/66 e Att. 44 da lei 10931/2004. ● 03 anos Art. 44 lei 10931 e art. 70 do decreto 57663/66 ● Natureza de crédito bancário ○ Att. 784 XII, CPC, ART. 28 DA LEI 10931/04 ● Da liminar:requisitos ● Do pedido: ○ Liminar ○ Citação ○ Condenação ○ Provas ■ Título de crédito ■ Planilha de cálculos ■ Comunicado de venda do imovel ■ Matrícula do imóvel a ser bloqueado ○ Valor da causa:R$ 530.000,00 ● Todo título de crédito é precedido por lei Peça Profissional Com lastro em contrato de abertura de crédito celebrado com o Banco Arroio Grande S/A, Ijuí Alimentos Ltda. emitiu uma cédula de crédito bancário em 02 de dezembro de 2015, com vencimento em 02 de janeiro de 2018. Pedro e Osório figuraram na cédula como avalistas simultâneos do emitente. Sabe-se que a cédula de crédito bancário em comento contém cláusula de eleição de foro, na qual restou pactuado que a comarca de Porto Alegre/RS seria o foro competente para resolução de eventuais litígios entre as partes. Trinta dias após o vencimento do título, sem que tal obrigação tenha sido adimplida, nem proposta moratória ou renegociação por parte do emitente, o Banco Arroio Grande S/A tomou conhecimento, por meio de anúncio publicado em jornal de grande circulação, de que Ijuí Alimentos Ltda. colocara à venda o único bem de sua propriedade: um imóvel de elevado valor no mercado. Considerando o não pagamento do título e a natureza do título em que se acha consubstanciado o crédito, o credor deseja promover a cobrança judicial dos responsáveis pelo pagamento, bem como requerer medida no intuito de acautelar seu crédito, tendo em vista a iminência da venda do único bem de propriedade do devedor, considerando que o valor atualizado da dívida é de R$ 530.000,00 (quinhentos e trinta mil reais), com os juros capitalizados, despesas e encargos. Elabore a peça processual adequada. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. Padrão de Resposta / Espelho de Correção O examinando deverá demonstrar ter conhecimento sobre a cédula de crédito bancário (CCB), bem como que a ação própria para a cobrança do crédito é a de execução de título extrajudicial. O examinando deve elaborar a petição inicial da Ação de Execução por Quantia Certa , em nome do Banco Arroio Grande S.A.. Como a CCB é título executivo extrajudicial, a ação monitória não se presta para sua cobrança. Também se percebe da leitura do enunciado que o credor não tem a pretensão de ver decretada a falência da sociedade emitente, mas simplesmente o recebimento de seu crédito, inexistindo, ademais, informação quanto ao prévio protesto por falta de pagamento do título exequendo. Em conformidade com o item 3.5.10 do Edital, o examinando deve elaborar a peça processual em conformidade com sua estrutura e ordem lógica (Endereçamento, Cabeçalho, Fatos, Fundamentos Jurídicos, Pedidos, Provas e Fechamento), com a inserção correta dos dados avaliados nas partes adequadas. A ação deverá ser distribuída perante o foro de eleição contido na cédula, qual seja, o da Comarca de Porto Alegre/RS, a qualquer das Varas Cíveis. Em razão da solidariedade legal entre avalizado e avalistas, constarão no polo passivo da ação executiva o emitente do título, Ijuí Alimentos Ltda., e os avalistas, Pedro e Osório. A simples narrativa dos fatos e indicação das informações contidas no enunciado, sem apresentação dos fundamentos legais e jurídicos não pontua. O examinando deverá discorrer sobre a Legitimidade Ativa do Banco Arroio Grande S/A que, na condição de credor e portador de título executivo, pode promover a execução forçada, com fundamento no Art. 778, caput , do CPC. O examinando deve consignar a tempestividade da propositura da ação e sua adequação, pois diante do vencimento da CCB em 02/01/2018, não se verificou ainda o decurso do prazo prescricional da pretensão à execução, que é de 3 (três) anos da data do vencimento, com base no Art. 44 da Lei nº 10.931/04 c/c . o Art. 70 do Decreto nº 57.663/66. Nos Fundamentos Jurídicos (DO DIREITO) é exigido que o examinando: a) indique a natureza da cédula de crédito bancário como título executivo extrajudicial, com fundamento no Art. 784, inciso XII, do CPC/15 OU no Art. 28, caput, da Lei n. 10.931/04; b) discorra sobre a legitimidade ativa do autor/exequente, porque os devedores não satisfizeram obrigação certa, líquida e exigível, com fundamento no Art. 783 OU Art. 786 do CPC; c) discorra sobre a legitimidade passiva dos avalistas simultâneos, em razão da solidariedade legal entre eles e o avalizado, sendo corresponsáveis perante o autor, com fundamento no Art. 44 da Lei nº 10.931/04 c/c. o Art. 47 do Decreto nº 57.663/66 OU no Art. 44 da Lei nº 10.931/04 c/c . o Art. 32 do Decreto nº 57.663/66 d) exponha a possibilidade de dano irreparável ao direito subjetivo patrimonial do exequente caso se consume a venda do único bem de propriedade do executado (imóvel de elevado valor econômico). O Banco Arroio Grande S.A. poderá não ter o seu crédito satisfeito se o únicobem de propriedade do emitente do título for alienado ( periculum in mora ). Além disso, o fumus boni iuris