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Unidade II HISTÓRIA DO BRASIL IMPÉRIO Prof. Vinicius Albuquerque Abdicação de Pedro I – 7 de abril de 1831 7 de abril de 1831 – abdicação. Pedro I volta para Portugal: Pedro IV. Brasil: Pedro de Alcântara – menor de idade. Vitória política das elites? <http://200.196.224.188/conteudoonline /imagens/conteudo_9596/16.jpg> Pedro de Alcântara, ainda criança, o herdeiro do trono brasileiro Termo de abdicação de Pedro I “Usando do direito que a Constituição me concede declaro que Hei mui voluntariamente abdicado na pessoa de meu muito amado e prezado filho o Sr. D. Pedro de Alcântara. Boa Vista sette de Abril de mil oitocentos, e trinta, e hum décimo da Independência, e do Império. Pedro.” Palácio da Boa Vista. 7 de abril de 1831. Disputas políticas Regências – 1831-1840. Disputas. Restauradores (portugueses favoráveis à volta de Pedro I). Moderados (proprietários SP, RJ, MG; centralizadores). Exaltados (republicanos e profissionais liberais). Formação das regências Regências – menoridade de Pedro de Alcântara. Trina Provisória: 7 de abril a 17 de junho de 1831. Trina Permanente: 17 de junho a 12 de outubro de 1835. 1ª Regência Una – Feijó. 2ª Regência Una – Araújo Lima. Origens dos progressistas e regressistas Fonte: livro-texto Regência Trina Provisória Trina Provisória: 7 de abril a 17 de junho de 1831. Busca de equilíbrio político. Lima e Silva – militar. Vergueiro – liberal. Campos Carneiro – conservador. Solução de emergência. Membros da Regência Trina Provisória Fonte: livro-texto Regência Trina Permanente Trina Permanente: 17 de junho a 12 de outubro de 1835. Lima e Silva – militar (Chico Regência). Bráulio Muniz – norte. Costa Carvalho – sul. Ministro da Justiça: Feijó. 1. 1831: criação da Guarda Nacional (coronéis). 2. Juízes de Paz. 3. Código de Processo Criminal. Instabilidade e motins no Rio de Janeiro. Membros da Regência Trina Permanente Fonte: livro-texto Avanço liberal e o Ato Adicional de 1834 1834: Avanço Liberal / Ato Adicional – Reforma na Constituição de 1824. Fim do Conselho de Estado. Descentralização Política (Assembleias Legislativas Provinciais). Rio de Janeiro: município neutro. Mudança de Regência Trina para Regência Una. Bernardo Pereira de Vasconcelos Discurso antiliberal de Bernardo Pereira de Vasconcelos: “Fui liberal, então a liberdade era nova no país, estava nas aspirações de todos, mas não nas leis, não nas ideias práticas; o poder era tudo; [...] os princípios democráticos tudo ganharam e muito comprometeram; a sociedade que até então corria risco pelo poder, corre agora risco pela desorganização e pela anarquia [...] e por isso sou regressista.” Interatividade Podemos afirmar que as regências sofreram diversas modificações em sua estrutura política. Em 1834, o avanço dos grupos mais liberais significou: a) a centralização política com a regência de Araújo Lima. b) a derrota de todas as revoltas contra o governo. c) a desarticulação dos poderes locais com o fim das Assembleias Provinciais. d) a descentralização política com a criação das Assembleias Legislativas Provinciais. e) a centralização política com a manutenção do Conselho de Estado. Regência Una – Feijó 1ª Regência Una (1836) – Feijó (liberal). Divisão entre os moderados. Crise: rebeliões regenciais. Rio Grande do Sul. Pará. Autoritarismo de Feijó. Falta de apoio no Parlamento. Renúncia. Eleição da Regência Una – Feijó Colocação Candidato Número de votos 1º Feijó 2.826 2º Holanda Cavalcanti 2.251 3º Costa Carvalho 847 4º Araújo Lima 760 5º Lima e Silva 629 6º Pais de Andrade 605 7º Bernardo Vasconcelos 595 Fonte: Fazoli (1990) Regência Una: poder executivo <http://www.objetivo.br/conteudoonline/ima gens/conteudo_9596/7b.jpg> 2ª Regência Una – Araújo Lima 2ª Regência Una (1837-1840) – Araújo Lima (conservador). Vitória de Araujo Lima sobre Holanda Cavalcanti, por 4308 a 1981 votos. Regresso conservador / Conselho de Estado. Lei de Interpretação do Ato Adicional (maio 1840). Conservadores (regressistas) X liberais (progressistas). Criação do Arquivo Público, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e do Imperial Colégio D. Pedro II. Mecanismos de difusão de sua ideologia centralista e laudatória da casa dos Bragança. 