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HABILIDADE E COMPETÊNCIAS GERÊNCIAIS DO ENFERMEIRO EM UTI Professora: Michelle Soeiro Qualidades Dinâmica Possibilitar a compreensão e análise crítica dos critérios que constituem a UTI, adequando ao porte, cliente e equipe. Auditoria da assistência de Enfermagem. Avaliação: a) peça de teatro 20 min (realizada dia 02/09, turno tarde) b) Resumo de artigo de 1 artigo (30 linhas) Emenda da disciplina PEÇA DE TEATRO 20 minutos Criar peça com um problema enfrentado pela enfermeira gerente na UTI Deve incluir as competências gerenciais usadas para resolver o problema Ao final 1 membro da equipe deve dizer os problemas enfrentados pela a enfermeira gerente e quais as competências gerenciais que foram utilizadas para solucionar o problema. Avaliações Resumo do artigo sobre Auditoria em Enfermagem Deve ser enviado para meu email ate o dia 17/09/2017 até as 24:00h. O resumo deve ter o titulo do artigo, objetivos, relevância, metodologia e conclusão. Dever 30 linhas no mínimo. Enviar para email: chellesoeiro@Hotmail.com Avaliações Estabelecer padrões MÍNIMOS EXIGIDOS PARA O FUNCIONAMENTO DAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA, objetivando a redução de riscos aos pacientes, aos profissionais e ao meio ambiente Este regulamento é aplicado a todas a UTIs (públicas e privadas; civis ou militares) REGULAMENTO TÉCNICO PARA FUNCIONAMENTO DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA - AMIB O serviço de UTI deve ter alvará de funcionamento atualizado e CNPJ próprio e deve esta inscrito no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) Também devera manter atualizada a quantidade de leitos existentes na UTI REGULAMENTO TÉCNICO PARA FUNCIONAMENTO DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA - AMIB É obrigatória a existência de UTI em: - Hospital terciário - Hospital secundário (capacidade igual ou superior a 100 leitos) O número de leitos em cada hospital deve corresponder a um mínimo de 6% do total de seus leitos, não podendo ser inferior a 05 (cinco) leitos por unidade. Deve ter profissionais qualificados, com treinamento específico, atendendo aos requisitos mínimos deste Regulamento Técnico. Todos os profissionais da UTI devem ser vacinados REGULAMENTO TÉCNICO PARA FUNCIONAMENTO DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA - AMIB A equipe da UTI deve: - implantar e implementar ações de farmacovigilância, tecnovigilância, hemovigilância e vigilância do controle de infecção e eventos adversos. - notificar os casos suspeitos, surtos e eventos adversos à coordenação no prazo de até 24h, colaborando na investigação epidemiológica e na adoção de medidas de controle - orientar os familiares e acompanhantes dos pacientes, quando houver ações de controle de infecção e eventos adversos REGULAMENTO TÉCNICO PARA FUNCIONAMENTO DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA - AMIB INSTRUTURA FISICA: sala de apoio, copa, sanitários, vestiários (feminino e masculino), deposito de material e limpeza e rouparia. OBS: os lavatórios para higienização das mãos podem ter formatos e dimensões variadas, porém a profundidade deve ser suficiente para que se lave as mãos sem que haja contaminação REGULAMENTO TÉCNICO PARA FUNCIONAMENTO DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA - AMIB EQUIPE UTI: Médico coordenador Médico diarista Médico plantonista Enfermeiro coordenador Enfermeiro assistencial Técnico enfermagem Fisioterapeuta Limpeza REGULAMENTO TÉCNICO PARA FUNCIONAMENTO DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA - AMIB UM MÉDICO COORDENADOR - legalmente habilitado, com título de especialista em medicina intensiva, específico para a modalidade de assistência da UTI sob sua responsabilidade (adulto, neonatal ou pediátrica); - pode assumir a responsabilidade por, no máximo, 02 (duas) UTI; - Em caso de UTI Neonatal, o MC poderá ter título de especialista em Neonatologia ou em Medicina Intensiva Pediátrica; - A UTI deve contar com um MC substituto UM MÉDICO DIÁRISTA: para no máximo 10 (dez) leitos com título de especialista em medicina intensiva específico para a modalidade de assistência da UTI na qual está lotado; REGULAMENTO TÉCNICO PARA FUNCIONAMENTO DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA - AMIB Um ENFERMEIRO COORDENADOR: • responsável pela coordenação da equipe de enfermagem • exclusivo da unidade na qual está lotado, capacitado para atendimento em terapia intensiva • experiência de, no mínimo, 03 (três) anos de trabalho no tipo de UTI que estará coordenando REGULAMENTO TÉCNICO PARA FUNCIONAMENTO DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA - AMIB ENFERMEIRO ASSISTENCIAL: exclusivo da unidade, para no máximo 05 leitos por turno; Fisioterapeuta: exclusivo da unidade, para no máximo 10 (dez) leitos por turno; Técnico de enfermagem exclusivo da unidade, para no máximo 02 (dois) leitos, por turno; Um auxiliar administrativo exclusivo da unidade; Um funcionário do serviço de limpeza, exclusivo da unidade, por turno; REGULAMENTO TÉCNICO PARA FUNCIONAMENTO DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA - AMIB • Equipe da UTI deve: - possuir estrutura organizacional documentada; - preservar a identidade e a privacidade do paciente - promover ambiência acolhedora - incentivar e promover a participação da família na atenção ao paciente; - garantir o direito a acompanhante para pacientes pediátricos e adolescentes; - fornecer orientações aos familiares e aos pacientes, quando couber, em linguagem clara, sobre o estado de saúde do paciente e a assistência a ser prestada desde a admissão até a alta; - promover ações de humanização da atenção à saúde; - dispor de manual de normas e rotinas técnicas implantadas. REGULAMENTO TÉCNICO PARA FUNCIONAMENTO DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA - AMIB • O manual normas e rotinas técnicas deve ser assinado pelo Médico coordenador e pelo enfermeiro coordenador; • atualizado anualmente ou sempre que houver a incorporação de novas tecnologias ou procedimentos e estar disponível para todos os profissionais da unidade. • O manual deve contemplar, no mínimo, os seguintes procedimentos: - médicos; - de enfermagem; - de fisioterapia; - de biossegurança; - de processamento de artigos e superfícies; - de controle de operação e manutenção de equipamentos; - de transporte do paciente grave REGULAMENTO TÉCNICO PARA FUNCIONAMENTO DE UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA - AMIB “Todo trabalho diretamente social ou coletivo, executado em grande escala, exige com maior ou menor intensidade uma direção que harmonize as atividades individuais e preencha as funções gerais ligadas ao movimento de todo o organismo produtivo, que difere do movimento de seus órgãos isoladamente considerados. Um violinista isolado comanda a si mesmo; uma orquestra exige um maestro”. K. Marx Surgiu na Segunda metade do século XIX Com o trabalho de Florence Nightingale na Guerra da Crimeia Devido as necessidades de organizar e dirigir os hospitais da Turquia. Florence consegui com a administração diminuir a mortalidade. Introdução ao Gerenciamento em Enfermagem (SOUSA; BERNADINHO, 2014) Florence Nightingale: organização do cuidado aos pacientes (através da sistematização das técnicas de enfermagem); organização do ambiente terapêutico (aplicação de mecanismos de purificação do ar, limpeza, higiene, e outros); organização dos agentes de enfermagem (por meio de treinamento e disciplina) (GOMES, 1997 apud FELLI; PEDUZZI, 2005) Introdução ao Gerenciamento em Enfermagem (DUTRA, 2014) No passado existiam as lady nurses que dominavam o saber administrativo Nurses consideradas alunas comuns que se aperfeiçoavam no saber prático É importante lembrar que: A administração e a pratica de enfermagem estão fortemente associadas. Introdução ao Gerenciamento em Enfermagem (SOUSA; BERNADINHO, 2014) Enfermeiro tem assumido cada vez mais responsabilidades e enfrentado diversos desafios no cenário da saúde Objetivo de promover o cuidado à saúde dos indivíduos desenvolvendo atividades de promoção, prevenção,tratamento e