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INFOS SOBRE INVENTÁRIO DE DEPRESSÃO DE BECK BDI

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7
FACULDADE SALESIANA MARIA AUXILIADORA – FSMA
CURSO DE PSICOLOGIA
TESTES OBJETIVOS: INVENTÁRIO DE DEPRESSÃO DE BECK – BDI
FLORA CELJAR
PIETRA CHIRON
LETIERY VIANA
Luana Vilas Boas
MACAÉ - RJ
2019
FLORA CELJAR
PIETRA CHIRON
LETIERY VIANA
TESTES OBJETIVOS: INVENTÁRIO DE DEPRESSÃO DE BECK – BDI
Trabalho apresentado a Disciplina Testes Objetivos, ministrada pelo professor Luana Vilas Boas, no curso de graduação em Psicologia na Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora.
MACAÉ - RJ
2019	
FUNDAMENTAÇAO TEÓRICA
A Escala de Beck, publicado em 1996, contém quatro medidas escalares: o Inventário de Depressão (BDI), de Ansiedade (BAI), de Desesperança (BHS) e a Escala de Ideação Suicida (BSI). Foram desenvolvidos por Aaron T. Beck, Robert A. Steer e Gregory K. Brown, no Center for Cognitive Therpy (CCT) na Universidade de Pennsyvalni, na Philadelphia, Estados Unidos. Já os manuais originais são de autoria de Beck e Steer (1993 apud BECK, 2011).
Aaron Beck é psiquiatra e professor do departamento de psiquiatria na universidade da Pensilvânia. Conhecido como o pai da Terapia Cognitivo Comportamental, acreditava que a depressão é causada devido a visões negativas irrealistas sobre o mundo. Pessoas deprimidas têm uma cognição negativa em três áreas, que são tidas como a tríade depressiva. Elas desenvolvem visões negativas sobre: elas mesmas, o mundo e seu futuro (POWELL, 2008).
Inventário de Depressão de Beck, ou BDI-IA, é uma escala de auto-relato e foi um dos primeiros instrumentos criados para medir especificamente a depressão (ZIMMERMAN e outros, 2013 apud CUNHA, 2001). A escala compreende 21 itens descritivos de atitudes e sintomas, constituindo cada um uma manifestação comportamental específica da depressão, cuja intensidade varia de 0 a 3. (BECK e outros, 1961 apud CUNHA, 2001). As alternativas de resposta a cada item pressupõem níveis de gravidade crescente de depressão. O maior escore possível é 63 (OLIVEIRA et. Al, 2012 apud CUNHA, 2001). 
Foi inicialmente desenvolvido como uma escala sintomática de depressão, para uso com pacientes psiquiátricos, sendo que muitos estudos sobre suas propriedades psicométricas foram realizadas nos anos seguintes ao seu aparecimento (BECK, 1967 apud CUNHA, 2001), passando a ser utilizado amplamente, tanto na área clinica como na de pesquisa, mostrando-se um instrumento útil também para a população geral, conforme informações do Manual de Beck e Steer (1993 apud CUNHA, 2001).
Além do BDI, Beck e sua equipe iniciaram o trabalho piloto com o BDI-II em 1994. Os itens específicos que se referiam aos critérios de depressão do DSM IV e que não haviam sido incluídos no BDI, tais como agitação, desvalorização, dificuldade de concentração e falta de energia, foram construídos e testados com outros itens do BDI, cujas opções de resposta foram parcialmente reescritas para serem melhor compreendidas. Isso foi pensado para reduzir os 27 itens do instrumento do estudo-piloto e chegar a versão final de 21 itens, por meio de uma análise de itens e análises fatoriais, com as respostas de 193 pacientes laboratoriais diagnosticados com transtornos psiquiátricos (BECK et al, 2011).
Os itens do teste foram selecionados com base em relatos de sintomas e atitudes de pacientes psiquiátricos. De acordo com o Manual das Escalas de Beck (2001), os itens se referem a: 1) Tristeza, 2) Pessimismo, 3) Sentimento de fracasso, 4) Insatisfação, 5) Culpa, 6) Punição, 7) Autoaversão, 8) Autoacusações, 9) Ideias suicidas, 10) Choro, 11) irritabilidade, 12) Retraimento social, 13) Indecisão, 14) Mudança na autoimagem, 15) Dificuldade para trabalhar, 16) Insônia, 17) Fatigabilidade, 18) Perda de apetite, 19) Perda de peso, 20) Preocupações somáticas, 21) Perda da libido (BECK, 2011).
