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Prévia do material em texto

2016
AuditoriA e Controle no 
Setor PúbliCo
Profa. Isabella Maria Nunes Ferreirinha
Copyright © UNIASSELVI 2016
Elaboração:
Profa. Isabella Maria Nunes Ferreirinha
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
657.83045
F383a Ferreirinha, Isabella Maria Nunes
 Auditoria e controle no setor público/ Isabella Maria 
Nunes Ferreirinha. Indaial : UNIASSELVI, 2016.
 
 226 p. : il.
 
 ISBN 978-85-7830-947-3
 
 1. Auditoria – Empresas Públicas. 
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
III
APreSentAção
Acadêmico(a)!
Esse Caderno de Estudos irá apresentar a você o universo de 
Auditoria e Controle no Setor Público. O estudo é muito importante porque 
se refere às ferramentas de controle e avaliação dos recursos públicos.
Cada vez mais a Administração Pública busca mecanismos para que 
o processo dos gastos públicos esteja alinhavado com as políticas públicas, 
em comum com interesses da coletividade, e, principalmente para que seus 
recursos sejam otimizados e muito bem aplicados. Para tanto, é preciso que 
o sistema seja muito bem ajustado e que a Administração Pública possa 
encontrar servidores e profissionais preparados aos serviços de auditoria, 
controle e controladoria.
O processo de transparência tem uma história contemporânea 
para a Administração Pública e as leis que limitam as suas ações também 
são recentes, para que a gestão possa desempenhar seu papel diante dos 
princípios constitucionais e éticos.
Na Unidade 1, vamos estudar os conceitos fundamentais da Auditoria, 
Controle e Controladoria no Setor Público, para que você possa obter uma 
base teórica e sustentável no momento em que estiver no campo prático que 
poderá ser um dos seus campos de trabalho. Todavia, mesmo que não seja 
o seu campo de atuação, ainda assim, o conhecimento das ferramentas de 
auditoria, controle e controladoria poderão subsidiar quaisquer das práticas 
profissionais da gestão pública.
A Unidade 2 abordará a aplicabilidade desses conceitos ao exercício 
prático do campo da auditoria e controle. O perfil do profissional, os 
campos de atuação, os processos, o planejamento de auditoria e controle 
e, principalmente, a complexidade de acompanhar a gestão financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial.
Na Unidade 3, você perceberá mais da prática desse nicho profissional, 
com exemplos práticos, a fim de dar uma oportunidade para você perceber a 
base conceitual estudada com alguns exemplos práticos no Brasil.
Dessa maneira, você poderá consolidar o seu conhecimento e adquirir 
habilidades, tal como o princípio norteador da UNIASSELVI: “Não basta 
saber, é preciso saber fazer”.
Bons estudos! Sucesso!
Profa. Isabella Maria Nunes Ferreirinha
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO .......... 1
TÓPICO 1 – AUDITORIA ...................................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 BREVE HISTÓRICO DA AUDITORIA NO MUNDO ................................................................. 5
3 BREVE HISTÓRICO DA AUDITORIA NO BRASIL.................................................................... 7
4 CONCEITO E NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE AUDITORIA .................................................. 9
5 OBJETIVOS DA AUDITORIA ........................................................................................................... 12
6 ATITUDES NA AUDITORIA ............................................................................................................. 17
7 CLASSIFICAÇÃO DE AUDITORIA ................................................................................................ 17
8 TIPOS DE AUDITORIA ...................................................................................................................... 18
9 TIPOS DE AUDITORES ...................................................................................................................... 24
10 AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO .............................................................................................. 24
10.1 CLASSIFICAÇÃO .......................................................................................................................... 26
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 28
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 29
TÓPICO 2 – CONTROLE ....................................................................................................................... 31
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 31
2 BREVE HISTÓRIA DE CONTROLE INTERNO NO BRASIL .................................................... 31
2.1 CONTROLE ...................................................................................................................................... 33
2.1.1 Controle interno ...................................................................................................................... 34
2.1.2 Características do controle interno ....................................................................................... 36
2.1.3 Controle interno na administração pública ........................................................................ 37
2.1.4 Princípios do controle interno .............................................................................................. 39
3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SUBJACENTES AOS COMPONENTES DE CONTROLE .......41
4 REGISTRO NO CONTROLE INTERNO ......................................................................................... 43
4.1 CONTROLE EXTERNO .................................................................................................................. 45
4.2 CONTROLE SOCIAL ...................................................................................................................... 47
RESUMO DO TÓPICO2........................................................................................................................ 49
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 50
TÓPICO 3 – CONTROLADORIA ........................................................................................................ 51
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 51
2 BREVE HISTÓRICO SOBRE A CONTROLADORIA .................................................................. 54
3 FINALIDADE E ESTRUTURA DA CONTROLADORIA ............................................................ 55
4 PERFIL DO CONTROLLER ................................................................................................................ 57
5 TIPOS DE CONTROLADORIA ........................................................................................................ 59
6 GESTÃO OPERACIONAL ................................................................................................................. 60
7 GESTÃO ECONÔMICA ..................................................................................................................... 62
8 GESTÃO ESTRATÉGICA ................................................................................................................... 62
9 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTROLADORIA ........................................................ 63
10 CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO .................................................................................... 64
11 CONSELHO NACIONAL DE CONTROLE INTERNO – CONACI ........................................ 66
Sumário
VIII
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 69
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 76
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 77
UNIDADE 2 – ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE .................... 79
TÓPICO 1 – SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............................ 81
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 81
2 ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA......................................................................... 81
3 AUDITORIA INTERNA E AUDITORIA EXTERNA .................................................................... 83
4 SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO FEDERAL ........................ 87
5 SISTEMA DE CONTROLE INTERNO ............................................................................................ 90
6 CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA........................................................................... 92
7 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA ............................................................................................. 92
9 EXCESSO DE CONTROLE ................................................................................................................. 95
10 SERPRO – SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS ................................. 98
11 SIAFI – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO GOVERNO 
FEDERAL .............................................................................................................................................. 99
12 SIADS – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS GERAIS ........ 101
13 SIASG – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS......................... 101
14 SIORG – SISTEMA DE INFORMAÇÕES ORGANIZACIONAIS DO GOVERNO FEDERAL ........102
15 SIOP – SISTEMA INTEGRADO DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO ........................... 103
16 SIAPE – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS – 
SIAPE ..................................................................................................................................................... 104
17 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL ........................................................................................ 105
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 107
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 108
TÓPICO 2 – PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO ................................... 111
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 111
3 FORMAS DE CONTROLE INTERNO ............................................................................................. 112
4 PROCEDIMENTOS DE CONTROLE INTERNO E AUDITORIA ............................................. 114
5 TÉCNICAS DE AUDITORIA ............................................................................................................. 114
6 PLANEJAMENTO EM AUDITORIAS GOVERNAMENTAIS ................................................... 117
7 ELEMENTOS DE AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO ............................................................... 118
8 MODELOS DE QUESTIONÁRIOS .................................................................................................. 119
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 131
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 132
TÓPICO 3 – ORGANIZAÇÕES VOLTADAS PARA A AUDITORIA .......................................... 133
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 133
2 ÓRGÃOS RELACIONADOS COM OS AUDITORES ................................................................. 133
3 COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS ................................................................................... 133
4 INSTITUTO BRASILEIRO DE CONTADORES ............................................................................ 135
5 INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL ......................................................... 136
6 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE E CONSELHOS REGIONAIS DE 
CONTABILIDADE ............................................................................................................................... 137
7 DECLARAÇÃO DE LIMA SOBRE PRECEITOS DE AUDITORIA ........................................... 139
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 141
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 146
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 147
IX
UNIDADE 3 – A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO 
 PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS ......................... 149
TÓPICO 1 – INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO DE FROTAS NOS 
MUNICÍPIOS PARANAENSES .................................................................................... 151
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 151
2 CASO 1 – CONTROLE DA FROTA POR FORÇA DE EXIGÊNCIA DO CONTROLE 
EXTERNO ............................................................................................................................................... 151
RESUMO DOTÓPICO 1........................................................................................................................ 174
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 175
TÓPICO 2 – GESTÃO DE PESSOAS SOB A ÓTICA DO CONTROLE EXTERNO .................. 177
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 177
2 GESTÃO DE PESSOAS ....................................................................................................................... 177
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 187
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 188
TÓPICO 3 – AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS.................................................. 189
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 189
2 GESTÃO DE PATRIMÔNIO .............................................................................................................. 189
3 GESTÃO DAS RECEITAS .................................................................................................................. 201
4 GESTÃO DE LICITAÇÕES ................................................................................................................ 209
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 213
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 218
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 219
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 221
X
1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À AUDITORIA E 
CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade tem por objetivos:
• verificar a história da auditoria;
• conceituar auditoria e controle;
• identificar os tipos de auditoria e de auditores;
• compreender os principais valores, competências e serviços;
• analisar a organização de auditoria no setor público;
• reconhecer as principais práticas de auditoria e controle no setor público.
Esta unidade apresenta-se dividida em três tópicos para facilitar a 
compreensão do conteúdo. Ao final de cada tópico, há atividades que servirão 
para revisar, fixar e ajudar a construir seu conhecimento sobre o tema.
TÓPICO 1 – AUDITORIA
TÓPICO 2 – CONTROLE
TÓPICO 3 – CONTROLADORIA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
AUDITORIA
1 INTRODUÇÃO
A auditoria surge como um campo profissional de caráter importante 
para as organizações. É a auditoria que vai auxiliar as organizações, públicas 
e privadas, no controle das contas e processos. Na verdade, a auditoria é vista 
como um campo em que os procedimentos contábeis devem ser verificados, a 
fim de confirmar se as organizações estão tendo os resultados esperados. Assim 
podemos entender, primeiramente, que a auditoria tem suas raízes nas ciências 
contábeis, tal como conceituam Franco e Mafra (2000, p. 26) a auditoria:
A técnica contábil que – através de procedimentos específicos que 
lhe são peculiares, aplicados no exame de registros e documentos, 
inspeções, e na obtenção de informações e confirmação, relacionados 
com o controle do patrimônio de uma entidade – objetiva obter 
elementos de convicção que permitem julgar se os registros contábeis 
foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais e normas 
de contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes 
refletem adequadamente a situação econômico-financeira e as demais 
situações neles demonstradas. (FRANCO; MAFRA, 2000, p. 26).
Visto dessa forma podemos entender que a auditoria é uma técnica contábil 
que deve ser apresentada através de registros e documentos para confirmar a 
situação econômico-financeira de uma entidade. Ao fazer longa análise sobre 
auditoria, verificar conceitos em diversos autores de diversos países, Sá (2000, p. 
25) resume auditoria como:
Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame 
dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos 
de consideração contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões, 
críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da 
riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorridos, quer por ocorrer 
ou prospectados e diagnosticados.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
4
FIGURA 1 – AUDITORIA
FONTE: Disponível em: <http://william.com.br/blog/wp-content/
uploads/2011/02/auditor.jpg>. Acesso em: 30 out. 2015.
Chaves (2011) apresenta que as especializações da auditoria ultrapassam 
os limites das Ciências Contábeis, isto é, o campo da auditoria tornou-se tão 
extenso que a segmentação se tornou inevitável. Assim, Chaves (2011, p. 16-17) 
apresenta como especializações da auditoria:
• Auditoria Interna – analisa os atos e fatos ocorridos dentro de uma instituição, 
por funcionários dessa mesma instituição denominados auditores internos;
• Auditoria Externa ou Independente – os atos e fatos são verificados por 
profissional liberal ou instituição independentemente daquela, auditada, 
portanto, por estranhos à instituição;
• Auditoria Governamental – analisa os atos e fatos levados a efeito do setor 
público;
• Auditoria Operacional – atua avaliando as metas institucionais relacionadas à 
economicidade, eficiência, eficácia e efetividade;
• Auditoria Fiscal – abrange o exame da legalidade dos fatos patrimoniais em 
face das obrigações tributárias, trabalhistas e sociais (SÁ apud CHAVES, 2011, 
p. 17);
• Auditoria de Sistemas – analisa o ambiente computacional e a segurança de 
informações, testando e avaliando com profundidade todos os controles num 
sistema informatizado, abrangendo suas aplicações e produtos;
• Auditoria Médica – realiza a análise da qualidade da assistência médica 
prestada aos usuários, comparando o atendimento prestado com padrões de 
atendimento e utilização de recursos previamente estabelecidos.
A auditoria pode ser realizada pela própria organização, ou a organização 
poderá terceirizar esse serviço. Tanto uma quanto a outra, apresentam 
vantagens e desvantagens. A auditoria interna tem a vantagem de contar com 
o comprometimento de seus funcionários e de seu próprio conhecimento da 
organização. Em compensação se não há o comprometimento ou se há algum 
desvio de comportamento essa vantagem torna-se uma desvantagem. 
Já a auditoria externa tem a vantagem de despertar para as soluções 
de problemas que os funcionários da organização em algum momento não 
perceberam ou se sentiram incapazes de resolver.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
5
Para compreendermos o mundo da auditoria, vamos apresentar sua 
história, sua evolução, conceitos, práticas, e tudo que a auditoria e controle faz 
para que as organizações sejam mais eficientes e usem seus recursos com maior 
consciência e eficácia.
2 BREVE HISTÓRICO DA AUDITORIA NO MUNDO
A maioria das referências bibliográficas apresenta a história da auditoria 
no mundo e no Brasil, essas histórias tornam-se interdependentes, porque de 
certa forma o que acontece no mundo pode influenciar nas práticas locais e, 
muitas vezes, vice-versa.
Ao estudarmos os livros sobre auditoria, poderemos encontrar diferenças 
em alguns detalhes sobre a evolução da auditoria, um ou outro autor descrevem 
mais detalhes históricos de um país e de outro.
A história se converge no sentido de que a auditoria surgiu em virtude 
do crescimento econômico e em funçãodo desenvolvimento das indústrias, das 
organizações e do próprio mercado financeiro.
Magalhães, Lunkes e Müller (2001, p. 16) apresentam algumas passagens 
históricas importantes da evolução histórica da auditoria:
• Iniciou no século XIV, na cidade de Bruges, Bélgica, por iniciativa de 
comerciantes que se reuniam para fazer negócios;
• Na Itália – século XV ou XVI –, supõe-se que a auditoria surgiu como profissão 
no momento em que um especialista deixou de praticar Contabilidade para 
assessorar outros profissionais e mercadores, transformando-se em consultor 
público liberal;
• Pelo interesse do clero e pelos empreendimentos da Europa Moderna ou 
Medieval dirigidas pela Igreja. A primeira dívida organizada (que se tem 
notícia) foi contraída pelo Vaticano, com títulos mobiliários no mercado;
• E pela Revolução Industrial, na Inglaterra, que propiciou que o tema fosse 
discutido e desenhado como demonstra o quadro apresentado pelos autores:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
6
QUADRO 1 - PRIMÓRDIOS DA AUDITORIA
FONTE: Magalhães, Lunkes e Müller (2001, p. 17)
Foi com a Revolução Industrial, que as indústrias e as organizações 
passam a adquirir com mais sistematização a auditoria como controle. Para que 
a administração ganhasse mais eficiência no acompanhamento, no controle e 
também nos resultados.
A expansão das atividades com a Revolução Industrial gerou um giro de 
capital maior e isso provocou que as organizações contratassem ou formassem 
funcionários, no caso auditores, que gerassem relatórios para o acompanhamento 
dos resultados econômicos e sobre a integridade das demonstrações contábeis.
Apresentando a sequência de fatos ocorridos no mundo em relação 
à auditoria Magalhães, Lunkes e Müller (2001) apresentam resumidamente as 
seguintes ocorrências:
Expansão de atividades
Auditor Contador Público, Contabilidade Pública (auditoria)
sobre integridade e resultados econômicos dos 
empreendimentos
Gera relatórios
demanda de capital
a) Das origens da auditoria
 • Aparecimento das grandes empresas;
 • Necessidade de credibilidade nos registros contábeis;
 • Tributação de impostos de renda na Inglaterra;
 • Empresas formadas por capitais de muitas pessoas;
 • Grandes companhias inglesas de comércio e navegação.
b) Da evolução
 • Primeiramente, em contas públicas, na Inglaterra (1314);
 • A prática sistematizada ocorreu nos séculos XIX e XX.
c) Da organização da profissão de auditores
 • Surgimento dos guias profissionais:
 - guia profissional de New York – 1786
 - guia comercial inglês – 1786
 • Surgimento das associações de classe:
Na Inglaterra
 - Primeiras Associações de Contadores Ingleses – 1854 a 1867;
 - Sociedade dos Contadores da Inglaterra – 1879 (Institute of Chartered 
Accountants in England and Wales);
TÓPICO 1 | AUDITORIA
7
Nos Estados Unidos:
 - Primeiras Associações de Contadores Americanos – 1874 a 1882;
 - American Accounting Association (AAA) – 1916;
 - American Institute os Certified Public Accountants (AICPA) – 1886;
Na Holanda
 - Instituto Holandês de Contadores Públicos – 1894
Magalhães, Lunkes e Müller (2001, p. 17).
Assim, dessa forma bem breve, entendemos que o desenvolvimento 
industrial aliado ao movimento de capital, gerou para as indústrias e para as 
empresas, a necessidade de controlar seu capital financeiro. E posteriormente, 
também para auxiliar na gestão de bens, materiais, recursos humanos e avaliar 
resultados.
3 BREVE HISTÓRICO DA AUDITORIA NO BRASIL
A auditoria surge em virtude de verificar a realidade econômico-
financeira do patrimônio de empresas. Com o desenvolvimento das empresas e 
de sua ocupação heterogênea no espaço geográfico, investidores e proprietários 
sentiram a necessidade de averiguar seu patrimônio por pessoas (jurídica ou 
física) que pudessem confirmar dados e informações.
FIGURA 2 – AUDITORIA NO BRASIL
FONTE: Disponível em: <http://www.bitmag.com.br/wp-content/
uploads/2014/01/Brasil-TI.jpg>. Acesso em: 30 out. 2015.
De acordo com Attie (2011), a auditoria é uma ramificação da Contabilidade, 
ou seja, a contabilidade foi a primeira disciplina a auxiliar e informar a 
administração. Entretanto, com o desenvolvimento econômico dos países e com 
a expansão de atividades produtoras, a complexidade administrativa tornou-
se crescente, assim a contabilidade também evoluiu e a auditoria torna-se uma 
prática especializada provinda da contabilidade.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
8
No Brasil, conforme Magalhães, Lunkes e Müller (2001), o primeiro 
parecer de auditoria no país foi publicado em 1903, parecer nos livros da São 
Paulo Tramway, Light and Power Company, cuja matriz encontrava-se em 
Toronto, no Canadá.
E também de acordo com os autores Magalhães, Lunkes e Müller (2001, p. 
18) “a primeira firma de auditoria a se estabelecer no Brasil foi a Mc-Auliffe Davis 
Bell & Co, em 1909, que passou a se chamar Arthur Andersen S.C.”
De acordo com Attie (2011, p. 8) podemos entender que:
A evolução da auditoria no Brasil está primariamente relacionada com 
a instalação de empresas internacionais de auditoria independente, 
uma vez que investimentos também internacionais foram aqui 
implantados e compulsoriamente tiveram de ter suas demonstrações 
contábeis auditadas.
Então o desenvolvimento econômico das empresas resultou aumento de 
volume de instrumentos estabelecidos para acompanhar as organizações quanto a 
sua vida contábil e financeira. Ainda de acordo com a apresentação de Attie (2011, 
p. 8 e 9), as influências e acontecimentos que possibilitaram o desenvolvimento 
de auditoria no Brasil foram:
a) Filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras;
b) Financiamento de empresas brasileiras através de entidades internacionais;
c) Crescimento das empresas brasileiras e necessidade de descentralização e 
diversificação de suas atividades econômicas;
d) Evolução do mercado de capitais;
e) Criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil em 
1972;
f) Criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades por Ações 
em 1976.
Para Magalhães, Lunkes e Müller (2001), a consolidação da auditoria no 
Brasil surgiu em virtude da Lei das Sociedades por Ações, Lei nº 6.404, de 15 
de dezembro de 1976 e pela Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, que criou a 
Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
Comissão de Valores Mobiliários – CVM será apresentada com maiores 
detalhes na Unidade 2 desse caderno. Aguarde!
Assim, podemos concluir que as dinâmicas da evolução econômica 
dos países, com o desenvolvimento da contabilidade e a complexidade de 
novas práticas, fizeram com que a auditoria se tornasse um nicho profissional 
especializado.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
9
4 CONCEITO E NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE AUDITORIA
Conceituar os termos que utilizaremos ao longo desse estudo não só é 
primordial para que a base do conhecimento seja solidificada, mas também é, 
principalmente, para que a construção de significados faça melhor sentido na 
prática.
O dicionário de contabilidade apresenta auditoria com o seguinte 
significado: “Tecnologia contábil que tem por objetivo a verificação ou revisão de 
registro e demonstrações e procedimentos adotados para a escrituração, visando 
avaliar a adequação e a veracidade das situações memorizadas e expostas”. (SÁ; 
SÁ, 1995, p. 38).
Para Attie (2011, p. 5) auditoria é uma “especialização contábil voltada a 
testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de 
expressar uma opinião sobre determinado dado”.
Auditoria e seus significados verbais apresentados por Imoniana (2001) 
tais como: examinar, investigar, periciar, ajustar ou balancear, contar, apresentar 
balanços, ativos e passivos, dá a entender que o campo de atuação e a função da 
auditoria são intensos complexos e dinâmicos.
Conceituando auditoria Imoniana (2001, p. 20) define como “atividade que 
se refere à verificação das informações contábeis para certificar a sua acuracidadee determinar a confiabilidade das demonstrações financeiras”.
E numa maior abrangência Imoniana (2001, p. 20) apresenta a auditoria 
como:
Processo de avaliação sistemática dos registros contábeis e das 
operações correlatas para determinar a aderência aos princípios 
contábeis, geralmente aceitos, políticas empresariais e os regulamentos 
que regem as operações das entidades contábeis.
Magalhães, Lunkes e Müller (2001) apresentam um quadro de conceituação 
dos termos principais de auditoria. Alguns desses termos serão recorrentes 
no decorrer desse estudo e outros serão pouco ou nada usados, entretanto, o 
destaque é importante para introduzirmos nesse universo da auditoria e para 
futuras leituras complementares.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
10
QUADRO 2 - PRINCIPAIS TERMOS EM AUDITORIA E CONCEITUAÇÃO
A auditoria deve ser exercida para que os procedimentos e controles 
internos estejam adequados aos resultados esperados, no que diz respeito aos 
registros contábeis e também quanto as suas relações externas.
A auditoria então, através de métodos e procedimentos, verifica por 
meio de observação, análise, para que os usuários internos e externos possam 
ter um ganho gerencial. As suas ações debruçam sobre os registros contábeis, 
os procedimentos internos e as relações externas e assim no final do processo 
verifique se os resultados estão em conformidade aos dados e objetivos traçados.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
11
QUADRO 2 - PRINCIPAIS TERMOS EM AUDITORIA E CONCEITUAÇÃO
FONTE: Disponível em: <http://advivo.com.br/index.php?q=sites/default/
files/imagecache/imagens_blog/imagens/calvin_auditoria.jpg>. 
Acesso em: 30 out. 2015.
FIGURA 3 - AUDITORIA
Para Attie (2011) a auditoria com sua análise e relatórios auxilia na área 
contábil, gerencial, de controles e financeiros, através de atitudes que exigem 
habilidades mental, profissional e preventiva. O sinóptico de auditoria pode ser 
assim apresentado:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
12
FONTE: Attie (2011, p. 5)
QUADRO 3 – SINÓPTICO DA AUDITORIA
Como toda profissão, a de auditor também necessita seguir preceitos 
éticos e atitudes compatíveis com o código de ética da organização ou com os 
princípios constitucionais. Nesse sentido, a finalidade da auditoria não é apenas 
analisar e confirmar registros e comprovantes, mas julgar a moralidade dos atos.
5 OBJETIVOS DA AUDITORIA
A auditoria tem como objetivo principal controlar o patrimônio 
administrado. Para tanto, precisa analisar registros contábeis, documentos, 
fichas, entre outros documentos comprobatórios. Mas tem também como objetivo 
verificar a veracidade das informações e dados e também a moralidade dos atos.
De acordo com Lemos (2006, p. 14), a auditoria tem ações preventiva, 
saneadora e moralizadora, em que os objetivos do processo são:
• Confirmar a veracidade dos registros e a confiabilidade dos comprovantes;
• Opinar sobre a adequação das situações e informações contidas nas 
demonstrações contábeis;
• Resguardar os direitos dos proprietários, dos financiadores do patrimônio, do 
próprio fisco e da sociedade em geral.
O objetivo, fim e objetos da auditoria além de bem extensos, são também 
de grande complexidade e responsabilidade. Lemos (2006, p. 15) destaca objetos 
do exame de auditoria, que são:
TÓPICO 1 | AUDITORIA
13
5 OBJETIVOS DA AUDITORIA
• Sistemas administrativos e operacionais de controle interno utilizados na 
gestão orçamentária, financeira e patrimonial;
• Execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam recursos 
públicos;
• Aplicação dos recursos transferidos pelo Estado a entidades públicas ou 
privadas;
• Contratos firmados por gestores públicos com entidades privadas para 
prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais;
• Processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade;
• Instrumentos de sistemas de guarda e conservação dos bens e do patrimônio 
sob a responsabilidade das unidades da administração direta e entidades 
supervisionadas;
• Atos administrativos que resultem em direitos e obrigações para o Poder 
Público, em especial os relacionados com a contratação de empréstimos 
internos ou externos e com a concessão de avais;
• Arrecadação e restituição de receitas de tributos;
• Sistemas eletrônicos de processamento de dados, suas entradas (inputs) e 
informações de saída (outputs), objetivando constatar:
 - Segurança física do ambiente e das instalações do Centro de Processamento 
de Dados (CPD);
 - Segurança lógica e confiabilidade dos sistemas (software) desenvolvidos em 
computadores de diversas partes;
 - Eficácia dos serviços prestados pela área de informática;
 - Eficiência na utilização dos diversos computadores (hardware) existentes na 
entidade;
 - Verificação do cumprimento da legislação pertinente.
Oliveira e Diniz Filho (2001) apresentam um quadro em que os tipos de 
auditorias são classificados conforme os seus objetivos, vejamos:
QUADRO 4 – TIPOS DE AUDITORIA E SEUS OBJETIVOS 
TIPOS DE AUDITORIA OBJETIVOS
Auditoria das 
demonstrações 
contábeis
Emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis da 
empresa ou entidade em determinada data.
Auditoria interna
Revisão sistemática das transações operacionais e do sistema 
de controles internos, visando:
• A proteção dos bens e direitos da empresa contra fraudes, 
desvios e desfalques;
• A constatação de possíveis irregularidades e usos indevidos 
dos bens e direitos da empresa.
Auditoria operacional
Avaliação sistemática da eficácia e eficiência das atividades 
operacionais e dos processos administrativos, visando:
• Ao aprimoramento contínuo da eficiência e eficácia 
operacional, contribuindo com soluções.
UNIDADE 1 | <TÍTULO UNIDADE 1>TÓPICO 1 | <TÓPICO 1 UNIDADE 1>ATATAuditoria de cumprimento normativo ou compliance autidAuditoria para verificação do cumprimento/observância de normas e procedimentos implantados pela empresa ou pelos órgãos reguladores de determinadas atividades.Por exemplo, normas implantadas pelo Banco Central do Brasil a serem observadas pelas instituições financeiras para o combate do crime de ‘lavagem de dinheiro’.Auditoria de gestãoTrabalhos dirigidos à análise dos planos e diretrizes da empresa, objetivando mensurar a eficiência da gestão das operações e sua consistência com os planos e metas aprovados.Auditoria de sistemasExames e avaliações da qualidade do sistema de computação de dados e dos controles existentes no ambiente de tecnologia de informações, visando otimizar a utilização dos recursos de computação de dados, minimizar os riscos envolvidos nos processos e garantir a geração de informações e dados confiáveis, em tempo, ao menor custo possível.Auditoria fiscal e tributáriaAnálise da eficiência e eficácia dos procedimentos adotados para a apuração, controle e pagamentos dos tributos que incidem nas atividades comerciais e operacionais da empresa.Avaliação do planejamento tributário.Auditoria ambientalAvaliação dos processos operacionais e produtivos das empresas visando à identificação de danos ao meio ambiente e quantificação de contingências e (b) preparação da empresa para receber o Certificado ISSO 14000 – meio ambiente.Auditoria nos processos de compras e vendas de empresas e reestruturações societárias – incorporações, fusões, cisões e formação de joint ventures• Auditoria das demonstrações contábeis das empresas envolvidas;• Assessoria na avaliação das empresas objetos de negociação societária;• Avaliação dos ativos objetos de negociação;• Identificação de contingências fiscais, trabalhistas, ambientais, cíveis etc. FONTE: Oliveira e Diniz Filho (2001, p. 19)joint ventures – “associação de duas ou mais organizações visando a investir num projeto para alcançar objetivos bem definidos, tais como: desenvolvimento de novos produtos, montagem de uma rede de distribuição e vendas, fabricação de peças ou produtos de interesse comum, etc.[...] caracteriza-se por ser uma entidade jurídica, mas uma simplesoperação conjunta mediante contrato de duas ou mais empresas, teremos uma aliança estratégica”.Lacombe (2004, p. 186).ISSO 14000 – meio ambiente – A ISSO 14000 é auditada pelo ISSO (International Organization for Standardization) que é uma autoridade em certificações em todo mundo. Tem como principal foco a gestão ambiental e fornece uma estrutura organizada para que as empresas consigam promover ações internas para obter a certificação.Fonte: Disponível em: <http://inst.sitesustentavel.com.br/iso-14000-o-que-e-requisitos/>. Acesso em 31 out. 2015.Assim pode-se concluir que o campo de atuação de auditoria é bem extenso e exige bastante conhecimento e responsabilidade para que o seu cumprimento aprove, previna e aponte ajustes necessários.PRINCÍPIOS ÉTICOS NA AUDITORIAJá sabemos que a auditoria é um braço da contabilidade, por esse motivo é regida pelo Conselho Federal de Contabilidade, que conforme a Resolução de nº 803, de 10 de outubro de 1996, estabelece o Código de Ética Profissional do Contador – CEPC.Destaca-se o artigo nº 2 da resolução, do Capítulo II, intitulado dos deveres e das proibições, assim:QUADRO 5 - DEVERES DA AUDITORIAArt. 2º São deveres do Profissional da Contabilidade: (Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)I – exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais; (Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)II – guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade;III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo;
UNIDADE 1 | <TÍTULO UNIDADE 1>TÓPICO 1 | <TÓPICO 1 UNIDADE 1>ATATAuditoria de cumprimento normativo ou compliance autidAuditoria para verificação do cumprimento/observância de normas e procedimentos implantados pela empresa ou pelos órgãos reguladores de determinadas atividades.Por exemplo, normas implantadas pelo Banco Central do Brasil a serem observadas pelas instituições financeiras para o combate do crime de ‘lavagem de dinheiro’.Auditoria de gestãoTrabalhos dirigidos à análise dos planos e diretrizes da empresa, objetivando mensurar a eficiência da gestão das operações e sua consistência com os planos e metas aprovados.Auditoria de sistemasExames e avaliações da qualidade do sistema de computação de dados e dos controles existentes no ambiente de tecnologia de informações, visando otimizar a utilização dos recursos de computação de dados, minimizar os riscos envolvidos nos processos e garantir a geração de informações e dados confiáveis, em tempo, ao menor custo possível.Auditoria fiscal e tributáriaAnálise da eficiência e eficácia dos procedimentos adotados para a apuração, controle e pagamentos dos tributos que incidem nas atividades comerciais e operacionais da empresa.Avaliação do planejamento tributário.Auditoria ambientalAvaliação dos processos operacionais e produtivos das empresas visando à identificação de danos ao meio ambiente e quantificação de contingências e (b) preparação da empresa para receber o Certificado ISSO 14000 – meio ambiente.Auditoria nos processos de compras e vendas de empresas e reestruturações societárias – incorporações, fusões, cisões e formação de joint ventures• Auditoria das demonstrações contábeis das empresas envolvidas;• Assessoria na avaliação das empresas objetos de negociação societária;• Avaliação dos ativos objetos de negociação;• Identificação de contingências fiscais, trabalhistas, ambientais, cíveis etc. FONTE: Oliveira e Diniz Filho (2001, p. 19)joint ventures – “associação de duas ou mais organizações visando a investir num projeto para alcançar objetivos bem definidos, tais como: desenvolvimento de novos produtos, montagem de uma rede de distribuição e vendas, fabricação de peças ou produtos de interesse comum, etc.[...] caracteriza-se por ser uma entidade jurídica, mas uma simples operação conjunta mediante contrato de duas ou mais empresas, teremos uma aliança estratégica”.Lacombe (2004, p. 186).ISSO 14000 – meio ambiente – A ISSO 14000 é auditada pelo ISSO (International Organization for Standardization) que é uma autoridade em certificações em todo mundo. Tem como principal foco a gestão ambiental e fornece uma estrutura organizada para que as empresas consigam promover ações internas para obter a certificação.Fonte: Disponível em: <http://inst.sitesustentavel.com.br/iso-14000-o-que-e-requisitos/>. Acesso em 31 out. 2015.Assim pode-se concluir que o campo de atuação de auditoria é bem extenso e exige bastante conhecimento e responsabilidade para que o seu cumprimento aprove, previna e aponte ajustes necessários.PRINCÍPIOS ÉTICOS NA AUDITORIAJá sabemos que a auditoria é um braço da contabilidade, por esse motivo é regida pelo Conselho Federal de Contabilidade, que conforme a Resolução de nº 803, de 10 de outubro de 1996, estabelece o Código de Ética Profissional do Contador – CEPC.Destaca-se o artigo nº 2 da resolução, do Capítulo II, intitulado dos deveres e das proibições, assim:QUADRO 5 - DEVERES DA AUDITORIAArt. 2º São deveres do Profissional da Contabilidade: (Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)I – exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais; (Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)II – guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade;III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo;
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
16
IV – comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento 
reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão 
daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a 
obrigação a sócios e executores;
V – inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre 
qualquer caso;
VI – renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança 
por parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de 
antecedência, zelando, contudo, para que os interesses dos mesmos não sejam 
prejudicados, evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia;
VII – se substituído em suas funções, informar ao substituto sobre fatos 
que devam chegar ao conhecimento desse, a fim de habilitá-lo para o bom 
desempenho das funções a serem exercidas;
VIII – manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o 
exercício da profissão;
IX – ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, 
seja propugnando por remuneração condigna, seja zelando por condições de 
trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da Contabilidade e 
seu aprimoramento técnico.
X – cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada estabelecidos 
pelo CFC; (Criado pelo Art. 5º, da Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
XI – comunicar, ao CRC, a mudança de seu domicílio ou endereço e da 
organização contábil de sua responsabilidade, bem como a ocorrência de 
outros fatos necessários ao controle e fiscalização profissional. (Criado pelo Art. 
6º, da Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
XII – auxiliar a fiscalização do exercício profissional.(Criado pelo Art. 7º, da 
Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
CFC (1996)
Dessa forma, além dos princípios éticos que norteiam o campo profissional 
de auditoria, a atitude do profissional pode ajudar na detecção e prevenção de 
problemas. Portanto, além da conduta ética, atitudes que antecipem ações e atos 
administrativos são funções que fazem da auditoria um braço importante no 
processo gerencial.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
17
6 ATITUDES NA AUDITORIA
Attie (2011) apresenta três atitudes (mental, profissional e preventiva) na 
auditoria que são complementares entre si. Na verdade, o autor quer destacar 
que essas três atitudes formam o pilar da profissão, para que a avaliação final seja 
eficiente.
• Atitude mental – como a auditoria é uma análise crítica, é preciso que o auditor 
verifique as possibilidades de riscos e erros. Nesse sentido, a auditoria não 
pode se limitar aos livros oficiais, a auditoria tem que ser factual;
• Atitude profissional – se refere ao conhecimento técnico e estudo permanente, a 
fim de adquirir novos conhecimentos e ferramentas de trabalho; aprimoramento 
pessoal e ter conhecimento das regulamentações e legislação;
• Atitude preventiva – a opinião do auditor deve estar embasada em informações, 
controles, documentos. Essa concentração de informações deve ser utilizada 
como prevenção ou repressão de erros para futuros ajustes.
A habilidade mental vai além da leitura rígida das demonstrações 
contábeis, mas no que se refere à competência de observar eventuais riscos e 
erros. A habilidade profissional é aquela que se refere à competência técnica do 
conhecimento adquirido nas cadeiras da academia e pela formação continuada, 
em que é preciso acompanhar novas legislações e regulamentos. E ainda a 
habilidade preventiva que quer dizer a habilidade de através dos demonstrativos 
e conhecimentos, prevenir contra erros futuros e realizar ajustes necessários.
Assim podemos entender que o auditor deve ter perspicácia para perceber 
além dos registros, aprimorar-se constantemente e acompanhar mudanças; e 
por fim, contribuir para que ajustes sejam realizados e a organização possa ser 
eficiente.
7 CLASSIFICAÇÃO DE AUDITORIA
Vimos que a auditoria requer diferentes habilidades, dessa maneira a 
auditoria por sua complexidade e congregar diferentes competências e atitudes 
profissionais, poderia ainda ser classificada, para demonstrar o quanto é extensa, 
profunda e oportuna.
Magalhães, Lunkes e Müller (2001, p. 25) classificam a auditoria em três 
diferentes formas, quanto à extensão, profundidade e tempestividade, assim 
explicadas:
Quanto à extensão podem ser:
• Geral – quando abrange todas as unidades operacionais;
• Parcial – quando abrange especificamente determinadas unidades operacionais;
• Por amostragem – a partir da análise do controle interno.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
18
Quanto à profundidade podem ser:
• Integral – são consideradas as auditorias mais longas, que auditam desde os 
primeiros contatos das negociações até as informações finais;
• Por revisão analítica – se referem ao conceito de auditoria prenunciativa, para 
evitar riscos a auditoria torna-se mais curta, a fim de obter fidedignidade às 
informações.
Quanto à tempestividade podem ser:
• Permanente – são as feitas habitualmente, constante ou sazonal, em todos os 
exercícios sociais;
• Eventual – não é habitual, por esse motivo não tem tempo certo. Esse processo 
de auditoria exige a ambientação dos auditores e planejamento para todas as 
vezes em que for realizada.
E por fim Magalhães, Lunkes e Müller (2001, p. 27) apresentam as 
finalidades básicas de auditoria em relação ao atendimento de seus usuários 
interno e externo, assim:
a) Usuário interno:
• Interesse dos acionistas ordinários (majoritários);
• Atendimento às estratégias de investimentos de relevância, em determinados 
projetos.
b) Usuário externo:
• Interesse dos acionistas preferenciais (minoritários);
• Interesse dos financiadores (emprestadores, debenturistas);
• Interesse do Estado.
A classificação da auditoria é uma forma de mapear o campo de sua 
atuação, conforme a eventualidade, o tempo e a sua finalidade. É uma maneira 
de auxiliar e demonstrar o quanto a auditoria é extensa no seu campo de atuação.
8 TIPOS DE AUDITORIA
A auditoria pode ser dividida em dois grandes grupos: interna e 
externa. A auditoria interna significa que os funcionários da própria empresa ou 
organização executarão a atividade. Enquanto na auditoria externa, a atividade 
deverá ser executada por uma empresa ou por auditores independentes.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
19
Lins (2011) apresenta as características gerais de auditoria interna e 
externa, de forma separada em seu livro, todavia para melhor compreensão 
apresenta-se aqui em um único quadro, a fim de facilitar para a analogia das 
diferentes categorias:
QUADRO 6 – AUDITORIA INTERNA X AUDITORIA EXTERNA
 Auditoria Interna Auditoria Externa
Executor Funcionário da empresa Funcionário da empresa de auditoria independente
Isenção para informação 
externa Menor Maior
Objetivo principal
Prevenção e detecção 
de falhas nos controles 
internos
Exame das DCs com 
evidenciação da situação da 
empresa auditada através do 
parecer
Resultado do trabalho Relatório de recomendações Emissão de parecer
Cliente do serviço
Em linhas gerais, alta 
administração e diretoria/
gerências
Empresa contratante
Sigilo Sim Sim para o Wps; não para o parecer
Frequência Permanente Periódica
Detalhamento da análise Alto Baixo
FONTE: Adaptado de Lins (2011, p. 6 e 10)
No quadro anterior, pode-se perceber nas diferenças dos tipos de controles 
que existem vantagens e desvantagens, como exemplo da auditoria realizada pelo 
funcionário da própria organização e pela auditoria (externa) contratada. Haverá 
situações da organização que a auditoria realizada pelo próprio funcionário, 
conhecedor da instituição é vantagem. Entretanto, em outros momentos, a 
solicitação de uma auditoria externa será mais vantajosa, para uma avaliação 
imparcial e com olhar diferenciado.
