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Aula 11 - Controles Internos

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Controles Internos
Professora Me. Mércia Lima
Considerações iniciais
 Controle permanente: função gerencial de relevância primordial para o sucesso de qualquer empreendimento;
Ambiente dos negócios: complexo e escorregadio, cheio de imprevistos;
 Fundamental conhecer a qualidade e o grau de confiabilidade dos sistemas contábeis e de controles internos desde a fase de planejamento de seus trabalhos, para auxiliar na adequada identificação das áreas de risco;
 Controller: recomendar melhorias nos procedimentos operacionais e de controle interno.
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Conceito – Controles Internos
	Conjunto de procedimentos que, integrados ao fluxo operacional da empresa, visa detectar e prevenir desvios – erros e irregularidades, intencionais ou não – que possam: 
	• afetar negativamente o desempenho da entidade;
 
	• ocasionar impactos em sua lucratividade e/ou estrutura 	financeira; bem como 
	•resultar em reflexos significativos em suas 	demonstrações contábeis para o usuário interno ou 	externo, relatórios gerenciais e demais análises e 	demonstrativos operacionais e financeiros.
Compliance
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Controles Internos
Inclui outros importantes aspectos, tais como: 
sistema de orçamentos da empresa; 
definições de custos-padrões e análise das variações;
relatórios operacionais e análises estatísticas do mercado e no qual a empresa atua;
comportamento e desempenho dos concorrentes;
 programa de treinamento que visa capacitar os colaboradores da empresa;
planejamento estratégico, etc.
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 Importância e objetivos do sistema de controles internos
As empresas são gerenciadas de forma segmentada - executivo responsável em cada uma das diversas divisões, departamentos ou setores: prestar contas periódicas do desempenho de sua área;
controles internos encontram-se em todas as áreas da entidade: venda, recursos humanos, fabricação, compras, tesouraria, etc;
Adequado controle sobre essas funções assume fundamental importância para que se atinjam os resultados mais favoráveis com a aplicação de menos recursos - diminuição de desperdícios;
Quando não existem procedimentos de controles internos, são frequentes os erros involuntários e desperdícios.
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As ações da CNova, empresa de comércio eletrônico do grupo francês Casino, dono do Pão de Açúcar (GPA), caíram 18% nesta segunda-feira (21/12), cotadas a US$ 2,42, na Nasdaq, bolsa americana. A queda foi atribuída, segundo analistas, ao comunicado divulgado pela companhia na sexta-feira, em que ela afirma estar fazendo uma investigação interna para apurar possíveis irregularidades na gestão de estoques no Brasil.
Segundo fontes próximas à empresa, a companhia estaria sendo vítima de roubo por nove de seus próprios funcionários. Eles atuavam nos centros de distribuição do grupo, desviando eletroeletrônicos e eletroportáteis devolvidos para comercializá-los ilegalmente.
O esquema, segundo fontes, ocorria há pelo menos cinco anos. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que os prejuízos são calculados em torno de R$ 60 milhões nesse período. Procurado, o GPA não comenta o assunto.
Walmart utiliza drones para controle de estoques
 Importância
 Tamanho e complexidade da organização: quanto maior é a entidade, em geral, mais complexa é a organização estrutural – Relatórios concisos que reflitam a situação organizacional;
 Responsabilidades: a responsabilidade pela salvaguarda dos ativos da companhia e pela prevenção ou descoberta de erros ou fraudes é da administração;
Caráter preventivo: um sistema de controle interno que funciona adequadamente constitui a melhor proteção, para a companhia, contra as fraquezas humanas. As rotinas de verificação e revisão são características de um bom controle interno, que reduzem a possibilidade de que erros ou tentativas fraudulentas permaneçam encobertos por muito tempo.
Controle
a)comparar a realidade com o previsto;
b)identificar os desvios, se houver;
c)analisar as causas desses desvios; e
e)implantar medidas corretivas que visam garantir a continuidade e a integridade da empresa.
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Objetivos dos Controles Internos
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Classificação dos controles internos
Controles do sistema contábil e de informações: fornecer meios que permitam a administração e ao pessoal de supervisão identificar erros ou omissões nos registros contábeis.
Exemplos:
• avaliação do tipo de informação fornecida; 
• qualidade da informação apresentada; 
• sistema de relatórios estratificados para cada nível administrativo.
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Classificação dos controles internos
b) Controles Organizacionais: Compreendem os métodos administrativos e operacionais implantados para uso rotineiro nas diversas atividades da organização.
Exemplos de controles organizacionais: 
• segregações de funções; 
• definição da delegação de autoridade; 
• procedimentos para as aprovações e autorizações; 
• parâmetros para a medição e a quantificação do desempenho operacional.
Segregação de funções: consiste na separação de funções de autorização, aprovação, execução, controle e contabilização das operações, evitando o acúmulo de funções por parte de um mesmo servidor.
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Classificação dos controles internos
c) Controles de procedimentos e do fluxo da documentação: inseridos no fluxo diário da documentação, visando garantir que o processamento de uma informação em determinado estágio será conferido nos estágios seguintes.
Exemplo:
Estabelecida responsabilidade para que operações e transações contabilizadas, seja, quando aplicável, comparadas com a existência física.
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 Artigo jornalístico sobre fraudes no ambiente empresarial
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 Como Identificar uma empresa prestes a fraudar
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 Diretrizes para a implantação ou revisão de um sistema de controles
1- Cada empresa deverá desenvolver seu próprio sistema de controles;
2- Por melhor que seja, nenhum sistema de controles poderá compensar incompetências dos executivos da empresa;
3- Complexidade dos sistemas de controles internos não representa garantia de eficácia e eficiência;
4- Devem ser fixados prazos realistas e exequíveis no processo de implantação do sistema de controles;
5- Decisiva a participação das pessoas na implantação ou aprimoramento dos controles internos e na futura manutenção e operacionalização sistêmica;
 