2ª Regência Una – Araújo Lima Crise da Regência (1831-1840). a) Localismo X centralismo. b) Brancos X negros e mestiços. c) Senhor X escravos. d) Ricos X pobres. 23 de junho de 1840 / Golpe da Maioridade. Poder de Pedro II – tentativa de encerrar as crises e revoltas. Pauta de exportações: importância do café Produto 1821-1830 1831-1840 Açúcar 30% 24% Algodão 21% 11% Café 18% 44% Outros 31% 21% Fonte: Fazoli (1990) Interatividade O Primeiro Reinado (1822-1831) foi um período de domínio inglês da economia brasileira, em função de tratados comerciais extremamente vantajosos, e também crises econômicas significativas. Durante as regências (1831-1840), no entanto, a economia começa a se recuperar e isso se deve: a) ao retorno da predominância do algodão. b) ao fortalecimento da açúcar na região norte. c) à intensa industrialização do país. d) ao protecionismo alfandegário contra os ingleses. e) ao desenvolvimento das lavouras de café. Rebeliões regenciais Movimentos armados com diversas motivações. Mobilização de vários setores sociais. Elites X excluídos. Restauradores X liberais. Escravos, brancos livres pobres e libertos contra as elites. Grande instabilidade e ameaças de subversão da ordem e de revolta popular, além de separatismo. Diversas revoltas em locais diferentes do Império. Pará: Cabanagem Pará – Cabanagem (1835-1840). Não confundir com Guerra dos Cabanos! Lutas populares contra a miséria e a opressão dos latifundiários. Líderes: Batista Campos, Angelim, Félix Malcher, irmãos Vinagre. Dura repressão: Taylor (40.000 mortos em 100.000 habitantes). Mapa das revoltas / rebeliões regenciais <http://200.196.224.188/conteudoonline/imagens/conteudo_9173/49.gif> Principais regiões convulsionadas pelas revoltas no Período Regencial: Rio Grande do Sul e Santa Catarina: Farroupilha RS – Farroupilha (1835-1845). Separatista e republicana. Federalismo. República Juliana / Piratini ou Rio-Grandense. Líderes: Bento Gonçalves, Davi Canabarro, Garibaldi, Sousa Neto. Pecuaristas / charque – carne – problema dos impostos e concorrência do charque platino. Elites X Rio de Janeiro. Fim: Bento Ribeiro + Caxias: anistia e menos impostos. <http://200.196.224.188/conteudoonline/imagens/co nteudo_9596/24.jpg> <http://www.objetivo.br/conteudoonline/image ns/conteudo_368/6.jpg> Rio Grande do Sul e Santa Catarina: Farroupilha Rio Grande do Sul e Santa Catarina: Farroupilha A duração, a dinâmica do movimento e o Império dão uma importante dimensão de sua complexidade: 1. setembro de 1835 a setembro de 1836, isto é, da deposição de Fernandes Braga à proclamação da República Rio-Grandense; 2. setembro de 1836 a maio de 1840, isto é, da proclamaçãoda República Rio-Grandense à campanha da maioridade de Dom Pedro II; 3. maio de 1840 a fevereiro de 1845, isto é, da maioridade à pacificação do Rio Grande do Sul (PICCOLO, 2010, p. 43). NETTO perde sua alma. Dir. Beto Souza; Tabajara Ruas. Brasil: Piedra Sola Produções, 2001. 