Custo, imparcialidade, periodicidade, detalhamento, conhecimento da 
empresa, entre tantos outros fatores podem auxiliar numa boa auditoria como 
podem também serem fatores que prejudicariam na avaliação final.
Magalhães, Lunkes e Müller (2001) apresentam um quadro comparativo 
entre auditoria interna e externa:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
20
QUADRO 7 - COMPARATIVO ENTRE AUDITORIA INTERNA E EXTERNA
Auditoria Interna Auditoria Externa
1. Proteção à organização.
2. Acompanha o cumprimento de normas 
técnicas e a política de administração da 
empresa, na consecução de seus objetivos.
3. O auditor interno desenvolve, 
continuadamente, seu trabalho que 
termina em relatório.
4. O grau de independência do auditor 
interno é limitado, porém segue as 
normas e procedimentos de auditoria na 
execução do trabalho.
5. Objetiva prevenir erros e fraudes, 
sugerindo aos detentores do poder de 
decisão os ajustes necessários.
1. Proteção do investidor.
2. Analisa e testa os sistemas de controle 
interno e contábil, em busca da razoável 
fidedignidade das DFs.
3. O auditor externo desenvolve o 
trabalho por gestão (anual) que termina 
em parecer.
4. O grau de independência do 
auditor externo é amplo e o trabalho é 
exercido com observância das normas 
internacionais.
5. Objetiva reprimir erros e fraudes.
FONTE: Magalhães, Lunkes e Müller (2001, p. 28)
O livro dos americanos Boynton, Johnson e Kell (2002) apresentam a 
auditoria em três diferentes tipos: auditoria de demonstrações contábeis, auditoria 
de compliance e auditoria operacional. Assim Boynton, Johnson e Kell (2002, p. 31 
e 32) explicam-nas:
• Auditoria de demonstrações contábeis – envolve obtenção e avaliação de 
evidências a respeito das demonstrações contábeis de uma entidade, para 
emissão de parecer se sua apresentação está adequada, de acordo com os 
princípios contábeis;
• Auditoria de compliance– envolve obtenção e avaliação de evidências para 
determinar se certas atividades financeiras ou operacionais de uma entidade 
obedecem a condições, regras ou regulamentos a ela aplicáveis;
• Auditoria operacional – envolve obtenção e avaliação de evidências a respeito 
da eficiência e eficácia das atividades operacionais de uma entidade, em 
comparação com objetivos estabelecidos.
O termo compliance tem origem no verbo em inglês, to comply, que 
significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um comando 
ou um pedido, ou seja, estar em “compliance” é estar em conformidade com leis 
e regulamentos externos e internos.
FONTE: Disponível em: <http://michaellira.jusbrasil.com.br/artigos/112396364/o-que-e-
compliance-e-como-o-profissional-da-area-deve-atuar>. Acesso em: 31 out. 2015.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
21
De forma comparativa quanto aos três tipos de auditoria, podemos 
observar o quadro que segue:
QUADRO 8 - TIPOS DE AUDITORIA
Tipo de auditoria Natureza das afirmações
Critérios 
estabelecidos
Natureza do 
parecer do auditor
De demonstrações 
contábeis
Dados das 
demonstrações 
contábeis
Princípios contábeis 
geralmente aceitos
Opinião a respeito 
da adequação das 
demonstrações 
contábeis
De compliance
Direitos ou dados 
relacionados 
com obediência 
a políticas, leis, 
regulamentos etc.
Políticas da 
administração, leis, 
regulamentos ou 
outras exigências 
estabelecidas por 
terceiros
Resumo dos 
resultados ou 
segurança a 
respeito do grau de 
obediência
Operacional Dados operacionais ou de desempenho
Objetivos 
estabelecidos pela 
administração ou 
pela legislação 
aplicável, por 
exemplo
Eficiência e eficácia 
observadas; 
recomendações 
para 
aperfeiçoamento
FONTE: Boynton, Johnson e Kell (2002, p. 33)
De acordo com o professor Cruz (2002), a auditoria em sua evolução 
técnica-científica, pode ser classificada em três diferentes áreas (fiscalizadora, de 
gestão e operacional), assim observada:
Auditoria
fiscalizadora
Auditoria
de gestão
Auditoria
operacional
Quem 
exerce?
Auditores 
independentes;
Contadores das áreas 
financeira e tributária; 
Fiscais de tributos;
Técnicos de controle 
externo;
Funcionários do 
controle governamental 
sobre instituições 
financeiras;
Empresas financiadas 
ou de atividade 
controlada;
Auditores internos das 
empresas em geral.
Auditores 
independentes;
Contadores das áreas 
financeira e gerencial;
Gerentes de operação;
Técnicos de controle 
externo;
Funcionários 
do controle 
governamental sobre 
instituições financeiras;
Empresas financiadas 
ou de atividade 
controlada;
Auditores internos das 
empresas em geral.
Auditores independentes;
Contadores das áreas 
financeira e gerencial;
Administradores;
Gerentes;
Técnicos de controle 
externo;
Funcionários do controle 
governamental sobre 
instituições financeiras;
Empresas financiadas ou 
de atividade controlada;
Economistas e auditores 
internos das empresas em 
geral.
QUADRO 9 - TIPOS DE AUDITORIA
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
22
Principal 
objetivo
Fiscalizar as 
transações sob as 
óticas financeira e 
patrimonial, bem 
como os registros 
delas decorrentes.
Vigiar a produção 
e a produtividade e 
avaliar os resultados 
alcançados diante 
de objetivos e metas 
fixados para um 
determinado período 
dentro da tipicidade 
própria.
Vigiar as transações 
sob as óticas da 
economicidade, eficiência 
e eficácia e das causas e 
dos efeitos decorrentes;
Verificar a efetividade 
de programas 
específicos diante 
do posicionamento 
da empresa em seu 
ambiente de atuação 
e o significado do 
desempenho obtido 
diante de metas-desafios 
estabelecidos nos vários 
campos de resultados 
maximizadores do valor 
da entidade.
Principal 
resultado
Certificar a adequação 
dos controles 
internos e apontar 
irregularidades, 
truques e fraudes 
detectados.
Identificar desvios 
relevantes e apontar 
atividades e/ou 
departamentos 
fora do padrão 
de desempenho 
esperado.
Certificar a efetividade 
e oportunidade dos 
controles internos 
e apontar soluções 
alternativas para 
melhoria do desempenho 
operacional. Medir grau 
de atendimento das 
necessidades dos clientes 
e acompanhar, mediante 
indicadores do nível 
de eficiência e eficácia, 
o desvio em relação ao 
desafio-padrão.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
23
Recursos 
técnicos
• Contagens físicas;
• Prova de exatidão 
de cálculos e somas;
• Confirmação 
de saldos junto a 
terceiros;
• Exame de livros e 
registros fiscais;
• Exame de livros e 
registros contábeis;
• Recomendações 
denunciadoras e 
corretivas.
• Adequação ao 
custo-padrão;
• Testes de 
efetividade;
• Indicadores de 
desempenho;
• Circularização de 
informação sobre 
existências;
• Recomendações 
punitivas, saneadoras 
ou estimuladoras.
• Seleção de amostras 
para áreas determinadas;
• Apreciação dos desvios 
reais ou potenciais;
• Avaliação da 
informação financeira 
relacionada;
• Identificação de causas 
e efeitos envolvidos;
• Prova de verificação 
e confirmação de 
evidências;
• Recomendações de 
ordem técnica e moral, 
além das de ordem 
normativa;
• Indicadores de 
qualidade dos líderes do 
setor;
• Interpretação e 
avaliação de programas 
de qualificação;
• Testes sobre resultados 
desejados X resultados 
obtidos;
• Mensuradores de 
repercussão econômico-
financeira;
• Impactos 
mercadológicos e 
tecnológicos de longo 
prazo.
FONTE: Adaptado de Cruz (2002, p. 26-28)
Lins (2011) já classifica a auditoria interna em seis diferentes tipos conforme 
o objetivo a ser alcançado, que aqui serão apresentados resumidamente:
a) Contábil – principal objetivo é o controle interno e a qualidade das informações 
geradas. Como resultado apresenta relatório em que apresenta: o problema 
verificado, consequências para a empresa e sugestões para a solução do 
problema.
b) Operacional – também chamada de auditoria de desempenho, tem como 
objetivo a análise das atividades operacionais. Avalia e/ou corrige a relação 
custo-benefício entre recursos e sua aplicação eficiente e eficaz.
c) De compliance – verifica o cumprimento das normas aplicáveis à organização 
e os seus regulamentos internos.
d) De sistemas – a auditoria de sistemas tem como objetivo verificar a segurança 
das informações geradas pelo sistema de informação.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
24
e) Fiscal e tributária – principal objetivo é avaliar os procedimentos fiscais e 
tributários e verificar o cumprimento das normas fiscais e tributárias.
f) De qualidade e ambiental – visam à melhoria do sistema de gestão e ambiental. 
A auditoria de sistemas e a auditoria contábil são as principais análises 
para que a auditoria externa estabeleça os seus exames e o volume de trabalho e 
testes a serem executados.
9 TIPOS DE AUDITORES
Dada a complexidade da prática em auditoria e da extensão do campo de 
atuação, porque em cada área exige conhecimentos específicos. Dessa maneira, 
a auditoria passa a se dividir em categorias diferentes para cada especialidade. 
Boynton, Johnson e Kell (2002) apresentam três tipos de auditores: independentes, 
internos e públicos.
• Auditores independentes – trabalham por conta própria ou são membros de 
empresas de auditoria.
• Auditores internos – são empregados das organizações que são auditadas.
• Auditores públicos – são empregados por várias agências governamentais 
municipais, estaduais e federais.
A segmentação dos auditores é importante porque favorece na 
especificação de habilidades, procedimentos e comportamento do auditor. Para 
cada segmento de auditoria, diferentes são os nichos de oportunidades, vínculo 
de trabalho, modelos de relatórios, objetivos, avaliação, entre outras grandes 
diferenças.
10 AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO
A auditoria embora seja formada por procedimentos e técnicas, a fim 
de verificar e analisar a eficiência e eficácia dos atos e fatos administrativos em 
organizações públicas e privadas e outros modelos de organizações. No setor 
público requer uma prática singular,a linguagem, os demonstrativos, relatórios, 
análise, são aplicados de forma diferenciada.
Cruz (2002) apresenta diferenças básicas sobre os atores, linguagem e 
relações do setor público mediante ao setor privado e terceiro setor.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
25
QUADRO 10 - SEGMENTOS DAS ORGANIZAÇÕES 
SETOR PÚBLICO SETOR PRIVADO TERCEIRO SETOR
Diretores
Associação de Servidores
Credores
Investidores
Público em geral
Instituições Financeiras
Contribuintes
Analista de Resultados
Gerentes
Sindicatos de Empregados
Fornecedores
Acionistas
Terceiros e Interessados
Bancos Comerciais
Clientes
Analista do Lucro e Perdas
Dirigentes
Associados e Colaboradores
Fornecedores
Instituidores e Afiliados
Terceiros e Interessados
Bancos Comerciais
Parceiros e Financiadores
Analistas de Desempenho
FONTE: CRUZ (2002, p. 32)
Visto dessa maneira, pode-se observar que a auditoria voltada ao setor 
público está bastante preocupada com os resultados, ou seja, os investimentos 
empenhados no setor público devem ter uma contrapartida que beneficiem o seu 
público geral.
A auditoria no setor público é instruída pela Normativa nº 16 do Ministério 
do Estado da Economia, Fazenda e Planejamento – MEFP/ Direção Técnica 
Nacional – DTN / Coordenadoria de Auditoria – COAUD, de 20 de dezembro de 
1991 e também pelas adaptações realizadas posteriormente.
Já vimos anteriormente os objetivos da auditoria aplicados a quaisquer das 
organizações, entretanto, Alves e Reis (2015, p. 841) destacam que os objetivos da 
auditoria no setor público são:
• Comprovar a legalidade e legitimidade e avaliar os resultados, quanto à eficiência 
e eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nas unidades da 
administração direta e entidades supervisionadas da administração federal;
• Observar o cumprimento dos princípios fundamentais de planejamento, 
coordenação, descentralização, delegação de competência e controle, pelos 
órgãos e entidades;
• Examinar a observância da legislação federal específica e normas relacionadas;
• Avaliar a execução dos programas de governo, dos contratos, convênios, 
acordos, ajustes e outros instrumentos de mesma origem;
• Avaliar o desempenho administrativo e operacional das unidades da 
administração direta e entidades supervisionadas;
• Verificar o controle e a utilização dos bens e valores sob uso e guarda dos 
administradores ou gestores;
• Examinar e avaliar as transferências e a aplicação dos recursos orçamentários e 
financeiros das unidades da administração direta e entidades supervisionadas;
• Verificar e avaliar os sistemas de informações e a utilização dos recursos 
computacionais das unidades da administração direta e entidades 
supervisionadas.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
26
O setor público está mais voltado para os resultados porque uma vez que 
houve aplicação de recursos para determinado fim, é necessária uma avaliação 
para verificar se o objetivo foi realmente alcançado com eficiência e eficácia, por 
esse motivo no setor público os resultados são realmente importantes.
Auditoria governamental – “comprovar a legalidade e a legitimidade; 
e avaliar os resultados obtidos ou previstos pelos gestores, que, de forma 
temporária, comandam atividades da administração pública estatal”. (CRUZ, 
2012, p. 139).
10.1 CLASSIFICAÇÃO
Apresentamos no presente trabalho os tipos de auditoria: interna e 
externa, demonstrações contábeis, compliance e operacional. São tipos de auditoria 
aplicados a quaisquer organizações, primeiro, segundo e terceiro setor.
O setor público com as suas especificidades exige uma auditoria que 
possa verificar seus resultados, os atos e fatos administrativos e suas ações. Dessa 
maneira Alves e Reis (2015, p. 842) apresentam os tipos de auditoria com mais 
funcionalidade para o setor público:
• Auditoria de Gestão – tem o objetivo de certificar a regularidade das contas, 
verificar a realização de contratos, convênios, acordos ou ajustes, a honestidade 
na aplicação dos dinheiros públicos e no zelo ou administração de valores e 
outros bens da União ou a ela confiados, abrangendo os seguintes aspectos: 
verificação da existência física de bens e outros valores; exame da documentação 
comprobatória dos atos e fatos administrativos; verificação do cumprimento 
da legislação pertinente entre outros.
• Auditoria de Programas – tem o objetivo de examinar, avaliar e observar a 
execução de programas e projetos governamentais específicos.
• Auditoria Operacional – atua nas áreas inter-relacionadas do órgão/entidade, e 
sua teoria de abordagem dos fatos é de apoio, pela avaliação do atendimento às 
normas, e apresentação de sugestões para seu aperfeiçoamento. Tem o objetivo 
de avaliar a eficácia dos seus resultados em relação aos recursos materiais, 
humanos e tecnológicos disponíveis, bem como a economicidade e eficiência 
dos controles internos existentes para a gestão dos recursos públicos.
• Auditoria Contábil – é a técnica utilizada na coleta de informações e no exame 
dos registros e documentos, mediante procedimentos específicos, relacionados 
ao controle do patrimônio.
• Auditoria de Sistema – observando as normas estabelecidas e a legislação 
específica, tem o objetivo de assegurar a adequação, privacidade dos dados e 
informações vindas dos sistemas eletrônicos de processamento de dados.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
27
• Auditoria Especial – tem por objetivo o exame de fatos considerados 
importantes, de caráter extraordinário ou incomum, sendo realizadas para 
atender determinação do Presidente da República, Ministros de Estado ou por 
solicitação de outras autoridades.
Podemos concluir que a auditoria no setor público se apresenta com 
ramificações interligadas para que as ações governamentais sejam avaliadas e 
conduzidas ao principal objetivo que é zelar pelo patrimônio público e manter 
os objetivos de interesse comum, e aos objetivos motivadores de projetos e 
programas, ou de políticas públicas.
28
O Tópico 1 apresentou a introdução à auditoria e com essa aprendizagem 
foi possível:
• O entendimento do conceito de auditoria.
• A assimilação da evolução histórica de auditoria no mundo e no Brasil.
• A compreensão dos objetivos, princípios, atitudes e tipos de auditoria.
• Verificação do que é controle interno e externo.
• Introdução da necessidade da auditoria nas organizações, e em especial no 
setor público.
RESUMO DO TÓPICO 1
29
1 O que é auditoria?
2 Quais são os principais objetivos da auditoria?
3 Faça um breve resumo dos tipos de auditoria.
4 Quais são os tipos de atitudes na auditoria?
AUTOATIVIDADE
30
31
TÓPICO 2
CONTROLE
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
O controle vem da ideia de que para que os processos e procedimentos 
sejam eficazes deve haver um acompanhamento para não perder o foco do 
objetivo proposto. O bom controle no setor público é aquele que permite que o 
seu acompanhamento seja o mais matemático possível, ou seja, quanto menor for 
a interação humana mais eficaz serão os resultados no que se refere ao controle.
O controle dentro da ciência da Administração permite que as funções 
básicas sejam executadas, tais como planejamento, organização, execução e o 
próprio controle. É o controle o melhor instrumento para delimitar os padrões de 
execução, sejam eles, orçamentários, financeiros ou de gestão.
O controle além de requisitar uma habilidade técnica, cada vez mais se 
torna um meio para que os diversos segmentos da sociedade possam participar, 
acompanhar e cobrar a aplicação correta dos recursos públicos. Essa ação 
fiscalizadora exige que a Administração Pública aplique os recursos da melhor 
maneira possível e apresente resultados das políticas públicas.
Vamos acompanhar como foi o desenvolvimento do controle no setor 
público no Brasil.
2 BREVE HISTÓRIA DE CONTROLE INTERNO NO BRASIL
De acordo com o TCU (2015), a história de controle no Brasil vem de longe, 
desde o período colonial. Em 1680 foram criadas as Juntas das Fazendas das 
Capitanias e a Junta daFazenda do Rio de Janeiro, sob a jurisdição de Portugal.
Na administração de Dom João VI, em 1808, foi instalado o Erário Régio 
e criado o Conselho da Fazenda que era responsável em acompanhar a execução 
da despesa pública.
Após a proclamação da Independência em 1822 e depois da Constituição 
monárquica de 1824, o Erário Régio foi transformado em Tesouro e assim foram 
realizados os primeiros orçamentos e balanços gerais.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
32
Erário Régio – O Erário Régio, também chamado de Real Erário, Real 
Fazenda, Tesouro Público ou Tesouro Geral, foi criado no Brasil pelo Decreto 
de 11 de março de 1808, quando foi nomeado seu presidente D. Fernando José 
de Portugal, que exerceu o cargo juntamente com o ministro e secretário de 
Estado dos Negócios do Brasil e o ministro assistente do despacho do Real 
Gabinete.
FONTE: MAPA (2015)
Ainda segundo o TCU (2015), a ideia da criação do primeiro Tribunal 
de Contas foi em 23 de junho de 1826, através de projeto de lei apresentado ao 
Senado do Império.
Em 7 de novembro de 1890, com a reforma político-administrativa da 
República, foi criado o Tribunal de Contas da União através do Decreto nº 966-
A, que de acordo com o TCU (2015) “norteado pelos princípios da autonomia, 
fiscalização, julgamento, vigilância e energia”.
Foi na Constituição de 1891, no artigo 89, que o Tribunal de Contas da 
União foi institucionalizado finalmente. Todavia a instalação só ocorreu dois 
anos depois, em 17 de janeiro de 1893.
Conforme a página do TCU (2015), originariamente, o Tribunal de 
Contas da União tem por competência: “exame, revisão e julgamento de todas as 
operações relacionadas à receita e a despesa da União”.
E é na Constituição de 1988, que finalmente, o Tribunal de Contas da 
União teve a sua competência ampliada, assim como observa o TCU (2015):
Recebeu poderes para, no auxílio ao Congresso Nacional, exercer 
a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial da União e das entidades da administração direta e 
indireta, quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade e a 
fiscalização da aplicação das subvenções e da renúncia de receitas. 
Qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, 
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores 
públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, 
assuma obrigações de natureza pecuniária tem o dever de prestar 
contas ao TCU.
No Brasil, hoje, além do Tribunal de Contas da União com sede no Distrito 
Federal, existem mais vinte e seis Tribunais de Contas, nas capitais dos Estados, 
e, mais o Tribunal de Contas do Distrito Federal, e ainda, mais seis municipais, 
assim distribuídos:
TÓPICO 2 | CONTROLE
33
QUADRO 11 - QUANTIDADE DE TRIBUNAIS DE CONTAS NO BRASIL
Quantidade Tribunais de Contas Sede
01 Tribunal de Contas da União Distrito Federal
26 Tribunal de Contas do Estado Capital de cada Estado
01 Tribunal de Contas do Distrito Federal Distrito Federal
04 Tribunal de Contas dos Municípios Goiás, Pará, Ceará e Bahia
02 Tribunal de Contas do Município São Paulo e Rio de Janeiro
FONTE: Silva (2014, p. 9)
Os Tribunais de Contas dos Municípios verificam as contas dos municípios 
do Estado. As contas do governo são apreciadas pelo Tribunal de Contas do 
Estado. Os Tribunais de Contas de São Paulo e Rio de Janeiro analisam somente 
as contas dos municípios correspondentes, os demais municípios desses dois 
Estados são analisados pelo Tribunal de Contas do Estado.
2.1 CONTROLE
Controle é uma palavra que denota uma expressão negativa, 
principalmente quando nos imaginamos sob o controle de alguma coisa. Talvez 
a fiscalização dos nossos atos se torna uma ação desconfortável, porque podem 
manifestar eventuais erros ou por evidenciar nossa vida privada. E é claro que 
ninguém quer errar ou muito menos deseja que seus erros sejam evidenciados 
em relatórios ou quaisquer outros instrumentos ou veículo de comunicação. 
Entretanto, o controle que queremos apresentar é o controle que faz avaliação. 
Aquele que auxilia na gestão da organização, que compara objetivos e resultados; 
portanto, o controle com a conotação positiva. “O controle consiste em verificar se 
tudo ocorre de acordo com o programa adotado, as ordens dadas e os princípios 
admitidos. Tem por fim assinalar os erros, a fim de que se possa repará-los e 
evitar a sua repetição”. (FERRAZ, 1999, p. 69).
As três formas básicas de controle podem ser:
a. Antes do fato administrativo – é verificar se os objetivos constam no 
planejamento de forma clara para que possa ser realizado um comparativo na 
análise de resultados;
b. Durante o fato administrativo – é o controle e verificação das ocorrências e 
falhas que ocorrem ainda em tempo de serem corrigidas antes do relatório final 
de análise, ou seja, durante o fato administrativo;
c. Depois do fato administrativo – é a avaliação final dos resultados reais em 
comparação aos resultados esperados.
Para Guerra (2007) o controle tal como é entendido hoje é o exercício de 
fiscalizar, a fim de imprimir um juízo de valor, assim conceitua:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
34
É a fiscalização, quer dizer, a inspeção, exame, acompanhamento, 
verificação, exercida sobre determinado alvo, de acordo com 
certos aspectos, visando averiguar o cumprimento do que já foi 
predeterminado ou evidenciar eventuais desvios com fincas de 
correção, decidindo acerca da regularidade ou irregularidade do ato 
praticado. (GUERRA, 2007, p. 90).
Na verdade, a conotação negativa reverte-se em positiva no momento em 
que se perceba que a sua finalidade nada mais é que verificar se objetivos foram 
alcançados, os procedimentos estão sendo praticados em excelência, os recursos 
estão sendo otimizados, os atos estão em conformidade com a lei.
Assim, controlar não é a verificação de erros, mas é tão somente garantir 
que a conjuntura da organização se mantenha saudável, produtiva e sustentável.
2.1.1 Controle interno
O controle interno é uma forma de manter a organização no prumo 
conforme os seus objetivos e finalidades. O controle interno colabora para que 
eventuais riscos e erros sejam minimizados e/ou solucionados. É uma forma de a 
Administração Pública verificar a legalidade dos seus atos.
De forma simples e sintetizando o conceito de controle, Barreto e Graeff 
(2014, p. 97) apresentam:
O controle é uma das funções básicas da administração e tem como 
objetivo primordial garantir que os diferentes processos e atividades 
institucionais estejam de acordo com o que foi planejado, permitindo 
que sejam efetuadas correções sempre que necessárias.
Nascimento (2014) apresenta que embora não haja unanimidade quanto 
às funções básicas do controle interno, as mais citadas pelos estudiosos podem 
ser consideradas como sendo:
• Organização (administrativa, jurídica e técnica);
• Procedimentos e métodos;
• Informações (planejamento, orçamentação, contabilidade, estatística e 
informatização);
• Recursos humanos;
• Autoavaliação.
Diante dessas funções básicas podemos considerar que o controle interno 
não deve só ficar atento às questões contábeis e financeiras, a sua extensão 
percorre tudo que envolve a Administração Pública.
Controle interno é uma função permanente que garante que a 
administração tenha as suas ações avaliadas e possa perceber erros e acertos. É 
TÓPICO 2 | CONTROLE
35
através do controle que os resultados podem ser apurados e verificados se os 
objetivos foram atingidos ou não, e quais são as novas ações necessárias para que 
a administração realize ajustes para otimizar cada vez mais seus recursos.
FIGURA 4 - CONTROLADORIA
FONTE: Disponível em: <http://www.enabrasil.
sc.gov.br/shared/imagens/imagem_
grande_4778958c67f9cdd20f72dcac46e28a78.jpg>. 
Acesso em: 1 nov. 2015.
Controles internos são o conjunto de atividades, planos, métodos e 
procedimentos interligados, a fim de assegurar que os objetivos das organizações 
da AdministraçãoPública sejam alcançados (PETER; MACHADO, 2003). E ainda 
ressaltam que para que esses objetivos ascendidos “de forma confiável e concreta, 
evidenciando eventuais desvios ao longo da gestão, até a consecução dos objetivos 
fixados pelo Poder Público” (p. 24).
UNI
Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer 
irregularidade ou ilegalidade, devem comunicar ao Tribunal de Contas da União, sob pena de 
responsabilidade solidária.
(LEMOS, p. 63).
Na verdade, controle interno são ações que dão oportunidade de 
verificação para que a administração possa verificar se os seus objetivos estão 
sendo alcançados conforme os objetivos preestabelecidos.
O Decreto nº 3.591, de 6 de setembro de 2000, dispõe sobre o Sistema de 
Controle Interno do Poder Executivo Federal e dá outras providências. No artigo 
primeiro pode-se observar:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
36
Art. 1o O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal visa 
à avaliação da ação governamental e da gestão dos administradores 
públicos federais, com as finalidades, atividades, organização, 
estrutura e competências estabelecidas neste Decreto. (BRASIL, 2000).
Quantos às suas finalidades, o Decreto nº 3.591, de 6 de setembro de 2000, 
determina:
I. Avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução 
dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II. Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência 
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da 
Administração Pública Federal, bem como da aplicação de recursos públicos 
por entidades de direito privado;
III. Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos 
direitos e haveres da União;
IV. Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
O controle interno tem como principal função avaliar a ação governamental 
e da gestão da administração pública. É pelo controle e avaliação dos atos e contas 
públicas, que é possível coibir desvios de verbas, corrupção, ingerências, entre 
outras.
2.1.2 Características do controle interno
Uma organização pública ou privada, ou mesmo em outro formato, 
necessita de controle interno para que mantenham a saúde financeira, de 
recursos humanos, administrativa e operacional salutar. Para tanto, necessita do 
envolvimento de todos da organização, métodos, procedimentos, documentos e 
relatórios para análise.
O controle interno possui características importantes que por definição 
pode ser identificado como apresenta Barreto e Graeff (2014, p. 97 e 98):
• É um processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis da governança, 
administração e outros funcionários, ou seja, é responsabilidade de todos – 
operários de linha, gerentes e diretores etc. -, assim, o controle interno somente 
será efetivo se todos os envolvidos na consecução dos objetivos da empresa 
tomarem parte da responsabilidade;
• Fornece segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade, assim, o 
controle interno é um processo desenvolvido para garantir com razoável 
certeza (nunca com garantia absoluta), que sejam atingidos os objetivos da 
organização;
• No que se refere à confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência 
das operações e conformidade com leis e regulamentos aplicáveis. Dessa forma, o 
controle interno representa em uma organização o conjunto de procedimentos, 
TÓPICO 2 | CONTROLE
37
2.1.2 Características do controle interno
métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos e produzir dados 
contábeis confiáveis (controles contábeis), ajudar a administração na condução 
dos negócios com eficiência (controles operacionais ou administrativos); e 
promover o cumprimento das normas e regulamentos (controles normativos).
Dessa maneira, o controle interno deve envolver todos os funcionários 
da entidade, cada um com a sua responsabilidade na operação de controle. O 
comprometimento com a realização de suas funções, bem como no fornecimento 
de dados e informações que demonstrem a real situação da organização, mas tendo 
como foco a missão, visão e real objetivo a ser alcançado. E por fim, ter confiança 
nos relatórios financeiros, resultado dos controles contábeis, operacionais e 
normativos, conforme as exigências de regulamentos e leis.
Os controles contábeis e operacionais componentes do controle interno 
podem ser exemplificados conforme o quadro que segue:
QUADRO 12 - TIPOS DE CONTROLES
 Controles Contábeis Controles Operacionais
Sistemas de conferência, aprovação e 
autorização.
Análise de lucratividade por linha de 
produto.
Segregação de funções. Controle de qualidade.
Controle físico sobre ativos. Treinamento de pessoal.
Inventários periódicos. Estudos para aumento de eficiência produtiva.
FONTE: Barreto e Graeff (2014, p. 98)
Os exemplos de controles apresentados podem ser aplicados para 
quaisquer modelos de organizações, desde que seja personalizado conforme os 
objetivos e ao tipo de prestação de serviços.
2.1.3 Controle interno na administração pública
O controle interno da Administração Pública está previsto na Constituição 
Federal de 1988, em que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem 
manter de forma integrada a transparência dos atos.
O controle é um instrumento para que possam permanecer alinhados aos 
objetivos, dentro da legalidade e obtenham resultados com eficácia e eficiência. E 
quando necessário é previsto que apoiem o exercício do controle externo.
De acordo com os artigos 70 e 74 da Constituição Federal de 1988, o 
sistema de controle interno está previsto, vejamos:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
38
Art. 70 A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional 
e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, 
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções 
e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante 
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, 
pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre 
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, 
em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 74 Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de 
forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I- avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução 
dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II- comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, 
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da 
administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por 
entidades de direito privado;
III- exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como 
dos direitos e haveres da União;
IV- apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento 
de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de 
Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte 
legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades 
perante o Tribunal de Contas da União.
BRASIL (1988)
Dessa maneira, podem-se observar as principais finalidades do sistema 
de controle interno e perceber que este tem também como efeito apoiar o controle 
externo para que qualquer irregularidade ou ilegalidade venha a ser apurada.
Observa-se o esquema de controle interno e externo no setor público 
apresentado por Chaves (2011), na figura que segue:
TÓPICO 2 | CONTROLE
39
FIGURA 5 - CONTROLE INTERNO E CONTROLE EXTERNOControle Interno Controle Externo
Poder Judiciário Poder Executivo Poder Legislativo
FONTE: Chaves (2011, p. 38)
O controle interno da Administração Pública tem a incumbência de exercer 
a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da 
União, que é também exercida pelos três Poderes.
FIGURA 6 - CONTROLE INTERNO INTEGRADO
FONTE: Castro (2015)
2.1.4 Princípios do controle interno
Os princípios de Controle Interno, que visam ao alcance dos objetivos, 
num conjunto de regras, diretrizes e sistemas que contribuam para efetividade 
da ação governamental e suas organizações, sejam de forma direta ou indireta, 
apresentados por Peter e Machado (2003):
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
40
a) Relação custo/ benefício: da mesma forma que o controle para que as falhas e 
os desvios sejam minimizados, o custo para tal controle não pode exceder aos 
benefícios.
b) Qualificação adequada, treinamento e rodízio de funcionários: a eficácia 
do controle interno depende também da política de recursos humanos, 
competência e integridade do pessoal. É importante que haja:
I- seleção e treinamento, com ênfase no rendimento e otimização de custos;
II- rotatividade de funções, para reduzir possibilidades de fraudes;
III- obrigatoriedade de funcionários gozarem férias regularmente, como forma de 
evitar a dissimulação de irregularidades;
c) Delegação de poderes e determinação de responsabilidades: a descentralização 
administrativa colabora para que o processo seja mais rápido. A delegação de 
competência deve ter organograma e regimentos adequados e claros para que 
as funções sejam delineadas.
d) Segregação de funções: as funções devem ter suas competências e atribuições 
definidas;
e) Instruções devidamente formalizadas: os instrumentos de controle internos 
devem ser claros e objetivos e formalizados por órgão competente;
f) Controles sobre as transações: o acompanhamento contábil, financeiro e 
operacional deve ser efetuado por pessoas de competência na área;
g) Aderência às diretrizes e normas legais: o controle interno deve verificar se a 
organização está em concordância às normas, leis, regulamentos, entre outros.
A relação custo e benefício visa otimizar recursos, ou seja, é uma análise 
para verificar se o empreendimento financeiro é válido para os benefícios que 
estão sendo adquiridos.
Quanto à capacitação, treinamento e rodízio de funcionários é uma 
preocupação da Administração Pública, no que consta do controle interno, com a 
finalidade de reduzir erros viciosos.
A descentralização e a segregação de funções são armas da Administração 
Pública para manter com pessoas capacitadas para o exercício de competências 
específicas em cada setor e garantir transparência, produtividade e eficiência.
Os instrumentos devem ser formalizados, objetivos e claros, para que o 
acompanhamento contábil tenha de fácil acesso e seja apresentada regularmente 
e em conformidade a legislação vigente.
TÓPICO 2 | CONTROLE
41
3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SUBJACENTES AOS 
COMPONENTES DE CONTROLE
O COSO I (apud BARRETO; GRAEFF, 2014) prescreve 17 princípios 
fundamentais subjacentes aos componentes do controle, subdividido em cinco 
áreas: ambiente de controle, avaliação de riscos, atividades de controle, informação 
e comunicação, e, atividades de monitoramento. Assim Barreto e Graeff (2014, p. 
108 e 109) apresentam:
Ambiente de controle
1. A organização demonstra compromisso com a integridade e os valores éticos.
2. O conselho de administração demonstra a independência da gestão e realiza 
exercícios de supervisão do desenvolvimento e desempenho do controle 
interno.
3. A gerência estabelece, com supervisão da diretoria, estruturas, linhas de 
comunicação e autoridades competentes e responsabilidades na busca de 
objetivos.
4. A organização demonstra compromisso em atrair, desenvolver e reter pessoas 
competentes, em alinhamento com os objetivos.
5. A organização mantém os indivíduos responsáveis por suas responsabilidades 
de controle interno na busca de objetivos.
Avaliação de riscos
6. A organização especifica os objetivos com clareza suficiente para permitir a 
identificação e avaliação de riscos associados aos objetivos.
7. A organização identifica os riscos para a concretização dos seus objetivos por 
meio da entidade e analisa os riscos como base para determinar como eles 
devem ser gerenciados.
8. A organização considera o potencial de fraude na avaliação dos riscos para a 
concretização dos objetivos.
9. A organização identifica e avalia as mudanças que poderiam afetar 
significativamente o sistema de controle interno.
Atividades de controle
10. A organização seleciona e desenvolve atividades de controle que contribuem 
para a mitigação dos riscos a níveis aceitáveis.
11. A organização seleciona e desenvolve atividades de controle sobre as inovações 
tecnológicas para apoiar a realização dos objetivos.
12. A organização implanta atividades de controle por meio de políticas que 
estabelecem o que é esperado, e estabelece os procedimentos para colocar em 
prática essas políticas.
Informação e comunicação
13. A organização obtém ou gera e usa, informações de qualidade, relevantes 
para apoiar o funcionamento do controle interno.
14. A organização comunica internamente as informações, incluindo os objetivos 
e as responsabilidades dos controles internos.
15. A organização comunica-se com as partes externas sobre assuntos que afetam 
o funcionamento do controle interno.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
42
Atividades de monitoramento
16. A organização seleciona, desenvolve e realiza avaliações em curso e/ou 
separado para verificar se os componentes do controle interno estão presentes 
e funcionando.
17. A organização avalia e comunica as deficiências do controle interno em tempo 
hábil para os responsáveis pela tomada de medidas corretivas, incluindo a alta 
administração e o conselho de administração, conforme o caso.
Podemos observar que os princípios fundamentais subjacentes regem 
para que a organização crie mecanismos que feche o seu ciclo num controle 
contínuo e produtivo. Para tanto, deve envolver toda a sua organização para que 
essa engrenagem desenvolva um ambiente coeso, produtivo, de pouco risco e 
com resultados.
Do ponto de vista prático, Barreto e Graeff (2014) apresentam um quadro 
com as atividades que devem ser realizadas pelo auditor:
QUADRO 13 - COMPONENTES DE CONTROLE
Componente 
de Controle
Atividade desenvolvida pelo auditor na avaliação do componente de 
controle
Ambiente de 
Controle
Avaliar se a administração criou e manteve uma cultura de 
honestidade e conduta ética, e se o ambiente de controle fornece a 
fundação para os outros componentes do controle interno (assim 
como se os outros componentes não são prejudicados por deficiências 
no ambiente de controle).
Avaliação de 
Riscos
Entender se a entidade tem processo para a avaliação de riscos 
envolvendo:
a) Identificação dos riscos de negócio relevantes para os objetivos das 
demonstrações contábeis;
b) Estimativa da significância de riscos;
c) Avaliação da probabilidade de sua ocorrência; e,
d) Decisão sobre ações em resposta a esses riscos.
Compete ao auditor identificar se a entidade estabeleceu tal processo 
ou se possui processo informal.
Identificação e 
Comunicação
Obter entendimento do sistema de informação, inclusive 
dos processos de negócio relacionados, relevantes para as 
demonstrações contábeis, e de como a entidade comunica as funções 
e responsabilidades sobre demonstrações contábeis e assuntos 
significativos relacionados com esses relatórios.
Atividades de 
Controle
Entender as atividades de controle relevantes para a auditoria. É 
importante lembrar que uma auditoria não requer entendimento 
de todas as atividades de controle relacionadas às demonstrações 
contábeis.
Monitoramento
Identificar as principais atividades que a entidade utiliza para 
monitorar o controleinterno sobre as demonstrações contábeis, e 
como a entidade inicia ações corretivas para as deficiências nos seus 
controles.
FONTE: Barreto e Graeff (2014, p. 115-116)
TÓPICO 2 | CONTROLE
43
4 REGISTRO NO CONTROLE INTERNO
A avaliação no controle interno é um mecanismo muito importante para que 
o sistema apresente fidedignidade e os resultados sejam avaliados e aprimorados. 
Assim os mecanismos de avaliação são diferenciados e existe sistema de controle 
que auxiliam a auditoria como os sistemas computadorizados. Attie (2011) 
apresenta um quadro sinóptico do fluxo do controle interno de uma instituição.
Nesse tipo de organograma o sistema deve estar bem ajustado para que 
a segurança e a integridade das informações sejam asseguradas. Em tempos de 
informatização, o sistema computadorizado é um ganho na otimização de tempo 
e até de informações, em contrapartida, apresenta vulnerabilidade quanto às 
invasões não autorizadas, a falta de domínio do sistema, uma alimentação de 
dados equivocada e até mesmo retenção de informações relevantes.
