Buscar

APOSTILA MICRO E E MACRO ECONOMIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 151 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 151 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 151 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ECONOMIA
APRESENTAÇÃO
Este trabalho é resultado de uma série de pesquisas realizadas numa gama de livros textos voltados para o estudo da economia.
Tem como objetivo, servir de complemento à disciplina Teoria Econômica para os cursos de Administração, Economia, Ciências Contábeis, Marketing, Comércio Exterior e cursos de especialização na área gerencial. Sendo assim, este trabalho é um valioso guia para aqueles estudantes e pesquisadores interessados em assimilar noções básicas de economia.
O trabalho é subdividido em três partes: A economia como uma ciência social, noções de microeconomia e noções de macroeconomia. 
Estudar Economia é estudar o processo de
tomada de decisão em um ambiente de escassez
Prof. Leandro Maia Fernandes
Sumário
5O objetivo da economia
7Custo de oportunidade
10CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO E ESCASSEZ DE RECURSOS NATURAIS
14Economia de mercado
14Economia planificada centralmente
17Exercícios
22A Demanda
29Texto para discussão
32Exercícios
35A Elasticidade preço da demanda e a receita total
36A Elasticidade preço da oferta
37Classificação da elasticidade preço da oferta
47Custo marginal
48Diferenças entre custo económico e custo contábil
51Estruturas de Mercado
51Concorrência perfeita
52Monopólio
52Monopólio Natural
53Oligopólio
55Cartel
56TEXTOS PARA DISCUSSÃO
67Karl Marx
70Investimento e expectativas
72Monetarismo
81O que se considera na medida do PIB?
82Óticas de medida do PIB
90Alguns conceitos sobre os agregados macroeconômicos.
91Exercícios
101Texto para discussão
108Política Monetária
113Juros estratosféricos travam a retomada do crescimento brasileiro
123MOTIVOS PARA O GOVERNO COMPRAR (OU VENDER) DÓLARES
125Elevação de juros nos EUA deve manter dólar em alta em 2015
130Histórico do Quadro Inflacionário no Brasil
135Distorções
143Características essenciais da moeda.
144Economia internacional
144Blocos econômicos
145Mercosul
145Pacto Andino
145APEC
146União Européia
146Funções da OMC
146Banco Mundial
Definição de economia
A definição de economia tem origem na palavra grega oikos, que significa casa, fortuna e riqueza, e na palavra nomos que quer dizer lei, regra ou administrar. Assim podemos dizer que a economia é a ciência que preocupa-se em administrar a casa ou lugar onde vivemos que é em outras palavras o mercado.Estudar economia é o processo de tomada de decisão em um ambiente de escassez.
A ECONOMIA é considerada uma ciência social. As Ciências Sociais estudam: a organização e o funcionamento da sociedade.O objeto da ciência social é o homem. Economia pode ser definida como a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos, na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer às necessidades humanas.
A Economia é uma Ciência Social pois se ocupa do comportamento humano e estuda como as pessoas e as organizações na sociedade se empenham na produção, troca e consumo de bens e serviços
· A ciência que estuda a escassez.
· A ciência que estuda o uso dos recursos escassos na produção de bens alternativos.
· O Estudo da forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos. 
O pensamento econômico se desenvolve através de modelos, que se baseiam em hipóteses que simplificam a realidade. Utilizam-se os economistas do método científico, partindo da teoria para a observação, então para a coleta de dados e por último para a confirmação ou refutação da teoria. Por serem difíceis os experimentos controlados valem-se da história para fazer a observação experimental
Economia pode ser definida como a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos, na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer às necessidades humanas
Símbolo da economia
O objetivo da economia
Podemos afirmar que a economia tem por objetivo estudar alguns aspectos do comportamento humano. A economia tem como finalidade estudar os problemas que envolvem o homem e o mercado. Podemos afirmar que o objetivo da economia é melhorar a qualidade de vida do ser humano utilizando da melhor maneira possível os recursos, uma vez que os recursos presentes no mundo são de características escassa e as necessidades humanas ilimitadas ou infinitas.
Como as necessidades são ilimitadas e os recursos ou fatores de produção são escassos o homem se defronta com uma situação conflitante, pois ele precisa satisfazer suas necessidades porém os recursos não são ilimitados, dessa situação há uma divergência de conceitos e essa divergência é chamada de problema econômico ou paradoxo econômico.
Pode-se dizer que o objeto de estudo da ciência econômica é a questão
da escassez, ou seja, como “economizar” recursos.
PRINCÍPIOS GERAIS DA ECONOMIA
Os dez princípios gerais da economia são: 
1) Em economia, sempre existem tradeoffs; 
2) O custo de algo é o que se deixa de ganhar ao obtê-lo, ou seja, seu custo de oportunidade; 
3) As pessoas razoáveis pensam na margem; 
4) As pessoas reagem a incentivos; 
5) Os mercados são bons para a economia; 
6) O comércio é bom para todos, pois permite maior especialização e variedade; 
7) Os governos podem melhorar os mercados; 
8) O padrão de vida de um povo é determinado pela sua produtividade; 
9) Os preços sobem com a emissão de moeda; 
10) Há um tradeoff de curto prazo entre desemprego e inflação. 
Escolhas e trade-offs.
Trade-off ou tradeoff é uma expressão que define uma situação em que há conflito de escolha. Ele se caracteriza em uma ação econômica que visa à resolução de problema mas acarreta outro, obrigando uma escolha. Ocorre quando se abre mão de algum bem ou serviço distinto para se obter outro bem ou serviço distinto.
Nas Ciências Econômicas, um dos trade-offs mais citado é o caso da Curva de Phillips que implica na decisão do governo por maiores taxas de inflação ou maiores taxas de desemprego. No curto prazo, a escolha do governo por uma taxa de desemprego menor implicaria numa taxa de inflação maior.
Dado que os recursos são escassos, é necessário escolher, como vimos. No processo de escolha, os agentes econômicos — indivíduos, empresas, etc. — enfrentam trade-offs (um termo um tanto difícil de traduzir por uma só palavra). Ou seja: enfrentam a necessidade de um cotejo entre fatores que de alguma forma se opõem (sendo necessário sacrificar um em prol de outro), a fim de atingir a melhor combinação.
Todas as sociedades, qualquer que seja seu tipo de organização econômica
ou regime político, são obrigadas a fazer opções, escolhas entre alternativas,
uma vez que os recursos não são abundantes. Elas são obrigadas a fazer escolhas
sobre O QUE E QUANTO, COMO e PARA QUEM produzir
Considerando a questão da escassez dos recursos e o problema econômico a sociedade se depara com o dilema de tomar certas decisões. Decisões estas relativas à produção e ao consumo de bens e serviços. Estas escolhas referem-se a:
a)“O que produzir”
 
O produtor deve escolher o produto com base nas necessidade da sociedade e levando-se em conta a disponibilidade dos recursos. Uma vez que os recursos são escassos, nenhuma economia pode produzir todas as quantidades de todos os produtos desejados por todos os membros da sociedade. 
b)“Como produzir”
 
Como produzir está relacionado com a escolha das técnicas de produção, como utilizar o fator trabalho, o fator capital a tecnologia são escolhas fundamentais para a produção. 
c) Quanto produzir
 
Esta decisão refere-se ao nível produtivo que a firma deve adotar, esta decisão também envolve os níveis de preços dos produtos e a os custos de produção. O empresário vai adotar o nível de produção que maximize seu lucro.
d)“Para quem produzir”
 