será demonstrado a partir da força executiva do título e do inadimplemento. Assim, a medida urgente será no sentido de que o executado Ijuí Alimentos Ltda., proprietário do imóvel, se abstenha de aliená-lo. Nos pedidos o examinando deverá incluir: (i) a concessão de medida urgente para que o executado Ijuí Alimentos Ltda., proprietário do imóvel, se abstenha de aliená-lo, com fundamentação no Artigo 799, inciso VIII, OU no Art. 301, ambos do CPC; (ii) o requerimento de citação dos devedores (emitente e avalistas simultâneos) para que paguem a quantia exequenda mais acréscimos legais e contratuais, no prazo de 3 (três) dias, sob pena de o oficial de justiça proceder à penhora de bens e à sua avaliação (Art. 829, caput e § 1º, do CPC); (iii) a condenação dos réus ao pagamento dos ônus sucumbenciais OU em custas processuais e honorários advocatícios. No item das Provas, o examinando deverá expressamente informar que a inicial está instruída com (i) a Cédula de Crédito Bancário (Art. 798, inciso I, alínea a , do CPC); (ii) o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação (Art. 798, inciso I, alínea b , do CPC e Artigo 28, § 2º, da Lei nº 10.931/2004) e (iii) o anúncio de alienação do único bem do emitente da CCB publicado em jornal de grande circulação. O valor da causa constará da petição inicial (Art. 292, inciso I, do CPC) e será de R$ 530.000,00 (quinhentos e trinta mil reais). Fechamento da peça em conformidade com o Edital: Município...; Data..., Advogado (a)... e OAB… Peça Profissional Distribuidora de Medicamentos Mundo Novo Ltda. foi dissolvida em razão do falecimento do sócio Pedro Gomes, ocorrido em 2013, com fundamento no Art. 1.035 do Código Civil. A sociedade foi constituída, em 1997 , para atuar na comercialização de medicamentos e sempre atuou nesta atividade. Para manter a clientela do estabelecimento, mesmo após a dissolução da sociedade, Iguatemi, única sócia de Pedro Gomes, requereu seu registro como empresária individual, e, com o deferimento, prosseguiu, agora em nome próprio, a empresa antes exercida pela sociedade. O estabelecimento onde foi instalada a sociedade está situado na cidade de Chapadão do Sul, Estado de Mato Grosso do Sul. O imóvel é alugado desde a constituição da sociedade, sendo locadora a Imobiliária Três Lagoas Ltda. A vigência inicial do contrato foi de 3 (três) anos, tendo sido celebrados contratos posteriores por igual prazo, sucessiva e ininterruptamente. Durante a vigência do último contrato, que expirou em setembro de 2015, a sociedade limitada foi dissolvida. Diante da continuidade da empresa posterior à dissolução da sociedade limitada, por Iguatemi, como empresária individual, esta procurou o locador e lhe apresentou proposta de novo aluguel, que foi rejeitada sem justificativa plausível. Em abril de 2014, temendo o prejuízo ao estabelecimento empresarial já consolidado, a perda considerável de clientela e os efeitos nefastos da transferência para outra localidade, Iguatemi procurou sua advogada para que esta propusesse a medida judicial que assegurasse sua permanência no imóvel, informando que o valor atual do aluguel mensal é de R$ 17.000,00 (dezessete mil reais) e que contratou seguro de fiança locatícia. Considerando que na Comarca de Chapadão do Sul/MS existem apenas duas varas (1ª e 2ª), competindo ao Juiz da 1ª Vara o julgamento de ações cíveis, elabore a peça adequada. (Valor: 5,00) Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. Exmo. Sr. Juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca de Chapadão do Sul/MS Qualificação das partes Iguatemi, empresária individual, (CNPJ), (sede), por meio de seu procurador devidamente constituído (procuração anexa), vem propor a presente AÇÃO RENOVATÓRIA DE LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL em face de Imobiliária Três Lagoas Ltda., (CNPJ), (sede), pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas Da Legitimidade Ativa da Autora A autora ficou sub-rogada no direito à renovação do contrato porque permaneceu exercendo o mesmo ramo de atividade após a dissolução da sociedade empresária com fundamento no Art. 51, § 3º, da Lei nº 8.245/91 (0,10). 0,00 / 0,45 / 0,55 4. Fundamentos jurídicos do pedido 4.a) contrato de locação a renovar foi celebrado por escrito E por prazo determinado 4.b) a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos é superior a 5 anos 4.c) a atividade está sendo explorada no mesmo ramo ininterruptamente por prazo superior a três anos Fundamento legal – Art. 51, caput, da Lei nº 8.245/91 Da Tempestividade (Art. 51, § 5º, da Lei nº 8.245/91) A ação foi proposta entre 1 ano e 6 meses anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor OU a ação foi proposta X meses antes da expiração do contrato em vigor, com fundamento no Art. 51, § 5º, da Lei nº 8.245/91 Informações complementares (Art. 71, incisos IV e V, da Lei nº 8.245/91) 6.a) apresentação/indicação na petição das condições oferecidas para a renovação da locação OU menção que a proposta segue em anexo 6.b) indicação que contratou seguro de fiança locatícia