Buscar

TCC Alexandra

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADES JOÃO PAULO II 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
ALEXANDRA FATIMA GOMES DE FREITAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS SUCESSÓRIOS E MORTE ENCEFÁLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
PASSO FUNDO/RS, 
2018 
 
 
 ALEXANDRA FREITAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS SUCESSÓRIOS E MORTE ENCEFÁLICA 
 
 
 
 
Projeto de Trabalho de Conclusão de 
Curso apresentado como requisito parcial 
para a obtenção do grau de Bacharel em 
Direito pelas Faculdades João Paulo II – 
Passo Fundo, sob orientação da 
professora Me. Daniela Lippstein. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PASSO FUNDO / RS 
 2018 
 
 
SUMÁRIO 
1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO ............................................................................. 3 
2 TEMA ....................................................................................................................... 3 
2.1 Delimitação do tema .......................................................................................... 3 
3 PROBLEMA ............................................................................................................. 4 
4 HIPÓTESE(S) .......................................................................................................... 4 
5 OBJETIVOS ............................................................................................................. 4 
5.1 Objetivo geral ..................................................................................................... 4 
5.2 Objetivos específicos ......................................................................................... 4 
6 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 4 
7 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................... 5 
8 METODOLOGIA .................................................................................................... 13 
8.1 Método de abordagem ..................................................................................... 13 
8.2 Método de procedimento ................................................................................. 13 
8.3 Técnicas de pesquisa ...................................................................................... 13 
9 ESTRUTURA PROVISÓRIA .................................................................................. 13 
10 CRONOGRAMA .................................................................................................. 14 
11 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 15 
11.1 Referências citadas ........................................................................................ 15 
11.2 Referências a consultar ................................................................................. 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 
 
ACADÊMICO 
Nome: Alexandra Fátima Gomes de Freitas 
Endereço: Rua Joana Marques,96, São José – Passo Fundo / RS 
Registro Acadêmico: 43042 
Telefone: (54)98424-4678 
E-mail: ale.morates@gmail.com 
 
ORIENTADOR 
Nome: Daniela Lippstein 
Titulação: Mestre em Direito 
E-mail: dlippstein@gmail.com 
 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO 
Direitos Humanos e Ética 
 
LINHA DE PESQUISA 
Constitucionalismo e garantias 
 
2 TEMA 
 
Direitos Sucessórios e morte encefálica 
 
 
2.1 Delimitação do tema 
 
Ressignificação do conceito civil da morte, a partir da perspectiva dos direitos 
sucessórios, considerando o conceito medicinal de morte a partir da morte 
encefálica. 
 
 
 
 
 
4 
 
3 PROBLEMA 
 
A abertura da sucessão pode ser considerada a partir da morte encefálica? 
 
4 HIPÓTESE(S) 
 
1. A abertura da sucessão se dá com a morte civil do de cujus, a qual se dá com a 
interrupção da respiração e não com a morte encefálica. 
2. A abertura da sucessão pode ser considerada a partir da morte encefálica 
considerando o conceito medicinal de morte. 
 
 
5 OBJETIVOS 
5.1 Objetivo geral 
 
1) Demonstrar a necessidade de ressignificação da morte civil a partir da 
morte encefálica para efeitos sucessórios; 
 
5.2 Objetivos específicos 
 
1) Analisar o princípio da droit de saisne 
2) Estudar o conceito civil e medicinal da morte; 
3) Demonstrar a importância de aplicação o princípio da saisine nos casos de 
morte cerebral; 
 
 
 
