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DIREITO PROCESSUAL PENAL I - Caso Concreto 16

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DIREITO PROCESSUAL PENAL I - CCJ0040 
Título 
Caso Concreto 16 
Descrição 
CASO 1 Os arts. 5º, II, 18, 26, 156, I, 241, retratam a atuação de ofício pelo juiz ainda na 
fase investigativa. Diga se esses dispositivos são compatíveis com o atual sistema vigente 
na CRFB/88, estabelecendo as principais diferenças entre o sistema acusatório e o 
inquisitivo. 
 
RESPOSTA: 
 
Os dispositivos são incompatíveis com o atual sistema de ampla defesa e do 
contraditório disposto na nossa constituição federal e o acusatório adotado pelo 
nosso código de processo penal , pois em todos eles os atos são praticados ainda 
na fase investigativa do inquérito penal, ou seja, são regidos pelo sistema 
inquisitivo, quando não há ainda um processo instaurado, sendo a parte 
denominada um sujeito de investigado. 
No sistema inquisitivo a autoridade policial pode conduzir o feito como bem lhe 
aprouver, há a junção do órgão investigativo e julgador na mesma pessoa. Entretanto, 
uma vez concluído o relatório com o indiciamento do acusado, segue-se para à análise 
do magistrado, e este deverá conceder vistas ao ministério público, que decidirá s e 
oferece denúncia (se a ação for ação pública) ou requer o arquivamento do 
inquérito. Caso o juiz acolha a primeira pretensão do parquet, inicia-se, agora como 
requisito fundamental, todo o espaço de ampla defesa e contraditório ao antes 
indiciado que passa a ser réu, e poderá requerer todas as disposições dilatórias 
para comprovação de sua defesa que o código de processo penal permita. Possui 
como características: 
 
a) as três funções (acusar, defender, julgar) concentram-se nas mãos de uma só 
pessoa, iniciando o juiz, ex officio, a acusação, quebrando assim, sua imparcialidade; 
b) o processo é regido pelo sigilo, de forma secreta; 
c) não há contraditório nem ampla defesa; 
d) o sistema de provas é o da tarifada, e consequentemente a confissão é a rainha 
das provas. 
 
No sistema acusatório, aplicado pelo nosso código penal, há nele a característica da 
separação entre a função acusatória e a julgadora, garantindo a imparcialidade do 
órgão julgador, e por consequência, assegura a plenitude de defesa e o tratamento 
igualitário das partes. 
Nesse sistema, ao considerarmos que a inicia tiva é do órgão acusador, o defensor 
tem sempre o direito de se manifestar por último, A produção das provas é 
incumbência das partes. Possui como características: 
 
a) há separação entre as funções de acusar, julgar e defender; 
b) o processo é regido pelo princípio da publicidade dos atos processuais; 
c) os princípios do contraditório e da ampla defesa informam todo o processo; 
d) o sistema de provas é o do livre convencimento; e) imparcialidade do órgão 
julgador. 
 
 
 
 
CASO 2 A instrução contraditória é inerente ao próprio direito de defesa, pois não se 
concebe um processo legal, buscando a verdade processual dos fatos, sem que se dê ao 
acusado a oportunidade de desdizer as afirmações feitas pelo Ministério Público em sua 
peça exordial? (Almeida, Joaquim Canuto Mendes de. Princípios Fundamentais do 
Processo Penal. São Paulo: RT). Analise os princípios informados acima e responda se 
eles são aplicados na fase pré-processual, fundamentando sua resposta. 
 
RESPOSTA: 
 
Os princípios da ampla defesa e do contraditório não são aplicados na fase pré-
processual de uma ação penal, visto que a investigativa do inquérito se dá sob a 
regência do sistema inquisitivo, sendo a característica deste o aglutinamento da 
autoridade investigativa, julgadora, e defensora em uma só pessoa. 
 
Contudo, torna-se oportuno ressaltar que no seguimento regular do devido processo 
legal a busca da verdade real deve ser o objetivo primordial. E que não há 
verdade processual sem que, para que se possa descobri-la, respeitem-se os 
procedimentos delineados em lei. Não há como se respeitar o contraditório, 
estabelecendo a igualdade das partes na relação jurídico-processual, sem o 
cumprimento dos dispositivos legais. Sem o devido processo legal, não pode haver 
contraditório. O devido processo legal é o princípio reitor de todo arcabouço jurídico 
processual. 
 