com denominação da seguradora, número de sua inscrição no CNPJ e endereço Pedidos 7.a) procedência do pedido para declarar o direito da autora à renovação do contrato de locação pelo prazo de 5 anos nas condições por ela propostas 7.b) citação do Locador 7.c) condenação da Ré ao pagamento das custas e honorários advocatícios 8. Das Provas (Art. 71, incisos I, II, III e VI, da Lei nº 8.245/91) O O autor instrui a inicial com os docs. abaixo: 8.a) contratos de locação celebrados pela sociedade empresária dissolvida 8.b) prova(s) de que a autora, como subrogatária do direito à renovação, deu continuidade ao mesmo ramo de negócio da sociedade empresária (distribuição de medicamentos) perfazendo, sem interrupção, o prazo mínimo de três anos 8.c) documentos atestando o cumprimento docontrato em vigor 8.d) comprovantes de quitação dos impostos e taxas sobre o imóvel 8.e) apólice de seguro de fiança locatícia cobrindo o custo total da locação. Valor da Causa (Art. 58, inciso III, da Lei nº 8.245/91) O valor da causa corresponde a doze meses de aluguel por ocasião do ajuizamento da ação. R$ 204.000,00 (duzentos e quatro mil reais) (0,30) 0,00 / 0,30 10. Fechamento da peça Local..., Data..., Advogado..., OAB... ( Padrão de Resposta / Espelho de Correção A questão tem relação com o contrato de locação empresarial (locação não residencial) e a ação apropriada para assegurar a continuidade da locação e a proteção ao ponto empresarial, isto é, a permanência pelo empresário no local onde exerce sua empresa e que é referencial para sua clientela. Com base nos dados descritos no enunciado verifica-se que a peça adequada para assegurar a permanência de Iguatemi no imóvel é a AÇÃO RENOVATÓRIA [de locação não residencial], com fundamento no Art. 51, caput, e § 3º e no Art. 71, ambos da Lei nº 8.245/91. A petição inicial da ação renovatória deve conter os requisitos do Art. 319 do CPC, e ser instruída com os documentos arrolados no Art. 71 da Lei nº 8.245/91, no que couber, em conformidade com as informações do enunciado. A petição inicial deve ser endereçada ao juízo da 1ª Vara da Comarca de Chapadão do Sul/MS, com fundamento no Art. 58, inciso II, da Lei nº 8.245/91 (“é competente para conhecer e julgar tais ações o foro do lugar da situação do imóvel”) e no Art. 319, inciso I, do CPC. O examinando deverá qualificar as partes, a autora Iguatemi e a ré Imobiliária Três Lagoas Ltda. Deverá ser explicitado que a autora não é a locatária originária, mas tem legitimidade ativa ad causam, pois é sub-rogatária do direito à renovação porque permaneceu exercendo o mesmo ramo de atividade após a dissolução da sociedade empresária, com fundamento no Art. 51, § 3º, da Lei nº 8.245/91. Nos fundamentos jurídicos do pedido o examinando deve demonstrar que a autora cumpre todos os requisitos do Art. 51, caput, da Lei nº 8.245/91, com expressa menção a esse dispositivo legal, (citando-os de per si e relacionando-os aos dados contidos no enunciado). Ademais, deve ser ressaltado que a ação foi proposta dentro do prazo previsto no Art. 51, § 5º, da Lei nº 8.245/91 (no interregno de um ano a seis meses anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor). Com base no Art. 71, incisos IV e V, da Lei nº 8.245/91, na petição da ação renovatória o autor deverá prestar informações complementares referentes a: a) proposta das condições oferecidas para a renovação da locação, de “forma clara e precisa”. O examinando deverá cumprir este requisito na elaboração da peça, apresentando uma proposta de sua autoria, considerando o valor atual do aluguel como patamar mínimo. b) indicação do fiador em conformidade com a informação do enunciado (a autora contratou seguro de fiança locatícia), portanto deverá ser apresentado o nome empresarial da seguradora, CNPJ e endereço. Nos pedidos deve ser requerida a procedência do pedido para declarar o direito da autora à renovação compulsória do contrato de locação pelo prazo de 5 anos nas condições por ela propostas. O examinando não deverá pedir a prorrogação do contrato pela soma dos prazos dos contratos anteriores, ainda que não tenha havido interrupção entre eles. A orientação na jurisprudência é a de que a renovação do contrato de locação não residencial não excederá a 5 anos, mesmo que a soma dos contratos anteriores seja superior a esse tempo, seja na vigência do Decreto nº 24.150/1934 (STF, Súmula nº 178: “Não excederá de cinco anos a renovação judicial de contrato de locação fundada no Dec. 24.150, de 20.04.1934”; STJ, RESP 7653 e RESP 11640) seja na vigência da Lei nº 8.245/91 (RESP 1323410/MG; RESP AR 4.220/MG; REsp. 693.729/MG; REsp. 267.129/RJ; REsp. 170.589/SP; REsp. 202.180/RJ; REsp. 195.971/MG). Em cumprimento ao Art. 71, caput, da Lei nº 8.245/91 e ao Art. 319, inciso VII, do CPC, o examinando deverá indicar na petição inicial, a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. Das provas: A petição inicial deverá ser instruída com as provas exigidas no Art. 71, incisos I, II, III e VI, da Lei nº 8.245/91 (Art. 320 do CPC). Portanto, no mínimo, o examinando deverá