6 JUSTIFICATIVA 
 
 A personalidade da pessoa natural termina com a morte, está estabelecido 
no Artigo 6º do Código Civil. Seus impactos surgem com a extinção da 
personalidade e começa com a abertura da sucessão. O droit de saisine define que 
no momento certo da morte, a herança, a posse e a propriedade de seu patrimônio 
seja transmitido aos seus herdeiros. A medicina moderna, hoje estabelece um novo 
5 
 
conceito de morte, o da morte encefálica. Isso acontece quando ocorre a ausência 
da atividade cerebral e tronco cerebral. O Direito se suprimiu a respeito da 
possibilidade de saisine provocar um efeito a partir da morte encefálica, contudo, 
estabeleceu como morto o individuo que teve morte encefálica constatada, a partir 
da comprovação da parada da atividade cerebral. Conforme dispõe a Lei de 
Transplantes 9.434/97, a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano 
para fins de transplantes e tratamento e dá outras providencias, determina um 
fundamento legal para a tipificação da morte para seus efeitos sucessórios, a parada 
cárdio - respiratória, resulta com que a morte cerebral possa também conceder a 
abertura da sucessão de seus bens. 
 
7 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Direitos Sucessórios e Morte Encefálica 
 
 
Para compreendermos melhor os direitos sucessórios e morte encefálica, 
primeiramente vamos nos aprofundar e conhecer melhor o direito das sucessões, 
conforme esta previsto nos arts.1.784 à 2.027. (BRASIL. Código Civil. Lei 10406/02). 
Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros 
legítimos e testamentários, dispõe o art art.1.784 do Código Civil. ( BRASIL. Código 
Civil. Lei 10406/02). 
 A existência jurídica da pessoa natural termina com a morte, conforme a 
primeira parte do art 6º, do CC. Em consequência, a pessoa falecida deixa de ser 
destinatário de normas jurídicas, não podendo mais ser considerado sujeito de 
direitos e obrigações. 
 
Art. 6º . A existência da pessoa natural termina com a morte, presume-se 
esta, quando aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura da 
sucessão.(BRASIL. Código Civil. Lei 10406/02). 
 
 
Algumas situações jurídicas são extintas com o falecimento do titular, como 
ocorre com o poder familiar conforme disposto no art. 1.634, I do CC. Já outras 
situações jurídicas não são extintas com a morte do titular, caracterizadas pela sua 
6 
 
patrimonialidade, essas sobrevivem ao falecimento do titular, impondo-se o destino 
de seus direitos e obrigações. 
Art. 1.634, I. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação 
cponjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos 
filhos (Alterado pela Lei nº 13.058/2014). (BRASIL. Código Civil. Lei 
10406/02). 
 
 
 Na Constituição Federal, é assegura o direito de herança, previsto no Artigo 
5º, XXX. 
 
 
Art 5º, CF – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes; 
XXX – É assegurado o direito de herança. (BRASIL, Constituição da 
República Federativa do Brasil de 1988). 
 
 
 
 Seu fundamento é do direito sucessório e a propriedade, conjugada ou não com o 
direito de família. Na sucessão, a morte, as relações, jurídicas não se extinguem, 
pois são salvo as personalíssimas, substituindo apenaso de cujus, pelos seus 
sucessores, mantendo todos os demais. 
Importante ressaltar que o direito e a transferência do direito da propriedade, 
vai sempre produzir com a morte de alguém; O ato jurídico da morte faz transferir a 
propriedade para alguém. Com o direito sucessório é possível estudar a 
transferência do bem que ocorre após a morte, também de reconhecer uma 
paternidade quando for preciso. Cabe a sucessão, após a morte transferir os bens 
aos seus respectivos herdeiros. 
“Suceder é substituir, tomar o lugar de outrem no campo dos fenômenos 
jurídicos”( VENOSA, 2013,p.17). 
 
Em sentido amplo, podemos afirmar que a sucessão transpassa a 
transparência dos direitos e obrigações de uma pessoa para a outra. Essa 
transferência pode ser realizada pelo titular em vida, ( transmissão inter vivos) 
assim como em virtude do fato da morte, ( transmissão mortis causa),sendo que a 
transmissão mortis causa, em sentido estrito, é utilizada em termo sucessão para 
7 
 
poder designar melhor a transparência dos direitos e obrigações de quem falece 
para a outra pessoa que esta viva. 
Quanto à sua origem, a sucessão pode ser classificada como legítima ou 
testamentária “ A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade, art. 
1.786. ( BRASIL. Código Civil. Lei 10406/02). 
 