reabilitação O aumento de responsabilidades reflete a importância do profissional de enfermagem e do produto de seu trabalho no complexo contexto da saúde em nosso país Gerenciamento de Enfermagem (DUTRA, 2014) Lei 7498/86, de 25 de junho de 1986 reforça o que foi dito - Regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências - Art. 11, inciso I: destaca as atividades privativas dos Enfermeiro: a) DIREÇÃO DO ÓRGÃO DE ENFERMAGEM integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem; Gerenciamento de Enfermagem (DUTRA, 2014) - Art. 11, inciso I: destaca as atividades privativas dos Enfermeiro: b)ORGANIZAÇÃO E DIREÇÃO DOS SERVIÇOS DE ENFERMAGEM e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços c) PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, COORDENAÇÃO, EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Gerenciamento de Enfermagem (DUTRA, 2014) Outras funções do enfermeiro: a) participação no PLANEJAMENTO, EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO da programação de saúde b) participação na ELABORAÇÃO, EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO dos planos assistenciais de saúde Gerenciamento de Enfermagem (DUTRA, 2014) Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) no que se refere aos cursos de graduação em Enfermagem, publicadas oficialmente na Resolução CNE/CES Nº 03 de 7/11/2001, onde em seu Art. 4, inciso V: competência ou habilidade exigida dos enfermeiros a “ADMINISTRAÇÃO E GERENCIAMENTO: os profissionais devem estar aptos a tomar iniciativas, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho quanto dos recursos físicos e materiais e de informação, da mesma forma que devem estar aptos a serem empreendedores, gestores, empregadores ou lideranças na equipe de saúde” Gerenciamento de Enfermagem Definição de Gerência em Enfermagem “É a arte de pensar, julgar, decidir e agir para obter resultados”; Porém, para ser gerente é preciso desenvolver “a capacidade na arte de pensar e julgar para melhor decidir e agir” (MOTTA, 2002 apud SANCHES; CHRISTOVAM; SILVINO, 2006). Gerenciamento de Enfermagem O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Resolução COFEN 311/07) Art. 66: Afirma que é direito do enfermeiro “exercer CARGOS DE DIREÇÃO, GESTÃO E COORDENAÇÃO na área de seu exercício profissional e do setor saúde Gerenciamento de Enfermagem Deliberação COREN-MG 176/07 “Enfermeiro Responsável Técnico tem sob a sua responsabilidade a DIREÇÃO, ORGANIZAÇÃO, PLANEJAMENTO, COORDENAÇÃO, EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares” Gerenciamento de Enfermagem O processo de trabalho em enfermagem inclui: cuidar ou assistir ADMINISTRAR OU GERENCIAR pesquisar ensinar Gerenciamento de Enfermagem (DUTRA, 2014) Os objetos de trabalho gerencial do enfermeiro são: a organização do trabalho e os recursos humanos de enfermagem que incluem a: - o planejamento, o dimensionamento de pessoal de enfermagem, o recrutamento e seleção de pessoal, a educação continuada e/ou permanente, a supervisão, a avaliação de desempenho e outros. Gerenciamento de Enfermagem (DUTRA, 2014) Duas teorias para a gerência: a) O modelo racional apresenta a gerência fundamentada pela Teoria Geral da Administração, tendo enfoque Taylorista: - Produção em massa - meta atender aos objetivos da organização, para isso utilizando-se de ferramentas administrativas (planejamento, organização, direção, coordenação, controle). - controle de tempos e movimentos, trabalho fragmentado por funções, divisão entre concepção e execução do trabalho e alienação do trabalho coletivo - Observado em grandes hospitais Gerenciamento de Enfermagem (DUTRA, 2014) Vídeo Taylorismo Nos grandes hospitais é comum um modelo clássico de gestão, caracterizado por: - poder centralizado - hierarquia rígida - relações impessoais, - decisões lentas - comunicação vertical Gerenciamento de Enfermagem (DUTRA, 2014) Críticas ao modelo Taylorista: • ênfase em tarefas e técnicas • uso de manuais normalizadores • assistência fragmentada • supervisão controladora e disciplinar A ação