fazer referência expressa que instrui a inicial com os seguintes documentos: a) contratos de locação firmados pela sociedade Distribuidora de Medicamentos Mundo Novo Ltda. para o cumprimento do Art. 51, incisos I e II, da Lei nº 8.245/91; b)prova de que a autora, como sub-rogatária do direito à renovação, deu continuidade ao mesmo ramo de negócio da sociedade empresária (distribuição de medicamentos) perfazendo, sem interrupção, o prazo mínimo de três anos (Art. 51, inciso III, da Lei nº 8.245/91); c) prova do exato cumprimento do contrato em curso; d)prova da quitação dos impostos e taxas que incidiram sobre o imóvel e cujo pagamento lhe incumbia; e)apresentação de apólice de Seguro Fiança Locatícia contratada com a seguradora e que o valor total da apólice abrangendo todos os custos da locação até seu encerramento (a apólice substitui prova de anuência do fiador com os encargos da fiança de que trata o Art. 71, inciso VI, da Lei nº 8.245/91) O valor da causa (Art. 319, inciso V, do CPC) é o correspondente a 12 meses do aluguel vigente por ocasião do ajuizamento da ação (Artigo 58, inciso III, da Lei nº 8.245/91): R$ 204.000,00 No fechamento da peça o examinando deverá proceder conforme o item 3.5.8 do Edital: Local ou Município..., Data..., Advogado... e OAB… Em 31/10/2012, quarta-feira, Peçanha, domiciliado e residente na Rua X, casa Y, nº 1, na cidade de São Lourenço/MG, adquiriu eletrodomésticos no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), do Lojão Chalé Ltda., EPP, tendo sido emitida, na mesma data, uma nota promissória em caráter pro solvendo no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), com vencimento para o dia 25/01/2013,sexta-feira, dia útil no lugar do pagamento. Em 05/01/2017, quinta-feira, o Sr. Fabriciano Murta, administrador e representante legal da credora, procura você munido de toda a documentação pertinente ao negócio jurídico mencionado. A cliente pretende a cobrança judicial do valor atualizado e com consectários legais de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais) por não ter sido adimplida a obrigação no vencimento pelo devedor e restadas infrutíferas as tentativas de cobrança amigável. Elabore a peça adequada, eficaz e pertinente para a defesa do interesse da cliente e considere que a Comarca de São Lourenço/MG tem duas varas com competência concorrente para julgamento de matérias cíveis. Padrão de Resposta / Espelho de Correção EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ... DO ESTADO D E SÃO LOURENÇO – MG LOJÃO CHALÉ LTDA. EPP, pessoa jurídica de direito privado, inscrita n o CNPJ sob o número, com sede à en de reço completo , e nde re ço eletrônico, neste ato representada por FA BRICIANO MURTA, naci onali dade, estado civil, profissão, portador do RG número, inscrito no CPF sob o número, residente e domiciliado à ende re ço compl e to , ende re ço eletrônico, por meio de seu advogado que esta subscreve , inscrito na OAB sob o número , com endereço profissional à endereço completo, onde recebe intimado s, para fins do Artigo 77, V do Código de Processo Civil, vem, perante Vossa Exce lên ci a, propor: AÇÃO MONITÓRIA Pelo rito especial com fundamento nos Artigos 700 e seguintes do CPC, em face de PEÇANHA, nacionalidade , estado civil , profissão, portador d o RG n úme ro, inscrito n o CPF sob o número, residente e domi cil i ado à Rua X, casa Y, núme ro 1, bairro, São Lourenço – MG, CEP, e nde re ço eletrônico, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: I – DOS FATOS Em 31/10/2012, quarta-feira, Peçanha, domiciliado e residente na Rua X, casa Y, nº 1, na cidade de São Lourenço/MG, adquiriu eletrodomésticos no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), do Lojão Chalé Ltda., EPP, tendo sido emitida, na mesma data, uma nota promissória em caráter pro solvendo no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), com vencimento para o dia 25/01/2013, sexta-feira, dia útil no lugar do pagamento. Em 05/01/2017, quinta-feira, o Sr. Fabriciano Murta, administrador e representante legal da credora, procura você munido de toda a documentação pertinente ao negócio jurídico mencionado. A cliente pretende a cobrança judicial do valor atualizado e com consectários legais de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais) por não ter sido adimplida a obrigação no vencimento pelo devedor e restadas infrutíferas as tentativas de cobrança amigável. II – DO DIREITO A presente ação encontra escopo no Artigo 700, I d o CPC , bem como no Artigo 70 da LUG ( De cre to 57.663/ 66) , o qual aponta a pres cri ção em 3 anos da letra em questão. Outrossim, mi ste r se faz destacar a l i te ral idade da Súmula 504 do STJ, que informa que o prazo para o ajuizamento d a presente ação é de 5 anos, a contar do dia seguinte ao vencimento do título. Assim, ante a plena fundamentação legal , requer a Autora seja a ação julgada procedente . III – DOS PEDIDOS: Isto posto requer: a) A expedição de mandado de citação e pagamento para que o Réu pague a quantia de R$ 280.000, 0 0 (duzentos e oitenta mil reais) , o prazo de 15 di as; b) A condenação do Réu ao pagamento de honorários de 5%; c) A condenação do Réu s às custas e honorários advocatícios ; d) A procedência do pedido para decretar a constituição do cré di to, de pleno di rei to de título executivo judicial , independentemente de qualquer formalidade , se não aprese n tados embargos pelo Réu. IV – DAS PROVAS: Protesta pela produção de todas as provas admitidas em direito, na amplitude do Artigo 369 do CPC, especialmente a prova documental. Dá- se à causa o v al or de R$ R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais). Nestes termos. Pede deferimento. Local e data. Advogado OAB falência - Endereçamento: Exmo. Dr. Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de Macapá (0,10) 0,00/0,10 II- Qualificação das Partes Autor: Supermercados Porto Grande Ltda., representada por seu administrador João Santana, etc. (0,15) Réu: Ferreira Gomes & Cia Ltda., representada por seu administrador, etc. (0,15) 0,00/0,15/0,30 III- Juízo Competente para a Decretação da Falência A ação é proposta em Macapá, local do principal estabelecimento do devedor (0,30), com fundamento no Art. 3º da Lei nº 11.101/2005. (0,10) Obs.: a simples menção ou transcrição do dispositivo legal não será pontuada. 0,00/0,30/0,40 IV- Legitimidade ativa: o autor é credor (0,15) e empresário regular inscrito no Registro Público de Empresas Mercantis (OU na Junta Comercial do Estado do Amapá) (0,25), em conformidade com o Art. 97, IV, da Lei nº 11.101/05 (0,10) Obs.: a simples menção ou transcrição do dispositivo legal não será pontuada. 0,00/0,15/0,25/0,35/0,40/0,50 V- Fundamentos jurídicos: a) o devedor não pagou no vencimento obrigação líquida sem relevante razão de direito (0,25); 0,00/0,25 b) o crédito está representado por duplicatas de compra e venda, títulos executivos extrajudiciais (0,30), de acordo com o Art. 585, I, do CPC OU de acordo com o Art. 15, I, da Lei nº 5.474/68 (0,10); Obs.: a simples menção ou transcrição do dispositivo legal não será pontuada. 0,00/0,30/0,40 c) o valor total das duplicatas é superior a 40 (quarenta) salários mínimos. (0,30) Obs: a simples menção ou transcrição do art. 94, I, da Lei n. 11.101/2005 não pontua. 0,00/0,30 d) as duplicatas foram submetidas ao protesto para fim falimentar (0,45), nos termos do Art. 94, § 3º, da Lei nº 11.101/2005 (0,10) Obs.: a simples menção ou transcrição do dispositivo legal não será pontuada. 0,00/0,45/0,55 e) Fundamento legal: Art. 94, I, da Lei nº 11.101/2005 (0,10) Obs.: somente será atribuída pontuação a este item se o examinando apontar, pelo menos, 2 (dois) dos 4 (quatro)fundamentos jurídicos. 0,00/0,10 VI- Pedidos: a) citação do réu para oferecer contestação no prazo de 10 (dez) dias (0,25), em 0,00/0,25/0,35 ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 17/05/2015 ÁREA: DIREITO EMPRESARIAL Padrão de Resposta Página 4 de 4 Prova Prático-Profissional – XVI Exame de Ordem Unificado conformidade com o Art. 98, caput, da Lei nº 11.101/2005 (0,10) Obs.: a simples menção ou transcrição do dispositivo legal não será pontuada. b) procedência do pedido para ser decretada a falência do devedor OU da sociedade empresária (0,20) 0,00/0,20 c) condenação do réu ao pagamento das custas e honorários advocatícios (0,10) 0,00/0,10 VII- Provas (menção expressa que instrui a inicial com os seguintes documentos): a) 23 (vinte e três) duplicatas de compra e venda, acompanhadas das respectivas faturas, exibidas no original (0,35), em conformidade com o Art. 9º, parágrafo único, da Lei nº 11.101/2005 (0,10); Obs.: a simples menção ou transcrição do dispositivo legal não será pontuada. 0,00/0,35/0,45 b) certidões (ou instrumentos) do protesto especial das duplicatas (0,35) 0,00/0,35 c) certidão do Registro Público de Empresas Mercantis (OU da Junta Comercial do Estado do Amapá) comprovando a regularidade das atividades do Autor (0,35), com base no Art. 97, § 1º, da Lei nº 11.101/2005 (0,10). Obs.: a simples menção ou transcrição do dispositivo legal não será pontuada. 0,00/0,35/0,45 VIII- Menção ao valor da causa (Art. 282, V, do CPC) (0,10) 0,00/0,10 IX- Fechamento da peça Local..., Data..., Advogado..., OAB… RECUPERAÇÃO JUDICIAL I- Endereçamento: Exmº Sr. Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de Petrolina [Estado de Pernambuco] (0,10). 0,00 / 0,10 II- Qualificação do devedor: Cimbres Produtora e Exportadora de Frutas Ltda., representada pelo seu administrador Afrânio Abreu e Lima, etc. (0,10) 0,00 / 0,10 III- Fundamento legal: Art. 48 da Lei nº 11.101/2005 (0,10) Obs: A menção ao nome da peça PEDIDO/REQUERIMENTO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL não confere pontuação. 0,00 / 0,10 IV- Cumprimento dos requisitos formais IV.a) exercício regular da empresa pela sociedade há mais de 2 (dois) anos (0,15) 0,00 / 0,15 IV.b) a sociedade não está falida (0,15); 0,00 / 0,15 IV.c) não obteve, há menos de 5 anos, concessão de recuperação judicial (0,15); 0,00 / 0,15 IV.d) nenhum administrador ou sócio controlador foi condenado por qualquer dos crimes [falimentares] previstos na Lei nº 11.101/2005 (0,15). 