Há duas formas de reconhecer o Direito Sucessório. Pela lei que transmite o 
direito, que acontece quando se prevalece a vontade da pessoa e pela pessoa que 
faleceu. Sendo que esta teve antes do fato, a vontade de criar o seu direito. Para 
cada tipo existem algumas regras de execução em particular. Diante disso, há 
também duas formas de nascer o direito, duas espécies de sucessões, sendo a 
legítima e a testamentária. 
A Sucessão Legítima acontece como ultima vontade por sucessão 
testamentária. Nela, são chamados os autores da herança, prevalecendo a ordem 
de vocação. Os descendentes, ascendentes, Cônjuge sobrevivente e os colaterais. 
Lembrando que os descendentes e ascendentes concorrem sempre com o cônjuge. 
Sucessão testamentária, é do direito romano, que desconhecia a 
possibilidade de morrer sem deixar a sua vontade. A vontade para os romanos era 
imprescritível para criar o direito sucessório. No Direito Romano não existia a 
sucessão legítima e permitia fazer testamento à partir dos 12 anos. Em Roma, a 
filha não herdava se casada fosse. 
 Morrendo a pessoa sem testamento, transmite-se a herança aos herdeiros 
legítimos; o mesmo ocorrerá quando os bens que não forem compreendidos no 
testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado 
nulo art. 1.788 ( BRASIL. Código Civil. Lei 10406/02). 
A sucessão acontece com a transmissão hereditária, onde é realizada para 
que prevaleça a ultima vontade da pessoa que a esta fazendo. Com ela existe uma 
solenidade requerida por lei, onde a mesma tem que ser seguida. Esse ato é 
personalíssimo, unilateral, gratuito revogável e solene. 
 Para o direito material e também para o direito processual são diferentes. A 
sucessão legítima é originária do direito germânico, onde somente a Lei tem o poder 
de criar os sucessores e regular as regras. No direito Romano, a sucessão 
testamentária era a regra, já naquela época já havia uma importância de haver um 
testamento. Isso era uma necessidade para o romano, pois após sua morte, tinha 
8 
 
que haver alguém que pudesse dar continuidade com seu culto familiar. Essa regra 
também servia para a adoção, onde a propriedade e o culto familiar estavam sempre 
juntos. Mesmo com a morte, a propriedade ainda continuava em razão da 
continuidade do culto. 
A palavra sucessão, significa o ato pelo qual uma pessoa assume o lugar de 
outra, substituindo-a na titularidade de determinados bens. No direito das 
sucessões, o vocábulo é empregado em sentido estrito para designar decorrente da 
morte de alguém, sucessão causa mortis. Essa expressão latina é a abreviatura da 
frase de cujus sucessione (ou herreditatis) agitur, que significa “ aquele de cuja 
sucessão (ou herança) se trata. (GONÇALVES, 2011, p.13). 
Disposto no artigo 6º do Código Civil de 2002, a existência da pessoa natural 
termina com a morte real. Como não se concede direito subjetivo sem titular, ao 
mesmo instante em que aquela acontece abre-se a sucessão, transmitindo-se 
automaticamente a herança aos herdeiros e testamentários do de cujus. A 
sucessão Testamentária é o ato jurídico solene unilateral, no qual o testador 
determina a distribuição de seus bens após sua morte, bem como apresenta suas 
declarações de vontade. Suas características podem ser: personalíssimo; unilateral; 
gratuito; solene; revogável e de última vontade. 
 