A escolha do público consumidor é uma questão que diz respeito ao perfil da população e envolve gostos, preferênciae nível de renda.
Custo de oportunidade
O custo de oportunidade é um termo usado na economia para indicar o custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada, ou seja, o custo , até mesmo social, causado pela renúncia do ente econômico, bem como os benefícios que poderiam ser obtidos a partir desta oportunidade renunciada ou, ainda, a mais alta renda gerada em alguma aplicação alternativa.
Em outras palavras: O custo de oportunidade representa o valor associado a melhor alternativa não escolhida. Ao se tomar determinada escolha, deixa-se de lado as demais possibilidade, pois excludentes. À alternativa escolhida, associa-se como "custo de oportunidade" o maior benefício NÃO obtido das possibilidades NÃO escolhidas, isto é, "a escolha de determinada opção impede o usufruto dos benefícios que as outras opções poderiam proporcionar". O mais alto valor associado aos benefícios não escolhidos, pode ser entendido como um custo da opção escolhida, custo chamado "de oportunidade".
Um exemplo clássico da literatura económica: imagine uma fábrica de cadeiras que produzia 10 cadeiras por mês num mercado que absorvia totalmente esta produção. Diante de uma oportunidade de negócios, esta fábrica resolveu iniciar uma produção de um novo produto: mesas. Porém, ao alocar recursos para tal, descobriu que terá de deixar de produzir 2 cadeiras para alimentar a demanda de 2 mesas. O custo de oportunidade está no valor perdido da venda das 2 cadeiras que deixaram de ser fabricadas.
Se uma cidade decide construir um hospital num terreno vazio de propriedade estatal ou pública, o custo de oportunidade é representado pela renúncia a erguer outras construções naquele terreno e com o capital investido. Rejeita-se por exemplo a possibilidade de construir um centro desportivo, ou um estacionamento, ou ainda a venda do terreno para amortizar parte das dívidas da cidade, e assim por diante.
As punições previstas para as autoridades que desrespeitem a Lei autorizativa, no que se refere a aplicabilidade do custo de oportunidade, varia de país para país.
Considerando o carro ou um taxi, para quem roda até 15 km por dia entre ida e volta (do trabalho, por exemplo), o táxi sai (1%) mais barato do que comprar e manter um veículo de R$ 40 mil, que é o preço médio dos carros novosvendidos no país. O custo anual para rodar aproximadamente 5.500 km com carro particular é de cerca de R$ 17.300.
A QUESTÃO DA ESCASSEZ E OS PROBLEMAS ECONÔMICOS
· Todas as sociedades, qualquer que seja seu tipo de organização econômica ou regime político, são obrigadas a fazer opções, escolhas entre alternativas,uma vez que os recursos não são abundantes. Elas são obrigadas a fazer escolhas sobre
· O QUE E QUANTO,
· COMO 
· PARA QUEM produzir
Escassez: natureza limitada dos recursos da sociedade.
(restrição física dos recursos)
A escassez é o grande problema econômico, a economia existe por causa da escassez, sem a escassez dos recursos não haveria necessidade de administramos da melhor maneira possível nossos recursos.
A escassez surge em virtude das necessidades humanas ilimitadas e da restrição física de recursos
.
Nenhum país, mesmo os países ricos, são auto-suficientes, em termos de disponibilidade de recursos produtivos, para satisfazer a todas as necessidades da população.
Se não houvesse escassez de recursos, ou seja, se todos os bens fossem abundantes (bens livres), não haveria necessidade de estudarmos questões como inflação, crescimento econômico, déficit no balanço de pagamentos, desemprego,concentração de renda
Os recursos ou fatores de produção
Os recursos ou fatores de produção são os elementos fundamentais no processo produtivo, sem a presença dos fatores de produção é impossível a produção de bens ou serviços.
O produto é resultado da utilização dos fatores de produção. Os fatores de produção são: 
TERRA: Os recursos naturais ou reservas naturais constituem a base sobre a qual se exercem as atividades dos demais recursos, pois se encontram na origem de todo o processo de produção.Compreende todos recursos da natureza, como florestas,  recursos minerais e hídricos, energia solar, ventos, marés, a gravidade da Terra, que são utilizados na produção de bens econômicos.
TECNOLOGIA: alguns economistas incluem como fator de produção por ser uma função fundamental no processo produtivo, por organizar a produção, reunindo e combinando os demais fatores de produção. É o conjunto de habilidades e de conhecimento que dão sustentação ao processo de produção, os franceses chamam de saber fazer (savoir faire), e os ingleses de como fazer (know how).
TRABALHO: todo esforço humano, físico ou mental, despendido na produção de bens e serviços. Como o trabalho no sentido econômico do serviço prestado de um médico, do operário da construção civil, a supervisão de um gerente de banco, o trabalho de um agricultor no campo
CAPITAL: Capital ou Bens de Capital : o conjunto de bens fabricados pelo homem e que não se destinam ao consumo para a satisfação das necessidades, mas utilizados no processo de utilização de outros bens. É o conjunto de riquezas acumuladas pela sociedade, destinadas à produção de novas riquezas. Inclui,além de máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos de trabalho, infra-estrutura econômica e social.São todos os edifícios e todos os estoques dos materiais dos produtos, incluindo os bens intermediários (parcialmente acabados) e os finais (acabados).
Texto para discussão
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO E ESCASSEZ DE RECURSOS NATURAIS
A população mundial, ao longo dos últimos séculos, elevou-se em um ritmo exponencial, muito embora as últimas décadas tenham apresentando certa desaceleração nesse crescimento. O principal marco para o aumento do número de habitantes na Terra foi a Revolução Industrial a partir do século XVIII em diante, que possibilitou o crescimento das cidades e uma acelerada urbanização, que inicialmente ocorreu nos países desenvolvidos e, atualmente, manifesta-se no mundo subdesenvolvido.
As condições sanitárias precárias no período de formação e expansão daquelas que são hoje consideradas grandes cidades do mundo (Nova York, Londres, Paris, entre outras) fizeram com que as taxas de mortalidade fossem altas, o que compensava o crescimento da natalidade. Porém, com o tempo, melhorias sociais foram desenvolvidas e as taxas de mortalidade diminuíram, provocando o crescimento da população.
Atualmente, a população mundial está estimada em 7,2 bilhões de pessoas, o que gera preocupação por parte de muitos sobre como esse grande número de habitantes utilizará os recursos naturais disponíveis na Terra. Será que o planeta conseguirá atender as demandas e o nível de consumo de tantas pessoas?
O fato é que, realmente, o nível de exploração e utilização dos recursos naturais vem se expandindo, sendo atribuído por muitos como uma consequência do crescimento massivo da população. No entanto, se fizermos uma análise mais cuidadosa, poderemos perceber que não necessariamente o aumento de pessoas é o responsável pelo aumento da exploração da natureza pelo ser humano. Afinal, mesmo com o crescimento populacional desacelerando-se atualmente, o consumo vem se expandindo, e tal expansão ocorre de maneira desigual no mundo.
Os Estados Unidos, por exemplo, possuem cerca de 6% de toda a população existente no mundo, mas consome cerca de ¼ de todos os recursos do planeta. Em alguns casos, como o do petróleo, os norte-americanos consomem mais do dobro do que o segundo colocado nesse ranking consome, que é a China. Alguns apontamentos indicam que, se todos os países mantivessem o mesmo padrão de vida dos EUA, seriam necessários quatro planetas Terra e meio para aguentar tal intensidade de consumo. Afinal, além da cultura consumista, ainda existe a intensiva obsolescência programada ou planejada, em que os equipamentos eletrônicos tornam-se obsoletos (técnica ou psicologicamente) em um período muito rápido, aumentando a demanda por novos produtos e, consequentemente, por mais recursos. E isso sem falar da grande produçãode lixo.
Algumas organizações e entidades internacionais afirmam que o planeta produz, atualmente, uma quantidade de alimentos e recursos suficientes para cerca de nove bilhões de pessoas, o que, no entanto, não impede que quase 1 bilhão de habitantes sofram com o problema da fome e da miséria extrema, a maioria concentrada nos países subdesenvolvidos. Portanto, o que se nota não é a escassez de recursos – sobretudo alimentares – frente ao aumento do número de pessoas, mas a má distribuição e a falta de acesso a esses elementos, fruto das relações de desigualdade e pobreza acentuada em várias partes do planeta.
Por Me. Rofolfo Alves Pena
Fluxo Circular
Dentro dos modelos econômicos comuns temos a Fronteira de Possibilidade de Produção e o Diagrama do Fluxo Circular, que descreve como o dinheiro circula entre os mercados de bens e serviços e as famílias e como estes interagem uns com os outros. 
Fluxo circular de renda mostra o fluxo contínuo de bens (mercadorias e serviços) e fatores de produção, entre empresas (unidades produtivas) e famílias (unidades consumidoras e detentoras dos direitos de propriedade sobre as firmas) tendo em contrapartida um fluxo de pagamentos a bens (preço pago pelas mercadorias e serviços) e a fatores de produção entre estas mesmas unidades. A partir deste sistema, podemos avaliar o resultado da atividade econômica de um país sob três óticas: Ótica do produto e da despesa, que olham para a produção de bens finais na economia e a venda de tais bens, e ótica da renda, que foca sobre a remuneração dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros).
Agentes econômicos
As economias têm seu funcionamento feito por meio do relacionamento de elementos também chamados de agentes econômicos. Da interação dos agentes econômicos é derivada a produção nacional dos países, eles são responsáveis pelo consumo, pelas exportações e importações, investimentos agregados e gastos governamentais.
Os agentes econômicos são: 
Governo
Funções do governo: um governo possui funções alocativas, distributivas e estabilizadoras.
a) função alocativa: relaciona-se à alocação de recursos por parte do governo a fim de oferecer bens públicos (ex. rodovias, segurança), bens semi-públicos ou meritórios (ex. educação e saúde), desenvolvimento (ex. construção de usinas), etc.; 