De acordo com o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI), site desenvolvido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) com o intuito de divulgar informações sobre as avaliações da qualidade técnico-científica de instrumentos psicológicos para os profissionais, a Escala de Beck (BDI) está desfavorável, isso é, o uso não está permitido até novas avaliações serem feitas. Por outro lado, o BDI-II está favorável e pode ser utilizado. 
APLICAÇÃO
O material de aplicação consiste em: 1 manual, 5 folhas protocolo de Ansiedade (BAI), 5 folhas de protocolo de Desesperança (BHS), 5 folhas protocolo de Depressão (BDI), 5 folhas de protocolo de Ideação Suicida (BSI) e 1 Crivo. O teste avalia a gravidade de depressão de pacientes na faixa etária a partir dos 13 anos. 
O ambiente onde ocorre a aplicação do teste deve proporcionar uma boa iluminação para o respondente e ser silencioso o suficiente para facilitar a concentração adequada. Obviamente, o aplicador do teste deve determinar com antecipação se o paciente consegue ler e compreender o conteúdo dos itens do BDI. Os itens do teste podem ser lidos em voz alta pelo aplicador para indivíduos com dificuldades de leitura ou problemas de concentração. 
Em geral, o BDI requer entre 5 e 10 minutos para ser completado e cerca de 15 minutos para a administração oral, embora pacientes obsessivos possam levar até 30 minutos. 
Com relação a intensidade da depressão em pacientes deprimidos, quando é empregada a versão em português, a escala é a seguinte: 0-11 depressão mínima; 12-19 leve; 20-35 moderada; 36-63 grave. Deve-se sugerir ao avaliando que leia atentamente as afirmações dos 21 grupos antes de escolher a que irá marcar, levando em consideração a maneira que tem se sentido durante a última semana, incluindo o dia da aplicação. É possível assinalar mais de um escore por grupo, porém na contagem final só será considerado o escore maior específico de cada grupo. 
ESTUDO DE CASO
A proposta do estudo foi validar fatorialmente a Escala - BDI em pacientes com câncer a fim de identificar a estrutura fatorial da depressão em mulheres com tal patologia. Para Gandini et. Al (2007), foram poucos os estudos de validação fatorial do BDI encontrados na literatura internacional e no Brasil (GANDINI et. Al, 2007). 
No Brasil, um dos estudos de validação fatorial do BDI foi realizado por Gorenstein e Andrade (1998) com 1.080 estudantes universitários da cidade de São Paulo. Utilizando rotação varimax, as autoras identificaram três fatores para a amostra total. O fator 1 representando a dimensão de autodepreciação, o fator 2, cognição-afeto e o fator 3, a dimensão somática (ver Tabela 1). Os coeficientes de fidedignidade (alfa de Cronbach) foram de 0,76; 0,77 e 0,66, e cada fator explicou 28,3%; 6,4% e 6,1%, respectivamente, da variância total. (GANDINI et. Al, 2007)
As autoras subdividiram a amostra quanto ao sexo e realizaram nova análise fatorial para cada subgrupo. Para ambas, encontraram dois fatores. Os itens do fator 3 da amostra geral foram retidos nos dois fatores das amostras divididas por gênero, evidenciando estruturas diferentes da identificada na amostra geral. Pela análise desses fatores, Gorenstein e Andrade (1998) concluíram que, para as mulheres, a auto depreciação associou-se mais intimamente à experiência depressiva do que para os homens (GANDINI et. Al, 2007).
A amostra foi constituída de 208 mulheres, tanto pacientes com câncer de mama (46%) que estavam em tratamento no serviço de Mastologia Maligna do Hospital das Clínicas da UFU quanto pacientes portadoras de câncer em geral (54%), atendidas no Hospital do Câncer de Uberlândia. A idade variou entre 20 e 87 anos, com média de 53 anos (DP = 12,5). A maioria (51%) dos participantes possuía escolaridade de 1a a 4a série do ensino fundamental; 14% eram analfabetas; 18% tinham de 5a a 8a série; 3% possuíam ensino médio incompleto; 9% ensino médio completo; 0,5% nível superior incompleto e 4% nível superior completo. (GANDINI et. Al, 2007).