Conhecimento do 
Sistema
Registro do 
Sistema
Revisão do 
Sistema
Avaliação do 
Sistema
Resumo e 
Acompanhamento 
de Fraquzas
Elaboração do 
Programa de 
Trabalho
Aplicação 
do Teste de 
Procedimentos
Análise e 
avaliação dos 
Resultados
Recomendação
Determinação da 
natureza e extensão 
dos exames nas 
demonstrações 
contábeis
Elaboração do 
Programa de 
Trabalho
Aplicação 
do Programa 
Trabalho
Análise e 
avaliação dos 
Resultados
Parecer
ORGANOGRAMA 1 - FLUXO DO CONTROLE INTERNO DE UMA INSTITUIÇÃO
FONTE: Attie (2011, p. 301) 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
44
De outra maneira tradicional temos o registro no controle, que é uma 
forma de oficializar a avaliação realizada através do controle interno, que pode ser 
apresentado de três diferentes formas: descritivo, por fluxograma e questionários.
Esses registros devem ser feitos sempre de forma clara e objetiva, e quanto 
mais pormenores e com suas relações contábeis, e ainda devem obedecer aos 
seguintes critérios conforme apresenta Attie (2011, p. 292):
• Apresentação de todas as operações em forma lógica e sequencial;
• Registro de todos os documentos emitidos e os controles mantidos;
• Registro dos arquivos e forma de controle;
• Registro dos relatórios de importância contábil preparados; e
• Cardo das pessoas que praticam as operações ou os responsáveis pela área.
Em cada uma das formas os métodos de registros apresentam dados e 
informações para a avaliação, embora possa ser criterioso o método escolhido, 
um ou outro em determinada organização ou pela forma de utilização técnica 
podem ter mais ou menos ganho na análise.
Método descritivo
O método descritivo é uma forma de registro de controle, em que o 
detalhamento das atividades, funções, registro, procedimentos é valorizado.
Attie (2011) observa que esse método de controle requer uma habilidade 
para expressar as ideias por escrito de forma clara e sintética. E também esse 
método requer relatórios extensos e complexos, porque exigem que a comunicação 
seja eficiente e o texto atinja a compreensão de todos.
Método de fluxogramas
O método de fluxograma tem sido um instrumento bem difundido 
nos últimos anos, porque é sintético e facilita a comunicação das informações 
relevantes. Esse método representa graficamente as fases operacionais e apresenta 
vantagens em comparação aos outros métodos, conforme apresenta Attie (2011):
• Efetua o levantamento em sequência lógica e ordenada;
• Visualiza as áreas em conjunto;
• Evita a duplicidade de descrições;
• Facilita a identificação de deficiências, porque evidencia a eficiência operacional;
• Evita problemas de semântica, ou seja, a linguagem curta e objetiva facilita a 
compreensão e elimina dúvidas.
TÓPICO 2 | CONTROLE
45
Método de questionários
O método de questionários é mais utilizado por auditor independente, 
em função de não pertencerem à entidade, necessitam efetuar perguntas básicas.
Normalmente os questionários são padronizados, divididos por secções e 
áreas, que procuram obter conhecimento básico sobre a organização e realizar a 
avaliação da eficiência de procedimentos e do sistema como um todo.
Existem diferentes tipos de questionários como nos apresenta Attie (2011, 
p. 294):
• Alguns exigem respostas em forma narrativa;
• Outros pedem respostas simples: “sim” ou “não” ou “não aplicável”. 
Normalmente as perguntas são feitas de modo que uma resposta negativa 
denote, em princípio, deficiência;
• Outros, ainda, cujas respostas devem ser uma combinação de ambos os tipos.
Ainda Attie (2011, p. 294) apresenta as vantagens do método de 
questionários em relação aos outros, assim expostos:
• Caso o auditor tenha muitas tarefas semelhantes, permitem redução dos custos;
• Facilitam a administração do trabalho, por sistematizarem os exames;
• Orientam o auditor na tarefa de conhecimentos e avaliação de sistemas simples 
e podem evitar omissões na consideração de algum aspecto do sistema;
• Quando as perguntas devem ser respondidas com “sim” ou “não” ou “não 
aplicável”, facilitam a identificação de deficiências.
Seja um ou outro método, as vantagens podem ser evidenciadas conforme 
a orientação do controle e pelo tipo de organização. Assim, a escolha do método 
pode ficar a cargo dos auditores e da organização.
4.1 CONTROLE EXTERNO
O controle externo é exercido por um Poder ou órgão distinto ou por 
comissões parlamentares. Também o Poder Judiciário sobre os demais Poderes 
e a Administração Pública direta sobre a indireta. Tem-se o controle político, 
exercido pelo Poder Legislativo, o controle financeiro, exercido pelo Tribunal 
de Contas da União, ambos sobre a Administração Pública direta e indireta dos 
demais Poderes.
De acordo com o artigo 71 da Constituição Federal de 1988, o controle 
externo deve ser exercido pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de 
Contas da União, que tem suas atribuições detalhas:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
46
I. Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, 
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de 
seu recebimento;
II. Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens 
e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e 
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles 
que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo 
ao erário público;
III. Apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, 
a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo 
de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, 
reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o 
fundamento legal do ato concessório;
IV. Realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, 
de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, 
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos 
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
V. Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social 
a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
VI. Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante 
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito 
Federal ou a Município;
VII. Prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer 
de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização 
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados 
de auditorias e inspeções realizadas;
VIII. Aplicar aosresponsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade 
de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, 
multa proporcional ao dano causado ao erário;
IX. Assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias 
ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X. Sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão 
à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
XI. Representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
E essas disposições estão também asseguradas na Lei nº 4.320 de 1964, 
artigo 81.
UNI
O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, tem por objetivo 
verificar a probidade da administração, a guarda e legal emprego do dinheiro público e o 
cumprimento da Lei do Orçamento.
TÓPICO 2 | CONTROLE
47
O controle externo é um mecanismo de garantir que as ações do governo 
federal sejam mantidas regulares e legais. Dessa maneira, o controle externo 
auxilia para que a avaliação da administração pública seja realizada de forma 
neutra.
Assim, resumidamente, podemos entender que o controle interno é 
exercido pela própria Administração Pública, enquanto o controle é exercido por 
órgãos de fora da Administração.
FIGURA 7 – FORMAS DE CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
FONTE: Disponível em: <http://images.slideplayer.com.br/9/2571346/slides/
slide_14.jpg>. Acesso em: 1 nov. 2015.
4.2 CONTROLE SOCIAL
Com o protagonismo da sociedade civil brasileira da década de 80 para a 
atualidade, a sua participação na Administração Pública e como controlador de 
suas ações, o controle social tornou-se um mecanismo instituído na Constituição 
Federal de 1988.
Destacado por Guerra (2007) alguns dos instrumentos e mecanismos para 
o exercício do controle social podemos então observar os seguintes instrumentos 
de controle social previsto na Constituição Federal de 1988:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País 
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes:
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
48
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída 
e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de 
seus membros ou associados;
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo;
Art. 10 É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores 
nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou 
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.
Art. 14 A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo 
voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
Art. 31 A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo 
Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno 
do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à 
disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá 
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
Art. 74 Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma 
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima 
para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o 
Tribunal de Contas da União.
Art. 103 Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004)
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
FONTE: Brasil (1988)
49
RESUMO DO TÓPICO 2
O Tópico 2 apresentou uma introdução à auditoria, com essa 
aprendizagem foi possível:
• O entendimento do conceito de controle.
• Identificação das principais funções do controller.
• Assimilação da evolução histórica de controle no Brasil.
• Compreensão dos objetivos de controle.
• Verificação do que é controle interno e externo.
50
1 O que é controle interno?
2 Quais são as principais características do controle interno?
3 Quais são os princípios do controle interno?
4 Quais são os métodos de registro do controle?
5 O que é controle social?
AUTOATIVIDADE
51
TÓPICO 3
CONTROLADORIA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Chaves (2011), alguns estudiosos classificam a controladoria 
como um novo conceito de controle. A controladoria tem como principal objetivo 
a otimização do resultado econômico da organização. Silva apud Chaves (2011) 
destaca que a auditoria do setor público não difere da empresa privada, porque 
em função da supervisão da contabilidade geral, de custos, de auditoria, de 
impostos, seguros e aplicações, auxiliam nos problemas administrativos.
“A busca pelo atingimento do ótimo em qualquer ente, seja ele público 
ou privado, é o algo mais, procurado pelo conjunto de elementos que compõem 
a máquina de qualquer entidade” (SLOMSKI, 2005, p. 15). Então, controladoria 
pode ser definida como a capacidade de avaliar as suas forças e as suas fraquezas 
para otimizar suas capacidades e minimizar ou extinguir deficiências.
De acordo com Catelli (2001, p. 344), a controladoria enquanto ramo do 
conhecimento está apoiada na contabilidade:
Numa visão multidisciplinar, é responsável pelo estabelecimento 
das bases teóricas e conceituais necessárias para a modelagem, 
construção e manutenção de Sistemas de Informações e Modelo de 
Gestão Econômica, que supram adequadamente as necessidades 
informativas dos Gestores e os induzam durante o processo de gestão, 
quando requerido, a tomarem decisões ótimas.
Para Borinelli (2006, p. 105) a controladoria “é um conjunto de 
conhecimentos que se constituem em bases teóricas e conceituais de ordem 
operacional, econômica, financeira e patrimonial, relativas ao controle de processo 
de gestão organizacional”.
Chaves (2011, p. 18-19) apresenta a controladoria por duas classificações:
• É o órgão central do Sistema de Controle Interno que agrega não somente as 
atividades de auditoria, mas também, diversas outras atividades de controle 
da administração pública. A Controladoria-Geral da União, por exemplo, 
agrega as funções de defesa do patrimônio público, controle interno, auditoria 
pública, correição, prevenção e controle à corrupção, atividades de ouvidoria e 
o incremento da transparência da gestão no âmbito da Administração Pública 
federal;
52
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
• É o órgão de controle externo, podendo também ser denominado de Auditoria 
Geral, com direção unipessoal, que tem por finalidade exercer um controle de 
caráter opinativo ou consultivo, sem poderes jurisdicionais.
Borba e Martins (2011) afirmam que a controladoria é capaz de avaliar e 
controlar o desempenho de informações nas diversas áreas da organização seja 
público ou privado.
Só é possível a tomada de decisões corretas através da obtenção de 
informações corretas. A Controladoria entra no processo decisório 
apresentando ao gestor uma simulação de situaçõesque lhe permita 
estimar o melhor resultado. (FLORES, 2006, p. 27).
Borinelli (2006), ao pesquisar sobre os autores e conceitos da controladoria, 
apresentou em sua tese um quadro-resumo com os principais conceitos, que não 
só demonstra quanto a controladoria tem uma missão multidisciplinar, também 
percebido com base na contabilidade e com um conjunto de funções que requerem 
conhecimentos diversificados e dinamismo na sua atuação.
QUADRO 14 - ALGUNS CONCEITOS SOBRE CONTROLADORIA
AUTORES DEFINIÇÃO
Almeida el al.
(in CATELLI, 2001, 
p. 344)
Apoiada na Teoria da Contabilidade e numa visão 
multidisciplinar, é responsável pelo estabelecimento das bases 
teóricas e conceituais necessárias para a modelagem, construção 
e manutenção de Sistemas de Informação e Modelo de Gestão 
Econômica, que supram adequadamente as necessidades 
informativas dos gestores e os induzam durante o processo de 
gestão, quando requerido, a tomarem decisões ótimas.
Garcia
(2003, p. 67-68)
Apoia-se na teoria da contabilidade, sendo suportada por várias 
disciplinas, com o objetivo de estabelecer toda base conceitual 
de sua atuação, contribuindo para o processo de gestão da 
organização. É responsável pela base conceitual que permite a 
sua aplicabilidade nas organizações.
Mosimann e Fisch
( 1999, p. 88)
Corpo de doutrinas e conhecimentos relativos à gestão 
econômica.
Mosimann e Fisch 
(1999, p. 99)
Conjunto de princípios, procedimentos e métodos oriundos das 
ciências de Administração, Economia, Psicologia, Estatística 
e, principalmente, da Contabilidade que se ocupa da gestão 
econômica das empresas, com a finalidade de orientá-las para a 
eficácia.
Pereira (1991, p. 51) Conjunto organizado de conhecimentos que possibilita o 
exercício do controle de uma entidade, a identificação de suas 
metas e dos caminhos econômicos a serem seguidos para atingi-
los.
FONTE: Borinelli, (2006, p.102)
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
53
UNI
A missão da controladoria é assegurar a eficácia da empresa por meio da 
otimização de seus resultados. (BORBA; MARTINS, 2011, p. 62).
Como estamos observando, a controladoria é um sistema globalizado da 
organização. Conforme apresenta Chaves (2011), a Controladoria e o Sistema de 
Controle Interno podem ser representados de acordo com o esquema:
ESQUEMA 1 – CONTROLOADORIA E SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
FONTE: Chaves (2011, p. 20)
A figura anterior nos apresenta que a controladoria é mais abrangente que 
a auditoria, porque observa a organização como um todo. Todos os elementos da 
organização devem estar engajados para buscar a harmonia e a otimização para 
a excelência.
Controladoria
Auditoria 
Interna
Controles 
Internos
Correição
Ouvidoria Transparência
Sistema 
de 
Controle 
Interno
Controle 
Interno 
Administrativo
54
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
2 BREVE HISTÓRICO SOBRE A CONTROLADORIA
Com o aumento de volume das grandes empresas e também para obterem 
vantagem competitiva, surgiu a necessidade de ampliar as formas de auditar e 
controlar as organizações. A questão do controle contábil e financeiro, embora de 
grande importância, não se restringiu ao único fator relevante para o desempenho 
das empresas.
UNI
A Controladoria surgiu da evolução da Contabilidade em busca de informações 
capazes de atender a necessidade de avaliar e controlar o desempenho de informações de 
diversas divisões da empresa, seja ela privada ou não. (BORBA; MARTINS, 2011, p. 61).
De acordo com Beuren (2002), a Controladoria surgiu nos Estados Unidos, 
no século XX, em função da expansão e diversificação das organizações, que 
passaram a ter maior complexidade de suas atividades.
No Brasil, com o crescimento industrial pós Segunda Guerra Mundial, 
houve necessidade de expansão, em virtude do crescimento de receitas das 
organizações. O acúmulo do capital, faz com que as organizações necessitem de 
maior controle e acompanhamento de suas ações.
Conforme apresenta Siqueira e Soltelinho (2001, p. 69) pode-se considerar 
que a controladoria surgiu dessa dinâmica histórica da evolução do mundo 
empresarial e do capital por três razões:
1) a instalação de empresas estrangeiras, notadamente norte-americanas, trouxe ou 
arraigou a cultura da utilização da área de controladoria para o solo brasileiro;
2) uma maior penetração de empresas multinacionais acirrou a competição, 
forçando as empresas aqui instaladas, principalmente as nacionais, a se 
reestruturar;
3) com o crescimento econômico as empresas ganharam porte e suas operações 
aumentaram em complexidade, necessitando de novos profissionais que 
assegurassem o controle sobre a organização.
Dessa maneira, a controladoria passa para uma função mais ampla em 
relação as ciências contábeis, reúne elementos de outras áreas para que a sua 
atividade ultrapasse os limites dos relatórios contábeis e financeiros.
Podemos entender que a controladoria passa a ter uma função ampliada 
nas organizações, para que contribuam no processo de decisão, gestão e no 
controle operacional e financeiro.
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
55
3 FINALIDADE E ESTRUTURA DA CONTROLADORIA
A controladoria tem a finalidade de manter todos os processos de gestão 
de forma harmoniosa. Tem o objetivo de manter as atividades da organização em 
bom funcionamento, fazendo as intervenções necessárias quando couber.
De acordo com o que Borinelli (2006) apresenta, não existe uma base 
teórica sobre o objeto de estudo da controladoria, porque se encontra em 
desenvolvimento, devido aos diversos braços de sua atuação. Ainda assim, o autor 
apresenta um quadro resumido sobre os objetos de estudos sobre controladoria:
QUADRO 15 – OBJETOS DE ESTUDOS SOBRE CONTROLADORIA
AUTORES OBJETO DE ESTUDO
Vatter 
(1950, p. 238)
A natureza da controladoria encontra-se nas relações 
que acontecem com os vários níveis de executivos nas 
quais o controller exerce s influência, e faz contribuições 
úteis à efetividade gerencial. O significado de 
controladoria encontra-se na natureza destas 
contribuições.
Regel 
(2003, p. 32)
Considera que o modelo de Controladoria deve atender 
a três tipos de informações: fiduciária (usuário externo), 
operacional (usuário interno) e estratégica (usuário 
interno).
Fernandes 
(2000, p. 45)
A abrangência da atividade de controladoria estende-
se a todo o processo de formação de resultados das 
entidades, com todos seus aspectos – estruturais, 
sociais, quantitativos e outros.
Catelli 
(apud PADOVEZE, 2004, p. 5)
A identificação, mensuração, comunicação e decisão 
relativas aos eventos econômicos.
Oliveira et al. 
(2002, p. 14)
O estudo e a prática das funções de planejamento, 
controle, registro e divulgação dos fenômenos da 
administração econômica e financeira das empresas em 
geral.
Padoveze 
(2004, p. 34)
Os objetivos empresariais são o ponto central de 
atuação da Controladoria.
Padoveze 
(2004, p. IX)
O foco da Controladoria é a criação de valor para a 
empresa e para os acionistas, valor esse que será obtido 
pelos gestores das diversas atividades desenvolvidas 
dentro da empresa, inseridas em processo de gestão 
claramente definido.
Guerreiro et al. 
(1997, p. 11)
A gestão econômica, compreendida pelo conjunto de 
decisões e ações orientado por resultados desejados e 
mensurados segundo conceitos econômicos.
Mosimann e Fisch 
(1999, p. 99)
A gestão econômica, ou seja, todo conjunto de decisões 
e ações orientado por resultados desejados mensurados 
segundo conceitos econômicos.
56
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
Farias 
(1998, p. 40)
A gestão econômica, de modo que é responsável 
pelos sistemas de informações gerenciais e pela 
disponibilização de modelos de mensuração e de 
informação que possibilitem as melhores decisões, 
tendo em vista a otimização dos resultados da empresa.
Almeida et al. 
(in CATELLI, 2001, p. 345)
Modelo de gestão, processo de gestão, modelo 
organizacional, modelo de decisão (teoria da decisão), 
modelo de mensuração (teoria da mensuração),modelo 
de identificação e acumulação e modelo de informação 
(teoria da informação).
FONTE: Borinelli (2006, p. 106)
Nesse estudo aprofundado sobre a controladoria e diante das suas 
expansões como função nas organizações, para Borinelli (2006, p. 200) a 
controladoria tem três diferentes enfoques de missão:
a) Otimização do resultado econômico;
b) Coordenação de esforços em busca de um resultado estratégico;
c) Suporte ao processo de gestão.
A estrutura da controladoria em uma organização é uma dinâmica em 
que todas as informações da organização são gerenciadas para que a análise das 
necessidades e desempenho da organização possa ser orientada. Assim, conforme 
a estrutura apresentada por Padoveze (2003) tem-se:
ORGANOGRAMA 2 – ESTRUTURA DA CONTROLADORIA
CONTROLADORIA
Auditoria Interna
Relações com investidores
Sistema de Informação 
Gerencial
Planejamento e Controle Escrituração
- Contabilidade Societária
- Controle Patrimonial
- Contabilidade Tributária
- Orçamento, Projeções e Análise de 
Investimentos
- Contabilidade de Custos
- Contabilidade de Responsabilidades
- Acompanhamento do Negócio/
Estudos Especiais
FONTE: Padoveze (2003) 
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
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Em concordância ao organograma, a controladoria faz a função de 
consultoria para toda organização, tem uma visão ampla e faz as intervenções 
necessárias conforme os resultados apresentados, dados, informações, 
procedimentos, entre outros. Enquanto que a auditoria se remete mais a segmentos 
específicos da organização.
Para Peleias (2002, p. 14) a contribuição da controladoria ao processo de 
gestão no processo de decisão pode ser considerada como:
a) subsídio à etapa de planejamento, com informações e instrumentos que 
permitam aos gestores avaliar o impacto das diversas alternativas de ação sobre 
o patrimônio e os resultados da organização, e atuar como agente aglutinador 
de esforços pela coordenação do planejamento operacional;
b) subsídio à etapa de execução por meio de informações que permitam comparar 
os desempenhos reais nas condições padrão e realizados pelo registro dos 
eventos e transações efetivamente concluídos;
c) subsídio à etapa de controle, permitindo a comparação das informações 
relativas à atuação dos gestores e áreas de responsabilidade com o que se obteve 
com os produtos e serviços, relativamente a planos e padrões previamente 
estabelecidos.
4 PERFIL DO CONTROLLER
O controller é um novo modelo de gestor que deve ter como habilidade 
bom relacionamento, facilidade para a comunicação, competência gerencial 
e administrativa, qualificação técnica e ótima visão do funcionamento da 
organização.
FIGURA 8 - CONTROLLER
FONTE: Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/-tvHT4ACVqvw/
U_30ztggzmI/AAAAAAAAOL0/DZLZNU1jCf4/s1600/44.jpg>. 
Acesso em: 3 nov. 2015.
Segundo Peters (2004, p. 2): “O controller é uma figura essencial na 
responsabilidade econômica do gestor, ao dar condições efetivas de gerenciamento 
e monitoramento econômico da sociedade, e nas ações internas ou externas a ela 
– que afetam o status econômico desta sociedade”.
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UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
Assim como coloca Horngren (1985 apud Padoveze, 2003, p. 33), o controller 
se aplica a diversos cargos na área da contabilidade, cujo nível e responsabilidade 
variam de uma empresa para outra e resume o controller moderno como sendo: “o 
controller realmente controla: fazendo relatórios e interpretando dados pertinentes, 
o controller exerce uma força ou influência ou projeta uma atitude que impele a 
administração rumo a decisões lógicas e compatíveis com os objetivos”.
O controller também deve ter conhecimentos contábeis e fiscais para 
que dados e informações contábeis e financeiras sejam indicadores de análise. 
Cavalheiro (2015, p. 30) lista as principais funções de um controller:
• Interação e liderança de equipes;
• Fixação de objetivos e metas;
• Planejamento e implantação de sistemas e métodos que atendam às necessidades 
previamente objetivadas;
• Implementação de ações;
• Controle das ações. Avaliação e sugestão de correção e/ou melhorias;
• Avaliação de estoques, custos, formação de preços de vendas, consecução de 
metas financeiras.
Alguns departamentos devem ser subordinados ou geridos pelo gestor da 
controladoria, não sendo regra geral, porém aconselhável, tais como:
1) Fundamentalmente o controller deve ter conhecimento de contabilidade o que 
lhe dará mais facilidade de leitura dos relatórios;
2) Departamento de pessoal e recursos humanos;
3) Planejamento orçamentário de curto, médio e longo prazo.
Resumidamente, conforme alguns autores, as funções do controller são: 
planejar, controlar, avaliação e consultoria de relatórios internos e externos, 
avaliação contábil, econômica e administrativa. Devido ao conhecimento 
multidisciplinar, o controller deve possuir formação acadêmica em ciências 
contábeis, economia, administração, ou graduação correlata.
FUNÇÕES DA CONTROLADORIA
As funções da controladoria, embora tenha uma amplitude maior que 
a auditoria, portanto é menos específica, permeia pelo campo da orientação 
em gestão. Dessa forma a controladoria é uma função com olhar ampliado da 
instituição, que se coloca como um guru para que a organização tenha uma 
diretriz de trabalho alinhado aos princípios, aos resultados esperados, com 
procedimentos ajustados à maior eficiência e eficácia e seja transparente com a 
apresentação de seus dados e informações.
Kanitz (1977) apresenta as funções da controladoria de forma bem 
resumida:
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
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• Informação – são os sistemas contábeis, financeiros e gerenciais;
• Motivação – consequência da controladoria no comportamento;
• Coordenação – assessoria das informações para apreciação e para eventuais 
indicações de solução;
• Avaliação – é a interpretação de dados, informações e relatórios, para que 
resultados sejam avaliados;
• Planejamento – é a assessoria para determinar objetivos e planificar estratégias 
de ação;
• Acompanhamento – é a verificação de desempenho com análise aos objetivos 
traçados, a fim de corrigir falhas ou assegurar ajustes.
A pessoa que exercita a controladoria é chamada de controller. Perez 
Junior, Pestana e Franco (1995, p. 36) apresentam as principais responsabilidades 
em relação a função do controller:
• A organização de adequado sistema de informações gerenciais que permita 
à administração conhecer os fatos ocorridos e os resultados obtidos com as 
atividades;
• A comparação permanente entre o desempenho esperado e o real;
• A classificação das variações entre variações de desempenho e estimativa;
• A identificação das causas e dos responsáveis pelas variações;
• A apresentação de recomendações para a adoção de medidas corretivas.
O controller torna-se então, a função especializada que fará a leitura dos 
dados contábeis e também da organização como um todo, capaz de apresentar 
soluções para o desempenho e resultados esperados.
5 TIPOS DE CONTROLADORIA
Por recomendada cautela, pode ser mister estabelecer importantes 
diferenças entre a Contabilidade e a Controladoria. A Contabilidade estuda a 
variação do conjunto de bens, direitos e obrigações, através da escrituração dos 
fatos, de forma estática, retratando a situação econômico-financeira passada. A 
Controladoria, porém, tendo por base as informações retrospectivas e contábeis, 
no cenário micro e macroeconômico, é capaz de auxiliar o gestor na tomada de 
decisão, no planejamento estratégico, estabelecendo uma visão de futuro.
No setor privado, há variados tipos de Controladoria, considerando a 
peculiaridade de cada empresa (capital aberto, capital fechado, limitadas).
No passado, a única fonte de informações acerca da situação econômico-
financeira das empresas era o setor de contabilidade, principalmente através dos 
balanços patrimoniais de cada exercício e os balancetes mensais.
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UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
Com o decorrer do tempo, ainda sob efeitoda globalização, fez-se necessário 
implementar maior dinâmica das informações, bem como a consistência de seus 
conteúdos, surgindo os modelos de Governança Corporativa.
Esse movimento ganhou força no fim da década de 90, como consequência 
dos escândalos envolvendo grandes empresas, principalmente nos Estados 
Unidos, que manipulavam dados contábeis, não refletindo com verdade e 
precisão a real situação patrimonial daqueles agentes, bem como uma série de 
práticas que se caracterizavam como conflitos de interesses e demais aspectos que 
feriam os princípios éticos.
Na sequência, embora os movimentos no setor público sejam bem mais 
lentos, a Controladoria também começou a ganhar forma, embora ainda de forma 
incipiente, em especial para dar maior transparência sobre os gastos públicos à 
sociedade.
A controladoria pode agir em diferentes áreas de conhecimento para que 
a organização se mantenha e de acordo com os preceitos e objetivos estabelecidos. 
No setor público, o quadro a seguir apresenta as principais perspectivas e 
características da Controladoria.
QUADRO 16 – PRINCIPAIS PERSPECTIVAS E CARACTERÍSTICAS DA CONTROLADORIA
Perspectivas Características
Gestão Operacional
Responsável pela contabilidade, controle contábil, 
planejamento financeiro e orçamento. Direcionada ao usuário 
interno e externo.
Gestão Econômica
Divisão da controladoria em dois grupos (órgão administrativo 
e ramo do conhecimento). Responsável pelo processo de 
gestão e sistema de informações. Direcionada ao usuário 
interno e externo.
Gestão Estratégica
Coordenadora do planejamento e controle (estratégico, 
tático e operacional). Direcionada principalmente ao usuário 
interno.
FONTE: Lunkes e Schnorrenberger (2009, p. 12)
6 GESTÃO OPERACIONAL
Sobre a perspectiva da Gestão Operacional no setor público federal, um 
dos instrumentos mais importantes da atualidade para o controle contábil é o 
SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal.
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
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UNI
SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal é 
um sistema de controle e acompanhamento dos gastos públicos, que visa dar transparência 
e agilizar a tomada de decisões. Você verá mais detalhes sobre o SIAFI na Unidade 2. Aguarde!
Considerando que um dos pressupostos da contabilidade consiste em 
acompanhar a variação do patrimônio, importante destacar que o SIAFI não 
é capaz de apresentar de forma discriminada os bens permanentes constantes 
do Plano de Contas Único da União. Nesse caso, faz-se necessário outro tipo de 
acompanhamento oriundo das unidades gestoras, para posterior conciliação dos 
saldos contábeis com o estoque físico.
A transparência das contas públicas é um dos principais objetivos 
da Lei de Responsabilidade Fiscal. O Tesouro Nacional, à luz dessa 
norma, desenvolveu o PORTAL SIAFI de Projetos Externos. É mais 
um mecanismo que permite a qualquer pessoa, com acesso à internet, 
obter informações contratuais e da execução das despesas dos Projetos 
Financiados com Recursos Externos dos Órgãos do Governo Federal, 
por meio de consultas estruturadas a partir da base de dados do SIAFI. 
(SIAFI, 2015).
Importante destacar que, embora a Contabilidade apure a variação 
do patrimônio derivada do resultado entre os bens, direitos e subtraídos das 
obrigações; já no setor público nem todos os bens são passíveis de contabilização, 
com destaque daqueles considerados de uso comum da população, tais como; 
rios, mares, entre outros. Outro aspecto que merece destaque é a da gestão das 
despesas que podem ser orçamentárias e extraorçamentárias.
A execução das despesas orçamentárias, obrigatoriamente, precede de 
autorização do Poder Legislativo. Essas despesas devem ter sido publicadas 
através da LOA – Lei Orçamentária Anual. O MPOG – Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão esclarece o que é a LOA, com a seguinte explicação:
É no Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) que o governo define 
as prioridades contidas no PPA e as metas que deverão ser atingidas 
naquele ano. A LOA disciplina todas as ações do Governo Federal. 
Nenhuma despesa pública pode ser executada fora do Orçamento, 
mas nem tudo é feito pelo Governo Federal. As ações dos governos 
estaduais e municipais devem estar registradas nas leis orçamentárias 
dos Estados e Municípios. No Congresso, deputados e senadores 
discutem, na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e 
Fiscalização (CMO), a proposta enviada pelo Executivo, fazem as 
modificações que julgam necessárias por meio das emendas e votam 
o projeto. Depois de aprovado, o projeto é sancionado pelo Presidente 
da República e se transforma em Lei. (MPOG, 2015).
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UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
Portanto, sob a perspectiva da Gestão Contábil, no contexto da 
Controladoria, embora faça parte de seu escopo o planejamento financeiro, este 
se refere apenas à melhor forma de execução operacional, não cabendo o sentido 
mais amplo sobre aspecto da definição das despesas e investimentos públicos.
7 GESTÃO ECONÔMICA
Quanto à perspectiva da Gestão Econômica, essa é a parte da Controladoria 
que administra todo o processo dentro da máquina administrativa e gerencia os 
sistemas de informação, dentre eles o SIAFI, para acesso das informações para o 
público interno e externo.
Esse gerenciamento também se restringe às questões operacionais, não 
sendo de sua alçada as definições de receitas (criação de taxas e impostos) ou no 
orçamento das despesas orçamentárias ou extra orçamentárias.
"Eu achei um jeito de corrigir os problemas financeiros da 
empresa. Basta remover o cartucho vermelho da empressora."
FIGURA 9 - GESTÃO ECONÔMICA
FONTE: Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/-iTXBoUQZjQs/Ui9Aa_
JsG7I/AAAAAAAAXcQ/ywLNehCNQys/s1600/toon225.gif>. Acesso 
em: 3 nov. 2015.
8 GESTÃO ESTRATÉGICA
Por fim, dentro da perspectiva da Gestão estratégica, compete efetuar 
todas as etapas do planejamento, para que se faça a melhor execução do orçamento 
que já foi previamente definido. No rol de suas atribuições estão inseridas as 
atividades voltadas para o público interno e todas as formas de controle dos 
fluxos financeiros.
Estrutura organizacional é a evidenciação de como órgão ou entidade 
se organiza formalmente, fruto de sua departamentalização. Importa à 
Controladoria o conhecimento da estrutura organizacional bem como 
as competências das unidades administrativas que a compõem para a 
organização dos controles. (FLORES, 2006, p. 26).
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
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Nesse sentido, a metodologia de operacionalização da controladoria 
sustenta-se com base nos indicadores financeiros e contábeis para atuar na 
gestão operacional, econômica e estratégica. Assim a controladoria funciona 
para mensurar, informar, auxiliar nas tomadas de decisão, elaborar estratégias, 
apresentar desvios da organização e também soluções.
9 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTROLADORIA
Heckert e Willson (apud ROSA FILHO, 2015) estabelecem os princípios 
norteadores da controladoria que são:
a) Iniciativa: deve procurar antecipar e prever problemas no âmbito da gestão 
econômica global e fornecer as informações necessárias aos gestores das áreas 
diretamente afetadas;
b) Visão econômica: na função de assessoria a outros gestores, deve captar os 
efeitos econômicos das atividades exercidas em qualquer área, estudar os 
métodos utilizados no desempenho das tarefas da área, sugerir alterações que 
otimizem o resultado econômico global e suprir o gestor com as informações 
necessárias a esse fim;
c) Comunicação racional: deve fornecer informações às áreas, em linguagem 
compreensível, simples e útil aos gestores, e minimizar o trabalho de 
interpretação dos destinatários;
d) Síntese: deve traduzir fatos e estatísticas em gráficos de tendência e em índices, 
de forma que haja comparação entre o resultado realizado e o planejado, e não 
entre o resultado realizado no período e o realizado no período anterior;
e) Visão para o futuro:deve analisar o desempenho e os resultados passados 
com vistas à implementação de ações que melhorem o desempenho futuro, 
pois o passado é imutável;
f) Oportunidade: deve fornecer informações aos gestores em tempo hábil 
às alterações de planos ou padrões, em função de mudanças ambientais, 
contribuindo para o desempenho eficaz das áreas e da empresa como um todo;
g) Persistência: deve acompanhar os desempenhos das áreas à luz de seus 
estudos e interpretações e cobrar as ações sugeridas para otimizar o resultado 
econômico global;
h) Cooperação: deve assessorar os demais gestores a superar os pontos fracos de 
suas áreas, quando detectados, sem se limitar a simplesmente criticá-los pelo 
fraco resultado;
i) Imparcialidade: deve fornecer informações à cúpula administrativa sobre a 
avaliação do resultado econômico das áreas, mesmo quando evidenciarem 
sinais de ineficácia dos gestores. Embora essa ação possa trazer dificuldades 
no relacionamento interpessoal com tais gestores, deve ter sempre em mente o 
controle organizacional para a otimização do resultado econômico empresarial;
j) Persuasão: deve convencer os gestores da utilização das sugestões, no sentido 
de tornar mais eficaz o desempenho de suas áreas e, consequentemente, o 
desempenho global, desde que haja compreensão dos relatórios gerenciais 
fornecidos;
64
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
k) Consciência das limitações: embora possa suprir os gestores com informações 
econômicas, assessorá-los quanto às questões de gestão econômica e, 
inclusive, aprovar ou não seus planos orçamentários tendo em vista a eficácia 
empresarial, terá uma influência mínima em questões de estilo gerencial, 
capacidade criativa e perspicácia dos gestores;
l) Cultura geral: o conhecimento das diferenças culturais básicas entre raças e 
nações, o conhecimento das diferenças sociais e econômicas entre países ou 
blocos econômicos é importante para a percepção de oportunidades e ameaças 
à empresa diante de cenários estratégicos;
m) Liderança: como administrador de sua área, têm subordinados, e compete a 
ele conduzi-los à realização de suas tarefas de forma eficiente e eficaz para que 
a empresa atinja seus objetivos; e
n) Ética: deve ter sua conduta profissional firmada em valores morais aceitos de 
forma absoluta e pela sociedade.
10 CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO
A Controladoria-Geral da União foi criada como Corregedoria-Geral da 
União pela Medida Provisória nº 2.143-31, de 02 de abril de 2001, que alterou a Lei 
nº 9.649, de 27 de maio de 1998, para dispor sobre a organização da Presidência 
da República e dos Ministérios, e dá outras providências.
O principal objetivo da Controladoria-Geral da União é dar andamento 
às representações ou denúncias fundamentadas que receber relativas à lesão ou 
ameaça de lesão ao patrimônio público.
Com a Medida Provisória nº 103, de 1 de janeiro de 2003, foi estabelecida a 
organização da Presidência da República e dos Ministérios, em que se estabeleceu 
a competência da Controladoria-Geral da União. Que mais tarde foi substituída 
pela Lei nº 10.683, de 28 de janeiro de 2003.
Finalmente, a Lei n° 11.204, de 5 de dezembro de 2005, dispõe em seu 
artigo 17 e parágrafo primeiro:
Art. 17 À Controladoria-Geral da União compete assistir direta e 
imediatamente ao Presidente da República no desempenho de suas atribuições 
quanto aos assuntos e providências que, no âmbito do Poder Executivo, sejam 
atinentes à defesa do patrimônio público, ao controle interno, à auditoria pública, 
à correição, à prevenção e ao combate à corrupção, às atividades de ouvidoria e ao 
incremento da transparência da gestão no âmbito da administração pública federal.
§ 1o A Controladoria-Geral da União tem como titular o Ministro de 
Estado do Controle e da Transparência, e sua estrutura básica é constituída por: 
Gabinete, Assessoria Jurídica, Conselho de Transparência Pública e Combate 
à Corrupção, Comissão de Coordenação de Controle Interno, Secretaria-
Executiva, Corregedoria-Geral da União, Ouvidoria-Geral da União e 2 (duas) 
Secretarias, sendo 1 (uma) a Secretaria Federal de Controle Interno.
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
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10 CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO
A Controladoria-Geral da União é o órgão encarregado de assistir diretamente 
ao Presidente da República no desempenho de suas atribuições quanto aos assuntos 
que, no âmbito do Poder Executivo, sejam “relativos à defesa do patrimônio público 
e ao incremento da transparência da gestão, por meio das atividades de controle 
interno, auditoria pública, correição, prevenção e combate à corrupção, e ouvidoria” 
(CGU, 2015).
De acordo com a página institucional em seu histórico explica que 
antes da Lei nº 10.683/03, as atividades de controle interno e ouvidoria eram 
desempenhados pela Secretaria Federal de Controle Interno (SFC) e pela 
Ouvidora-Geral da União (OGU), que eram vinculadas ao Ministério da Fazenda 
(SFC) e ao Ministério da Justiça (OGU). Com o Decreto nº 4.177 de 28 de março de 
2002, a Secretaria de Controle Interno e a Ouvidora-Geral da União passam a ser 
vinculadas à Corregedoria-Geral da União.
O Decreto nº 5.683, de 24 de janeiro de 2006, estabeleceu a estrutura da 
CGU, estabelecendo maior eficácia ao trabalho e criou a Secretaria de Prevenção 
da Corrupção e Informações (SPCI).
Assim podemos entender que a Controladoria-Geral da União é:
Típica agência anticorrupção do país, é o órgão encarregado de assistir 
direta e imediatamente ao Presidente da República no desempenho 
de suas atribuições quanto aos assuntos que, no âmbito do Poder 
Executivo, sejam relativos à defesa do patrimônio público e ao 
incremento da transparência da gestão, por meio das atividades de 
controle interno, auditoria pública, correição, prevenção e combate à 
corrupção, e ouvidoria. (CGU, 2015).
A CGU é ainda órgão central do Sistema de Controle Interno e do Sistema 
de Correição, ambos do Poder Executivo Federal. E recentemente, com o Decreto 
nº 8.109, de 17 de setembro de 2013, foram realizadas mudanças para que a 
Controladoria pudesse atender aos novos desafios e, a SPCI passa a ser chamada 
de Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção (STPC).
A página institucional da Controladoria (CGU) se descreve como sendo:
Órgão do Governo Federal responsável por assistir direta e imediatamente 
ao Presidente da República quanto aos assuntos que, no âmbito do Poder 
Executivo, sejam relativos à defesa do patrimônio público e ao incremento da 
transparência da gestão, por meio das atividades de controle interno, auditoria 
pública, correição, prevenção e combate à corrupção e ouvidoria.
A CGU também deve exercer, como órgão central, a supervisão técnica 
dos órgãos que compõem o Sistema de Controle Interno e o Sistema de 
Correição e das unidades de ouvidoria do Poder Executivo Federal, prestando 
a orientação normativa necessária.
CGU (2015)
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UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
11 CONSELHO NACIONAL DE CONTROLE INTERNO – 
CONACI
O Conselho Nacional de Órgãos de Controle Interno dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios das Capitais – CONACI é uma associação de 
direito privado, sem fins lucrativos, devendo se coordenar pelo seu Estatuto e 
suas deliberações.