b) função distributiva: é a redistribuição de rendas realizada através das transferências, dos impostos e dos subsídios governamentais. Um bom exemplo é a destinação de parte dos recursos provenientes de tributação ao serviço público de saúde, serviço o qual é mais utilizado por indivíduos de menor renda. 
c) função estabilizadora: é a aplicação das diversas políticas econômicas a fim de promover o emprego, o desenvolvimento e a estabilidade, diante da incapacidade do mercado em assegurar tais objetivos. 
d) Famílias: O seu objetivo é satisfazerem as suas necessidades através do consumo de bens. Concretizam este objetivo efetuando despesas de consumo. Para tal, utilizam o rendimento que constitui a remuneração do trabalho que prestaram à empresa, trabalho propriamente dito ou iniciativa empresarial, salários e lucros, respectivamente.
e) Empresas: O seu objetivo é a produção de bens que satisfaçam as necessidades das famílias. As empresas fornecem os bens de consumo às famílias e recebem das famílias o valor monetário desses bens. Com vista à produção dos bens, utilizam trabalho das famílias: trabalho propriamente dito e iniciativa empresarial. Em contrapartida pagam às famílias salários e lucros.
Os sistemas econômicos
A forma mais comum de resolver os problemas econômicos neste sistema é feita pelo governo e não pelo mercado. As propriedades produtivas, as máquinas, equipamentos e prédios públicos pertencem ao governo, não existe iniciativa privada.
Os sistemas econômicos podem ser caracterizados como sendo a forma que os países organizam-se para resolver seus problemas econômicos: de como produzir, para quem produzir, quanto produzir e onde produzir.
De acordo Passos e Nogami (2003), a sociedade pode se organizar sua economicamente de três formas, a fim de resolver os problemas de o que, como e para quem produzir. As quais são: economia de mercado, economia planificada centralmente e economia mista. 
O SISTEMA ECONÔMICO :É a forma como a sociedade está organizada para
desenvolver as atividades econômicas.
Como as sociedades resolvem os problemas econômicos fundamentais: o que e quanto, como e para quem produzir? A resposta depende da forma de organização econômica.Existem duas formas principais de organização econômica:
• economia de mercado (ou descentralizada);
• economia planificada (ou centralizada).
Economia de mercado
Na economia de mercado ou economia livre, o Estado participa da vida econômica com ações reguladoras. Em uma economia baseada na propriedade privada e na livre iniciativa, os agentes econômicos preocupam-se em resolver isoladamente seus próprios problemas, tentando sobreviver na concorrência imposta pelos mercados. 
Os consumidores podem escolher o que compram, dentro de suas possibilidades de renda. Suponhamos que os consumidores procuram maximizar suas rendas de forma que lhes tragam maior satisfação pessoal. Pessoas podem comprar ou alugar os fatores de produção e, desta forma, converter-se em produtores, e oferecer bens e serviços demandados pelo mercado.
Ao analisarmos o funcionamento do mercado verificamos, de um lado os consumidores, de outro, as empresas, que ao desenvolverem suas atividades básicas de  consumir e produzir, ambas se inter-relacionam por intermédio do sistema de preços.
O Governo, por sua vez, interage com as unidades familiares e as empresas, destacando-se como agente econômico produtor de bens e serviços públicos, além de ser um centro de geração, execução e julgamento de regras básicas para a sociedade como um todo.
Economia planificada centralmente
Esse tipo de organização econômica é característico dos países socialistas, em que prevalece a propriedade estatal dos meios de produção. Nesse tipo de sistema as questões de o que, como e para quem produzir não são resolvidas de maneira descentralizada, por meio de mercados e preços, mas pelo planejamento central, em que a maior parte das decisões de natureza econômica é tomada pelo Estado.
A RELAÇÃO DA ECONOMIA COM AS DEMAIS CIÊNCIAS
Sabe - se que a economia é dedicada a satisfazer necessidades administrando recursos escassos, ou seja, a atividade econômica é aquela aplicada na escolha de recursos para o atendimento destas necessidades humanas.
A relação entre Economia e Política, torna-se difícil estabelecer um nexo de causalidade (causa e efeito) entre essas duas áreas do conhecimento.A Política fixa as instituições sobre as quais se desenvolverão as atividades econômicas
No que se refere à intercorrência com o Direito, as normas jurídicas estão subjacentes à teoria econômica, assim como os problemas econômicos podem modificar o quadro existente de normas jurídicas.
A maior parte dos juristas e economistas, ao utilizar a expressão Análise Econômica do Direito, se refere, comumente, à aplicação de métodos econômicos – da microeconomia em especial – a questões legais. Nesse sentido, tendo em vista que o Direito é, de uma perspectiva objetiva, a ‘’’arte de regular o comportamento humano’’’ e que a Economia é a ciência que estuda a tomada de decisões em um mundo de recursos escassos e suas conseqüências, a Análise Econômica do Direito seria o emprego dos instrumentais teóricos e empíricos econômicos e ciências afins para expandir a compreensão e o alcance do direito, aperfeiçoando o desenvolvimento, a aplicação e a avaliação de normas jurídicas, principalmente com relação às suas conseqüências.
Muitas vezes o fenômeno econômico dita o surgimento de uma instituição jurídica ou vice-versa. Se ao Direito está dada à incumbência de organizar a ordem social e se dentro da ordem social inclui-se também a economia, podemos relacionar as relações entre Economia e o Direito, para que haja uma sociedademais igualitária, harmoniosa e em desenvolvimento.
A relação entre economia e direito existe desde que o homem passou a viver em sociedade. Porém essa relação passou a ser estudada de forma sistemática, a partir do século XVIII com Adam Smith. Hoje, diversos centros de estudos e universidades se dedicam a estudar as relações entre economia e direito.
Uma boa regulamentação de mercado e uma legislação clara, objetiva e simples são fundamentais para o desenvolvimento de uma economia de mercado. Sem direitos de propriedade bem-definidos, é muito difícil a realização de trocas e, portanto, o desenvolvimento econômico.
Pela tão estreita ligação entre economia e direito e o fato de ao direito estar dada a incumbência de organizar o ordem social e se dentro da ordem social inclui-se também, a economia.
Sendo o trabalho um dos fatores de produção econômico, e que é o principal fator de produção econômico, assim relaciona-se economia e direito implantando normas jurídicas que protegem este que é de a fonte de produção de bens e serviços indispensáveis à economia.
Existem alguns temas que estabelecem pontos de contato entre Economia e o Direito, são eles:
Remuneração e salário, que, na economia, representam a contraprestação paga a quem exerce o trabalho;
Participação do trabalho nos resultados da empresa;
 Intervenção da justiça do trabalho nos reajustes salariais;
Garantia constitucional de boas condições de trabalho.
Algumas transações dão origem a benefícios ou custos sociais que não são computados no mecanismo de preços do mercado. Esses custos e benefícios são ditos serem externos ao mercado.
Estas Externalidades ocorrem quando o consumo e / ou a produção de um determinado bem afetam os consumidores e / ou produtores, em outros mercados, e esses impactos não são considerados no preço de mercado do bem em questão. Importante destacar que essas externalidades podem ser positivas (benefícios externos) ou negativas (custos externos).
O direito, as externalidades Econômicas, a informação imperfeita e o poder de monopólio, as externalidades econômicas são observadas quando a produção ou o consumo de bens por um agente econômico acarreta efeitos que oneram outros agentes. Assim a poluição produzida por empresas impõe os custos da fumaça, de rios insalubres, de ruído, etc. a uma parcela expressiva da sociedade. Por isso, as externalidades dão base à criação de leis antipoluição, de restrições quanto ao uso da terra, de proteção ambiental, etc.
Assim, por exemplo, uma empresa de fundição de cobre, ao provocar chuvas ácidas, prejudica a colheita dos agricultores da vizinhança. Esse tipo de poluição representa um custo externo porque é a agricultura, e não a indústria poluidora, que sofre os danos causados pelas chuvas ácidas. Estes danos não são considerados no cálculo dos custos industriais, que inclui itens como matéria-prima, salários e juros. Portanto, os custos privados, nesse caso, são inferiores aos custos impostos à coletividade e, por conseqüência, o nível de produção da indústria é maior do que aquele que seria socialmente desejável.
Já a educação gera externalidades positivas porque os membros de uma sociedade e, não somente os estudantes, auferem os diversos benefícios gerados pela existência de uma população mais educada e que não são contabilizados pelo mercado. Assim, por exemplo, vários estudos, baseados em diferentes metodologias mostram que a educação contribui para melhorar os níveis de saúde de uma determinada população. Em particular, níveis mais elevados de escolaridade materna reduzem as taxas de mortalidade infantil. 
Outros trabalhos mostram também que a educação concorre para reduzir a criminalidade. Todos esses benefícios indiretos da educação por não serem apreçados não são computados nos benefícios privados. Portanto, os benefícios sociais são superiores aos benefícios privados, que incluem apenas as vantagens pessoais da educação, como por exemplo, os salários obtidos em função do nível de escolaridade. Podemos destacar ainda, que os produtores podem causar externalidades sobre consumidores e vice-versa. Assim, por exemplo, a poluição provocada pela indústria de cobre aumenta a incidência de tuberculose entre a população. Também, os fumantes contribuem para a disseminação de doenças entre os não fumantes (fumantes passivos) e, nesse caso, temos a geração de externalidades de consumidores para consumidores. Por fim, o uso de automóveis privados congestiona o tráfego e contribui para reduzir a velocidade do transporte de mercadorias e, portanto, representa um exemplo de custos externos para os produtores gerados pelos consumidores.