 
CASO 3 Catarina, no dia 10/03/08, praticou o crime de homicídio doloso. Em agosto de 
2008 entrou em vigor a lei 11.689/08, que revogou o art. 607 do CPP, extinguindo assim 
com o protesto por novo júri, um recurso exclusivo da defesa que era cabível para os 
condenados à uma pena igual ou superior a vinte anos de reclusão. Em dezembro de 
2008 o magistrado proferiu a sentença condenando Catarina à 21 anos de reclusão. Essa 
lei processual nova se aplica à Catarina? 
 
RESPOSTA: 
 
Sim, levando em consideração que a aplicação da lei nova no processo penal é 
de caráter imediato ( Art. 2º do CPP), não havendo que se falar em 
irretroatividade da lei penal mais grave e retroatividade da mais benéfica, como é 
aplicado no código penal pátrio. 
 
“ A lei processual penal entrando em vigor após promulgação, publicação e eventual 
vacatio legis, terá efeito imediato. Os atos processuais praticados sob a égide da 
lei anterior revogada, continuam válidos, e manterão sua eficácia, inclusive no que 
diz respeito aos prazos que já começaram a correr. Contudo nada impede que o 
legislador, querendo, estabeleça, expressamente, a retroatividade ou irretroatividade 
da lei nova. Em havendo normas processuais mistas, com caráter processual e 
penal, não se aplica quanto aos efeitos penais o princípio tempus regit actum 
(aplicação imediata), mas sim os princípios constitucionais que regem a aplicação 
da lei penal: a ultratividade e a retroatividade da lei mais benigna”. 
 
Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos 
realizados sob a vigência da lei anterior. (CPP) 
 
 
 
CASO 4 Determinado inquérito policial foi instaurado para apurar a prática do crime de 
tráfico de drogas, figurando como indiciado Regiclécio da Silva, mais conhecido como 
Águia. Durante as investigações, seu advogado, devidamente constituído, requereu à 
autoridade policial a vista dos autos do respectivo inquérito. Argumentou para tanto que, 
não obstante em tramitação sob regime de sigilo, considerada a essencialidade do direito 
de defesa, prerrogativa indisponível assegurada pela Constituição da República, que o 
indiciado é sujeito de direitos e dispõe de garantias legais e constitucionais, cuja 
inobservância, pelos agentes do Estado, além de eventualmente induzir-lhes à 
responsabilidade penal por abuso de poder, pode gerar a absoluta desvalia das provas 
ilicitamente obtidas no curso da investigação policial. A autoridade policial não permitiu 
o acesso aos autos do inquérito policial, uma vez tratar-se de procedimento sigiloso e que 
tal solicitação poderia comprometer o sucesso das investigações. Diga a quem assiste 
razão, fundamentando a sua resposta na doutrina e jurisprudência. 
 
RESPOSTA: 
 
Assiste razão ao Advogado, uma vez que é direito do investigado, através de seu 
patrono, ter inteiro acesso aos autos do inquérito e as provas já coligidas e 
documentadas no mesmo. 
 
CASO 5 O Promotor de Justiça com atribuição requereu o arquivamento do inquérito 
policial, em razão da atipicidade, com fundamento no artigo 395,II do CPP. O juiz 
concordou com as razões invocadas e determinou o arquivamento do IP. Um mês depois, 
o próprio promotor de justiça tomou conhecimento de prova substancialmente nova, 
indicativa de que o fato realmente praticado era típico. Poderá ser instaurada ação penal?A decisão de arquivamento do IP faz coisa julgada material? 
 
RESPOSTA: 
 
No caso em tela, não há que se falar em possibilidade de instauração da ação 
penal, visto a ocorrência da coisa julgada material do fato considerado em análise 
de mérito como a típico. Portanto, visto a imutabilidade da sentença penal 
absolutória transitada em julgado, com seu efeito de dentro para fora do processo, 
não há mais possibilidade de se desarquivar o feito no caso sob análise. 
 
