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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA 
CURSO DE GEOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
IGOR FERNANDES PRAXEDES 
 
 
 
 
CONTEXTO GEOLÓGICO E EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DO COMPLEXO GRANJA 
(LOCALIDADES DE MORRO VERMELHO, Dr. PRIVAT E CANTO SALGADO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2011 
IGOR FERNANDES PRAXEDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTEXTO GEOLÓGICO E EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DO COMPLEXO GRANJA 
(LOCALIDADES DE MORRO VERMELHO, Dr. PRIVAT E CANTO SALGADO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia submetida à Coordenação do Curso de 
Graduação em Geologia, da Universidade Federal do 
Ceará, como requisito parcial para obtenção do título 
de Geólogo. 
 
Área de concentração: Geologia Regional. 
 
Orientador: Prof. Dr. José de Araújo Nogueira Neto 
Co-orientador: Prof. Dr. Christiano Magini 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2011 
IGOR FERNANDES PRAXEDES 
 
 
 
CONTEXTO GEOLÓGICO E EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DO COMPLEXO GRANJA 
(LOCALIDADES DE MORRO VERMELHO, Dr. PRIVAT E CANTO SALGADO) 
 
 
 
Monografia submetida à Coordenação do Curso de Graduação em Geologia, da Universidade 
Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Geólogo. Área de 
concentração: Geologia Regional. 
 
 
 
 
 
Aprovada em ___ /___ /____. 
 
 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
_______________________________________________________ 
Prof. Dr. Christiano Magini (Co-orientador) 
Universidade Federal do Ceará - UFC 
 
 
 
 
_______________________________________________________ 
Prof. Dr. Wagner da Silva Amaral (Membro) 
Universidade Federal do Ceará - UFC 
 
 
 
 
_______________________________________________________ 
Msc. Glória Maria Silva Hamelak (Membro) 
Mestre em Geologia pela UFC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao meu Avô, Raimundo Praxedes (in memoriam) 
 e à minha Família. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus, por ter me dado força nestes 23 anos de muitas vitórias; à minha mãe 
Glades, por sempre estar ao meu lado nas minhas decisões, praticamente vivendo somente em 
prol da minha felicidade, muito obrigado MÃE, te amo; à minha avó Nicélia, por ter sido essa 
minha segunda mãe maravilhosa; às minhas tias, Glaucia e Glaudia, que apesar das briguinhas 
eu sei que elas sempre quiseram o melhor para mim; aos meus tios, Gladson e Glauber, que 
sempre fizeram o espelho de homem (pai) em momentos importantes na minha vida; todos os 
familiares e amigos que de alguma forma participaram dessa trajetória, muito obrigado; À 
minha namorada Marcela, que sempre me apoiou nesses dois últimos anos, contribuindo 
muito nesta reta final de um capítulo da minha vida. Eu te amo. 
Agradeço imensamente ao meu orientador Prof. Dr. José de Araújo Nogueira 
Neto (ZECA), o qual depositou em mim três anos de muita confiança, conhecimento, 
dedicação, e por acreditar na minha capacidade, me preparando para minha verdadeira vida 
geológica que está só começando e ao eterno mestre Michel Henri Arthaud “in memoriam”, 
que infelizmente não pode estar aqui ao meu lado neste momento muito feliz da minha vida. 
Ele foi a primeira pessoa que olhou para mim e acreditou, me indicando e colocando em rumo 
para um grande futuro. Um agradecimento muito especial para esses dois grandes 
professores. Muito obrigado por tudo; Agradeço a todos os professores do Departamento de 
Geologia pela grande ajuda na busca do conhecimento geológico, principalmente aos 
professores Neivaldo Araújo de Castro, Christiano Magini, Clóvis Vaz Parente, Wellington 
Ferreira da Silva Filho, Tereza Falcão de Oliveira Neri, Otaciel de Oliveira Melo, Afonso 
Rodrigues de Almeida, Wagner da Silva Amaral e César Ulisses Vieira Verissímo, que 
ajudaram com sugestões ou de outra forma na elaboração deste trabalho, muito obrigado. 
Aos eternos amigos de campo, David e João Paulo, que dividi tantas certezas e 
incertezas geológicas durante esses longos cinco anos; Agradeço também aos “sobreviventes” 
da turma de Geologia 2006.1, que dividi tantas felicidades em sala e campo, principalmente 
Fernando Erico (Erikim), Nelson, Salomão, Karini, Marcos Paulo, Paulo Victor e Elisimara; 
Aos companheiros(as) de campo em Granja, Antônio José (Portuga), Talita, Leiliane, Gabi, 
Andressa e Diones (bgoode) e a todos os meu amigos(as) que contribuíram nessa jornada. 
À Universidade Federal do Ceará, por possibilitar a concretização desse sonho, 
incentivando a pesquisa e ajudando a formar novos pesquisadores; Ao PIBIC/CNPq, pelo 
apoio financeiro com a manutenção da bolsa de Iniciação Cientifica, durante esses dois 
últimos anos, culminando com a realização dos projetos “Evolução do Metamorfismo 
Granulítico do Complexo de Granja, NW do Ceará” e “Mapeamento Geológico e 
Levantamento dos Recursos Minerais do Complexo de Granja, Folha Granja – CE” e À 
CPRM, pela grande experiência em participar do projeto “Mapeamento Geológico e 
Levantamento dos Recursos Minerais da Folha Granja, CE”. 
Muito obrigado a todos que de alguma forma colaboraram durante este caminho 
cheio de “pedras”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"No meio do caminho tinha uma pedra 
tinha uma pedra no meio do caminho 
tinha uma pedra 
no meio do caminho tinha uma pedra.” 
 (Carlos Drummond de Andrade) 
 
RESUMO 
 
 
A natureza do Complexo Granja, terreno Paleoproterozóico de alto grau metamórfico, é ainda 
muito discutida em relação aos limites geológicos, eventos metamórficos e evolução 
geológica. Neste trabalho foi investigado o setor norte deste complexo, na região 
compreendida entre as cidades do Ceará, Granja e Camocim (localidades de Morro Vermelho, 
Dr. Privat e Canto Salgado). Enfocando as mais importantes premissas, objetivos e 
metodologias de trabalho relativas ao reconhecimento de feições petrológicas de natureza 
sedimentar, ígnea e metamórfica, materializadas após a realização de alguns trabalhos de 
campo e na confecção de mapa(s) que ilustram diferentes observações. Foram identificadas as 
seguintes unidades: (i) gnaisses TTG e kinzigitos do Complexo Granja (Unidades Gnáissica-
Migmatítica e Granulítica), relativa ao embasamento Paleoproterozóico; (ii) rochas 
supracrustais do Grupo Martinópole compostas por quartzitos puros e impuros, filito e 
calcissilicática; (iii) zonas de cisalhamento dextrais composta por milonitos (Subunidade 
Milonítica); (iv) Riolito representando a Suíte Magmática Ceará-Mirim; (v) conjunto de 
rochas sedimentares compostas por arenitos, conglomerados e depósitos detrítico-lateríticos 
do Grupo Barreiras; (vi) Cobertura Colúvio-Eluvionar composta por sedimentos arenosos 
caulínicos e níveis síltico-arenoso e (vii) sedimentos inconsolidados (Depósitos Aluviais). 
Todas as unidades pré-cambrianas mostram foliação tectônica preferencialmente NE-SW, 
com mergulhos para SE. Na unidade Gnáissica-Migmatítica observa-se um desenvolvimento 
acentuado de importantes zonas de cisalhamento dextrais, como a Zona de Cisalhamento de 
Granja. Os dados petrográficos permitiram ter uma importante caracterização metamórfica do 
Complexo Granja, mostrando um importante zoneamento metamórfico desde a zona da 
cianita (NW) até a zona da biotita (SE). Esta evolução metamórfica seguiu uma trajetória P-T 
em sentido horário de altas temperaturas (> 600°C) e pressões médias (entre 5kbar e 10kbar) 
para o Complexo Granja. Eleva-se o fato de que a bibliografia utilizada e pesquisada tenha 
sido a mais atual e que esta confronta construtivamente toda uma série de argumentos e 
interpretações sobre o Complexo Granja. 
 
Palavras-chave: Complexo Granja, Zoneamento Metamórfico, Unidade São Joaquim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
GEOLOGICALCONTEXT AND METAMORPHIC EVOLUTION OF THE GRANJA 
COMPLEX (LOCATIONS OF CANTO SALGADO, DR. PRIVAT AND MORRO 
VERMELHO. The origin of the high-grade metamorphic terrain of the Granja Complex is 
still controversial in relation to its geological boundaries, the geological evolution and 
metamorphic events. In this work we investigated the Northern sector of this complex in the 
region between Ceará, Granja, and Camocim towns (localities of Morro Vermelho, Dr. Privat, 
and Canto Salgado). The main objectives of this work were the, recognition of sedimentary, 
igneous and metamorphic petrological, which were materialized on the basis of extensive 
field work and mapping. The following units were identified: (i) TTG gneisses and 
kinzingites of the Granja Complex (Gneissic-Migmatitic and Granulitic Units) concerning the 
Paleoproterozoic basement; (ii) supracrustal rocks of the Mártinópole Group, composed of 
both pure and impure quartzites, phyllites, and calciosilicate rocks; (iii) dextral shear zones 
composed of mylonites (mylonitic subunit); (iv) rhyolite, represented by the Ceará-Mirim 
Magmatic Suite; (v) a set of sedimentary rocks consisting of sandstones, conglomerates, and 
detritic-lateritic deposits of the Barreiras Group; (vi) Colluvium-Eluvial) sedimentary cover 
composed of sandy, kaolinitic and sandy-siltic levels and (vii) sediments (Alluvial Deposits). 
All Precambrian units show a mostly NE-SW-oriented tectonic foliation dippings to the SE. 
The Gneissic-Migmatitic unit is marked by the development of major dextral shear zones, as 
the Granja Shear Zone. Petrographic data allowed an important metamorphic characterization 
of the Granja Complex and showed a notable metamorphic zoning from the kyanite (NW) to 
the biotite zone (SE). This metamorphic evolution followed a high-temperature, medium-
pressure clockwise P-T path (> 600°C for 5 to 10 kbar) for the Granja Complex. We 
emphasize that the references employed here are the most current and helped our 
interpretation regarding the evolution of the Granja Complex. 
 
Keywords: Granja Complex, Metamorphic Zoning, São Joaquim Unit 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1.1 – Mapa de localização e vias de acesso às áreas de pesquisa. Também se 
observam os vértices (1,2,3 e 4) da área “geral” 27 
Figura 2.1 – Mapa do Brasil com a localização da Província Borborema (BIZZI et al. 
2003) 29 
Figura 2.2 – Compartimentação estrutural da Província Borborema (BIZZI et al. 2003) 30 
Figura 2.3 – Mapa Geológico Regional do Domínio NW do Ceará (modificado de 
CAVALCANTE & FERREIRA, 1983; NOGUEIRA NETO, 2000 e 
CAVALCANTE, 2003) 32 
Figura 2.4 – Bloco diagrama mostrando a configuração tectônica do DMC com as 
principais zonas de cisalhamento delimitando as rochas do embasamento e 
as supracrustais (SANTOS et al., 2008b) 40 
Figura 3.1 – Coluna estratigráfica com as unidades observadas nas áreas de estudo. 
Legenda: PPg - Unidade Gnáissica-Migmatítica; PPga - Subunidade 
Anfibolítica; PPgm - Subunidade Milonítica; PPgg - Unidade Granulítica; 
PPgge - Subunidade Gnáissica Enderbitica e Máfica; NPmsj - Unidade São 
Joaquim; JK1c - Suíte Magmática Ceará-Mirim; ENb - Grupo Barreiras 
Indiferenciado; ENbc – Depósitos Detrítico-Lateríticos (Grupo Barreiras – 
Formação Camocim); NQc - Cobertura Colúvio-Eluvionar e Qa - 
Depósitos Aluviais. 56 
Figura 5.1 – Utilização das imagens aerogeofísicas (magnetometria), do modelo digital 
do terreno (SRTM) e fusão das bandas 7,4 e 2 do LANDSAT5 - 
TM_218_06 (região de Granja/CE, obtido no dia 12 de Setembro de 2008) 
como ferramentas que auxiliaram na extração das grandes estruturas 
regionais na fase inicial da etapa de campo. Legenda: Área Vermelha - 
Morro Vermelho; Área Azul - Dr.Privat; Área Verde - Canto Salgado 72 
Figura 5.2 – Digrama de roseta dos planos de foliação Sn (esquerda) e estereograma de 
contorno (direita) referente aos mergulhos do Complexo Granja e Unidade 
São Joaquim. Observa-se que as direções principais para planos de foliação 
são NE-SW concordando com o trend regional 74 
Figura 5.3 – Estereograma com medidas de lineação sempre apresentando baixo ângulo 
e mergulhando ora para NE ora para SW 77 
Figura 5.4 – (a) Bloco geológico esquemático (seção NW-SE) mostrando a estruturação 
da estratigrafia das áreas de pesquisa. (b) estereogramas com isofrequência 
de contagem do mergulho das foliações Sn do Complexo Granja (Unidade 
Gnáissica-Migmatítica e Unidade Granulítica) e Unidade São Joaquim 79 
 
Figura 5.5 – Estereograma mostrando o comportamento do fraturamento das rochas pré-
cambreanas. Os planos azuis e pretos são os representativos do 
fraturamento vertical e os planos vermelhos são os que apresentam um 
mergulho moderado. 80 
Figura 6.1 – Mapa de zoneamento metamórfico das rochas estudas nas áreas de pesquisa 89 
Figura 6.2 – Grade petrogenética para os metassedimentos pelíticos da Unidade 
Granulítica. A seta azul mostra a trajetória P-T (através da associação 
mineral) sofrida durante o metamorfismo desta litotipo 90 
Figura 6.3 – Diagrama P-T mostrando os campos dos vários fácies metamórficos. A seta 
azul mostra a mostra a trajetória P-T (através da associação mineral) sofrida 
durante o metamorfismo da Unidade Gnáissica Enderbítica e Máfica, a seta 
vermelha da Unidade Gnáissica-Migmatítica e a seta verde da Unidade São 
Joaquim. Abreviações usadas: Hfls = hornfels, AE = albita-epidoto, HBL = 
hornblenda, PX= piroxênio, PREH-PUMP= prehnita-pumpellyta 90 
Figura 6.3 – Desenho esquemático ilustrando a evolução geológica pré-cambriana das 
áreas de estudo 93 
Quadro 3.1 – Nomes correlacionados no texto a cada área de estudo 42 
Tabela 1.1 – Coordenadas em UTM da área geral 25 
Tabela 1.2 – Coordenadas em UTM da área Morro Vermelho 25 
Tabela 1.3 – Coordenadas em UTM da área Dr. Privat 25 
Tabela 1.4 – Coordenadas em UTM da área Canto Salgado 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FOTOGRAFIAS 
 
Fotografias 3.1 – (a) Afloramento com centenas de metros mostrando um biotita-
hornblenda gnaisse-migmatítico em forma de lajedo na porção NE da 
área mapeada (Ponto GR-2010.2-38, Coord. UTM-24S: 0302468 E / 
9661466 N). (b) Afloramento em forma de lajedo nas proximidades do 
contato com a Unidade Granulítica onde se observa uma anisotropia 
bem marcada caracterizando a foliação Sn (Ponto GR-2010.2-06, 
Coord. UTM-24S: 0300306 E / 9660690 N). (c) Dobras intrafoliais 
pertencentes à Unidade Gnáissica-Migmatítica (Ponto GR-2010.2-10, 
Coord. UTM-24S: 0299448 E / 9659080 N). (d) Veios de epidotos 
preenchendo fraturas em um gnaisse milonítico (Ponto GR-2010.2-31, 
Coord. UTM-24S: 0301614 E / 965823 N). (e) Afloramento em forma 
de lajedo onde se observa o gnaisse totalmente migmatizado, 
mostrando níveis elevados de fusão parcial (Ponto CPRM-2010.1-152, 
Coord. UTM: 295294 E / 9657516 N). (f) Afloramento mostrando 
alternância entre bandas máficas e félsicas dentro do biotita-hornblenda 
gnaisse migmatítico (Ponto GR-2010.2-38, Coord. UTM-24S: 
0302468E / 9661466N) 43 
Fotografia 3.2 – Calcisilicática em meio à foliação do biotita-hornblenda gnaisse 
migmatítico, (Ponto GR-2010.2-44, Coord. UTM-24S: 0299114 E / 
9658898 N) 44 
Fotografia 3.2 – Cristal de plagioclásio rotacionado em meio à foliação Sn do biotita-
hornblenda gnaisses migmatíticos mostrando um sentido de 
cisalhamento dextral, (Ponto GR-2010.2-44, Coord. UTM-24S: 
0299114E/9658898N) 44 
Fotografias 3.4 – (a) Anfibolito com sua cor predominante, verde escuro, e constituído 
praticamente de hornblenda (Ponto GR-2010.2-45, Coord. UTM-24S: 
0299566 E / 9659206 N). (b) Anfibolito intercalado a gnaisses 
migmatítos na forma de enclaves (Ponto GR-2010.2-45, Coord. UTM-
24S: 0299566 E / 9659206 N) 45 
Fotografias 3.5 – (a) Afloramento de hornblenda milonito em forma de lajedo na borda 
sul do açude Pedraria. (Ponto GR-2010.2-26,Coord. UTM: 0301038 E 
/ 9658952 N). (b) Afloramento representando uma dobra em “Z” e um 
boudin rotacionado durante o cisalhamento da rocha onde as duas 
deixam marcante o movimento dextral dessa zona de cisalhamento. 
(Ponto GR-2010.2-26, Coord. UTM-24S: 0301038 E / 9658952 N) 46 
 
Fotografias 3.6 – (a) Silimanita-cianita-granada-biotita gnaisse na forma de lajedo na 
localidade de seiscentos (Ponto GR-2011.1-50, Coord. UTM-24S: 
0295603 E / 9666562 N). (b) Concentrado de granadas em meio à 
foliação Sn da Unidade Granulítica (Ponto GR-2011.1-54, Coord. 
UTM-24S: 0296334 E / 9663254 N) 47 
Fotografias 3.7 – (a) Afloramento de cianita-silimanita-granada-biotita gnaisse com 
um veio quartzo-feldspático concordante com a foliação Sn (Ponto GR-
2011.1-90, Coord. UTM-24S: 0295197 E / 9666662 N). (b) 
Afloramento na localidade de Seiscentos, leste da CE–085, onde se 
observa um intemperismo acentuado nas rochas da Unidade 
Granulítica (linhas pretas mostrando o aspecto da alteração dos 
mobilizados de fusão e as linhas vermelhas o dos concentrados de 
granada nestes mobilizados (Ponto GR-2011.1-79, Coord. UTM-24S: 
0295105 E / 9666886 N) 48 
Fotografias 3.8 – (a) Bandamento típico desta unidade marcado pela alternância de 
bandas máficas e félsicas (Ponto GR-2010.2-32, Coord. UTM: 
0300742 E / 9660868 N). (b) Concentrado de granada em meio aos 
mobilizados de fusão da Unidade Granulítica (Ponto GR-2011.1-52, 
Coord. UTM: 0295328 E / 9661714 N) 48 
Fotografias 3.9 – (a) Aspecto do gnaisse enderbítico observado na área três, 
proximidades de Canto Salgado, com sua cor verde característica 
(Ponto GR-2011.1-82, Coord. UTM: 0295213 E / 9662288 N). (b) 
Granulito máfico intercalado ao silimanita-granada-biotita gnasse com 
hornblenda com sua cor preta característica (Ponto GR-2011.1-54, 
Coord. UTM-24S: 0296334 E / 9663254 N) 49 
Fotografia 3.10 – Vista lateral do Serrote Jereguapuaba: feição morfológica positiva 
sustentada pelas intercalações de gnaisses enderbíticos e granulitos 
máficos em meio aos silimanita-granada-biotita gnaisses com 
hornblenda. (Foto 108, tirada no ponto GR-2011.1-88 com vista para 
norte, Coord. UTM-24S: 0294479 E / 9661851 N) 49 
Fotografias 3.11 – Intercalações de (a) gnaisse enderbítico dispersos na foliação e (b) 
granulito máfico em forma de lente nos silimanita-granada-biotita 
gnaisse com hornblenda. A orientação dos corpos é concordante com a 
foliação Sn (a – Ponto GR-2011.1-82, Coord. UTM: 0295213 E / 
9662288 N ; b – Ponto CPRM-2010.1-25, Coord. UTM: 300393 E / 
9660952 N). (c) Litotipo caracterizado por um gnaisse enderbítico, sem 
sinais de deformação (Ponto CPRM-2010.1-149, Coord. UTM: 292980 
E / 9657726 N) 50 
Fotografias 3.12 – (a) Vista lateral do serrote Aroeira: feição morfológica positiva 
sustentada pelos quartzitos da unidade São Joaquim. (Foto 184, Coord. 
UTM-24S: 0303223E / 9660372 N). (b) Quartzito ferrífero na região 
de Canto Salgado (Ponto GR-2010.2-33, Coord. UTM-24S: 0299566 E 
/ 9659206 N) 51 
Fotografias 3.13 – (a) Rocha calcissilicática bandada de cor escura, granulação fina e 
anisotropia bem marcada (Ponto GR-2010.2-20, Coord. UTM-24S: 
0302968 E / 9658808 N). (b) Quartzito de granulação média-grossa 
com muscovita e turmalina no topo do Serrote Aroeira (Ponto GR-
2010.2-18, Coord. UTM-24S: 0302556 E / 9658154 N). (c) Filito com 
plano de xistosidade bem definido e brilhante, bastante alterado e 
intemperizado, (Ponto GR-2010.2-14, Coord. UTM-24S: 0303337 E / 
9659254 N) 52 
Fotografia 3.14 – Aspecto porfirítico (fenocristais de feldspato potássico) sem 
orientação preferencial em um bloco de riolito (Amostra GR-2011.1-
64, Coord. UTM-24S: 0294798 E / 9666750 N) 53 
Fotografias 3.15 – (a) Lateritas subordinadas na encosta do quartzito ferrífero, região de 
canto salgado, cartograficamente não diferenciadas (Ponto GR-2010.2-
33, Coord. UTM-24S: 0299566 E / 9659206 N). (b) Conglomerado 
laterítico matriz suportada com seixos arredondados a subangulosos de 
quartzo (Amostra GR-2011.1-62b, Coord. UTM-24S: 0296049 E / 
9666172 N) 54 
Fotografias 3.16 – (a) Cobertura colúvio-eluvionar predominante no distrito de 
seiscentos, próximo a uma das piscinas de carcinicultura da PMC, em 
contato erosivo com a Unidade Granulítica (Ponto GR-2011.1-73, 
Coord. UTM-24S: 0296852 E / 9666930 N). (b) Cobertura eluvionar 
resultante da alteração das rochas da Unidade Granulítica (Ponto 
CPRM-2010.1-153, Coord. UTM-24S: 0292544 E / 9657922 N) 55 
Fotografia 3.15 – Sedimentos inconsolidados de idade quaternária associados a planície 
aluvial do Rio Coreaú. (Ponto GR-2010.2-34 - Coord. UTM-24S: 
0301520 E / 9661566 N) 55 
Fotografias 5.1 – Bandamento composicional típico representado pela superfície Sn nos 
gnaisses da Unidade Gnáissica-Migmatítica (a) (Ponto GR-2010.2-06, 
Coord. UTM-24S: 0300306 E / 9660690 N) e Unidade Granulítica (b) 
(Ponto GR-2011.1-54, Coord. UTM-24S: 0296334 E / 9663254 N) 73 
Fotografias 5.2 – (a) Plano de foliação Sn do hematita quartizito (Ponto GR-2010.2-33, 
Coord. UTM-24S: 0299566 E / 9659206 N). (b) Planos de xistosidade 
caracterizados por Sn (Ponto GR-2010.2-14, Coord. UTM-24S: 
0303337 E / 9659254 N) 73 
Fotografias 5.3 – (a) Foliação Sn+1 paralela a Sn mostrando um bandamento gnáissico 
fino e com alguns porfiros de quartzo rotacionados mostrando um 
sentido de cisalhamento dextral. (Ponto CPRM-2010.1-151, Coord. 
UTM-24S: 0295417 E / 9657162 N). (b) Afloramento apresentando 
uma rotação da foliação Sn durante o cisalhamento da rocha onde se 
caracteriza um movimento dextral dessa zona de cisalhamento. (Ponto 
GR-2010.2-26, Coord. UTM-24S: 0301038 E / 9658952 N) 75 
Fotografias 5.4 –(a) Dobramento no biotita-hornblenda gnaisse migmatítico onde se 
observa ao lado (Ponto GR-2010.2-05, Coord. UTM-24S: 0300460 E / 
9660908 N). (b) Bloco diagrama esquemático com o sentido e 
caimento do eixo da dobra (192°Az/42°) da figura “a”. (c) Dobra 
decamétrica nas proximidades do contato das Unidades Gnáissica-
Migmatítica e Granulítica (Ponto GR-2010.2-38, Coord. UTM-24S: 
0302468 E / 9661466 N). (d) Plano axial de uma dobra simétrica 
mostrando a foliação Sn da rocha (Ponto GR-2010.2-08, Coord. UTM: 
0299734 E/9659832N. (e) Dobras transpostas dentro da Unidade 
Gnáissica-Migmatítica com seus planos axiais paralelo à foliação Sn 
(Ponto GR-2010.2-38, Coord. UTM-24S: 0302468 E / 9661466 N) 76 
Fotografias 5.5 – (a) e (b) Planos de foliação Sn onde se observa a lineação Ln com 
certa intensidade de mergulho e carater penetrativo. Ponto GR-2011.1-
50, figura (a), Coord. UTM-24S: 0295603 E / 9666562 N e ponto GR-
2011.1-90, figura (b), Coord. UTM: 0295197 E / 9666662 N) 77 
Fotografia 5.6 – Fraturamento cortando perpendicular a foliação Sn na Unidade 
Granulítica (Ponto GR-2011.1-94, Coord. UTM-24S: 0296415 E / 
9662158 N) 78 
Fotografias 5.7 – (a) Unidade Granulítica alterada principalmente na zona de 
fraturamento (duas direções preferenciais) (Ponto GR-2011.1-79, 
Coord. UTM-24S: 0295105 E / 9666886 N). (b) Afloramento de um 
filito de coloração cinza do Grupo Martinópole bastante fraturado com 
dimensões e espessuras variadas. Apresentam três direções 
preferenciais sendo as mais importantes: “1” (305°Az/72°) e a “2” 
(50°Az /25°) (Ponto GR-2010.2 -14, Coord. UTM-24S: 0303337 E / 
9659254 N) 80 
 