A Matemática permite escrever de forma resumida importantes conceitos e relações de Economia, permitindo a análise econômica sob a forma de modelos analíticos.A Matemática e a Estatística são ferramentas de análise necessárias tanto para previsões como para confrontar as proposições teóricas com os dados da realidade.
Exercícios
1) Por que os problemas econômicos fundamentais (o que, como e para quem produzir) originam-se da escassez de recursos produtivos escassos?
2) Quais as principais diferenças entre uma economia de mercado e uma economia centralizada?
3)Pode-se afirmar que a Economia é uma Ciência:
a) Exata, pois estuda o mercado de forma ampla e precisa.
b) Exata, pois utiliza a matemática para explicar o mercado. 
c) Social e humana, por que baseia-se nos atos dos indivíduos.
d) Social, por que estuda a evolução do homem
e) Social, pois utiliza a matemática em seus modelos
4)São fatores de produção:
a) Terra, tecnologia e demanda
b) Terra, tecnologia, trabalho e capital
c) Terra, tecnologia e serviços
d) Terra,trabalho, capital e recursos
5) O termo capital, utilizados pelos economistas, refere-se:
a) Ao dinheiro apenas
b) Ao espaço físico das fábricas apenas
c)Ao dinheiro e às máquinas e equipamentos das fábricas
d) às máquinas apenas
e)NDA
6) Em um sistema de livre iniciativa privada, as decisões são tomadas:
a) Por meio da concorrência entre compradores
b) Do governo centralizador
c) Por meio dos agentes econômicos.
d) Por meio de pressões do povo sobre o governo.
e) Todas as alternativas anteriores são falsas.
7) Marque V ou F
( ) Um modelo simplificado da economia classifica as unidades econômicas em “famílias” e “firmas”, que interagem em dois tipos de mercado: mercados de bens e serviços e mercado de fatores de produção
( ) No fluxo circular da renda os serviços dos fatores de produção fluem das famílias para as empresas, enquanto o fluxo contrário, de moeda, destina-se ao pagamento de salários às famílias.
( ) Em uma economia de mercado, os problemas do “o quê”, “quanto”, “como” e “para quem” deve ser produzido são resolvidos pelo mecanismo de mercado.
( ) Diferentemente do que ocorre nas economias de mercado, em que os consumidores sinalizam as respostas para problemas fundamentais da economia, numa economia do tipo centralizado (ou planificado) a decisão provém de um Órgão Central de Planejamento, responsável pelo planejamento da atividade econômica
( ) Os bens e serviços são livres pelo fato de não serem abundantes, mas, sim, raros (ou escassos).
8) Use o conceito de custo de oportunidade para explicar as seguintes afirmações:
 a) Existem mais parques em áreas suburbanas do que em áreas urbanas.
 b) Mais pessoas resolvem frequentar cursos universitários quando o mercado de trabalho está fraco. 
c) Lojas de Conveniência, com preços mais altos do que supermercados, destinam-se a pessoas muito ocupadas
Texto para discussão
Relatório das Nações Unidas confirma que número de famintos passa de 1 bilhão e alerta para o risco de as Metas do Milênio não serem cumpridas. População pobre é a que mais sofre
Crise agrava a fome: A fome já devasta a dignidade e a saúde de 1,02 bilhão de pessoas (15% da população mundial) e é uma realidade para 6,3% dos brasileiros (11,9 milhões). Na Ásia, no Pacífico e na África, 913 milhões de habitantes não têm o que comer. O estudante Boroldoi Myagmar, 23 anos, moraem Ulan Bator, capital da Mongólia — país asiático com maior proporção de famintos (29%) depois da Coreia do Norte (32%). Em entrevista ao Correio, pela internet, ele contou que boa parte dos mongóis não têm acesso a alimentos. “Nos últimos anos, o preço da gasolina dobrou e isso afetou tanto a economia que tornou as pessoas mais pobres. Ainda que a carne seja barata, para muitos é impossível comprá-la”, afirmou. Reportagem de Rodrigo Craveiro, do Correio Braziliense.
No Quênia, James Wariero, 31, considera a situação “bastante ruim”. “Os preços dos alimentos aumentaram e a estiagem assola o país. A comida básica por aqui é a farinha de milho, que dobrou de valor em um ano e meio. Um pacote de 2kg custava pouco mais de meio dólar, hoje vale mais de um”, comentou o farmacêutico que vive em Kisumu, no oeste, às margens do Lago Vitória, com a mulher e o filho de 3 anos. Para piorar, as comunidades pastoris perderam boa parte do seu gado, por causa da falta de pasto. Resultado: três em cada 10 quenianos são famintos.
Os depoimentos de Boroldoi e de James ilustram as recentes constatações da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, pela sigla em inglês). De acordo com o relatório A situação da insegurança alimentar no mundo, divulgado na véspera do Dia Mundial do Alimento, a crise financeira global mergulhou os países pobres numa crise sem precedentes. No fim do ano passado, os preços dos alimentos básicos ficaram 17% mais altos do que em 2006. “Nenhuma nação está imune e, como de costume, são os países mais pobres e as pessoas mais miseráveis que estão sofrendo mais”, alerta o documento. O texto também revela que 2009 foi um ano particularmente devastador, graças à recessão. Segundo a FAO, ao menos que a tendência seja revertida, o objetivo de reduzir pela metade o número de famintos, até 2015, não será alcançado.
Nos períodos 1995-1997 e 2004-2006, a fome só não se agravou na América Latina e no Caribe — mas essas regiões não escaparam do impacto da crise financeira, nos últimos meses. O aumento no número de pessoas de com fome durante ambos os períodos de preços baixos e prosperidade econômica e de inflação e recessão escancarou a fragilidade do sistema de governança de segurança alimentar global. “Os líderes mundiais têm reagido de modo enérgico contra a crise econômica e financeira, e conseguiram mobilizar bilhões de dólares em um curto prazo. A mesma ação forte é necessária agora para combater a fome e a pobreza”, declarou Jacques Diouf, diretor-geral da FAO.
Ainda segundo o estudo, a recessão afetou grandes regiões simultaneamente, interferindo na desvalorização da moeda e dificultando empréstimos. “Ao enfrentarem as altas dos preços de alimentos e a redução da renda e do emprego, e tendo vendido os bens, reduzido o consumo de comida e cortado gastos essenciais em saúde e educação, as famílias mais pobres se arriscam em cair na miséria profunda e na armadilha da fome”, alerta o relatório.
Em alguns países, como a Indonésia, desastres naturais só agravaram a fome. “Entre as cidades de Padang e Pariaman, há várias pequenas vilas. Antes do terremoto de 30 de setembro, seus habitantes já tinham condições de vida ruins. Agora, sofrem sem a ajuda e nenhum tipo de alimentos tem chegado até eles”, contou ao Correio Difiani Apriyanti, 28, professora da Universidade Estadual Politécnica de Padang, na Ilha de Sumatra.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2009/10/16/fome-ja-devasta-a-dignidade-e-a-saude-de-15-da-populacao-mundial/
O ENFOQUE MICROECONOMICO
A Microeconomia estuda os fatores que determinam o preço relativo de bens e insumos. Em outras palavras, a Microeconomia busca compreender de que forma o comportamento (escolhas) de indivíduos e empresas determinam o preço relativo de bens e serviços.
Dessa forma, a microeconomia se concentra no estudo de como a demanda e oferta de determinado bem ou serviço determina seu preço. o foco da Microeconomia recai sobre a escolha individual, isto é, diz respeito à tomada de decisão de um indivíduo ou uma empresa e suas conseqüências para o mercado.
A Microeconomia é definida como um problema de alocação de recursos escassos em relação a uma série possivel de fins. Os desdobramentos lógicos desse problema levam ao estudo do comportamento econômico individual de consumidores, e firmas bem como a distribuição da produção e rendimento entre eles. A Microeconomia é considerada a base da moderna teoria econômica, estudando suas relações fundamentais.
A Microeconomia, ou Teoria de Preços, é a parte da teoria econômica que estuda o comportamento das famílias e das empresas e os mercados nos quais operam.
A Microeconomia preocupa-se mais com a análise parcial, com as unida​des (consumidores, firmas, mercados específicos), enquanto a Macroeconomia estuda os grandes agregados (Produto Nacional, Nível Geral de Preços etc.), dentro de um enfoque de análise global.
Deve ser observado que a Microeconomia não tem seu foco específico na empresa (não deve ser confundida com Administração de Empresas), mas no 
mercado no qual as empresas e consumidores interagem, analisando os fatores econômicos que determinam tanto o comportamento do consumidor quanto o comportamento da empresa.
As famílias são consideradas fornecedores de trabalho e capital, e demandantes de bens de consumo. As firmas são consideradas demandantes de trabalho e fatores de produção e fornecedoras de produtos.
Os consumidores maximizam a utilidade a partir de um orçamento determinado. As firmas maximizam lucro a partir de custos e receitas possíveis.
A microeconomia procura analisar o mercado e outros tipos de mecanismos que estabelecem preços relativos entre os produtos e serviços, alocando de modos alternativos os recursos dos quais dispõe determinados indivíduos organizados numa sociedade.
A microeconomia preocupa-se em explicar como é gerado o preço dos produtos finais e dos fatores de produção num equilíbrio, geralmente perfeitamente competitivo. Divide-se em:
· Teoria do Consumidor: Estuda as preferências do consumidor analisando o seu comportamento, as suas escolhas, as restrições quanto a valores e a demanda de mercado. A partir dessa teoria se determina a curva de demanda. 
· Teoria da Firma: Estuda a estrutura econômica de organizações cujo objetivo é maximizar lucros. Organizações que para isso compram fatores de produção e vendem o produto desses fatores de produção para os consumidores. Estuda estruturas de mercado tanto competitivas quanto monopolisticas. A partir dessa teoria se determina a curva de oferta. 
· Teoria da Produção: Estuda o processo de transformação de fatores adquiridos pela empresa em produtos finais para a venda no mercado. Estuda as relações entre as variações dos fatores de produção e suas conseqüência no produto final. Determina as curvas de custo, que são utilizadas pelas firmas para determinar o volume ótimo de oferta. 
A Microeconomia explica também as práticas de mercado, sendo estas divididas em: Monopólio, Monopsónio, Oligopólio, Oligopsónio, Concorrência perfeita e Concorrência monopolística.
A Demanda