O Conselho Nacional de Órgãos de Controle Interno dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios das Capitais – CONACI foi criado em 6 de julho 
de 2007, a partir do VII Encontro do Fórum Nacional dos Órgãos de Controle 
Interno dos Estados Brasileiros e do Distrito Federal, realizado em Brasília-DF.
Quando da criação foi denominado Conselho Nacional de Órgãos de 
Controle Interno dos Estados e do Distrito Federal, e, posteriormente, Conselho 
Nacional de Órgãos de Controle Interno dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios das Capitais quando da realização do VI Encontro do CONACI em 
24 de novembro de 2010 na cidade de Florianópolis. E no VII Encontro Nacional 
realizado em Brasília-DF em 2011 passa a ser chamado deConselho Nacional de 
Controle Interno-CONACI.
Esse conselho, embora seja de direito privado, a suas diretrizes, princípios 
e regulamentação, a sua finalidade, conforme o conselho mesmo se apresenta é ser 
um mobilizador para criar sistemas de controle para construir gestões públicas 
eficientes e assertivas. Isso em virtude de uma demanda cada vez mais de clamor 
de transparência dos gastos públicos.
A sua função é criar um ambiente de intercâmbio de informações, 
conhecimentos e práticas que contribuam na formulação, implementação e 
avaliação de políticas nacionais de controle e gestão.
No seu estatuto constam de seus princípios:
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
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FIGURA 10 – EXEMPLO DE AUDITORIA GERAL DO MATO GROSSO DO SUL
FONTE: CONACI (2015, p. 25)
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UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
FIGURA 11 – EXEMPLO DE AUDITORIA GERAL DO PARÁ
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
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FIGURA 11 – EXEMPLO DE AUDITORIA GERAL DO PARÁ
FONTE: CONACI (2015, p. 26-27)
LEITURA COMPLEMENTAR
O Conselho Nacional de Controle Interno – CONACI apresentou diretrizes 
para padronizar e nortear os órgãos de Controle Interno no país. O documento 
é fruto de um trabalho técnico de grande equipe e se apresenta como grande 
referencial para todos os Sistemas de Controle Interno (SCI) do país.
• GESTÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO 
1 - Sistema de Controle de Interno é o conjunto de órgãos, funções e atividades, 
articulado por um órgão central de coordenação, orientados para o 
desempenho das atribuições de controle interno indicadas na Constituição 
e normatizadas em cada Poder e esfera de governo.
2 - Criar condições para que a gestão governamental atue em consonância 
com os princípios da administração pública, contribuindo para que seus 
objetivos sejam alcançados e suas ações sejam conduzidas de forma 
econômica, eficiente, eficaz e efetiva.
3 - Considerar os seguintes conceitos para os princípios da economicidade, 
eficiência, eficácia e efetividade: economicidade relaciona-se à aquisição 
de insumos ao menor custo, sem comprometer os padrões de qualidade; 
eficiência é a otimização dos meios e insumos utilizados na produção de 
bens, produtos e serviços, por um órgão ou entidade, de acordo com os 
critérios e padrões de desempenho estabelecidos; [...] eficácia é o alcance 
dos objetivos de uma ação no prazo estabelecido; efetividade é o impacto 
positivo entre os resultados alcançados pela ação governamental sobre os 
beneficiários em relação aos objetivos sociais que motivaram a intervenção 
institucional.
4 - Fomentar o controle social e a transparência da gestão governamental assim 
como a prevenção e o combate à corrupção.
5 - Atuar como rede de propagação do conhecimento e de informações 
produzidas pelas macrofunções do controle interno, compartilhando 
experiências e boas práticas.
6 - Utilizar os riscos operacionais detectados pelo sistema de controle interno 
e pelos gestores, na adoção de ações institucionais e elaboração de matrizes 
de risco.
7 - Participar da gestão dos sistemas de informações gerenciais, visando 
à produção de informações confiáveis, compreensíveis, comparáveis, 
precisas e tempestivas para subsidiar o processo de tomada de decisão na 
administração pública.
70
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
8 - Estabelecer planejamento estratégico, tático e operacional, considerando a 
especificação de missão, visão, valores, diretrizes e objetivos.
9 - Estabelecer indicadores quantitativos e qualitativos que permitam a 
avaliação do resultado da atuação das macrofunções do sistema de controle 
interno e dos seus servidores.
10 - Dar publicidade às ações e aos resultados alcançados por meio de 
relatórios e outros instrumentos de acompanhamento, a fim de promover 
transparência e prestação de contas.
11 - Valorizar a postura ética, proativa e a formação multidisciplinar dos 
servidores do sistema de controle interno.
12 - Estruturar carreira própria dos servidores de controle interno, remunerando 
de forma condizente com as atribuições e responsabilidades do cargo.
13 - Propor normas para a responsabilização administrativa e/ou disciplinar 
dos servidores que não atenderem às demandas (informações, documentos, 
equipamentos, pessoal e local) do sistema de controle interno.
14 - Viabilizar a criação do conselho de dirigentes do controle interno, no âmbito 
de cada ente, composto pelos titulares dos órgãos centrais dos sistemas 
de controle interno dos poderes e órgãos autônomos, com a competência 
de integrá-los, sendo as suas atribuições e funcionamento definidos em 
ato do chefe do Poder Executivo, com a função, dentre outras, de propor 
soluções para matérias controversas, patrocinar a padronização de normas 
e procedimentos de controle interno e promover a ação coordenada das 
instituições envolvidas.
• AUDITORIA GOVERNAMENTAL
15 - Auditoria governamental é a função do controle interno que tem por 
finalidade avaliar os controles internos administrativos dos Órgãos e 
entidades jurisdicionados, examinar a legalidade, legitimidade e avaliar 
os resultados da gestão contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial quanto à economicidade, eficiência, eficácia e efetividade bem 
como da aplicação de recursos públicos por pessoas físicas ou jurídicas.
16 - Atuar de forma independente em relação ao auditado, com subordinação 
técnica às normas e orientações do sistema de controle interno. 
17 - Realizar as auditorias de forma prévia, concomitante e a posteriori, 
priorizando-se a concomitante. 
18 - Reconhecer como pressuposto básico da Auditoria Governamental a 
conformidade, a qual atende ao princípio constitucional da legalidade. 
19 - Classificar as auditorias com base nos principais critérios inter-relacionados: 
origem, momento, finalidade, abrangência, conteúdo e forma de execução. 
A auditoria quanto à origem relaciona-se com o fator que motivou o seu 
início (demanda interna ou externa, ordinária ou extraordinária); quanto ao 
momento refere-se à ocorrência do fato (prévia, concomitante e posteriori); 
quanto à finalidade evidencia o objetivo principal a ser trabalhado 
(auditoria operacional e contábil); quanto à abrangência relaciona-se com a 
metodologia utilizada para a identificação e amplitude da amostra; quanto 
ao conteúdo evidencia o objeto a ser trabalhado (patrimonial, orçamentário, 
obras, sistemas, dentre outros); quanto à forma de execução poderá ser direta 
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
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– próprio órgão de auditoria, indireta – compartilhada com a utilização de 
técnicos e informações de mais de uma entidade sob a coordenação de uma 
delas e integrada realizada sob a coordenação do órgão central de auditoria 
com a utilização de técnicos dos órgãos setoriais ou seccionais.
20 - Analisar a ação governamental utilizando parâmetros (metas e indicadores) 
definidos prioritariamente pela gestão governamental nos instrumentos 
orçamentários, cabendo à auditoria governamental a avaliação do resultado 
da ação e a crítica a esses parâmetros.
21 - Contemplar na auditoria os seguintes componentes: plano, planejamento, 
execução, informação e comunicação e monitoramento. 
22 - Elaborar o plano de auditoria, documento estratégico e componente 
anterior ao planejamento, estabelecendo os órgãos, entidades, programas e 
ações a serem auditadas, considerando as políticas estratégicas de governo, 
materialidade, risco e relevância envolvidos. 
23 - Utilizar na elaboração do plano de auditoria, metodologias adequadas 
de acordo com critérios de seleção predefinidos, considerando também 
o alinhamento com os programas priorizados pela gestão devendo ser 
dinâmico e ajustado sempre que necessário. 
24 - Elaborar matriz de risco para o plano de auditoria, podendo utilizar como 
insumo informações das demais macrofunções do sistema de controle 
interno. 
25 - Publicar anualmente o plano de Auditoria com os seguintes elementos: 
fundamentação, justificativa (incluindo relevância e contribuição),objetivos, 
âmbito (abrangência funcional, geográfica e temporal), considerando as 
políticas governamentais. 
26 - Elaborar o planejamento de auditoria definindo o objetivo, o escopo e o 
programa de trabalho com o propósito de prever a natureza, a extensão dos 
procedimentos e a oportunidade de sua aplicação. O planejamento deverá 
ser contínuo e ajustado na medida em que os trabalhos são executados. 
27 - Considerar para o planejamento a existência de adequado nível de 
conhecimento do ambiente de controle interno a ser auditado em relação 
à missão, objetivo, legislação aplicável, plano de negócios e de auditorias 
realizadas.
28 - Avaliar, para o planejamento, os riscos da auditoria e os recursos 
disponíveis (financeiros, humanos e materiais, dentre outros).
29 - Definir no componente planejamento, programas de auditoria, com o 
propósito de explicitar os procedimentos de verificação a desenvolver, 
identificados para cada área de controle.
30 - Utilizar na execução dos programas pontos e recomendações padrões, os 
quais deverão listar os argumentos e as correções propostas, devidamente 
fundamentadas.
31 - Utilizar, sempre que possível, os programas de auditoria padrões os quais 
deverão ser atualizados permanentemente, considerando as alterações de 
legislação e sugestões recebidas da área responsável pela execução.
32 - Estabelecer que a execução da auditoria seja o componente em que o 
auditor desenvolve as atividades predefinidas no planejamento, subsidiado 
72
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
pelo programa de auditoria, com vistas a obter, analisar, interpretar e 
documentar as informações físicas, contábeis, financeiras, patrimoniais e 
operacionais que darão suporte aos resultados de seu trabalho.
33 - Obter, na execução do programa de auditoria, informações probatórias 
suficientes, adequadas e úteis que possibilitem, com um grau de segurança 
razoável, a formação da convicção do auditor, com vistas a coletar 
evidências sobre as análises, interpretações e documentações que permitam 
o acompanhamento e a revisão das ações de controle.
34 - Assegurar na execução da auditoria que seja realizada a sua supervisão de 
forma a garantir o cumprimento de seus objetivos, podendo nesta fase ser 
acrescentados ou suprimidos itens de verificação do programa de auditoria.
35 - Informar à Corregedoria infração disciplinar ou indícios de sua ocorrência, 
detectados na execução da auditoria governamental.
36 - Registrar nos papéis de trabalho os atos, informações relevantes e 
provas coletadas ou produzidas no curso da auditoria, nos quais o auditor 
evidencia seu trabalho e sua convicção, podendo inclusive subsidiar 
processo administrativo ou judicial.
37 - Elaborar relatórios, pareceres, certificados, notas técnicas e outros 
instrumentos de comunicação de auditoria, ferramentas gerenciais de 
controle interno, a fim de subsidiar as decisões dos gestores.
38 - Comunicar formalmente os resultados da auditoria, por meio de 
instrumentos adequados, primando pela qualidade da informação e da 
forma de apresentação com observância aos atributos que têm pestividade, 
concisão, coerência, integridade, convicção e linguagem inteligível e 
apropriada.
39 - Monitorar sistematicamente o atendimento às recomendações contidas 
nos documentos emitidos pelos órgãos de controle, identificando se as 
deficiências apontadas foram oportunamente solucionadas, com o objetivo 
de melhorar a efetividade da auditoria governamental.
40 - Recomendar ao auditado a elaboração de plano permanente de 
providências, que consiste no compromisso do órgão ou entidade 
auditada em sanar as irregularidades ou impropriedades identificadas, 
devendo ser disponibilizado ao órgão central da auditoria para subsidiar o 
monitoramento.
41 - Estabelecer que o plano permanente de providências seja dinâmico 
contemplando basicamente os seguintes requisitos: medidas a serem 
adotadas, responsáveis por sua execução e cronograma definindo os prazos 
para a implementação das ações propostas. A implementação desses 
requisitos deverá ser monitorada pela auditoria governamental. 
42 - Controlar se a autoridade administrativa competente adotou providências 
com vistas à instauração de tomada de contas especial para apuração de 
fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano, quando não 
foram prestadas as contas ou quando ocorreu desfalque, desvio de dinheiro, 
bens ou valores públicos, ou ainda se caracterizada a prática de qualquer 
ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte prejuízo ao erário.
43 - Controlar a instauração, pelos órgãos e entidades, de Processos de 
Tomadas de Contas Especial determinadas pelos Tribunais de Contas, 
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
73
pela Auditoria e pela autoridade administrativa, representando o fato ao 
Tribunal de Contas nos casos de omissão e descumprimento de prazos.
44 - Auditar os processos de Tomada de Contas Especial, fase interna, emitindo 
relatório e certificado ou determinando novas diligências.
45 - Enviar informações à Procuradoria Jurídica para adoção de medidas 
referentes à indisponibilidade dos bens do responsável pelo dano ao erário, 
após o término da fase interna da Tomada de Contas Especial devidamente 
certificada pela Auditoria.
• CONTROLADORIA
46 - Controladoria é a função do controle interno que tem por finalidade 
orientar e acompanhar a gestão governamental, para subsidiar a tomada 
de decisões a partir da geração de informações, de maneira a garantir a 
melhoria contínua da qualidade do gasto público.
47 - Orientar o sistema de informações contábeis para garantira integridade, 
a tempestividade e a fidedignidade dos dados necessários à produção de 
informações. 
48 - Produzir informações gerenciais utilizando as bases de dados disponíveis 
e implantar ferramentas para avaliar riscos e atuar na prevenção e combate 
à corrupção.
49 - Orientar o gestor público de forma proativa ou provocada, por meio de 
instruções normativas, manuais, cartilhas, relatórios dentre outros, sobre 
matérias relacionadas à execução dos atos administrativos com vistas à 
prevenção de práticas ineficientes, antieconômicas, corrupção e outras 
inadequações.
50 - Acompanhar a execução de programas de governo e políticas públicas, com 
foco na gestão por resultado, por meio da mensuração e acompanhamento 
de indicadores de eficiência, eficácia e efetividade, servindo de subsídio 
para a atuação das demais macrofunções do sistema de controle interno.
51 - Monitorar o cumprimento das obrigações constitucionais e legais, inclusive 
com a elaboração e análise de cenários.
52 - Monitorar o equilíbrio das contas públicas, identificar os riscos que possam 
afetá-lo e propor ações preventivas e corretivas.
53 - Propor ações de racionalização dos recursos, a serem pactuadas com 
os gestores, a partir da realização de estudos técnicos e identificação das 
melhores práticas no âmbito da administração pública e privada.
54 - Coordenar ações que visem assegurar a transparência da gestão 
governamental com o propósito de fomentar o controle social e prevenir e 
combater a corrupção.
• CORREGEDORIA 
55 - Correição é a função do controle interno que tem por finalidade apurar 
os indícios de ilícitos praticados no âmbito da Administração Pública, e 
promover a responsabilização dos envolvidos, por meio da instauração de 
processos e adoção de procedimentos, visando inclusive ao ressarcimento 
nos casos em que houver dano ao erário.
56 - Estruturar, em caráter permanente, as comissões processantes dos ilícitos 
funcionais, a serem formadas por servidores da carreira do controle 
74
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
interno, treinados para a atividade correicional, sendo possível a requisição 
de especialistas para auxílio técnico, em razão da especificidade do 
conhecimento requerido.
57- Instaurar procedimentos disciplinares com base nas denúncias e nos 
relatórios encaminhados pela ouvidoria e auditoria,quando estes 
indicarem infração disciplinar ou apresentarem indícios de sua ocorrência, 
com o suporte do Ministério Público e do Órgão de segurança pública, se 
necessário; sem prejuízo da instauração de procedimentos disciplinares 
decorrentes de denúncias apresentadas diretamente à unidade correcional.
58 - Garantir aos servidores que atuem na função de correição as condições de 
segurança pessoal adequadas ao exercício das suas atividades.
59 - Produzir informações para sustentar análises de riscos, com o propósito de 
instrumentalizar, com dados qualitativos e quantitativos, os responsáveis 
pela capacitação e educação continuada, assim como os responsáveis pelas 
demais ações de controle interno, em especial a orientação preventiva.
60 - Atuar, preventivamente, com base nas informações resultantes dos 
procedimentos apuratórios, a fim de aprimorar a gestão pública e reduzir a 
ocorrência dos ilícitos funcionais.
• OUVIDORIA
61 - Ouvidoria é a função de controle interno, que tem por finalidade fomentar 
o controle social e a participação popular, por meio do recebimento, registro 
e tratamento de denúncias e manifestações do cidadão sobre os serviços 
prestados à sociedade e a adequada aplicação de recursos públicos, visando 
à melhoria da sua qualidade, eficiência, resolubilidade, tempestividade e 
equidade.
62 - Estabelecer estrutura para identificar os interesses do cidadão, 
recepcionando as insatisfações, desejos e opiniões sobre os produtos e 
serviços do órgão/entidade pública, e intermediar a solução do problema 
por meio da gestão de conflitos.
63 - Constituir-se por ouvidores que compreendam e sejam capazes de 
interpretar tendências da administração pública para produzir informações 
gerenciais, subsidiando a tomada de decisão do gestor público e 
credenciando a ouvidoria como unidade de inteligência competitiva para 
a gestão.
64 - Conhecer os serviços prestados pelo órgão público onde atua, ter visão 
ampla da demanda, possuir competência certificada em ouvidoria, 
constituem requisitos fundamentais para o exercício do ouvidor.
65 - Ouvir a sociedade e prover a administração de informações gerenciais 
para subsidiar o Estado na elaboração do planejamento estratégico e na 
formulação de políticas públicas.
66 - Preservar a identidade do cidadão nas questões, a fim de resguardar a 
confiança e o respeito, de forma a assegurar a integridade da informação.
67 - Classificar as solicitações dos usuários, manter estratégias e táticas para 
distribuí-las com agilidade ao setor competente, mapear as execuções, e 
evidenciar os resultados de sua atuação.
68 - Identificar a partir da análise consolidada das manifestações, a ocorrência 
de falhas validadas pela gestão, que passam a representar risco operacional 
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
75
iminente, e informar ao gestor por meio de relatórios gerenciais permitindo 
definir eixos prioritários de ações e correção de rumos.
69 - Considerar como risco operacional a ocorrência de possíveis falhas 
informadas, ainda que anonimamente, nas atividades, processos e 
procedimentos da administração pública, validadas pela área/setor objeto 
da demanda.
70 - Adotar modelo de gestão em rede que garanta a uniformidade de 
processos, procedimentos, e disponibilização das informações para dar 
suporte ao processo da gestão pública.
71 - Participar enquanto função de controle interno, dos planos institucionais 
a fim de conhecer de forma global as atividades, setores e respectivos 
responsáveis facilitando a intermediação das demandas.
72 - Disponibilizar um canal aberto, e de fácil acesso, entre o cidadão e a 
administração pública, capaz de minimizar os fatores das insatisfações 
com relação aos produtos e serviços ofertados, a partir da validação das 
demandas e suas consequentes mudanças pela gestão pública.
73 - Incentivara cooperação dos servidores da entidade pública envolvida 
nas queixas dos cidadãos a fim de consolidar melhor o entendimento das 
questões, e possibilitar o aprimoramento das ações e o acompanhamento 
gerencial.
74 - Reduzir o distanciamento entre a sociedade e a administração pública 
agindo como articuladora e intermediadora na gestão dos conflitos entre os 
interesses do cidadão e da administração pública, diminuindo a frequência 
das contendas e otimizando a gestão pública.
75 - Criar uma identidade da unidade ouvidoria de fácil reconhecimento 
pelo cidadão, utilizando uma linguagem adequada, objetiva, sem termos 
técnicos, gírias e siglas, e permitir ao cidadão a liberdade de expressão, 
respeitando a diversidade de opiniões.
76 - Zelar pela qualidade da informação na comunicação entre a ouvidoria e 
administração pública. 
FONTE: Disponível em: <http://conaci.org.br/wp-content/uploads/2012/05/
DiretrizesparaControleInternonoSetorPublico.pdf>. Acesso em: 3 nov. 2015.
76
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste Tópico 3, você aprendeu sobre a controladoria e deve verificar seu 
conhecimento a partir da seguinte lista:
• Verificação do conceito básico de controladoria.
• Compreensão da aplicabilidade da controladoria nas organizações e suas 
principais funções.
• Assimilação do perfil, as funções e os princípios do controller.
• Identificação dos tipos de controladoria.
77
1 Como conceituar a controladoria?
2 Quais são as principais funções da controladoria?
3 O que é um controller? Quais são as suas principais funções e habilidades?
4 Quais são as principais funções da Controladoria Geral da União?
AUTOATIVIDADE
78
79
UNIDADE 2
ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO 
QUANTO AO CONTROLE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade tem por objetivos:
• apresentar a função do sistema de auditoria e controle no setor público;
• compreender a estrutura para o controle da Administração Pública, as 
normas de auditoria e funções do auditor, bem como os principais siste-
mas de auditoria;
• estudar como se estrutura a Administração Pública no que concerne ao 
controle interno e externo, as normas e processos de auditorias aplicadas 
ao setor público e os sistemas de atividades orçamentárias
Esta unidade está dividida em três tópicos e em cada um deles, você encon-
trará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
TÓPICO 1 – SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
TÓPICO 2 – PROCESSOS DE AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO
TÓPICO 3 – ORGANIZAÇÕES VOLTADAS PARA A AUDITORIA
80
81
TÓPICO 1
SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 1, da Unidade 2, vamos apresentar brevemente a estrutura 
da Administração Pública, as suas formas de auditoria interna e externa, as 
principais ferramentas de sistema integrado, os procedimentos de auditoria, bem 
como o posicionamento quanto os possíveis erros e fraudes.
2 ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A organização da Administração Pública é uma forma de distribuir os 
poderes e garantir que a interdependência favoreça as ações de governo quanto à 
probidade administrativa, controle e transparência.
A estrutura político-administrativa da Administração Pública está prevista 
no artigo 37 da Constituição Federal de 1988. As esferas da Administração Pública 
– União, Estados, Municípios e Distrito Federal – podem ser compostos por 
Administração Direta ou Administração Indireta. Assim como previsto no artigo 
37 da Constituição Federal, a Administração Pública é norteada por princípios 
constitucionais:
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá 
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade 
e eficiência. (BRASIL, 1988).
Dessa maneira podemos considerar que a Administração Direta é 
centralizada e composta pelos órgãos de governo, enquanto que a Administração 
Indireta é descentralizada e composta por organizações com personalidade 
jurídica própria.
A Administração Pública, direta e indireta, pode ser classificada e 
entendida da seguinte forma:
• Administração direta (centralizada)– atividade administrativa que é exercida 
pelos órgãos da própria pessoa política (União, Estados, Municípios e Distrito 
Federal);
• Administração indireta (descentralizada) – atividade administrativa que é 
exercida por pessoas distintas do Estado, como exemplo: autarquias, empresas 
públicas, sociedades de economia mista, entidades paraestatais.
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
82
O controle dos recursos públicos é devido tanto na administração pública 
direta como também na indireta. Os recursos públicos gastos na administração 
pública indireta são de responsabilidade do governo, através de representantes, 
órgãos especializados ou agências reguladoras que detêm a responsabilidade de 
acompanhar e fiscalizar as ações desempenhadas pelas entidades beneficiadas.
FIGURA 12 – ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DIRETA
Senado Federal
Câmara dos 
Deputados
Tribunal de Contas 
da União
Presidência da 
República
Ministérios
Secretarias
Supremo Tribunal Federal
Superior Tribunal de 
Justiça
Tribunais Regionais 
Federais
Superior Tribunal Militar
Tribunal Superior Eleitoral
Tribunal Superior do 
Trabalho
Ministério Público
INDIRETA
PODER JUDICIÁRIOPODER EXECUTIVOPODER LEGISLATIVO
ADMINISTRAÇÃO
Autarquias
Sociedades de 
economia mista
Empresas públicas
Fundações
FONTE: Peter e Machado (2003, p. 16)
A separação dos poderes do Estado é uma estrutura moderna que estabelece 
uma forma interdependente para que as ações e funções sejam correlacionadas. 
Assim, os poderes se complementam, conduzem ações que garantam o bem 
comum e o controle entre si. Dessa maneira o Estado é dividido nos poderes 
legislativo, executivo e judiciário, representados por seus respectivos órgãos.
O poder legislativo é responsável em estabelecer normas gerais para a 
vida em sociedade. O poder executivo é responsável em agir conforme as leis 
estabelecidas e executar planos de ação para o desenvolvimento do país e em 
favorecimento dos cidadãos. E por último o poder judiciário é o responsável em 
analisar e julgar as controvérsias das leis e suas aplicações, para garantir a boa 
conduta e preservar que os direitos sejam garantidos conforme estabelecidos em 
leis.
TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
83
FIGURA 13 – FUNÇÃO DO ESTADO
A principal função do Estado é prestar serviços de atendimento aos 
cidadãos para que as necessidades básicas sejam garantidas, tais como: saúde, 
educação, segurança, proteção à vida humana, entre outras. Como vimos 
anteriormente, essa prestação de serviços pode ser ofertada de forma direta ou 
indireta.
O Estado tem, portanto, a responsabilidade de usar seus órgãos 
administrativos, elaborar e implementar políticas públicas para que os programas 
e projetos forneçam as condições básicas de vida a seus cidadãos.
SOCIEDADE
FUNÇÃO DO ESTADO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
POLÍTICAS PÚBLICAS
PROGRAMAS DE GOVERNO
PRESTAR SERVIÇOS 
PÚBLICOS
FONTE: Morais (2012, p. 13)
3 AUDITORIA INTERNA E AUDITORIA EXTERNA
Na Unidade 1 estudamos o controle interno e externo, onde pudemos 
perceber mais as questões sobre o controle interno da Administração Pública 
no Brasil. Vimos também que a auditoria requer um conhecimento ampliado de 
vários elementos e de diferentes formações profissionais. O auditor é derivado 
da profissão de contador, portanto, a auditoria e a controladoria têm o cunho do 
controle contábil e financeiro, mas podendo também auditar sobre processos e 
procedimentos de um órgão/entidade.
Além de descrever sobre as diferenças entre técnico de contabilidade, 
contador e auditor, Sá (2000, p. 56-57) relaciona uma lista que o auditor deve ter 
de conhecimento técnico e habilidades, configurando a complexidade da função 
de auditor. Essa lista pode ser observada da seguinte maneira:
1) Contabilidade Geral.
2) Contabilidade Aplicada em todos os diversos ramos (industrial, mercantil, 
bancário de seguros, público, agrícola, pastoril, de transporte, imobiliário, de 
prestação de serviços etc.).
3) Auditoria Geral.
4) Auditoria Aplicada em todos os diversos ramos (industrial, mercantil, bancário 
de seguros, público, agrícola, pastoril, de transporte, imobiliário, de prestação 
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
84
de serviços, etc.).
5) Contabilidade de Custos de Produção.
6) Análise de Balanços.
7) Organização Geral.
8) Organização Aplicada.
9) Administração Geral.
10) Administração Aplicada.
11) Finanças.
12) Direito Administrativo.
13) Direito Constitucional.
14) Direito Civil.
15) Direito Comercial.
16) Direito do Trabalho.
17) Direito Fiscal-Tributário, das áreas federais, estaduais e municipais.
18) Técnica Comercial.
19) Direito do Trabalho.
20) Direito Fiscal-Tributário, das áreas federais, estaduais e municipais.
21) Técnica Comercial.
22) Técnica Industrial.
23) Técnica Bancária.
24) Técnicas Diversas.
25) Sociologia.
26) Psicologias Aplicada e Heurística.
27) Matemática Financeira (noções).
28) Moral e Ética.
29) Relações Humanas.
30) Noções de diversos outros ramos do saber humano como: História Aplicada 
(à Contabilidade, à Economia, ao Comércio, à Indústria etc.), Filosofia etc.
31) Computação Eletrônica (Informática).
32) Pesquisa Operacional etc.
33) Estatística.
Além do conhecimento técnico e das habilidades inerentes aos auditores, 
podemos classificá-los entre auditor interno e externo que representam distintas 
formas de atuar frente uma organização. Conforme o interesse da organização, 
ela deverá contratar ou dispor de um acompanhamento interno e externo.
Na Administração Pública os controles internos são de extrema 
importância para a responsabilidade de gestão dos recursos públicos e no 
processo de transparência, entretanto, o controle externo efetuado pelos órgãos 
competentes é necessário para que minimizem erros ou fraude.
TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
85
QUADRO 17 – AUDITOR INTERNO E AUDITOR EXTERNO
AUDITOR INTERNO AUDITOR EXTERNO
É empregado da empresa auditada. Não tem vínculo empregatício com a empresa auditada.
Menor grau de independência. Maior grau de independência.
Executa auditoria contábil e operacional. Executa apenas auditoria contábil.
Os principais objetivos são:
• Verificar se as normas internas estão 
sendo seguidas.
• Verificar a necessidade de aprimorar as 
normas internas vigentes.
• Verificar a necessidade de novas normas 
internas.
• Efetuar auditoria das diversas áreas das 
demonstrações contábeis e em áreas 
operacionais.
O principal objetivo é emitir um parecer 
ou opinião sobre as demonstrações 
contábeis, no sentido de verificar 
se estas refletem adequadamente a 
posição patrimonial e financeira, o 
resultado das operações, as mutações do 
patrimônio líquido e os fluxos de caixa 
da empresa examinada. Também, se 
essas demonstrações foram elaboradas 
de acordo com os princípios contábeis e 
se esses princípios foram aplicados com 
uniformidade em relação ao exercício 
social anterior.
Maior volume de testes (tem maior tempo 
na empresa para executar os serviços de 
auditoria).
Menor volume de testes, já que está 
interessado em erros que individualmente 
ou cumulativamente possam alterar de 
maneira substancial as informações das 
demonstrações contábeis.
FONTE: Almeida (2012, p. 6)
A função de auditor soma várias profissões, tamanha é a extensão da 
lista de conhecimentos técnicos. Se formos ainda atualizar a lista de habilidades 
e conhecimentos, outras mais poderiam ser apresentadas, tais como: domínio 
das ferramentas de pacotes de software, capacidade analítica, capacidade de 
julgamento, inovação, entre outros.
Com a evolução do modelo de administração, os novos tempos apontam 
que a auditoria, embora seja uma aplicação técnica, deve ter também característica 
analítica de percepção dos procedimentos, culturas e climas organizacionais que 
determinam o desempenho de tarefas e de resultados.
A auditoria interna deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles 
internos e o controleinterno se refere às ações que a administração exerce com o 
objetivo de melhorar as possibilidades de seus resultados, conforme os objetivos 
estabelecidos. Dessa maneira Barreto e Graeff (2014, p, 97-98) apresentam as 
principais características do controle interno, assim considerados:
• É um processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis da 
governança, administração e outros funcionários.
• Fornece segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade.
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
86
• Que se refere à confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência 
das operações e conformidade com leis e regulamentos aplicáveis.
QUADRO 18 – DISTINÇÃO ENTRE CONTROLES INTERNOS E ÓRGÃOS DE CONTROLE INTERNO
Distinção entre controles internos e órgãos de controle interno
Controles internos 
(sistemas e procedimentos)
Órgãos de controle interno 
(organizações e instituições)
Conjuntos de atividades, planos, 
métodos, indicadores e procedimentos 
interligados e utilizados com vistas a 
assegurar a conformidade dos atos de 
gestão e a concorrer para que os objetivos 
e metas estabelecidos para as unidades 
jurisdicionais sejam alcançados.
Unidade administrativas integrantes 
dos sistemas de controle interno 
da Administração Pública Federal, 
incumbidas, dentre outras funções, da 
verificação da consistência e qualidade 
dos controles internos, bem como apoio às 
atividades de controle externo, exercidas 
pelo Tribunal.
FONTE: Holanda e Vieira (2009, p. 251)
Podemos considerar, portanto, que o controle interno é um processo em 
que todos devem engajar-se para que os procedimentos necessários e os melhores 
mecanismos transcorram em favor da consecução dos objetivos.
O controle é um processo que tem como finalidade principal garantir que 
os objetivos propostos sejam atingidos num menor percurso e com otimização de 
recursos. Embora não seja um processo com fim em si mesmo, ou seja, não exista 
garantia absoluta de que qualquer sistema de controle confirme que os objetivos 
sejam alcançados com eficiência e eficácia, entretanto aumenta a possibilidade de 
melhores resultados.
A Declaração de Lima sobre os Preceitos da Auditoria prescreve sobre o 
que vem a ser auditoria interna e auditoria externa:
Seção 3. Auditoria interna e auditoria externa
1. Os serviços de auditoria interna são estabelecidos dentro dos órgãos e 
instituições governamentais, enquanto os serviços de auditoria externa não 
fazem parte da estrutura organizacional das instituições a serem auditadas. 
As Entidades Fiscalizadoras Superiores prestam serviços de auditoria externa.
2. Os serviços de auditoria interna são necessariamente subordinados ao chefe 
do departamento no qual foram estabelecidos. No entanto, eles são, na 
maior medida possível, funcional e organizacionalmente independentes no 
âmbito de sua respectiva estrutura constitucional.
3. Como uma instituição de auditoria externa, a Entidade Fiscalizadora Superior 
tem a tarefa de verificar a eficácia da auditoria interna. Se a auditoria interna 
for considerada eficaz, esforços serão empreendidos, sem prejuízo do direito 
da Entidade Fiscalizadora Superior de levar a cabo uma auditoria geral, 
no sentido de garantir a mais adequada divisão ou designação de tarefas e 
cooperação entre a Entidade Fiscalizadora Superior e a auditoria interna.
TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
87
Vamos conhecer melhor a Declaração de Lima sobre os Preceitos da Auditoria 
ainda nesse tópico. Aguarde!
NOTA
O controle interno é um conjunto de procedimentos e métodos que 
procura garantir que os objetivos sejam atingidos, através do controle contábil, 
normativo e administrativo-operacional. O controle externo contribui para 
qualificar, melhorar procedimentos, sinalizar deficiências e, principalmente, 
avaliar resultados.
Os métodos de auditoria se complementam diante da complexidade de 
analisar e acompanhar com habilidade técnica diferentes segmentos dentro de 
uma organização de trabalhos.
4 SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO 
FEDERAL
A Instrução Normativa 1, de 6 de abril de 2001, do Ministério da Fazenda, 
através da Secretaria Federal de Controle Interno, define diretrizes, princípios, 
conceitos e aprova normas técnicas para a atuação do Sistema de Controle Interno 
do Poder Executivo Federal. Assim descrita:
O SECRETÁRIO FEDERAL DE CONTROLE INTERNO, no uso de 
suas atribuições e tendo em vista o disposto no artigo 24, da Lei nº 10.180, de 
6 de fevereiro de 2001, no artigo 11 do Decreto nº 3.782, de 5 de abril de 2001 e 
no Decreto nº 3.591, de 6 de setembro 2000; e
Considerando as inovações introduzidas na estrutura organizacional 
e operacional do órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder 
Executivo Federal, com vistas a adequar sua missão institucional às finalidades 
dispostas na Constituição Federal;
Considerando a necessidade de atualizar os aspectos conceituais 
e práticos da ação de controle no setor público federal, no que diz respeito 
à atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, ante 
as crescentes inovações introduzidas no cenário nacional, especificamente a 
reforma do aparelho do Estado e os seus impactos relevantes; e
Considerando, ainda, a necessidade de atualizar normativos técnicos 
que norteiam as ações de controle a cargo dos órgãos integrantes do Sistema 
de Controle Interno do Poder Executivo Federal;
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
88
RESOLVE:
Art. 1º Definir diretrizes, princípios, conceitos e aprovar as normas 
técnicas relativas à ação de controle aplicáveis ao Serviço Público Federal, a 
fim de disciplinar e padronizar a atuação do Sistema de Controle Interno do 
Poder Executivo Federal.
Art. 2º Aprovar o Manual do Sistema de Controle Interno do Poder 
Executivo Federal, consubstanciado no disposto no artigo 1º, constituído 
do Anexo a esta Instrução Normativa, bem como dos atos complementares 
supervenientes.
O controle quanto à análise contábil e financeira da Administração 
Pública é a mais importante porque se aos recursos públicos, e estes devem ser 
usados com responsabilidade e para que a sociedade receba ganhos. Entretanto, 
o controle também pode se referir aos procedimentos dos serviços públicos, aos 
recursos de material de expediente, aos recursos humanos, entre outros. E todas 
as operações refletem na linha final da análise contábil e financeira.
Barreto e Graeff (2014) apresentam quadro que demonstra os componentes 
para que o controle contábil e o controle operacional tenham a sua funcionalidade 
no sistema de controle interno, assim como se apresenta:
QUADRO 19 – CONTROLES CONTÁBEIS E CONTROLES OPERACIONAIS
Controles contábeis Controles operacionais
Sistemas de conferência, aprovação e 
autorização. Análise de lucratividade por linha de produto.
Segregação de funções. Controle de qualidade.
Controle físico sobre ativos. Treinamento de pessoal.
Inventários periódicos. Estudos para aumento de eficiência produtiva.
FONTE: Barreto e Graeff (2014, p. 98)
Na verdade, o controle interno seja no setor público ou privado melhora 
o desempenho da organização. O bom controle minimiza desperdícios, otimiza 
tempo e recursos e promove o comprometimento.
Menos desperdícios
Mais eficiência
CONTROLE
O controle interno num órgão ou entidade faz com que as pessoas da 
organização saibam claramente quais são as suas atribuições, os procedimentos 
corretos de suas atividades e os limites de sua autoridade.
TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
89
A Resolução nº 1.135, de 21 de novembro de 2008, do Conselho Federal de 
Contabilidade – CFC, estabelece as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). 
As Normas Brasileiras de Contabilidade apresentam os referenciais de controle 
interno para o setor público a fim de minimizar riscos e efetivar as informações 
de contabilidade para que os objetivos sejam alcançados.
Assim, a Resolução nº 1.135,de 21 de novembro de 2008, do Conselho 
Federal de Contabilidade – CFC, apresenta as disposições gerais quanto ao 
controle interno do setor público, quanto ao enfoque contábil, de acordo com 
NBC T 16.8:
2. Controle interno sob o enfoque contábil compreende o conjunto de 
recursos, métodos, procedimentos e processos adotados pela entidade do 
setor público, com a finalidade de:
(a) salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes 
patrimoniais;
(b) dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente;
(c) propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada;
(d) estimular adesão às normas e às diretrizes fixadas;
(e) contribuir para a promoção da eficiência operacional da entidade;
(f) auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas, erros, 
fraudes, malversação, abusos, desvios e outras inadequações.
3. O controle interno deve ser exercido em todos os níveis da entidade do 
setor público, compreendendo:
(a) a preservação do patrimônio público;
(b) o controle da execução das ações que integram os programas;
(c) a observância às leis, aos regulamentos e às diretrizes estabelecidas.
Essa resolução classifica o controle interno em três categorias: contábil, 
operacional e normativo. A contábil se refere à necessidade de assegurar a 
veracidade e fidedignidade dos registros e demonstrações contábeis. A categoria 
operacional compreende a observação das ações que são praticadas em favor dos 
objetivos alcançados. E normativo se refere ao cumprimento da regulamentação.
E por fim as Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC T 16.8 apresentam 
a estrutura e componentes de um sistema de controle interno que compreende 
o ambiente de controle, mapeamento e avaliação de riscos, informação e 
comunicação; e monitoramento, definidos:
• O ambiente de controle deve demonstrar o grau de comprometimento em 
todos os níveis da administração com a qualidade do controle interno em seu 
conjunto.
• Mapeamento de riscos é a identificação dos eventos ou das condições que 
podem afetar a qualidade da informação contábil.
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
90
• Avaliação de riscos corresponde à análise da relevância dos riscos identificados, 
incluindo:
 a) a avaliação da probabilidade de sua ocorrência;
 b) a forma como serão gerenciados;
 c) a definição das ações a serem implementadas para prevenir a sua ocorrência 
ou minimizar seu potencial; e
 d) a resposta ao risco, indicando a decisão gerencial para mitigar os riscos, 
a partir de uma abordagem geral e estratégica, considerando as hipóteses de 
eliminação, redução, aceitação ou compartilhamento.