do enfermeiro em geral é limitada no que se refere à tomada de decisão e mudanças que realmente interferem na assistência prestada aos pacientes Gerenciamento de Enfermagem (DUTRA, 2014) Recentemente tem ocorrido mudanças nesse modelo impostas pelos avanços tecnológicos e pela globalização - trabalho em equipe - organização do trabalho flexível - agilidade na adaptação dos instrumentos - inserção de ferramentas de qualidade nos serviços de saúde - crescentes custos da atenção à saúde - necessidade de ampliação da cobertura dos serviços - o aumento das exigências dos consumidores (BRITO; MONTENEGRO; ALVES, 2010). Gerenciamento de Enfermagem (DUTRA, 2014) Porém a intensificação do ritmo de trabalho da enfermagem destaca-se como uma consequência dessas políticas que tem como real intenção a lucratividade das organizações Gerenciamento de Enfermagem (DUTRA, 2014) b) A gerência com base no modelo histórico-social te por objetivo: - o atendimento das necessidades de saúde da população - a democratização das instituições de saúde - ampliação da autonomia dos usuários e trabalhadores envolvidos no processo de cuidado - preocupar-se com as demandas da organização e com o controle do processo de trabalho (FELLI; PEDUZZI, 2005). Gerenciamento de Enfermagem Atividades gerenciais do enfermeiro: - Gerenciando cuidados com o paciente - Gerenciando o serviço de enfermagem Na enfermagem o trabalho é desenvolvido por uma categoria de profissionais que seguem uma hierarquia e que são distribuídas seguindo o grau de complexidade por este motivo o profissional enfermeiro deve: - Garantir a organização do trabalho coletivo e o planejamento e desenvolvimento de novos processo, métodos e instrumentos Gerência em Enfermagem (DUTRA, 2014) O mercado de trabalho espera do Enfermeiro: - Capacidade para trabalhar com conflitos - Enfrentar problemas - Negociar - Dialogar - Argumentar - Propor e alcançar mudanças, com estratégias que o aproximem da equipe e do cliente, contribuindo para a qualidade do cuidado, espera-se do enfermeiro uma CAPACIDADE PARA GERENCIAR Gerência em Enfermagem (DUTRA, 2014) Existem dois tipos de gerencia em enfermagem: GERÊNCIA DE SERVIÇO que consiste na previsão, provisão, manutenção, controle de recursos materiais e humanos para o funcionamento do serviço GERÊNCIA DO CUIDADO que consiste no diagnóstico, planejamento, execução e avaliação da assistência, passando pela delegação das atividades, supervisão e orientação da equipe (GRECO, 2004: p.505) Amos tem por objetivo a assistência ao paciente, sendo eles indissociáveis e interdependentes. Gerência em Enfermagem (DUTRA, 2014) Devido as grande mudanças que ocorrem no mundo globalizado o gestor do milênio deve ser capaz de atender prontamente a essas mudanças: adaptar-se a novas situações ser flexível ter capacidade de relacionamentos assumir desafios Gerência em Enfermagem (DUTRA, 2014) É importante que o Enfermeiro tenha COMPETÊNCIA: - Agir com responsabilidade, integrar, transferir conhecimentos, habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo Gerência em Enfermagem (DUTRA, 2014) Do Enfermeiro é exigido: CONHECIMENTO (que conheça o que faz) HABILIDADES (que faça corretamente) ATITUDES ADEQUADAS para desempenhar seu papel objetivando resultados positivos Gerência em Enfermagem (DUTRA, 2014) Portanto do Enfermeiro é exigido que seja competente naquilo que faz, bem como garantir que os membros da sua equipe tenham competência para executarem as tarefas que lhes são destinadas Gerência em Enfermagem (DUTRA, 2014) Gerência em Enfermagem Competências, habilidades e atitudes gerenciaisdo Enfermeiro: disponibilidade; capacidade de mediar conflitos e estabelecer relações; buscar o autodesenvolvimento e de sua equipe; trabalhar em equipe; atender às demandas da organização; Exercer liderança; planejamento; organização; tomar de decisões com base no pensamento crítico e reflexivo; persuasão; criatividade, atração pelo novo capacidade de enfrentar desafios; assumir responsabilidades ter visão estratégica (DUTRA, 2014) Gerência em Enfermagem