 
 
 
 
LISTA DE FOTOMICROGRAFIAS 
 
Fotomicrografia 4.1 – Fotomicrografia do biotita gnaisse com granada à luz natural (a) 
e à luz ortoscópica (b), onde observa-se granada (Grt) arredondada 
e opacos (Op) sub-idioblástica em meio a grãos de quartzo (Qtz) e 
Biotita (Bt) orientado. Cristal de zircão (Zr) observado incluso em 
grão de quartzo. Amostra GR-2010.2-05, Coord. UTM-24S: 
0300460 E / 9660908 N 57 
Fotomicrografia 4.2 – Fotomicrografia do biotita gnaisse à luz natural (a) e à luz 
ortoscópica (b), onde observa-se uma textura granolepidoblástica 
comlamelas de biotita (Bt) e quartzo (Qtz) estirados mostrando a 
direção preferencial da foliação da rocha (seta amarela). Amostra 
GR-2010.2-05, Coord. UTM-24S: 0300460 E / 9660908 N 58 
Fotomicrografia 4.3 – Fotomicrografia do biotita-hornblenda gnaisse à luz natural (a) e 
à luz ortoscópica (b), onde se observa grãos de hornblenda (Hbl), 
quartzo (Qtz), biotita (Bt) e um cristal de zircão com formas 
arredondadas (Zr). Amostra GR-2010.2-38, Coord. UTM-24S: 
0302468 E / 9661466 N 59 
Fotomicrografia 4.4 – Anfibolito à luz natural (a) e luz ortoscópica (b), constituído 
quase que em sua totalidade por hornblenda (Hbl) de cor verde 
pálida e forma anedral a subedral. Cristais de quartzo (Qtz) e 
plagioclásio (Pl) encntram-se em meio aos cristais de hornblenda 
(Hbl). Amostra GR-2010.2-45, Coord. UTM-24S: 0299566 E / 
9659206 N 59 
Fotomicrografia 4.5 – Grãos de hornblenda (Hbl) com suas duas clivagens 
característica a 124° à luz natural (a) e luz ortoscópica (b). As 
hornblendas (Hbl) se encontram em contato com cristais de 
quartzo (Qtz) e plagioclásio (Pl) que apresentam uma germinação 
polissintética bem marcada. Amostra GR-2010.2-45, Coord. UTM-
24S: 0299566 E / 9659206 N 60 
Fotomicrografia 4.6 – Milonito à luz natural (a) e luz ortoscópica (b) exibindo matriz 
de granulação fina provavelmente rica em hornblenda (Hbl) e 
porfiroclastos de quartzo (Qtz) e plagioclásio (Pl) arredondados. 
Há um cristal de titanita (Ti) arredondado ao centro da 
fotomicrografia. Amostra GR-2010.2-21, Coord. UTM-24S: 
302765 E / 9659206 N 61 
 
 
Fotomicrografia 4.7 – Porfiroclastos de hornblenda (Hbl), quartzo (Qtz) e plagioclásio 
(Pl) mostram-se subarredondados e por vezes sob a forma de 
augen envoltos pela matriz. Amostra GR-2010.2-21, Coord. UTM-
24S: 302765 E / 9659206 N 61 
Fotomicrografia 4.8 – Cristais de cianita (Ky) idioblástico prismáticos à luz natural (a) 
e à luz ortoscópica (b) em meio a grãos de quartzo (Qtz) que por 
vezes mostram uma recristalização em subgrãos. Grãos de opacos 
(Op) são observados sempre em contato com a biotita (Bt) 
mostrando feições de alteração metamórfica. Amostra GR-2011.1-
01a, Coord. UTM-24S: 0295603 E / 9666562 N 62 
Fotomicrografia 4.9 – Grãos de rutilo (Rtl) com formas xenoblástica e em contato com 
cristais de cianita (Ky) à luz natural (a) e à luz ortoscópica (b). Nas 
bordas dos grãos de rutilo (Rtl) se observa uma reação 
metamórfica para ilmenita. Amostra GR-2011.1-01a, Coord. 
UTM-24S: 0295603 E / 9666562 N 63 
Fotomicrografia 4.10 – Fotomicrografia do silimanita-granada-biotita gnaisse à luz 
natural (a) e à luz ortoscópica (b), onde se observa lamelas de 
biotita (Bt) orientadas e bastante avermelhadas (rica em titânio) em 
contato com grãos de quartzo (Qtz), opaco (Op) e apatita (Ap). 
Amostra GR-2011.1-05b, Coord. UTM-24S: 0296334 E / 9663254 
N 63 
Fotomicrografia 4.11 – Grão de granada (Grt) poiquilítico em meio à foliação da rocha, 
mostrando um sentido de cisalhamento dextral à luz natural (a) e à 
luz ortoscópica (b). Cristais de apatita (Apt) inclusos no grão de 
granada, biotita (Bt) e quartzo (Qtz) com recristalização em 
subgrãos na borda do grão de granada são observados. Amostra 
GR-2011.1-05b, Coord. UTM-24S: 0296334 E / 9663254 N 64 
Fotomicrografia 4.12 – Grãos de silimanita (Sil) orientado em contato com granada 
(Grt), onde se observa inclusão de agulhas de apatita (Ap), e grãos 
de quartzo (Qtz) à luz natural (a) e à luz ortoscópica (b). Amostra 
GR-2011.1-01a, Coord. UTM-24S: 0295603 E / 9666562 N 64 
Fotomicrografia 4.13 – Granada (Grt) à luz natural (a) e luz ortoscópica (b), 
apresentando um fraturamento intenso e lamelas de biotita (Bt) e 
quartzo (Qtz) em meio aos grãos de granada (Grt). Amostra GR-
2010.2-02, Coord. UTM-24S: 0300639 E / 9661716 N 65 
 
 
 
Fotomicrografia 4.14 – Orientação preferencial da rocha (setas amarelas) à luz natural 
(a) e à luz ortoscópica (b), dada quase que na totalidade por grãos 
de quartzo (Qtz) estirados. Amostra GR-2011.1-03c, Coord. UTM-
24S: 0295328 E / 9661714 N 66 
Fotomicrografia 4.15 – Enderbito à luz natural (a) e luz ortoscópica (b), com destaque 
para granada (Grt) com textura de descompressão sempre em 
contato com lamelas de biotita (Bt) e hornblenda (Hbl). Grãos de 
quartzo (Qtz) e plagioclásio (Pl) são observados dispersos e em 
comtato com grãos de hornblenda (Hbl). Amostra GR-2010.2-06, 
Coord. UTM-24S: 0300306 E / 9660690 N 67 
Fotomicrografia 4.16 – Prisma sub-idioblástica de hiperstênio (Opx) entre lamelas de 
biotita (Bt) no gnaisse enderbítico à luz natural (a) e à luz 
ortoscópica (b). Grãos de hornblenda (Hbl) bastante fraturados e 
grãos de quartzo (Qtz) xenoblástica também são observados em 
contato com a biotita (Bt). Amostra GR-2011.1-37c, Coord. UTM-
24S: 0302341 E / 9661674 N 67 
Fotomicrografia 4.17 – Grãos de ortopiroxênio (Opx) mostrando um processo de 
hidratação para hornblenda (Hbl) (reação metamórfica) à luz 
natural (a) e à luz ortoscópica (b). Lamelas de biotita (Bt) e 
quartzo (Qtz) se encontram em contato com a hornblenda (Hbl) e 
ortopiroxênio (Opx). Amostra GR-2011.1-07a, Coord. UTM-24S: 
0301564 E / 9661684 N 68 
Fotomicrografia 4.18 – Bandamento metamórfico dos gnaisses enderbíticos bem 
marcado, bandas ricas em granada (Grt), hornblenda (Hnl), 
clinopiroxênio (Cpx) e ortopiroxênio (Opx) contrastando com 
bandas ricas em quartzo (Qtz) xenoblástica e em recristalização em 
subgrãos à luz natural (a) e à luz ortoscópica (b). Amostra GR-
2011.1-04, Coord. UTM-24S: 0295065 E / 9662306 N 68 
Fotomicrografia 4.19 – Porfiroclasto de hiperstênio (Opx) em meio a uma matriz fina 
composta por clinopiroxênio e ortopiroxênio à luz natural (a) e à 
luz ortoscópica (b). Lamelas de biotita (Bt) e hornblenda (Hbl) 
estão também em meio à matriz. Amostra GR-2011.1-05c, Coord. 
UTM-24S: 0296334 E / 9663254 N 69 
Fotomicrografia 4.20 – Textura granonematoblástica inequigranular seriada do 
granulito máfico à luz natural (a) e à luz ortoscópica (b). Observa-
se pórfiroblastos de granada (Grt), hiperstênio (Opx) e diopsídio 
(Cpx) em meio à matriz fina orientada por cristais prismáticos 
(nematoblástica). As setas amarelas apresentam a orientação da 
rocha. Amostra GR-2011.1-05c, Coord. UTM-24S: 0296334 E / 
9663254 N 69 
Fotomicrografia 4.21 – (a) Muscovita quartzito do Serrote Aroeira exibindo textura 
granolepidoblástica com grãos de quartzo (Qtz) e muscovita (Ms) 
mostrando a foliação da rocha (setas amarelas) à luz natural 
(amostra GR-2010.2-18, Coord. UTM-24S: 0302556 E / 9658154 
N). (b) Hematita quartzito da região de Canto Salgado exibindo 
textura granoblástica com grãos de hematita (Hem) estirados 
mostrando a orientação preferencial da rocha (setas amarelas) à luz 
natural (amostra GR-2010.2-33a, Coord. UTM-24S: 0300930 E / 
9660840 N) 70 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLA 
 
 
Act Actinolita 
Apt Apatita 
Ar Argônio 
Az Azimute 
Bt Biotita 
CAGECE Companhia de Água e 
Esgoto do Ceará 
CBERS China-Brazil Earth 
Resources Satellite 
Clorita Chl 
COELCE Companhia Energética do 
Ceará 
CPRM Companhia de Pesquisa de 
Recursos Minerais 
Cpx Clinopiroxênio 
DCC Domínio Ceará Central 
DMC Domínio Médio 
Coreaú 
DRGN Domínio Rio Grande 
do Norte 
E Leste 
EBCT Empresa Brasileira de 
Correios e Telégrafos 
EN Paleogeno-Neogeno 
Ep Epidoto 
G.a. Bilhões de anos 
GPS Global Positioning System 
Grt Granada 
Hbl Hornblenda 
Hem Hematita 
IBGE Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística 
IPECE Instituto de Pesquisa e 
Estratégia Econômica do 
Ceará 
IPLANCE Instituto de Pesquisa e 
Informação do Ceará 
JK Jurássico-Cretáceo 
K Potássio 
Kf Feldspato Potássico 
Ky Cianita 
M.a. Milhões de anos 
N Norte 
 
 
 
 
 
Nd Neodímio 
NE Nordeste 
NP Neoproterozoico 
NQ Neogeno-Quaternário 
NW NoroesteOp Opaco 
Opx Ortopiroxênio 
P Pressão 
Pb Chumbo 
Pl Plagioclásio 
PP Paleoproterozóico 
Q Quaternário 
Qtz Quartzo 
Rb Rubídio 
Rtl Rutilo 
S Sul 
Scp Escapolita 
SE Sudeste 
Sil Silimanita 
Sm Samário 
Sr Estrôncio 
SRH Secretaria dos Recursos 
Hídricos 
SRTM Shutle Radar Topography 
Mision 
SW Sudoeste 
T Temperatura 
TDM Time Depleted Mantle 
Tit Titanita 
Tr Tremolita 
TTG Tonalito-
Trondhjemito-
Granodiorito 
U Urânio 
UFC Universidade Federal do 
Ceará 
Ms Muscovita 
UTM Universal Transversa de 
Mercator 
W Oeste 
ZCG Zona de Cisalhamento de 
Granja 
Zr Zircão
 
SUMÁRIO 
 
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO 
 
1. INTRODUÇÃO 24 
1.1. Apresentação 24 
1.2. Objetivo geral 24 
1.3. Objetivos específicos 24 
1.4. Localização da área estudada 25 
1.5. Metodologia de trabalho 26 
1.5.1. Etapa Inicial 26 
1.5.2. Etapa de Campo 26 
1.5.3. Etapa de Laboratório 28 
1.5.4. Etapa Final 28 
 
CAPÍTULO 2 – ARCABOUÇO GEOLÓGICO REGIONAL 
 
2. ARCABOUÇO GEOLÓGICO REGIONAL 29 
2.1. Considerações Iniciais 29 
2.2. Principais Domínios Tectônicos da Província Borborema 30 
2.3. Domínio Médio Coreaú 31 
2.3.1. Estratigrafia 31 
2.3.1.1. Complexo Granja 31 
2.3.1.2. Sequência Vulcânica Saquinho 33 
2.3.1.3. Grupo Martinópole 33 
2.3.1.4. Grupo Ubajara 34 
2.3.1.5. Granitóides 35 
2.3.1.6. Grupo Jaibaras 36 
2.3.1.7. Grupo Riacho Sairi 37 
2.3.2. Evolução Tectono-Metamórfica 37 
 
 
CAPÍTULO 3 - ESTRATIGRAFIA 
 
3. ESTRATIGRAFIA 41 
3.1. Complexo Granja 42 
3.1.1. Unidade Gnáissica-Migmatítico – PPg 42 
3.1.1.1. Subunidade Anfibolítica – PPga 44 
3.1.1.2. Subunidade Milonítica – PPgm 45 
3.1.2. Unidade Granulítica – PPgg 46 
3.1.2.1. Subunidade Gnáissica Enderbitica e Máfica – PPgge 49 
3.2. Unidade São Joaquim – NPmsj 51 
3.3. Suíte Magmática Ceará-Mirim – JK1c 53 
3.4. Grupo Barreiras – ENb 53 
3.5. Cobertura Colúvio-Eluvionar – NQc 54 
3.6. Depósitos Aluviais – Qa 54 
 
CAPÍTULO 4 – PETROGRAFIA 
 
4. PETROGRAFIA 57 
4.1. Complexo Granja 57 
4.1.1. Hornblenda-biotita gnaisse (Unidade Gnáissica-Migmatítica – PPg) 57 
4.1.2. Anfibolito (Subunidade Anfibolítica – PPga) 59 
4.1.3. Milonito (Subunidade Milonítica – PPgm) 60 
4.1.4. Silimanita-cianita-granada-biotita gnaisse (Unidade Granulítica – PPggc) 61 
4.1.5. Silimanita-granada-biotita gnaisse (Unidade Granulítica – PPggs) 62 
4.1.6. Granada-biotita gnaisse (Unidade Granulítica – PPgg) 64 
4.1.7. Mobilizados de fusão – Diatexitos (Unidade Granulítica – PPg) 65 
4.1.8. Gnaisse Enderbítico (Unidade Gnáissica-Enderbítica – PPgge) 66 
4.1.9. Granulito Máfico (Unidade Máfica – PPggm) 68 
4.2. Grupo Martinópole - Unidade São Joaquim (NPmsj) 69 
4.2.1. Muscovita quartzito (Unidade São Joaquim – NPmsj) 70 
4.2.2. Hematita quartzito (Unidade São Joaquim – NPmsj) 70 
 
 
 
CAPÍTULO 5 – ESTRUTURAL 
 
5. ESTRUTURAL 71 
5.1. Estruturas Dúcteis 71 
5.1.1. Estruturas Planares - Foliações (Sn) 71 
5.1.2. Estruturas Planares - Zonas de Cisalhamento (Sn+1) 74 
5.1.3. Estruturas Planares - Dobras 75 
5.1.4. Elementos Lineares – Lineações (Ln / Ln+1) 76 
5.2. Estruturas Rúpteis 78 
5.2.1. Estruturas Planares - Fraturas 78 
 
CAPÍTULO 6 – METAMORFISMO 
 
6. METAMORFISMO 81 
6.1. Complexo Granja 81 
6.1.1. Unidade Gnaissica-Migmatítico 81 
6.1.2. Unidade Granulítica 83 
6.1.2.1. Gnaisses Enderbíticos 85 
6.1.2.2. Granulito Máfico 86 
6.2. Unidade São Joaquim 88 
 
CAPÍTULO 7 – EVOLUÇÃO GEOLÓGICA 
 
7. EVOLUÇÃO GEOLÓGICA 91 
 
CAPÍTULO 8 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 94 
 
CAPÍTULO 9 – REFERÊNCIAS 
 
9. REFERÊNCIAS 95 
 
 
APÊNDICES 
 
i. MAPA DE PONTOS DAS LOCALIDADES DE MORRO VERMELHO, DR. PRIVAT 
E CANTO SALGADO A NNE DO MUNICÍPIO DE GRANJA/CE - FOLHA GRANJA, 
escala 1:50.000; 
ii. MAPA GEOLÓGICO DAS LOCALIDADES DE MORRO VERMELHO, Dr. PRIVAT 
E CANTO SALGADO A NNE DO MUNICÍPIO DE GRANJA/CE - FOLHA GRANJA, 
escala 1:50.000; 
iii. MAPA GEOLÓGICO DAS LOCALIDADES DE MORRO VERMELHO E 
SEISCENTOS, A N DO MUNICÍPIO DE GRANJA/CE - FOLHA GRANJA, escala 
1:10.000; 
iv. MAPA GEOLÓGICO DAS LOCALIDADES DE Dr. PRIVAT E SALGADO DA 
PEDRA A N DO MUNICÍPIO DE GRANJA/CE - FOLHA GRANJA, escala 1:10.000; 
v. MAPA GEOLÓGICO DAS LOCALIDADES DE CANTO SALGADO, PEDRA PRETA 
E AROEIRA A NE DO MUNICÍPIO DE GRANJA/CE - FOLHA GRANJA, escala 
1:25.000; 
vi. TABELA DE COORDENADAS DOS AFLORAMENTOS ESTUDADOS. 
1. Introdução 24 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1. Apresentação 
 
O trabalho ora apresentado tem por finalidade a realização de um mapeamento 
geológico em uma área de 106 Km², com detalhe em áreas menores (Dr. Privat, Canto 
Salgado e Morro Vermelho), enfocando a evolução metamórfica do Complexo Granja. As 
áreas de estudos estão inseridas nos municípios de Granja e Camocim que situam-se na 
Mesorregião Noroeste Cearense. 
O referido trabalho traduz toda uma sequência de estudos e pesquisas efetuados 
pelo autor integrandos no âmbito da disciplina de Relatório de Graduação, ministrada na 
Universidade Federal do Ceará (UFC) no semestre 2011.1. A disciplina supracitada enfoca as 
mais importantes premissas, objetos e metodologias de trabalhos referentes às áreas de 
petrologia sedimentar, ígnea e metamórfica, complementadas com o reconhecimento do 
potencial e relevância das expedições de campo relacionadas intimamente com a natureza 
deontológica da futura profissionalização em Geologia. 
 
1.2. Objetivo geral 
 
Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados de um mapeamento 
geológico de detalhe do Complexo Granja, unidades Granulíticas e Gnáissica-Migmatítica, 
efocando a evolução metamórfica das áreas de estudo, no âmbito do Domínio Médio Coreaú. 
 