0,00 / 0,15 V- Cumprimento da legislação societária: juntada da ata da assembleia de sócios que aprovou o pedido de recuperação judicial (0,25) 0,00 / 0,25 VI. Exposição das causas concretas da situação patrimonial da sociedade e das razões da crise econômico-financeira (0,35) Obs.: A mera transcrição do texto do enunciado e/ou do dispositivo normativo, sem a devida contextualização, não receberá pontuação. 0,00 / 0,35 VII- Menção EXPRESSA E INDIVIDUALIZADA aos documentos a serem anexados à petição inicial (Art. 51 da Lei nº 11.101/2005) VII.a) demonstrações contábeis da sociedade, tanto aquelas relativas aos 3 (três) últimos exercícios sociais QUANTO AS LEVANTADAS ESPECIALMENTE PARA INSTRUIR O PEDIDO (0,15) 0,00 / 0,15 VII.b) relação nominal completa dos credores, com a indicação do endereço, a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito de cada um, 0,00 / 0,15 ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XIX EXAME DE ORDEM UNIFICADO PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 29/05/2016 ÁREA: DIREITO EMPRESARIAL “O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta, podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.” Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.” Padrão de Resposta Página 5 de 13 Prova Prático-Profissional – XIX Exame de Ordem Unificado discriminação da origem, o regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos registros contábeis de cada transação pendente (0,15) VII.c) relação integral dos empregados, com suas funções, salários, indenizações e outras parcelas a que têm direito, com o correspondente mês de competência, e a discriminação dos valores pendentes de pagamento (0,15) 0,00 / 0,15 VII.d) certidão de regularidade da sociedade na Junta Comercial, o contrato social atualizado e as atas de nomeação dos atuais administradores (0,15) Obs: Para fins de pontuação, todos os documentos acima devem ser citados. 0,00 / 0,15 VII.e) relação dos bens particulares do sócio controlador e dos administradores (0,15) 0,00 / 0,15 VII.f) os extratos atualizados das contas bancárias da sociedade e de suas aplicações financeiras, emitidos pelas respectivas instituições financeiras (0,15) 0,00 / 0,15 VII.g) certidões do cartório de protestos da comarca da sede da sociedade (Petrolina) e da filial (Pilão Arcado) (0,15) 0,00 / 0,15 VII.h) relação das ações judiciais em que a sociedade é parte, inclusive as de natureza trabalhista, com a estimativa dos respectivos valores demandados, assinada pelo administrador Afrânio Abreu e Lima (0,15) 0,00 / 0,15 VIII- PEDIDO e suas especificações VIII.a) deferimento do processamento da recuperação judicial (0,30) 0,00 / 0,30 VIII.b) nomeação do administrador judicial (0,25) 0,00 / 0,25 VIII.c) dispensa da apresentação de certidões negativas para que o devedor exerça suas atividades (0,25), nos termos do Art. 52, II, da Lei nº 11.101/2005 (0,10) Obs.: A simples menção do dispositivo legal sem a precisa indicação do inciso não pontua. 0,00 / 0,25 / 0,35 VIII.d) suspensão das ações e execuções em face do devedor (0,25), nos termos do Art. 52, III, da Lei nº 11.101/2005 (0,10) Obs.: A simples menção do dispositivo legal sem a precisa indicação do inciso não pontua. 0,00 / 0,25 / 0,35 VIII.e.1) determinar a publicação de edital (0,25), nos termos do Art. 52, § 1º, da Lei nº 11.101/2005 (0,10). Obs.: A simples menção do dispositivo legal sem a precisa indicação do parágrafo não pontua. 0,00 / 0,25 / 0,35 VIII.e.2) dar ciência aos credores do deferimento do processamento da recuperação e do prazo para habilitação dos créditos (0,30),e para que apresentem objeção ao plano de recuperação judicial a ser apresentado pelo devedor (0,20). 0,00 / 0,20 / 0,30 / 0,50 VIII- Menção ao valor da causa (0,10) 0,00 / 0,10 IX- Fechamento da peça: Local..., Data...., Advogado...., OAB... (0,10) 02/10/2019 - EMBARGOS À EXECUÇÃO CASO O Estado X, por ter sofrido perdas de arrecadação com a alteração promovida pela Emenda Constitucional nº 87/2015, no Art. 155, § 2º, inciso VII, da CRFB/88, instituiu, por lei ordinária, “taxa de vendas interestaduais” com incidência sobre operações de venda destinadas a outros Estados. A taxa tem, como base de cálculo, o preço de venda das mercadorias destinadas a outros Estados e, como contribuintes, os comerciantes que realizam essas vendas, aos quais incumbe o recolhimento do tributo no momento da saída das mercadorias de seu estabelecimento. Por reputar inconstitucional a referida taxa, a sociedade empresária XYZ deixou de efetuar seu recolhimento, vindo a sofrer autuação pelo fisco estadual. Não tendo a sociedade empresária XYZ logrado êxito no processo administrativo, o débito foi inscrito em dívida ativa e a execução fiscal foi distribuída à 4ª Vara de Fazenda Pública do Estado X. Devidamente citada e após nomeação de bens pela executada, formalizou-se a penhora em valor suficiente à garantia da execução. Após 10 dias da intimação da penhora, a sociedade empresária XYZ procura você para, na qualidade de advogado(a), promover sua defesa na referida execução fiscal e obstar a indevida excussão dos bens penhorados. Na qualidade de advogado(a) da sociedade empresária XYZ, redija a medida judicial mais adequada à necessidade da sua cliente, com o objetivo de afastar a cobrança indevida. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 4ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO X EMPRESA XYZ, (CNPJ), (sede), por meio de seu representante legal XXX, (profissão), (estado civil), (nacionalidade), (CPF), (endereço eletrônico), (endereço), vem, por seu representante devidamente constituído (procuração - doc. X), opor o presente EMBARGOS À EXECUÇÃO com fundamento nos Artigos 145, § 2º, da CF, 154, inciso I, Art. 150, inciso V, Art. 152, todos da Constituição Federal e Artigo 77 do Código Tributário Nacional e na forma dos artigos 914 e ss do Código de Processo Civil em face do ESTADO X, pessoa jurídica de direito público interno,(sede), pelas razões de fato e de direito a seguir expostas I - DA TEMPESTIVIDADE De acordo com o que preceitua o Art. 16, III, da Lei n. 6.830/80, a interposição desta ação deve se dar no prazo de 30 dias contados da intimação da penhora, estando portanto o autor no prazo correto para tanto, tendo se passado somente 10 dias de sua intimação. II - DA CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO O efeito suspensivo deve ser concedido no caso em tela, diante da flagrante inconstitucionalidade da cobrança (probabilidade do direito ou fumus boni iuris) e a possibilidade de grave lesão ao patrimônio (perigo de dano ou periculum in mora ), bem como garantia do Juízo (penhora),nos termos do Art. 919, § 1º, do CPC. III - DOS FATOS O Estado X, por ter sofrido perdas de arrecadação com a alteração promovida pela Emenda Constitucional nº 87/2015, no Art. 155, § 2º, inciso VII, da CRFB/88, instituiu, por lei ordinária, “taxa de vendas interestaduais” com incidência sobre operações de venda destinadas a outros Estados. A taxa tem, como base de cálculo, o preço de venda das mercadorias destinadas a outros Estados e, como contribuintes, os comerciantes que realizam essas vendas, aos quais incumbe o recolhimento do tributo no momento da saída das mercadorias de seu estabelecimento. Por reputar inconstitucional a referida taxa, a autora deixou de efetuar seu recolhimento, vindo a sofrer autuação pelo fisco estadual. Não tendo a autora logrado êxito no processo administrativo, o débito foi inscrito em dívida ativa e a execução fiscal foi distribuída à esta Vara. Devidamente citada e após nomeação de bens pela executada, formalizou-se a penhora em valor suficiente à garantia da execução. Portanto, ante o inconformismo , opõe estes embargos, visando a inexigibilidade do pagamento deste tributo inconstitucional. IV - DO DIREITO A taxa em apreço possui base de cálculo própria de imposto, em ofensa ao Art. 145, § 2º, da CF, bem como ao Art. 77, parágrafo único, do CTN. Deve-se ainda salientar que a taxa não constitui contrapartida ao exercício do poder de polícia ou a serviço público específico e divisível, desrespeitando a norma contida no Art. 145, inciso II, da CF, bem como ao Art. 77, do CTN. Por fim, por ter natureza de imposto (imposto novo), o novo tributo só poderia ser instituído pela União no âmbito de sua competência residual, nos termos do que preceitua o artigo 154, I, da CF. Há também latente violação ao princípio da livre circulação de mercadorias, à vedação ao tratamento tributário diferenciado em razão do destino do bem, nos termos do Art. 150, inciso V e do Art. 152, ambos da CF. V - DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer: a) Que seja atribuído efeito suspensivo aos embargos à execução ; b) A intimação do embargado para, querendo, apresentar impugnação/defesa; c) A procedência dos embargos com o fim de desconstituir o crédito tributário; d) A condenação do embargado em custas e honorários advocatícios. VI - DAS PROVAS Requer a autora provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos. Dá-se à causa o valor de XXX Local, data, advogado e OAB. 09/10/2019 - AÇÃO ANULATÓRIA CASO Por ocasião da importação de equipamentos eletrônicos realizada pela pessoa jurídica PJ, a União entendeu que o recolhimento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) por parte da contribuinte havia sido realizado de forma incorreta. De acordo com a União, no caso de desembaraçoaduaneiro, o IPI deveria incidir sobre o valor correspondente a 200% do preço corrente dos equipamentos no mercado atacadista da praça do remetente, acrescido do Imposto de Importação (II), das taxas exigidas para a entrada do produto no país e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador. Assim, considerando equivocado o recolhimento do tributo, a União determinou a apreensão dos equipamentos, bem como a interdição do estabelecimento da pessoa jurídica, até pagamento integral do montante devido. Lavrado auto de infração para a cobrança dos valores supostamente devidos, a pessoa jurídica PJ, inconformada com esta situação, decide apresentar medida judicial para a desconstituição do crédito tributário e, nesse sentido, contestar as medidas adotadas pela Fazenda Nacional. Diante dos fatos narrados, sabendo que as medidas adotadas pela Fazenda Nacional datam de mais de 120 dias e estão causando prejuízos irreparáveis e que não há processo judicial em trâmite a respeito desse caso, redija a peça processual adequada para a garantia dos direitos da pessoa jurídica PJ, que pretende ver a União condenada em honorários de sucumbência. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. Ao MM. Juízo da Vara Federal da Seção Judiciária do Estado Pessoa Jurídica PJ , representada por seu administrador, devidamente inscrita no CNPJ sob o nº x, com sede no endereço x, por seu procurador in fine assinado, com escritório na x, onde recebe intimação, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 319 do Código de Processo Civil e no art. 38 da Lei nº 6.830/80 (LEF), propor: AÇÃO ANULATÓRIA Em face da União Federal , pessoa jurídica de direito público interno, com sede no endereço x, pelos fundamentos de fato e de direito que se passa a expor. I – DOS FATOS: Por ocasião da importação de equipamentos eletrônicos realizada pela pessoa jurídica PJ, a União entendeu que o recolhimento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) por parte da contribuinte havia sido realizado de forma incorreta. De acordo com a ré, no caso de desembaraço aduaneiro, o IPI deveria incidir sobre o valor correspondente a 200% do preço corrente dos equipamentos no mercado atacadista da praça do remetente, acrescido do Imposto de Importação (II), das taxas exigidas para a entrada do produto no país e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador. Assim, considerando equivocado o recolhimento do tributo, a União determinou a apreensão dos equipamentos, bem como a interdição do estabelecimento da pessoa jurídica, até pagamento integral do montante devido. Lavrado auto de infração para a cobrança dos valores supostamente devidos, e considerando que as medidas adotadas pela Fazenda Nacional datam de mais de 120 dias e estão causando prejuízos irreparáveis à parte autora, não lhe resta outra alternativa senão propor a medida judicial para a desconstituição do crédito tributário e, nesse sentido, contestar as medidas adotadas pela Fazenda Nacional. É a síntese do necessário. II – DO DIREITO: Inicialmente, conforme preceitua o art. 47 do Código Tributário Nacional: Art. 47. A base de cálculo do imposto é: I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do artigo 20, acrescido do montante: a) do imposto sobre a importação ; b ) das taxas exigidas para entrada do produto no País ; c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis ; Isto é, a base de cálculo do imposto, é o preço normal do produto, acrescido do Imposto de Importação, das taxas exigidas para a entrada do produto no país e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis. Assim, é ato ilegal, por parte da União Federal, determinar que o IPI deve incidir sobre o valor correspondente a 200% do preço corrente dos equipamentos no mercado atacadista da praça do remetente, acrescido do Imposto de Importação (II), das taxas exigidas para a entrada do produto no país e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador. Diante disso, não é crível que a União tenha realizado isso, sendo, portanto, necessária a anulação dessa cobrança. Por outro lado, a União determinou a apreensão dos equipamentos, bem como a interdição do estabelecimento da pessoa jurídica, até pagamento integral do montante devido. Contudo, nos termos das Súmulas 323 e 70 do STF, tal ato não é permitido. Vejamos: Súmula 323 (STF): “É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos”; Súmula 70 (STF): “É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de tributo”. Por isso, requeiro também que seja determinada a liberação da mercadoria apreendida, bem como a liberação do estabelecimento da parte autora. III – DA TUTELA: Demonstrada a ilegalidade do ato administrativo perpetrado pela União Federal, e considerando que fazem mais de 120 dias que as mercadorias e o estabelecimento estão interditados, faz-se necessária à concessão da tutela de urgência de natureza antecipada, nos termos do art. 300 do Código de Processo Civil. Eis que o fumus boni iuris encontra-se demonstrado, pois decorrente de flagrante ilegalidade das medidas adotadas pela Fazenda Nacional. No mais, o periculum in mora porque as medidas estão causando prejuízos irreparáveis à parte autora. Necessário, portanto, a concessão da Tutela Antecipada. IV – DOS PEDIDOS: Diante de todo o exposto, requer-se de vossa Excelência: a) Deferimento de tutela de urgência para (i) a imediata liberação das mercadorias apreendidas; cessar a interdição do estabelecimento; e suspender a exigibilidade do crédito tributário; b) Ao final, seja julgada procedente a presente demanda; c) Condenação da União ao ressarcimento das custas processuais e ao pagamento dos honorários advocatícios, nos termos do Art. 85, § 3º, do Código de Processo
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