Existem 3 tipos de habilidade fundamentais para o enfermeiro HABILIDADE TÉCNICA: - utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos para execução de tarefas, através da experiência profissional. Relaciona- se com o fazer, por meio de sua instrução, experiência e educação. HABILIDADE HUMANA: - Capacidade de trabalhar em equipe. - Lida com a interação entre pessoas e envolve a capacidade de se comunicar, motivar, coordenar, liderar e solucionar conflitos pessoais ou grupais, visando cooperação, participação e envolvimento das pessoas. (DUTRA, 2014) Gerência em Enfermagem Existem 3 tipos de habilidade fundamentais para o enfermeiro HABILIDADE CONCEITUAL: - constitui-se na capacidade para lidar com ideias e conceitos abstratos - e está ligada a pensar, raciocinar, diagnosticar situações e formular alternativas de solução para os problemas - É perceber oportunidades onde ninguém enxerga coisa alguma. (DUTRA, 2014) Gerência em Enfermagem Essas três habilidades do Enfermeiro requerem competências pessoais distintas, as quais traduzem qualidades de quem é capaz de analisar uma situação, apresentar soluções e resolver os assuntos ou problemas, constituindo, assim, o maior patrimônio pessoal do administrador: seu capital intelectual (DUTRA, 2014) Gerência de Enfermagem é um processo de trabalho que utiliza de elementos como: - Planejamento - Dimensionamento de pessoal - Recrutamento e seleção - Educação continuada - Supervisão - Avaliação de desempenhos - Ferramentas para processo do cuidar Gerenciamento em Enfermagem (SOUSA; BERNADINHO, 2014) As atividades gerenciais do enfermeiro devem ter como objetivo o cuidado de qualidade. Dessa forma a medida que o gerenciamento de enfermagem esta articulado com a prática do cuidado temos a promoção do cuidado integral. Gerenciamento em Enfermagem (SOUSA; BERNADINHO, 2014) O enfermeiro tem a função de organizar e planejar o trabalho a ser desenvolvido, avaliar o paciente, planejar a assistência, supervisionar os cuidados, ser o responsável por tarefas burocráticas e administrativas. Competências do Enfermeiro para atuar na UTI (CAMELO, 2012) O trabalho dos enfermeiros para o gerenciamento em UTI devem ser fundamentados na CAPACIDADE PARA TOMAR DECISÕES Inclui conhecer a instituição e sua missão, avaliar as reais necessidades dos usuários e realizar trabalho pautado no planejamento Detalhe as ideias e as formas de coloca- las em prática, recursos, participantes do processo e os passos a serem seguidos, criação de cronogramas e o envolvimento de toda a equipe de saúde Competências Gerenciais do Enfermeiro para atuar na UTI (CAMELO, 2012) LIDERANÇA EM ENFERMAGEM Envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e eficaz Na UTI a tomada de decisões devem ser rápidas e assertivas, isso gera muitas vezes a uma postura autoritária ao invés de participativa por parte do enfermeiro. Competências Gerenciais do Enfermeiro para atuar na UTI (CAMELO, 2012) Nesse contexto o enfermeiro deve: adaptar seu estilo de LIDERANÇA, respeitando as diferenças e garantindo a assistência. É necessário que o enfermeiro reconheça o valor de cada membro de sua equipe, visando estabelecer liderança responsável, onde a confiança e busca continua de conhecimento prevaleça Portanto é necessário que o enfermeiro aprimore constantemente seus conhecimentos para que possa responder as necessidades da equipe e instituição Competências Gerenciais do Enfermeiro para atuar na UTI (CAMELO, 2012) COMUNICAÇÃO: processo interpessoal que deve atingir o objetivo dos comunicadores, que é repassar a informação de modo claro afim de que não haja dúvidas Possuir consciência do verbal e do não verbal nas interações, atua com clareza e objetividade É fundamental para se estabelecer metas, identificar e solucionar problemas Competências Gerenciais do Enfermeiro para atuar na UTI (CAMELO, 2012) É importante que os enfermeiro criem estratégias de COMUNICAÇÃO para atender as necessidades do familiares e pacientes A COMUNICAÇÃO é uma ferramenta utilizada para a melhoria no cuidado Nesse