Com base na forma original do BDI, algumas expressões desses conjuntos foram adaptadas semanticamente por apresentarem dificuldade de compreensão por parte da amostra, como nos itens que utilizavam termos temporais (a palavra "usual" foi mudada por "comode costume", por exemplo). Os 21 conjuntos de expressões originais em português foram apresentados a 20 sujeitos representantes da amostra para verificação da clareza e compreensão dos conteúdos. Os conjuntos das respostas aos itens (escalas de respostas) foram ainda reorganizados de modo que passaram a ser hierarquizados em ordem crescente, ou seja, variando da ausência à presença forte de sintomatologia depressiva (GANDINI et. Al, 2007).
As pacientes tiveram o direito de escolher participar ou não da investigação e suas identidades foram preservadas. Em razão da baixa escolaridade das pessoas que compuseram a amostra, os questionários foram aplicados verbal e individualmente por pesquisadoras treinadas (GANDINI et. Al, 2007).
Os conjuntos de opções de respostas referentes aos sintomas ou atitudes de depressão avaliados pelo Beck, em cerca de metade do questionário original, possuíam 5 opções de respostas e, na outra metade, somente 4 opções. Por isso, ao codificar os dados, aqueles conjuntos com 5 opções foram transformados em 4, tendo sido reunidas opções semanticamente muito próximas, como, por exemplo, "não consigo satisfação em mais nada" e "estou insatisfeito com tudo" de modo a uniformizar a escala de respostas, possibilitando a utilização da análise fatorial. (GANDINI et. Al, 2007).
A maioria dos estudos de validação até então publicados utilizaram validades de critério ou convergente e em amostras diferentes desta. Os resultados desta validação fatorial apontaram para a retenção de apenas 13 itens, configurando um instrumento menor do que o original, mas válido e consistente para esta amostra. Apesar disso, este conjunto de itens permitiu identificar a composição fatorial do construto, partindo-se do Inventário de Beck (GANDINI et. Al, 2007).
Apesar dos itens retidos diferirem numericamente dos do BDI, não se pode afirmar que esta seria uma forma reduzida daquele. O objetivo deste estudo não foi, como se declarou anteriormente, reduzir o instrumento, mas verificar como ele se estruturava para uma amostra específica. No Brasil não temos outros instrumentos válidos e confiáveis para diagnóstico de depressão nesta população específica. Entretanto, o BDI ainda necessita de novos estudos de validade de construto para amostras específicas e, sobretudo, de padronização e normalização, para que possa servir à interpretação dos resultados de um paciente com câncer comparando-o com outros, já que resultados absolutos nada informam (GANDINI et. Al, 2007).
No campo aplicado, isso contribuiria para a identificação rápida e eficaz da depressão, o que possibilitaria ao profissional usar menos tempo com um mesmo paciente durante sua avaliação. Os resultados encontrados apontaram, também, na direção da necessidade de novos estudos que esclareçam possíveis efeitos dos medicamentos da quimioterapia, visto que a amostra deste estudo foi constituída de 50% de pacientes em quimioterapia. Outrossim, seria interessante discriminar, em outros trabalhos, pacientes com e sem dor crônica, para a comparação das estruturas de depressão nestas duas condições (GANDINI et. Al, 2007).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BECK, Aaron et. al.; CUNHA, Alcides Jurema. Escalas de Beck - Manual. Editora Casa do Psicólogo, v.1, p. 1-171, 2001. 
BECK, Aaron et al.; BDI-II: Inventário de Depressão de Beck II. Casapsi Livraria e Editora Ltda, São Paulo, 2011, ed 1. 
GANDINI, Rita de Cássia et al. Inventário de Depressão de Beck-BDI: validação fatorial para mulheres com câncer. PsicoUSF, v. 12, n. 1, p. 23-31, 2007.
POWELL, Vania Bitencourt et al. Terapia cognitivo-comportamental da depressão. Rev. Bras. Psiquiatr. São Paulo, v. 30, supl. 2, p. s73-s80, Oct. 2008.
Conselho Federal de Psicologia. Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI). Disponível em <http://satepsi.cfp.org.br/>.

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