1.3. Objetivos específicos 
 
Com o decorrer das pesquisas ao longo das diferentes etapas (ver item 1.5) e com 
o foco de cumprir o objetivo geral, o trabalho foi dividido em partes integrantes e específicas, 
que melhor contextualizam as expectativas criadas em torno do roteiro da disciplina: 
 
 Reconhecer diferentes registros litológicos, metamórficos, estruturais e 
estratigráficos; 
 Coletar, analisar e caracterizar em termos petrográficos os diferentes tipos 
de rochas; 
1. Introdução 25 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 Contribuir com a evolutiva para a área de pesquisa; 
 Confeccionar mapa(s), em escalas distintas, que ilustrem diferentes 
observações em trabalhos de campo; 
 Confeccionar um relatório de campo para demonstrar e interagir os 
conceitos e dados adquiridos na disciplina de Relatório de Graduação. 
 
1.4. Localização e vias de acesso à área pesquisada 
 
O município de Granja situa-se na Mesorregião Noroeste Cearense, Microrregião 
do Litoral de Camocim e Acaraú, limítrofe a norte pelos municípios de Chaval, Barroquinha, 
Camocim, a leste com municípios de Marco, Bela Cruz, Martinópole e Senador Sá, a sul com 
municípios de Uruoca, Tiangua, Viçosa do Ceará e Moraújo e a oeste com municípios do 
estado do Piauí, Cocal e Luís Correia. Compreende uma área irregular de aproximadamente 
2.697 km
2
, localizada na carta topográfica de Granja (SA.24-Y-C-III) e Chaval (SA.24-Y-C-
II), e com base na mesma, foi realizado o mapeamento da área “geral”, cujos vértices e 
coordenadas encontram-se na tabela 1.1. Um mapeamento de maior detalhe será realizado em 
três áreas menores (Morro Vermelho, Dr. Privat e Canto Salgado), cujos vértices e 
coordenadas encontram-senas tabelas 1.2, 1.3 e 1.4. 
 
Tabela 1.1 – Coordenadas em UTM da área geral. 
 
Vértices Coordenadas (UTM) 
1 
2 
3 
4 
0292800 E / 9668000 N 
0303400 E / 9668000 N 
0303400 E / 9658000 N 
0292800 E / 9658000 N 
 
 
Tabela 1.3 – Coordenadas em UTM da área Dr. 
Privat. 
Vértices Coordenadas (UTM) 
1 
2 
3 
4 
0294621 E / 9663379 N 
0296621 E / 9663379 N 
0296621 E / 9661379 N 
0294621 E / 9661379 N 
Tabela 1.2 – Coordenadas em UTM da área Morro 
Vermelho. 
Vértices Coordenadas (UTM) 
1 
2 
3 
4 
0295000 E / 9667000 N 
0297000 E / 9667000 N 
0297000 E / 9666000 N 
0295000 E / 9666000 N 
 
 
Tabela 1.4 – Coordenadas em UTM da área Canto 
Salgado. 
Vértices Coordenadas (UTM) 
1 
2 
3 
4 
0298800 E / 9662000 N 
0303400 E / 9662000 N 
0303400 E / 9658000 N 
0298800 E / 9658000 N 
 
 
As áreas pesquisadas estão posicionadas a norte da cidade de Granja (ver Figura 
1.1). O acesso à região, partindo de Fortaleza, pode ser efetuado pela BR - 020 até a rotatória 
1. Introdução 26 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
que dá acesso à BR - 222, cerca de 6 km. Seguindo a BR -222 em direção à Sobral (221 km), 
passando pelas cidades de Umirim, Itapajé, Irauçuba e Forquilha. Finalmente, pela CE – 362 
advêm a chegada até a cidade de Granja (104 km), que dista cerca de 5 km das áreas 
pesquisadas, passando pelas cidades de Massapê, Senador Sá, Uruoca e Martinópole. 
 
1.5. Metodologia de trabalho 
 
Os procedimentos metodológicos aplicados para desenvolver a presente pesquisa 
podem ser agrupados em quatro etapas, incluindo: levantamento bibliográfico preliminar; 
trabalhos de campo/mapeamento geológico culminando com uma última etapa referente à 
análise e tratamento dos dados, interpretando e integrando esses com vista à escrita do texto 
final do relatório de gaduação. 
As atividades foram efetuadas individualmente ou acompanhadas pelo orientador, 
onde se cumpriu um roteiro discutido e delineado pelo autor, considerando as orientações 
prévias e observações efetuadas pelo orientador. 
 
1.5.1. Etapa inicial 
 
A primeira etapa constou da consulta de importantes artigos e compilações sobre a 
contextualização do Domínio Médio Coreaú enfatizando o Complexo Granja. 
Com vista à otimização da etapa de campo, reuniões anteriores permitiram 
alicerçar ferramentas que forneceram os elementos básicos para a orientação em campo, 
exemplificando, a utilização da bússola e GPS, delimitação da área referente e outros pontos 
pertinentes como a forma de condução dos trabalhos e agendamento associado. Foi feito 
interpretação de fotografias aéreas da região na escala de 1:25.000 e confecções de mapas 
bases (topográficos, geológicos, imagens de satélites, etc). 
 
1.5.2. Etapa de campo 
 
Nesta etapa, foi efetuado o reconhecimento geológico da área referente e 
integrante do Domínio Médio Coreaú, visando caracterizar litologias e feições geológicas que 
possibilitassem a tradução fiel da realidade geológica e estratigráfica da mesma. 
 
1. Introdução 27
 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) Figura 1.1: Mapa de localização e vias de acesso às áreas de pesquisa. Também se observam os vértices (1, 2, 3, 4) da área "geral".
[
[
[
[
[
[
[
[
[
[
[
""
"
"
"
"
"
294000
294000
296000
296000
298000
298000
300000
300000
302000
30200096
58
00
0
96
58
00
0
96
60
00
0
96
60
00
0
96
62
00
0
96
62
00
0
96
64
00
0
96
64
00
0
96
66
00
0
96
66
00
0
±± Km0 10 20 305
P
P
P
P
P
290000
290000
300000
300000
310000
310000
320000
320000
330000
330000
96
40
00
0
96
40
00
0
96
50
00
0
96
50
00
0
96
60
00
0
96
60
00
0
96
70
00
0
96
70
00
0
Granja
Parazinho
Uruoca
Camocim
CE - 362
CE
 - 3
64
CE -
 085
CE - 362
CE
 - 0
85
Rio
 C
ore
aú
Martinópole
 
-42
-42
-41
-41
-40
-40
-39
-39
-38
-38
-37
-37
-8 -8
-7 -7
-6 -6
-5 -5
-4 -4
-3 -3
±
Granja
Ceará
-80
-80
-70
-70
-60
-60
-50
-50
-40
-40
-30
-30
-30 -30
-20 -20
-10 -10
0 0
Ceará
Brasil
±
3
21
4
Mor
ro V
erm
elho
Dr. Privat
Canto Salgado
AroeiraCE
 - 0
85
CE -
 085
CE
 - 0
85
Km
0 3 6 91,5
LEGENDA
Caminho
Estrada pavimentada Estrada s/pavimentação
Curso de água pereneCurso de água intermitente
" Localidade
Área Canto SalgadoÁrea Dr. Privat
Massa d'agua Área Morro Vermelho
1. Introdução 28 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
O trabalho de campo foi concentrado basicamente em 45 dias efetivos, nos quais 
foram visitados, descritos e amostrados, quando necessário, 252 afloramentos. Descrições 
essas dos litotipos presentes, de estruturas metamórficas e análise tectônica (como fraturas, 
falhas e zona de cisalhamento). Os dados estruturais foram coletados através de uma bússula 
Brunton quadrante e tratados no programa StereoNet versão 3.03. 
As anotações de campo foram integradas visando a construção de mapas, 
geológicos nas escalas de 1:25.000 e 1:10:000 e temáticos (zoneamento metamórfico). 
 
1.5.3. Etapa de Laboratório 
 
A primeira fase dessa etapa foi voltada a preparação de amostras, seguindo 
parâmetros que propiciaram estudos petrográficos. Assim, por meio de serras diamantadas e 
politrizes especiais, foram confeccionadas 22 seções delgadas e 17 seções delgadas/polidas. 
A segunda fase da etapa laboratorial, corresponde aos estudos petrográficos 
rotineiros (microscopia ótica), que foram efetuados no Laboratórios de Microscopia e 
Petrografia do Departamento de Geologia da UFC. 
 
1.5.4. Etapa Final 
 
A última fase consistiu na integração e interpretação dos dados adquiridos na 
etapa de campo e laboratorial, culminando com a elaboração de mapas e do relatório como 
produto final de avaliação nesta disciplina. 
2. Arcabouço Geológico Regional 29 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
2. ARCABOUÇO GEOLÓGICO REGIONAL 
 
2.1. Considerações iniciais 
 
A área de estudo está situada na Província Borborema (ALMEIDA et al., 1977), a 
qual está inserida no extremo nordeste da Plataforma Sul-Americana (Figura 2.1). A 
Província Borborema compreende a parte central de uma larga faixa orogenética Brasiliana-
Pan Africana formada em consequência da convergência e colisão dos crátons São Luís-
África Ocidental e São Francisco-Congo-Kasai, durante o final do Neoproterozóico, há cerca 
de 600 Ma (SCHMUS et al., 1998). 
 
 
Figura 2.1 - Mapa do Brasil com a localização da Província Borborema (BIZZI et al, 2003). 
2. Arcabouço Geológico Regional 30 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
2.2. Principais domínios da Província Borborema 
 
Em relação a sua compartimentação tectônica, extensas zonas de cisalhamento 
ocorrem delimitandodomínios que foram criados e modificados em vários ciclos tectônicos 
ocorridos entre o Arqueano e o Neoproterozóico (SCHMUS et al., 1998). Trompette (1994) 
dividiu a Província Borborema em três subprovíncias, a saber: i) Borborema Setentrional 
(entre o cráton São Luís-Oeste África e a zona de cisalhamento Patos), ii) Zona Transversal 
(entre as zonas de cisalhamento Patos e Pernambuco), e Borborema Meridional (entre a zona 
de cisalhamento Pernambuco e o cráton São Francisco-Congo) (Figura 2.2). 
 
 
Figura 2.2 - Compartimentação estrutural da Província Borborema (BIZZI et al, 2003). 
 
Na Borborema Setentrional, subprovíncia que engloba à área de estudo, são 
observados, segundo Brito Neves et al. (2000), os seguintes domínios: i) Médio Coreaú 
(DMC - entre a zona de cisalhamento Sobral-Pedro II e o cráton São Luís-Oeste África), ii) 
Ceará Central (DCC - entre a zonas de cisalhamento Sobral-Pedro II e Senador Pompeu) e iii) 
Rio Grande do Norte (DRGN - entre as zonas de cisalhamento Senador Pompeu e Patos) 
(Figura 2.2). 
2. Arcabouço Geológico Regional 31 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
A região objeto de estudo neste trabalho está inserida no Domínio Médio Coreaú, 
desta forma será o único abordado no item subsequente. 
 
2.3. Domínio Médio Coreaú (DMC) 
 
O DMC está localizado na porção noroeste do estado do Ceará e nordeste do 
estado do Piauí entre a margem retrabalhada do Cráton São Luís-Oeste África e o lineamento 
Transbrasiliano/Kandi (BRITO NEVES et al., 2000). O embasamento de idade 
paleoproterozóica (2360 – 2300 Ma) é constituído por gnaisses migmatíticos e granulitos de 
caráter juvenil sobrepostos por rochas do Paleoproterozóico tardio e Neoproterozóico 
intrudidas por granitos sin a pós-tectônicos (FETTER et al., 2000; SANTOS et al., 2008b). O 
magmatismo anorogênico é representado por intrusões granitóides que ocorrem 
preferencialmente próximas ao Lineamento Transbrasiliano (SANTOS et al., 2008a) (Figura 
2.3). 
 
2.3.1. Estratigrafia 
 
Segundo Santos et al., (2008a), o DMC apresenta as seguintes unidades estrati-
gráficas: Complexo Granja, Sequência Vulcânica Saquinho, sequências supracrustais do 
Grupo Martinópole, Grupo Ubajara, Granitóides e Grupo Jaibaras (Figura 2.3). Cavalcante et 
al. (2003) propõe a existência do Grupo Riacho Sairi. 
 
2.3.1.1. Complexo Granja 
 
O embasamento pré-Brasiliano retrabalhado do DMC, representado pelo 
Complexo Granja, é constituído por ortognaisses de composição tonalítica-trondhjemítica-
granodiorítica (TTG), anfibolitos gnáissicos, anfibolitos, leucogranitos, granulitos máficos, 
enderbitos, kondalitos, kinzigitos e migmatitos (SANTOS et al., 2008a) (Figura 2.3). Estudos 
geocronológicos realizados por Fetter et al. (1999 e 2000) através dos métodos U-Pb e Sm-Nd 
mostram que as rochas deste complexo são de idade Paleoproterozóica (2360 – 2290 Ma) e 
apresentam idades modelo Nd (TDM) variando entre 2610 e 2380 Ma (SANTOS et al., 
2008a). Exibem valores de Nd(t) positivos (+0,5 a +1,9) e são interpretados como 
representantes de acresção crustal de material juvenil sendo gerados em ambiente de arco de 
2. Arcabouço Geológico Regional 32 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
 
 
 
2. Arcabouço Geológico Regional 33 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
ilha. Idades U-Pb em zircão e titanita (2288 ± 2 Ma) reforçam a idade do embasamento do 
DMC (SANTOS et al., 2008a). 
 
2.3.1.2. Sequência Vulcânica Saquinho 
 
Esta unidade compreende rochas vulcânicas félsicas a intermediarias incluindo 
traquiandesitos, riodacitos, riolitos, brechas vulcânicas e tufos (SANTOS et al., 2002) (Figura 
2.3). Uma idade U-Pb em zircão de 1790 Ma de um metariolito caracteriza a tafrogênese 
Estateriana, considerado o primeiro evento extensional do embasamento (SANTOS, 1999). 
 
2.3.1.3. Grupo Martinópole 
 
Segundo Santos et al. (2008a), o Grupo Martinópole (Figura 2.3) representa uma 
sequência supracrustal constituída da base para o topo pelas seguintes formações: 
 
i. Formação Goiabeira: repousa discordantemente sobre o Complexo Granja 
e é composta por granada-clorita xisto, estaurolita xisto, muscovita-clorita 
xisto, biotita xisto, cianita xisto, granada-biotita xisto e paragnaisses; 
ii. Formação São Joaquim: é constituída principalmente por quartzitos com 
variável composição mineralógica, incluindo minerais como cianita, 
silimanita e muscovita, e intercalações menores de calcissilicáticas, xistos 
e metavulcânicas félsicas; 
iii. Formação Covão: é uma sequência que consiste de muscovita-quartzo-
sericita-clorita xisto com intercalações de quartzitos; 
iv. Formação Santa Terezinha: é constituída por metapelitos, xisto ricos em 
quartzo e metacarbonatos com metagrauvacas, metaritimitos, quartzitos e 
intercalações de metariolitos. 
 
Estas associações litológicas sugerem uma sedimentação em um ambiente de 
baixa energia, enquanto o provável ambiente tectônico corresponde a um rifte intracontinetal 
evoluindo para condições marinhas (SANTOS et al., 2008a). 
O período de sedimentação e atividade vulcânica no Grupo Martinópole ocorreu a 
aproximadamente 775 Ma, de acordo com a idade de um metariolito intercalado nas 
2. Arcabouço Geológico Regional 34 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
formações Santa Terezinha e São Joaquim (SANTOS et al., 2008b). Diversas idades modelos 
Sm-Nd entre 1100 e 1960 Ma (FETTER, 1999; SANTOS, 1999) comprovam uma deposição 
Neoproterozóica do Grupo Martinópole, indicando uma provável contribuição mista de fontes 
Neoproterozóicas e materiais do embasamento Paleoproterozóicos (SANTOS et al., 1999). 
 
2.3.1.4. Grupo Ubajara 
 
Segundo Cavalcante et al. (2003), o Grupo Ubajara (Figura 2.3) representa, 
também, uma sequência supracrustal constituída da base para o topo pelas seguintes 
formações: 
 
i. Formação Trapiá: constituída por quartzitos conglomeráticos, arenitos 
grossos epimetamórficos mal classificados, metarenitos finos a médios 
com matriz síltico-argilosa de tonalidade cinza-clara caracterizando um 
ambiente litorâneo-fluviomarinho; 
ii. Formação Caiçaras: composta por ardósias vermelhas e roxo-
avermelhadas, com clivagem bem desenvolvida, metassilitos e 
intercalações de metarenitos (ortoquartzitos), frequentemente cristalizados 
e cortados por veios de sílica caracterizando um ambiente marinho raso; 
iii. Formação Frecheirinha: compreende metacalcários pretos, cinza-escuros e 
cinza-azulados, raramente cremes e rosados, de granulação fina, bastante 
impuros e com intercalações eventuais de delgados leitos de margas, 
metassiltitos e quartzitos escuros caracterizando um ambiente marinho 
raso; 
iv. Formação Coreaú: são subarcóseos e arcóseos de tonalidades cinzentas e 
cremes, grauvacas e grauvacas conglomeráticas, constituindo um conjunto 
com variações laterais e verticais de fácies caracterizando um ambiente 
fluvial; 
v. Hornfels: Termometamorfitos derivados de litotipos das formações Trapiá, 
Frecheirinha e Coreaú (evento térmico cambriano/pós-orogênico). 
 
Novais et al. (1979) datou umafração de argila nas ardósias da Formação 
Caiçaras, e apresentou uma isócrona com uma carência de pontos próximos à origem, para 
2. Arcabouço Geológico Regional 35 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
rocha total, fixaram entre uma razão inicial de 706  2 Ma e obtiveram idade de referência por 
volta de 1000 Ma, interpretada como a idade de deposição. 
Santos (1999) tentando obter a idade mínima do Grupo Ubajara e compreender a 
evolução magmática durante o período do Neoproterozóico datou uma fácie do granito 
Mucambo pelo método U-Pb em zircão e obteve uma idade de cristalização de 532  7Ma, 
idade mínima da sedimentação do Grupo Ubajara, pois os sedimentos do Grupo Ubajara 
desenvolvem hornfels com a intrusão do granito Mucambo e essa relação de metamorfismo de 
contato corresponde a idade mínima do Grupo Ubajara. 
 
2.3.1.5. Granitóides 
 
Os corpos granitóides que ocorrem no domínio NW do Ceará correspondem aos 
batólitos graníticos Chaval, Tucunduba, Meruoca e Mucambo (Figura 2.3). Dois desses 
granitos (Chaval e Tucunduba) foram afetados pela deformação Brasiliana (SANTOS et al., 
2008a). 
O granitóide Chaval, uma intrusão sin-orogênica e fortemente cisalhada, ocorre na 
porção noroeste do DMC, intrudido no Complexo Granja e no Grupo Martinópole, 
especialmente a Formação Goiabeira (SANTOS et al., 2008b). Este plúton apresenta uma 
afinidade crustal e encerra granitos, granodioritos, quartzo monzonitos e quartzo sienito, 
exibindo porções de textura porfirítica e na região central do corpo apresenta um foliação de 
baixo ângulo mergulhando pra sudeste (SANTOS et al., 2008a). Dados U-Pb em monazita 
fornecem idade de cristalização de 591 ± 10 Ma (FETTER et al., 2000). 
O granitóide Tucunduba é um plúton granito-granodiorito com forma alongada 
paralela ao trend regional NE-SW (SANTOS et al., 2008b). Este intrudiu o embasamento 
Paleoproterozóico, sendo limitado por duas falhas transcorrentes (Água Branca e Senador Sá) 
(SANTOS et al., 2008b). O alojamento foi contemporâneo a última fase de trascorrência da 
orogenia brasiliana (SANTOS et al., 2008a). Dados U-Pb em zircão fornecem uma idade de 
cristalização de 563 ± 17 Ma (SANTOS et al., 2007). 
Os granitóides não deformados Meruoca e Mucambo representam o plutonismo 
pós-orogenico do DMC e ambos intrudem as rochas do embasamento e o Grupo Ubajara 
(SANTOS et al., 2008a,b). Esses granitos estão intimamente ligados ao desenvolvimento do 
graben Jaibaras e são resultantes de um subsequêntente rifiteamento oposto aos eventos tardi-
tectônicos da orogenia Brasiliana (SANTOS et al., 2008a). Dados U-Pb em zircão do granito 
2. Arcabouço Geológico Regional 36 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
Meruoca e Mucambo fornecem uma idade de cristalização de 523,2 ± 9,5 Ma (ARCHANJO, 
et al., 2009) e 532 ± 7 Ma (SANTOS, 1999), respectivamente. 
 
2.3.1.6. Grupo Jaibaras 
 
Segundo Santos et al. (2008a), o Grupo Jaibaras (Figura 2.3) corresponde a uma 
importante e extensiva exposição de depósitos siliciclásticos continentais imaturos e rochas 
vulcanoclásticas do início do Paleozóico. Esta bacia do estágio de transição Proterozóico-
Fanerozóico da Província Borborema é controlada por zonas de cisalhamentos transcorrentes 
NE-SW, Sobral-Pedro II, a leste, e Café-Ipueiras, a oeste (TEIXEIRA et. al., 2004). 
Segundo Cavalcante et al. (2003), este grupo é constituído da base para o topo 
pelas seguintes formações: 
 
i. Formação Massapê: são ortoconglomerados brechóides, de matriz areno-
arcoseana cinzenta, com seixos de gnaisses, granitóides, quartzitos, filitos 
e arenitos, em contatos transicionais com a Formação Pacujá 
caracterizando um ambiente fluvial; 
ii. Formação Pacuja: é constituída por arenitos líticos e arcoseanos, micáceos 
e de granulometria variável, folhelhos e siltitos vermelhos, micáceos, 
leitos conglomeráticos; cores escura, roxo-avermelhada; estratificação 
plano-paralela e laminação; metamorfismo de muito baixo grau 
caracterizando um ambiente fluvial; 
iii. Formação Parapuí: compreende basaltos (em parte amigdaloidais/ 
vesiculares e/ou espilitizados/queratofirizados), andesitos, riolitos (com 
fases porfiríticas e ignimbríticas), gabros, diabásios e dacitos, somando-se 
seções marcadas por associações vulcano-vulcanoclástica e piroclástica 
(com bombas e lapílis); 
iv. Formação Aprazível: ortoconglomerados grossos e polimíticos, com 
matriz arcoseana e, normalmente, sem acamamento caracterizando um 
ambiente fluvial. 
 
Novais et al. (1979) obtiveram uma datação Rb-Sr (rocha total) de 535 ± 27 Ma 
para a Formação Pacujá, a qual pode representar tanto a idade da sedimentação quanto do 
anquimetamorfismo devido ao soterramento. Na hipótese da idade representar a sedimentação 
2. Arcabouço Geológico Regional 37 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
e tendo em vista o grau de precisão da datação, a deposição da Formação Pacujá teria ocorrido 
no intervalo Vendiano-Cambriano (NOVAIS et al., 1979). Se a idade obtida representa o 
anquimetamorfismo, a deposição deve ter se dado anteriormente, provavelmente durante o 
Vendiano (NOVAIS et al., 1979). 
 