sentido deve-se planeja e avaliar a comunicação Competências Gerenciais do Enfermeiro para atuar na UTI (CAMELO, 2012) Competências Gerenciais do Enfermeiro para atuar na UTI Enfermeiros devem: identificar e intervir nas alterações fisiológicas dos pacientes amenizar a ansiedade desses e de seus familiares utilizar os recursos tecnológicos que compõem esse ambiente facilitar a interdisciplinaridade zelar pela manutenção e organização do ambiente, junto aos demais membros de sua equipe Nesse sentindo A EDUCAÇÃO CONTINUADA/PER MANENTE é uma forma de assegurar a manutenção de toda a equipe de enfermagem. (CAMELO, 2012) A EDUCAÇÃO CONTINUADA/PERMANENTE visa a possibilidade de transformação do processo de trabalho. Ela envolve o gerenciar, cuidar, educar e a utilização de uma reflexão crítica sobre a prática cotidiana de trabalho para produzir mudanças no pensar e agir da equipe de saúde Competências Gerenciais do Enfermeiro para atuar na UTI (CAMELO, 2012) GERENCIAMENTO DE RECURSOS HUMANOS: Inclui recursos físico e materiais - Dimensionamento de pessoal - Resolução COFEN nº293/2004 preconiza que o dimensionamento e a adequação quantiqualitativa do quadro de profissionais de enfermagem devem se basear em características relativas à instituição/empresa, ao serviço de enfermagem e à clientela UTI=pacientes debilitados e com maior dependência de cuidados Competências Gerenciais do Enfermeiro para atuar na UTI (CAMELO, 2012) Por essa razão, O DIMENSIONAMENTO DO PESSOAL de enfermagem deve ser estimado mediante o uso de instrumentos Quanto à proporção de enfermeiros do total de trabalhadores de enfermagem, de 52 a 56% devem ser enfermeiros e os demais devem ser técnicos de enfermagem Competências Gerenciais do Enfermeiro para atuar na UTI (CAMELO, 2012) O enfermeiro de UTI, para promover gerenciamento dos recursos humanos da área da Enfermagem necessita: - conhecer a capacidade e a disposição de seus colaboradores e aliá-las no nível de complexidade exigida pela clientela. Competências Gerenciais do Enfermeiro para atuar na UTI (CAMELO, 2012) GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS é definido como o fluxo de atividades de: - programação (classificação, padronização, especificação e previsão de materiais) - compra (controle de qualidade e licitação) - Recepção - Armazenamento - Distribuição - controle Competências Gerenciais do Enfermeiro para atuar na UTI (CAMELO, 2012) GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS Objetivo de garantir que a assistência aos usuários não sofra interrupções por insuficiência na quantidade de recursos materiais Competências Gerenciais do Enfermeiro para atuar na UTI (CAMELO, 2012) 1. ¨Cultura de segurança¨: Definida como o conjunto de crenças, valores, atitudes, normas e concepções compartilhadas por todos os profissionais da UTI Personalidade da UTI O jeito como as coisas são feitas Determina a forma como as pessoas trabalham juntas, como se comunicam, como se adaptam aos desafios e como reagem aos erros A implementação de uma UTI segura é esforço de toda a equipe e de todos os níveis. UTI SEGURA 2. São características da cultura de uma UTI segura: Liderança firme e respeitosa Comunicação aberta, responsável e produtiva Espírito de equipe Reação rápida e eficiente Relato sistemático e reação rápida para correção dos eventos (não a punição; erros são consequências) UTI segura: Manter uma equipe quantitativa e qualitativamente capacitada para atender às demandas de sua UTI: - profissionais qualificados e em número suficiente para o atendimento de rotina e para as emergências que surgem naturalmente dentro de uma UTI - Equipe experiente - Número de profissionais adequados (médico, enfermeiro, etc) - Treine sua equipe UTI segura 3. Identificar e aferir seus principais problemas de segurança e estabelecer um plano para corrigi- los. a) Liste os projetos necessários e priorize alguns para começar. b) Desenvolva um plano de ação para cada um dos projetos. Estabeleça uma métrica; obtenha os dados iniciais; defina a estrutura e os recursos