Oliveira (2010, p. 156 e 157) observa que os procedimentos de controle são 
ações e medidas para prevenir e detectar risco, conforme a classificação:
• procedimentos de prevenção – medidas que antecedem o processamento de 
um ato ou um fato, para prevenir a ocorrência de omissões, inadequações e 
intempestividade da informação contábil;
• procedimentos de detecção – medidas que visem à identificação, concomitante 
ou a posteriori, de erros, omissões, inadequações e intempestividade da 
informação contábil.
A fidedignidade e as precisas informações permitem que o setor público 
realize procedimentos, monitorem ações e responsabilidades e orientem na 
tomada de decisões. As Normas Brasileiras de Contabilidade apresentam um 
modelo que busca garantir que o setor público garanta ações eficazes quanto ao 
seu sistema de controle.
5 SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
A Lei Complementar n° 4.320, de 17 de março de 1964, estabeleceu as 
normas gerais para a elaboração e controle dos orçamentos da União, Estados, 
Municípios e Distrito Federal, que deveriam ser exercidos pelos poderes 
Legislativo e Executivo através de controle interno e externo. O artigo 70 da 
Constituição Federal de 1988 renova esse compromisso como apresentado no 
Tópico 2, da Unidade 1, desse Caderno de Estudos.
A Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, estabelece as normas 
de finanças públicas voltadas para a responsabilidade da gestão fiscal, em que 
deve haver equilíbrio entre receitas e despesas e que haja resultados mediante a 
avaliação dos programas financiados com recursos dos orçamentos.
O Sistema de Controle Interno do governo federal tem como atribuição 
principal avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual. É de sua 
responsabilidade apreciar a execução dos programas do governo e dos orçamentos 
da União, de forma que comprove a legalidade, a eficácia e eficiência da gestão 
orçamentária, financeira e patrimonial, quanto aos resultados apresentados.
TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
91
5 SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
O Ministério da Fazenda é o órgão que na estrutura administrativa da 
República Federativa do Brasil cuida basicamente da formulação e execução da 
política econômica.
O Decreto nº 7.482, de 16 de maio de 2011, regulamenta a estrutura 
regimental do Ministério da Fazenda e determina as suas competências diante 
dos seguintes assuntos:
I - moeda, crédito, instituições financeiras, capitalização, poupança popular, 
seguros privados e previdência privada aberta;
II - política, administração, fiscalização e arrecadação tributária federal, inclusive 
a destinada à previdência social, e aduaneira;
III - atualização do plano de custeio da seguridade social, em articulação com os 
demais órgãos envolvidos;
IV - administração financeira e contabilidade pública;
V - administração das dívidas públicas, interna e externa;
VI - negociações econômicas e financeiras com governos, organismos 
multilaterais e agências governamentais;
VII - preços em geral e tarifas públicas e administradas;
VIII - fiscalização e controle do comércio exterior;
IX - realização de estudos e pesquisas para acompanhamento da conjuntura 
econômica;
X - proposição de reformas que visem aperfeiçoar as instituições que 
regulamentam o funcionamento da economia brasileira; e
XI - autorização, ressalvadas as competências do Conselho Monetário Nacional:
a) da distribuição gratuita de prêmios a título de propaganda quando efetuada 
mediante sorteio, vale-brinde, concurso ou operação assemelhada;
b) das operações de consórcio, fundo mútuo e outras formas associativas 
assemelhadas, que objetivem a aquisição de bens de qualquer natureza;
c) da venda ou promessa de venda de mercadorias a varejo, mediante oferta 
pública e com recebimento antecipado, parcial ou total, do respectivo preço;
d) da venda ou promessa de venda de direitos, inclusive cotas de propriedade 
de entidades civis, tais como hospital, motel, clube, hotel, centro de recreação 
ou alojamento e organização de serviços de qualquer natureza com ou sem 
rateio de despesas de manutenção, mediante oferta pública e com pagamento 
antecipado do preço;
e) da venda ou promessa de venda de terrenos loteados a prestações mediante 
sorteio; e
f) da exploração de loterias, inclusive os sweepstakes e outras modalidades de 
loterias realizadas por entidades promotoras de corridas de cavalos.
FONTE: Disponível em: <http://www.fazenda.gov.br/acesso-a-informacao/institucional>. 
Acesso em: 17 dez. 2015.
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
92
6 CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O momento do controle é determinante para o ato seja considerado ilegal 
ou contrário ao interesse público. O momento do controle pode ser classificado 
em: prévio, concomitante e posterior.
Prévio – também chamado de preventivo, ou a priori, é o controle exercido 
antes do ato administrativo a ser praticado. O controle prévio é uma forma de 
prevenção quanto à ilegalidade dos atos administrativos praticados pelo poder 
público. Dessa forma, o agente público deve aguardar aprovação e autorização 
para execução de atos.
Concomitante – é o controle efetuado durante o ato administrativo.
Posterior – também chamado de corretivo, ou a posteriori, é a modalidade 
de controle que analisa o ato já praticado para confirmá-lo, casoesteja regular. Em 
caso de irregularidade ou ilegalidade do ato, é possível a revogação ou correção.
Quanto ao momento de controle prévio, a vantagem encontra-se em que 
a prevenção evitaria qualquer irregularidade dos atos praticados dos agentes 
públicos, em contrapartida, a espera pela aprovação e autorização do ato 
implicaria morosidade e na minimização da eficácia dos atos.
O controle posterior apresenta a vantagem de não evitar o andamento 
de processos, entretanto, pode ocorrer que o momento de sua análise não seja 
suficiente para evitar que irregularidades sejam cometidas.
7 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Attie (2011) apresenta os procedimentos de auditoria como ferramentas 
para a realização de trabalho do auditor. Na verdade, os procedimentos para o 
controle interno é um rol de ações que auxiliam e facilitam o trabalho de auditoria.
As Normas de Auditoria Governamental apresentam vários conceitos no 
campo da auditoria governamental e conceitua os procedimentos de auditoria 
como:
Ações, atos e técnicas sistematicamente ordenados, em sequência 
racional e lógica, a serem executados durante os trabalhos, indicando 
ao profissional de auditoria governamental o que e como fazer para 
realizar seus exames, pesquisa e avaliações, e como obter as evidências 
comprobatórias necessárias para a consecução dos objetivos dos 
trabalhos e para suportar a sua opinião. (NAGs, 2010).
Esses procedimentos não são concludentes, podendo de acordo com o 
objetivo e tipo de organização serem incorporados outros mais ou minimizados 
alguns dos aqui apresentados, assim o checklist de procedimentos pode ser 
considerado:
TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
93
6 CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
7 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
8 ERROS E FRAUDES
As utilizações das técnicas de auditoria podem evidenciar eventuais 
erros ou fraudes, todavia, o processo de auditoria não é somente para detectar 
fraudes ou erros culposos. Os procedimentos de auditoria são para verificação de 
atos aplicados corretamente e, também, para auxiliar no processo de gestão, na 
tomada de decisões e para a sinalização de novos projetos.
A auditoria é um procedimento que auxilia na identificação de erros e de 
fraudes. Isso é possível através da análise de documentos e registros contábeis. 
Nas Normas Brasileiras de Contabilidade, item 12.1.4.3, é obrigação do auditor 
interno a prevenção de erros e fraudes, conforme o texto:
O auditor interno deve assessorar a administração no trabalho de 
prevenção de erros e fraudes, obrigando-se a informá-la, de maneira 
reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de erros ou 
fraudes detectadas no decorrer de seu trabalho. (NBC, 2015).
A auditoria é um procedimento que tem a função de detectar erros ou 
fraudes e informá-los para que os procedimentos de correção e prevenção sejam 
praticados.
FONTE: Disponível em: <http://www.humorpolitico.com.br/wp-content/
uploads/2012/03/fraudes-em-licitacoes-210312-cazo-humor-politico.jpg>. 
Acesso em: 17 dez. 2105.
FIGURA 14 – FRAUDES NAS LICITAÇÕES PÚBLICAS
De acordo com as Normas de Auditoria Governamental, o conceito de 
fraude pode ser identificado:
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
94
Fraude: ato voluntário intencional de omissão ou manipulação de 
transações, adulteração de documentos, informações, registros e demonstrações. 
Existe dolo, pois há intenção de causar algum tipo de dano. (NAGs, 2010).
Barreto e Graeff (2014, p. 303) prolongam a reflexão acerca das fraudes e 
erros e apresentam seus conceitos e principais características:
O termo erro refere-se a ato não intencional na elaboração de registros e 
demonstrações contábeis, que resulte em incorreções deles, consistente em:
• Erros aritméticos na escrituração contábil ou nas demonstrações contábeis.
• Aplicação incorreta das normas contábeis.
• Interpretação errada das variações patrimoniais.
O termo fraude refere-se a ato intencional de omissão ou manipulação de 
transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis, e 
pode ser caracterizado por:
• Manipulação, falsificação ou alteração de registros contábeis ou documentos 
comprobatórios que serviram de base à elaboração de demonstrações contábeis;
• Mentira ou omissão intencional nas demonstrações contábeis de eventos, 
operações ou outras informações significativas. 
• Aplicação incorreta intencional dos princípios contábeis relativos a valores, 
classificação, forma de apresentação ou divulgação.
Então podemos concluir que erro é um ato não intencional, enquanto que 
fraude é um ato intencional. A responsabilidade pela prevenção e detecção de 
fraude é dos responsáveis da sua administração e pela governança da entidade.
As principais causas de fraude e erros na administração pública são 
decorrentes de:
• Insuficiência de sistemas de controle interno.
• Interesses particulares acima dos interesses públicos.
• Má conduta.
• Ingerência.
Os principais mecanismos de detecção dessas incorreções é a implantação 
e implementação de:
• Auditoria interna.
• Sistemas de controles internos.
• Auditoria externa.
TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
95
O auditor não tem responsabilidade pela prevenção ou detecção de erros 
ou fraudes, a sua responsabilidade está em obter com segurança razoável que as 
demonstrações contábeis não tenham distorções relevantes causadas por erros ou 
fraudes. Barreto e Graeff (2014) ressaltam as responsabilidades do auditor diante 
de fraudes ou erros:
a) Identificar e avaliar os riscos de distorção relevantes decorrentes de fraude.
b) Obter evidências sobre os riscos identificados de distorção relevante decorrente 
de fraude, por meio da definição e da implantação de respostas apropriadas.
c) Responder adequadamente face à fraude ou a suspeita de fraudes identificadas 
durante a auditoria.
Entretanto, é de responsabilidade profissional e legal do auditor 
apresentar relatórios ao órgão/entidades ou a terceiros para que as providências 
sejam tomadas.
9 EXCESSO DE CONTROLE
Ao final desse estudo, você poderá se convencer quanto é importante o 
controle para o setor público, todavia poderá também fazer a seguinte reflexão: o 
excesso de controle não engessa as pessoas e a organização?
Essa reflexão é pertinente! No mundo corporativo, nos estudos sobre 
administração, o próprio setor público tem procurado características mais 
flexíveis, inovadoras e empreendedoras para as suas organizações. Então 
mecanizar procedimentos, processos, e rotinas pode ser prejudicial ao clima e a 
cultura organizacional?
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
96
FIGURA 15 – BUROCRACIA
FONTE: Disponível em: <https://rebulico.files.wordpress.com/2010/02/
mafalda2-gde.jpg>. Acesso em: 17 dez. 2015.
A Teoria da Burocracia de Max Weber para a administração foi uma 
tentativa de implantar rotinas e processos a fim de melhorar a eficiência na 
prestação de serviços. Entretanto, os registros, etapas e procedimentos fizeram 
que o sistema processual como um tornasse mais moroso. Por esse motivo 
costumam-se dizer que as atividades que exigem registros, pareceres, relatórios, 
são consideradas atividades burocráticas.
Mas afinal é ou não é bom o controle? O que você acha?
Se olharmos para a Administração Pública no Brasil como um todo, 
apesar de milhares de leis, decretos, resoluções, entre tantas outras formas de 
delimitar e limitar as ações administrativas, ainda assim, assistimos a exemplos 
de corrupção, desvios de verba pública, entre outras formas de fraudes. Como 
combater fraudes e corrupção?
A princípio o melhor mecanismo é implantar e implementar um sistema 
de controle, entretanto, numa perspectiva filosófica e sociológica podemos 
considerar que o comportamento humano deve sofrer uma transformação. Essa 
transformação requer educação, cultura, participação, responsabilidades, cultuar 
valores de respeito à vida, solidariedade, gentileza, entre tantos outros valores 
importantes.TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
97
Pereira, Gomes Neto e Silva Filho (2010) fazem análise ao paradoxo entre 
o controle e a flexibilidade e apresentam as principais vantagens e desvantagens 
de um e do outro sistema de gestão.
Controle Flexibilidade
Vantagens
Estabilidade do processo, 
procedimentos, eficiência, 
padronização, processo 
alinhado, melhor gestão
Dinamismo, pró-atividade, 
autonomia, criatividade, 
empreendedorismo.
Desvantagens
Rigidez, excesso de 
regras, robotização, 
desumanização do 
trabalho.
Descontrole, Falta de 
Alinhamento, Retrabalho
QUADRO 20 – VANTAGENS E DESVANTAGENS EM RELAÇÃO AO CONTROLE
FONTE: Pereira, Gomes Neto e Silva Filho (2010, p. 4)
Assim podemos entender que mesmo com as desvantagens apresentadas 
no rigor do sistema de controle, para o setor público, em virtude do interesse 
público e dos princípios constitucionais, é o melhor sistema. As desvantagens 
apresentadas pelos autores podem ser trabalhadas no processo de gestão para 
que os recursos humanos se comprometam mais e sintam-se motivados em servir 
ao compromisso maior da Administração Pública, o bem comum.
Legislação da auditoria no setor público.
Ao longo desse estudo foram apresentadas várias legislações acerca da 
auditoria e controladoria, e também no que referencia a Administração Pública 
e assuntos correlatos. Para auxiliar nos seus estudos futuros, relacionam-se as 
principais leis para recorrentes pesquisas, vejamos:
Constituição Federal e Leis
• Constituição Federal de 1988 – Artigos 37, 70 e 74.
• Emenda Constitucional nº 19/98.
• Lei nº 4.320/64 – Lei de Finanças Públicas.
• Lei nº 8.666/94 – Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
• Lei Complementar nº 101/00 – Lei de Responsabilidade Fiscal.
• Lei nº 9.649/98, Lei nº 10.683/03, Lei nº 11.204/05 - Organização da Presidência 
da República e dos Ministérios.
• Medida Provisória nº 2143-31/01 – Altera dispositivos da Lei no 9.649/98 - 
Organização da Presidência da República e dos Ministérios.
• Lei nº 3.591/00 – Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
• Lei nº 12.249/10 – Altera os Decretos-Leis nº 9.295/46 e nº 1.040/69 – Fiscalização 
da profissão de contador.
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
98
Decretos
• Decreto-Lei nº 200/67 – Organização Administrativa Federal.
• Decreto nº 93.872/86 – Unificação dos recursos de caixa do Tesouro Nacional.
• Decreto nº 1.171/94 – Código de Ética do servidor Público Civil.
• Decreto nº 3.591/00 – Sistema de Controle Interno do Governo Federal.
• Decreto nº 6.976/09 – Sistema de Contabilidade Federal.
• Decreto nº 4.177/02 – Corregedoria-Geral da União.
 
Resoluções e Manuais
• Resolução CFC nº 781/95. NBC PI 01 – Normas Profissionais do Auditor Interno.
• Resolução CFC nº 803/96. Código de Ética Profissional do Contador.
• Resolução CFC nº 986/03. NBC T 01 – Da Auditoria Interna.
• Resolução CFC nº 1.229/09. NBC TA 610 – Utilização do Trabalho de Auditoria 
Interna.
• Resolução CFC nº 1.311/10. NBC PA 290 – Independência – Trabalhos de 
Auditoria e Revisão.
• Resolução CFC nº 1.137/08. NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e 
Passivos em Entidades do Setor Público.
• Resolução CFC nº 1.135/08 – Controle Interno.
• Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
• Manual SIAFI.
10 SERPRO – SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE 
DADOS
O Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO é uma empresa 
pública que está vinculada ao Ministério da Fazenda. Criado em 1 de dezembro 
de 1964 tem como objetivo principal modernizar e dar agilidade a setores da 
Administração Pública do Brasil.
A sua função é a prestação de serviços em Tecnologia da Informação e 
Comunicações para o setor público, em que desenvolve programas e serviços 
para desenvolver maior controle e transparência em relação à receita e os gastos 
públicos.
Os sistemas desenvolvidos pelo SERPRO trouxeram melhoria para 
a sociedade brasileira, facilitando o acesso dos cidadãos e sua relação com o 
governo. Alguns programas em destaque são: declaração de imposto de renda, 
novo passaporte brasileiro, o sistema de importação (Siscomex), o sistema Porto 
Sem Papel (PSP).
O SERPRO investe em soluções tecnológicas e em programas e projetos 
que auxiliam na acessibilidade e inclusão digital em apoio às políticas de questões 
sociais do governo. O desenvolvimento de serviços em tecnologia permite o 
compartilhamento de conhecimento e a relação de diferentes esferas da sociedade: 
federal, estadual, municipal e, também a sociedade civil.
TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
99
E por fim o SERPRO desenvolveu importantes sistemas de controle: 
o Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais – SIASG, o Sistema 
Integrado de Administração de Serviços – SIADS e o Sistema Integrado de 
Administração Financeira – SIAFI.
Vamos conhecer melhor alguns desses sistemas de controle!
11 SIAFI – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA DO GOVERNO FEDERAL
O Sistema Integrado de Administração Financeira – SIAFI do Governo 
Federal é o principal instrumento utilizado para o acompanhamento dos gastos 
públicos do governo federal. Foi implantado em 1987 e desenvolvido pelo Serviço 
Federal de Processamento de Dados (SERPRO).
O SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla a execução 
orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos da Administração Pública 
Direta federal, autarquias, fundações, empresas públicas federais e das sociedades 
de economia mista, todas essas entidades que são contempladas no orçamento 
fiscal da União.
O sistema de informação e comunicação da entidade do setor público 
deve identificar, armazenar e comunicar toda informação relevante, 
na forma e no período determinados, a fim de permitir a realização 
dos procedimentos estabelecidos e outras responsabilidades, orientar 
a tomada de decisão, permitir o monitoramento de ações e contribuir 
para a realização de todos os objetivos de controle interno. (BRASIL, 
2008b).
O SIAFI surgiu da necessidade de suprir uma deficiência técnica de 
ordem administrativa na gestão dos recursos públicos e para a preparação de 
orçamento único. A morosidade da escrituração contábil no levantamento das 
demonstrações orçamentárias, financeiras e orçamentárias inviabiliza o uso das 
informações para que a gestão possa ser mais eficiente e ágil.
A Secretaria do Tesouro Nacional criada em março de 1986, identificou 
que havia a necessidade de criar um mecanismo que agilizasse as informações 
necessárias para o exercício do processo decisório, de gestão e que integrasse o 
sistema de execução orçamentária e de controle interno do Poder Executivo.
A Secretaria do Tesouro Nacional em parceria com o Serviço Federal de 
Processamento de Dados (Serpro) implantou em 1987 o sistema SIAFI, instrumento 
para viabilizar o acompanhamento dos gastos públicos.
Esse sistema representa a conta única do governo federal, em que os gastos 
são registrados pelo servidor público que a efetuou, a fim de garantir que se possa 
acompanhar e controlar com eficiência e eficácia a utilização dos recursos.
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
100
FIGURA 16 – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO GOVERNO FEDERAL
FONTE: Disponível em: <https://siafi.tesouro.gov.br/senha/public/pages/security/login.jsf>. 
Acesso em: 17 dez. 2015.
Os principais objetivos do SIAFI são:
• Prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, 
financeira e patrimonial aos órgãos da Administração Pública.
• Fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização 
dos recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de caixa 
do Governo Federal.
• Permitir que a contabilidade pública fosse fonte segura e tempestiva de 
informações gerenciais destinadas a todos os níveis da Administração Pública 
Federal.
• Padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos 
públicos, sem implicarrigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que 
ele permanece sob total controle do ordenador de despesa de cada unidade 
gestora.
• Permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de suas 
supervisionadas.
• Permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências 
negociadas.
• Integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal.
• Permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos.
• Proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal.
O SIAFI configura um instrumento importante para o acompanhamento 
dos gastos públicos, a fim de dar agilidade, transparência e, principalmente, 
apresentar informações necessárias de melhoria na gestão.
TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
101
Página do SIAFI: <https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/siafi>.
NOTA
12 SIADS – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO DE 
SERVIÇOS GERAIS
O Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais – SIASG é do 
Ministério da Fazenda – MP é um sistema de apoio a administração, desenvolvido 
com o objetivo de acompanhar as atividades de gestão de materiais, veículos 
oficiais, edificações públicas e comunicação administrativa, licitações públicas e 
contratos.
O lema do SIADS é transparência e redução de custos, com o objetivo de 
ampliar o controle de registro contábil e a vinculação de um bem de consumo ou 
permanente.
O SIADS tem o módulo para o cadastramento de fornecedores, catálogo 
de materiais e serviços, eletrônica de compras, registro de preços praticados e 
gestão de contratos.
O sistema viabiliza a administração da frota de veículos, através do 
cadastro de veículos, cadastro de motoristas, terceirizados e credenciados, 
controle de abastecimento de veículos, licenciamento de veículos, plano anual 
de aquisição de veículos. O sistema auxilia com alertas para o vencimento das 
carteiras de habilitação, controle de combustível e da manutenção de veículos.
O SIADS apresenta relatórios gerenciais que auxiliam na gestão para 
maior controle do uso dos recursos públicos, principalmente nas atividades de 
compras e contratações de serviços.
13 SIASG – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO DE 
SERVIÇOS
O Sistema Integrado de Administração de Serviços – SIAGS faz parte 
do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, é um sistema de apoio à 
administração que possibilita o cadastramento de todos os fornecedores do 
governo federal, agilizando os processos de compra.
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
102
O SIASG é um sistema on-line para operacionalizar o funcionamento das 
atividades da gestão de materiais, comunicações administrativas, edificações 
públicas, licitações e contratos e edificações públicas. O sistema realiza a 
divulgação para a sociedade das informações sobre os processos licitatórios, 
tornando mais transparentes os atos do Governo Federal.
FIGURA 17 – COMPRASNET – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO DE 
SERVIÇOS
FONTE: Disponível em: <https://treinamento.comprasnet.gov.br/seguro/
loginPortal.asp>. Acesso em: 17 dez. 2015.
O SIASG desenvolve uma importante ferramenta chamada Comprasnet 
– Portal de Compras do Governo, que permite a divulgação das compras do 
Governo através da internet o que permite dar maior transparência e participação 
dos fornecedores.
O sistema disponibiliza também da ferramenta chamada ‘Comunica’, 
no intuito de facilitar a troca de informações o Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão, com suas Unidades de Administração de Serviços Gerais, 
ou seja, gestor e usuários.
Essa e outras ferramentas que otimizam tempo e agilizam processos 
permitem o aumento da participação e acompanhamento dos interessados nos 
processos licitatórios e também de toda a sociedade em tempo: cidadãos e mídia.
14 SIORG – SISTEMA DE INFORMAÇÕES 
ORGANIZACIONAIS DO GOVERNO FEDERAL
O Sistema de Informações Organizacionais do Governo Federal – SIORG 
foi instituído pelo Decreto nº 6.944, de 21 de agosto de 2009. Esse sistema se 
caracteriza por ser a fonte oficial de informações sobre a estrutura organizacional 
dos órgãos e entidades do poder Executivo Federal – administração direta, 
autarquias e fundações.
TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
103
FIGURA 18 – SISTEMA DE INFORMAÇÕES ORGANIZACIONAIS DO GOVERNO 
FEDERAL – SIORG
O sistema SIORG tem como objetivo organizar as informações sobre as 
estruturas, competências, finalidades, jurisdição e histórico legal dos órgãos da 
Administração Federal.
Além de proporcionar maior transparência à sociedade, essa ferramenta 
agiliza as informações organizações, o que facilita na gestão e tomada de decisões 
em relação às políticas definidas pelo Governo Federal.
FONTE: Disponível em: <https://gestao.siorg.planejamento.gov.br/siorg-gestao-
webapp/private/index.jsf>. Acesso em: 17 dez. 2015.
Página do SIORG: <http://www.siorg.redegoverno.gov.br/>.
NOTA
15 SIOP – SISTEMA INTEGRADO DE PLANEJAMENTO E 
ORÇAMENTO
O Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento – SIOP é resultado da 
iniciativa de integração dos sistemas e processos de Planejamento e Orçamento 
Federais, com os objetivos de: otimizar procedimentos, reduzir custos e integrar 
e oferecer informações para o gestor público e para os cidadãos.
O sistema busca oferecer maior confiabilidade dos dados, simplicidade na 
utilização, integrar processos e apresentar transparência nas ações.
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
104
FIGURA 19 – SISTEMA INTEGRADO DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO
O Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento – SIOP está estruturado 
em módulos:
• SIOP Legis – consulta à legislação, decretos, portarias, instrumentos normativos, 
regulamentos, decisões, declarações, comunicações e outros cujo assunto seja 
relacionado direta ou indiretamente ao orçamento público.
• SIOP Relatórios – acompanhamento da execução orçamentária por meio de 
relatórios pré-formatados a respeito das informações sobre o Orçamento da 
União, suas alterações e execução no ano corrente.
• SIOP Gerencial-BI – informações do SIOP, SIAFI e a outras bases de dados 
sobre planos e orçamentos públicos.
• SIOP Acesso Público – acesso a todos os cidadãos que tenham interesse de 
acompanhar as informações sobre a Lei Orçamentária Anual – LOA.
O SIOP tem, portanto, como finalidade: elaboração do Projeto de Lei de 
Diretrizes, elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual, elaboração e revisão 
do Projeto de Lei do Plano Plurianual, alterações orçamentárias, acompanhamento 
das Estatais e acompanhamento orçamentário.
FONTE: Disponível em: <https://www.siop.planejamento.gov.br/siop/>. Acesso em: 17 
dez. 2015.
Página do SIOP: <https://www.siop.planejamento.gov.br/siop/index.jsp>.
NOTA
16 SIAPE – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO DE 
RECURSOS HUMANOS – SIAPE
O Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos – SIAPE é 
um sistema informatizado de Gestão de Recursos Humanos do Poder Executivo 
Federal para o controle das informações cadastrais e no processo de folha de 
pagamentos dos servidores.
TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
105
O SIAPE está vinculado à Secretaria de Gestão Pública do Ministério do 
Planejamento, esse sistema oportuniza que os servidores ativos, aposentados 
e pensionistas possam acompanhar seus dados pessoais e financeiros, com 
segurança.
Esse sistema como ferramenta de gestão, diminui os processos e 
procedimentos burocráticos, e sustentam uma base de dados atualizada com 
dados importantes ao gerenciamento de políticas e gestão de pessoas do governo 
federal.
Esses e outros modelos de sistema auxiliam na tomada de decisões em 
nível estratégico, na melhor forma de utilização dos recursos públicos; e com isso 
economia dos recursos gastos.
Página do SIAPE: <http://www.siapenet.gov.br>.
NOTA
17 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
A Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, chamada de Lei de 
Responsabilidade Fiscal, estabelece as normas definanças públicas voltadas para 
a responsabilidade na gestão fiscal.
A Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF considera três aspectos relevantes 
para a alta administração do patrimônio dos entes públicos (NASCIMENTO, 
2014, p. 251):
1) as disponibilidades de caixa;
2) a preservação do patrimônio;
3) as relações com as empresas controladas pelo poder público.
A Lei de Responsabilidade Fiscal prevê maior controle nas contas públicas 
impondo rigor para que o governo não faça empréstimos ou dívidas. Para tanto, 
dispõe de instrumentos para o planejamento do gasto público que são: o Plano 
Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária 
Anual (LOA).
A LRF, em conjunto com a Lei nº 4.320/64, normatiza as contas do país, 
assim proporciona uma forma mais gerencial das contas públicas do país. A 
Receita Corrente Líquida (RCL) é a base de todos os cálculos em que se somam 
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
106
as receitas (tributárias, patrimoniais, transferências correntes e outras receitas) 
para depois deduzi-las entre a União, Estados e Municípios. Resumidamente, 
o próximo quadro apresenta uma síntese das leis orçamentárias e as mudanças 
realizadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
QUADRO 21 – SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS
PPA LDO LOA
Período de 
vigência 4 anos 1 ano 1 ano
Prazos
Encaminhamento 
até final de agosto 
do primeiro ano de 
mandato. Devolução 
menos de dezembro.
Encaminhamento 
em meados de abril. 
Retorno para sanção 
no final de junho.
Encaminhamento 
no final de agosto. 
Devolução, em 
meados de dezembro 
(igual ao PPA).
Características 
gerais
Objetivos e prioridades 
de governo (programa 
governamental).
Integração entre 
planejamento e 
orçamento.
Estímulo a parcerias.
Dividido entre Base 
estratégica e Programas.
Metas e prioridades 
de governo (política 
fiscal).
Alterações na 
política tributária.
Política das agências 
de fomento.
Orçamento fiscal, de 
investimentos e da 
seguridade social.
Demonstrativo da 
renúncia de receitas.
Redução das 
desigualdades 
regionais (critério 
populacional).
Utilização de créditos 
adicionais.
Decreto de 
programação 
orçamentária e 
financeira.
Mudanças 
trazidas pela 
LRF
Expansão das despesas 
continuadas deve ter 
compatibilidade com o 
PPA (art. 16, II da LRF).
Obrigatoriedade de 
todos os entes no que se 
refere à publicação do 
PPA.
Equilíbrio entre 
receitas e despesas.
Critérios para 
limitação de 
empenho.
Avaliação de custos.
Limitação despesas 
obrigatórias de 
caráter continuado.
Regras para 
transferências 
financeiras.
Anexo de Metas e 
Anexo de Riscos 
Fiscais.
Demonstrativo de 
compatibilidade do 
orçamento com as 
metas fiscais.
Reserva de 
contingência como 
proporção da RCL 
anual.
Destaque para 
despesas e receitas 
envolvidas com o 
pagamento da dívida.
FONTE: Nascimento (2014, p. 115)
107
QUADRO 21 – SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS
RESUMO DO TÓPICO 1
No Tópico 1, você aprendeu um pouco mais sobre o sistema de controle 
interno e os principais órgãos relacionados à auditoria. Agora verifique se você 
correspondeu aos seguintes objetivos de aprendizagem:
• Compreensão da estrutura da Administração Pública e seus principais 
representantes de controle.
• Identificação do principal mecanismo do sistema de controle interno.
• Verificação dos contrapontos entre auditoria interna e externa.
• Entendimento do mecanismo da Lei de Responsabilidade Fiscal.
108
AUTOATIVIDADE
1 Como é a estrutura da Administração Pública em relação aos seus poderes 
e qual é a principal finalidade de cada um?
2 Qual é o principal sistema integrado de administração financeira do governo 
federal? E qual é o seu principal objetivo?
3 A Lei de Responsabilidade Fiscal considera três aspectos relevantes para a 
alta administração do patrimônio, quais são?
4 (FCC/ISS-SP/2012). No processo de Auditoria, o auditor.
a) Deve, em conjunto com a administração, atestar que todos os processos, 
riscos e possibilidades de fraudes foram avaliados e ter a certeza da 
integridade da informação.
b) Pode, após ter executado todos os testes, ter a certeza da integridade da 
informação atestando todas as demonstrações contábeis exigidas em seu 
parecer de auditoria.
c) Não pode ter certeza da integridade da informação, embora tenha 
executado os procedimentos de auditoria para obter certeza de que todas as 
informações relevantes foram obtidas.
d) Pode, tendo aplicado os procedimentos de auditoria, atestar a integridade da 
informação, mas não pode se eximir de certificar, por meio de seu relatório, 
a exatidão das demonstrações contábeis.
e) Não deve atestar a integridade das informações contábeis, das notas 
explicativas e dos demais relatórios publicados pela empresa, enquanto 
não obtiver uma carta da administração atestando as demonstrações em 
conjunto.
5 (ESAF/AFRFB/2009). A responsabilidade primária na prevenção e na 
detecção de fraudes e erros é:
a) Da administração.
b) Da auditoria interna.
c) Do conselho de administração.
d) Da auditoria externa.
e) Do comitê de auditoria.
6 (FCC/SEFAZ-SP/2009) O trabalho da auditoria interna:
a) Tem maior independência que o de auditoria externa.
b) É responsável pela implantação e pelo cumprimento dos controles internos.
c) Deve ser subordinado ao da Controladoria da empresa.
d) Deve emitir parecer, que será publicado com as demonstrações contábeis.
e) Deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos.
109
7 (FGV/2010/SEAD/AP) De acordo com a NBC T 16.8 – Controle Interno, 
aprovada pela Resolução nº 1.135/08, o Controle Interno deve ser classificado 
nas categorias:
a) De conformidade, de regularidade e de gestão.
b) Operacional, contábil e normativo.
c) Financeiro, patrimonial e administrativo.
d) De relevância, de materialidade e de oportunidade.
e) Econômico, substantivo e de observação.
110
111
TÓPICO 2
PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
A auditoria é um importante instrumento para disciplinar as contas 
públicas, permitir que haja o controle social, maior transparência e apresentar os 
resultados obtidos.
No controle interno e na auditoria interna, os mecanismos são efetuados 
pelos agentes públicos e auxiliam para que os serviços, processos, procedimentos 
do órgão ou entidade sejam normatizados, a fim de obter resultados com mais 
eficiência e eficácia.
A auditoria externa é realizada pelos órgãos competentes para avaliar e 
confirmar os resultados apresentados pelos órgãos públicos. Num método similar 
aos da auditoria independente.
Dessa maneira, a auditoria governamental assemelha-se à auditoria 
independente sob dois objetivos específicos (NASCIMENTO, 2014, p. 32):
• Emitir uma opinião sobre a adequação das contas governamentais (auditoria 
de regularidade ou auditoria de conformidade).
• Avaliar e apresentar recomendações sobre o desempenho das atividades e 
programas governamentais (auditoria de desempenho ou auditoria operacional 
ou auditoria de otimização de recursos).
O que diferencia a auditoria independente da auditoria governamental é 
o foco principal do trabalho. Na auditoria governamental os principais critérios 
são de legalidade, legitimidade e economicidade, enquanto que na auditoria 
independente, os critérios são de efetividade, eficiência, eficácia e economicidade.
2 INSTRUMENTOS DO CONTROLE INTERNO
O controle interno para a Administração Pública é um instrumento para 
alcançar seus objetivos propostos. Entretanto, para que o sistema de controle 
interno funcione bem, mecanismo e procedimentos devem ser adotados, assim 
conceituados por Guerra (2007, p. 278 e 279):
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
112
1) Quadro pessoal – trata-se de condição fundamental à implementação do 
sistema de controle, devendo estar previsto para todos os níveis profissionais.
2) Políticas organizacionais – devem ser específicas e estar definidas 
expressamente, istoé, através de publicação própria, além de amplamente 
divulgadas. Devem estar em conformidade com as normas aplicáveis, sendo 
periodicamente revisadas e remanejadas, quando for o caso.
3) Normas e procedimentos de qualidade e avaliação – amplamente divulgadas 
em toda a Administração.
4) Manual de procedimentos – deve ser elaborado de forma simples, contendo 
informações acerca das ações mais econômicas e eficientes, estabelecendo 
o momento de revisão das tarefas, realizadas por agentes que não tenham 
participado da execução original.
5) Rotinas internas – devem ser compostas de formulários internos e externos; 
instruções para o preenchimento e distribuição dos formulários; sistema de 
autorização de transações e operações; chancela do responsável em todos os 
procedimentos, evidenciando-se a execução, dentre outros.
6) Relatórios internos – deve ser definida de forma expressa, relativamente a cada 
agente ou setor, e conhecida via manuais internos.
7) Integração do sistema – por tratar-se de um complexo de ações, o sistema deve 
ser desenvolvido de forma integrada, levando a um fluxo de realização de 
tarefas onde um determinado setor seja controlado por outro.
Esses requisitos são importantes instrumentos para que o ciclo das ações 
administrativas se feche e garanta que as execuções sejam controladas. Dessa 
maneira, a Administração Pública deverá em cada entidade administrativa 
dispor de quadro efetivo, distribuição de responsabilidades, políticas e códigos 
organizacionais, procedimentos padronizados, processos avaliativos, entre 
outros.
3 FORMAS DE CONTROLE INTERNO
Existem diversas formas de controle interno apresentadas nas referências 
e doutrinas, que podem ser aplicadas conforme os aspectos específicos, ao modelo 
de organização e as áreas específicas. Guerra (2007, p. 279-282) apresenta as mais 
relevantes formas de controle interno, nomeadas e conceituadas:
1. Autorização – trata-se de ato discricionário pelo qual o agente competente, 
para a execução do ato, expressa seu poder de autoridade. Assim, busca-se 
garantir que apenas os atos legítimos sejam processados.
2. Comparação – é a verificação de um determinado procedimento levando-se 
em conta outro já praticado, anteriormente, já controlado e tido como legítimo 
legal, subsidiando e robustecendo o novo ato praticado.
3. Numeração sequencial – trata-se de maneira segura de precaução contra 
perdas e desvios, na medida em que, pela cuidadosa numeração sequencial 
das transações, garante-se a ordem cronológica de ocorrência das mesmas.
4. Controle de totais – forma de controle interno pela qual busca aferir 
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
113
3 FORMAS DE CONTROLE INTERNO
concomitantemente o processamento dos valores despendidos pela 
Administração, garantindo-se, destarte, a totalização segura das despesas 
orçamentárias legalmente previstas.
5. Operações pendentes – é a elaboração de um rol de transações planejadas, 
eliminando as já efetuadas e processadas, deixando em aberto aquelas por 
praticar, possibilitando em efetivo controle das ações governamentais.
6. Anotações – são as listas de verificações dos requisitos legais e contratuais, 
datas e outras condições porventura existentes no cumprimento das obrigações 
administrativas pactuadas.
7. Dupla verificação – é o controle interno elementar para qualquer órgão ou 
entidade da Administração Pública. Consiste na repetição da atividade de 
controle, preferencialmente executado por agente diverso àquele executor da 
fiscalização inicial. Visa à detecção de erros ou desvios e à imediata correção 
dos mesmos.
8. Controle prévio – é a mais eficiente forma de controle, pois através da minuciosa 
análise dos atos praticados, antes de sua conclusão, assegura-se a verificação 
dos requisitos de validade do ato, como sua devida autorização, legalidade, 
legitimidade, eficiência e eficácia. Evita-se, dessa forma, a finalização de 
processo que contenha erro ou desvio, possibilitando o seu saneamento.
9. Segregação de tarefas – chamado também de “controle disciplinado”, trata-
se da observância de todo o conjunto de regras estabelecidas, visando à 
consecução das atividades específicas de cada agente ou setor.
10. Acesso restrito – associa-se, geralmente, à salvaguarda de bens e valores pelos 
agentes públicos competentes para tal, restringindo o conhecimento e atuação 
de outros servidores alheios às funções.
11. Auditoria interna – é o serviço interno da Administração voltado à verificação e 
avaliação dos sistemas e procedimentos adotados, buscando minimizar os erros 
ou desvios cometidos na gerência da coisa pública. Trata-se, hodiernamente, de 
importante instrumento auxiliar da administração Pública, visto proporcionar-
lhe informações, avaliações, análises e recomendações relacionadas com as 
obrigações e objetivos a ela inerentes.
Ato discricionário – são os que a Administração pode praticar com liberdade 
de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua conveniência, de sua oportunidade 
e do modo de sua realização. (MEIRELLES, 2006, p. 168).
NOTA
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
114
4 PROCEDIMENTOS DE CONTROLE INTERNO E AUDITORIA
A Instrução Normativa nº 1, de 6 de abril de 2001, define diretrizes, 
princípios, conceitos e aprova normas técnicas para a atuação do Sistema de 
Controle Interno do Poder Executivo Federal.
Na Instrução Normativa, os procedimentos e se referem ao conjunto de 
verificações e averiguações que permitem obter provas e evidências para análise 
das informações e dados.