100 min. A CASA das Sete Mulheres. Dir. Teresa Lampreia. Brasil: Rede Globo de Televisão, 2003, 45 min. (52 episódios). ANAHY de las misiones. Dir. Sérgio Silva. Brasil; Argentina: M. Schmiedt Produções, 1997.107 min. Bahia: Sabinada Bahia: Sabinada (1837-1838). República separatista. Dr. Sabino – (médico). Contra a ameaça da lei de interpretação do Ato Adicional (1834). Prisão de Bento Gonçalves em Salvador. Classes médias urbanas. A repressão: forças do Rio de Janeiro e proprietários centralistas do Recôncavo; após quatro meses, a capital foi retomada e, ao final de março de 1838, a estimativa era de mais de 1.200 mortos com quase 3 mil feridos. Interatividade As rebeliões regenciais são movimentos muito variados em seus interesses, causas e estratégias. Assim, podemos dizer que são importantes diferenças da Farroupilha em relação aos outros movimentos: a) pois foi a única revolta republicana. b) pois foi derrotada rapidamente pelas forças imperiais. c) por sua duração e pelos setores sociais envolvidos, como as elites das estâncias. d) em virtude do predomínio popular e da dura repressão imperial. e) pela presença de setores marginalizados, como escravos muçulmanos. Movimentos populares: Malês Bahia: Revolta dos Malês – 1835. Escravos islamizados. Antiescravistas. Medo no Rio de Janeiro: Jornal Pão d’Assúcar. Receio de Haitianização. Estudos de João José Reis. Movimentos populares: Balaiada Maranhão e Piauí: Balaiada (1838). Popular: escravos e sertanejos. Lideranças: Manuel dos Anjos (Balaio); Negro Cosme. Nas ruas de Caxias se dizia: “O Balaio chegou! O Balaio chegou! Cadê branco! Não há mais branco! Não há mais sinhô!” Forças imperiais: Lima e Silva – massacre no Maranhão / Caxias. Movimentos populares: Balaiada Lívio Lopes Castelo Branco e Silva, uma liderança panfletária liberal, mobilizou mais de 500 homens contra o governo: “Todos os brasileiros pobres, que forem amantes de sua pátria e do nosso imperador a participarem da luta em defesa do Partido Bem-te-vi, que defende a religião católica romana, a coroa de nosso imperador Pedro II, a Constituição, nossa pátria, nossas famílias, e a nós mesmos”. Forte repressão imperial: Lima e Silva – com apoio do Bem-te-vi. Barão de Caxias: o Pacificador. Guerra do Cabanos: Pernambuco e Alagoas Guerra dos Cabanos (ou Os ‘Guerrilheiros do Imperador’). Pernambuco e Alagoas, entre 1832 e 1836. Restauradores: Torres Galindo, apoio popular. Vicente Ferreira de Paula: Capitão de Todas as Matas, general das Forças Realistas ou mesmo de Comandante-Geral das Forças Restauradoras, articulava as populações das matas pernambucanas e alagoanas, apelando para a defesa da fé católica e para a restauração contra os liberais maçons. Adesão de escravos fugidos: a repressão ao movimento foi bastante difícil, pois continuou por cerca de 15 anos, atacando senhores de engenho e libertando escravos. Quadro geral das revoltas e vitória do Império Tipos gerais: popular; classes médias; elitista. Viana Lyra, em seu livro O império em construção: o Primeiro Reinado e Regências, nomeia o capítulo que trata das revoltas regenciais como “o tempo das incertezas”. Forte repressão do Rio de Janeiro – vitória do centro político. Manutenção da unidade territorial. REBELDES BRASILEIROS. São Paulo: Casa Amarela, [s.d.]. (Coleções Caros Amigos). Golpe da Maioridade e final das regências 23 de junho de 1840 / Golpe da Maioridade. Poder de Pedro II – tentativa de encerrar as crises. “Queremos Pedro Segundo / Embora não tenha idade / A nação dispensa a lei / E viva a maioridade!” Mas o povo não se iludia tão facilmente: “Por subir Pedrinho ao trono / Não fique o povo contente / Não pode ser boa coisa / Servindo com a mesma gente”. Interatividade Os trabalhos de João José Reis sobre movimentos sociais tradicionalmente pouco estudados contribuíram para: a) que o movimento conhecido com Revolta dos Malês ganhasse espaço nas discussões historiográficas. b) que a Sabinada fosse classificada como uma revolta elitista. c) que a Farroupilha fosse compreendida também como um movimento monarquista. d) que a historiografia passasse a tratar novamente dos movimentos que envolveram as elites econômicas, distanciando-se das discussões sociais. e) a compreensão de que a Revolta dos Malês não teria envolvido escravos muçulmanos, sendo essa uma invenção das elites com receio dos escravos. ATÉ A PRÓXIMA!
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