necessários; escreva os processos e treine a equipe; e estabeleça os indicadores que serão utilizados para aferir os resultados UTI segura 3. Identificar e aferir seus principais problemas de segurança e estabelecer um plano para corrigi-los. c) Faça uma avaliação antecipada do ambiente, aproveitando as oportunidades, corrigindo ou contornando as barreiras em potencial e buscando os recursos necessários. d) Documente a situação atual, implemente o plano estabelecido, documente a evolução ao longo do tempo e faça as correções necessárias e) Divulgue os resultados. Discuta abertamente o insucesso. Premie a melhoria. UTI segura Ciclo PDCA - Ferramenta fácil, porém poderosa e eficiente para a melhoria contínua de qualidade de uma UTI. - 4 fases: a) Planejamento: identifique um problema monte um plano para resolvê-lo Estabeleça a estrutura e os recursos necessários delineie o processo detalhadamente defina as metas que deverão ser atingidas num determinado intervalo de tempo UTI segura b) Desenvolvimento: implemente o plano ao longo do tempo exatamente como planejado Nesta etapa são fundamentais a educação, o treinamento e o comprometimento de toda a equipe no processo. c) Controle: colete informações antes e durante o desenvolvimento das ações para documentar as mudanças Verifique se a meta foi alcançada, dentro do tempo definido Identifique os desvios na meta ou no método. UTI segura d) Ação corretiva: Caso sejam identificados desvios na meta e/ou no plano, é necessário definir e programar soluções que eliminem as suas causas. Caso não sejam identificados desvios, é possível realizar um trabalho preventivo, identificando quais desvios são passíveis de ocorrer no futuro, suas causas, soluções etc. UTI segura 5. Estabelecer e treinar, em conjunto com a equipe, protocolos ou rotinas. Permita flexibilidades Reveja a não adesão às propostas estabelecidas a) Estabeleça as tarefas mais críticas da UTI e os atendimentos clínicos mais comuns. b) Desenvolva protocolos e Treine toda a equipe e comunique a todos que os protocolos estão sendo implantados c) Faça avaliações críticas, correções e atualizações constantes do protocolo UTI segura 6. Usar Checklist Importância d uso: - Pacientes críticos necessitam em media de mais de 170 intervenções por dia. - Realizadas por diferentes equipes - Estão muito sujeitas a erros (estresse, natural limitação da memória, fadiga, etc) - Essa limitações não deve colocar o paciente em risco UTI segura 6. Usar Checklist Ferramenta capaz de melhorar a segurança e a qualidade e de reduzir custos na UTI Facilita a aplicação de tarefas complexas Ajuda a garantir que tudo o que deve ser feito realmente seja feito É o tratamento certo, na dose certa, na hora certa, no paciente certo UTI Segura 6. Usar Checklist a) Identifique algumas tarefas, procedimentos ou processos que são críticos na UTI e descreva os passos importantes. b) Construa um checklist. Eduque e treine a equipe da UTI e comunique a todos a sua importância. c) Aplique cada checklist durante um período curto de tempo como um piloto. Faça as mudanças necessárias e inicie sua aplicação sistematizada. d) Avalie periodicamente seus resultados e atualize o checklist sempre que necessário. UTI Segura 7. Garantir uma continuidade de cuidados -manter a UTI com o mesmo nível de atenção e atendimento durante 24h a) Monte uma equipe que possa dar o mesmo atendimento aos pacientes no período diurno, noturno e em fins de semana e feriados. b) Treine toda a equipe nas manobras de emergência e nos protocolos e rotinas da UTI. UTI Segura 7. Garantir uma continuidade de cuidados c) Realize visitas de beira-leito a cada troca de plantão e garanta que tudo que foi feito tenha sido anotado e comunicado. d) Garanta supervisão especializada, liberação de medicamentos e possibilidade de exames de emergência numa base 24/7. e) Mantenha um plano de contingência para situações inesperadas (falta de um profissional da equipe, demanda aumentada ocasional, falha de equipamentos etc.). UTI Segura 8. Garantir segurança durante o suporte