Costuma-se definir a procura, ou demanda individual, como a quantidade de um determinado bem ou serviço que o consumidor estaria disposto a consumir em determinado período de tempo. É importante notar, nesse ponto, que a demanda é um desejo de consumir, e não sua realização. Demanda é o desejo de comprar. 
A Teoria da Demanda é derivada da hipótese sobre a escolha do consumidor entre diversos bens que seu orçamento permite adquirir. 
Essa procura individual seria determinada pelo preço do bem; o preço de outros bens; a renda do consumidor e seu gosto ou preferência. A Demanda é uma relação que demonstra a quantidade de um bem ou serviço que os compradores estariam dispostos a adquirir a diferentes preços de mercado. Assim, a Função Procura representa a relação entre o preço de um bem e a quantidade procurada, mantendo-se todos os outros fatores constantes.
Quantidade demandada é igual à quantidade de um bem ouserviço consumido num determinado período de tempo.
A quantidade demandada é afetada pelos seguintes fatores:
a) Preço do bem ( P )
A quantidade demandada possui uma relação contrária com o preço, ou seja, a quantidade demandada tende a cair quando o preço do bem aumenta, coeteris paribus.
O termo em latim coeteris paribus quer dizer que a quantidade demandada é explicada pelo preço mantendo-se as demais variáveis constantes.Levando-se em conta apenas o preço do bem observa-se quando a demanda aumenta ocorreu uma diminuição no preço; quando ele diminui é um resultado de um aumento do preço.
Bem de Gifen: Em economia, um Bem de Giffen é um produto para o qual um aumento do preço faz aumentar a sua demanda. Este comportamento é diferente do da maioria dos produtos, que são mais procurados à medida que seu preço cai. Em termos microeconômicos, a elasticidade-preço da demanda por Bens de Giffen é positiva e, por consequência, sua curva de demanda é crescente. Outra repercussão microeconômica é que seu efeito renda é maior que o efeito substituição.
Um exemplo de Bem de Giffen é o pão, assim como outros produtos básicos. Uma elevação moderada dos preços de pão pode levar a um maior consumo de pão, principalmente em famílias pobres, pois não há outro bem barato e acessível capaz de substituir o pão em sua dieta. Dessa forma, maiores gastos com pão levariam a uma redução do consumo de outros produtos alimentícios, o que obrigaria os mais pobres a consumir mais pão para sobreviver.
b) Renda ( R)
Relação entre a procura de um bem e a renda do consumidor:
 Bem Normal: São aqueles cuja quantidade demandada aumenta quando aumenta-se a renda;
 Bem de luxo: Ao se aumentar a renda a quantidade demandada aumenta em maior Proporção;
 Bem de primeira necessidade: Ao se aumentar a renda a quantidade demanda se Mantém inalterada pois, ao se tratar de algo de primeira necessidade já fazia parte das antigas aquisições do indivíduo;
 Bem inferior: São aqueles cuja quantidade demandada diminui quando a renda aumenta. Geralmente são vens para os quais há alternativas de melhor qualidade.
c) Preço dos bens relacionados ( Pr)
Aumento no preço do bem Y acarreta em aumento na demanda do bem X: isso significa que os bens X e Y são substitutos ou concorrentes. Um exemplo é a relação entre o chá e o café;
Aumento do bem Y ocasiona a queda da demanda do bem X: os bens em questão, nesse caso, são complementares. São bens consumidos conjuntamente, como o café e o açúcar.
d) Gostos e preferências ( G)
e) Juros ( J )
Juros e consumo posuem uma relação contrário. À medida que os juros sobem tem-se a tendência de queda na demanda
f) Incerteza com relação ao futuro ( F) 
Pode-se afirmar que a demanda é função de todos os fatores acima citados, isso quer dizer que a demanda depende de cada uma desses fatores e esse comportamento é representado pela seguinte fórmula:
Qd = f ( P, R, Pr, G, J,F)
Quase todas as mercadorias obedecem à lei da procura decrescente, segundo a qual a quantidade procurada diminui quando o preço aumenta. Isto se deve ao fato de os indivíduos estarem, geralmente, mais dispostos a comprar quando os preços estão mais baixos.
Lei da Demanda: A quantidade demandada de bem ou serviço possui uma relação inversa ao preço do bem ou serviço, coeteris paribus
Qd = f (p)
Qd = a - bP
Onde : Qd = quantidade demandada
 a e b constantes
 P = Preço do produto
Os Deslocamentos da curva de demanda
Caso haja um aumento na renda, nos gostos e preferências e no preço do bem substituto a curva de demanda sofrerá um deslocamento para a direita, o que refletirá num aumento da demanda do mercado.
Caso haja uma queda na renda, nos gostos e preferências e queda no preço do bem substituto a curva de demanda sofrerá um deslocamento para a esquerda, o que refletirá numa queda da demanda do mercado.
A oferta
 Enquanto a relação da demanda descreve o comportamento dos compradores, a relação da oferta descreve o comportamento dos vendedores, evidenciando o quanto estariam dispostos a vender, a um determinado preço.
Os vendedores possuem uma atitude diferente dos compradores, frente aos preços altos. Se estes desalentam os consumidores, estimulam os vendedores a produzirem e venderem mais. Portanto quanto maior o preço maior a quantidade ofertada.
Oferta é quantidade produzida de um bem ou serviço num determinado período de tempo
A Função Oferta nos dá a relação entre a quantidade de um bem que os produtores desejam vender e o preço desse bem, mantendo-se o restante constante, ou seja, coeteris paribus.
A principal atividade das firmas é ofertar, ou seja, produzir bens e serviços.
A oferta é determinada pelos seguintes fatores:
a) Preço do produto
b) Preço dos fatores de produção ( TERRA, TECNOLOGIA, TRABALHO E CAPITAL)
c) Condições da natureza ( CLIMA)
d) Incerteza com relação ao futuro
 Tudo isso pode ser resumido numa única equação:
Qo = f ( P, Pf, N,F)
Qo= quantidade ofertada
P = Preço do produto
Pf = Preço dos fatores de produção
N = Natureza
F = Incerteza quanto ao futuro
Qo = a + bP
A lei da oferta diz o seguinte: A quantidade ofertada de um bem ou serviço varia diretamente com o preço desse bem ou serviço, coeteris paribus
Isso quer dizer que a oferta, ao contrário da demanda, possui uma relação direta com o preço do bem ou serviço e que a oferta é explicada pelo preço do bem, mantendo-se os demais fatores fixos.
Os Deslocamentos da curva de oferta
Caso haja uma queda no preço dos fatores de produção, o clima e a natureza sejam favoráveis e a expectativa com relação ao futuro sejam boas, a curva de oferta sofrerá um deslocamento para a direita
O equilíbrio de mercado
O mercado de um produto encontra-se em equilíbrio quando as quantidades oferecidas desse produto são iguais às quantidade procuradas. O preço para o qual as quantidades oferecidas vão ser iguais às quantidades procuradas é o preço de equilíbrio. 
A quantidade de equilíbrio é a quantidade em que tanto a procura como a oferta são iguais. Quando a oferta é maior que a demanda, ocorre liquidação por parte das empresas como forma de reduzir seus estoques. Quando a demanda é maior que a oferta, as empresas aumentam a quantidade ofertada e, conseqüentemente, os preços dos produtos, fazendo assim com que a demanda diminua. Nesses dois casos, o objetivo da empresa é levar o mercado para o preço e quantidade de equilíbrio. Havendo igualdade entre oferta e demanda, terá uma harmonização entre os variados interesses entre os produtores e os consumidores.
Texto para discussão
Os alimentos, que têm sido vilões da inflação em 2016, chegam bem mais caros à mesa dos mineiros do que saem das fazendas. A alta de preços depois que passam pelas porteiras pode ultrapassar a 200% em alguns casos. Custo do beneficiamento, do transporte e reflexos do mercado internacional são algumas das justificativas para a diferença. Mas há também um componente especulativo. Ou seja, alguns elos da cadeia produtiva acabam se beneficiando com altas margens de lucros em detrimento de outros.
Para se ter uma ideia da disparidade, dá para tomar como base o café. Para começar, o produto em grão tem barateado enquanto o beneficiado, que é vendido pelo varejo, segue no sentido contrário com alta de 5,8% entre janeiro e junho deste ano. Isso sem contar que os produtores venderam o quilo do café por R$ 8,16 em junho, enquanto no varejo ele foi encontrado pelo dobro (R$ 16,38).
A coordenadora da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline de Freitas Veloso, explica que existe a influência dos custos do beneficiamento do grão, da logística envolvida para que ele chegue ao consumidor final e o impacto do mercado internacional, uma vez que a maior parte do café mineiro é exportado. Mas ela concorda que existe um movimento especulativo. Aproveitando a tendência de alta, parte dos envolvidos no processo, seja na indústria, no transporte ou no varejo, acaba aumentando os preços além do necessário.“Quem forma o preço final são os industriais e atacadistas. Se o consumidor compra, o preço continua subindo, mesmo que além das necessidades reais”, afirma o superintendente de política e economia agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), João Ricardo Albanez. A única pressão contrária às altas é a redução do consumo.
Produto de primeira necessidade, o leite tem um acréscimo de 114,6% quando chega ao consumidor. “Não tem justificativa uma diferença tão grande de preço. É fato que, em alguns casos, são acrescentados diferenciais pela indústria como tornar o leite zero lactose, que é moda agora, mas o preço deveria ser mais equilibrado”, afirma o presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Faemg, que é produtor em Lavras , Eduardo Pena. Segundo ele, entre os produtores, as margens estão tão apertadas que muitos deixaram de investir na atividade leiteira. O resultado foi uma redução da oferta, que tende a pressionar os preços ainda mais para cima, além de servir como justificativa para aumento dos ganhos em outros elos da cadeia.
O arroz também tem apresentado uma diferença considerável entre o preço no campo e na cidade, com o consumidor final pagando 243,7% mais caro do que o cobrado pelos produtores. Além da especulação, que também reflete nessa cultura, a redução da oferta por causa de problemas climáticos no Sul do país -maior produtor do grão-também teve influência, segundo a coordenadora da Faemg.
“O café sofre influência do mercado externo já que mais de 90% da produção mineira é exportada”
João Ricardo Albanez Superintendente de política e economia agrícola da Seapa
 