2.3.1.7. Grupo Riacho Sairi 
 
O Grupo Riacho Sairi (Figura 2.3) representa uma bacia do estágio de transição 
Proterozóico-Fanerozóico da Província Borborema, com um trend NE-SW e controlada pela 
zona de cisalhamento transcorrente Jaguapari. Possui características estruturais e 
deposicionais muito semelhante ao Grupo Jaibaras, o que leva vários autores a correlacionar 
estas bacias. 
Segundo Cavalcante et al. (2003), o Grupo Riacho Sairi é constituído da base para 
o topo pelas seguintes formações: 
 
i. Formação 1: conglomerados polimíticos com seixos de quartzitos, 
granitóides, gnaisses e filitos, de matriz areno-arcoseana cinzenta em 
contatos transicional-interfaciais com a Formação 2 caracterizando um 
ambiente fluvial com trato proximal; 
ii. Formação 2: arenitos quartzosos, arcoseanos, líticos e micáceos, de 
granulometria diversificada, matriz quartzofeldspática e cimento silicoso e 
ferruginoso; tonalidades escura, roxo-avermelhada e, subordinadamente, 
cinza-esverdeada e creme; estratificação plano-paralela, marcas de ondas e 
laminação, caracterizando um ambiente fluvial com tratos distais. 
iii. Formação 3: ortoconglomerados polimíticos, geralmente de matriz areno-
feldspática sem acamamento marcante, caracterizando um sistema fluvial. 
 
2.3.2. Evolução Tectono-Metamórfica 
 
Segundo Santos et al., (2004), os quatros eventos tectônicos (D1 a D4) que 
afetaram o DMC são registrados de maneiras distintas. O evento D1 afetou rochas do 
Complexo Granja de idade 2360 - 2300 Ma e outras não, e, portanto, infere-se que se 
desenvolveu durante a orogênia Transamazônica (2000 - 2200 Ma) sendo caracterizado por 
2. Arcabouço Geológico Regional 38 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
uma foliação de baixo ângulo mergulhando para SE, normalmente, subparalelos à foliação S2 
que se desenvolveu durante D2 (SANTOS et al., 2004). 
No DMC, o evento D2 é caracterizado por uma foliação S2 commergulho de 
médio a baixo ângulo para SE, uma lineação de estiramento marcado por silimanita, cianita, 
estaurolita e muscovita com baixo mergulho para NE ou SE (SANTOS et al., 2004). 
Milonitos definem as zonas de cisalhamentos as quais foram cavalgadas com direção noroeste 
(SANTOS et al., 2004). Evidências microtectônicas e petrográficas indicam que o evento D2 
registrado no Complexo de Granja e no Grupo Martinópole, foi desenvolvido, 
respectivamente, sob as seguintes condições metamórficas: média pressão e alta temperatura 
(fácies granulito) e média pressão e média temperatura (fácies anfibolito a xisto verde) 
(SANTOS et al., 2004). Cálculos de termobarometria realizados por Nogueira Neto (2000) 
mostram condições em fácies granulito de pressão intermediária a elevada, cujas temperaturas 
variam entre 750 e 840ºC, e pressões de 7 a 10 kbar para os litótipos de alto grau do 
Complexo de Granja (granulitos). 
Pertinente as associações minerais metamórficas das rochas do Grupo 
Martinópole, o aparecimento da estaurolita e cianita nas unidades basais (SANTOS, 1993) 
indica condições metamórficas compatíveis com o fácies anfibolito, posicionando o conjunto 
na zona da estaurolita-cianita do metamorfismo barroviano (NOGUEIRA NETO, 2000). Por 
outro lado, as associações das unidades de topo (Unidades III e IV; xistos e filitos; 
SANTOS,1993) encerram associações com sericita-biotita-granada (Unidade III) e clorita-
sericita (Unidade IV), ambas relativas ao fácies xisto-verde (NOGUEIRA NETO, 2000). Em 
suma, os metassedimentos Martinópole apresentam uma diminuição do grau metamórfico da 
base da sequência para o topo, registrando assim, condições intermediárias e iniciais de fácies 
anfibolito nas Unidades I e II, e fácies xisto-verde nas Unidades III e IV (NOGUEIRA NETO, 
2000), caracterizando um retrometamorfismo. 
No Grupo Ubajara, os registros do evento D2 são semelhantes ao do Grupo 
Martinópole, porém foram desenvolvidos em baixas condições de fácies metamórficas 
(SANTOS et al., 2004). Ele é caracterizado por uma clivagem e xistosidade milimétrica S2 
com mergulho de baixo ângulo para SE, um lineamento mineral L2 para SE (marcado por 
clorita, muscovita e serecita) e dobras assimétricas (S0) com vergência para NW (SANTOS et 
al., 2004). Soares (1986) propõe que um único metamorfismo de baixo grau, de provável 
idade Brasiliana, afetou as litologias do Grupo Ubajara. 
O evento tangencial D2 evoluiu progressivamente para o evento D3, que é 
2. Arcabouço Geológico Regional 39 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
caracterizado pela forte foliação subvertical S3, com direção NE-SW a E-W (SANTOS et al., 
2004). Esta foliação é bem marcada (sua penetração varia de acordo coma reologia do pacote 
de rochas a ser afetado) em filitos e xistos das Formações Santa Terezinha e Covão e de 
maneira mais discreta em quartzitos da Formação São Joaquim (SANTOS et al., 2004). Ainda 
segundo Santos et al. (2004), há desenvolvimento de grandes zonas de cisalhamento durante o 
evento D3, cujos indicadores cinemáticos como feldspatos assimétricos, estruturas S-C, mica-
fish e microdobras indicam um movimento dextral. 
Em D3, cianita, estaurolita e silimanita mostram um comportamento plástico e 
com deformação progressiva, essas porções de crosta foram erguidas e resfriadas tornando-se 
progressivamente frágil-dúctil em D4, quando o quartzo foi recristalizado e serecita-muscovita 
cristalizado ocorrendo ao longo de uma clivagem espaçada ortogonal à foliação S3 (SANTOS 
et al., 2004). 
Segundo Santos et al., 2004, D4 é uma fase de deformação frágil-dúctil 
relacionada com movimentos transpressionais e é melhor documentada nos quartzitos do 
Grupo Martinópole, onde é caracterizada por uma clivagem de fratura espaçada S4. Esse 
evento tectônico não foi registrado nas rochas da Sequência Vulcânica Saquinho e do Grupo 
Ubajara (SANTOS et al., 2004). A evolução do evento transcorrente D3 para o evento 
transpressional D4 é gravada essencialmente em feições microtectônicas e nos eixos C de 
quartzos estudados nos quartzitos do Grupo Martinópole (SANTOS et al., 2004). Esta 
transição está registrada principalmente ao longo de várias zonas de cisalhamento 
transcorrente do DMC, desenvolvido durante D3, exemplificado aqui pelas Zonas de 
Cisalhamento Campanário e São Joaquim (SANTOS et al., 2004). 
O granito Mucambo exibe uma bem marcada auréola de metamorfismo de contato 
com rochas do Grupo Ubajara (BRITO NEVES et al., 2003), caracterizando assim a última 
fase metamórfica do DMC. 
Santos et al. (2004)., concluíram que o embasamento registrou eventos de 
deformação e superimposição intensa ocasionados por D2 e D3 que praticamente apagou os 
registros de D1 e a orientação das foliações e lineações associados aos eventos D2 e D3, 
indicam uma história evolutiva para o noroeste da Província Borborema de compressão 
mudando progressivamente para regime tectônico transcorrente (Figura 2.4), enquanto a 
mudança do evento D3 para D4 representa uma elevação geral e refrigeração das rochas 
expostas, tal como sugerido pelo crescimento de minerais metamórficos de baixo (SANTOS 
et al., 2004). 
2. Arcabouço Geológico Regional 40 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
3. Estratigrafia 41 
 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
3. ESTRATIGRAFIA 
 
A identificação das principais unidades estratigráficas que compõem o arcabouço 
geológico das áreas pesquisadas tem por base a correlação de rochas com base em colunas 
estratigráficas já conhecidas, bem como a análise estrutural e as relações de contato entre as 
unidades reconhecidas nos trabalhos de campo. As correlações estratigráficas foram pautadas, 
essencialmente, em três conceitos: 
 
i. Tempo ou idade das rochas (cronoestratigrafia) e, 
 
ii. Continuidade lateral das mesmas rochas ou conjuntos de rochas 
(litoestratigrafia). 
 
iii. A análise estrutural e petrológica. 
 
Dessa forma, foi possível caracterizar dez unidades estratigráficas, distribuídas do 
topo para a base: 
 
(1)Depósito Aluvial - Qa. 
(2) Cobertura Colúvio-Eluvionar Indiferenciada - NQc; 
(3) Grupo Barreiras - ENb; 
(4) Suíte Magmática Ceará-Mirim - JK1c; 
(5) Unidade São Joaquim - NPmsj; 
(6) Complexo Granja 
(a) Unidade Gnáissica-Migmatítica - PPg; 
 Subunidade Anfibolítica - PPga; 
 Subunidade Milonítica - PPgm; 
(b) Unidade Granulítica - PPgg; 
 Subunidade Gnáissica Enderbitica e Máfica - PPgge; 
 
Como o mapeamento foi feito em três áreas específicas dentro de uma área maior, 
será enumerado cada área para melhor desenvolvimento dos textos subseqüentes (Quadro 
3.1). 
3. Estratigrafia 42 
 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
Quadro 3.1 – Nomes correlacionados no texto a cada área de estudo. 
NOME DA ÁREA DE ESTUDO NOME CORRELACIONADO NO TEXTO 
“Geral” Área um 
Morro Vermelho Área dois 
Dr. Privat Área três 
Canto Salgado Área quatro 
 
 
3.1. Complexo Granja 
 
Tal Complexo é de idade Paleoproterozóica, sendo o mais antigo formado nasáreas mapeadas, e apresenta um trend regional SW-NE. Ocupa a maior porção areal, com 
aproximadamente 59% da área um. É constituído pelas unidades Gnáissica-Migmatítica, 
Anfibolítica, Milonítica, Granulítica, Gnáissica Enderbitica e Máfica. 
Dados geocronológicos realizados por Fetter et al. (1999 e 2000) e Nogueira Neto 
(2000), utilizando os métodos U-Pb e Pb-Pb, comprovam que as rochas deste complexo são 
de idade Paleoproterozóica (2360 – 2032 Ma). 
 
3.1.1. Unidade Gnáissica-Migmatítica – PPg 
 
Os principais afloramentos desta unidade estratigráfica, que ocupa 
aproximadamente 12% da área um, são observados principalmente em forma de lajedo, leito 
de estrada e leito de rio, com dimensões bastante variadas, metros a centenas de metros e 
apresentam cor cinza (Fotografias 3.1). São limitados em uma faixa SW-NE na área quatro, 
estendendo-se desde as proximidades do distrito de Canto Salgado ao distrito de Pedra Preta, 
5 km a nordeste da cidade de Granja. Alguns afloramentos também podem ser observados a 
NW da CE-085 (trecho Granja – Parazinho). 
Em escala de afloramento, foram observados predominantemente hornblenda-
biotita gnaisse migmatítico localmente varia para biotita-hornblenda gnaisse migmatítico. Em 
um afloramento específico foi observado rocha calcissilicática a qual pode estar relacionada a 
eventos de fusão parcial (Fotografia 3.2). 
Faz contato tectônico com a Unidade Granulítica (ver item 3.1.2) por meio de 
uma zona de cisalhamento transcorrente dextral, de mergulho moderado para SE, e nesta 
situação indica ser sobrejacente aquela unidade (Unidade Granulítica). 
 
3. Estratigrafia 43 
 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
d 
b 
e 
a 
c 
f 
Fotografias 3.1 – (a) Afloramento com centenas 
de metros mostrando um biotita-hornblenda 
gnaisse-migmatítico em forma de lajedo na porção 
NE da área mapeada (Ponto GR-2010.2-38, Coord. 
UTM-24S: 0302468 E / 9661466 N). (b) 
Afloramento em forma de lajedo nas proximidades 
do contato com a Unidade Granulítica onde se 
observa uma anisotropia bem marcada 
caracterizando a foliação Sn (Ponto GR-2010.2-06, 
Coord. UTM-24S: 0300306 E / 9660690 N). (c) 
Dobras intrafoliais pertencentes à Unidade 
Gnáissica-Migmatítica (Ponto GR-2010.2-10, 
Coord. UTM-24S: 0299448 E / 9659080 N). (d) 
Veios de epidotos preenchendo fraturas em um 
gnaisse milonítico (Ponto GR-2010.2-31, Coord. 
UTM-24S: 0301614 E / 965823 N). (e) 
Afloramento em forma de lajedo onde se observa o 
gnaisse totalmente migmatizado, mostrando níveis 
elevados de fusão parcial (Ponto CPRM-2010.1-
152, Coord. UTM: 295294 E / 9657516 N). (f) 
Afloramento mostrando alternância entre bandas 
máficas e félsicas dentro do biotita-hornblenda 
gnaisse migmatítico (Ponto GR-2010.2-38, Coord. 
UTM-24S: 0302468E / 9661466N). 
3. Estratigrafia 44 
 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Litologicamente, o hornblenda-biotita gnaisse migmatítico apresenta um 
bandamento composicional alternân-
cia entre bandas máficas e félsicas, 
com predomínio de composição 
granodiorítica (Fotografia 3.1). Uma 
anisotropia bem marcada é 
característica neste complexo, com 
cristais de plagioclásio rotacionados 
mostrando um sentido de cisa-
lhamento dextral (Fotografia 3.3). 
Por vezes encontra-se dobrado 
(dobras decamétricas, mesométricas, 
em “Z” e intrafoliais) sendo comum 
mobilizados de composição quartzo-
feldspática, pegmatíticos ou não, intercalados na foliação. Em certos afloramentos, estes 
mobilizados representam mais de 50% das rochas expostas (Fotografias 3.1). 
 
3.1.1.1. Subunidade Anfibolítica – PPga 
 
Afloram na forma de lajedos em leitos de estrada, com dimensões decimétricas a
Fotografia 3.3 – Cristal de plagioclásio rotacionado em meio à 
foliação Sn do biotita-hornblenda gnaisses migmatíticos 
mostrando um sentido de cisalhamento dextral, (Ponto GR-
2010.2-44, Coord. UTM-24S: 0299114 E / 9658898 N). 
 
Fotografia 3.2 – Calcisilicática em 
meio à foliação do biotita-hornblenda 
gnaisse migmatítico, (Ponto GR-
2010.2-44, Coord. UTM-24S: 0299114 
E / 9658898 N). 
3. Estratigrafia 45 
 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
métricas. Encontram-se intercalados aos gnaisses e migmatítos, identificada nas áreas 
estudadas em três pontos, sob a forma de lentes cartografadas dentro da Unidade Gnáissica-
Migmatítica (Fotografias 3.4). As lentes estão dispostas de maneira sub-concordante aos 
gnaisses e correspondem a intrusões pré-metamórficas de rochas máficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em escala de afloramento, foram observados anfibolitos de cor preta a verde 
escuro, bandados (bandas centimétricas descontinuas de quartzo e plagioclásio) por vezes 
recortados por veios pegmatóides (Fotografias 3.4). 
 
3.1.1.2. Subunidade Milonítica – PPgm 
 
Tal litologia representa uma faixa de direção NE-SW onde houve um grau de 
metamorfismo dinâmico mais acentuado devido à existência de quatro zonas de cisalhamento 
transcorrentes dextrais de mergulho moderado a alto, dentre elas a zona de cisalhamento de 
Granja e zona de cisalhamento da Pedraria, dentro da Unidade Gnáissica-Migmatítica. Os 
principais afloramentos desta unidade estratigráfica são observados principalmente em forma 
de lajedos, leito de estrada (CE-085) e no leito do açude Pedraria (Fotografias 3.5). 
b 
a 
Fotografias 3.4 – (a) Anfibolito com sua cor predominante, verde escuro, e constituído praticamente de 
hornblenda (Ponto GR-2010.2-45, Coord. UTM-24S: 0299566 E / 9659206 N). (b) Anfibolito intercalado a 
gnaisses migmatítos na forma de enclaves (Ponto GR-2010.2-45, Coord. UTM-24S: 0299566 E / 9659206 N). 
 
3. Estratigrafia 46 
 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
Em escala de afloramento, foram observados principalmente hornblenda milonito, 
de cor esverdeada e com variações locais na porcentagem da matriz desde protomilonitos até 
ultramilonitos, com porfiroclastos de quartzo e plagioclásio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O hornblenda milonito apresenta-se bandado (alternância entre bandas máficas e 
félsicas) sendo este bandamento obliterado por boudins de composição similar, dobras 
assimétricas e veios de epidoto (Fotografias 3.5). Esses boudins por vezes encontram-se 
rotacionados e indicam um movimento dextral a estas zonas de cisalhamento (Fotografia 
3.5b). As dobras assimétricas, assim como os boudins, denotam o movimento dextral dessas 
zonas de cisalhamento. Representam, portanto tectonitos da Unidade Gnáissica-Migmatítica, 
aqui individualizados e de posicionamento estratigráfico similar a mesma. 
 
3.1.2. Unidade Granulítica – PPgg 
 
Tal unidade apresenta litotipos que fazem parte do complexo de rochas 
consideradas como as mais antigas nas áreas mapeadas, aflorando na totalidade da área três 
(distritos de Dr.Privat e Salgado da Pedra), quase na totalidade da área dois (distritos de 
Morro Vermelho e Seiscentos), de forma limitada ao extremo noroeste e norte da área quatro 
a 
b 
Fotografias 3.5 – (a) Afloramento de 
hornblenda milonito em forma de lajedo na 
borda sul do açude Pedraria. (Ponto GR-2010.2-
26, Coord. UTM: 0301038 E / 9658952 N). (b) 
Afloramento representando uma dobra em “Z” e 
um boudin rotacionado durante o cisalhamento 
da rocha onde as duas deixam marcante o 
movimento dextral dessa zona de cisalhamento. 
(Ponto GR-2010.2-26, Coord. UTM-24S: 
0301038 E / 9658952 N). 
 
3. Estratigrafia 47 
 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
(estendendo-se desde o norte do distrito de Pedra Preta até o distrito de Canto Salgado), 
aproximadamente a 5 km a nordeste da cidade de Granja, e ocupando aproximadamente 47% 
da área um. Os principais afloramentos desta unidade litoestratigráfica são observados 
principalmente em forma de lajedo de dimensões variadas (Fotografia 3.6a), cortes e leito de 
estrada (Rodovia CE-085 e antiga estrada de ferro), e leito de drenagem. 
 
Fotografia 3.6 – (a) Silimanita-cianita-granada-biotita gnaisse na forma de lajedo na localidade de seiscentos 
(Ponto GR-2011.1-50, Coord. UTM-24S: 0295603 E / 9666562 N). (b) Concentrado de granadas em meio à 
foliação Sn da Unidade Granulítica (Ponto GR-2011.1-54, Coord. UTM-24S: 0296334 E / 9663254 N). 
 
Em escala de afloramento, são observados cianita-silimanita-granada-biotita 
gnaisse por vezes com grafita (área dois), silimanita-granada-biotita gnaisse (área dois, três e 
quatro) e granada-biotita gnaisse com variações locais na relação biotita-granada (área 
quatro), caracterizando um zoneamento metamórfico NW-SE. São de cor cinza a branco, 
sempre apresentando um número elevado de granadas (almandina) (Fotografia 3.6b) e 
encontram-se moderadamente intemperizados até intensamente alterados (Fotografias 3.7). 
Litologicamente, este conjunto de rochas paraderivadas de alto grau metamórfico 
ora apresenta bandamento composicional por alternância entre bandas máficas e félsicas 
(Fotografia 3.8a), ora esse bandamento está deformando por dobras intrafoliais e/ou 
assimétricas dextrais. É comum mobilizado de fusão em quase todos os afloramentos, 
mostrando um processo de anatexia, a maioria com concentrados de granada, veios quartzo-
feldspático, pegmatíticos ou não, concordantes a sub-concordantes com a foliação (Fotografia 
3.8b). 
 
 
 
a b 
3. Estratigrafia 48 
 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fotografias 3.8 - (a) Bandamento típico desta unidade marcado pela alternância de bandas máficas e félsicas 
(Ponto GR-2010.2-32, Coord. UTM: 0300742 E / 9660868 N). (b) Concentrado de granada em meio aos 
mobilizados de fusão da Unidade Granulítica (Ponto GR-2011.1-52, Coord. UTM: 0295328 E / 9661714 N). 
 
b a 
Fotografias 3.7 – (a) Afloramento de 
cianita-silimanita-granada-biotita gnaisse 
com um veio quartzo-feldspático 
concordante com a foliação Sn (Ponto GR-
2011.1-90, Coord. UTM-24S: 0295197 E / 
9666662 N). (b) Afloramento na localidade 
de Seiscentos, leste da CE–085, onde se 
observa um intemperismo acentuado nas 
rochas da Unidade Granulítica (linhas pretas 
mostrando o aspecto da alteração dos 
mobilizados de fusão e as linhas vermelhas o 
dos concentrados de granada nestes 
mobilizados (Ponto GR-2011.1-79, Coord. 
UTM-24S: 0295105 E / 9666886 N). 
a 
b 
3. Estratigrafia 49 
 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
3.1.2.1. Subunidade Gnáissica Enderbítica e Máfica – PPgge 
 
Os principais afloramentos desta subunidade ocorrem sob a forma de lajedos, 
cortes de estradas e na base do Serrote Jereguapuaba, com dimensões variadas, decimétricas a 
dezenas de metros e apresentam uma coloração verde escura (gnaisse enderbítico) a preta 
(granulito máfico) (Fotografias 3.9). A ocorrência da unidade está restrita a área três, distritos 
de Salgado da Pedra e Morrista (proximidade de Dr. Privat), caracterizando as principais 
feições morfológicas positivas desta área, como o Serrote Jereguapuaba (Fotografia 3.10). 
 
 
Fotografias 3.9 – (a) Aspecto do gnaisse enderbítico observado na área três, proximidades de Canto Salgado, 
com sua cor verde característica (Ponto GR-2011.1-82, Coord. UTM: 0295213 E / 9662288 N). (b) Granulito 
máfico intercalado ao silimanita-granada-biotita gnasse com hornblenda com sua cor preta característica (Ponto 
GR-2011.1-54, Coord. UTM-24S: 0296334 E / 9663254 N). 
 
Fotografia 3.10 - Vista lateral do Serrote Jereguapuaba: feição morfológica positiva sustentada pelas 
intercalações de gnaisses enderbíticos e granulitos máficos em meio aos silimanita-granada-biotita gnaisses com 
hornblenda. (Foto 108, tirada no ponto GR-2011.1-88 com vista para norte, Coord. UTM-24S: 0294479 E / 
9661851 N). 
 