tecnológico Pacientes UTI necessitam de equipamento com muita tecnologia Quando apresentam algum defeito e não sofrem manutenção adequada podem causar risco ao paciente a) Analise sistematicamente os equipamentos antes da aquisição. Faça uma avaliação piloto, analisando criticamente se o equipamento satisfaz as necessidades e se é seguro. Busque uma padronização dos equipamentos. UTI Segura 8. Garantir segurança durante o suporte tecnológico b) Treine intensivamente toda a equipe para indicar, usar e interpretar corretamente os equipamentos antes de colocá-los em uso. c) Estabeleça períodos de treinamento nesses equipamentos. Não confie no princípio de “uma vez treinado está aprendido”. Retreine sempre. d) Estabeleça protocolos de manutenção preventiva e tenha um plano de contingência para eventuais falhas de cada equipamento. UTI Segura 9. Estabelecer COMUNICAÇÃO efetiva entre todos da equipe Devido a complexidade do atendimento na UTI pode ocorre problemas na comunicação Problemas de comunicação estão na raiz da maioria dos problemas enfrentados em UTI Uma boa comunicação facilita a atuação da equipe como um time, estabelece objetivos comuns a serem atingidos e auxilia na obtenção de cooperação do paciente e/ou de seus familiares. UTI Segura 9. Estabelecer COMUNICAÇÃO efetiva entre todos da equipe a) Faça reuniões periódicas com toda a equipe da UTI para consenso e comunicação de objetivos estratégicos de curto, médio e longo prazo. b) Apresente claramente os novos protocolos e rotinas, treinando os profissionais da equipe. Divulgue sistematicamente os resultados alcançados, as metas atingidas ou não e os planos de melhoria. c) Organize visitas multidisciplinares diárias, discutindo os casos, acertando os planos e estabelecendo objetivos comuns e específicos para cada profissional. UTI Segura 9. Estabelecer COMUNICAÇÃO efetiva entre todos da equipe d) Atenda os familiares e mantenha-os informados da evolução do paciente e dos objetivos a serem perseguidos. e) Mantenha uma boa comunicação com outras áreas do hospital para facilitar o fluxo e a logística da UTI e promova uma eficiente comunicação entre os médicos da UTI e os outros especialistas, tornando consensuais tratamentos e objetivos comuns. f) Estabeleça um canal de informação dos eventos adversos ocorridos, possibilitando a avaliação de erros na estrutura ou nos processos para que possam ser rapidamente corrigidos e evitando a repetição desses eventos. UTI Segura 10. Tratar sem lesar O princípio da não maleficência Algumas situações e sugestões: a) Reavalie sempre a indicação de cada procedimento. O profissional mais treinado deve realizá-lo, com respeito obsessivo à boa técnica. b) Reavalie sistematicamente a necessidadede manter monitores, cateteres, tubos, sondas etc. Retire-os assim que for possível. UTI Segura 10. Tratar sem lesar c) Solicite exames complementares e procedimentos diagnósticos somente quando bem indicados e necessários, evitando expor os pacientes a riscos desnecessários. d) Prescreva antibióticos e sedativos somente quando bem indicados e somente pelo tempo necessário. e) Evite os excessos na administração de derivados sanguíneos, de volume de fluidos e de drogas vasoativas. UTI Segura REFERÊNCIAS BRASIL. Lei 7498 de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES Nº 3, de 7 de novembro de 2001. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. CAMELO, S. H. H. Competência profissional do enfermeiro para atuar em Unidades de Terapia Intensiva: uma revisão integrativa. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 20, n. 1, p. 192-200, 2012. DUTRA, H. S. Gerência em Enfermagem. p. 1-7, 2014. FELLI, V.E.A.; PEDUZZI, M. O trabalho gerencial em Enfermagem. In: KURCGANT, P. Gerenciamento em Enfermagem. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. SOUSA, S. M.; BERNARDINO, E. Gerenciamento de enfermagem para o cuidado integral: revisão integrativa. Revista de enfermagem UFPE on line-ISSN: 1981-8963, v. 9, n. 6, p. 8312-8321, 2014.
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