A ineficácia e invalidade do testamento devem ser observados os requisitos 
de validade do negócio jurídico nele permite a revogação, portanto fica vedada a 
cláusula derrogatória – cláusula pela qual se renuncia ao direito de revogar o ato. 
Existem quatro hipóteses que impedem ao testamento gera seus efeitos 
jurídicos: Revogação; Rompimento; Caducidade; Invalidade-Nulidade e 
Anulabilidade. 
Conforme disposto no Artigo 2.311 Código Civil, O testador não pode renunciar à 
faculdade de revogar, no todo ou em parte, o seu testamento. ( BRASIL. Código 
Civil. Lei 10406/02). 
 É a manifestação de vontade do testador, de tornar sem efeito um 
testamento anteriormente feito. Essa manifestação pode ser expressa ou tácita, 
onde precisa ser revogado por outro testamento. Não precisa ser o mesmo tipo de 
testamento e essa revogação pode ser total ou parcial. 
A revogação expressa está disposta no artigo 2.312 do Código Civil, onde 
nela fica declarada que a sua revogação só poderá fazer-se declarando o testador 
9 
 
em outro testamento ou em escritura pública, que revoga todo ou parcialmente o 
testamento anterior. Já a revogação tácita, está prevista no artigo 2.313 do Código 
Civil, onde expressa que o testamento anterior não revogue expressamente o 
anterior e sim revogá-lo-á apenas na parte em que for com ele incompatível. 
Conforme Artigo 1.975 Código Civil, somente irá gerar o rompimento se constatar 
que adentrou na parte legitima ou teria sido outra a forma de dispor dos bens. 
denominado de ruptura, consiste na ineficácia do testamento por motivos alheios a 
vontade do testador e que por determinação legal gera a ineficácia. ( BRASIL. 
Código Civil. Lei 10406/02). 
Disposto no Artigo. 1939, a caducidade do testamento acontece quando fica 
ineficácia do testamento em razão de fato que ocorre, independente da vontade do 
testador. Se depois do testamento, o testador modificar a coisa legada, ao ponto de 
já não ter a forma nem lhe caber a denominação que possuía. Pode acontecer 
quando o decurso do prazo no caso de testamento especial sem ocorrer a morte do 
testador. ( BRASIL. Código Civil. Lei 10406/02). 
Se o testador, por qualquer título, alienar no todo ou em parte a coisa legada, sendo 
assim, caducará até onde ela deixou de pertencer ao testador. A exclusão do 
herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por 
sentença art.1815 CC. ( BRASIL. Código Civil. Lei 10406/02). 
. 
A nulidade está prevista no art. 166 do CC, e por envolver um interesse público, 
pode ser decretada por oficio pelo Juíz. Sua sentença é ex tun, sendo que retroage 
desde que o ato foi realizado. ( BRASIL. Código Civil. Lei 10406/02). 
A anulabilidade seu efeito é o ex nunc, isto significa que o negócio jurídico 
produz sim seus efeitos. Nesses casos de anulabilidade, ocorrem a prescrição. Há 
julgados que relatam que ato nulo não prescreve em caso de atingir algum interesse 
público, podendo ser arguido a qualquer tempo. 
O Brasil adota a liberdade limitada para testar. Princípio esse previsto no Artigo 
1.789 do Código Civil, havendo herdeiros, o testador só poderá dispor da metade da 
herança. Temos assim, a liberdade para criar os herdeiros, mas de formalimitada. 
Ele existe para proteger os herdeiros necessários a para não privar da sucessão de 
alguém. Cada pessoa que tem herdeiro necessário, metade do patrimônio fica para 
esses herdeiros necessários. ( BRASIL. Código Civil. Lei 10406/02). 
 
10 
 
Com previsão no Artigo 1.850 do Código Civil, para excluir da sucessão os herdeiros 
colaterais, basta que os testadores disponha de seu patrimônio sem os contemplar. 
Portanto, não havendo herdeiros necessários neste princípio, pode o testador dispor 
de forma plana da totalidade de seu patrimônio, tendo em vista que não existe 
sucessor a ser protegido. ( BRASIL. Código Civil. Lei 10406/02). 
 Da-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a 
suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse. O direito de 
representação é, em regra geral, bem utilizado entre os descendentes. Havendo um 
filho pré – morto, seus sucessores receberão aquilo que o seu falecido pai teria 
direito, se vivo fosse. Art. 1815 CC. ( BRASIL. Código Civil. Lei 10406/02). 
 