Em escala de afloramento, foram observados predominantemente gnaisses 
enderbíticos (compostos basicamente de quartzo, anfibólio e pouco piroxênio) e granulitos 
máficos (composto basicamente de piroxênio (clino e orto), nos quais o par quartzo + granada 
não ultrapassam os 10%, pouco alterados, anisotrópicos e por vezes com uma granulação fina. 
a 
b 
3. Estratigrafia 50 
 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
Os litotipos desta unidade encontram-se intercalados ao silimanita-granada-biotita 
gnaisse (Fotografias 3.11), exceto em um único ponto (CPRM-2010.1-149), onde apresenta 
uma lente composta exclusivamente de gnaisse enderbítico (ponto este fora das áreas dois, 
três e quatro) (Fotografias 3.11). Alguns poucos afloramentos de pequenas dimensões 
encontram-se dispersos na Unidade Granulítica, assim não foram cartografados. Tal unidade 
parece representar um conjunto de intrusões básicas e ácidas pré-metamórficas em meio a 
rochas sedimentares pretéritas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foram observados níveis enderbíticos, em um único afloramento, associados aos 
biotita-hornblenda gnaisse migmatítico, próximo ao contato entre a Unidade Gnáissica-
Migmatítica e a Unidade Granulítica. Estes níveis enderbíticos podem ser interpretados como 
uma transição do fácies granulito (piroxênio-hornblenda-granada gnaisse) para o fácies 
anfibolito alto (hornblenda-biotita gnaisse), caracterizando um processo de 
retrometamorfismo. 
 
Fotografias 3.11 – Intercalações de (a) gnaisse 
enderbítico dispersos na foliação e (b) granulito 
máfico em forma de lente nos silimanita-
granada-biotita gnaisse com hornblenda. A 
orientação dos corpos é concordante com a 
foliação Sn (a – Ponto GR-2011.1-82, Coord. 
UTM: 0295213 E / 9662288 N ; b – Ponto 
CPRM-2010.1-25, Coord. UTM: 300393 E / 
9660952 N). (c) Litotipo caracterizado por um 
gnaisse enderbítico, sem sinais de deformação 
(Ponto CPRM-2010.1-149, Coord. UTM: 
292980 E / 9657726 N). c 
a 
b 
3. Estratigrafia51 
 
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3.2. Unidade São Joaquim - NPmsj 
 
A Unidade São Joaquim apresentada no presente trabalho corresponde a 
Formação São Joaquim do Grupo Martinópole de Brito Neves (1975). A alteração aqui 
proposta reside no fato de que segundo as recomendações do Código Brasileiro de 
Nomenclatura Estratigráfica (PETRI et al., 1986), o termo “Formação” deve ser utilizado para 
unidades litoestratigráficas que estão em conformidade com a Lei da Superposição de 
Camadas, sendo assim mais adequado para estratos de rochas sedimentares, vulcânicas ou 
metavulcânicas e rochas metamórficas de baixo grau. Logo, atendendo a tais recomendações, 
optou-se pela utilização do termo “Unidade” já que a associação de rochas aqui discutida 
encontra-se em um contexto deformacional complexo sob condições metamórficas de baixo a 
alto-grau. 
Tal unidade encontra-se associada às principais feições morfológicas positivas, 
como nas regiões do Serrote Aroeira, 
região sudeste (Fotografias 3.12), e 
Canto Salgado, região centro-oeste, 
da área quatro (Fotografias 3.12). 
Representa 2,5% da área um e ocorre 
em contato discordante por sobre as 
unidades Gnáissica-Migmatítica e 
Granulítica do Complexo Granja. 
Na região do serrote 
Aroeira, os afloramentos são 
observados moderadamente a pouco 
intemperizados em leito de estrada 
(por exemplo, ao longo do caminho 
que dá acesso ao topo do serrote) e 
blocos soltos dispersos pela 
superfície. Nesta região, tal unidade 
é constituída litologicamente por 
quartzito com muscovita, muscovita quartzito com turmalina, rocha calcissilicática e filito 
(Fotografias 3.13). O quartzito ocorre exibindo granulação predominante média, cor creme a 
branca e foliação metamórfica determinada pela presença de muscovita (Fotografias 3.13). 
Fotografias 3.12 - (a) Vista lateral do serrote Aroeira: feição 
morfológica positiva sustentada pelos quartzitos da unidade São 
Joaquim. (Foto 184, Coord. UTM-24S: 0303223E / 9660372 N). 
(b) Quartzito ferrífero na região de Canto Salgado (Ponto GR-
2010.2-33, Coord. UTM-24S: 0299566 E / 9659206 N). 
b 
a 
b 
3. Estratigrafia 52 
 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
Uma ocorrência de rocha calcissilicática bandada composta por feldspato, quartzo, anfibólio e 
granada, cor escura e granulação fina foi observada na base do serrote na forma de blocos 
métricos (Fotografias 3.13). Dois afloramentos de filito foram observados em cortes de 
estradas as margens da CE-085 (trecho Granja – Parazinho) nas proximidades do Serrote 
Aroeira. Nos afloramentos foram observados filitos com muscovita, cor vermelha e cinza, 
alterados e intemperizados e com níveis centimétricos de quartzito com turmalina (Fotografias 
3.13). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na região de Canto Salgado, foram observados quartzito ferrífero, quartzito puro 
e impuro foliados de granulação média e cor creme-avermelhada. Quando não afloram são 
associados a um solo bastante avermelhado que demarca bem o contato a norte com a 
Unidade Gnáissica-Migmatítica do Complexo Granja. 
Fotografias 3.13 – (a) Rocha calcissilicática 
bandada de cor escura, granulação fina e anisotropia 
bem marcada (Ponto GR-2010.2-20, Coord. UTM-
24S: 0302968 E / 9658808 N). (b) Quartzito de 
granulação média-grossa com muscovita e turmalina 
no topo do Serrote Aroeira (Ponto GR-2010.2-18, 
Coord. UTM-24S: 0302556 E / 9658154 N). (c) 
Filito com plano de xistosidade bem definido e 
brilhante, bastante alterado e intemperizado, (Ponto 
GR-2010.2-14, Coord. UTM-24S: 0303337 E / 
9659254 N). 
a 
b 
c 
3. Estratigrafia 53 
 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
3.3. Suíte Magmática Ceará-Mirim - JK1c 
 
Foi observado, 
em um único ponto (GR-
2011.1-64), blocos soltos de 
riolito apresentando uma 
textura porfirítica, fenocris-
tais de feldspato potássico, 
sem orientação preferencial 
na localidade de Seiscentos a 
leste da Rodovia CE-085, 
trecho Granja/ Camocim 
(Fotografia 3.14). Não foram reconhecidas relações de contato. 
 
3.4. Grupo Barreiras – ENb 
 
Esta unidade é observada principalmente em leito de estrada (área dois - distrito 
de Morro vermelho e Seiscentos) e encosta de morro (área quatro – distrito de Canto 
Salgado), representando aproximadamente 10% da área um e ocorre em contato discordante 
com hiato por sobre as unidades Gnáissica-Migmatítica e Granulítica do Complexo Granja. 
Litologicamente são representados por um conjunto de rochas sedimentares 
compostas por arenito de tonalidade amarelada, matriz argilo-caulinítica e um cimento 
argiloso, conglomerado mal selecionado com seixos, bem arredondados a subanguloso e uma 
esfericidade média, de quartzo e de rochas do embasamento, contendo cimento síltico-
ferruginosos, pouco consolidados com tonalidades castanhas e avermelhadas e depósitos 
detrítico-lateríticos sob a forma de concreções e nódulos, de coloração avermelhada típica, 
rica em óxido de ferro e por vezes mostrando níveis caulinizados (Fotografias 3.15). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fotografia 3.14 – Aspecto porfirítico (fenocristais de feldspato potássico) 
sem orientação preferencial em um bloco de riolito (Amostra GR-2011.1-
64, Coord. UTM-24S: 0294798 E / 9666750 N). 
 
3. Estratigrafia 54 
 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.5. Cobertura Colúvio-Eluvionar – NQc 
 
Os principais afloramentos desta unidade ocupam aproximadamente 0,5% da área 
um, principalmente nos distritos distrito de Seiscentos e Canto Salgado. São observados 
principalmente na forma de rasteiro em leito de estrada, com centenas de metros de dimensões 
(Fotografias 3.16). 
Em escala de afloramento são sedimentos arenosos caulínicos e níveis síltico-
arenoso de coloração alaranjada ou amarelada. Estas coberturas coluvio-eluvionares são 
resultantes da alteração das rochas da Unidade Granulítica (Fotografias 3.16). 
 
3.6. Depósitos Aluviais – Qa 
 
Os depósitos aluviais (coberturas quaternárias) ocorrem associados às 
proximidades do Rio Coreaú, seus afluentes e principais drenagens, correspondendo 
aproximadamente 28% da área um (Fotografia 3.17). São constituídos por sedimentos 
quartzosos inconsolidados de cor creme, imaturos e granulação predominantemente arenosa 
com porções mais argilosas associadas (Fotografa 3.17). 
 
a b 
Fotografias 3.15 – (a) Lateritas subordinadas na encosta do quartzito ferrífero, região de canto salgado, 
cartograficamente não diferenciadas (Ponto GR-2010.2-33, Coord. UTM-24S: 0299566 E / 9659206 N). (b) 
Conglomerado laterítico matriz suportada com seixos arredondados a subangulosos de quartzo (Amostra GR-
2011.1-62b, Coord. UTM-24S: 0296049 E / 9666172 N). 
 
3. Estratigrafia 55 
 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
 
Fotografias3.16 – (a) Cobertura colúvio-eluvionar predominante no distrito de seiscentos, próximo a uma das 
piscinas de carcinicultura da PMC, em contato erosivo com a Unidade Granulítica (Ponto GR-2011.1-73, 
Coord. UTM-24S: 0296852 E / 9666930 N). (b) Cobertura eluvionar resultante da alteração das rochas da 
Unidade Granulítica (Ponto CPRM-2010.1-153, Coord. UTM-24S: 0292544 E / 9657922 N). 
 
 
 
Fotografia 3.17 – Sedimentos inconsolidados de 
idade quaternária associados a planície aluvial do 
Rio Coreaú. (Ponto GR-2010.2-34 - Coord. UTM-
24S: 0301520 E / 9661566 N). 
 
 
 
Com base nas informações obtidas da região estudada, foi possível estabelecer 
uma coluna estratigráfica, melhorando a caracterização e/ou compartimentação geológica da 
literatura atual, dado a escala de trabalho. A coluna a seguir (Figura 3.1) mostra as unidades 
descritas anteriormente (Gnáissica-Migmatítica, Anfibolítica, Milonítica, Granulítica, 
Gnáissica Enderbitica e Máfica, São Joaquim, Suíte Magmática Ceará-Mirim, Grupo 
Barreiras, Cobertura Colúvio-Eluvionar e Depósitos Aluviais), organizadas de acordo com a 
estratigrafia sugerida. 
b a 
3. Estratigrafia 56 
 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
 
Figura 3.1 - Coluna estratigráfica com as unidades observadas nas áreas de estudo. Legenda: PPg - Unidade 
Gnáissica-Migmatítica; PPga - Subunidade Anfibolítica; PPgm - Subunidade Milonítica; PPgg - Unidade 
Granulítica; PPgge - Subunidade Gnáissica Enderbitica e Máfica; NPmsj - Unidade São Joaquim; JK1c - Suíte 
Magmática Ceará-Mirim; ENb - Grupo Barreiras Indiferenciado; ENbc – Depósitos Detrítico-Lateríticos (Grupo 
Barreiras – Formação Camocim); NQc - Cobertura Colúvio-Eluvionar e Qa - Depósitos Aluviais. 
4. Petrografia 57 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
4. PETROGRAFIA 
 
Este capítulo enfoca essencialmente os aspectos microscópicos dos principais 
litotipos reconhecidos em campo. 
Com a caracterização das relações texturais, microestruturais e mineralógicas das 
principais sequências de rochas que compõem as unidades estratigráficas presentes nas áreas 
mapeadas, foram determinadas aproximadamente às condições metamórficas as quais os 
litotipos foram submetidos, assim como indicativos dos protólitos e respectivos ambientes 
pré-metamórficos. 
Nos itens subsequentes são descritas as rochas estudadas por unidades 
litoestratigraficas, quais sejam: i- Complexo de Granja e ii- Unidade São Joaquim (Grupo 
Martinópole). 
 
4.1. Complexo Granja 
 
4.1.1. Hornblenda-biotita gnaisse (Unidade Gnáissica-Migmatítica – PPg) 
 
A análise petrográfica mostrou que este litotipo apresenta pequenas variações 
mineralógicas constituindo, hornblenda-biotita gnaisse com ou sem granadas 
(Fotomicrografia 4.1). 
 
 
Fotomicrografia 4.1 – Fotomicrografia do biotita gnaisse com granada à luz natural (a) e à luz ortoscópica (b), 
onde observa-se granada (Grt) arredondada e opacos (Op) sub-idioblástico em meio a grãos de quartzo (Qtz) e 
Biotita (Bt) orientado. Cristal de zircão (Zr) observado incluso em grão de quartzo. Amostra GR-2010.2-05, 
Coord. UTM-24S: 0300460 E / 9660908 N. 
 
Apresenta uma textura granolepidoblástica, por vezes granoblástica, 
inequigranular serial, de granulação média, com a forma dos grãos variando de sub-
a b 
4. Petrografia 58 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
idioblástica a xenoblástica, exibindo contatos retos, serrilhados a arredondados. 
(Fotomicrografia 4.2). 
 
 
Fotomicrografia 4.2 – Fotomicrografia do biotita gnaisse à luz natural (a) e à luz ortoscópica (b), onde observa-
se uma textura granolepidoblástica com lamelas de biotita (Bt) e quartzo (Qtz) estirados mostrando a direção 
preferencial da foliação da rocha (seta amarela). Amostra GR-2010.2-05, Coord. UTM-24S: 0300460 E / 
9660908 N. 
 
 
 É constituído pela seguinte associação mineral: quartzo (55-65%), plagioclásio 
(5-30%), biotita (5-20%), hornblenda (9-11%), feldspato potássico (~5%), granada (~2%), 
apatita (~2%), muscovita (~1%) e opacos + zircão (~2%). Os grãos de quartzo variam de sub-
idioblásticos a xenoblásticos, granulação média, com orientação preferencial e extinção 
ondulante mostrando uma forte deformação. Por vezes com inclusões em biotita ou 
preenchendo fraturas das mesmas. Os grãos de plagioclásio apresentam-se com forma sub-
idioblástica a xenoblástica, com germinação polissintética (Lei da Albita), sendo possível a 
identificação do tipo de plagioclásio pelo método de Michel-Levy (in ROUBALT, 1972), 
cujos resultados exibiram ângulo de extinção entre 44° e 47°, correspondendo portanto a 
andesina (An>30). Os grãos de plagioclásio em menor escala, apresentam inclusões de biotita. 
As lamelas de biotita apresentam-se com forma sub-idioblástica e bem orientados, 
representando a foliação da rocha. Os grãos de hornblenda variam de sub-idioblástica a 
xenoblástica com granulação média, formando porfiroblastos e sem orientação preferencial. 
Os grãos de feldspato potássico foram reconhecidos exclusivamente em uma única lâmina 
(IG-08b), caracterizando grãos xenoblásticos de microclina com geminação polissintética, 
segundo a lei da albita + periclina “maclas em xadrez”. Os minerais acessórios são 
representados por granada xenoblástica arredondada e fraturadas, apatita de formas 
arredondadas e sempre em contato com quartzo, muscovita secundária ocorre sob a forma 
a b 
4. Petrografia 59 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
sub-idioblástica a xenoblástica e em contato com biotita, granada e microclina, opacos com 
forma xenoblástica, e cristais arredondados e prismáticos de zircão (Fotomicrografia 4.3). 
 
Fotomicrografia 4.3 – Fotomicrografia do biotita-hornblenda gnaisse à luz natural (a) e à luz ortoscópica (b), 
onde se observa grãos de hornblenda (Hbl), quartzo (Qtz), biotita (Bt) e um cristal de zircão com formas 
arredondadas (Zr). Amostra GR-2010.2-38, Coord. UTM-24S: 0302468 E / 9661466 N. 
 
 
 
4.1.2. Anfibolito (Subunidade Anfibolítica – PPga) 
 
Ao microscópio petrográfico o anfibolito exibe granulação média, textura 
nematoblástica a granonematoblástica, ineguigranular, constituído essencialmente por 
hornblenda (85-90%) e plagioclásio (5-7%). Como minerais minoritários ocorrem quartzo (2-
5%), e opacos (~2%). A hornblenda de cor verde pálida a verde escuro ocorre na forma de 
cristais prismáticos alongados e grãos subédricos (Fotomicrografia 4.4). 
 
 
 
 
 
 
Os grãos de plagioclásio são usualmente anédrico a subédrico, com germinação 
polissintética (Fotomicrografia 4.5). Os grãos de quartzo são xenoblástica, deformados 
a b 
a b 
Fotomicrografia 4.4 – Anfibolito à luz natural (a) e luz ortoscópica (b), constituído quase que em sua 
totalidade por hornblenda (Hbl) de cor verde pálida e forma anedral a subedral. Cristais de quartzo (Qtz) e 
plagioclásio (Pl) encntram-se em meio aos cristais de hornblenda (Hbl). Amostra GR-2010.2-45, Coord. UTM-
24S: 0299566 E / 9659206 N.4. Petrografia 60 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
marcados por extinção ondulante e ocorrem intersticialmente, entre os grãos de plagioclásio e 
hornblenda. Parte dos opacos são produtos de alteração metamórfica da hornblenda e ocorre 
entre os grãos da mesma. 
 
 
Fotomicrografia 4.5 – Grãos de hornblenda (Hbl) com suas duas clivagens característica a 124° à luz natural (a) 
e luz ortoscópica (b). As hornblendas (Hbl) se encontram em contato com cristais de quartzo (Qtz) e plagioclásio 
(Pl) que apresentam uma germinação polissintética bem marcada. Amostra GR-2010.2-45, Coord. UTM-24S: 
0299566 E / 9659206 N. 
 
 
4.1.3. Milonito (Subunidade Milonítica – PPgm) 
 
A análise petrográfica mostrou que o gnaisse milonítico do Complexo Granja é 
constituído por proporção de matriz de recristalização que varia de 45 a 60%, os 
porfiroclastos são representados por grãos de quartzo (15-34%), hornblenda (~15%),
plagioclásio (10-20%). Opacos, titanita e epidoto correspondem no máximo a 1%. 
A matriz granoblástica mostra-se orientada, com granulação muito fina e de difícil 
identificação dos minerais constituintes da mesma (Fotomicrografia 4.6). Os grãos de quartzo 
ocorrem como porfiroclastos subarredondados, localmente exibem recristalização em 
subgrãos e extinção ondulante. Os porfiroclastos de plagioclásio e hornblenda mostram-se 
também subarredondados e por vezes sob a forma de augen envoltos pela matriz 
(Fotomicrografia 4.7). Os grãos de epidoto ocorrem inclusos em plagioclásio e/ou 
preenchendo fraturas, provavelmente como produto de alteração metamórfica deste mineral. 
Minerais opacos e titanita ocorrem como inclusões nos porficlastos ou em meio à matriz. 
Esta subunidade é representativa da ocorrência de grandes zonas de cisalhamento
dúcteis que se desenvolveram durante a segunda fase de deformação brasiliana (D3 regional), 
a exemplo da zona de cisalhamento dextral de Granja (ZCG). 
 
 
a b 
4. Petrografia 61 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
Fotomicrografia 4.6 – Milonito à luz natural (a) e luz ortoscópica (b) exibindo matriz de granulação fina 
provavelmente rica em hornblenda (Hbl) e porfiroclastos de quartzo (Qtz) e plagioclásio (Pl) arredondados. Há 
um cristal de titanita (Ti) arredondado ao centro da fotomicrografia. Amostra GR-2010.2-21, Coord. UTM-24S: 
302765 E / 9659206 N. 
 
 
Fotomicrografia 4.7 – Porfiroclastos de hornblenda (Hbl), quartzo (Qtz) e plagioclásio (Pl) mostram-se 
subarredondados e por vezes sob a forma de augen envoltos pela matriz. Amostra GR-2010.2-21, Coord. UTM-
24S: 302765 E / 9659206 N. 
 
 
4.1.4. Silimanita-cianita-granada-biotita gnaisse (Unidade Granulítica – PPggc) 
 
A petrografia desta unidade (Unidade Granulítica) revelou que a mesma é 
caracterizada por um zoneamento metamórfico (zona da cianita → zona da silimanita → 
zona da granada), confirmando observações de campo (ver Capítulo 9). Por isso será 
abordado nos itens subsequentes a descrição de todas as fácies desse zoneamento, além das 
rochas ortoderivadas da Subunidade Gnaíssica Enderbítica e Máfica, e um litotipo 
representativo da parte fundida deste complexo granulítico. 
A análise petrográfica mostrou que este litotipo exibe uma granulação média, 
textura lepidoblástica a granolepidoblástica inequigranular, constituída pela seguinte 
associação mineral: quartzo (~35%), biotita (~22%), granada (~20%), cianita (~10%), 
a b 
a b 
4. Petrografia 62 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
silimanita (~5%), plagioclásio (~3%), rutilo (~2%), e apatita + opacos (~3%). Os grãos de 
quartzo variam de xenoblásticos a sub-idioblásticos, recristalizados em subgrãos, com 
extinção ondulante à luz ortoscópica, em geral bem orientados/estirados formando ribbons. 
Os lamelas de biotita apresentam-se com formas sub-idioblásticas a xenoblásticas, hábitos 
lamelares e bem orientados representando a foliação da rocha. Os grãos de granada estão 
presentes ora como poiquiloblastos (repletos de inclusões de biotita, quartzo e opacos), ora 
sob a forma xenoblástica arredondada e fraturado. Os cristais de cianita são idioblásticos 
prismáticos, e frequentemente estão dispostos em meio a uma massa fina e nas bordas das 
granadas, exibem extinção de 30° relativo aos planos de clivagem (Fotomicrografia 4.8). 
 
 
Fotomicrografia 4.8 – Cristais de cianita (Ky) idioblástico prismáticos à luz natural (a) e à luz ortoscópica (b) 
em meio a grãos de quartzo (Qtz) que por vezes mostram uma recristalização em subgrãos. Grãos de opacos 
(Op) são observados sempre em contato com a biotita (Bt) mostrando feições de alteração metamórfica. Amostra 
GR-2011.1-01a, Coord. UTM-24S: 0295603 E / 9666562 N. 
 
Os cristais de silimanita também se apresentam em prismas idioblásticos e por 
vezes estirados, entretanto exibem extinção reta. Os grãos de plagioclásio apresentam-se com 
formas sub-idioblásticas e são caracterizados pela geminação polissintética (Lei da Albita). 
Os minerais acessórios são representados por rutilo que se apresenta de forma xenoblástica 
com bordas mostrando uma reação metamórfica para ilmenita, apatita na forma de agulhas 
inclusas nos grãos de granada e opacos com forma xenoblástica a sub-idioblástica 
provavelmente formados a partir de alteração metamórfica da biotita (Fotomicrografia 4.9). 
 