6- Sistemas complexos e impraticáveis são inúteis;
7- No processo de implantação ou reformulação, devem ser consideradas também as perspectivas futuras da empresa.
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 Níveis diferenciados para tratamento sistêmico dos controles internos
Controles internos estratégicos: fundamentais no contexto estrutural e para servir de guia para o dimensionamento e tratamento das outras categorias de controles; 
Controles internos diretivos: relacionados às diversas situações de risco a que estão expostas a empresas, variáveis sobre as quais esses controles devem agir para a minimização dos efeitos; e
Controles internos operacionais: responsáveis por garantir a eficácia dos antecessores, ao contribuir para a eliminação ou constatação de falhas na realização dos negócios, ineficiência nas tomadas de decisões ou na execução das rotinas de trabalho preestabelecidas.
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CASO PRÁTICO
	Para garantir a consecução dos principais objetivos empresariais da instituição bancária – lucratividade, rentabilidade e crescimento –, os diretores estabeleceram uma política de crédito, na qual é definida uma série de diretrizes para a aprovação e realização dos negócios. Entre as diretrizes, estabelecem que o banco irá conceder empréstimos a seus clientes de acordo com a classificação de risco e dentro de limites máximos de comprometimento de capital para cada um, evitandodessa maneira que concentrações em poucos tomadores de recursos ou avaliações malsucedidas da capacidade econômico-financeira dos interessados possam expor a empresa a graves situações de risco. 
CONTROLES INTERNOS ESTRATÉGICOS
Dessa maneira, já no nível estratégico da citada instituição financeira, os gestores estão tomando decisões tendo em conta a inevitável presença do risco da concessão do crédito. Essas políticas e diretrizes assim estabelecidas compõem o grupo dos controles internos estratégicos
Assim procedendo, a instituição está definindo os controles internos diretivos, ou seja, quais os parâmetros, métodos e processos a empresa utilizará para minimizar o risco representado pela concessão de crédito. 
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CASO PRÁTICO
	A seguir, a unidade do banco responsável pelo Risco de Crédito modela, institui e normatiza sistemáticas diretivas para serem utilizadas por toda a rede de negócios, visando ao cumprimento das diretrizes estratégicas estabelecidas na Política de Crédito. Essas sistemáticas diretivas são: 
• avaliação de riscos de clientes; e 
• atribuição de limites de crédito por cliente.
CONTROLES INTERNOS DIRETIVOS
Assim procedendo, a instituição está definindo os controles internos diretivos, ou seja, quais os parâmetros, métodos e processos a empresa utilizará para minimizar o risco representado pela concessão de crédito. Nessa fase, é importante salientar que tanto a Política de Crédito, com suas diretrizes estratégicas, quanto as sistemáticas diretivas citadas seriam amplamente divulgadas por meio do sistema normativo, na rede operadora de negócios.
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CASO PRÁTICO
	Por último, surgem os controles internos operacionais. No caso, quais seriam as normas complementares de controles que precisariam ser adotadas para garantir a eficácia do cumprimento da Política de Crédito? 
• segregação de funções nas redes, para garantir que aprovações de limites de crédito e liberação do financiamento sejam executadas por funcionários distintos; 
• sistemas automatizados que impeçam o registro e aprovação de empréstimos para clientes sem limite de crédito; 
• supervisão e conferência dos processos de análises do cadastro de clientes etc. 
CONTROLES INTERNOS OPERACIONAIS
Os controles internos operacionais, de presença intensiva no dia a dia das corporações, encerram assim o ciclo sistêmico dos controles internos, desde o nível estratégico até o operacional. Finalmente, é oportuno ressaltar que o sistema de controles internos está pulverizado por toda a organização, sob as mais variadas formas e em níveis diferentes de importância. Se houver falha em um procedimento de controle interno operacional, até ser corrigido podem não ter ocorrido prejuízos em montantes significativos para a organização empresarial. Ao contrário, se houver falhas em um controle interno estratégico, o preço a pagar pode ser a falência da empresa.
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Referências
OLIVEIRA, L., PEREZ JUNIOR, J., SILVA, C. Controladoria estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
PEREZ JÚNIOR.H;  SILVA Carlos A. dos S. Controladoria Estratégica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
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