Em concordância com Roberto Senise Lisboa, entende-se: 
O inventário é o procedimento por meio do qual são oficialmente 
relacionados os bens encontrados em nome do de cujus. A realização do 
inventário é obrigatória, para que os sucessores do de cujus possam obter a 
atribuição legal dos bens que lhes são cabíveis. O inventário comporta as 
seguintes etapas: a abertura do inventário, a nomeação do inventariante, o 
oferecimento das primeiras declarações, a citação dos interessados, a 
avaliação dos bens, o cálculo e o pagamento dos impostos, as últimas 
declarações, a partilha e sua homologação ( LISBOA, 2007,p.35). 
 
O Droit de Saisine está previsto no Artigo 1.784 do Código Civil que consiste 
em uma ficção jurídica que proporciona aos herdeiros a posse dos bens deixados 
por causa mortis do falecido. 
Como não se concede direito subjetivo sem titular, no mesmo instante em que 
aquela acontece abre-se a sucessão, transmitindo-se automaticamente a herança 
aos herdeiros legítimos e testamentários do de cujus Art. 1.784 CC. ( BRASIL. 
Código Civil. Lei 10406/02). 
 
 
Com isto, está presente o princípio de Saisine, segundo o próprio defunto transmite 
seus bens aos seus sucessores e a posse de suas herança. ( le mort saisit le vif). 
Combinado com o (CC, art.1.206), o sucessor universal continua com seu direito a 
posse do seu antecessor. ( BRASIL. Código Civil. Lei 10406/02). 
 
11 
 
“Na herança, o sistema da saisine é o direito que tem os herdeiros de entrar na 
posse dos bens que constituem a herança. A palavra deriva do saisir ( agarrar, 
prender, apoderar-se)” ( VENOSA, 2013,p.14). 
Saisine vem de origem medieval, nascida no ano de 1.259, vinda do Direito 
Parisiense, com a finalidade à defesa do direito de herança, da propriedade dos 
bens que a compõe em favor dos herdeiros do de cujus. 
 Nasceu no século XIII, onde o senhor feudal instituiu a praxe de cobrar 
pagamento dos herdeiros de seu servo morto, para que fossem autorizados a se 
emitir na posse dos bens deixados pela sucessão. Criou-se então, no direito 
parisiense, a fórmula Le serf mort saisit le vit, son hoir de plus proche, com a 
finalidade de defender o servo desta imposição senhoril. Essa doutrina francesa, 
representa a necessária e instantânea para a transmissão dos bens do de cujus aos 
herdeiros. Essa transferência acontece com a morte do antigo titular dos bens, onde 
o morto é substituído pelo vivo. 
“O Sistema Saisine chega até nós, de sua origem germânica, pelo Direito pelo 
francês, que adota o princípio no art. 724 do Código Napoleão.”( VENOSA, 
2013.p.15) 
Droit de saisine, originou-se a partir da relação jurídica estipulada entre a 
pessoa que veio a falecer e a pessoa que herdará os bens que era da posse e 
patrimônio do defunto. Essa associação, ocorre a norma jurídica, promove o 
entendimento da coisa em faculdade da transmissão do objeto. 
Uma vez aceitada a herança, torna-se definitiva, como regra geral: 
Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e 
testamentários. (CC, Art. 1.784). Aceita a herança, torna-se definitiva a sua 
transmissão ao herdeiro, desde a abertura da sucessão.(CC, art.1.804). Parágrafo 
único: A transmissão tem-se por não verificada quando herdeiro renuncia à 
herança. A sucessão considera-se aberta no momento exato da morte de alguém, 
nascendo o direito hereditário e usando a substituição do falecido por seus 
sucessores a qualificação universal nas relações jurídicas em que aquele 
representava. A morte é um fato preliminar lógico, sua passagem é uma 
consequência. ( BRASIL. Código Civil. Lei 10406/02). 
 