Preços do arroz e do feijão ainda têm potencial de aumento
A base da alimentação dos brasileiros – arroz e feijão – deve manter a escalada de preços nos supermercados. Levando em conta o comportamento dos demais produtos, que encarecem nas gôndolas pelo menos na mesma proporção de alta do campo, o potencial de elevação do arroz é de 15,7% e do feijão, de 41%.
Em junho, o quilo de feijão nas fazendas custava R$ 7,81. O valor é 136,9% superior aos R$ 3,28 que custava em janeiro deste ano. Mas o repasse para o consumidor final não aconteceu na mesma proporção. A alta no varejo foi de 68%, fechando em R$ 8,55 em junho. Para igualar a alta, ainda pode ocorrer uma elevação de 41%.
Da mesma forma, o arroz encareceu mais no campo, passando de R$ 0,72 para R$ 0,90 o quilo. Nos supermercados, a alta de 5,26% no mesmo período abre espaço para um encarecimento de, pelo menos, 15,7%. Isso se o verificado com leite, açúcar e café, por exemplo, for seguido. No caso dessas outras culturas, a alta para o consumidor foi ainda maior.
Estoques
O diretor comercial e de marketing do Mart Minas, Filipe Martins, explica que existe uma defasagem na alta de preços nos supermercados por causa dos estoques. “Às vezes, nós temos o produto por R$ 5 e compramos por R$ 7 e acabamos vendendo por um valor intermediário. Por isso, o repasse não é na mesma velocidade. Mas sempre acontece”, afirma. Segundo ele, levando em conta as negociações com fornecedores, o ciclo de alta do arroz deverá prosseguir pelos próximos dois meses.
Da mesma forma o feijão, segundo o superintendente de política e economia agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), João Ricardo Albanez. O produto deve seguir com preços altos até o início de janeiro, quando será colhida a primeira, das três safras que a cultura possui no ano.
“A indústria está testando o consumidor com os altos preços do leite”
Eduardo Pena Presidente Comissão Técnica da Pecuária de Leite da Faemg
Produção  de arroz, feijão e café em Minas
A produção de arroz em Minas Gerais tem ficado menor a cada ano devido a dificuldade de concorrência com o Rio Grande do Sul, que detém 72,3% da produção brasileira. A expectativa é que as terras mineiras tenham uma produção de 7,9 mil toneladas neste ano, segundo dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa). O volume é quase quinze vezes menor do que as 115,4 mil toneladas registradas em 2010 pelo Estado.<
Apesar de ter apresentado ligeiro crescimento frente ao ano passado, ao passar de 333,5 mil toneladas para 334,6 mil toneladas, a produção de feijão no Estado também tem reduzido. Em 2014, por exemplo, chegou a 573,2 mil toneladas. Mesmo assim, Minas Gerais é o segundo maior produtor brasileiro, atrás apenas do Paraná.
No caso da produção de café, Minas Gerais é destaque nacional. Neste ano, o Estado deverá produzir 28,5 milhões de sacas. No Brasil, o esperado é uma produção de 49,7 milhões de sacas, fazendo com que o Estado fique com uma representatividade de 57,4%.
Fonte: Jornal hoje em dia
Exercícios
1) Assinale a alternativa correta:
a) A macroeconomia analisa mercados específicos, enquanto a microeconomia analisa os grandes agregados.
b) A hipótese coeteris paribus é fundamental para o entendimento da macroeconomia.
c) No mercado de bens e serviços, são determinados os preços dos fatores de produção.
d) A questão de “como produzir’’ é decidida no mercado de fatores de produção.
e) Todas as alternativas estão erradas.
2 Conceitue
Demanda
Lei da demanda
3- Qual é a relação existente entre a quantidade demanda e o preço do bem?
4 Assinale a alternativa correta:
a) A curva de procura mostra como variam as compras dos consumidores quando variam os preços.
b) Quando varia o preço de um bem, coeteris paribus, varia a demanda.
c) A demanda depende basicamente do preço de mercado. As outras variáveis são menos importantes e supostas constantes.
d) A quantidade demandada varia inversamente ao preço do bem,coeteris paribus.
e) N.r.a.Citar e explicar os fatores que determinam a demanda
5 O preço de equilíbrio para uma mercadoria é determinado:
a) Pela demanda de mercado dessa mercadoria.
b) Pela oferta de mercado dessa mercadoria.
c) Pelo balanceamento das forças de demanda e oferta da mercadoria.
d) Pelos custos de produção.
e) N.r.a.
6 Mostre a equação da demanda
7 O que significa o termo: Coeteris Paribus?
8 Citar e explicar os fatores que afetam o equilíbrio de mercado
9 O equilíbrio de mercado de um bem é determinado:
a) Pelos preços dos fatores utilizados na produção do bem.
b) Pela demanda de mercado do produto.
c) Pela oferta de mercado do produto.
d) Pelas quantidades de fatores utilizados na produção do bem.
e) Pelo ponto de intersecção das curvas de demanda e da oferta
do produto.
10 Utilize as curvas da oferta e da demanda para ilustrar de que forma cada um dos seguintes fatos afetaria o preço e a quantidade de gasolina comprada e vendida:
a) Redução no preço do álcool;
b) Melhora na tecnologia e na logística. 
11 Se a produção de veículos no Brasil for explicada pela seguinte equação:
Qo = 100 + 1,5 P
A) determinar a produção de veículos quando o preço for 15.000,00 reais
B) A produção de veículos sempre terá uma função com inclinação negativa? Explique
12 Caso o equilíbrio de mercado da produção de soja no Brasil seja dado pelo seguinte comportamento
Qo = 120 + 0,6 P e Qd = 180 – P
a) Determine o preço e a quantidade de equilíbrio
b) Mostre o gráfico do equilíbrio
13 Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações:
Qs = 40 + 10P
Qd = 310 – 8P
onde Qs, Qd e P representam, na ordem, a quantidade ofertada, a quantidade procurada e o preço do produto. A quantidade transacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio, será:
a)2 unidades.
b) 188 unidades.
c) 252 unidades.
d) 14 unidades.
e) NDA.
14 Esta questão baseia-se nas escalas de demanda e oferta de mercado do bem X mostrada a seguir:
	Preço 
(R$/unidade)
	Quantidade demandada
(unidade/mês)
	Quantidade ofertada
(unidade/mês)
	5,00
	10
	30
	4,00
	15
	25
	3,00
	20
	20
	2,00
	25
	15
	1,00
	30
	10
a) Construa as curvas de demanda e de oferta;
b) Qual o preço de equilíbrio? Qual a quantidade de equilíbrio?
15 Determineo equilíbrio de mercado de acordo com as curvas Qd = 20 – 8P e Qo = 4 + 8P. Sabendo-se que Qd = Qo. 
Qual o preço e a quantidade de equilíbrio?
16 Determine o equilíbrio de mercado de acordo com as curvas Qd = 500 – 10P e Qo = 200 + 20P. Sabendo-se que Qd = Qo. 
Qual o preço e a quantidade de equilíbrio?
As Elasticidades
Elasticidade preço da Demanda
Para se medir a variação na quantidade demandada devido à variação no preço dos bens e serviços, utiliza-se o conceito de elasticidade preço da demanda. Em linhas gerais elasticidade preço da demanda mostra a mudança percentual no consumo devido a uma mudança percentual no preço do produto. 
Ep = (Qd/(P . P/Qd
Onde Ep = Elasticidade preço da demanda
 (Q d= Variação na quantidade demandada
 (P = Variação no preço do bem ou serviço
Classificação das elasticidade preço da demanda
Quando:
Ep = 0 Elasticidade nula
Ep = 1 Elasticidade unitária
0< Ep < 1 Demanda inelástica
Ep > 1 Demanda elástica
2.4.1.1-A Elasticidade preço da demanda e a receita total
A receita total das empresas pode ser considerada como despesa ou gasto dos consumidores e resulta da multiplicação da quantidade vendida (Q) pelo preço da venda (P). Portanto:
RT = P . Q
Tendo em vista que a receita é uma função do preço e da quantidade, e que a elasticidade-preço da procura mede a relação entre a variação relativa na quantidade e no preço, há consequentemente, uma nítida relação entre elasticidade e preço.
Se a de demanda é inelástica, uma queda relativamente grande no preço está associado a apenas um pequeno aumento na quantidade procurada. Em conseqüência, a receita total se reduz com um decréscimo no preço. Do mesmo modo, se a procura é elástica, para uma pequena diminuição de preço, a porcentagem de aumento na quantidade vendida é maior do que a porcentagem de redução no preço, e, portanto, a receita aumenta. 
2.4.2-Elasticidade-Renda
A elasticidade-renda (Ey) da demanda é expressa como a percentagem de mudança na quantidade demandada dividida pela variação percentual na renda.
Exemplo: admita que ao nível de renda mensal de R$ 1.000,00 o consumidor adquiria 2 quilos de carne por mês. Quando sua renda aumentar para R$ 1.500,00, ele passou a comprar 2,5 quilos por mês, ao mesmo preço anterior. Neste caso, a elasticidade-renda é de 0,55.A interpretação do resultado é a seguinte: Se houver um aumento de 1 % na renda haverá aumento de 0,55 % na quantidade adquirida de carne.Se a elasticidade-renda é menor que a unidade e maior que zero, diz-se que o bem é normal. Se é maior que a unidade, diz-se que é superior, e se for menor que zero (relação inversa), diz-se que bem é um produto inferior.
O conhecimento das elasticidades-rendas da demanda para os produtos agrícolas é importante para estimar o impacto de mudanças de renda sobre as compras de alimentos
. A maioria dos produtos agrícolas apresentam um valor de elasticidade-renda relativamente baixo, variando entre 0,2 e 0,5, ou seja, são bens normais. Os produtos de origem animal têm elasticidade-renda, via de regra, mais elevada, significando que aumentos de renda tendem a estimular mais intensamente o consumo de produtos pecuários do que os de origem vegetal. No Brasil, os alimentos têm uma elasticidade-renda em torno de 0,4; enquanto nos EUA é de 0,15.
Muitos produtos e serviços não-agrícolas têm demanda sensível ou elástica à renda, ou seja, são bens superiores ou de luxo. Como exemplo, a demanda eletrodomésticos, roupa, consumo em restaurantes, jóias.
2.4.3-A Elasticidade preço da oferta
A elasticidade da oferta mostra a variação em termos percentuais na quantidade ofertada de um bem ou serviço em razão da variação percentual no preço desse bem ou serviço. Em outras palavras pode-se afirmar que a elasticidade da oferta mostra a divisão entre as variações percentuais na oferta e variações percentuais nos preços. Também pode-se dizer que a ela mostra a sensibilidade da produção em função do preço, ou seja, a resposta da produção às oscilações do preço de mercado do produto.
Eo = Variação % da oferta Eo = Elasticidade preço da oferta
 Variação % do preço
A equação final da Eo é a seguinte:
Eo= (Qo / (P . P/Qo
Classificação da elasticidade preço da oferta
Se 
2.4.3.1-Casos especiais de elasticidades da oferta
Quando a Eo for igual a zero a curva de oferta será vertical pois não haverá variação na oferta quando o preço aumentar ou diminuir, ou seja, a oferta é insensível ao preço. Quando a Eo for infinita, isto quer dizer que existe uma sensibilidade tão grande da oferta em relação aos preços que mesmo sem variar o preço a oferta apresenta grandes variações.
Mona Lisa, de da Vinci, é um exemplo de produto com Demanda Perfeitamente Inelástica
Uma demanda é uma perfeitamente elástica quando mesmo sem qualquer variação no preço, há uma variação constante da quantidade demandada, ou seja, independentemente da quantidade de mercado o preço se mantém constante.
No extremo oposto, uma demanda é uma perfeitamente inelástica, ou perfeitamente rígida, quando uma variação qualquer no preço resulta numa variação zero da quantidade demandada, ou seja, independentemente do preço de mercado a quantidade se mantem constante. É o caso, por exemplo, do mercado de obras raras.
Os casos gerais de elasticidade são usados frequentemente em discussões que caracterizam circunstâncias para as quais informação detalhada não está disponível e/ou é irrelevante. Existem então cinco casos de elasticidade.
· E = 0 Perfeitamente rígida. Este caso especial de elasticidade está representado na figura em cima à direita. Qualquer variação de P não terá qualquer efeito em Q. 
· E < 1 Rígida. A variação proporcional em Q é menor do que a variação proporcional em P. 
· E = 1 Elasticidade unitária. A variação proporcional de uma variável é igual à variação proporcional de outra variável. 
· E > 1 Elástica. A variação proporcional em Q é maior do que a variação proporcional em P. 
· E = infinito. Perfeitamente elástica. Este caso especial de elasticidade está representado na figura em cima à esquerda. A variação em P é zero, portanto a elasticidade é infinita. 
Exercícios
1) Conceitue
Elasticidade preço da demanda
 bem de luxo
2) Interprete os resultados
a) Ep = 0,5
b) Ep= 2
c) Ep = 1
d) Ep = - 3
3) A demanda por doce de leite é dada pela seguinte tabela
	P
	Qd
	0,1
	50
	0,15
	22
a) Calcule a Ep
b) Interprete o resultado
c) A demanda é inelástica?Justifique
d) Devemos aumentar o preço deste produto? Justifique
4) Se uma empresa quer aumentar seu faturamento e a demanda do produto é elástica, ela deve:
a) Aumentar o preço.
b) Diminuir o preço.
c) Deixar o preço inalterado.
d) Depende do preço do bem complementar.
e) Depende do preço do bem substituto.
5) Se uma demanda for de um tipo em que a redução de 10% no preço provoca um aumento de 5% na quantidade de mercadoria que o público adquire, a procura em relação ao preço será:
a) Elástica.
b) Unitariamente elástica.
c) Infinitamente elástica.
d) Inelástica
e) Totalmente inelástica 
6). Se o produto A é um bem normal e o produto B é um bem inferior, um aumento da renda do consumidor provavelmente:
a) Aumentará a quantidade demandada de A, enquanto a de B permanecerá constante.
b) Aumentarão simultaneamente os preços de A e B.
c) O consumo de B diminuirá e o de A crescerá.
d) Os consumos dos dois bens aumentarão.
7) Assinale os fatores mais importantes, que afetam as quantidades procuradas:
a) Preço e durabilidade do bem.
b) Preço do bem, renda do consumidor, custos de produção.
c) Preço do bem, preços dos bens substitutos e complementares,
renda e preferência do consumidor.
d) Renda do consumidor, custos de produção.
3 O leite torna-se mais barato e seu consumo aumenta. Paralelamente, o consumidor diminui sua demanda de chá.
Leite e chá são bens:
a) Complementares.
b) Substitutos.
c) Independentes.
d) Inferiores.
8) Dada a função demanda de x:
Dx = 30 – 0,3 px + 0,7 py + 1,3R
sendo px epy os preços dos bens x e y, e R a renda dos consumidores,
assinale a alternativa correta:
a) O bem x é um bem inferior, e x e y são bens complementares.
b) O bem y é um bem normal, e x e y são bens substitutos.
c) Os bens x e y são complementares, e x é um bem normal.
d) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem normal.
e) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem inferior.
9) Assinale a alternativa correta, coeteris paribus:
a) Um aumento da oferta diminui o preço e aumenta a quantidade demandada do bem.
b) Uma diminuição da demanda aumenta o preço e diminui a quantidade ofertada e demandada do bem.
c) Um aumento da demanda aumenta o preço e diminui a oferta do bem.
d) Um aumento da demanda aumenta o preço, a quantidade demandada e a oferta do bem.
e) Todas as respostas anteriores estão erradas.
10) A elasticidade-renda da demanda é o quociente das variações percentuais entre:
a) Renda e preço.
b) Renda e quantidade demandada.
c) Quantidade e preço.
d) Quantidade e renda.
e) Quantidade e preço de um bem complementar.
11) Se uma empresa quer aumentar seu faturamento e a demanda do produto é elástica, ela deve:
a) Aumentar o preço.
b) Diminuir o preço.
c) Deixar o preço inalterado.
d) Depende do preço do bem complementar.
e) Depende do preço do bem substituto.
12) Se a curva de procura for de um tipo em que a redução de 10% no preço provoca um aumento de 5% na quantidade de mercadoria que o público adquire, nessa região da curva, a procura em relação ao preço será:
a) Elástica.
b) Unitariamente elástica.
c) Infinitamente elástica.
d) Inelástica, embora não perfeitamente.
e) Totalmente inelástica ou anelástica.
A teoria da produção
 Pode-se afirmar que a produção é a principal atividade da firma. A produção é o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção (insumos, tecnologia, equipamentos e capital) em serviços e produtos. 
O principal objetivo de uma firma capitalista é obter um resultado positivo entre a receita e custos de produção. Os custos de produção são os gastos necessários para iniciar e manter o processo produtivo, os custos de produção são provenientes dos dispêndios com os fatores de produção.
Conceitos básicos da teoria da produção
Firma = Unidade técnica onde é realizado o processo produtivo
Processo Produtivo = é a produção de bens e serviços, é a interação dos fatores de produção.
Fatores de Produção = São os elementos fundamentais para o processo produtivo, são os recursos naturais, a mão de obra, a tecnologia e o capital.
Produto = Resultado do processo produtivo, o produto pode ser um bem ou serviço.
Exemplo de um processo produtivo
A Eficiência Técnica e Eficiência Econômica na produção
Como já foi discutido anteriormente, os fatores de produção são elementos imprescindíveis para a elaboração dos produtos, assim o melhor emprego no uso dos fatores de produção irá refletir num melhor desempenho da produção e o melhor desempenho produtivo consequentemente refletirá num melhor resultado econômico.
Pode-se afirmar que um processo produtivo é tecnicamente eficiente quando ele permite a obtenção da mesma quantidade de produto que os outros processos com a menor utilização de fatores de produção.
Quando um processo produtivo consegue produzir uma mesma quantidade de um determinado produto com custos menores que outro processo produtivo similar, esse processo está sendo mais eficiente economicamente, ou seja, está apresentando eficiência econômica em relação ao outro sistema de produção. Ser eficiente economicamente é produzir a mesma quantidade que era produzida antes porém com custos menores.
Economia de Escala: 
Existe economia de escala quando a expansão da capacidade de produção de uma firma ou indústria causa um aumento dos custos totais de produção menor que, proporcionalmente, os do produto. Como resultado, os custos médios de produção caem, a longo prazo". (Bannock et alii, 1977). (18)
Aquela firma que organiza o processo produtivo de maneira que se alcance, através da busca do tamanho ótimo, a máxima utilização dos fatores que intervêm em tal processo. Como resultado, baixam-se os custos de produção e incrementam-se os bens e serviços
A produtividade
A LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES
 