4.1.5. Silimanita-granada-biotita gnaisse (Unidade Granulítica – PPggs) 
 
É constituído por uma textura lepidoblástica a granolepidoblástica com foliação 
bem marcada, inequigranular com porfiroblastos de granada. Apresenta a seguinte associação 
mineral: quartzo (40-45%), biotita (21-25%), granada (19-22%), silimanita (10-15%),
a b 
4. Petrografia 63 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
Fotomicrografia 4.9 – Grãos de rutilo (Rtl) com formas xenoblástica e em contato com cristais de cianita (Ky) à 
luz natural (a) e à luz ortoscópica (b). Nas bordas dos grãos de rutilo (Rtl) se observa uma reação metamórfica 
para ilmenita. Amostra GR-2011.1-01a, Coord. UTM-24S: 0295603 E / 9666562 N. 
 
 
plagioclásio (3-7%), e apatita + opacos (~2%). Os grãos de quartzo são xenoblástica e por 
vezes arredondados, recristaliazados em subgrãos, marcando bem a foliação, com extinção 
ondulante. Ocorrem também inclusos nos grãos de granada. As lamelas de biotita neste 
litotipo são bem avermelhados, provavelmente por serem ricos em titânio (biotita de alta 
temperatura) (Nogueira Neto, 2000), gerados por reações metamórfica da granada. Possuem 
formas xenoblástica a sub-idioblástica e se encontram com uma orientação bem marcada 
(Fotomicrografia 4.10). 
 
Fotomicrografia 4.10 – Fotomicrografia do silimanita-granada-biotita gnaisse à luz natural (a) e à luz 
ortoscópica (b), onde se observa lamelas de biotita (Bt) orientadas e bastante avermelhadas (rica em titânio) em 
contato com grãos de quartzo (Qtz), opaco (Op) e apatita (Ap). Amostra GR-2011.1-05b, Coord. UTM-24S: 
0296334 E / 9663254 N. 
 
 
Os grãosde granada por vezes são poiquilíticos, e nesta situação exibem inclusões 
de quartzo, biotita, e apatita, quando presentes sob a forma de porfiroblastos, são xenoblástica 
e arredondados. Os grãos de granada são portanto envoltos pela foliação marcada por quartzo 
a b 
a b 
4. Petrografia 64 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
e biotita, possibilitando em algumas seções a determinação do sentido de cisalhamento, no 
caso específico da seção analisada, dextral (Fotomicrografia 4.11). Os cristais de silimanita se 
apresentam estirados em sua maioria em contato com a granada (Fotomicrografia 4.12). O 
plagioclásio apresenta-se em grãos xenoblástica exibindo geminação polissintética (Lei da 
Albita), cuja composição obtida pelo método Michel-Levy varia de oligoclásio à andesina. Os 
minerais acessórios são representados por apatita inclusa em granada, estas são sub-
idioblástica arredondadas, e opacos com forma xenoblástica provavelmente formados a partir 
da desestabilização da biotita. 
 
Fotomicrografia 4.11 – Grão de granada (Grt) poiquilítico em meio à foliação da rocha, mostrando um sentido 
de cisalhamento dextral à luz natural (a) e à luz ortoscópica (b). Cristais de apatita (Apt) inclusos no grão de 
granada, biotita (Bt) e quartzo (Qtz) com recristalização em subgrãos na borda do grão de granada são 
observados. Amostra GR-2011.1-05b, Coord. UTM-24S: 0296334 E / 9663254 N. 
 
 
Fotomicrografia 4.12 – Grãos de silimanita (Sil) orientado em contato com granada (Grt), onde se observa 
inclusão de agulhas de apatita (Ap), e grãos de quartzo (Qtz) à luz natural (a) e à luz ortoscópica (b). Amostra 
GR-2011.1-01a, Coord. UTM-24S: 0295603 E / 9666562 N. 
 
 
4.1.6. Granada-biotita gnaisse (Unidade Granulítica – PPgg) 
 
Microscopicamente o granada-biotita gnaisse é constituído pela seguinte associação mineral: 
quartzo (~45%), plagioclásio (~30%), biotita (~13%), granada (~9%), muscovita (~2%) e 
a b 
a b 
4. Petrografia 65 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
zircão (~1%). Os grãos de quartzo variam de sub-idioblástica a xenoblástica recristalizados 
em subgrãos, com extinção ondulante e por vezes estirados constituindo bandas de 
recristalização. Os grãos de plagioclásio variam de sub-idioblástica a xenoblástica, e 
geralmente possuem geminação polissintética, por meio da qual foi determinada uma 
composição andesitica do plagioclásio. As lamelas de biotita apresentam-se sub-idioblástica a 
xenoblástica, de hábitos lamelares e bem orientados representando a foliação da rocha. Os 
grãos de granada encontram-se geralmente isolados, bastante fraturados, (Fotomicrografia 
4.13) inclusos nos quais se encontram cristais arredondados de zircão. Os minerais acessórios 
são representados por muscovita xenoblástica retrógrada inclusas em grãos de quartzo e 
zircão. 
1 
 
Fotomicrografia 4.13 – Granada (Grt) à luz natural (a) e luz ortoscópica (b), apresentando um fraturamento 
intenso e lamelas de biotita (Bt) e quartzo (Qtz) em meio aos grãos de granada (Grt). Amostra GR-2010.2-02, 
Coord. UTM-24S: 0300639 E / 9661716 N. 
 
 
4.1.7. Mobilizados de fusão – Diatexito (Unidade Granulítica – PPgg) 
 
Corresponde a rocha oriunda da anatexia do conjunto de rochas paraderivadas da 
Unidade Granulítica. Apresenta associação mineral simples composta por: quartzo (~93%), 
plagioclásio (~5%) e biotita (~2%). Exibem uma textura granoblástica típica com orientação 
dada pelos grãos de quartzo. Em campo esses mobilizados de fusão podem exibir porções 
ricas em granada, conforme apresentado na fotografia 3.8b. Os grãos de quartzo são 
xenoblástica, bem estirados e em algumas porções estão recristalização em subgrãos 
(Fotomicrografia 4.14). Os grãos de plagioclásio são xenoblástica, e por vezes possuem 
geminação polissintética. As lamelas de biotita neste litotipo são xenoblástica e sem 
orientação preferencial. 
 
a b 
4. Petrografia 66 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
Fotomicrografia 4.14 – Orientação preferencial da rocha (setas amarelas) à luz natural (a) e à luz ortoscópica 
(b), dada quase que na totalidade por grãos de quartzo (Qtz) estirados. Amostra GR-2011.1-03c, Coord. UTM-
24S: 0295328 E / 9661714 N. 
 
 
 
4.1.8. Gnaisse Enderbítico (Unidade Gnáissica-Enderbítica – PPgge) 
 
Na análise petrográfica, este litotipo apresentou pequenas variações do conteúdo 
modal da biotita, constituindo assim gnaisse enderbítico com ou sem biotita. 
É constituído por uma textura granoblástica à granonematoblástica inequigranular, 
com foliação bem marcada e apresentando a seguinte associação mineral: quartzo variando 
entre (21-40%), plagioclásio (5-25%), hornblenda (5-20%), granada (1-20%), biotita (0-20%), 
ortopiroxênio (1-17%), clinopiroxênio (1-8%), apatita (~1%) e opacos + zircão (~2%). Os 
grãos de quartzo são xenoblásticos a sub-idioblásticos, pouco fraturado (fraturas preenchidas 
geralmente por biotitas e opacos), exibem uma recristalização em subgrãos e extinção 
ondulante mostrando uma forte deformação. Os grãos de plagioclásio são xenoblástica com 
geminação polissintética (Lei da Albita). A identificação do tipo de plagioclásio pelo método 
de Michel-Levy mostrou resultados do ângulo de extinção variando entre 22° (Oligoclásio) e 
32° (Andesina). Os grãos de hornblenda variam de xenoblástica a sub-idioblástica com uma 
orientação bem marcada em algumas seções e localmente bastante fraturados. A granada 
apresenta-se em grãos xenoblásticos arredondados até idioblásticos, e exibe por vezes textura 
de descompressão em meio às lamelas de biotita (Fotomicrografia 4.15) ou bastante fraturada 
quando em contato com grãos de hornblenda e piroxênio (orto e clino). 
As lamelas de biotita são xenoblástica a sub-idioblástica e pouco alterados. Os 
grãos de ortopiroxênio correspondem ao hiperstênio com forma prismática constituindo 
porfiroblastos em associação paragenética com granada, hornblenda e biotita 
(Fotomicrografia 4.16), podem também ocorrer em uma fina matriz granoblástica. 
a b 
4. Petrografia 67 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
Fotomicrografia 4.15 – Enderbito à luz natural (a) e luz ortoscópica (b), com destaque para granada (Grt) com 
textura de descompressão sempre em contato com lamelas de biotita (Bt) e hornblenda (Hbl). Grãos de quartzo 
(Qtz) e plagioclásio (Pl) são observados dispersos e em comtato com grãos de hornblenda (Hbl). Amostra GR-
2010.2-06, Coord. UTM-24S: 0300306 E / 9660690 N. 
 
 
Fotomicrografia 4.16 – Prisma sub-idioblástico de hiperstênio (Opx) entre lamelas de biotita (Bt) no gnaisse 
enderbítico à luz natural (a) e à luz ortoscópica (b). Grãos de hornblenda (Hbl) bastante fraturados e grãos de 
quartzo (Qtz) xenoblástica também são observados em contato com a biotita (Bt). Amostra GR-2011.1-37c, 
Coord. UTM-24S: 0302341 E / 9661674 N. 
 
Os grãos de clinopiroxênio correspondem ao diopsídio com forma xenoblástica 
constituindo uma fina matriz granoblástica,por vezes em estreitas bandas. Os grãos de 
piroxênio (orto e clino) mostram localmente um retrometamorfismo para hornblenda, com 
sobrecrescimento deste último nas bordas e clivagens dos primeiros (Fotomicrografia 4.17). 
Os minerais acessórios são representados por cristais de apatita prismáticos ou arredondados 
inclusos no quartzo, opacos com forma xenoblástica, provavelmente existentes devido às 
reações metamórficas da granada, e cristais arredondados de zircão em meio ao quartzo. 
Em uma seção delgada/polida (IG-04) observa-se um bandamento metamórfico 
bem marcado, bandas ricas em granada, hornblenda, clinopiroxênio e ortopiroxênio 
contrastando com bandas ricas em quartzo com recristalização em subgrãos (Fotomicrografia 
4.18). 
a b 
a b 
4. Petrografia 68 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
Fotomicrografia 4.17 – Grãos de ortopiroxênio (Opx) mostrando um processo de hidratação para hornblenda 
(Hbl) (reação metamórfica) à luz natural (a) e à luz ortoscópica (b). Lamelas de biotita (Bt) e quartzo (Qtz) se 
encontram em contato com a hornblenda (Hbl) e ortopiroxênio (Opx). Amostra GR-2011.1-07a, Coord. UTM-
24S: 0301564 E / 9661684 N. 
 
 
Fotomicrografia 4.18 – Bandamento metamórfico dos gnaisses enderbíticos bem marcado, bandas ricas em 
granada (Grt), hornblenda (Hnl), clinopiroxênio (Cpx) e ortopiroxênio (Opx) contrastando com bandas ricas em 
quartzo (Qtz) xenoblástica e em recristalização em subgrãos à luz natural (a) e à luz ortoscópica (b). Amostra 
GR-2011.1-04, Coord. UTM-24S: 0295065 E / 9662306 N. 
 
 
4.1.9. Granulito Máfico (Unidade Máfica – PPggm) 
 
Está inserido cartograficamente na Unidade Gnáissica Enderbítica e Máfica. 
Microscopicamente o granulito máfico é constituído pela seguinte associação mineral: 
ortopiroxênio (hiperstênio) + clinopiroxênio (diopsídio) correspondendo cerca de 55% de 
matriz fina e 20% de porfiroblastos xenoblástica a sub-idioblástica (Fotomicrografia 4.19), 
hornblenda (~10%), granada (~5%), plagioclásio (~3%), quartzo (~3%), biotita (~2%) e 
opacos (~2%). Exibe textura granonematoblástica inequigranular seriada (Fotomicrografia 
4.20). Os grãos de hornblenda são pouco orientados e variam de xenoblástica à sub-
idioblástica. Os grãos de granada são arredondados, xenoblástica e pouco fraturados. Os grãos 
a b 
a b 
4. Petrografia 69 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
de plagioclásio apresentam a germinação polissintética característica e são xenoblástica. Os 
grãos de quartzo apresentam uma extinção ondulante e uma forma xenoblástica. Os lamelas 
de biotita são sub-idioblástica lamelares e alongados. Os opacos caracterizam a mineralogia 
acessória com forma xenoblástica e sempre em contato com a biotita, provavelmente 
alterações metamórficas da mesma. 
 
 
Fotomicrografia 4.19 – Porfiroclasto de hiperstênio (Opx) em meio a uma matriz fina composta por 
clinopiroxênio e ortopiroxênio à luz natural (a) e à luz ortoscópica (b). Lamelas de biotita (Bt) e hornblenda 
(Hbl) estão também em meio à matriz. Amostra GR-2011.1-05c, Coord. UTM-24S: 0296334 E / 9663254 N. 
 
 
Fotomicrografia 4.20 – Textura granonematoblástica inequigranular seriada do granulito máfico à luz natural 
(a) e à luz ortoscópica (b). Observa-se pórfiroblastos de granada (Grt), hiperstênio (Opx) e diopsídio (Cpx) em 
meio à matriz fina orientada por cristais prismáticos (nematoblástica). As setas amarelas apresentam a orientação 
da rocha. Amostra GR-2011.1-05c, Coord. UTM-24S: 0296334 E / 9663254 N. 
 
 
 
4.2. Grupo Martinópole - Unidade São Joaquim (NPmsj) 
 
Foram analisadas ao microscópio petrográfico duas amostras de quartzito. As 
duas amostras de quartzitos descritas são respectivamente das duas regiões onde tais litologias 
foram documentadas no âmbito da área quatro. Assim, foram analisados um muscovita 
a b 
a b 
4. Petrografia 70 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
quartzito do Serrote Aroeira e um hematita quartzito da região de Canto Salgado. As 
características microscópicas de tais litotipos são apresentadas a seguir. 
 
4.2.1. Muscovita quartzito (Unidade São Joaquim – NPmsj) 
 
Tal litologia é consituída essencialmente por quartzo (~94%) e secundariamente 
ocorrem muscovita (~5%) e opacos (~1%). Exibe uma textura granoblástica equigranular 
marcada por grãos de quartzo estirados definindo a foliação metamórfica observada 
(Fotomicrografia 4.21a). As lamelas de muscovita ocorrem tanto paralelos quanto oblíquos a 
foliação com forma sub-idioblástica. Minerais opacos ocorrem como grãos sub-idioblásticos 
entre os de quartzo. 
 
 
Fotomicrografia 4.21 – (a) Muscovita quartzito do Serrote Aroeira exibindo textura granolepidoblástica com 
grãos de quartzo (Qtz) e lamelas muscovita (Ms) mostrando a foliação da rocha (setas amarelas) à luz natural 
(amostra GR-2010.2-18, Coord. UTM-24S: 0302556 E / 9658154 N). (b) Hematita quartzito da região de Canto 
Salgado exibindo textura granoblástica com grãos de hematita (Hem) estirados mostrando a orientação 
preferencial da rocha (setas amarelas) à luz natural (amostra GR-2010.2-33a, Coord. UTM-24S: 0300930 E / 
9660840 N). 
 
 
 
4.2.2. Hematita quartzito (Unidade São Joaquim – NPmsj) 
 
Constituído essencialmente por quartzo (~75%) e minerais opacos (~25%). 
Apresenta textura granoblástica predominante equigranular e foliação metamórfica 
determinada pelos grãos de quartzo e opacos estirados (Fotomicrografia 4.21b). A expressiva 
proporção de opacos observada sugere que estes estão relacionados a níveis hematíticos 
identificados em escala de afloramento. 
a b 
5. Estrutural 71 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
5. ESTRUTURAL 
 
Neste capítulo foi dada ênfase a análise das estruturas planares de caráter dúctil e 
lineações associadas, uma vez que estas podem informar o comportamento tectônico das áreas 
pesquisadas. De forma secundária, foram coletadas atitudes de estruturas rúpteis. 
Durante as fases de campo foi feito uma análise descritiva dos elementos 
estruturais das áreas em estudo e foram reconhecidas e descritas em campo (medidas de 
atitudes, estruturas macroscópicas e fotos ilustrativas). Para as medidas de atitudes foi 
utilizada uma bússola Brunton, com leituras padronizadas para o sistema de leitura clar 
(sentido do mergulho em azimute / intensidade do mergulho). Para a modelagem dessas 
medidas foi utilizado o software StereoNet versão 3.03. 
O processamento e interpretações de imagens de satélites (Landsat 5, CBERS 2B e 
Google Earth), do modelo digital do terreno (Shutle Radar Topography Mision – SRTM) e 
produtos aerogeofísicos auxiliaram na extração das grandes estruturas regionais na fase inicial 
da etapa de campo e melhoria da confecção dos mapas geológicos (Figura 5.1). 
Feições do tipo planar dúctil (foliações, dobras) e rúptil (fraturas), e feições 
lineares (lineações de estiramento mineral) foram identificadas, as quais caracterizam três 
eventos deformacionais(D1 e D2) que atuaram sobre as rochas das áreas pesquisadas de 
maneiras distintas. 
Foram considerados como Sn as superfícies planares mais penetrativas 
(bandamento gnáissico) e como lineação principal Ln, estruturas lineares, que representam 
estiramento mineral contidos nos planos de foliação Sn. 
 
5.1. Estruturas Dúcteis 
 
5.1.1. Estruturas Planares - Foliações (Sn) 
 
As estruturas planares de caráter dúctil foram geradas em condições crustais 
profundas, e estão registradas pelas foliações Sn, Sn+1 em decorrência dos eventos 
deformacionais D1 e D2, respectivamente. 
O evento D1 está presente no Complexo Granja e Unidade São Joaquim 
caracterizado principalmente pela foliação Sn reconhecida, sobretudo nos gnaisses 
migmatíticos e granulíticos do embassamento paleoproterozóico, sob a forma de um 
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Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
5. Estrutural 72 
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Utilização das imagens aerogeofísicas (magnetometria), do modelo digital do terreno (SRTM) e fusão das bandas 7,4 e 2 do LANDSAT5 - TM_218_06 (região de Granja/CE,
obtido no dia 12 de Setembro de 2008) como ferramentas que auxiliaram na extração das grandes estruturas regionais na fase inicial da etapa de campo.
Área Vermelha - Morro Vermelho; Área Azul - Dr.Privat; Área Verde - Canto Salgado
5. Estrutural 73 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
bandamento composicional (Fotografias 5.1), constituída pela alternância entre minerais 
máficos (biotitas e anfibólios) e félsicos (quartzo, plagioclásio e feldspato potássico) de 
espessuras variáveis (milimétricas a centimétricas). A foliação Sn apresenta-se com mergulho 
de médio a baixo ângulo para SE. Essa foliação (Sn) presente nos anfibolitos da Unidade 
Gnáissica-Migmatítica também é materializada por meio de um bandamento composicional 
similar a dos gnaisses. Na Unidade São Joaquim a foliação Sn é marcada nos quartzitos pela 
organização paralela e preferencial de minerais planares de muscovita, no caso do quartzito de 
Canto Salgado por hematita e nos filitos pelos planos de xistosidade, sendo determinado pela 
disposição de muscovita e clorita principalmente (Fotografias 5.2). 
 
 
Fotografias 5.1 – Bandamento composicional típico representado pela superfície Sn nos gnaisses da Unidade 
Gnáissica-Migmatítica (a) (Ponto GR-2010.2-06, Coord. UTM-24S: 0300306 E / 9660690 N) e Unidade 
Granulítica (b) (Ponto GR-2011.1-54, Coord. UTM-24S: 0296334 E / 9663254 N). 
 
 
Fotografias 5.2 – (a) Plano de foliação Sn do hematita quartizito (Ponto GR-2010.2-33, Coord. UTM-24S: 
0299566 E / 9659206 N). (b) Planos de xistosidade caracterizados por Sn (Ponto GR-2010.2-14, Coord. UTM-
24S: 0303337 E / 9659254 N). 
 
Devido ao grau elevado de deformação nas rochas paraderivadas da Unidade 
Granulítica e Unidade São Joaquim, não foi possível identificar estruturas correspondentes a 
um acamamento inicial S0. 
b a 
a 
b 
5. Estrutural 74 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
Foram confeccionados estereogramas e diagramas que ilustram bem o 
comportamento das foliações do Complexo Granja e Unidade São Joaquim. Conforme 
exibido nos estereogramas, a superfície Sn apresenta planos que estão dispostos em uma 
direção preferencial NE-SW com intensidade de mergulho variando de 20º a 90º para SE e 
68º para NW (Figura 5.2), caracterizando a atuação de esforços deformacionais e a forte 
verticalização dada pelas zonas de cisalhamento. 
 
 
Figura 5.2 – Digrama de roseta dos planos de foliação Sn (esquerda) e estereograma de contorno (direita) 
referente aos mergulhos do Complexo Granja e Unidade São Joaquim. Observa-se que as direções principais para 
planos de foliação são NE-SW concordando com o trend regional. 
 
 
 
5.1.2. Estruturas Planares - Zonas de Cisalhamento (Sn+1) 
 
O evento D2 é caracterizado por uma marcante foliação milonítica subvertical 
Sn+1, com direção NE-SW, somente observado na área quatro (Fotografias 5.3). Esta foliação 
quando presente caracteriza o desenvolvimento de grandes zonas de cisalhamento durante o 
evento D2, cujos indicadores cinemáticos como feldspatos assimétricos e micro a mesodobras 
indicam um movimento dextral. O maior lineamento estrutural nas áreas de estudo 
corresponde à zona de cisalhamento transcorrente dextral de Granja, de médio ângulo com 
mergulho para SE e direção NE-SW, porem, ocorrem outras zonas de cisalhamento de menor 
expressão, tais como a zona de cisalhamento da Pedraria. 
 
 
5. Estrutural 75 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.1.3. Estruturas Planares - Dobras 
 
As dobras observadas em campo ocorrem em escalas que variam de centimétricas a 
decamétricas (Fotografias 5.4). No evento D1 existem eixos de dobras com orientação 192°Az 
e um caimento de 42° resultantes de uma compressão para noroeste e intensas deformação 
dentro do Complexo Granja (Fotografia 5.4a). As dobras observadas nas áreas de estudo são 
do tipo intrafoliais, verticais simétricas e assimétricas, com eixo inclinado, fechadas e normais 
(Fotografia 5.4d). Também são identificadas na Unidade Gnáissica-Migmatítica dobras 
parasíticas do tipo “S”, “Z” e “M”. As dobras intrafoliais geralmente são submetidas a efeito 
de transposição, onde o seu plano axial é paralelo à foliação Sn (Fotografias 5.4e). Em regiões 
com um intenso metamorfismo dinâmico os dobramentos praticamente inexistem ou não 
apresentam dimensões expressivas. 
 