Dentre os procedimentos de auditoria encontram-se:
a) Testes de observância – é a observação com razoável segurança quanto ao 
funcionamento e cumprimento de procedimentos do controle interno.
b) Testes substantivos – compreendem as evidências, suficiência e validação dos 
dados produzidos.
Os procedimentos de acordo com a instrução se referem aos testes em que 
a observação e as evidências de validação são importantes. Entretanto, as técnicas 
desenvolvem esses testes em procedimentos pormenores.
5 TÉCNICAS DE AUDITORIA
As técnicas de auditoria são os processos e ferramentas operacionais 
que evidenciam os resultados finais do trabalho, para que se apresentem com 
relevância, suficiência, adequação e fidedignidade. A escolha da técnica conforme 
o escopo do trabalho é importante porque elimina o desperdício de tempo e de 
exame desnecessários. Para tanto a Instrução Normativa 01/2001, apresenta as 
seguintes técnicas:
I - Indagação Escrita ou Oral – entrevistas e questionários junto ao pessoal da 
organização.
II - Análise Documental – exame de processos, atos formalizados e documentos 
avulsos.
III - Conferência de Cálculos – revisão de cálculos ou a confirmação de valores.
IV - Confirmação Externa – verificação junto a fontes externas da fidedignidade 
das informações obtidas internamente.
V - Exame dos Registros – verificação dos registros e relatórios sistematizados, 
mapas e demonstrativos, elaborados de forma manual ou por sistemas 
informatizados.
VI - Correlação das Informações Obtidas – comparação de informações obtidas 
de diferentes fontes.
VII - Inspeção Física (Inspeção in loco) – se refere à quantidade e a qualidade dos 
bens tangíveis.
VIII - Observação das Atividades e Condições – verificação de atividades 
flagrantes com a finalidade de revelar erros, problemas ou deficiências, a partir 
da observação dos seguintes critérios:
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
115
5 TÉCNICAS DE AUDITORIA
a) a identificação da atividade específica a ser observada;
b) observação da sua execução;
c) comparação do comportamento observado com os padrões; e d) avaliação e 
conclusão.
IX - Corte das Operações ou “Cut-Off” – compreende ao corte interrupto 
de operações, a fim de obter uma fotografia de um momento específico do 
processo.
Esses procedimentos e técnicas fazem parte da Instrução Normativa 
01/2001, entretanto, outras técnicas e outros procedimentospodem ser adotados, 
desde que estejam em conformidade ao objetivo proposto. Ao exemplo de outros 
procedimentos Barreto e Graeff (2014) apresentam:
QUADRO 22 – PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Entrevista
(Questionamento)
Elaboração de perguntas objetivando obter dados ou documentos 
para confirmar fatos e dados obtidos de outras fontes ou explorar 
potenciais recomendações para quesitos previamente definidos.
Conciliação
Verificação da compatibilidade dos dados a partir de diferentes 
fontes, confrontando o saldo das contas sintéticas com aqueles 
das contas analíticas e os registros mantidos pela entidade com 
elementos cedidos de fontes externas.
Análise de Contas 
Contábeis
Exame das transações que geraram lançamentos em determinada 
conta contábil, partindo dos lançamentos contábeis para a 
identificação dos fatos e documentos que o suportam.
Contagem
Forma de inspeção física que objetiva a contagem de recursos 
tangíveis (dinheiro em caixa, peças no estoque etc.,) ou a localização 
de documentos pré-numerados.
Rastreamento
Seleção de documentos criados quando da ocorrência das transações, 
seguida por identificação de quais informações constantes naqueles 
documentos encontram-se devidamente registradas nos livros 
contábeis.
Vouching
Seleção de lançamentos existentes nos registros contábeis, seguida 
por avaliação se há documentos comprobatórios adequados para 
tais transações (sentido inverso do rastreamento).
Grupo focal Pesquisa qualitativa a partir de discussões sobre tema de interesse entre participantes de um determinado grupo.
Estudo de caso
Técnica que permite conhecer uma situação complexa, a partir 
de uma compreensão abrangente da situação, obtida pela ampla 
descrição e análise da mesma.
Pesquisa
(questionários)
Interrogação direta às pessoas ou entidades cujo comportamento 
ou características se busca conhecer.
Delineamento Técnica usada quando se pretende medir o impacto ou programa e verificar se é a causa de determinados efeitos (relação de causalidade).
Regressão
Técnica estatística que busca entender a relação entre duas variáveis 
e qual a natureza desse relacionamento, utilizada principalmente 
com o propósito de previsão.
FONTE: Barreto e Graeff (2014, p. 25-252)
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
116
Os procedimentos e as técnicas auxiliam para que sejam escolhidos os 
melhores instrumentos e sistematizar o controle, efetuando as observações 
necessárias para o processo de melhoria permanente.
Os exemplos que seguem apresentam dos modelos de procedimento em 
auditoria na Gestão do Suprimento de Bens e Serviços e da Gestão Patrimonial.
QUADRO 23 – EXEMPLO DE PROCEDIMENTO DE AUDITORIA OU COMANDO (GESTÃO DO 
SUPRIMENTO DE BENS E SERVIÇOS)
Área de Exame: Gestão do Suprimento de Bens e Serviços
Subárea: Processos Licitatórios
Assunto: Formalização Legal
Objetivo do Assunto: Comprovar a observância das exigências legais 
para a composição dos processos licitatórios ocorridos na Unidade durante o 
período objeto dos exames.
Sinopse: Composição do Processo
Procedimento: Verificar se o processo licitatório apresenta a seguinte 
composição:
a) edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso;
b) comprovante das publicações do edital resumido ou da entrega do convite;
c) ato de designação da comissão de licitação ou do responsável pelo convite;
d) original das propostas e dos documentos que as instruítam;
e) atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora;
f) pareceres técnicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou inexigibilidade;
g) atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua homologação;
h) recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas 
manifestações e decisões;
i) despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso, 
fundamentado circunstancialmente;
j) termo do contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso;
k) outros comprovantes de publicações;
l) demais documentos relativos à licitação.
Base Normativa: Lei no 8.666/93, art. 38, incis. I ao XII
Tipo(s) de Auditoria: Avaliação, Acompanhamento, Contábil.
Âmbito(s): Administração Direta, Autarquia, Fundação Pública, 
Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista, Fundo, Programa/Projeto 
Governamental.
FONTE: Chaves (2011, p. 80)
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
117
QUADRO 24 – EXEMPLO DE PROCEDIMENTO DE AUDITORIA OU COMANDO (GESTÃO 
PATRIMONIAL)
Área de Exame: Gestão Patrimonial
Subárea: Inventários Físicos e Financeiros
Assunto: Registros Oficiais e Financeiros
Objetivo do Assunto: Verificar o cumprimento das determinações 
legais, regimentais ou estatitutárias durante o processo de registros oficiais e/
ou financeiros dos bens patrimonais da Unidade, durante o período objeto do 
exame.
Sinopse: Registro Oficiais
Procedimento: Verificar se os bens, sujeitos e registros oficiais, se 
apresentam devidamente regularizados, identificar qual a periodicidade, 
sistematizada da Unidade, para a realização do confronto entre os saldos das 
contagens físicas e os registros oficiais e financeiros.
Base Normativa: Verificar a norma específica aplicável a cada esfera do 
governo.
Tipo(s) de Auditoria: Avaliação, Acompanhamento.
Âmbito(s): Administração Direta, Autarquia, Fundação Pública, 
Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista.
FONTE: Chaves (2011, p. 80-81)
6 PLANEJAMENTO EM AUDITORIAS GOVERNAMENTAIS
As Normas Internacionais das Entidades Fiscalizadoras Superiores 
(ISSAI) são emitidas pela INTOSAI, a Organização Internacional de Entidades 
Fiscalizadoras Superiores (EFS), apresentam o planejamento de uma auditoria 
em que devem assegurar que os seguintes critérios sejam investidos:
• Os auditores devem assegurar que os termos da auditoria sejam claramente 
estabelecidos – deve haver um entendimento formal para que seja estabelecido 
um contrato e os respectivos responsáveis; e responsabilidades.
• Os auditores devem obter um entendimento da natureza da entidade ou do 
programa a ser auditado – é indispensável ter conhecimento dos objetivos 
relevantes, dos processos, das operações, do controle interno, para que seja 
firmada uma parceria entre a administração, os responsáveis pela governança 
e os responsáveis pela auditoria.
• Os auditores devem realizar uma avaliação de risco ou análise de problema, 
e revisá-la, se necessário, em resposta aos achados de auditoria – a avaliação 
de riscos gerais e específicos devem ser considerados, bem como a resposta da 
administração quanto aos riscos e indicar a implementação de controles para 
tratar os riscos.
• Os auditores devem identificar e avaliar os riscos de fraude relevantes para os 
objetivos da auditoria – executar procedimentos para identificar possibilidades 
de fraude durante todo o processo de auditoria.
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
118
• Os auditores devem planejar seu trabalho para assegurar que a auditoria seja 
conduzida de uma maneira eficiente e eficaz – o planejamento é importante 
para eficiência e eficácia da auditoria, que pode ser conduzido de forma 
estratégica e operacional.
Estratégica – o planejamento deve definir o escopo, os objetivos e a 
abordagem da auditoria.
Operacional – estabelecer cronograma quanto à natureza, tempo, 
responsabilidades e extensão dos procedimentos de auditoria.
Assim, o planejamento de auditoria no setor público deve ter seus 
objetivos claros e bem definidos estabelecidos em contrato entre auditores e os 
representantes legais do governo ou das entidades. A auditoria deve ter um plano 
para a avaliação de riscos, bem como ter conhecimento de seu campo de atuação 
dentro o órgão/entidade e também planificar as estratégias e operações a serem 
realizadas.
7 ELEMENTOS DE AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO
As Normas Internacionais das Entidades Fiscalizadoras Superiores (ISSAI) 
indicam que a auditoria no setor público é indispensável para a administração 
pública. A administração pública tem a difícil tarefa da gestão dos recursos 
públicos, confiadaa uma entidade ou na pessoa representa e torna-se guardiã 
dos interesses públicos e do bem comum. Dessa forma, a relação de gestão é de 
confiança e que exige contrapartidas com responsabilidades.
De acordo com as Normas Internacionais das Entidades Fiscalizadoras 
Superiores (ISSAI) a auditoria no setor público é classificada por dois tipos 
diferentes: trabalhos de certificação e trabalhos de relatório direto.
• Nos trabalhos de certificação a parte responsável mensura o objeto de acordo 
com os critérios e apresenta a informação do objeto, sobre a qual o auditor 
então obtém evidência de auditoria suficiente e apropriada para proporcionar 
uma base razoável para expressar uma conclusão.
• Nos trabalhos de relatório direto é o auditor quem mensura ou avalia o objeto 
de acordo com os critérios. O auditor seleciona o objeto e os critérios, levando 
em consideração risco e materialidade. O resultado da mensuração do objeto 
de acordo com os critérios é apresentado no relatório de auditoria na forma de 
achados, conclusões, recomendações ou de uma opinião. A auditoria do objeto 
pode também proporcionar novas informações, análises ou novas perspectivas.
E as auditorias do setor público envolvem pelo menos três partes distintas: 
o auditor, uma parte responsável e os usuários previstos.
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
119
7 ELEMENTOS DE AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO
• O auditor: na auditoria do setor público, o papel de auditor é desempenhado 
pelo Titular da EFS e pelas pessoas a quem é delegada a tarefa de conduzir 
auditorias. A responsabilidade geral pela auditoria do setor público é aquela 
definida no mandato da EFS.
• A parte responsável: na auditoria do setor público, as principais 
responsabilidades são determinadas pelo ordenamento constitucional ou legal. 
As partes responsáveis podem ser responsáveis pela elaboração da informação 
sobre o objeto, pela gestão do objeto ou por atender recomendações acerca do 
objeto, e podem ser pessoas ou organizações.
• Os usuários previstos: as pessoas, organizações ou grupos destas para quem 
o auditor elabora o relatório de auditoria. Os usuários previstos podem ser 
órgãos legislativos ou de controle, responsáveis pela governança ou o público 
em geral.
8 MODELOS DE QUESTIONÁRIOS
Na Unidade 1 apresentamos os registros de acompanhamento do controle 
é realizado por diferentes formas: descritivo, fluxograma e questionários. O mais 
usual e tradicional é o modelo de questionários, porque é mais pontual e apresenta 
elementos numa ordem em que favorece a análise dos atos e fatos.
Guerra (2007) apresenta diversos modelos de questionários que são bons 
exemplos para ilustrar o conhecimento desenvolvido até o momento:
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
120
QUADRO 25 – MODELO 1 – QUESTIONÁRIO: CONTROLES INTERNOS GERAIS
Órgão/entidade:
Área: controles internos gerais
Auditor:
Data:
1. A legislação relativa ao órgão/entidade encontra-se devidamente catalogada?
2. Há equipe de auditoria interna?
3. Há órgão próprio de controle interno?
4. Há regimento interno definindo a estrutura organizacional, detalhando com 
clareza as funções inerentes de cada área?
5. Há organograma geral e setorial?
6. Há fluxogramas setoriais que registrem a execução das atividades?
7. Sobre a segregação de funções, estão escritas e divulgadas:
7.1. As atribuições dos setores?
7.2. As competências das funções-chave?
7.3. As competências para autorizar?
7.4. As competências para aprovar?
7.5. A responsabilidade pela custódia de bens e valores?
7.6. A responsabilidade pelo registro de bens e valores?
7.7. A responsabilidade pela tomada de conta de bens e valores?
8. Sobre as políticas organizacionais:
8.1. Estão estabelecidas por escrito?
8.2. Estão claramente definidas?
8.3. Há ampla divulgação interna?
9. Há manuais de procedimentos?
10. As rotinas de serviço estão escritas e compiladas?
11. É restrito o acesso a áreas responsáveis por bens e valores?
12. Existem mecanismos para determinar e assegurar a observância das 
diretrizes, planos, normas, leis, regulamentos e procedimentos administrativos?
13. Há política de pessoal que contemple:
13.1. Programa de treinamento?
13.2. Rodízio de funções?
14. Fazer a devida referenciação.
15. Observações.
16. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 285-286)
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
121
QUADRO 25 – MODELO 1 – QUESTIONÁRIO: CONTROLES INTERNOS GERAIS
FONTE: Guerra (2007, p. 285-286)
QUADRO 26 – MODELO 2 – QUESTIONÁRIO: CONTABILIDADE
Órgão/entidade:
Área: contabilidade
Auditor:
Data:
1. Encontra-se atualizada a escrituração contábil, bem como os balancetes?
2. Os atos e fatos contábeis são registrados imediatamente?
3. O Diário atende às formalidades legais, encadernação, numeração de folhas, 
termo de abertura e encerramento?
4. A contabilidade recebe, dos diversos setores, relatórios das posições de 
dívidas, receitas, almoxarifado, pessoal, controles financeiros e outros para 
confrontar com os registros contábeis?
5. O sistema de arquivo permite fácil localização dos processos?
6. Os balancetes, Diário e Razão são assinados normalmente pelo dirigente do 
órgão?
7. O chefe da contabilidade tem formação contábil?
8. As contas analíticas são analisadas mensalmente, no fechamento do balancete?
9. Há despesas inscritas em restos a pagar?
10. O controle de restos a pagar é feito pelo sistema SICOF?
11. Em caso negativo, há outra forma de controle?
12. As cauções recebidas em espécie são depositadas em conta vinculada e desta 
forma contabilizadas?
13. As consignações (depósitos de diversas origens – imposto de renda, 
imposto sobre serviços, etc.) são registradas no passivo financeiro e recolhidas 
imediatamente ao órgão destinatário?
14. Há dívida ativa a ser cobrada?
15. Em caso afirmativo, há controle de cobrança?
16. Há controle dos contratos administrativos?
16.1. É acompanhado o prazo de pagamento das parcelas?
16.2. Como se dá a atualização do valor (correção monetária)?
17. As contas da dívida fundada são analisadas (dados da contabilidade X 
controles financeiros)?
18. As variações patrimoniais são contabilizadas imediatamente após a 
ocorrência dos fatos (pagamentos, recebimentos, etc.)?
19. Existem mecanismos para determinar e assegurar a observância das 
diretrizes, planos, normas, leis, regulamentos e procedimentos administrativos?
20. Referenciação.
21. Observações.
22. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 286-287)
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
122
QUADRO 27 – MODELO 3 – QUESTIONÁRIO: LICITAÇÕES
Órgão/entidade:
Área: licitações
Auditor:
Data:
1. Todas as compras, serviços e obras são contratados mediante prévia licitação?
2. Existe controle sequencial da numeração dos procedimentos de licitação, bem 
como o ordenamento por modalidade?
3. Quantos procedimentos licitatórios ocorreram no período de cada modalidade?
4. Arquivam-se os procedimentos separadamente, conforme o tipo de licitação?
5. Os comprovantes de publicação dos editais ou de entrega dos convites são 
arquivados nos respectivos procedimentos?
6. Há comissão permanente de licitação designada em portaria devidamente 
publicada, observada a sua renovação anual?
7. Os procedimentos licitatórios são devidamente formalizados e autuados (capa, 
numeração, protocolo)?
8. É observada a sequência legalmente estabelecida nas fases internas e externas?
9. As minutas dos editas de licitação e dos contratos, acordos, convênios ou ajustes 
são previamente examinados e aprovados pela assessoria jurídica do órgão ou 
unidade equivalente?
10. São cumpridas as exigências para a publicidade dos atos?
11. Referenciação.
12. Observações.
13. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 287-288)
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
123
QUADRO 27 – MODELO 3 – QUESTIONÁRIO: LICITAÇÕES
FONTE: Guerra (2007, p. 287-288)
Órgão/entidade:
Área: execução orçamentária
Auditor:
Data:
1. Os créditos suplementares e especiais foram precedidos de autorização legal,com a devida indicação dos recursos e abertos por decreto do chefe do Executivo?
2. Há controle da arrecadação e recolhimento da receita?
3. As receitas de convênio são classificadas como receita orçamentária?
4. Os recursos recebidos são gastos conforme destinação constante da liberação 
de recursos?
5. A receita é contabilizada pelo seu efetivo recolhimento?
6. Os procedimentos de receita e despesa estão revestidos das formalidades, 
incluindo capa, numeração, data e protocolo?
7. Os documentos que os compõem são originais?
8. As despesas são empenhadas somente se houver a respectiva dotação 
orçamentária?
9. O empenho é emitido previamente?
10. Consta do procedimento de pagamento de nota fiscal ou fatura emitida em 
nome do órgão/entidade, a nota de empenho emitida e a comprovação quanto 
ao recebimento das compras, serviços ou obras?
11. Todos os pagamentos ocorrem sem multas e juros de mora?
12. A despesa com estagiário foi classificada no elemento outros serviços de 
terceiros, pessoa física?
13. As despenhas empenhadas e não pagas no exercício financeiro foram 
convertidas em restos a pagar processados e não processados?
14. A despesa é empenhada, liquidada e paga por setores distintos?
15. Elaboram-se balancetes mensais da execução da receita e despesa?
16. Analisa-se, ao final de cada mês, as contas de receitas?
17. Há controle dos contratos para fins de liquidação da despesa correspondente?
18. Fazer a devida referenciação.
19. Observações.
20. Conclusão
QUADRO 28 – MODELO 4 – QUESTIONÁRIO: EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
FONTE: Guerra (2007, p. 288-289)
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
124
QUADRO 29 – MODELO 5 – QUESTIONÁRIO: EXECUÇÃO FINANCEIRA
Órgão/entidade:
Área: execução financeira
Auditor:
Data:
1. Os saldos bancários são controlados diariamente?
2. É feita programação financeira diária, acompanhamento dos valores a receber 
e a pagar, obedecidos os prazos de vencimento?
3. A conciliação bancária é feita regularmente?
4. O setor de contabilidade confere a conciliação bancária quando elaborada pelo 
setor financeiro, ou a confronta com a ficha financeira?
5. Os cheques recebidos são nominais e tempestivamente depositados?
6. Os pagamentos são efetuados dentro dos requisitos mínimos de segurança 
quanto a emissão de cheques:
6.1. Nominativos, contendo especificação no verso quanto à sua finalidade?
6.2. Amparados por documentos hábeis?
6.3. Com assinatura dos responsáveis devidamente credenciados?
6.4. Controle nos talonários dos cheques cancelados?
7. São adotadas medidas efetivas para regularização de lançamentos pendentes 
na conciliação das contas bancárias?
8. Os cheques emitidos, devidamente contabilizados e não utilizados, são 
corretamente cancelados?
9. O órgão/entidade efetua aplicações financeiras?
10. A receita auferida está contabilizada adequadamente em receita patrimonial?
11. Existe autorização para realização das aplicações financeiras?
12. Existe segregação de função entre os envolvidos na emissão de cheques, 
pagamentos, contabilização e conciliação bancária?
13. Fazer a devida referenciação.
14. Observações.
15. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 290-291)
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
125
QUADRO 29 – MODELO 5 – QUESTIONÁRIO: EXECUÇÃO FINANCEIRA QUADRO 30 – MODELO 6 – QUESTIONÁRIO: MATERIAL DE CONSUMO
Órgão/entidade:
Área: material de consumo
Auditor:
Data:
1. É realizada inspeção periódica no almoxarifado por comissão nomeada pela 
autoridade competente?
2. Há controle do consumo de combustíveis e lubrificantes?
3. Há arquivamento regular dos documentos de entrada e saída (notas fiscais de 
compras, requisições ou outro documento hábil)?
4. São efetuados balancetes mensais de almoxarifado?
5. É feito controle de estoque e consequente planejamento de compras?
6. A avaliação do estoque é feita pela média ponderada?
7. Os controles de estoque se encontram atualizados?
8. As requisições dos materiais são emitidas por funcionário autorizado, conforme 
autógrafos?
9. É mensalmente feito o confronto entre as informações do almoxarifado e da 
Contabilidade?
10. As entradas e saídas de material são autorizadas unicamente pelo responsável 
do almoxarifado?
11. Os materiais de consumo adquiridos com recursos de convênio são registrados 
separadamente no almoxarifado?
12. Fazer a devida referenciação.
13. Observações.
14. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 291-292)
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
126
QUADRO 31 – MODELO 7 – QUESTIONÁRIO: MATERIAL PERMANENTE
Órgão/entidade:
Área: material permanente
Auditor:
Data:
1. Todos os bens móveis são tombados?
2. Faz-se inventário físico anual por comissão de balanço devidamente nomeada 
por autoridade competente?
3. A entrega de bens móveis é feita mediante documento hábil (termo de 
responsabilidade, termo de transferência)?
4. Existe controle especial para evitar a saída de bens de fácil transporte?
5. Os veículos estão com a sua documentação atualizada?
6. Existem normas de controle para utilização dos veículos?
7. Em caso de desaparecimento de um bem, apura-se a responsabilidade?
8. Todos os bens imóveis estão tombados e têm escritura registrada em cartório?
9. Existem registros analíticos de todos os bens?
10. Há conciliação entre o controle patrimonial e contábil?
11. Fazer a devida referenciação.
12. Observações.
13. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 291-292)
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
127
QUADRO 31 – MODELO 7 – QUESTIONÁRIO: MATERIAL PERMANENTE
FONTE: Guerra (2007, p. 291-292)
QUADRO 32 – MODELO 8 – QUESTIONÁRIO: CONTRATOS
Órgão/entidade:
Área: contratos
Auditor:
Data:
1. Existe decreto governamental autorizando a assinatura de contratos?
2. Os contratos são formalizados pela assessoria jurídica do órgão/entidade?
3. Os contratos são emitidos em papel timbrado do órgão/entidade?
4. Os contratos de fornecimento, serviços ou obras sempre decorrem de um 
procedimento licitatório específico?
5. Há contratos de concessão ou permissão de serviços públicos?
6. É observado o prazo máximo de 30 dias da homologação da licitação para 
assinatura do respectivo contrato?
7. Os extratos e atos relativos a contratos são publicados na Imprensa Oficial e/
ou em jornal de grande circulação?
8. Existe controle relativo ou cumprimento dos contratos?
9. Há controle sobre o acréscimo ou a diminuição do objeto contratado?
10. Há controle sobre o valor dos contratos?
11. É observada a norma que impõe o equilíbrio econômico-financeiro dos 
contratos?
12. Há fiscalização sobre as obras e serviços sistematicamente?
13. Aplicam-se penalidades contratuais em caso de descumprimento do 
contrato?
14. Há controle dos prazos de vigência dos contratos para fins de extinção ou 
prorrogação?
15. O setor de licitação encaminha cópia dos contratos para a contabilidade 
efetuar a liquidação da despesa deles decorrentes?
16. Fazer a devida referenciação.
17. Observações.
18. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 293-294)
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
128
QUADRO 33 – MODELO 9 – QUESTIONÁRIO: CONVÊNIOS
Órgão/entidade:
Área: convênios
Auditor:
Data:
1. O órgão/entidade, estando na condição de repassador de recursos, dá ciência, 
ao Poder Legislativo, da assinatura do convênio?
2. As parcelas do convênio são liberadas em estrita conformidade com o plano 
de aplicação aprovado?
3. A execução do convênio é fiscalizada pelo órgão repassador dos recursos?
4. Quando ocorre a improbidade na execução do convênio, faz-se a retenção da 
parcela seguinte?
5. Consta do termo de convênio a dotação orçamentária por conta da qual ocorre 
a despesa?
6. Consta do convênio a contrapartida do conveniado, ou seja, a participação 
financeira das partes na execução do convênio?
7. A prestação de contas é feita em documentos originais perante o órgão 
repassador, no prazo estabelecido no termo de convênio?
8. São exigidos dos conveniados os documentos necessários para a prestação 
de contas?
9. Há controle dos prazos de vigência dosconvênios, para fins de sua denúncia?
10. Fazer a devida referenciação.
11. Observações.
12. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 294-295)
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
129
QUADRO 33 – MODELO 9 – QUESTIONÁRIO: CONVÊNIOS
FONTE: Guerra (2007, p. 294-295)
QUADRO 34 – MODELO 10 – QUESTIONÁRIO: PESSOAL
Órgão/entidade:
Área: pessoal
Auditor:
Data:
1. Os prontuários estão organizados e atualizados?
2. Qual é o número de servidores:
2.1. Atuando e lotados no órgão/entidade?
2.2. Lotados em outros órgãos e atuando no auditado?
2.3. Pertencentes ao órgão auditado e atuando em outros órgãos?
3. Os controles são feitos por computador?
4. Existe controle diário de frequência?
5. A folha de pagamento é feita com base no controle de frequência?
6. Existe segregação de funções evidenciando quem elabora, implanta, confere 
e efetua o pagamento da folha?
7. Existe controle de férias em relação aos períodos aquisitivos, concessivos e 
de gozo?
8. O abono pecuniário, quando pago, é devidamente controlado com base na 
frequência de 10 dias trabalhados?
9. As férias são concedidas aos servidores de acordo com a escala organizada 
pela unidade administrativa competente?
10. Há controle sobre pagamento de gratificação natalina (13º salário), quando 
parcelada?
11. As licenças e aposentadoria são concedidas mediante anuência dos órgãos 
competentes?
12. Os servidores públicos colocados à disposição de outros órgãos foram 
excluídos da folha?
13. Fazer a devida referenciação.
14. Observações.
15. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 295-296)
Esses modelos de questionários é uma sugestão de aplicabilidade, todavia, 
conforme o órgão/entidade, as questões podem sofrer modificações ou serem 
acrescidas de outras novas. O importante é perceber que a auditoria auxilia para 
que processos e procedimentos inadequados sejam corrigidos.
SICOF – é um Sistema de Integração Comercial e Financeira.
NOTA
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
130
DICAS
Acadêmico(a)!
Se você tem disponibilidade, tente exercitar o conhecimento adquirido com a aplicação 
de um desses modelos de questionário na organização da qual você faça parte ou solicite 
a permissão em alguma organização de sua cidade. Não importa se a organização é de 
pequeno ou grande porte, ou mesma em quaisquer que for a área de atuação, você verá que 
ao aplicar o(s) questionário(s) os resultados proporcionarão aprendizagem e novas reflexões. 
A prática favorece a fixação de conhecimentos e aprimora a habilidade para que no futuro 
você possa fazer parte de uma equipe de auditoria ou ter um olhar crítico aos processos e 
procedimentos de sua organização. Sucesso!
131
RESUMO DO TÓPICO 2
No Tópico 2, apresentamos um pouco sobre o controle e auditoria 
voltada ao setor público, assim os principais assuntos de aprendizagem foram:
• Identificação dos processos de controle e de auditoria.
• Compreensão dos procedimentos e técnica em auditoria.
• Verificação dos principais elementos de controle interno e de auditoria.
• Percepção da metodologia de planejamento e execução de controle e auditoria.
132
AUTOATIVIDADE
1 Apresente dois procedimentos de auditoria.
2 Apresente três formas de controle interno.
3 O processo realizado com base nas regras da estrutura organizacional e no 
conjunto de políticas e procedimentos adotados por uma organização para 
a vigilância, a fiscalização e a verificação de suas próprias atividades, por 
meio do qual se pode prever, observar, dirigir ou governar os eventos que 
poderão impactar na consecução de seus objetivos, denomina-se:
a) Auditoria interna.
b) Fiscalização.
c) Controle externo.
d) Controle interno.
e) Auditoria externa.
133
TÓPICO 3
ORGANIZAÇÕES VOLTADAS PARA A AUDITORIA
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 3 iremos apresentar os principais órgãos voltados para 
a auditoria, a fim de estabelecer as principais condutas, princípios éticos e 
procedimentos para a prática da auditoria. Esses órgãos vêm contribuindo na 
fiscalização, normatização e disciplinamento para que o exercício da auditoria 
interna e externa se torne mais eficiente, e também produza uma reflexão 
continuada para novas normas e práticas.
2 ÓRGÃOS RELACIONADOS COM OS AUDITORES
No Brasil existem alguns órgãos relacionados à auditora com a finalidade 
de contribuir na formulação de procedimentos, intercâmbio de experiências, 
fomentação de novas reflexões e atitudes; e na normatização da auditoria nos 
diferentes segmentos, organizações e interesses.
Os principais órgãos no Brasil relacionados com os auditores são: 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Instituto Brasileiro de Contadores 
(IBRACON), Instituto dos Auditores Internos do Brasil (AUDIBRA), Conselho 
Federal de Contabilidade (CFC) e Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC).
3 COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada pela Lei nº 6.385, 
de 7 de dezembro de 1976. É uma entidade governamental autônoma em 
regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com o objetivo de fiscalizar, 
normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil.
134
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
FONTE: Disponível em: <https://centraldefavoritos.wordpress.
com/2012/10/24/cvm-comissao-de-valores-mobiliarios/>. 
Acesso em: 17 dez. 2015.
FIGURA 20 – COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS
A Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em 
Comissão e das Funções Gratificadas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM 
pode ser observada através do Decreto nº 6.382, de 27 de fevereiro de 2008.
Outra alteração realizada para a CVM foi dada através do Decreto nº 
7.406, de 27 de dezembro de 2010, que dispõe sobre o remanejamento de cargo 
em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS e altera os 
artigos 2 e 11, do Decreto nº 6.382, de 27 de fevereiro de 2008.
FIGURA 21 – MAPA ESTRATÉGICO DO CVM
Zelar pelo funcionamento eficiente, pela 
integridade e pelo desenvolvimento do 
mercado de capitais, promovendo o 
equilíbrio entre a iniciativa dos agentes 
e a efetiva proteção dos investidores
Ser reconhecida pela sociedade como uma 
instituição essencial, dotada de credibilidade 
e capaz de regular de maneira eficiente o 
funcionamento do mercado, proteger os 
investidores e contribuir positivamente para o 
desenvolvimento do país
Estimular a formação 
de poupança e a sua 
aplicação em valores 
mobiliários
Assegurar o 
funcionamento 
eficiente e regular do 
mercado
Assegurar o acesso do 
público a informações 
tempestivas e de 
qualidade
Condenar efetiva e 
tempestivamente 
os responsáveis por 
infrações
Proteger os 
investidores
PROPÓSITO VISÃO
RESULTADOS
PROCESSOS
MAPA ESTRATÉGICO DA CVM
Atuação célere, técnica e 
independente
Regulação em linha com 
as melhores práticas 
internacionais
Supervisão de mercado 
eficiente e de maneira 
integrada com outros 
órgãos reguladores e 
autorreguladores
Liderança na área de 
educação financeira
Atuação institucional 
proativa nos fóruns 
internacionais
Produção de pesquisas, 
análises e conhecimento 
capazes de oferecer subsídios 
para a tomada de decisões
Processos sancionadores 
céleres, eficientes e com o 
efeito pedagógico necessário 
à efetiva inibição de 
irregularidades
Participação efetiva nas 
decisões estratégicas, 
governamentais relacionadas 
ao mercado de capitais
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÕES VOLTADAS PARA A AUDITORIA
135
FONTE: Disponível em: <http://www.cvm.gov.br/menu/acesso_informacao/institucional/sobre/
cvm.html>. Acesso em: 17 dez. 2015.
A CVM funciona como órgão fiscalizador do mercado de capitais do Brasil, 
com o objetivo principal de “promover e ordenar o funcionamento do mercado 
de valores mobiliários brasileiro, fiscalizando a conduta dos seus participantes e 
punindo, administrativamente, irregularidades nele cometidas”, assim como se 
expressa na ‘Carta de Serviços ao Cidadão’ (BRASIL, 2015a, p.1).
4 INSTITUTO BRASILEIRO DE CONTADORESO Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON foi 
constituído em 13 de dezembro de 1971. É uma pessoa jurídica de direito privado 
e sem fins lucrativos.
FIGURA 22 – IBRACON
FONTE: Disponível em: <http://www.ibracon.com.br/ibracon/
Portugues/>. Acesso em: 17 dez. 2015.
O IBRACON surgiu da união de dois institutos que trabalhavam com 
auditores independentes, Instituto dos Contadores Públicos do Brasil (ICPB) e o 
Instituto Brasileiro de Auditores Independentes (IBAI).
De acordo com o site da IBRACON (2015):
PESSOAL LOGÍSTICA
ORÇAMENTO
Corpo funcional 
comprometido, motivado, 
multidisciplinar e 
especializado
Instalações seguras, sustentáveis, 
modernas, adequadamente 
dimensionadas e dotadas de alta 
tecnologia
Técnicas de gerenciamento 
e otimização de processos, 
constantemente mapeados, 
padronizados e preponderantemente 
eletrônicos
Estrutura organizacional capaz 
de assegurar a capacidade de 
realização das atividades de modo a 
acompanhar a evolução do mercado
Estrutura tecnológica capaz de 
atender as atividades finalísticas, de 
apoio e de gestão
Autonomia para definir um orçamento capaz de garantir o cumprimento das atividades operacionais e o 
alcance dos objetivos estratégicos
136
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
O Instituto foi criado justamente para auxiliar no processo de 
reconstrução, quando a auditoria independente passou a ser 
obrigatória para as empresas de capital aberto e o primeiro conjunto 
de normas sobre demonstrações contábeis foi escrito e adotado por 
meio da Circular Nº 179 do Banco Central do Brasil.
De acordo com Almeida (2007, p. 32), os principais objetivos da IBRACON 
são os seguintes:
• Fixar princípios de contabilidade.
• Elaborar normas e procedimentos relacionados com auditoria (externa e 
interna) e perícias contábeis.
De acordo com o IBRACON (2015), foi o instituto que organizou e 
estabeleceu um arcabouço contábil para o Brasil. E também estabeleceu as 
primeiras diretrizes de auditoria independente. E tem como único propósito 
“fortalecer a atividade de auditoria independente e levá-la mais preparada e 
modernizada para enfrentar os desafios do futuro” (IBRACON, 2015).
5 INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL
O Instituto dos Auditores Internos do Brasil – IIA Brasil, ou AUDIBRA, 
foi fundado em 20 de novembro 1960. É uma entidade civil, sem fins lucrativos, 
de pessoas físicas atuando em atividades de Auditoria Interna em qualquer 
modalidade. De acordo com IIA-Brasil (2015), a sua atuação é uma atividade 
multidisciplinar que compreende várias formações profissionais.
FIGURA 23 – AUDIBRA
FONTE: Disponível em: <http://www.iiabrasil.org.br/new/>. Acesso em: 
17 dez. 2015.
Almeida (2003) apresenta que o principal objetivo da Audibra é:
Promover o desenvolvimento da auditoria interna, mediante o 
intercâmbio de ideias, reuniões, conferências, intercâmbio com outras 
instituições, congressos, publicações de livros e revistas e divulgação 
da importância da auditoria interna junto a terceiros. (ALMEIDA, 
2007, p. 33).
Os membros da Audibra são constituídos de três classes: efetivos, 
associados e honorários. Esses membros colaboram para que o instituto possa 
promover a troca de experiências e informações que favoreçam no crescimento e 
desenvolvimento de melhores práticas para a auditoria.
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÕES VOLTADAS PARA A AUDITORIA
137
QUADRO 35 – MEMBROS DA AUDIBRA
Membros 
efetivos Para essa classe somente são aceitos auditores internos.
Membros 
associados
Auditores independentes, educadores, escritores e outros, desde que se 
ocupem de assuntos relativos à auditoria e correlatos, mas não possam 
qualifi car-se como membros efetivos.
Membros 
honorários
Esta classe é composta de pessoas que, por grandes serviços prestados à 
auditoria interna ou ao Instituto, mereçam distinção por recomendação 
unânime da diretoria e aprovação do conselho deliberativo.
FONTE: Almeida (2007, p. 33)
Assim a Audibra representa os auditores internos e consolida o 
desenvolvimento desse campo de atuação de auditoria, promovendo a divulgação 
de novas ideias e assuntos que auxiliam aos auditores.
6 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE E CONSELHOS 
REGIONAIS DE CONTABILIDADE
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de 
Contabilidade (CRC) foram criados pelo Decreto-lei nº 9.295, de 27 de maio de 
1946.
O Conselho Federal de Contabilidade é uma autarquia especial 
corporativa, tem personalidade jurídica de direito público. Sua estrutura, 
organização e funcionamento são regulamentados pela Resolução nº 1.370, de 
08 de dezembro de 2011.
FIGURA 24 – CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE
FONTE: Disponível em: <http://portalcfc.org.br/>. Acesso em: 17 
dez. 2915.
A principal função do Conselho Federal de Contabilidade é orientar, 
normatizar e fi scalizar o exercício da profi ssão contábil, por intermédio dos 
Conselhos Regionais de Contabilidade. E decidir os recursos de penalidade 
imposta pelos Conselhos Regionais e estabelecer Normas Brasileiras de 
Contabilidade de natureza técnica e profi ssional.
138
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
Os Conselhos Regionais de Contabilidade têm como principal função 
prestar exame de suficiência e fiscalizar o exercício profissional. A obrigatoriedade 
do exame de suficiência para o exercício da profissão de contabilista foi estabelecida 
pelo governo federal em 2010, através da Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010.
intosai – ISSAI
O INTOSAI é uma Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras 
Superiores para a auditoria externa aos vários países associados. É uma 
organização filiada às Organizações das Nações Unidas – ONU e conta com 
aproximadamente 190 países membros, entre eles o Brasil. Foi fundada em 1953 e 
desde 1968, a sua sede está localizada em Viena, capital da Áustria.
FIGURA 25 – INTOSAI
FONTE: Disponível em: <http://www.intosai.org/>. Acesso em: 17 
dez. 2015.
É uma referência para a auditoria governamental externa e a organização 
procura proporcionar que os países-membros atualizem seu modelo de gestão 
pública através do intercâmbio mundial proporcionado pela organização.
INTOSAI é uma organização autônoma, independente, sem vínculo 
político, que tem por finalidade promover o intercâmbio de experiências 
e informações sobre o processo de auditoria governamental. A INTOSAI 
realiza conferência trienal chamada de INCOSAI, com todos os membros para 
compartilhar experiências, analisar e discutir questões pertinentes e aprovar 
resoluções, a fim de melhorar as ações de governo de seus membros.
As Normas Internacionais de Instituições Supremas de Auditoria – ISSAI 
e Orientação para a Boa Governação – INTOSAI apresentam os princípios 
fundamentais de Auditoria no Setor Público.