Também conhecida como “ Lei da Produtividade Marginal Decrescente”, descreve a taxa de mudança na produção de uma firma quando se varia a quantidade de apenas um fator de produção.
“Aumentando-se a quantidade de um fator de produção variável em iguais incrementos por unidade de tempo, enquanto a quantidade dos demais fatores se mantém fixa, a produção total aumentará, mas a partir de certo ponto os acréscimos resultantes no produto se tornarão cada vez menores. Continuando o aumento na quantidade utilizada do fator variável a produção alcançará um máximo podendo, então, decrescer”.
A Lei dos Rendimentos Decrescentes está ligada ao conceito de produto marginal. Essa lei descreve o comportamento da variação da produção, quando se varia um dos inputs de cada vez, mantendo constante os demais. 
Segundo a Lei dos Rendimentos Decrescentes aumentando-se a quantidade de um insumo e permanecendo a quantidade dos demais fatores fixa, a produção crescerá inicialmente a taxas crescentes (produto marginal positivo); a seguir, num certo ponto ocorrerão taxas decrescentes (produto marginal negativo). Finalmente, ao incrementar o input, a produção decrescerá (GLAHE,1981). Nesta lei admite-se que a tecnologia permaneça fixa, e que haja pelo menos um insumo cuja quantidade permanece constante. 
Como exemplo, supõe-se que numa industria o input fixo é representado pelo número de máquinas. O fator variável é representado pelo número de operários. Se várias combinações de máquinas e mão-de-obra forem utilizadas para produzir um certo produto e se a quantidade de máquinas for constante, o aumento da produção dependerá do aumento da mão-de-obra utilizada. Quando isso ocorrer, alterar-se-ão as proporções de combinações entre fatores fixos e variáveis. Nesse caso a produção aumentará até certo ponto e depois decrescerá. Isto quer dizer que de inicio poderão ocorrer rendimentos crescentes, enquanto os acréscimos de utilização do fator variável provocarem incrementos na produção. Todavia, essa fase, quando ocorre, é passageira, passando a existir logo em seguida rendimentos decrescentes. 
Os Custos de produção 
O custo de produção é o gasto financeiro necessário para aquisição e utilização dos fatores de produção. Os fatores de produção, por sua vez, são os elementos fundamentais para o processo produtivo, são eles: os insumos, a mão de obra, a tecnologia, os equipamentos ou bens de capital e o capital financeiro. A ausência de qualquer um desses fatores torna impossível a realização da produção de qualquer bem ou serviço.
Assim, o custo de produção ou o custo total é dado pela soma de dois outros tipos de custo, que são os custos fixos e custos variáveis.
CT = CFT + CVT
Onde: CT = Custo total
 CFT = Custo Fixo Total
 CVT = Custo Variável Total
O custo com os fatores de produção que não aumentam ou diminuem a intensidade de sua utilização durante a produção, ou seja, a parcela do custo que se mantém fixa, quando a produção varia é chamado de Custo fixo total.
Os aluguéis, condomínios, os tributos, os gastos com depreciação, a mão de obra ( quando não há comissão por produtividade) e taxas de juros são casos clássicos de custo fixos.
Graficamente o custo fixo total é dado por uma linha horizontal paralela ao eixo da produção, à medida que a produção aumenta ou diminui o custo permanece no mesmo nível.
Custo Fixo 
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Q
CT
O custo variável total é gasto com aquisição de fatores que variam com a produção, o custo variável como o próprio nome diz varia de acordo com a produção. São exemplos de custo variável : salário com comissão por rendimento, energia, matéria prima, insumos (sementes, tecidos, combustíveis), aquisição de novas máquinas.
Custo Variavel0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Q
CV
Outros dois tipos de custos existentes no processo produtivo e de grande importância para análise do comportamento da firma são os custos médios e os custos fixos médios.
O custo médio mostra a relação entre custo total e a quantidade produzida o custo fixo médio mostra a relação entre custo fixo total e quantidade produzida.
Cme = CT / Q
Onde: Cme = custo médio
 CT = custo total
 Q = quantidade produzida
O custo fixo médio é a relação existente entre o custo fixo e a quantidade produzida de um bem ou serviço, este, por sua vez, depende da quantidade produzida, à medida que aumenta-se a produção sua tendência é diminuir.
CFme = CFT / Q
Onde: CFme = Custo Fixo médio
 CFT = Custo fixo total
 Q = Quantidade produzida
Custo marginal
Em economia e finanças, custo marginal é a mudança no custo total de produção advinda da variação em uma unidade da quantidade produzida. Matematicamente, a função de custo marginal (Cmg) é expressa como a derivada da função de custo total (CT) sobre a quantidade total produzida (Q), como segue:
Em um gráfico, a curva que represente a evolução do custo marginal é de uma parábola concava, devido a Lei dos rendimentos decrescentes. No ponto mínimo de curva, se encontra o número de bens que devem ser produzidos para que os custos sejam mínimos.
Resumo dos Custos 
	