Fotografias 5.3 – (a) Foliação Sn+1 paralela a Sn 
mostrando um bandamento gnáissico fino e com 
alguns porfiros de quartzo rotacionadosmostrando 
um sentido de cisalhamento dextral. (Ponto 
CPRM-2010.1-151, Coord. UTM-24S: 0295417 E 
/ 9657162 N). (b) Afloramento apresentando uma 
rotação da foliação Sn durante o cisalhamento da 
rocha onde se caracteriza um movimento dextral 
dessa zona de cisalhamento. (Ponto GR-2010.2-26, 
Coord. UTM-24S: 0301038 E / 9658952 N). 
 
 
Sn 
 
Sn+1 
 
Sn+1 
 
a 
b 
5. Estrutural 76 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
 
 
 
 
 
5.1.4. Elementos Lineares – Lineações (Ln / Ln+1) 
 
O evento D1 é caracterizado por uma lineação de estiramento mineral Ln marcada 
por silimanita, cianita, biotita e quartzo com baixo caimento para NE ou SW (Fotografias 
5.5). Essas feições ocorrem no Complexo Granja e Unidade São Joaquim e estão dispostas 
sobre seu plano de foliação Sn. São geradas por processos deformacionais de estiramento em 
caráter dúctil, onde estes minerais por efeito da plasticidade cristalina adquirem uma forma 
alongada. 
Fotografias 5.4 – (a) Dobramento no biotita-
hornblenda gnaisse migmatítico onde se observa ao 
lado (Ponto GR-2010.2-05, Coord. UTM-24S: 
0300460 E / 9660908 N). (b) Bloco diagrama 
esquemático com o sentido e caimento do eixo da 
dobra (192°Az/42°) da figura “a”. (c) Dobra 
decamétrica nas proximidades do contato das Unidades 
Gnáissica-Migmatítica e Granulítica (Ponto GR-
2010.2-38, Coord. UTM-24S: 0302468 E / 9661466 
N). (d) Plano axial de uma dobra simétrica mostrando a 
foliação Sn da rocha (Ponto GR-2010.2-08, Coord. 
UTM: 0299734 E/9659832N. (e) Dobras transpostas 
dentro da Unidade Gnáissica-Migmatítica com seus 
planos axiais paralelo à foliação Sn (Ponto GR-2010.2-
38, Coord. UTM-24S: 0302468 E / 9661466 N). 
 
 
a b 
c 
d e 
5. Estrutural 77 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
 
Fotografias 5.5 – (a) e (b) Planos de foliação Sn onde se observa a lineação Ln com certa intensidade de 
mergulho e carater penetrativo. Ponto GR-2011.1-50, figura (a), Coord. UTM-24S: 0295603 E / 9666562 N e 
ponto GR-2011.1-90, figura (b), Coord. UTM: 0295197 E / 9666662 N). 
 
 
 
Conforme o estereograma (Figura 5.3) as concentrações das lineações de 
estiramento mineral encontram-se com caimento médio em torno de nove graus para sudeste e 
oito graus para sudoeste. 
Durante o evento D2 ocorre uma lineação de estiramento mineral Ln+1 definida por 
quartzo, anfibólio e biotita com direção 66°Az e caimento de 12°. Provavelmente, no decorrer 
de D2 grande parte da lineação mineral de estiramento Ln tenha sido reorientada ou apagada 
pelos movimentos tectônicos transcorrentes dextrais de direção NE-SW. 
 
 
Figura 5.3 – Estereograma com medidas de lineação sempre apresentando baixo ângulo e mergulhando ora para 
NE ora para SW. 
 
a b 
5. Estrutural 78 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
Fotografia 5.6 – Fraturamento cortando perpendicular a foliação Sn na Unidade Granulítica (Ponto GR-2011.1-
94, Coord. UTM-24S: 0296415 E / 9662158 N). 
Todas as rochas analisadas do Complexo Granja foram intensamente afetadas por 
deformação policíclica e polifásica, associada ao ciclo Brasiliano, tornando-se, por isso, 
extremamente difícil identificar as estruturas geradas nos eventos tectônicos mais antigos 
(ciclo Riaciano). 
Os Eventos D1 e D2 são os principais encontrados nas áreas de estudo e sugerem 
uma história evolutiva para as áreas de um regime tectônico transpressivo NE-SW (Figura 
5.4). Regime esse que teria apagado quase na totalidade os registros de eventos anteriores, 
neste sentido, Nogueira Neto (2000), se reporta a algumas poucas lineações de estiramento 
com baixo ângulo de caimento para SE (down dip), presentes nos silimanita-granada-biotita 
gnaisses, as quais poderiam representar relíquias desta fase deformacional pretérita. 
 
5.2. Estruturas Rúpteis 
 
5.2.1. Estruturas Planares - Fraturas 
 
As fraturas refletem uma tectônica de cunho rúptil em condições crustais 
superficiais posteriores aos eventos deformacionais dúcteis que ocorreram na região 
(Fotografia 5.6). Estas estruturas estão presentes nos gnaisses do Complexo Granja, por meio 
de juntas e veios preenchidos por epidoto ou material quartzo-feldspático. Estas estruturas 
apresentam espessuras e dimensões variáveis (milimétricas a decimétrica). 
O fraturamento do Complexo Granja e Unidade São Joaquim exibe direções 
preferenciais N45,5°E com mergulhos verticais a subverticais e em menor quantidade 
direções N45,5°W com mergulhos verticais (Fotografias 5.7 e Figura 5.5). Este par de fraturas 
denota um esforço compressional (1) com direção N-S. 
 
 
 
 
 
Figuras 5.4 - (a) (b)Bloco geológico esquemático (seção NW-SE) mostrando a estruturação da estratigrafia das áreas de pesquisa. Estereogramas com isofrequência de contagem
do mergulho das foliações Sn do Complexo Granja (Unidade Gnáissica-Migmatítica e Unidade Granulítica) e Unidade São Joaquim.
ZCG
0
3
Km6
Lower hemisphere - Unidade Gnáissico Migmatítico
N=36 K=100.00 Sigma=1.000 Peak=10.79
2.8 %
5.6 %
8.3 %
11.1 %
13.9 %
16.7 %
19.4 %
22.2 %
25.0 %
27.8 %
30.6 %
Lower hemisphere - Unidade Granulítica
N=50 K=100.00 Sigma=1.000 Peak=12.74
4.0 %
8.0 %
12.0 %
16.0 %
20.0 %
24.0 %
Lower hemisphere - Unidade São Joaquim
N=6 K=100.00 Sigma=1.000 Peak=1.75
16.7 %
33.3 %
+
V
VV
+
+ +
+ +
+
+
+
+
+ + +
+
+
+ +
+
+
+
+
+
+
+
Aroeira
Ca
nt
o 
Sa
lg
ad
o
+
Sa
lga
do
 d
a P
ed
ra
M
or
ro
 V
er
m
elh
o
Ln
 + 
1
Ln
 + 
1
Ln
 + 
1
Ln
 + 
1
N 50° E
S 230° W
N
PPgg
PPg
+
+
v
v
Unidade Gnáissica-Migmatítica
Unidade Granulítica
Subunidade Gnáissica
Enderbitica e Máfica
Unidade São Joaquim
Localidade
LEGENDA
ESTEREOGRAMAS DE CONTORNO REFERENTE AOS MERGULHOS DO COMPLEXO GRANJA E UNIDADE SÃO JOAQUIM
Unidade São JoaquimUnidade Granulítica Unidade Gnáissica-Migmatítica
b)
a)
BLOCO GEOLÓGICO ESQUEMÁTICO - NW - SE
P
raxedes, I. F
. (2011) - M
onografia de G
raduação (D
E
G
E
O
/U
F
C
)
a
.
5
.E
stru
tu
ral
7
9
5. Estrutural 80 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
Fotografias 5.7 – (a) Unidade Granulítica alterada principalmente na zona de fraturamento (duas direções 
preferenciais) (Ponto GR-2011.1-79, Coord. UTM-24S: 0295105 E / 9666886 N). (b) Afloramento de um filito 
de coloração cinza do Grupo Martinópole bastante fraturado com dimensões e espessuras variadas. Apresentam 
três direções preferenciais sendo as mais importantes: “1” (305°Az/72°) e a “2” (50°Az /25°) (Ponto GR-2010.2 
-14, Coord. UTM-24S: 0303337 E / 9659254 N). 
 
 
Figura 5.5 – Estereograma mostrando o comportamento do fraturamento das rochas pré-cambreanas. Os planos 
azuis e pretos são os representativos do fraturamento vertical e os planos vermelhos são os que apresentam um 
mergulho moderado. 
 
 
b a 
6. Metamorfismo 81 
___________________________________________________________________________Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
6. METAMORFISMO 
 
A caracterização petrográfica das associações minerais e respectivas relações 
texturais, mais as observações feitas em campo, permitiram estimar as condições de 
metamorfismo a que foram submetidos os litotipos analisados e os seus possíveis protólitos. 
As associações minerais encontradas nos diversos litotipos evidenciam 
metamorfismo regional variando desde o fácies xisto-verde ao fácies granulito com presença 
de retrometamorfismo conforme mencionado no capítulo anterior (Capítulo 4). As unidades 
submetidas aos processos metamórficos reconhecidas nas áreas de estudo correspondem a: 
Complexo Granja (Embasamento Paleoproterozóico) e a Sequência Supracrustal Martinópole 
(Unidade São Joaquim). 
 
6.1. Complexo Granja 
 
O Complexo Granja será dividido em relação de condições metamórficas pelos 
seguintes litotipos: Unidade Gnáissica-Migmatítica (hornblenda-biotita gnaisse, gnaisse 
milonítico e anfibolito), Unidade Granulítica (silimanita-cianita-granada-biotita gnaisse com 
rutilo, silimanita-granada-biotita gnaisse, granada-biotita gnaisse, gnaisse enderbítico e 
granulito máfico). 
 
6.1.1. Unidade Gnáissica-Migmatítica 
 
O metamorfismo presente nesta unidade esta representado no hornblenda-biotita 
gnaisse, gnaisse milonítico e anfibolito. 
A associação mineral presente no hornblenda-biotita gnaisse correspondem a: 
 
Quartzo (Qtz) + Plagioclásio (Pl) + Biotita (Bt) + Hornblenda (Hbl) ± Feldspato Potássico 
(Kf) ± Granada (Grt) ± Apatita (Apt) ± Muscovita (Ms) 
 
Através desta associação mineral, é sugerido um grau médio a alto para essas 
rochas, pois apresentam-se migmatizadas, e conforme Winkler (1977) os migmatitos são 
rochas que ocorrem em ambientes de elevadas temperaturas e são bons indicadores de 
metamorfismo de grau médio a alto. 
6. Metamorfismo 82 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
Assim, a associação mineral presente sugere que o metamorfismo atingiu uma 
zona Hbl + Pl (An). Segundo Nogueira Neto (2000), durante o metamorfismo progressivo, as 
principais reações de aparecimento do par Hbl + Pl (fácies anfibolito), podem ser expressas 
por: 
 
Clorita + Zoisita + Quartzo = Hornblenda + Anortita + H2O [1] 
Clorita + Tremolita + Zoisita + Quartzo = Hornblenda [2] 
Albita + Tremolita = Hornblenda + Quartzo [3] 
 
Como essas rochas estão migmatizadas, é possível indicar condições do fácies 
anfibolito médio a alto, que com o aumento da temperatura iniciou um processo de anatexia. 
A associação mineral presente nos anfibolitos correspondem a: 
 
Hornblenda (Hbl) + Plagioclásio (Pl) + Quartzo (Qtz) 
 
Correlacionando o metamorfismo dos anfibolitos com um metamorfismo 
barroviano, estes se encontrariam na zona da silimanita, caracterizados por rochas dominadas 
por hornblenda verde a verde-amarronzada, plagioclásio intermediário e o desaparecimento 
do epidoto. 
Yardley (2004) já propõe uma reação de surgimento do par Hbl + Pl expressa por: 
 
Quartzo + Biotita + Muscovita → Plagioclásio + Feldspato Potássico + Hornblenda [4] 
 
Portanto a presença de Hbl + Pl nas reações acima, indicam estabilidades destas 
fases minerais em condições metamórficas no fácies anfibolito médio. 
Ainda segundo Yardley (2004), essas associações estariam inserida em condições 
metamórfica de médio grau, com temperaturas entre 520° a 680°C e pressão variando de 3 a 7 
kbar, em fácies anfibolito. 
Análises petrográficas dos ortognaisses miloníticos, evidenciou uma provável 
existência de um processo retrógado pela seguinte observaçãos: quartzo recristalizado em 
subgrãos. A associação mineral encontrada nesses gnaisses miloníticos é constituída por: 
 
Quartzo (Qtz) + Plagioclásio (Pl) + Hornblenda (Hbl) ± Titanita (Ti) ± Epidoto (Ep) 
6. Metamorfismo 83 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
Esse evento metamórfico está correlacionado com o evento transcorrente D3, que 
é o evento mais importante na região segundo alguns autores, sugerindo que tais milonitos 
foram formados a partir da atuação de um metamorfismo predominantemente dinâmico sobre 
os gnaisses-migmatíticos do Complexo Granja. 
Assim, a associação mineral presente sugere mesmas condições metamórficas que 
os hornblenda-biotita gnaisses, apresentando somente uma textura diferenciada (milonítica), 
efeito da recristalização dinâmica provocada pelo metamorfismo dínamo-termal junto às 
zonas de cisalhamento. 
Dados termométricos nos gnaisses e anfibolitos da Unidade Gnáissica-
Migmatítica obtidos por Nogueira Neto (2000) mostram valores superiores a que sugere 
Yardley (2004) para este tipo de associações minerais, posicionando esta unidade acima das 
condições metamórficas de médio grau (temperaturas entre 628° a 730°C). 
Levando em consideração a composição mineralógica e o ambiente tectônico ao 
qual tal unidade está associada conclui-se que a Unidade Gnáissica-Migmatítica foi formada a 
partir de um metamorfismo que atingiu o fácies anfibolito médio a alto em rochas graníticas 
paleoprotezóicas de composição TTG em ambiente de arco de ilha (hornblenda-biotita 
gnaisses) e rochas ígneas básicas, como o basalto (anfibolito). 
 
6.1.2. Unidade Granulítica 
 
O metamorfismo presente nesta unidade esta representado no silimanita-cianita-
granada-biotita gnaisse com rutilo, silimanita-granada-biotita gnaisse, granada-biotita gnaisse, 
gnaisse enderbítico e granulito máfico. 
A associação mineral presente no silimanita-cianita-granada-biotita gnaisse 
correspondem a: 
 
Quartzo (Qtz) + Biotita (Bt) + Granada (Grt) + Cianita (Ky) + Silimanita (Sil) 
+ Plagioclásio (Pl) ± Rutilo (Rtl) ± Apatita (Apt) 
 
A associação mineral presente no silimanita-granada-biotita gnaisse 
correspondem a: 
 
Quartzo (Qtz) + Biotita (Bt) + Granada (Grt) + Silimanita (Sil) 
+ Plagioclásio (Pl) ± Apatita (Apt) 
6. Metamorfismo 84 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
A associação mineral presente no granada-biotita gnaisse correspondem a: 
 
Quartzo (Qtz) + Plagioclásio (Pl) + Biotita (Bt) + Granada (Grt) ± Muscovita (Ms) 
 
A análise do metamorfismo destas associações minerais sugere condições de 
pressão e temperatura em zonas da cianita, silimanita e granada, respectivamente, 
caracterizando um zoneamento metamórfico. 
O metamorfismo desse contexto paraderivado é granulitico, apesar de uma 
associação mineral não muito característica. Como características desse metamorfismo 
granulitico nestas rochas pode-se citar: 
 
 Silimanita prismática bem desenvolvida que é em geral restrita ao fácies 
granulito (ver Fotomicrografia 4.12); 
 Natureza da fase de óxido de titanio presente (ver Fotomicrografia 4.9), 
funcionando como um indicador adicional de pressão para metassedimentos dessa 
composição na zona da cianita. A curva de equilíbrio para 
 
Almandina + Rutilio = Ilmenita + Cianita + Quartzo [5] 
 
situa-se no interior do campo de estabilidade da cianita (BOHLEN et. al., 1983a); 
 Encontram-se intercaladas num contexto de rochas básicas metamorfizadas no 
fácies granulítico (ver itens 6.1.2.1 e 6.1.2.2). 
 
Para a formação das assembléias minerais observadas no silimanita-cianita-
granada-biotita gnaisse com rutilo,silimanita-granada-biotita gnaisse, granada-biotita gnaisse, 
sugere as seguintes observações: 
 
1. Uma quebra respectiva da muscovita e biotita, originando fusões com fase 
vapor ausentes (LE BRETON & THOMPSON, 1988) através da reação: 
 
Biotita + Silimanita + Plagioclásio + Quartzo = Granada + Feldspato Potássico + Fusão [6] 
 
6. Metamorfismo 85 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
2. Reações de transferência em rede (BOHLEN et al., 1983b; ANOVITZ & 
ESSENE, 1987; McKENNA & HODGES, 1988) 
 
Granada + Rutilo = Ilmenita + Silimanita + Quartzo [7] 
Granada + Rutilo = Plagioclásio + Ilmenita + Quartzo [8] 
Anortita = Granada + Silimanita + Quartzo [9] 
 
Levando em consideração a composição mineralógica e o ambiente tectônico ao 
qual tal unidade está associada conclui-se que a Unidade Granulítica foi formada a partir de 
um metamorfismo que atingiu o fácies granulito em sedimentos ricos em fração argila, mas 
com contribuição de fração arcosiana ou grauvaquiana derivada de fonte ígnea rica em 
plagioclásio. 
 
6.1.2.1. Gnaisse Enderbítico 
 
As análises petrográficas do Complexo Granja evidenciaram uma provável 
existência de um processo retrógado pela seguinte observação: aparecimento de gnaisse 
enderbítico, que provavelmente é de origem retrogressiva, em consequência do posterior 
retrabalhamento e infiltração de fluídos. A associação mineral encontrada nestes enderbitos é 
constituída por: 
 
Quartzo (Qtz) + Plagioclásio (Pl) + Hornblenda (Hbl) + Granada (Grt) + Hiperstênio (Opx) 
+ Diopsídio (Cpx) ± Biotita (Bt) 
 
As reações que provavelmente contribuíram na formação da assembléia mineral 
acima estão expressas a seguir: 
 
Granada (Grt) + Quartzo (Qtz) = Hiperstênio (Opx) + Plagioclásio (Pl) [10] 
Granada (Grt) + Diopsídio (Cpx) + Quartzo (Qtz) = Hiperstênio (Opx) + Plagioclásio (Pl)[11] 
 
Segundo Nogueira Neto (2000), as reações [10] e [11] propiciam o surgimento de 
texturas reacionais envolvendo Opx - Cpx e Grt. 
6. Metamorfismo 86 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
Ainda segundo Nogueira Neto (2000), a presença de biotita e hornblenda, por sua 
vez, representam uma fase hidratada subordinada, indicando em grande parte condições 
retromórficas, cujo aparecimento se deve a reações como: 
 
Hiperstênio (Opx) + Plagioclásio (Pl) + Feldspato Potássico (Kf) + H2O = 
Hornblenda (Hbl) + Biotita (Bt) + Quartzo (Qtz) [12] 
 
Granada (Grt) + Hiperstênio (Opx) + Diopsídio (Cpx) + Plagioclásio (Pl) + H2O = 
Hornblenda (Hbl) + Quartzo (Qtz) [13] 
 
6.1.2.2. Granulito Máfico 
 
O granulitos máfico apresenta a seguinte associação mineral: 
 
Hiperstênio (Opx) + Diopsídio (Cpx) + Plagioclásio (Pl) ± Hornblenda (Hbl) 
± Granada (Grt) ± Biotita (Bt) ± Quartzo (Qtz) 
 
Esta associação é muito similar ao dos gnaisses enderbíticos e ambas são típicas 
do fácies granulito. Estas rochas metabásicas de alto grau metamórfico exibem contexto 
intrusivo no silimanita-granada-biotita gnaisse, inferindo assim condições metamórficas 
similares para toda a Unidade Granulítica. 
Segundo Yardley (2004) o clinopiroxênio (diopsídio augita) e ortopiroxênio 
(tipicamente um hiperstênio pleocróico) podem se desenvolver-se em temperaturas muito 
altas e são característicos do fácies granulito. 
O fácies granulito abrange um amplo intervalo de pressões do metamorfismo de 
alta temperatura. Com base em assembléias de metabasitos, Green e Ringwood (1967) 
propuseram uma divisão tríplice do fácies granulito. Analisando esta divisão caracterizou-se o 
granulíto máfico da Unidade Granulítica como um granulito de pressão média, dada pela 
associação granada + clinopiroxênio + ortopiroxênio + plagioclásio, usualmente, a hornblenda 
também está presente. O quartzo é um acessório possível, mas normalmente não coexiste com 
granada e clinopiroxênio. 
6. Metamorfismo 87 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
Segundo Yardley (2004) associações de granulitos de pressão média podem ser 
relacionadas por equações como as seguintes: 
 
4MFSiO3 + CaAl2Si2O8 = MF3AI2Si3O12 + CaMFSi2O6 + SiO2 [18] 
Ortopiroxênio Plagioclásio Granada Clinopiroxênio Quartzo 
 
2MFSiO3 + CaAl2Si2O8 = CaMF2Al2Si3O12 + SiO2 [19] 
Ortopiroxênio Plagioclásio Granada Quartzo 
 
Em ambos os casos, “MF” representa Mg
2+
 + Fe
2+
. Outro fator importante é que a 
granada é indicativa de pressão média a alta e está ausente dos metabasitos metamorfisados 
sob condições de pressão baixa. 
Não pode haver dúvida de que os granulitos básicos são formados nos graus mais 
elevados de metamorfismo, em que as temperaturas excedem as das zonas barroviana, 
caracterizando uma desidratação de anfibólio para piroxênio e, concomitantemente, os 
metassedimentos usualmente sofrem fusão parcial (YARDLEY, 2004). 
Segundo Yardley (2004), a maioria das estimativas a respeito das condições em 
que se formam os granulitos é baseada na extensão das soluções solidas e na troca catiônica 
entre as granadas, ortopiroxênios e clinopiroxênios coexistentes, utilizando os mesmos 
geotermômetros e geobarômetros aplicados aos ortopiroxênio em eclogitos. Uma vez que as 
calibrações desses geotermômetros e geobarômetros variaram ao longo dos anos, de novos 
estudos experimentais ou de novos cálculos termodinâmicos, assim sendo necessário um 
cuidado considerável na comparação de resultados obtidos em diferentes épocas ou em 
diferentes laboratórios (YARDLEY, 2004). Apesar dessa incerteza, parece claro que os 
granulitos básicos são formados em um intervalo de temperatura pelo menos entre 700°C e 
850 °C e de pressões entre 7 e 10 kbar. 
Levando em consideração a composição mineralógica e o ambiente tectônico 
observa-se que os gnaisses enderbíticos foram formados a partir de um metamorfismo que 
atingiu o fácies granulito (pressão média) em rochas ígneas intermediárias a ácidas (dacitos) e 
os granulitos máficos foram formados a partir do mesmo evento metamórfico, mesmas 
condições de P e T, em rochas ígneas básicas (basaltos), diferenciando assim dos anfibolitos 
da Unidade Gnáissica-Migmatítica apenas pelas condições de P e T sofridas durante 
metamorfismo. 
 