 
12 
 
A expressão de cujus está consagrada para referir-se ao morto, de quem se 
trata da sucessão( retirada da frase latina de cujus sucessione agitur). Já 
nos referimos ao termo espólio como o conjunto de direitos e deveres 
pertencentes à pessoa falecida, ao de cujus, ao tratarmos dos grupos com 
personificação anônima (VENOSA, 2012,p.13). 
 
Saisine é de uma ficção jurídica que autoriza um entendimento possessório 
de bens do falecido pelo herdeiro destinado, testamentário ou legítimo. Seja qual for 
o ato, esse incorporará na posse dos bens onde existe a herança do falecido 
imediatamente. 
É de extrema obrigação que no momento da transmissão da posse e da 
propriedade, o herdeiro recebe o patrimônio como se encontrava com o de cujus. 
Assim, acontece também todas as dívidas do falecido, ações e pretensões contra 
ele existentes. 
Ao falar em Saisine, vale lembrar que o legislador não deixou nenhuma 
incereteza e pretendeu em todas as demais momentos garantir o Direito Real de 
habitação ao cônjuge sobrevivente, tendo a ação plena e imediata, sendo 
indispensável o reconhecimento judiciário para seu acontecimento. O herdeiro pode 
antes da partilha transferir sua parte na herança. Qualquer herdeiro tem legitimidade 
para proteger suas posses hereditárias. 
Aberta a sucessão, falecendo o beneficiário, manifestam-se seus herdeiros. 
A transferência da herança ocorre no último domicílio do falecido, ainda que o óbito 
tenha ocorrido em outro local, ou que os bens estejam em lugar diverso do domicílio. 
Art. 1785, CC. ( BRASIL. Código Civil. Lei 10406/02). 
 
Para isso, basta acontecer o falecimento de um dos conviventes para que a 
transferência desse imóvel ocorra de forma automática, onde o cônjuge tem toda a 
liberdade de proteger a posse. 
O posicionamento de transferência é conhecido também como devolução da 
herança e é passada para os herdeiros e legatários e na falta destes a herança 
ficará vaga, sem dono ela será transferida para o Município e deverá ser aplicada na 
educação pública. 
Traduz-se à luz a regra prevista no Código Civil: 
 
Art. 1.831 . Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, 
será assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o 
direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da 
13 
 
família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar. ( BRASIL. 
Código Civil. Lei 10406/02). 
 
 
8 METODOLOGIA 
8.1 Método de abordagem 
 
Para o melhor desenvolvimento e apresentação deste trabalho, o método de 
abordagem será o indutivo, pois parte de experiências de casos particulares para as 
conclusões mais completa do que as ideias iniciais e obter uma melhor extensão do 
conhecimento. 
 
8.2 Método de procedimento 
 
Já os métodos de procedimento a serem utilizados serão o monográfico, onde 
o estudo consiste em observar determinadas condições e abranger atividades que 
consiste em analisar um grupo social particular. Já o estruturalista, fundamenta-se 
na utilização das probabilidades, as quais podem serem apresentadas como 
verdadeiras, embora possa admitir certas margens de erros. 
 
8.3 Técnicas de pesquisa 
 
O método de pesquisa, será o bibliográfico, jurisprudencial,sendo utilizado 
algumas doutrinas e artigos científicos. 
 