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÕES VOLTADAS PARA A AUDITORIA
139
Na Conferência de 1977, na cidade de Lima, no Peru, foi elaborado um 
documento referência que determina princípios, elementos, conceitos para a 
auditoria governamental, conhecido como a ‘Declaração de Lima sobre Preceitos 
de Auditoria’. Vamos conhecer um pouco desse importante documento!
7 DECLARAÇÃO DE LIMA SOBRE PRECEITOS DE AUDITORIA
Em 1977, durante a IX INCOSAI, congresso realizado na cidade de Lima, 
no Peru, foi elaborado um documento que fornece elementos e preceitos para 
auditoria, conhecida como a ‘Declaração de Lima sobre Preceitos de Auditoria’. 
Esse documento é considerado a Carta Magna para a auditoria governamental 
dado como um documento referência para melhorar as práticas de governos de 
todo o mundo com práticas mais éticas e mais responsáveis.
A ‘Declaração de Lima sobre Preceitos de Auditoria’, adotada no Congresso 
Internacional de 1977, fornece as bases conceituais sobre as atribuições e normas 
de funcionamento da auditoria governamental. Essa declaração exige que se 
realize uma auditoria governamental independente, através de uma Entidade 
Fiscalizadora Superior – EFS para que o padrão de auditoriaseja realizado 
conforme o padrão esperado.
De acordo com a ‘Declaração de Lima sobre os Preceitos de Auditoria’, 
considera a relação interdependente entre o Parlamento, o governo e a 
administração, conforme a sua carta:
III. Relação com o Parlamento, o governo e a administração.
Seção 8. Relação com o Parlamento
A independência das Entidades Fiscalizadoras Superiores prevista na 
Constituição e na legislação deve também garantir um grau muito elevado de 
iniciativa e autonomia para elas, mesmo quando estiverem atuando como um 
agente do Parlamento e estiverem fazendo auditorias seguindo suas instruções. 
A relação entre a Entidade Fiscalizadora Superior e o Parlamento deverá estar 
prevista na Constituição, de acordo com as condições e requisitos de cada país.
Seção 9. Relação com o governo e a administração
As Entidades Fiscalizadoras Superiores auditam as atividades do 
governo, suas autoridades administrativas e outras instituições subordinadas. 
Isso não significa, no entanto, que o governo seja subordinado à Entidade 
Fiscalizadora Superior. Particularmente, o governo é plena e exclusivamente 
responsável por suas ações e omissões e não poderá absolver-se com base em 
verificações de auditorias--a menos que as verificações tenham sido emitidas 
como julgamentos legalmente válidos e aplicáveis no âmbito da lei e em opiniões 
de especialistas da Entidade Fiscalizadora Superior.
140
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
A Declaração de Lima sobre os Preceitos de Auditoria pode ser acessada 
através do site: <http://portal.tcu.gov.br/relacoes-institucionais/relacoes-internacionais/
organizacoes-internacionais.htm>.
NOTA
Alguns concursos públicos apresentam questões sobre a Declaração de Lima 
sobre os Preceitos da Auditoria.
IMPORTANT
E
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÕES VOLTADAS PARA A AUDITORIA
141
LEITURA COMPLEMENTAR
MINISTRO DEFENDE O ESTÍMULO A “INTELIGÊNCIA DO 
CONTROLE”
Weder de Oliveira
Ministro do Tribunal de Contas da União
Weder de Oliveira completou, em 2015, 32 anos de serviços prestados 
à administração pública. Desde 2009, ocupa o cargo de ministro-substituto no 
Tribunal de Contas da União, numa trajetória que começou no Banco do Brasil, 
passando pela Petrobras, Receita Federal, Câmara dos Deputados e Senado 
Federal. Engenheiro civil e de produção de petróleo, Weder de Oliveira também 
e formado em Direito pela Universidade de Brasília, tem pós-graduação em 
Economia pela George Washington University. Atualmente está concluindo o 
mestrado em Direito na Universidade de São Paulo (USP). Casado com Gabriela, 
com quem teve Natalia (19) e Julia (16), o ministro-substituto recebeu a Revista do 
TCU em seu gabinete no início desse inverno, para uma entrevista em que narrou 
momentos importantes da sua carreira e falou de alguns trabalhos de destaque 
em que atuou como relator, no TCU. Durante a conversa, ressaltou os benefícios 
da especialização para a casa, além de falar da importância da inovação nos 
processos de fiscalização.
1. Ministro Weder, o que o senhor destaca em sua trajetória profissional nesses 32 
anos de administração pública?
Posso dizer que tive uma experiência eclética e a oportunidade de trabalhar 
em instituições nas quais aprendi bastante. Creio que também tive a sorte de, nos 
lugares por onde passei, gostar do que fazia, de ter sido bem reconhecido, de ter 
podido deixar minha contribuição em todos eles e, agora, também aqui no TCU. 
Aos 19 anos, ingressei no Banco do Brasil, que era uma verdadeira escola. Os 
gerentes e supervisores eram rigorosos. Exigiam pontualidade, dedicação e apuro 
nas correspondências que redigíamos. Todos os processos eram manualizados e 
os manuais eram muito bem escritos. Era inspirador ver que os altos dirigentes, 
os chefes de departamento, eram funcionários de carreira, experientes e pós-
graduados.
Na Petrobras, o que destaco é que havia uma forte política de incentivo 
à participação de engenheiros e geólogos em programas de especialização, 
mestrado e doutorado, no Brasil e no exterior. Antes de sair da empresa, estava 
trilhando esse caminho profissional. Essa política e a existência de centros de 
pesquisa altamente qualificados levou a Petrobras a ser reconhecida como líder 
mundial na prospecção de petróleo em águas profundas. Isso não se deu ao acaso. 
Foi resultado de visão estratégica de longo prazo para a formação de recursos 
humanos extremamente capacitados.
Na Receita Federal, fui auditor fiscal. Comecei ali minha formação em 
direito e na fiscalização.
Trabalhei na coordenação de inteligência fiscal, que realizava pesquisas, 
investigava e articulava operações, juntamente com a Polícia Federal, para 
A leitura complementar apresenta a entrevista com o Ministro do Tribunal 
de Contas da União em que fala da importância do controle e da fiscalização.
142
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
desbaratar grandes esquemas de sonegação e corrupção. Essa experiência, e o 
treinamento de que participei na Receita Federal dos Estados Unidos, ajudaram-
me posteriormente no assessoramento a diversas comissões parlamentares de 
inquérito (CPIs), no Congresso Nacional. Não tenho dúvidas de que o Tribunal 
deve desenvolver a cultura da “inteligência de controle externo”, de detectar e 
combater fraudes, pagamentos indevidos e fontes de desperdícios de recursos 
públicos tão cedo quanto possível. Já fizemos vários trabalhos nessa linha, 
como muitas das auditorias do Fiscobras, por exemplo. Recentemente, a Segeinf 
apresentou ao meu Gabinete o modelo de avaliação de risco de transferências 
voluntárias, que será testado em campo em alguns estados, que foi desenvolvido 
em decorrência de determinação do Plenário, acolhendo proposta que fiz, em 
setembro de 2013, para que a Segecex desenvolvesse “metodologia de mapeamento 
e classificação de risco na utilização de recursos federais descentralizados por 
meio de transferências voluntárias de modo a subsidiar ações tempestivas, 
preventivas e pedagógicas com a finalidade de reduzir a ocorrência sistemática 
de não comprovação da boa utilização de recursos federias e de contribuir para 
a boa execução de convênios”, utilizando para tanto os sistemas de informações 
da Administração Pública, desta Corte e dos demais Tribunais de Contas do País.
2. Sua chegada ao Congresso Nacional coincide com o início da elaboração do 
projeto de lei de responsabilidade fiscal. O Tribunal de Contas celebrou os 
15 anos da lei em seminário realizado em abril. Qual sua participação nos 
trabalhos para o surgimento da LRF?
Na Câmara fui consultor de orçamento e fiscalização financeira. Tive 
uma das melhores experiências na minha carreira. Logo que tomei posse, talvez 
por ter sido aprovado em primeiro lugar no concurso, fui alocado no grupo na 
Consultoria de Orçamento que assessorava a comissão destinada a apreciar o 
projeto mais importante em discussão no Congresso Nacional naquela época e que 
movimentava todo o país: o projeto de Lei de Responsabilidade Fiscal. Participei 
da redação de todas as versões do projeto e de todas as reuniões de discussão. 
Foram seis meses intensos e o começo de uma série de outras experiências 
muito importantes, como a coordenação técnica das CPIs do Medicamentos e do 
Banespa, a assessoria ao relator da CPI da Ocupação Irregular de Terras Públicas 
na Amazônia. Cinco anos mais tarde, em 2004, assumi o cargo de consultor de 
orçamentos no Senado Federal, também por concurso. Pouco tempo depois, fui 
convidado para coordenar a equipe técnica do relator da CPI das Ambulâncias 
(conhecida como Sanguessugas), um dos mais impressionantes e extensos casos 
de fraudes e corrupção da nossa história, envolvendo dezenas de parlamentares 
e centenas de prefeituras. Essa CPI gerou um resultado extraordinariamente 
surpreendente, embora aquém daquele que muitos esperavam: 69 dos 72 
parlamentares investigados no primeiro relatório, de agosto de 2006, não foram 
reeleitos.
3. E como foi o seu primeiro contato como Tribunal de Contas da União?
Nas consultorias de Orçamento do Congresso, em algumas oportunidades 
nos reuníamos com auditores do Tribunal. Mas foi no Senado, quando coordenei 
a equipe técnica da CPI das Organizações Não Governamentais, que pude 
interagir mais com o TCU. Utilizei muitos de nossos acórdãos na coordenação e 
na elaboração do relatório final daquela CPI. No Senado ainda participei das CPIs 
do Mensalão, dos Bingos e dos Correios e assessorei o presidente da Comissão 
de Reforma Orçamentária, um trabalho muito marcante porque essa comissão 
promoveu mudanças expressivas no processo legislativo de apreciação do 
Orçamento pelo Congresso. Em 2008, fui convidado para assessorar o Presidente 
do Senado, na Assessoria de Modernização e Planejamento Estratégico. Como 
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÕES VOLTADAS PARA A AUDITORIA
143
membro do grupo que discutia a modernização da Casa, elaborei uma proposta 
de alteração do regimento para institucionalizar o relacionamento das comissões 
do Senado com o TCU. As comissões discutiriam as principais auditorias em 
audiência públicas e obteriam do Tribunal análises necessárias ao seu trabalho 
de debater e legislar.
Naquela época imaginava que se o Congresso atuava por meio de 
comissões especializadas, então se, de algum modo, a atuação do Tribunal 
espelhasse as comissões, a interação poderia ser melhor.
4. Então o senhor concorda que a especialização das unidades técnicas do TCU foi 
um avanço para a casa?
Sem dúvida. O meu pensamento ao chegar ao tribunal continuou a ser o 
de apoiar essa aproximação institucional. A especialização é uma necessidade, 
principalmente quando avançamos nas auditorias operacionais, a exemplo 
do que se nota no GAO – U.S Government Accountability Office (Entidade de 
Fiscalização Superior dos Estados Unidos). O GAO contrata profissionais 
com qualificações específicas para produção de diagnósticos e avaliação de 
programas. A especialização está melhorando nossa capacidade de compreensão 
e interlocução com as diversas áreas governamentais. O Tribunal é um agente 
indutor de aprimoramentos da administração pública. Sua característica é ser 
multitemático e a especialização é inevitável, ainda mais quando a sociedade 
espera um Controle Externo proativo e de resultados.
Os relatórios sistêmicos, os FISC, são outro avanço relevante. Eles podem 
veicular uma compreensão sistêmica sobre as temáticas de nossa especialização. 
Tende a ser um de nossos instrumentos mais importantes de comunicação com 
a sociedade, com o Congresso Nacional e a Governo. E, igualmente relevante, o 
FISC é um instrumento indutor de nosso autoconhecimento. É um momento do 
qual nossas unidades técnicas podem se valer para refletir sobre o que sabem e 
o que podem fazer em sua área de especialização. Deve ser permanentemente 
aprimorado, tendo em vista, principalmente, a melhor interação com as comissões 
especializadas do Congresso Nacional, órgão máximo da representação 
democrática, e que pode reverberar, dar luminosidade e audiência aos nossos 
trabalhos.
5. No Tribunal de Contas da União, o senhor tem relatado matérias que tiveram 
ampla repercussão, como o caso dos tribunais regionais do Trabalho, em todo 
Brasil, que representou uma economia de cerca de R$ 1 bi e 200milhões aos 
cofres públicos. Como foi o desenrolar desta auditoria?
O trabalho realizado nos TRTs representou um valioso aprendizado 
e um grande empreendimento de atuação coletiva e coordenada. É o exemplo 
de como a “curiosidade” inerente a atividade de auditoria pode levar o exame 
de um pequeno indício a revelar algo de dimensões muito maiores, até então 
não imaginadas. Ao analisar as contas anuais do Tribunal Regional do Trabalho 
da 3ª Região em Minas Gerais, relativas ao exercício de 2009, nos interessamos 
no gabinete por uma informação sobre o reconhecimento de “passivos por 
insuficiência de créditos ou recursos, no valor de R$ 575.961.889,00”. Como 
estava descrito no próprio documento “os passivos reconhecidos correspondiam 
a 53,99% da dotação autorizada para 2009”. Determinamos a Secex-MG que 
investigasse o assunto. A Secex, diligentemente, apurou que eram passivos de 
pessoal e que os índices de correção monetária e juros incidentes sobre os valores 
devidos não eram corretos. A adoção de índices indevidos gerava um passivo 
indevido de R$ 250 milhões no TRT-MG. Expedimos uma cautelar para que os 
pagamentos não fossem realizados e, posteriormente, determinamos as correções 
devidas, feitas pelo TRT. Comprovamos que o que ocorrera em Minas Gerais 
144
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
ocorria também em outros estados. O trabalho então tomou outras proporções. 
Após um ano e meio de realização de diversas ações coordenadas, que envolveu 
o gabinete, a Sefip, nossas secretarias nos estados, o Conselho Superior da Justiça 
do Trabalho e o Instituto Serzedêlo Correa (a escola corporativa do TCU), no 
treinamento dos auditores, os passivos de todos os TRTs foram reavaliados. A 
ação do Tribunal resultou no bloqueio de pagamentos indevidos estimados em 
R$ 1,25 bilhão (um bilhão e duzentos e cinquenta milhões de reais). Um dos 
processos de maior vulto da história do TCU.
6. Falando um pouco da interação entre gabinete do relator e unidade técnica, 
comente essa parceria em relação a auditoria realizada nas unidades de 
conservação ambiental na Amazônia?
Esse trabalho é um ótimo exemplo dos bons resultados que podemos 
esperar da harmoniosa interação entre gabinete e unidade técnica, numa 
perspectiva construtiva, sempre respeitando sua autonomia. Fui relator da 
auditoria nas unidades de conservação ambiental, conduzida pela Secretaria 
de Controle Externo da Agricultura e do Meio Ambiente, a Secex Ambiental. 
Meu gabinete se reuniu diversas vezes com a unidade técnica, desde o começo, 
para compreender o processo de trabalho proposto e, eventualmente, com base 
em nossa experiência, discutir aprimoramentos. A auditoria buscou avaliar se 
as unidades de conservação na região da Amazônia reuniam as condições para 
alcançarem os objetivos para os quais foram criadas. Se estavam sendo bem 
geridas e se o sistema que as interligava estava sendo bem coordenado. A Secex 
Ambiental, tomando por base parâmetros internacionais, adaptados aos nossos 
objetivos, criou um índice para avaliar numericamente essa situação. Um dos 
objetivos que devemos buscar alcançar permanentemente é o de comunicarmos 
nossos achados de forma consistente, clara e interessante. Em razão disso, 
propusemos a elaboração de um mapa da região Amazônica que mostrasse, em 
três cores (verde, amarelo e vermelho), a situação de cada unidade de conservação, 
segundo o valor que houvesse obtido no índice calculado. A Secex Ambiental, que 
atuou muito bem nessa auditoria, desenvolveu a ideia e elaborou o Indimapa, 
que teve grande repercussão e foi apresentado no Congresso Internacional da 
Intosai, na China.
7. Tendo em vista que esses trabalhos citados se destacam por trazerem para o 
TCU novas experiências, que podem até ser adotadas e implementadas em 
outras fiscalizações, que características comuns e ganhos precisam ser buscadas 
em outros trabalhos também.
A pergunta é muito boa. Tenho que voltar um pouco no tempo, para 
respondê-la. Em 2009, já ministro-substituto e conhecendo melhor os processos do 
TCU, avaliava que o tribunal deveria adotar uma estratégia de longo prazo para 
o desenvolvimento de auditorias financeiras. Primeiramente, porque esse tipo de 
atuação estava na base de nossa origem histórica e, depois, porque é parte essencial 
do pleno exercício de nossa função politicamente mais sensível, de emitir parecer 
prévio sobre as contas do Presidente da República. O parecer fundamenta-se na 
análise dos demonstrativos contábeis e financeiros e da execução orçamentária. 
Feita essa análise estrutural das contas, poderíamos avançar em análises setoriais, 
da política econômica. A meu ver, temos um longo caminho para dinamizar a 
capacidade do Tribunalde aprofundar o escrutínio da execução orçamentária 
e da contabilização das operações do governo. De 2009 para cá, a auditoria 
financeira no Tribunal ganhou mais espaço e atenção. Além de ser inerente a uma 
instituição superior de fiscalização, esse tipo de auditoria fornece insights para 
conduzir melhor outras auditorias e investigações, é essencial para obter pistas, 
indícios, evidências de que há algo errado, seja na direta aplicação dos recursos, 
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÕES VOLTADAS PARA A AUDITORIA
145
seja na gestão, na execução ou no desenho de uma certa ação governamental. 
Vimos isso ocorrer na política de concessão de crédito instalação a assentados da 
reforma agrária, programa executado pelo Incra, que foi modificado depois dos 
sucessivos e persistentes apontamentos que o Tribunal fez sobre os balanços das 
superintendências, que não refletiam a essência do programa: um financiamento. 
Tenho convicção de que, paralelamente aos trabalhos típicos de auditoria 
operacional e, agora, governança, devemos investir mais da nossa energia no 
desenvolvimento de modelos estratégicos e processos de trabalho de pesquisa, 
investigação e detecção tempestiva de fraudes e desperdícios na administração 
pública, com ações mais ativas. E nem sempre esse tipo de atuação se enquadra em 
um dos três tipos clássicos de auditoria (conformidade, financeira ou operacional). 
Isso envolve a Inteligência de Controle Externo, um conceito só nosso, que temos 
que desenvolver, o que o Tribunal já vem fazendo. Temos que criar metodologias 
e promover no ambiente de trabalho a cultura de detectar e combater, o mais 
cedo possível, eventos danosos ao erário e à eficiência da gestão pública.
8. Quais seriam os caminhos para aperfeiçoamento da administração pública em 
benefício da sociedade, por meio do controle externo?
É importante não perdermos de vista que a ação de controle sobre a 
boa e regular aplicação dos recursos aportados aos Estado pelos contribuintes 
continua a ser um dos nossos primeiros objetivos. Podemos combinar de modo 
mais inteligente e articulado nossas diferentes formas de controle externo. 
Por exemplo, realizando fiscalizações que empreguem métodos de auditoria 
financeira, de conformidade e operacional, combinadamente com outros modos 
de pesquisa inteligente de informações. Precisamos definir claramente o que 
buscamos para então escolher os instrumentos com os quais vamos trabalhar: 
uma modalidade específica de ação de controle externo ou uma combinação 
delas. Outro caminho importante são os processos de contas. Eles podem ser 
mais bem explorados. Tornaram-se mais abrangentes e repletos de informações 
demandadas pelo próprio Tribunal. Os relatórios de gestão, laborados na forma 
como nós determinamos, podem e devem ser melhor utilizados, dando-se a eles 
divulgação muito mais ampla e ativa. O Tribunal de Contas da União é uma 
instituição extraordinária, de grande capacidade de inibir o mau uso dos recursos 
públicos, de induzir ganhos de eficiência na gestão pública e potencializar o 
exercício da cidadania. Alguns dos caminhos que podemos seguir estão à nossa 
frente: aprimorar o relacionamento institucional com o Congresso Nacional; 
comunicarmo-nos melhor com a sociedade, prestando e recebendo informações 
e conhecimento; desenvolver equilibradamente nosso amplo espectro de 
atribuições, da investigação de denúncias às avaliações de governança, passando 
pelas auditorias financeiras; aprimorar a coordenação de nossas ações, para 
evitarmos dispersão de esforços; buscar sinergia em nossas ações sobre a 
aplicação descentralizada de recursos federais, em especial com os tribunais de 
contas dos estados; e, talvez o mais importante, sermos guiados persistentemente 
pela cultura da agregação de valor. Nós somos uma instituição cada vez mais 
conhecida, observada e reconhecida. Maiores têm sido as expectativas sobre o 
Tribunal. Felizmente, contamos com pessoas de capacidade, vontade e talento 
extraordinários, que vão nos levar a responder bem aos novos desafios que nós 
mesmos nos impomos, em virtude dos bons resultados que temos alcançado, e 
queremos alcançar.
FONTE: Disponível em: <revista.tcu.gov.br/ojs/index.php/RTCU/article/download/242/229>. 
Acesso em: 22 jan. 2016.
146
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste Tópico 3, você aprendeu os seguintes assuntos:
• Identificação dos principais órgãos relacionados à área de auditoria.
• Verificação da importância dos órgãos e entidades de auditoria para o setor 
público.
• Percepção da importância da Declaração de Lima sobre os Preceitos de 
Auditoria para o governo.
• Compreensão de alguns conceitos de auditoria de acordo com a Declaração de 
Lima sobre os Preceitos de Auditoria.
147
1 Quais são os órgãos relacionados aos auditores?
2 O que é a Declaração de Lima sobre Preceitos de Auditoria?
3 Concurso TCM-PA – 2010 (Técnico em Informática)
Em relação à Declaração de Lima sobre auditoria no setor público, considere:
I- Os serviços de auditoria interna, necessariamente, estão subordinados 
ao chefe do departamento governamental no qual foram estabelecidos, 
enquanto a auditoria externa não faz parte da estrutura organizacional das 
instituições que serão auditadas.
II- A auditoria de performance está orientada para o exame do desempenho, 
economia, eficiência e efetividade da administração pública, cobrindo 
apenas as operações específicas relacionadas à administração financeira e 
à contabilidade das entidades governa mentais.
III- Os relatórios de auditoria devem apresentar os fatos e suas avaliações de 
maneira clara e objetiva, limitando-se ao essencial. A redação dos relatórios 
deve ser precisa e de fácil entendimento.
IV- A auditoria de recursos de processamento eletrônico de dados deve abranger 
aspectos, tais como: uso econômico de equipamentos de processamento 
de dados, utilização de pessoal com habilidade apropriada, prevenção de 
mau uso e utilidade da informação produzida.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) ( ) II, III e IV.
b) ( ) I e II.
c) ( ) I e III.
d) ( ) I, III e IV.
e) ( ) III e IV.
4 Concurso TCU – 2007 (Analista de Controle Externo)
A INTOSAI é um organismo internacional cujo objetivo é fomentar o 
intercâmbio de ideias e experiências entre entidades fiscalizadoras superiores 
quanto ao controle das finanças públicas. Entre os documentos elaborados 
pela INTOSAI, destacam-se a Declaração de Lima, o código de ética e normas 
de auditoria. Na Declaração de Lima, só constam o controle prévio e o controle 
posterior, ao passo que, no Brasil, além desses, há o controle concomitante, por 
expressa disposição legal.
( ) Certo.
( ) Errado.
AUTOATIVIDADE
148
5 FGV – 2015 – TCM – SP (Agente de Fiscalização)
A Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores 
(Intosai, na sigla em inglês) foi fundada em 1953 e promove o intercâmbio 
de informações e de experiências entre as chamadas entidades fiscalizadoras 
superiores (EFS), que são organizações de auditoria governamental externa, 
entre elas tribunais de contas, auditorias gerais, controladorias e congêneres, a 
depender do país onde estão instituídas.
A “Declaração de Lima”, adotada no IX Congresso da Intosai, ocorrido 
em 1977, em Lima, no Peru, é reconhecida como a magna carta da auditoria 
governamental, e fornece as bases filosóficas e conceituais para os trabalhos 
desenvolvidos pelas EFS.
A Seção 3 da Declaração de Lima trata de preceitos aplicáveis aos 
serviços de auditoria interna e externa.
Sobre esse tema, analise as afirmativas a seguir:
(I) As entidades fiscalizadoras superiores são serviços de auditoria externa.
(II) Apesar de o serviço de auditoria interna ser subordinado ao chefe do 
departamento no qual foi estabelecido, ele deve ser, na medida do 
possível, funcional e organizacionalmente independente.
(III) Incumbe aos responsáveis pelo serviço de auditoria externa avaliar a 
eficácia dos serviços de auditoria interna.
Está correto o que se afirma em:
a) Somente (I).
b) (I) e(II).
c) (I) e (III).
d) (II) e (III).
e) (I), (II) e (III).
149
UNIDADE 3
A INFLUÊNCIA DO CONTROLE 
EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE 
CASOS PRÁTICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade, você será capaz de:
• compreender os trabalhos de controle interno através das demonstrações 
práticas;
• entender a importância do controle externo para limitar as ações da gestão 
pública e também agilizar processos;
• identificar a importância dos sistemas de controle para a qualidade do ser-
viço público e da gestão pública.
Esta unidade está dividida em três tópicos e no final de cada um deles, você 
encontrará atividades que reforçarão o seu aprendizado.
TÓPICO 1 – INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO DE 
FROTAS NOS MUNICÍPIOS PARANAENSES
TÓPICO 2 – GESTÃO DE PESSOAS SOB A ÓTICA DO CONTROLE 
EXTERNO
TÓPICO 3 – AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
150
151
TÓPICO 1
INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO 
DE FROTAS NOS MUNICÍPIOS PARANAENSES
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
 Neste tópico serão apresentados exemplos de como os tribunais de contas 
buscam realizar suas atividades de auditor externo visando cumprir com o seu 
principal papel que é ser um órgão de Controle Externo; e como eles podem obter 
as informações dos municípios para realizar esta atividade de análise. 
Também serão apresentados casos de desfalques que envolvem a gestão 
da frota de veículos dos municípios brasileiros. Em alguns casos estes desfalques 
evidenciarão a ineficiência da gestão, por não apresentar claramente as regras de 
controle para a manutenção e conservação da frota, em outros casos é o controle 
que oferece condições para identificar a existência dos desfalques.
2 CASO 1 – CONTROLE DA FROTA POR FORÇA DE 
EXIGÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO
O Tribunal de Contas do Estado do Paraná, desde a edição do Provimento 
46/2001, que dispõe sobre a implantação do Sistema de Informações Municipais 
(SIM), e dá outras providências, passou a exigir diversas informações em 
meio eletrônico, de forma que evidenciou aos seus jurisdicionados as matérias 
relevantes, as que receberiam foco na execução dos trabalhos do controle externo. 
(Publicado no D.O.E. nº 6.122, de 30. 11. 2001, p. 7).
Este Sistema de Informações Municipais (SIM), ao longo de sua 
existência, vem requisitando informações mais pormenorizadas 
sobre a frota de veículos (inclusive os agrícolas considerados como 
equipamentos) jurisdicionados do referido Estado. Isto pode ser 
comprovado através da leitura do leiaute existente em 2008, em que 
estes solicitavam apenas dados estatísticos da frota, como por exemplo, 
o número existente de veículos próprios da entidade e o número 
de veículos contratados por tipo de combustível. A definição destas 
informações pode ser encontrada no Manual Técnico e Operacional 
do Sistema de Informações Municipais Acompanhamento Mensal 
de 2008. Disponível em: <http://www1.tce.pr.gov.br/conteudo/sim-
am-2008/235005/area/49>. Acesso em: 30 out. 2015.
Para um melhor entendimento de que trata este Sistema de Informações 
Municipais (SIM) é importante compreender como ocorre o envio destas 
informações dos municípios paranaenses ao Tribunal de Contas.
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
152
Os municípios de posse dos leiautes definidos pelo tribunal de contas 
encaminham para os seus respectivos fornecedores de software ou para a equipe 
de tecnologia da informação da própria administração pública, para que estes 
providenciem a geração destas informações através de arquivos, conforme a 
definição dada pelo leiaute do tribunal de contas. Ou seja, dentro da periodicidade 
determinada pelo tribunal de contas, os municípios de posse destes arquivos 
acessam o sistema do tribunal de contas, no sítio da internet do respectivo, para 
enviar, transmitir estes arquivos. Efetuada a transmissão, o município cumpre 
com as suas obrigações perante esta obrigação de prestar contas ao tribunal de 
contas.
É importante destacar que em 2008, quando o tribunal começou a exigir 
estas informações da frota municipal, este se preparou para receber as informações 
através da inserção de dados, ou seja, preparou o sistema para permitir a digitação 
dos dados. Esse procedimento foi necessário, pois no planejamento da auditoria 
eletrônica, que o tribunal preparou, foi evidenciado o risco de algum município 
não possuir sistema de gestão da frota municipal e para evitar que estes dados 
não fossem enviados ao tribunal, eles providenciaram esta alternativa com o 
objetivo de captar 100% das informações. 
A seguir é apresentada uma das telas do sistema do tribunal de contas 
elaborada para captar as informações da frota municipal. 
FONTE: Disponível em: <http://www1.tce.pr.gov.br/conteudo/sim-
am-2008/235005/area/49>. Acesso em: 30 out. 2015.
QUADRO 36 – FROTA MUNICIPAL
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO DE FROTAS NOS MUNICÍPIOS PARANAENSES
153
Podemos perceber que as informações por tipo de combustível são 
evidenciadas em diversas guias (álcool, gasolina, diesel, gasolina X GNV, álcool 
X GNV, diesel X GNV, álcool X gasolina X GNV e biodiesel), e em cada guia a 
apresentação do quantitativo de veículos próprios e contratados que formam a 
frota municipal. 
Você deve se perguntar o que tem a ver estas informações com o Controle 
Interno dos municípios? Tudo, pois a partir da exigência destas informações por 
parte do Tribunal de Contas do Paraná, os gestores destes municípios, compostos 
tanto pela sua administração direta como pela administração indireta, perceberam 
a tendência da fiscalização do controle externo e com isto veio a necessidade de 
melhorar o controle sobre a frota. Isto porque em muitos casos os municípios que 
mantinham algum tipo de controle/gestão sobre a frota perceberam a inexistência 
das informações necessárias a serem enviadas ao tribunal e, em outros casos, 
percebeu-se a inexistência deste controle, ou melhor, a inexistência de gestão 
sobre a frota, dificultando então o envio de informações verídicas ao respectivo 
tribunal de contas.
É, a partir desta exigência do Controle Externo que os municípios 
paranaenses passaram a instituir e melhorar o controle sobre a frota 
municipal e para isto contam com o auxílio dos controles internos 
instituídos em seus municípios para normatizar o que couber em 
relação a esta gestão. 
Para aqueles que buscaram fazer um trabalho sério de controle 
sobre a frota municipal foram beneficiados, pois no ano de 2012, o 
tribunal inova na sua atribuição de fiscalizar as contas dos Governos 
Municipais, através da exigência de informações pormenorizadas 
da frota municipal, conforme consta na Definição dos Layouts dos 
Arquivos de Importação – Versão 1.0a SIM-AM 2012, disponível em 
sua página na internet. <http://www1.tce.pr.gov.br/multimidia/2011/8/
pdf/00237256.pdf>. Acesso em: 30 out. 2015. 
Ao fazermos a leitura desses leiautes podemos compreender que o 
tribunal busca obter estas informações como forma de cruzar, ou seja, aplicar a 
técnica de correlacionar as informações obtidas de dois departamentos distintos. 
Vejamos quais são estas informações e quais são os departamentos responsáveis.
 
Vamos iniciar pelas informações requisitadas e que remetem ao 
Departamento de Contabilidade, apresentando os leiautes exigidos pelo 
respectivo tribunal.
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
154
Na Unidade 2 vimos a definição para a técnica de auditoria – Correlação das 
Informações Obtidas – cotejamento de informações obtidas de fontes independentes, 
autônomas e distintas, no interior da própria organização. Essa técnica procura a consistência 
mútua entre diferentes amostras de evidência.
IMPORTANT
E
QUADRO 37 – LIQUIDAÇÃO DE DESPESAS COM COMBUSTÍVEL
Nome do Arquivo: AmmLiquidacaoCombustivel.txt
Campo Tamanho Numérico Formato Descrição Obrigatório
Identificadorda Pessoa 
Jurídica
7 Numérico 9999999
idPessoa – 
Representa o código 
identificador da 
Entidade atribuído 
pelo Cadastro 
Interno do Tribunal 
de Contas.
Sim
Número da 
Liquidação 15 Numérico Z(14)9
nrLiquidacao 
– Número da 
Liquidação.
Sim
Ano da 
Liquidação 4 Numérico 9999
nrAnoLiquidacao 
– O ano em que 
o empenho foi 
liquidado.
Sim
Tipo de 
Combustível 2 Numérico 99
tpCombustivel – 
Informar o código 
correspondente ao 
tipo de combustível 
liquidado de acordo 
com tabela de tipos 
de combustível 
constante do 
Apêndice ‘A’ deste 
documento.
Sim
Mês 2 Numérico 99
nrMes – Informar 
o número do mês 
em que ocorreu 
a liquidação 
informada.
Sim
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO DE FROTAS NOS MUNICÍPIOS PARANAENSES
155
QUADRO 37 – LIQUIDAÇÃO DE DESPESAS COM COMBUSTÍVEL
Quantidade 
de 
Combustível 
Liquidada
(10.3) Numérico Z(10)9.999
QteCombLiquidado 
– Informar a 
quantidade de 
combustível objeto 
de liquidação.
Sim
Valor da 
Liquidação (16.2) Numérico Z(13)9.99
vlLiquidacao 
– Informar o 
valor liquidado 
segundo o tipo de 
combustível.
Sim
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 282)
No leiaute anterior percebe-se que o tribunal está solicitando informações 
das despesas orçamentárias executadas, que originaram a aquisição de 
combustível, pois solicita o número da liquidação, que é único por entidade 
pública, este número não se repete e por isso no leiaute não é solicitado o 
número do empenho à qual esta liquidação se refere; o ano em que ocorreu esta 
liquidação; o tipo de combustível que deve ser enviado conforme tabela auxiliar 
que apresenta a codificação padronizada pelo tribunal (gasolina, diesel, álcool 
etc.), o mês em que ocorreu a liquidação; a quantidade de combustível e o valor 
da liquidação.
Com estas informações o tribunal pode auferir se o preço por litro está 
dentro dos padrões aceitáveis para a época e região envolvida, pois solicita o 
valor da aquisição e a quantidade adquirida. 
É importante perceber que através desta coleta o tribunal de contas passa 
a ter um banco de dados com o valor praticado em todo o território do estado do 
Paraná, permitindo realizar várias análises, sendo uma delas o preço praticado 
em cada região do estado.
Vejamos o próximo leiaute que também é obtido junto à contabilidade.
QUADRO 38 – LIQUIDAÇÃO DE DESPESAS DE RAP DE COMBUSTÍVEL
Nome do Arquivo: AmmLiquidacaoCombustivelRAP.txt
Campo Tamanho Numérico Formato Descrição Obrigatório
Identificador 
da Pessoa 
Jurídica
7 Numérico 9999999
idPessoa – Representa 
o código identificador 
da Entidade atribuído 
pelo Cadastro Interno 
do Tribunal de 
Contas.
Sim
Número da 
Liquidação 15 Numérico Z(14)9
nrLiquidacao 
– Número da 
Liquidação.
Sim
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
156
Ano de 
Liquidação 4 Numérico 9999
nrAnoLiquidacao 
– O ano em que 
o empenho foi 
liquidado.
Sim
Ano de 
Inclusão da 
Liquidação 
de RAP
4 Numérico 9999
nrAnoInclusaoRAP – 
Informar o ano em 
que o empenho foi 
inscrito em restos a 
pagar.
Sim
Ano do 
empenho 4 Numérico 9999
nrAnoInclusaoRAP 
– Informar o ano 
em que o Empenho 
foi emitido, 
independentemente 
de sua inscrição no 
RAP.
Sim
Tipo de 
Combustível 2 Numérico 99
tpCombustivel – 
Informar o código 
correspondente ao 
tipo de combustível 
liquidado de acordo 
com tabela de tipos de 
combustível constante 
do Apêndice ‘A’ deste 
documento.
Sim
Mês 2 Numérico 99
nrMes – Informar 
o número do mês 
em que ocorreu a 
liquidação informada.
Sim
Quantidade 
de 
Combustível 
Liquidada
(10.3) Numérico Z(10)9.999
QteCombLiquidado 
– Informar a 
quantidade de 
combustível objeto de 
liquidação.
Sim
Valor da 
Liquidação (16.2) Numérico Z(13)9.99
vlLiquidacao – 
Informar o valor 
liquidado segundo o 
tipo de combustível.
Sim
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 283)
No leiaute anterior, as informações solicitadas mantêm-se iguais às 
anteriores, porém estas agora remetem às Liquidações dos Restos a Pagar 
(empenhos de restos a pagar) e que por igual viabilizam a obtenção do preço por 
litro do combustível, permitindo a análise do preço praticado na época adquirida.
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO DE FROTAS NOS MUNICÍPIOS PARANAENSES
157
Os dois próximos leiautes fazem referências aos estornos de liquidação, 
tanto de despesas orçamentárias do exercício como de restos a pagar executados 
no referido exercício da coleta de informações. Assim, é possível obter o total 
adquirido de fato, pois caso não fossem considerados os estornos realizados, as 
informações estariam totalmente divergentes da realidade dos municípios.
QUADRO 39 – ESTORNO DE LIQUIDAÇÃO DE DESPESAS COM COMBUSTÍVEL
Nome do Arquivo: AmmEstLiquidacaoCombustivel.txt
Campo Tamanho Numérico Formato Descrição Obrigatório
Identificador 
da Pessoa 
Jurídica
7 Numérico 9999999 idPessoa – Representa 
o código identificador 
da Entidade atribuído 
pelo Cadastro Interno 
do Tribunal de Contas.
Sim
Número da 
Liquidação
15 Numérico Z(14)9 nrLiquidacao 
– Número da 
Liquidação.
Sim
Ano de 
Liquidação
4 Numérico 9999 nrAnoLiquidacao 
– O ano em que 
o empenho foi 
liquidado.
Sim
Número do 
estorno
15 Numérico Z(14)9 nrEstorno – Informar 
o Número do Estorno 
da Liquidação.
Sim
Tipo de 
Combustível
2 Numérico 99 tpCombustivel – 
Informar o código 
correspondente ao 
tipo de combustível 
liquidado de acordo 
com tabela de tipos 
de combustível 
constante do 
Apêndice ‘A’ deste 
documento.
Sim
Mês 2 Numérico 99 nrMes – Informar 
o número do mês 
em que ocorreu a 
liquidação informada.
Sim
Quantidade 
de 
Combustível 
Liquidada
(10.3) Numérico Z(10)9.999 QteCombLiquidado 
– Informar a 
quantidade de 
combustível objeto de 
liquidação.
Sim
Valor da 
Liquidação
(16.2) Numérico Z(13)9.99 vlLiquidacao – 
Informar o valor 
liquidado segundo o 
tipo de combustível.
Sim
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 285)
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
158
Como dito anteriormente estas informações dos leiautes acima 
apresentados são obtidas no Departametno da Contabilidade. 
Para incrementar ainda mais a análise das informações sobre a frota dos 
municípios paranaenses, o tribunal instituiu também a coleta do consumo de 
combustível, viabilizando assim a análise da média de consumo por quilômetro 
rodado por veículo, entre outras análises. Isto pode ser comprovado através dos 
leiautes que serão apresentados a seguir. É importante destacar que as informações 
abaixo evidenciadas devem ser obtidas nos departamentos que controlam as 
frotas dos municípios, pois estes podem ser controlados por grandes áreas como 
os veículos da educação, da saúde, de obras e demais áreas da administração. 
Não importa como o município realiza a gestão da sua frota o que importa é 
que exista a gestão e controle sobre a frota, pois a informação do consumo do 
combustível só pode ser obtida se existir o controle. Em muitos municípios, este 
controle pormenorizado é denominado de Diário de Bordo. Estas informações 
não são obtidas na Contabilidade, são informações tipicamente de controle/
gestão. Vamos aos leiautes para constatamos as informações que são solicitadas 
que remetem essencialmente à gestão da frota municipal.
