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ESCALA PONTEANA 
 
Segundo Pontes de Miranda, o mundo jurídico nada mais é do que o mundo dos fatos 
jurídicos. Ou seja, todo acontecimento natural ou humano que gera consequências 
jurídicas. 
Os fatos jurídicos humanos podem ser classificados em sentido lactu senso ou ilícito, o 
primeiro se subdivide em: 
Ato jurídico em sentido estrito, onde há uma manifestação de vontade do titular de direito, 
mas as consequências estão predeterminadas em lei e não na vontade das partes 
envolvidas, por exemplo o decurso de tempo, sendo o caso da prescrição e decadência. 
Negócio jurídico, a relação estabelecida através da manifestação da vontade, acerca de 
determinado questão negocial. Tal negócio pode ser classificado em, ônus, formalidade, 
conteúdo, manifestação da vontade, tempo, efeito, existência e exercício de direito. 
Para analisar os elementos que constituem o negócio jurídico é imprescindível partir 
da teoria criada por Pontes de Miranda, que desenvolveu um sistema para explicá-los, 
chamado “ESCADA PONTEANA”. Nessa escada o Negócio Jurídico tem três planos: 
PLANO DA EXISTÊNCIA, que lista os elementos essenciais para que o negócio 
jurídico exista, sendo assim, é necessário estar presentes, as partes, a forma, o objeto e a 
vontade de constituir um negócio jurídico. 
PLANO DA VALIDADE, parte do pressuposto que para um negócio jurídico ser 
válido, os elementos do plano de existência devem ter algumas qualificações, sendo assim, 
as partes devem ser capazes, a forma ser prescrita em Lei ou não defesa em Lei, o objeto 
lícito, determinado ou determinável e a vontade das partes deve ser livre, sem vícios. Em 
geral, os negócios jurídicos que não apresentarem algum desses elementos, serão NULOS 
ou ANULÁVEIS. 
Interessante se faz analisar cada um desses elementos, sendo as partes 
relativamente capazes deverá ser assistido ou se absolutamente incapaz, representado. 
Com relação à manifestação da vontade, ela pode ser expressa ou tácita. Nesse sentido, o 
art. 111, do Código Civil diz que o silêncio importa em anuência, ​quando as circunstâncias 
ou os usos autorizarem e a declaração de vontade expressa não seja necessária. A forma é 
o meio pelo qual a declaração de vontade se exterioriza. Nessa linha de raciocínio não há 
que se confundir forma como elemento existencial do negócio, com a forma legalmente 
prescrita – pressuposto de validade do ato negocial. A inobservância deste atinge o plano 
de validade e não o de existência. Se referir ​à licitude do objeto significa dizer que o 
conteúdo é lícito, não contrário aos bons costumes, à ordem pública, à boa-fé e à função 
social ou econômica de algo. 
PLANO DA EFICÁCIA, neste plano interessa dizer que mesmo os atos nulos e 
anuláveis terão consequências jurídicas, desejáveis ou não. Os elementos que o compõem 
são acidentais, uma vez que sua presença é dispensável, são eles a Condição, Termo e 
Modo ou Encargo. 
A condição deriva da vontade das partes, sendo um evento futuro e incerto. O 
termo, é um evento futuro e certo e por fim, o encargo que impõe ao beneficiário um ônus 
para ser cumprido a fim de que o negócio jurídico seja perfeito. 
De acordo com o art. 171 do Código Civil de 2002, o ato será anulável se o agente 
tiver incapacidade relativa e o negócio jurídico conter vício resultante de erro, dolo, coação, 
estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. 
Um fato interessante sobre a lesão é que ela não se confunde com a Teoria da 
Imprevisão, essa advém da cláusula “​rebus sic standibus​”, que só se aplica quando há 
acontecimentos imprevisíveis, novos, como por exemplo, o aumento da alíquota do 
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO, quando houve uma compra de uma quantidade vultosa e por 
acaso um dia antes de chegar ao Brasil, se houver o aumento de 15%, será um grande 
imprevisto, nesse caso poderá ser feito a revisão do contrato.

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