 
 
9 ESTRUTURA PROVISÓRIA 
 
INTRODUÇÃO 
1 DIREITOS SUCESSÓRIOS: princípios e marco legal 
1.1 Princípios do Direito das Sucessões 
1.2 Droit de Saisine e a abertura da sucessão 
1.3 Ordenamento civil sucessório 
2 O CONCEITO JURÍDICO DE MORTE 
14 
 
2.1 A vida e a morte no Código Civil Brasileiro e o princípio da dignidade humana 
2.2 Morte encefálica e eutanásia: considerações do Conselho Federal de Medicina 
2.3 Breves apontamentos sobre a eutanásia 
3 INTERSECÇÕES ENTRE O DIREITO SUCESSÓRIO E O BIODIREITO 
3.1 Bioética e o direito de morrer dignamente 
3.2 As implicações sucessórias da manutenção de vida do paciente com morte 
encefálica 
3.3 Ressignificação do conceito de morte e marco temporal para abertura da 
sucessão 
4 CONCLUSÃO 
REFERÊNCIAS 
ANEXOS 
 
10 CRONOGRAMA 
 
Atividades 
2018 
Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. 
Escolha do assunto X 
Revisão bibliográfica X X 
Elaboração do TCC X X X 
Entrega TCC para 
primeira avaliação 
 X 
Avaliação e aceitação 
TCC 
 X X 
Revisão e ajustes TCC X X 
Revisão bibliográfica 
complementar 
 X X 
Entrega TCC para banca 
examinadora 
 X 
Apresentação do TCC X 
Ajustes finais pós banca X X 
15 
 
11 REFERÊNCIAS 
11.1 Referências citadas 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em : < 
www.planalto.gov.br>. Acesso em: 04 maio 2018. 
 
BRASIL. Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Diário Oficial da União, 
Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 2002. Disponível em; < www.planalto.com.br>. 
Acesso em 04 de maio de 2018. 
 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito das Sucessões. 14ª Edição.2012 
 
LEITE, Eduardo de Oliveira. Grandes temas da atualidade: bioética e biodireito. Rio 
de Janeiro: Forense, 2004. 
 
RIZZARDO, Arnaldo. Direito das Sucessões. Rio de Janeiro; Aide, 1996 
. 
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil. São Paulo: Saraiva, 2003.v.21. 
 
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil. Parte geral.12ª . ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
 
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Das Sucessões. 13ª ed. São Paulo: Atlas S.A, 
2013. 
 
11.2 Referências a consultar 
 
ANGRA, Walber de Moura. Curso de direito constitucional. 7. ed. Rio De Janeiro: 
Forense, 2012. 
 
ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. Tradução Vergílio Afonso da 
Silva. 2ª edição 4ª tiragem. São Paulo: Malheiros Editores, 2006. 
 
 
______. Lei n. 6515, 26 de dezembro de 1977. Lei do divórcio e da Separação. 
Brasília, 26 de dezembro de 1977 
 
______. Provimento n.16.Conselho Nacional de Justiça. Brasília, 17 de fevereiro 
de 2012. 
 
______. Enunciados das Jornadas de Direito Civil. Vade Mecum Academico de 
Direito Saraiva 2014 
 
______. Conselho Federal de Medicina. Resolução. 
 
______. Convenção Sobre os Direitos da Criança. Decreto n.99710 de 21 
de novembro de 1990. Brasília, 21 de novembro de 1990. 
http://www.planalto.gov.br/
http://www.planalto.com.br/
16 
 
 
______. Decreto Lei n. 4.657, de 4 de setembro de 1942. Lei de introdução as 
normas do direito brasileiro. Ementa com redação determinada pela Lei 12.376 de 
30 de dezembro de 2010. 
 
BARROSO, Luís Roberto. Curso de direito constitucional contemporâneo – Os 
conceitos fundamentais e a construção do novo modelo. 2º ed. Rio de Janeiro: 
Saraiva, 2010. 
 
BRAUNER, Maria Claudia Crespo. Direito de Família descobrindo novos 
caminhos. [S.l.:s.n], [2010?]. 
 
COELHO, Fabio Ulhoa. Curso de direito civil, família sucessões. 5º ed. rev. e 
atual. São Paulo: Saraiva, 2012. 
 
DURAND, Guy. A bioética: natureza, princípios, objetivos. [tradução Porphírio 
Figueira de Aguiar Netto]. São Paulo: Paulus, 1995. 
 
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito de família. 8. ed. rev. e atual. São Paulo: 
Editora Revista dos Tribunais, 2011. 
 