6. Metamorfismo 88 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
6.2. Unidade São Joaquim 
 
Nas amostras coletadas referente à Unidade São Joaquim, para as análises 
petrográficas, não foram encontrados minerais-índices de alto grau metamórfico como cianita, 
silimanita e estaurolita. As paragêneses encontradas para o quartzito são: 
 
Quartzo (Qtz) + Muscovita (Ms) no quartzito Aroeira 
Quartzo (Qtz) + Muscovita (Ms) + Hematita (Hem) no quartzito Canto Salgado 
 
Levando em consideração a sua composição mineralógica e o ambiente tectônico 
ao qual tal unidade está associada conclui-se que esta foi formada a partir de um 
metamorfismo queatingiu o fácies xisto-verde em rochas sedimentares areníticas quartzosos 
impuros (muscovita quartzito) e em camadas de arenitos ferríferos (red bed) formando os 
hematita quartzitos, até o fácies xisto-verde zona do anfibólio em rochas sedimentares 
carbonáticas impuras, gerando as calcissilicáticas na base da Unidade São Joaquim. 
Em consequência do conceito e uso do termo grau metamórfico, se dividiu a área 
de estudo em diferentes zonas, que se encontram delimitadas por isógradas. Esses limites 
separam rochas recristalizadas numa faixa de iguais condições de temperatura e pressão, com 
características mineralógicas comuns. 
Após implantação em mapa integrado, dos pontos de análises petrográficas 
evidenciando os minerais críticos de metamorfismo, foi possível dividir a área de estudo em 7 
(sete) zonas caracterizadas por estarem dentro de uma faixa limitante de temperatura e pressão 
(Figura 6.1). Estas zonas caracterizam um zoneamento metamórfico que seguiu certa 
trajetória P-T (Figura 6.2 e 6.3) e mostram uma evolução de altas temperaturas (> 600°C) e 
pressões médias (entre 5kbar e 10kbar) para o Complexo Granja. 
 
6. Metamorfismo 89 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
 
Figura 6.1 – Mapa de zoneamento metamórfico das rochas estudas nas áreas de pesquisa. 
 
6. Metamorfismo 90 
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7. Evolução Geológica 91 
___________________________________________________________________________ 
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7. EVOLUÇÃO GEOLÓGICA 
 
A evolução geológica Pré-Cambriana da área de estudo está diretamente 
relacionada à evolução policíclica do DMC. Os resultados obtidos a partir dos dados 
levantados em campo e em laboratório possibilitaram a associação das rochas estudas aos 
eventos ocorridos do início do Paleoproterozóico ao final do Neoproterozóico. Tal evolução 
pode ser sumarizada em cinco eventos principais, a saber: 
 
i. Vulcanismo básico (basaltos) com tendência toleítica, vulcanismo intermediário a 
ácido (dacitos) com afinidade cálcio-alcalina, intenso plutonismo gerando 
tonalitos, trondhjemitos e granodioritos (ambiente de arco de ilha) e sedimentação 
ricas em fração argila, com contribuição de fração arcoseana ou grauvaquiana. 
Dados Sm-Nd obtidos por Nogueira Neto et. al. (Inédito), mostram TDM entre 
2520 e 2430 M.a. para o hornblenda-biotita gnaisse e gnaisse milonítico, e TDM 
entre 2470 e 2430 M.a. para o silimanita-granada-biotita gnaisse e granada-biotita 
gnaisse, sugerindo que este evento ocorreu no início do Paleoproterozóico; 
ii. Dados U-Pb e Pb-Pb obtidos por Fetter (1999) e Nogueira Neto (2000) mostram 
resultados entre 2287 ± 2 e 2032 ± 46 M.a. para o Complexo Granja, sugerindo 
que no âmbito do ciclo Riaciano (2,2 – 2,0 Ga) este pacote de rochas ígneas e 
sedimentos sofreram um forte evento tectôno-metamórfico gerando o Complexo 
Granja (ortognaisse cinza e anfibolito da Unidade Gnáissica-Migmatítica, e 
paragnaisses diatexiticos (kinzigitos), gnaisse enderbítico e granulito máfico da 
Unidade Granulítica,). Este evento atingiu condições metamórficas de alto grau 
(fácies anfibolito alto e granulito; 
iii. Durante o Toniano houve um período de extensão crustal onde ocorreu a 
deposição de sedimentos siliciclásticos (incluindo sedimentos ricos em ferro – red 
beds) e carbonáticos impuros em ambiente plataformal, correspondendo as 
margens passivas Tonianas (plataforma pré-brasiliana); 
iv. Um segundo evento tectôno-metamorfico de caráter colisional (orogênese) 
ocorreu durante o Neoproterozóico sendo reconhecido como Ciclo Brasiliano ou 
Pan-Africano/Brasiliano (650 – 570 M.a.). Este envolveu colagens continentais 
culminando com a aglutinação dos vários fragmentos do Rodínia e formação de 
Gondwana. Em virtude desta colisão oblíqua Brasiliana/Pan Africana, há a 
7. Evolução Geológica 92 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
geração do evento D1, caracterizado por Sn, onde existiu um metamorfismo de 
médio a alto grau (fácies xisto-verde a granulito) que afetou as rochas do 
Complexo Granja e gerou o quartzito, filito e calciossilicática da Unidade São 
Joaquim, formando a disposição tectônica “atual” deste contexto nas áreas de 
estudo; 
v. Com a evolução desta orogênese brasiliana ocorreu o desenvolvimento do evento 
D2, caracterizado por Sn+1, que gerou um metamorfismo dinâmico atingindo o 
fácies anfibolito. A geração deste evento é observada em uma faixa milonítica 
composta por quatro zonas de cisalhamento transcorrentes dextrais na área quatro 
(gnaisse milonítico da Subunidade Milonítica do Complexo Granja). 
 
Partindo de todo o contexto analisado a figura 7.1 sintetiza toda a história 
evolutiva Pré-Cambriana sugerida para a área de estudo. 
A respeito da história evolutiva recente da área de estudo, vale ainda ressaltar: 
 
i. Vulcanismo ácido formando o riolito da Suíte Magmática Ceará-Mirim; 
ii. Uma sedimentação continental clástica com fragmentos detríticos de rochas e/ou 
minerais pré-existentes, provenientes do intemperismo e erosão de rochas pré-
existentes; 
iii. Processos de diagênese e litificação destes sedimentos para a formação dos 
arenitos e conglomerados do Grupo Barreiras; 
iv. A atuação de processos de alteração superficial durante o Terciário, responsável 
pela formação das lateritas ferruginosas associadas aos conglomerados 
cimentados por óxido de ferro e quartzito ferrífero da Unidade São Joaquim; 
v. Deposição dos sedimentos colúvio-eluvionares e aluviais associados às principais 
drenagens que cruzam a área de estudo e ao Rio Coreaú. 
 
 
 
 
7. Evolução Geológica 93 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
 
8. Considerações Finais 94 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com a elaboração do presente texto, a partir dos trabalhos de pesquisa e de campo 
no município de Granja no Estado do Ceará, afirma-se que a integração entre os 
conhecimentos adquiridos de petrologia sedimentar, ígnea, metamórfica e estratigrafia foi 
uma importante consequência para a execução do presente relatório. 
As litologias observadas em campo são parte integrante do Complexo Granja 
(Unidade Gnáissica-Migmatítica, composta por hornblenda-biotita gnaisse migmatítico, 
anfibolito e milonito, e Unidade Granulítica, composta por silimanita-cianita-granada-biotita 
gnaisse, silimanita-granada-biotita gnaisse, granada-biotita gnaisse, gnaisse enderbítico e 
granulito máfico), Unidade São Joaquim (muscovita quartzito, hematita quartzito, 
calcissilicática e filito), Suíte Magmática Ceará-Mirim (Riolito), GrupoBarreiras (arenito, 
conglomerado e depósitos detrítico-lateríticos), Coberturas Colúvio-Eluvionares e Depósitos 
Aluviais. 
Todas as unidades Pré-Cambrianas apresentam um trend principal NE-SW com 
mergulhos moderados a altos para SE. Estas apresentam estruturas dúcteis, registrando 
foliações Sn e Sn+1 em decorrência dos eventos deformacionais D1 e D2, respectivamente, e 
rúpteis (fraturas). O Eveno D2 é responsável por uma marcante foliação milonítica 
subvertical, caracterizando o desenvolvimento de extensas zonas de cisalhamento (zona de 
cisalhamento transcorrente dextral de Granja e zona de cisalhamento transcorrente dextral da 
Pedraria). 
Levando em consideração as análises petrográficas e eventos metamórficos, 
observou-se que o Complexo Granja é formado a partir de um metamorfismo que atingiu o 
fácies anfibolito médio ao fácies granulito, em rochas graníticas, rochas ígneas básicas e 
ácidas, e sedimentos ricos em fração argila, com contribuição de fração arcoseana ou 
grauvaquiana. Todo esse metamorfismo está bem marcado no complexo e apresentando um 
zoneamento metamórfico de maiores pressões e temperaturas (setor NW) para menores 
pressões e temperaturas (setor SE). 
Finalizando, coloca-se a sugestão da expansão do trabalho para regiões a W e SW 
das áreas de pesquisa (localidades de Laranjeira, Mocozal e Jabiti), objetivando um melhor 
detalhamento e comprovação do zoneamento metamórfico observado no Complexo Granja e 
contato entre as Unidades Gnáissica-Migmatítica e Unidade Granulítica. Nas localidades de 
Aratanhim, Pitombeiras e Riacho Fundo (setor E das áreas de pesquisa) este complexo fica 
sob o Grupo Barreiras, impossibilitando esse estudo. 
9. Referências 95 
___________________________________________________________________________ 
Praxedes, I. F. (2011) - Monografia de Graduação (DEGEO/UFC) 
9. REFERÊNCIAS 
 
 
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9. Referências 96 
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Fuck, 2ª ed. revista – Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2004. 432p. 
 
 
 
APÊNDICES 
 
 MAPA DE PONTOS DAS LOCALIDADES DE MORRO VERMELHO, DR. PRIVAT E 
CANTO SALGADO A NNE DO MUNICÍPIO DE GRANJA/CE - FOLHA GRANJA, 
escala 1:50.000; 
 
 
 MAPA GEOLÓGICO DAS LOCALIDADES DE MORRO VERMELHO, Dr. PRIVAT E 
CANTO SALGADO A NNE DO MUNICÍPIO DE GRANJA/CE - FOLHA GRANJA, 
escala 1:50.000; 
 
 
 MAPA GEOLÓGICO DAS LOCALIDADES DE MORRO VERMELHO E 
SEISCENTOS, A N DO MUNICÍPIO DE GRANJA/CE - FOLHA GRANJA, escala 
1:10.000; 
 
 
 MAPA GEOLÓGICO DAS LOCALIDADES DE Dr. PRIVAT E SALGADO DA 
PEDRA A N DO MUNICÍPIO DE GRANJA/CE - FOLHA GRANJA, escala 1:10.000; 
 
 
 MAPA GEOLÓGICO DAS LOCALIDADES DE CANTO SALGADO, PEDRA PRETA 
E AROEIRA A NE DO MUNICÍPIO DE GRANJA/CE - FOLHA GRANJA, escala 
1:25.000; 
 
 
 TABELA DE COORDENADAS DOS AFLORAMENTOS ESTUDADOS. 
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120
60
60
60
60
60
60
60
120
TORRÃO
Futuro
Mororó
AROEIRA
Quatorze
Oiticica
ARATANHIM
CACHOEIRA
PAU BRANCO
Carrapicho
Dr. Privat
PEDRA PRETA
CÂNDIDO SILVA
Faz. São José
CANTO SAlGADO
MORRO VERMELHO
Faz. São Geraldo
SALGADO DAS PEDRAS
294000
294000
296000
296000
298000
298000
300000
300000
302000
3020009
65
80
00
96
58
00
0
96
60
00
0
96
60
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96
62
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96
62
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96
64
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0
96
64
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0
96
66
00
0
96
66
00
0
96
68
00
0
96
68
00
0
Orientador:
Dr. José de Araújo Nogueira Neto
Co-orientador:
Dr. Christiano Magini
Autor:
Igor Fernandes Praxedes
Disciplina:
Relatório de Graduação
(Monografia) - Julho de 2011
MAPA DE PONTOS DAS LOCALIDADES DE MORRO
VERMELHO, Dr. PRIVAT E CANTO SALGADO A
NORTE DO MUNICÍPIO DE GRANJA/CE - FOLHA
U NIVERSIDADE
F CEDERAL EARÁDO
DEPARTAMENTO
DE GEOLOGIA0 2 4 61
Km
ESCALA 1:50.000
µ
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR
Origem da quilometragem UTM: equador e Meridiano Central 39° W Gr.
acrescidas as constantes: 10.000Km e 500Km, respectivamente.
Datum horizontal: WGS84
Declinação magnética do centro da folha 23° 59' W
2008
LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS DE PESQUISA
NA FOLHA GRANJA
Granja
Martinópole
Moraújo
Parazinho
Uruóca
Salão
Paula Pessoa
Tabainha
Campanario
40°30'W
40°30'W
41°W 40°40'W
40°40'W
40°50'W
40°50'W
3°S
3°1
0'S
3°1
0'S
3°2
0'S
3°2
0'S
ARTICULAÇÃO DA FOLHA
Granja
SA.24-Y-C-III
Bela Cruz
SA.24-Y-D-I
Chaval
SA.24-Y-C-II
Viçosa do
 Ceará
SA.24-Y-C-V
Frecheirinha
SA.24-Y-C-VI
Sobral
SA.24-Y-D-IV
Bitupitá
SA.24-Y-A-V
Camocim
SA.24-Y-A-VI
Acaraú
SA.24-Y-B-IV
41°00' 40°30' 40°00'41°30'
41°00' 40°30' 40°00'41°30'
3°30'
4°00'
2°30'
3°00'
3°30'
4°00'
2°30'
3°00'
LEGENDA
Filito
Granulíto Máfico
Caminho
[ [ Cerca
Estrada pavimentada
Estrada s/pavimentação
Curso de água intermitente
Curso de água perene
Convenções Cartográficas
Área sujeita a inundação
Massa de água
Piscina de carcinicultura
Curva de nível
Convenções Geológicas
Anfibolito
# Blocos de riolito em meio
à sedimentos quaternários
Calciossilicática
Sedimento aluvionar
Sedimento colúvio-elúviar
Gnaisse enderbítico
ÐÏ!! Casa de energia (COELCE)
+
® Cemitério
n Escola
" Localidade
" Propriedade rural
Arenito
Conglomerado
Nódulos lateríticos
Quartzito
Gnaisse milonítico
Hornblenda-biotita gnaisse
com ou sem granada
Silimanita-cianita-granada-
biotitagnaisse com grafita
Sllimanita-granada-biotita
gnaisse
Granada-biotita gnaisse Área Dr. Privat (Área três)
Área Canto Salgado (Área quatro)
Área Morro Vermelho (Área dois)
Área "Geral" (Área um)
CONTEXTO GEOLÓGICO E EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DO COMPLEXO GRANJA
(LOCALIDADES DE CANTO SALGADO, Dr. PRIVAT E MORRO VERMELHO)
Granja
Martinópole
Moraújo
Parazinho
Uruóca
Salão
Paula Pessoa
Tabainha
Campanario
Granja
SA.24-Y-C-III
294000
294000
296000
296000
298000
298000
300000
300000
302000
30200096
58
00
0
96
58
00
0
96
60
00
0
96
60
00
0
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62
00
0
96
62
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64
00
0
96
64
00
0
96
66
00
0
96
66
00
0
96
68
00
0
96
68
00
0
IMAGEM DA AMPLITUDE DO SINAL ANALÍTICO (ASA).
NOTAR A PRESENÇA MARCANTE DE ALTOS MAGNÉTICOS
Estratigrafia
 Fe ro
Perfil Mapa
Depósitos Aluvias:
Unidade São Joaquim:
Unidade Granulítica:
Unidade Gnáissica-Migmatítica:
Subunidade Anfibolítica
Subunidade
Milonítica
96
58
00
0
96
58
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00
0
96
68
00
0
FUSÃO MDT 30m X LITOLOGIA
ESCALA 1:50.000µ
Convenções Geológicas
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296000
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298000
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300000
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302000
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0
96
68
00
0
96
68
00
0
A
A'
Orientador:
Co-orientador:
Autor:
Disciplina:
MAPA GEOLÓGICO DAS LOCALIDADES DE MORRO
VERMELHO, Dr. PRIVAT E CANTO SALGADO A NORTE
DO MUNICÍPIO DE GRANJA/CE - FOLHA GRANJA.
U NIVERSIDADE
F CEDERAL EARÁDO
DEPARTAMENTO
DE GEOLOGIA
CONTEXTO GEOLÓGICO E EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DO COMPLEXO GRANJA
(LOCALIDADES DE CANTO SALGADO, Dr. PRIVAT E MORRO VERMELHO)
!O
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Grupo Barreiras:
Subunidade Gnáissica Enderbitica e Máfica:
LEGENDA
±
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Convenções Cartográficas
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Granja
Martinópole
Moraújo
Parazinho
Uruóca
Salão
Paula Pessoa
Tabainha
Campanario
Granja
SA.24-Y-C-III
295100
295100
295400
295400
295700
295700
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296000
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296300
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296600
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96
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90
0
96
66
90
0
FUSÃO MDT 30m X LITOLOGIA
ESCALA 1:10.000µ
Estratigrafia
 ro
Perfil Mapa
Depósitos Aluvias:
Unidade Granulítica (zona da sillimanita):
Convenções Geológicas
!O
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Grupo Barreiras:
LEGENDA
Convenções Cartográficas
"
"
ÄÃ
Formação Camocim (Grupo Barreiras):
Unidade Granulítica (zona da cianita):
Cobertura Colúvio-Eluvionar:
Orientador:
Co-orientador:
Autor:
Disciplina:
MAPA GEOLÓGICO DAS LOCALIDADES DE MORRO
VERMELHO E SEISCENTOS, A NORTE DO
MUNICÍPIO DE GRANJA/CE - FOLHA GRANJA.
U NIVERSIDADE
F CEDERAL EARÁDO
DEPARTAMENTO
DE GEOLOGIA
CONTEXTO GEOLÓGICO E EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DO COMPLEXO GRANJA
(LOCALIDADES DE CANTO SALGADO, Dr. PRIVAT E MORRO VERMELHO)
295000
295000
295500
295500
296000
296000
296500
296500
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297000
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67
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0
96
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IMAGEM DO DIA 08/08/2008 DO SATÉLITE CBERS 2B,
CÂMERA HRC, BANDA 1
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295600
296000
296000
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296400
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296800
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B
B'
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Martinópole
Moraújo
Parazinho
Uruóca
Salão
Paula Pessoa
Tabainha
Campanario
Granja
SA.24-Y-C-III
ESCALA 1:10.000
µ
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294500
295000
295000
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295500
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296000
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296500
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294800
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295200
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296400
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96
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0
FUSÃO MDT 30m X LITOLOGIA
Estratigrafia
 ro
Perfil Mapa
Unidade Granulítica:
Convenções Geológicas
!O
=
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Subunidade Gnáissica Enderbitica:
LEGENDA
Orientador:
Co-orientador:
Autor:
Disciplina:
MAPA GEOLÓGICO DAS LOCALIDADES DE Dr. PRIVAT
E SALGADO DA PEDRA A NORTE DO MUNICÍPIO DE
GRANJA/CE - FOLHA GRANJA.
U NIVERSIDADE
F CEDERAL EARÁDO
DEPARTAMENTO
DE GEOLOGIA
CONTEXTO GEOLÓGICO E EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DO COMPLEXO GRANJA
(LOCALIDADES DE CANTO SALGADO, Dr. PRIVAT E MORRO VERMELHO)
Convenções Cartográficas
"
"
Subunidade Máfica:
IMAGEM DA AMPLITUDE DO SINAL ANALÍTICO (ASA).
NOTAR A PRESENÇA MARCANTE DE ALTOS MAGNÉTICOS
±
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±
Depósitos Aluvias:
2
Granja
Martinópole
Moraújo
Parazinho
Uruóca
Salão
Paula Pessoa
Tabainha
Campanario
Granja
SA.24-Y-C-III
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ESCALA 1:25.000
µ
299000
299000
300000
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301000
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302000
303000
303000
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60
00
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96
61
00
0
96
61
00
0
FUSÃO MDT 30m X LITOLOGIA
Orientador:
Co-orientador:
Autor:
Disciplina:
MAPA GEOLÓGICO DAS LOCALIDADES DE CANTO
SALGADO, PEDRA PRETA E AROEIRA A NORDESTE
DO MUNICÍPIO DE GRANJA/CE - FOLHA GRANJA
U NIVERSIDADE
F CEDERAL EARÁDO
DEPARTAMENTO
DE GEOLOGIA
CONTEXTO GEOLÓGICO E EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DO COMPLEXO GRANJA
(LOCALIDADES DE CANTO SALGADO, Dr. PRIVAT E MORRO VERMELHO)
Estratigrafia
 Fe@
Perfil Mapa
Convenções Geológicas
!O
=
" " "$ $ $
LEGENDA
Convenções Cartográficas
ÐÏ!!+®
" "
[ [ [ [
IMAGEM DA AMPLITUDE DO SINAL ANALÍTICO (ASA).
NOTAR A PRESENÇA MARCANTE DE ALTOS MAGNÉTICOS
±
±
Unidade Gnáissica-Migmatítica: 
(PPga - Subunidade Anfibolítica)
(PPgm - 
Subunidade Milonítica)
Depósitos Aluvias: 
Grupo Barreiras: 
Unidade São Joaquim: 
Unidade Granulítica: 
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2¥
	0 - Capa
	0 - Resumo, Listas e Sumário
	1 - intro1
	1 - intro2
	1 - intro3
	2 - reg
	3 - Estratigrafia
	4 - petro
	5 - Estrutural1
	5 - Estrutural2
	5 - Estrutural3
	5 - Estrutural4
	5 - Estrutural5
	6 - Metamorfismo
	7 - Evolução Geológica
	8 - Considerações Finais - espaçamento simples
	9 - Referencias - espaçamento simples
	10
	Apendice PONTOS
	Apendice GEOLÓGICO 1
	Apendice GEOLÓGICO 2
	Apendice GEOLÓGICO 3
	Apendice GEOLÓGICO 4

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