	Conceito
	CT
	É a soma, para cada nível de produção, dos custos fixos e variáveis da empresa.
	CFT
	Não se altera em função das quantidades produzidas, independe do nível de produção. É representado por uma reta paralela ao eixo das quantidades.
	CVT
	Aumenta em função do aumento das quantidades produzidas, mas não na mesma proporção. Inicialmente, os aumentos são menos que proporcionais, possibilitando retribuições crescentes. A partir de certo nível, seus aumentos passam a ser mais que proporcionais, conduzindo a retribuições decrescentes.
	CFMe
	Resulta da divisão do custo fixo total pelas quantidades produzidas. Inicialmente declina acentuadamente. Mas a intensidade do declínio se amortece à medida que aumentam as quantidades produzidas.
	CVMe
	Resulta da divisão do custo variável total pelas quantidades produzidas. Mostra um pequeno declínio inicial e, a partir de certo nível, uma ligeira tendência à expansão.
	CMe
	Resulta da divisão do custo total pelas quantidades produzidas. Decresce acentuadamente no início, mas passa a aumentar a partir do ponto em que os aumentos do custo variável médio se tornam maiores do que as reduções do custo fixo médio.
	CMg
	É o custo em que a empresa incorre para produzir uma unidade adicional. Situa-se abaixo do custo variável médio até o ponto em que este alcança seu nível mínimo. A partir daí revela uma tendência à expansão particularmente acentuada.
Custos de longo prazo
No longo prazo todos os fatores de produção são variáveis, não havendo custo fixo. Ferguson (1992) defende que um agente econômico opera no curto prazo e planeja no longo prazo. Conforme Pindyck (1994), uma linha de isocusto inclui todas as possíveis combinações de mão-de-obra e de capital que possam ser adquiridas a um determinado custo total, onde cada diferente nível deste descreve uma linha de isocusto diferente.
Para Varian (1994), "a função de custo c(w1, w2, y) mede o custo mínimo de produzir y unidades do produto quando os preços dos fatores são (w1, w2). Quando aumenta a quantidade do insumo mão-de-obra utilizada, é preciso diminuir a quantidade de capital, com a finalidade de manter o produto constante. As escolhas de insumos que geram custos mínimos para a firma dependerão dos preços dos insumos e do nível de produto que a firma deseja produzir, chamadas de demandas de fatores condicionais. Estas demandas resultam nas escolhas que minimizam custo para um dado nível do produto".
De acordo com Pindyck (1994, p. 280), "no longo prazo, a capacidade de variar a quantidade do capital permite que a empresa reduza seus custos. O mais importante determinante do formato das curvas de custo médio e de custo marginal são os rendimentos crescentes, constantes e decrescentes de escala".
A curva de custo marginal a longo prazo CMgLP é determinada a partir da curva de custo médio a longo prazo; ela mede a variação ocorrida a longo prazo nos custos totais, à medida que a produção seja incrementalmente elevada" (Pindyck, 1994, p. 281).
Diferenças entre custo económico e custo contábil
A diferença fundamental entre ambos, está no facto do custo económico ser mais usado entre os entes públicos e o contábil de um modo geral para as Pessoas Físicas ou Jurídicas.
Avaliar o custo de oportunidade é fundamental em qualquer operação económica, ainda mais quando não estão explícitos valores financeiros (como os preços), o que pode levar a uma ilusão de que se obtiveram benefícios sem qualquer custo.
A Receita Total da firma
A receita total de uma firma é considerada como sendo o resultado da quantidade de produtos e serviços vendidos pela firma levando em consideração o seu preço. Em outras palavras pode-se afirmar que a receita é obtida pela multiplicação da quantidade vendida e o preço do produto.
RT = P .Qd
Onde: RT = Receita Total
 P = Preço do Produto
 Qd = Quantidade demandada
 Por essa fórmula conclui-se que a receita total será tanto maior quanto maior for o preço do produto, também pode-se inferir que quanto maior for a demanda mantendo-se os preços constantes a receita aumentará.
Ponto de Equilíbrio
O Ponto de Equilíbrio, também conhecido como Ponto de Ruptura ou Ponto de Nivelamento, nasce da conjugação dos custos totais com as receitas totais. Neste contexto, os custos e despesas fixas seriam totalmente absorvidos para que, a partir daí, a empresa possa iniciar seu retorno do investimento com a obtenção de lucro.
Para Martins (2003, p. 257-262), o Ponto de Equilíbrio indica a capacidade mínima
que a empresa deve operar para não ter prejuízo. É, portanto, a relação entre o volume de vendas e a lucratividade, determinando o nível de vendas necessário para cobrir os custos operacionais. Ou ainda, é o ponto em que a empresa se equilibra, servindo também para mostrar a magnitude dos lucros ou perdas da empresa se as vendas ultrapassarem ou caírem para um nível abaixo desse ponto.
Pode-se evidenciar o ponto de ruptura pela ótica contábil, econômica e financeira, dependendo da necessidade do analista, que assim são definidos:
 Contábil: é o ponto em que a receita é igual ao custo total, correspondendo a um determinado nível de produção, ou volume de operações;
 Econômico: são adicionados os custos de oportunidade e outros do gênero. Neste caso, existe um lucro que correspondente à remuneração esperada pelos acionistas sobre o capital investido;
 Financeiro: consideram-se apenas os custos desembolsados (Ponto de Equilíbrio de caixa).
Exercícios
1) Conceitue:
a) Custo variável
b) receitas
1) - Se conhecemos a função produção, o que mais precisamos saber a fim de conhecer a função custos:
a) A relação entre a quantidade produzida e a quantidade de fatores necessária para obtê-la.
b) O custo dos fatores, e como se pode esperar que esses custos variem.
c) Que fatores são variáveis.
2) Um aumento da produção a curto prazo sempre diminuirá:
a) O custo variável médio.
b) O custo total médio.
c) O custo fixo médio.
4) Mostre o gráfico do CFMe em função da quantidade produzida
5) Se a quantidade produzida for nula:
a) O custo total é igual ao custo médio.
b) O custo médio será maior que o custo marginal.
c) O custo marginal será maior que o custo médio.
d) O custo médio é igual ao custo total.
e) N.r.a.
6) Dado o quadro abaixo:
	Q
	P
	RT
	CV
	CF
	CT
	CMg
	CVme
	CFme
	CMe
	L
	0
	10
	
	
	30
	
	
	
	
	
	
	1
	10
	
	4
	
	
	
	
	
	
	
	2
	10
	
	7
	
	
	
	
	
	
	
	3
	10
	
	9
	
	
	
	
	
	
	
	4
	10
	
	11,5
	
	
	
	
	
	
	
	5
	10
	
	14,5
	
	
	
	
	
	
	
	6
	10
	
	18,5
	
	
	
	
	
	
	
	7
	10
	
	25

Continue navegando