 
FILHO Guerra, SANTIAGO Willis. Teoria processual da constituição – 3. Ed. – 
São Paulo: RCS Editora, 2007. 
 
FREITAS, André Guilherme Tavares De. Tutela penal do direito à vida. Rio de 
Janeiro: Ed. Lumen Juris, 2009. 
 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil brasileiro, vol.6: Direito de família/ 
Carlos Roberto Gonçalves. 8 ed. rev. E atual. São Paulo: Saraiva, 2011. 
 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito das sucessões 14º ed. São Paulo: Saraiva, 
2012. 
 
HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. As inovações biotecnológicas e o 
direito das sucessões 2006. Disponível em: 
<http:.//www.ibdfam.org.br/novosite/artigos/detalhe/290>Acesso em: 23 de setembro 
de 2016. 
 
KANT, EMMANUEL, Fundamentação da metafísica dos costumes, - Textos 
filosóficos. Tradução Paulo Quintela. Lisboa-Portugal: Edições 70 Ltda., 2007. 
 
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. Tradução João Baptista Machado. São 
Paulo: Marins Fontes, 1999. 
 
LEITE, Eduardo de Oliveira. Direito civil aplicado. Vol. 6. 2º ed. São Paulo: Editora, 
Revista dos tribunais, 2012. 
17 
 
 
LEITE, Eduardo de Oliveira. Grandes temas da atualidade: bioética e biodireito. 
Rio de Janeiro: Forense, 2004. 
 
LOBO, Paulo. Direito Civil: família. 4. Ed. São Paulo: Saraiva. 2011. 
 
MADALENO, Rolf. Curso de direito de família. 6ª ed. atual. Rio de Janeiro: 
Forense, 2015. 
 
MORAES, Alexandre De. Direito constitucional. 25 ed. SÃO PAULO: Atlas, 2010. 
 
NOBREGA, Dario Alexandre Guimarães. Revista brasileira de direito das famílias 
e sucessões. Belo Horizonte: Ibdefam, 2007. 
 
NOVELINO, Marcelo. Direito constitucional. 5º ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011. 
 
OLIVEIRA, Cheila Aparecida. Repercussões da bioética e do biodireito no direito 
de família e sucessório brasileiro: aspectos destacados no novo código civil 
In:BALBINOT, Rachelle A. A. (Org.). Estudo de direito Civil. Reflexões sobre 
10.406/2002. Passo Fundo: IMED, 2006. 
 
PEREIRA, Caio Mario da Silva. Instituições de direito civil. Rio de Janeiro: 
Forense, 2007. 
 
RIZZARDO, Arnaldo. Direito das sucessões. 9ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015. 
 
 
RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 9ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014. 
 
SÁ, Maria de Fátima Freire de. TEIXEIRA, Ana Carolina Brochado. Filiação e 
biotecnologia. Belo Horizonte: Mandamentos, 2005 
 
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direito fundamental. 
Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004. 
 
SILVA, Eliane Cristina de. Temas polêmicos do direito de família. In: MELLO, 
Cleyson e Moraes (Org.); FRAGA, Thelma Araújo Esteves (Org.). Rio de Janeiro: 
Livraria Freitas Bastos, 2003. 
 
SILVA, José Afonso Da. Curso de direito constitucional, 37 ed. São Paulo: 
Malheiros Editores, 2014. 
 
 
TAVARES, André Ramos. Curso de direito constitucional, 10 ed. rev. e atual. São 
Paulo: Saraiva, 2012. 
 
TEPEDINO, Gustavo. Problemas de direito civil-constitucional. Rio de Janeiro: 
Ed. 
Renovar, 2001. 
 
18 
 
TARTUCE, Flávio. Direito civil v.5: direito de família/Flávio Tartuce, José 
Fernando Simão. – 5.ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2010. 
 
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil: Direito das sucessões. 9º ed. São Paulo: 
Atlas, 2009.

Continue navegando