CASO 6 Maneco Branco estava sob suspeita de traficar drogas nas imediações de uma 
casa noturna frequentada por jovens da classe média da zona sul da cidade. Foi assim 
que policiais da circunscricional local postaram-se em condições de observar a dinâmica 
do negócio espúrio: de tempos em tempos, Maneco entrava e saía da de uma casa 
próxima, para entregar alguma coisa a pessoas, que iam na direção da referida casa 
noturna. Sendo assim, os policiais, às 22h, ingressaram na casa mediante pontapés, e 
lograram encontrar 100kg de cocaína, 1000 papelotes de ácido e 5000 comprimidos de 
êxtase. Maneco foi preso em flagrante. A prisão de Maneco foi legal? 
 
RESPOSTA: 
 
Sim, haja vista o caráter permanente do delito de ter em depósito substância 
entorpecente ilícita, podendo assim ser executada a prisão em flagrante por todo o 
período em que se der a permanência do crime. 
 
 
 
 
 
CASO 7 Claudão estava na porta de uma casa noturna, pretendendo nela ingressar, de 
qualquer maneira, mesmo não dispondo de dinheiro para pagar o ingresso ou de convite 
distribuído a alguns frequentadores. Vendo que não conseguia o seu intento, resolveu 
apelar para o golpe: vou entrar só para ver se encontro um amigo, que marcou aqui na 
porta, disse ao porteiro. Como o porteiro não foi na conversa, Claudão começou a 
insultálo e nele desferiu dois socos bem colocados, causando-lhe um inchaço na testa e 
escoriações no cotovelo direito, ferimento esse decorrente da queda do agredido ao chão. 
Policiais-militares, chamados ao local, deram voz de prisão ao Claudão, e o conduziram, 
juntamente com a vítima, à circunscricional, onde Claudão foi logo autuado em flagrante 
delito. Indaga-se: a. foi correta a prisão de Claudão pelos policiais militares? b. O fato 
narrado, por si só, ensejava a lavratura do auto de flagrante? 
 
RESPOSTA: 
 
A prisão foi correta, haja vista a circunstância do flagrante próprio do caso exposto, 
nos termos do artigo 302, II, do CPP. 
 
Contudo, é preciso mencionar que o crime cometido no caso sob análise fora o 
delito de lesões corporais de natureza leve (art. 129 do CP), cuja pena é de 
detenção de no máximo um ano, trazendo as sim a competência para os juizados 
especiais cíveis , em consonância a o que dispõe os artigos 60 e 61 da lei nº 9.099/95. 
Dito isso, o que deve ocorrer é a soltura do agente ativo, mediante assinatura do 
termo circunstanciado de ocorrência (TCO) no qual se comprometa a comparecer, 
quando intimado, aos atos posteriores do feito nos juizados especiais cíveis e 
criminais. Não havendo, deste modo, não há necessidade de se manter a prisão 
em flagrante. 
 
 
CASO 8: Wladimir e Otaviano, policiais civis, vão até a uma favela da região e, no 
intuito de incriminar Godofredo como traficante de droga, fingem ser compradores de 
maconha e o induzem a lhes vender a erva. Quando Godofredo traz a droga, os policiais 
efetuam a prisão em flagrante por infringência do art. 33, da Lei nº 11.343/06. Perguntase: 
Essa prisão é legal? Resposta fundamentada. 
 
RESPOSTA: 
 
Em uma análise perfunctória, poderia ter -se o entendimento sobre a ilegalidade da 
prisão no caso em tela, tendo em vista o caráter do flagrante preparado que o 
mesmo apresenta, constituindo deste modo em crime impossível, e com isso atípico, em 
respeito a súmula 145 do STF. 
 
Todavia, em razão da característica permanente que o crime de tráfico de drogas 
apresenta, em suas múltiplas formas de estado flagrancial (ter, possuir, levar 
consigo, e outras dispostas no art. 33 da lei11.343/06), vislumbra-se que os a 
gentes policiais não induziram Godofredo a transportar o entorpecente, tendo a í a 
circunstância do flagrante ainda em permanência. Portanto, não se pode declarar a 
ilegalidade da prisão, pois houve a consumação do tipo penal no ato de portar a 
droga ilícita. O inquérito deverá ser instaurado pela autoridade policial. 
 
 
CASO 09 Genésia, 13 anos de idade, foi vítima do crime previsto no art. 217-A do CP 
praticado por Regiclécio. Genésia, assustada, foi pra casa e comunicou o fato a seu pai, 
que imediatamente noticiou o fato à delegacia local. Após algumas diligências, horas 
depois do crime, a autoridade policial logrou prender Regiclécio em sua residência. O 
auto de prisão em flagrante foi lavrado nos termos do art. 306 do CPP. Diante do exposto, 
pergunta-se: 
 
a) A situação acima caracteriza flagrante delito? Em caso positivo, diga qual a espécie, 
indicando o dispositivo legal. 
 
RESPOSTA: 
 
O caso exposto apresenta o estado de flagrante em sua forma própria, visto a 
curta duração entre a comunicação do fato ocorrido e o início à procura do autor 
pela autoridade policial, conseguindo, como nota-se, a encontra-lo ainda na mesma 
ocorrência. Assim dispõe o artigo 302, II, do CPP 
 
b) Agiu corretamente a autoridade policial na condução da diligência, bem como na 
lavratura do auto de prisão em flagrante? 
 
RESPOSTA: 
 
A autoridade policial agiu conforme é disposição expressa em lei, pois o crime 
ocorrido no caso sob análise é de ação pública incondicionada, pois fora cometido 
contra menor incapaz, nos termos do parágrafo único do artigo 225 do CP. 
 
CASO 10 Rosivaldo Loureiro foi preso em flagrante por policiais militares pela prática 
do crime previsto no art. 12 da lei 10.826/03. Narra o auto de prisão em flagrante, que o 
preso guardava em sua residência 03 (três) revólveres calibre 38, em desacordo com a 
regulamentação legal. O APF foi comunicado ao juiz no prazo legal acompanhado da 
folha de antecedentes criminais de Rosivaldo, onde não constava nenhuma anotação. À 
luz das características da prisões cautelares, diga se é possível que Rosivaldo responda 
ao processo em liberdade. 
 
RESPOSTA: 
 
Sim, é claramente possível conceder a liberdade provisória a Rosivaldo, uma vez 
que o crime não é inafiançável, não se mostra presente as circunstâncias para a 
decretação da prisão preventiva. Portanto, mediante prestamento de fiança, o a 
gente pode responder ao processo em liberdade provisória. 
 
Ademais, torna-se oportuno mencionar sobre a possibilidade de se aplicar outras 
medidas diversas da prisão acautela tória, até mesmo medida restritiva de direitos, 
pois o crime não passa de 3 anos de detenção e o agente possui bons antecedentes 
e é primário. 
 
Portanto, em respeito ao princípio da homogeneidade que rege as prisões 
acautelatórias, quando nos informa que a medida cautelar a ser adotada deve ser 
proporcional a eventual resultado favorável ao pedido do autor, não sendo 
admissível que a restrição, durante o curso do processo, seja mais severa que a 
sanção a ser aplicada caso o pedido seja julgado procedente. 
 
 
11- Considere a seguinte situação: Acidente de trânsito, no qual um caminhão 
transportando 3 mil garrafas de óleo de soja, desgovernado, vem a tombar em rodovia. 
Nesse contexto, moradores da vila próxima ao local do acidente, sem qualquer vínculo, 
aproximam-se e iniciam o saque da carga do veículo. A hipótese: 
 
a) é de continência concursal ou por cumulação subjetiva. 
b) é de conexão objetiva ou consequencial. 
c) é de conexãointersubjetiva por simultaneidade ou ocasional. 
d) não caracteriza conexão e nem continência. 
 
12-Para fixação da competência por prevenção é necessário que: 
 
a) as partes requeiram; 
b) tenha o magistrado praticado ato com judicialidade pertinente à causa; 
c) tenha o juiz despachado em inquérito policial, com devolução do mesmo à 
delegacia de origem para prosseguir na investigação; 
d) tenta suscitado conflito positivo de competência. 
 
13-Prefeito Municipal e sua esposa, cometendo crime doloso contra vida, em concurso de 
agentes, deverão ser julgados: 
 
a) ambos pelo Tribunal do Júri. 
b) ambos pelo Tribunal de Justiça. 
c) o Prefeito pelo tribunal do Justiça e a esposa pelo Tribunal do Júri. 
d) o Prefeito pelo STJ e o vereador pelo Tribunal de Justiça.

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