QUADRO 40 – CADASTRO DE VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS
Nome do Arquivo: AmmCadFrotaVeiculos.txt
Campo Tamanho Numérico Formato Descrição Obrigatório
Identificador 
da Pessoa 
Jurídica
7 Numérico 9999999
idPessoa – Representa 
o código identificador 
da Entidade atribuído 
pelo Cadastro Interno 
do Tribunal de 
Contas.
Sim
Identificador 
do veículo 7 Numérico 9999999
idVeiculo – Representa 
o código de controle 
para identificação 
do veículo/
equipamento. Esse 
código independe de 
o veículo ser próprio, 
locado ou cedido.
Sim
Descrição do 
veículo 100 Caractere X(100)
dsVeiculo – Informar 
a descrição do 
veículo/equipamento 
de acordo com 
o Certificadode Registro e 
Licenciamento de 
Veículo ou outro 
documento legal 
que caracterize a sua 
identificação.
Não
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO DE FROTAS NOS MUNICÍPIOS PARANAENSES
159
Tipo de 
vínculo 2 Numérico 99
tpVinculo – Informar 
o tipo do veículo 
ou equipamento de 
acordo com o contido 
no Apêndice ‘A’ deste 
documento.
Sim
Natureza 
do Bem 
(Veículo ou 
Equipamento).
4 Numérico 9999
cdNaturezaBem – 
Informar o código 
do veículo ou 
equipamento segundo 
sua natureza de 
acordo com o contido 
no Apêndice ‘A’ deste 
documento.
Sim
Código 
do Bem 
Patrimonial
10 Caractere X(10)
cdBem – Código do 
Bem Patrimonial 
de acordo com o 
cadastro na tabela 
(ammBemPatrimonial). 
Esse campo é 
obrigatório apenas 
para Tipo de Vínculo 
(tpVinculo = 1 
próprio).
Não
Modelo 12 Caractere X(12)
cdModelo – Representa 
o código padrão de 
modelo do veículo/
Equipamento de 
acordo com a tabela 
FIPE constante no 
Apêndice ‘A’ deste 
documento.
Sim
Ano de 
fabricação 4 Numérico 9999
nrAnoFabricacao – 
Informar o ano de 
fabricação do veículo 
ou equipamento.
Sim
Tipo de 
combustível 2 Numérico 99
tpCombustivel – 
Informar o tipo 
de combustível 
de acordo com a 
tabela constante no 
Apêndice ‘A’ deste 
documento.
Sim
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
160
Placas 12 Caractere X(12)
nrPlacas – Informar 
o número das 
placas dos veículos. 
Exemplo: AMQ 
5155. Esse campo 
é obrigatório para 
os códigos de 
natureza do bem 
(cdNaturezaBem) 
entre 1 a 5 de acordo 
com o contido no 
Apêndice ‘A’ deste 
documento.
Não
Renavan 20 Caractere X(20)
nrRenavan – informar 
o número do renavan 
do veículo. Esse 
campo é obrigatório 
para os códigos de 
natureza do bem 
(cdNaturezaBem) 
entre 1 a 5 de acordo 
com o contido no 
Apêndice ‘A’ deste 
documento.
Não
Data inicial 10 Data
AAAA-
MM-
DD
dtinicial – Informar a 
data em que o veículo 
ou equipamento foi 
incluído nesta tabela. 
Essa data não é a de 
aquisição do veículo/
equipamento, trata-
se da data em que 
ocorreu a declaração 
nesta tabela.
Sim
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 285
No leiaute anterior podemos constatar que são solicitados vários dados 
dos veículos que compõem a frota como a descrição, o tipo de vínculo (próprio, 
cedido, locado e outros vínculos), a natureza do bem (veículo de passeio/
utilitários, caminhões, micro-ônibus, moto, motoniveladora, tratores agrícolas 
etc.), o número da placa, o Código Renavan, entre outras informações.
Por este leiaute o tribunal com as informações da placa e Código Renavan 
já consegue confirmar a quem de fato pertence o veículo, correlacionando estas 
informações com o tipo de vínculo (próprio, cedido...). Esta correlação é factível 
de ser realizada, pois o tribunal de contas é um órgão do governo estadual e 
realizando convênio com o Departamento de Trânsito Estadual obtém as 
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO DE FROTAS NOS MUNICÍPIOS PARANAENSES
161
informações do órgão estadual responsável e assim transformar em dados 
tabulados que permitirão a correlação (cruzamento) entre os dados enviados 
pelos municípios com os existentes no banco de dados do estado que por força 
da cobrança do IPVA mantém o cadastro de todos os veículos automotores 
atualizados.
Através desta correlação pode-se observar que a técnica da auditoria 
“confirmação externa/circularização” é totalmente aplicável a este caso.
Para relembrarmos, na Unidade 2, tratamos desta técnica – Confirmação 
externa/circularização – verificação, em fontes externas ao auditado, da fidedignidade 
das informações obtidas internamente. Uma das técnicas consiste na circularização das 
informações com a finalidade de obter confirmações em fonte diversa da origem dos dados.
IMPORTANT
E
Nos leiautes apresentados a seguir podemos perceber a inovação trazida 
pelo Tribunal de Contas ao solicitar informações pormenorizados por veículo. Até 
então a análise era realizada em nível mais genérico do consumo do combustível, 
agora a análise será realizada por veículo.
Vejamos as informações que estão sendo solicitadas nos próximos leiautes:
QUADRO 41 – MOVIMENTO DE COMBUSTÍVEL DOS VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS
Nome do Arquivo: AmmMovimentoCombustivel.txt
Campo Tamanho Tipo Formato Descrição Obrigatório
Identificador 
da Pessoa 
Jurídica
7 Numérico 9999999
idPessoa – 
Representa o código 
identificador da 
Entidade atribuído 
pelo Cadastro 
Interno do Tribunal 
de Contas.
Sim
Identificador 
do veículo 7 Numérico 9999999
idVeiculo Reprsenta 
o código de controle 
para identificação 
do veículo/
equipamento. Este 
código independe de 
o veículo ser próprio, 
locado ou cedido.
Sim
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
162
Tipo de 
Combustível 2 Numérico 99
tpCombustivel – 
Informar o código 
correspondente ao 
tipo de combustível 
consumido no 
período de acordo 
com tabela constante 
do Apêndice ‘A’ deste 
documento.
Sim
Mês 2 Numérico 99
nrMesConsumo 
– Informar o 
número do mês 
correspondente ao 
consumo informado.
Sim
Quantidade 
de 
Combustível 
Consumida
(10.3) Numérico Z(10)9.999
QteCombustivel 
– Informar a 
quantidade de 
combustível 
consumida no mês.
Sim
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 286)
QUADRO 42 – ESTORNO DO MOVIMENTO DE COMBUSTÍVEL DOS VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS
Nome do Arquivo: AmmEstMovimentoCombustivel.txt
Campo Tamanho Tipo Formato Descrição Obrigatório
Identificador 
da Pessoa 
Jurídica
7 Numérico 9999999
idPessoa – Representa o 
código identificador da 
Entidade atribuído pelo 
Cadastro Interno do 
Tribunal de Contas.
Sim
Identificador 
do veículo 7 Numérico 9999999
idVeiculo Representa o 
código de controle para 
identificação do veículo/
equipamento. Este código 
independe de o veículo ser 
próprio, locado ou cedido.
Sim
Tipo de 
Combustível 2 Numérico 99
tpCombustivel – Informar 
o código correspondente 
ao tipo de combustível 
consumido no período 
de acordo com tabela 
constante do Apêndice ‘A’ 
deste documento.
Sim
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO DE FROTAS NOS MUNICÍPIOS PARANAENSES
163
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 286)
QUADRO 42 – ESTORNO DO MOVIMENTO DE COMBUSTÍVEL DOS VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 287)
Nos leiautes anteriores podemos perceber que de fato as informações 
solicitadas vão evidenciar o consumo do combustível por veículo existente na 
frota municipal, pois o dado Identificador do veículo não pode ser repetido, ele 
tem que ser único para cada veículo/equipamento da frota municipal. Então, 
através deste leiaute é enviada a quantidade de combustível consumida por 
veículo/equipamento dentro de um referido mês. Lembrando que o tipo de 
combustível esperado para cada veículo/equipametno já foi enviado no leiaute 
Cadastro de Veículos e Equipamentos. 
A princípio, podemos nos perguntar: qual é a análise que o tribunal de 
contas fará com estas informações, já que não é possível calcular se o consumo 
realizado está dentro dos parâmetros desejados pela ausência da informação 
dos quilômetros rodados? De fato, se o Tribunal de Contas não obtiver esta 
informação é difícil mensurar se o consumo por quilômetro rodado está dentro 
dos parâmetros desejados e aceitáveis.
É por esta razão que o Tribunal de Contas definiu leiaute com informações 
que permitam obter o cálculo do consumo por litro, a média do quilômetro rodado 
por litro para cada veículo/equipamento da frota municipal. Estas informações 
foram solicitadas no leiaute Controle de Hodomêtro e Horímetro, a seguir.
Mês 2 Numérico 99
nrMesConsumo – Informar 
mês correspondente ao 
consumo informado. 
Neste campo não deve 
conter meses referente ao 
bimestre de trabalho, pois 
seu objeto é identificar 
o mês de origem do 
consumo do estorno.
Sim
Quantidade 
de 
Combustível 
Consumida
(10.3) Numérico Z(10)9.999
QteCombustivel – Informara quantidade de 
combustível consumida 
no mês.
Sim
Mês Estorno 2 Numérico 99
nrMesEstorno – Informar 
o mês do bimestre de 
trabalho que a quantidade 
de combustível estornada.
Sim
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
164
ATENCAO
Hodômetro: Instrumento utilizado, principalmente, em veículos automotores 
para medir a distância percorrida, ou seja, a quantidade de quilômetro rodado.
Horímetro: Instrumento usado para medir o tempo em horas e frações de horas, sobretudo 
de funcionamento de máquinas e equipamentos.
Nome do Arquivo: ammHodometroHorimetro.txt
Campo Tamanho Tipo Formato Descrição Obrigatório
Identificador da 
Pessoa Jurídica 7 Numérico 9999999
idPessoa - Representa 
o código identificador 
da Entidade atribuído 
pelo Cadastro Interno 
do Tribunal de Contas.
Sim
Identificador do 
veículo 7 Numérico 9999999
idVeiculo - Representa 
o código de controle 
para identificação do 
veículo/equipamento. 
Este código independe 
de o veículo ser 
próprio, locado ou 
cedido.
Sim
Código de 
Controle 7 Numérica 9999999
cdSequencial - 
Representa o código 
de controle sequencial 
dos hodometros 
e horímetros 
cadastrados.
Sim
Mês 2 Numérico 99
nrMes - Informar 
o número do mês 
correspondente ao 
registro do controle 
do hodométro ou 
horímetro.
Sim
Tipo de Medidor 2 Numérico 99
tpMedidor - Informar o 
código correspondente 
ao tipo de medidor 
de acordo com tabela 
constante do Apêndice 
"A" deste documento.
1 – Hodômetro.
2 – Horímetro.
Sim
QUADRO 43 – CONTROLE DE HODÔMETRO E HORÍMETRO
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO DE FROTAS NOS MUNICÍPIOS PARANAENSES
165
QUADRO 43 – CONTROLE DE HODÔMETRO E HORÍMETRO
Data 10 Data AAAA-MM-DD
dtVerificacao - Informar 
a data em que foi 
efetuada a verificação 
da quilometragem 
dos veículos ou 
quantidade de horas 
dos equipamentos.
Sim
Hodômetro/
Horímetro
Inicial
10 Numérico 99999999999
nrMedicaoInicial 
- Informar a 
quilometragem 
medida no hodômetro 
mitra do veículo no 
início do prineiro 
dia do mês ou a 
quantidade de horas 
auferida no horímetro 
dos equipamentos 
rodoviários.
Sim
Hodômetro/
Horímetro
Final
10 Numérico 99999999999
nrMedicaoFinal 
- Informar a 
quilometragem 
medida no hodométro 
do veículo no final do 
último dia do mês ou 
a quantidade de horas 
auferida no horímetro 
dos equipamentos 
rodoviários.
Sim
Quilometragem/
Horas Declaradas 10 Numérico 9999999999
nrMedicaoDedarada 
- Informar a 
quilometragem ou 
horas executadas 
no período em que 
eventualmente 
o hodômetro ou 
horímetro foi 
danificado. É 
importante esclarecer 
que qualquer 
informação diferente 
de zero, neste campo, 
deve ser amparada por 
documentos firmados 
pelos respectivos 
responsáveis.
Sim
Notas 
Explicativas 5000 Caractere X(5000)
dsNotaExplicativa 
- Informar notas 
explicativas nas 
situações em 
que o campo 
(nrMedicaoDeclarada) 
apresentar 
informações diferente 
de zero.
Não
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 289)
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
166
O Tribunal de Contas, além de solicitar as informações pormenorizadas 
por veículo/equipamento pertencente à frota municipal, também tratou de obter 
informações do estoque de combustível. Isto porque os municípios podem 
comprar combustível para ser armazenado/estocado para fins de distribuição à 
medida que for necessário. 
Para obtenção desta informação foi definido o leiaute Controle de Estoque 
de Combustível (a seguir), neste, são solicitadas informações que possibilitam 
identificar o estoque incial e final de um determinado mês por tipo de combustível.
Aqui, o tribunal pode aplicar a técnica da auditoria denominada Exame 
de Registros e Correlação das Informações Obtidas, isto porque no leiaute 
Liquidação de Despesas com Combustível e Liquidação de Despesas de RAP 
com Combustível é informado a quantidade de combustível que está sendo 
adquirido, viabilizando que estas informações, inseridas em leiaute sejam 
confirmadas através das informações enviadas por outro leiaute, e principalmente 
validar se a informação da contabilidade e da gestão de frotas estão congruentes 
e consistentes entre si.
Exame de Registros – verificação dos registros constantes de controles 
regulamentares, relatórios sistematizados, mapas e demonstrativos formalizados, elaborados 
de forma manual ou por sistemas informatizados. A técnica pressupõe a verificação desses 
registros em todas as suas formas (Técnica de auditoria apresentada na Unidade 2).
NOTA
Vejamos o leiaute que trata da obtenção das informações do estoque inicial 
e final de um determinado mês.
QUADRO 44 – CONTROLE DE ESTOQUE DE COMBUSTÍVEL
Nome do Arquivo: AmmEstoqueCombustivel.txt
Campo Tamanho Tipo Formato Descrição Obrigatório
Identificador 
da Pessoa 
Jurídica
7 Numérico 9999999
idPessoa – Representa 
o código identificador 
da Entidade atribuído 
pelo Cadastro Interno 
do Tribunal de Contas.
Sim
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO DE FROTAS NOS MUNICÍPIOS PARANAENSES
167
Tipo de 
Combustível 2 Numérico 99
tpCombustivel – 
Informar o código 
correspondente ao 
tipo de combustível 
em estoque de acordo 
com tabela constante 
do Apêndice ‘A’ deste 
documento.
Sim
Mês do 
Registro 2 Numérico 99
nrMes – Informar o 
mês correspondente à 
quantidade de estoque 
inicial e final segundo 
o tipo de combustível.
Sim
Estoque 
Inicial (10.3) Numérico
Z(10)
9.999
QteEstoqueInicial – 
Informar a quantidade 
do estoque inicial 
de combustível 
segundo os tipos 
de combustíveis. 
Este campo deve 
corresponder à 
quantidade apurada 
no início do primeiro 
dia de cada mês.
Sim
Estoque 
Final (10.3) Numérico
Z(10)
9.999
QteEstoqueFinal – 
Informar a quantidade 
do estoque final 
de combustível 
segundo os tipos 
de combustíveis. 
Este campo deve 
corresponder à 
quantidade apurada 
após o encerramento 
do expediente/
movimento do último 
dia de cada mês.
Sim
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 288)
É importante destacar que o tribunal, sabedor da possbilidade de ocorrer 
doações por parte de pessoas jurídicas e físicas, elaborou o leiaute Entradas de 
Combustível Extraorçamentária (a seguir), pois estas doações impactam as 
informações do estoque inicial e final solicitadas no leiaute Controle de Estoque 
de Combustível (quadro ....)
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
168
QUADRO 45 – ENTRADA DE COMBUSTÍVEL EXTRAORÇAMENTÁRIA
Nome do Arquivo: ammCombustivelRecebido.txt
Campo Tamanho Tipo Formato Descrição Obrigatório
Identificador 
da Pessoa 
Jurídica
7 Numérico 9999999
idPessoa – Representa o 
código identificador da 
Entidade atribuído pelo 
Cadastro Interno do 
Tribunal de Contas.
Sim
Tipo de 
Documento 
do Doador
4 Caractere X(4)
tpDocumento – Tipo do 
Documento do Doador. 
Valores Possíveis:
1. CPF – Pessoa Física
2. CNPJ – Pessoa Jurídica
Sim
Número do 
Documento 
do Credor
15 Caractere X(15)
nrDocumento – Número 
do documento da pessoa 
física ou jurídica doadora 
de combustível.
Sim
Nome/Razão 
Social 100 Caractere X(100)
nmPessoa – Nome 
ou razão da pessoa 
doadora.
Sim
Tipo de 
Combustível 2 Numérico 99
tpCombustivel – Informar 
o código correspondente 
ao tipo de combustível 
de acordo com a tabela 
constante no Apêndice 
‘A’ deste documento.
Sim
Mês do 
Recebimento 2 Numérico 99
nrMesRecebimento 
– Informar o mês 
do recebimento do 
combustível recebido 
via extraorçamentário 
(doações recebidas).
Sim
Quantidade 
de 
Combustível 
Recebida
(10.3) Numérico Z(10)9.999
nrQuantidade – Informar 
a quantidade de 
combustível recebida.
Sim
Notas 
Explicativas 5000 Caractere X(5000)
DsNotaExplicativa 
– Informar notas 
explicativas para 
justificar a doação.
Sim
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 293)
Como estes leiautes foram elaborados com a finalidade de possibilitar a 
análise do consumo decombustível da frota municipal, também foi necessário 
elaborar leiaute que permitisse ao gestor da frota informar as perdas de 
combustível ocorridas no período, neste caso, mensalmente. Por esta razão o 
tribunal de contas elaborou o seguinte leiaute:
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO DE FROTAS NOS MUNICÍPIOS PARANAENSES
169
QUADRO 46 – CONTROLE DE PERDAS E OUTRAS BAIXAS DE COMBUSTÍVEL
Nome do Arquivo: ammPerdaCombustivel.txt
Campo Tamanho Tipo Formato Descrição Obrigatório
Identificador 
da Pessoa 
Jurídica
7 Numérico 9999999
idPessoa – 
Representa o código 
identificador da 
Entidade atribuído 
pelo Cadastro 
Interno do Tribunal 
de Contas.
Sim
Tipo de 
Combustível 2 Numérico 99
tpCombustivel – 
Informar o código 
correspondente ao 
tipo de combustível 
de acordo com a 
tabela constante no 
Apêndice ‘A’ deste 
documento.
Sim
Mês 2 Numérico 99
nrMes – Informar 
o número do mês 
correspondente à 
perda declarada.
Sim
Tipo de 
Perda 2 Numérico 99
tpPerda – Informar 
o código 
correspondente 
ao tipo de perda 
de combustível 
de acordo com a 
tabela constante do 
Apêndice ‘A’ deste 
documento.
Sim
Quantidade 
de 
Combustível 
Consumida
(10.3) Numérico Z(10)9.999
nrQuantidade 
– Informar a 
quantidade de 
combustível perdido 
no mês.
Sim
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
170
Notas 
Explicativas 5000 Caractere X(5000)
DsNotaExplicativa 
– Informar notas 
explicativas 
para justificar 
eventuais perdas 
e outras baixas 
de combustíveis. 
Importante 
esclarecer que 
qualquer quantidade 
de combustível 
declarada deve 
ser amparada por 
documentos legais.
Sim
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 291)
Você deve se perguntar, quando existem baixas do estoque por situações 
diferentes do consumo normal de combustível, como é que o tribunal buscou 
tratar isto em sua análise? De fato, podem ocorrer baixas de combustível por 
situações diferentes, além do consumo de combustível, e por esta razão o tribunal 
elaborou o leiaute anterior Controle de Perdas e Outras Baixas de Combustível. 
Através deste leiaute, o tribunal define os tipos de perdas que são consideradas 
aceitáveis, conforme podemos comprovar através da tabela definida por parte do 
tribunal Tipos de Perdas e Outras Baixas de Combustível. 
QUADRO 47 – TIPOS DE PERDAS E OUTRAS BAIXAS DE COMBUSTÍVEL
CÓDIGO DESCRIÇÃO
1 EVAPORAÇÃO
2 FURTO
3 VAZAMENTO
4 USO INTERNO EM OFICINAS
5 USO EM OBRAS E SERVIÇOS
Outro destaque que este leiaute merece é quanto à informação solicitada 
através do dado Notas Explicativas. Podemos observar que não basta enviar um 
informação qualquer para poder fechar a conta ao final de cada mês, é necessário 
que toda perda seja acompanhada de notas explicativas. Estas notas explicativas 
devem ser elaboradas pelos servidores responsáveis por apontar estas ocorrências, 
estes devem ser instruídos quanto à necessidade de apresentar evidências dos 
fatos ocorridos, já que na linguagem popular o papel aceita qualquer informação 
e neste sentido não basta apenas relatar os fatos, é de bom grado existir 
comprovação, ou seja, material da ocorrência como foto, comunicação interna 
relatando aos gestores os fatos, publicação em jornal, quando couber, entre outras 
evidências possíveis. 
FONTE: Adaptado em Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 531)
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO DE FROTAS NOS MUNICÍPIOS PARANAENSES
171
É importante refletirmos como o Controle Interno deve ser atuante 
no sentido de verificar se nos procedimentos atuais da gestão da frota de seu 
município existem orientações, definições de como se deve proceder com os 
registros destas, quando da constatação da perda de combustível.
Além destas informações já apresentadas, o tribunal de contas ainda 
solicita informações de quem está utilizando cada veículo/equipamento, através 
da vinculação deste com os órgãos/unidades informados na Lei Orçamentária 
Anual como pode ser percebido através do leiaute a serguir. 
QUADRO 48 – CADASTRO DE ÓRGÃO E UNIDADES ORÇAMENTÁRIAS DE VEÍCULOS E 
EQUIPAMENTOS
Nome do Arquivo: ammOrgaoUnidadeVeiculo.txt
Campo Tamanho Tipo Formato Descrição Obrigatório
Identificador 
da Pessoa 
Jurídica
7 Numérico 9999999
idPessoa – Representa 
o código identificador 
da Entidade atribuído 
pelo Cadastro Interno 
do Tribunal de Contas.
Sim
Identificador 
do veículo 7 9999999
idVeiculo – Representa 
o código de controle 
para identificação do 
veículo/equipamento. 
Este código independe 
de o veículo ser 
próprio, locado ou 
cedido.
Sim
Código do 
Órgão 2 Numérico 99
cdOrgao – Informar 
o código do órgão 
da Lei Orçamentária 
em que o veículo ou 
equipamento esteja 
vinculado. Este dado 
provém da tabela 
(ammOrgão).
Sim
Código da 
Unidade 3 Numérico 999
cdUnidade – Informar 
o código da Unidade 
da Lei Orçamentária 
em que o veículo ou 
equipamento esteja 
vinculado. Este dado 
provém da tabela 
(ammUnidade).
Sim
Ano do 
Orçamento 4 Numérico 9999
nrAno – Informar 
o ano do Órgão 
e Unidade 
Orçamentária.
Sim
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
172
Data Inicial 10 Data AAAA-MM-DD
dtInicio – Informar 
a data em que 
o veículo ou 
equipamento passou 
a estar vinculado 
definitivamente ao 
órgão e unidade 
orçamentária.
Sim
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 290)
E para finalizar os trabalhos voltados à análise sobre a gestão da frota 
dos municípios, o tribunal elaborou o leiaute Baixa de Veículos e Equipamentos 
(a seguir). Através deste leiaute é possível entender a tabela Tipos de Baixa de 
Veículos e Equipamentos, os tipos de baixa aceitáveis pelo Tribunal de Contas. 
Vejamos a seguir estas informações:
QUADRO 49 – BAIXA DE VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS
Nome do Arquivo: ammBaixaVeiculosEquipamentos.txt
Campo Tamanho Tipo Formato Descrição Obrigatório
Identificador 
da Pessoa 
Jurídica
7 Numérico 9999999
idPessoa – Representa o 
código identificador da 
Entidade atribuído pelo 
Cadastro Interno do 
Tribunal de Contas.
Sim
Identificador 
do veículo 7 9999999
idVeiculo – Representa 
o código de controle 
para identificação do 
veículo/equipamento. 
Este código independe 
de o veículo ser 
próprio, locado ou 
cedido.
Sim
Data Final 10 Data
AAAA-
MM-
DD
dtFinal – Informar a 
data em que o veículo 
ou equipamento foi 
baixado do patrimônio 
da entidade ou que 
o contrato de locação 
ou de comodado foi 
encerrado.
Sim
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO DE FROTAS NOS MUNICÍPIOS PARANAENSES
173
Tipo de 
Baixa 2 Numérico 99
TpBaixa – Informar 
o código da baixa 
do veículo ou 
equipamento, 
utilizando-se a tabela 
dos tipos de baixa do 
Apêndice ‘A’ deste 
layout.
Sim
Notas 
Explicativas 5000 Data
AAAA-
MM-
DD
DsNotaExplicativa 
– Informar notas 
explicativas 
apontando o motivo 
de baixa do veículo ou 
equipamento.
Não
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 292)
CÓDIGO DESCRIÇÃO
1 Alienação
2 Inservibilidade
3 Sinistro
4 Desincorporação por transferência
5 Dação em Pagamento
6 Doação
7 Permuta
8 Término de Contrato de Locação
9 Término do Comodato/Cessão
10 Outras Desincorporações
FONTE: Adaptado em Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 531)
QUADRO 49 - TIPOS DE BAIXA DE VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS
174
O Tópico 1 apresentou um caso prático de auditoria na Gestão de Frotas. 
Com essa aprendizagem foi possível compreender:
• A percepção do direcionamento que a Auditoria Externa dá frente à Gestão de 
Frotas.
• A compreensão da relevância que há na execução das atividades dos servidores 
que são responsáveis em enviar as informações, através de processos eletrônicos, 
no que tange a serem informações fidedignas com os existentes nos órgãos 
responsáveis por estas informações.
• A percepção da importância do Controle Interno e da Auditoria Interna sob a 
ótica de implementar e melhorar os controles voltados à Gestão de Frotas.
RESUMO DO TÓPICO 1
175
1 Quais são as técnicasde auditoria possíveis de serem aplicadas com as 
informações recebidas pelo tribunal de contas frente à gestão de frotas?
2 Com a aplicação das técnicas de auditoria, na massa de dados recepcionada 
pelo Tribunal de Contas do Paraná, quais são as possíveis inconsistências 
que podem ser encontradas?
3 A existência do Controle Interno nas entidades públicas impede a fraude na 
gestão da frota municipal?
4 A contabilidade é o único departamento que deve se preocupar com a 
prestação de contas junto aos Tribunais de Contas?
AUTOATIVIDADE
176
177
TÓPICO 2
GESTÃO DE PESSOAS SOB A ÓTICA DO 
CONTROLE EXTERNO
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior apresentamos como pode se dar a análise das contas 
por parte dos tribunais de contas frente à gestão da frota municipal. Neste tópico, 
vamos manter a mesma linha de trabalho apresentada no tópico anterior, porém 
enfatizando a Gestão de Pessoas.
Neste tópico será apresentado como os tribunais de contas vêm atuando 
no sentido de analisar, auditar os atos e fatos ocorridos com a Gestão de Pessoas, 
evidenciando os resultados obtidos pelo Tribunal de Contas do Rio Grande do 
Sul.
2 GESTÃO DE PESSOAS
O Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, visando cumprir 
com o seu papel de Auditor Externo, estabeleceu, através de resoluções, as 
informações da Gestão de Pessoal que devem ser enviadas de forma eletrônica.
A Resolução nº 766/2007 acompanhada pela Instrução Normativa nº 
25/2007, do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, instituiu o SIAPC – Sistema 
de Informações para Auditoria e Prestação de Contas e a Resolução nº 787/2007 
instituiu o SIAPES – Sistema de Informatizado de Auditoria de Pessoal, como 
forma de automatizar a prestação de contas dos municípios gaúchos.
O SIAPC estabeleceu a forma de recepcionar os dados relacionados à 
execução orçamentária dos órgãos obrigados a prestar contas ao Tribunal de 
Contas. Estes dados correspondem às informações da Lei Orçamentária Anual e 
seus respectivos Créditos Adicionais; as movimentações de empenhos emitidos 
e anulados/cancelados; as respectivas liquidações e pagamentos de empenhos, as 
movimentações das receitas arrecadadas e suas respectivas deduções, bem como 
da movimentação contábil ocorrida no período.
Além destas informações da execução orçamentária que são enviadas 
bimestralmente ao Tribunal de Contas, este também solicita informações 
pormenorizadas através dos arquivos Diário Geral, Folha de Pagamento, Cadastro 
178
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
de Funcionários, Tabela de Vantagens/Descontos e Totalizadores, Receita Pública 
e Conteúdo do Código de Barras. Estes podem ser solicitados a qualquer tempo, 
ou seja, a pedido do Tribunal de Contas o ente deve estar preparado para enviar 
estes dados conforme a periodicidade solicitada pelo tribunal.
Para conhecermos que tipo de informação o tribunal de contas exige de 
seus jurisdicionados, apresentamos a seguir o leiaute do arquivo da Folha de 
Pagamento.
QUADRO 50 – FOLHA DE PAGAMENTO
Nome do Arquivo: TCE_4810.TXT – Folha de Pagamento
Descrição do Campo Tipo Bytes Ordenamento das Colunas Observação
Código do Tipo da Folha 
de Pagamento Numérico 1 1 a 1
Preencher com:
1 = Folha Normal
2 = 13º Salário
3 = Férias
4 = Rescisão
5 = Complementar / 
Suplementar
6 = Afastamento
9 = Outros 
(Especificar no campo 
Observações)
Código do Registro do 
Funcionário Numérico 12 2 a 13 Codificação própria
Data de Competência da 
Folha de Pagamento Data 8 14 a 21 Formato dd/mm/aaaa
Data de Pagamento da 
Folha de Pagamento Data 8 22 a 29 Formato dd/mm/aaaa
Reservado para uso 
Futuro Numérico 3 30 a 32 Preencher com zeros
Valor da Vantagem/
Desconto/Totalizador Valor 17 33 a 49 Formato valor
Identificação da 
Operação Caracter 1 50 a 50
Preencher com:
V = Vantagem;
D = Desconto;
T = Totalizador
O = Outros 
(Especificar no campo 
Observações)
TÓPICO 2 | GESTÃO DE PESSOAS SOB A ÓTICA DO CONTROLE EXTERNO
179
Indicador de Incidência 
do IRRF Caracter 1 51 a 51
Indicador de 
incidência ou 
dedutibilidade da 
Vantagem ou Desconto 
para efeitos do IRRF. 
Preencher com:
S = Sim
N = Não
Código do Banco do 
Depósito da Folha de 
Pagamento da Entidade
Numérico 5 52 a 56 Padrão Febraban
Código da Agência do 
Banco do Depósito da 
Folha de Pagamento da 
Entidade
Numérico 5 57 a 61 Padrão Febraban
Código da Conta-
Corrente do Banco do 
Depósito da Folha de 
Pagamento da Entidade
Numérico 20 62 a 81
Cadastro próprio do 
Banco com dígito 
verificador
Código do Banco do 
Funcionário Numérico 5 82 a 86 Padrão Febraban
Código da Agência do 
Banco do Funcionário Numérico 5 87 a 91 Padrão Febraban
Código da Conta-
Corrente do Banco do 
Funcionário
Numérico 20 92 a 111
Cadastro próprio do 
Banco com dígito 
verificador
Observações Caracter 30 112 a 141
Código da Vantagem/
Desconto/ Totalizador Numérico 5 142 a 146 Codificação própria
FONTE: Disponível em: <https://portal.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/tcers/jurisdicionados/
sistemas_controle_externo/siapc/manuais>. Acesso em: 15 dez. 2015.
Podemos perceber, até o momento, que as informações dos servidores são 
solicitadas tanto na parte da execução orçamentária como no arquivo da folha de 
pagamento, todas são recepcionadas pelo SIAPC.
No entanto, o Tribunal de Contas também institui o SIAPES, para 
recepcionar todos os atos que promoveram a admissão dos servidores públicos, 
sejam de forma efetiva, comissionada ou eletiva. Neste sistema, o Tribunal de 
Contas preparou-se para receber informações dos concursos públicos, dos 
contratos por prazo determinado, os fundamentos legais das contratações, entre 
outras tantas informações que envolvem a admissão de pessoal, bem como dos 
atos derivados de pessoal.
180
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
ATENCAO
Atos derivados de pessoal (Art. 1º, §1º, da Resolução 787/2007): os decorrentes 
de reenquadramentos, transposições de regime jurídico, transferências do município-mãe, 
outras transferências, reintegrações, readaptações, readmissões, reconduções, reversões e 
aproveitamentos.
A particularidade, neste sistema, é que o jurisdicionado precisa digitar no 
sistema do tribunal para posterior envio destas informações, conforme diagrama 
do funcionamento do SIAPES apresentado a seguir.
FONTE: Disponível em: <https://portal.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/tcers/
jurisdicionados/sistemas_controle_externo/siapes/manual>. Acesso 
em: 15 dez. 2015.
SISTEMAS DE 
INFORMAÇÃO 
DA AUDITADA
1. IMPORTAÇÃO
6. AUDITORIA
2. DIGITAÇÃO
3. ENVIO DE 
REMESSAS DE ATOS
7. REMESSA DE 
CORREÇÕES DE ATOS
4. CARGA DE 
REMESSAS
8.CARGA DE 
CORREÇÕES
9. RELATÓRIOS DE 
AUDITORIA
5. PRÉ-AUDITORIA
SISTEMAS DE 
INFORMAÇÃO DO 
TCE - ORACLE
SADMOU 
REGIONAIS
INTERNET
AUDITADA 
SIAPES
REGIONAL 
OU SEDE
FIGURA 26 – FUNCIONAMENTO DO SIAPES
TÓPICO 2 | GESTÃO DE PESSOAS SOB A ÓTICA DO CONTROLE EXTERNO
181
Além destas informações, solicitadas por estas resoluções apresentadas 
acima, no ano de 2013, o Tribunal de Contas passa a solicitar informações sobre a 
concessão de benefícios através da Resolução nº 988/2013.
A Resolução nº 988/2013 trata do envio de informações das concessões 
previdenciárias custeadas pelos regimes próprios de previdência, no âmbito 
municipal. Esta determinação, por parte do Tribunal de Contas, padronizou, para 
todos os entes que são auditados por este, a forma de envio das informações 
relativas aos processos de benefícios previdenciários, viabilizando assim 
agilidade tanto na concessão como na análise do objeto auditado. Por analogia 
podemos utilizar o sistema da Receita Federal - Declaração do Imposto de Renda 
da Pessoa Física. Os dados são enviados à Receita Federal que ao analisar, cruzar 
as informações, detectar incompatibilidades coloca esta pessoa física na malha 
fina, solicitando posteriormente documentação para comprovar as informações 
alideclaradas. 
 
O SIAPEM – Sistema de Pensões e Inativações da Esfera Municipal foi 
construído sobre a mesma linha de atuação. Os municípios enviam seus dados 
e depois o Tribunal de Contas cruza estas informações com outros bancos de 
dados conveniados, entendendo que há a necessidade de enviar os documentos 
comprobatórios. Estes são solicitados aos respectivos órgãos responsáveis pelas 
informações enviadas pelo SIAPEM.
As informações solicitadas no SIAPEM referem-se, principalmente, 
como o próprio nome do sistema indica, a dados que se referem a pensões e 
aposentadorias (inativação). Estes dados podem ser digitados diretamente no 
sistema ou importado através do arquivo XML definido pelo Tribunal de Contas. 
As principais informações solicitadas por este sistema tratam do cadastro do 
servidor, tipo de benefício e modalidades de aposentadorias, como por exemplo, 
aposentadoria de professores, aposentadoria por invalidez, entre outras.
Abaixo apresentamos uma pequena amostragem das informações 
solicitadas no arquivo XML.
182
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
Exemplo compacto do formato de dados do SAPIEM
Exemplo de inativação:
<?xml version="1.0" encoding="ISO-8859-1"?>
<sapiem>
<servidor>
<NOME>Judite Santos</NOME>
<CPF>80808080822</CPF>
<SEXO>F</SEXO>
<NACIONALIDADE>Brasileira</NACIONALIDADE>
<DT_NASCIMENTO>1961-05-18</DT_NASCIMENTO>
<NM_MAE>Mãe da Ju</NM_MAE>
<ESTADO_CIVIL>3</ESTADO_CIVIL>
<OUTROS_NOMES>Judite Soares</OUTROS_NOMES>
<EMAIL>judy@example.com</EMAIL>
<beneficio>
<ID_GENERO_BENEFICIO>21</ID_GENERO_BENEFICIO><!--21 é inativação-->
<ID_ESPECIE_BENEFICIO>22</ID_ESPECIE_BENEFICIO>
<ID_MODALIDADE_BENEFICIO>45</ID_MODALIDADE_BENEFICIO>
<MATRICULA>449</MATRICULA>
<IDENTIFICACAO_FUNCIONAL>1234</IDENTIFICACAO_FUNCIONAL>
<CARGO>Professor</CARGO>
<REGIME_JURIDICO>E</REGIME_JURIDICO>
<CARGA_HORARIA>20</CARGA_HORARIA>
<PADRAO>A</PADRAO>
<NIVEL>I</NIVEL>
<CLASSE>E</CLASSE>
<OUTROS></OUTROS>
<ESCOLARIDADE></ESCOLARIDADE>
<OBSERVACOES>Nada a declarar.</OBSERVACOES>
<orgao-concessor>
<!--Descubra o código do seu órgão aqui:
http://dados.tce.rs.gov.br/dados/auxiliar/orgaos_municipais_auditados_rs.html-->
<CD_ORGAO>44501</CD_ORGAO>
<CPF_RESPONSAVEL>80808080822</CPF_RESPONSAVEL>
<CPF_CONTROLE_INTERNO>80808080822</CPF_CONTROLE_INTERNO>
</orgao-concessor>
<ultima-remuneracao>
<TP_LEGISLACAO_ULT_AUMENTO>LOD</TP_LEGISLACAO_ULT_AUMENTO>
<NR_LEGISLACAO_ULT_AUMENTO>2214</NR_LEGISLACAO_ULT_AUMENTO>
<ANO_LEGISLACAO_ULT_AUMENTO>1984</ANO_LEGISLACAO_ULT_AUMENTO>
<DT_INICIO_VIGENCIA_TABELA>2008-07-23</DT_INICIO_VIGENCIA_TABELA>
<parcela>
<DS_PARCELA>Vencimento básico</DS_PARCELA>
<VALOR>2400.00</VALOR>
<TP_LEGISLACAO>LOD</TP_LEGISLACAO>
<NR_LEGISLACAO>2214</NR_LEGISLACAO>
<ANO_LEGISLACAO>1984</ANO_LEGISLACAO>
<ARTIGOS_LEGISLACAO>3, 4, 5</ARTIGOS_LEGISLACAO>
</parcela>
</ultima-remuneracao>
<assentamento>
FIGURA 27 - EXEMPLO COMPACTO DO FORMATO DO SAPIEM
TÓPICO 2 | GESTÃO DE PESSOAS SOB A ÓTICA DO CONTROLE EXTERNO
183
FIGURA 27 - EXEMPLO COMPACTO DO FORMATO DO SAPIEM <CD_TIPO_ASSENTAMENTO>NPEX</CD_TIPO_ASSENTAMENTO>
<DT_ASSENTAMENTO>1987-04-04</DT_ASSENTAMENTO>
<NR_ATO>Portaria 013/87</NR_ATO>
<DT_PUBLICACAO>1987-12-25</DT_PUBLICACAO>
<DS_ASSENTAMENTO>Nomeia professores, concurso 006/1987</DS_
ASSENTAMENTO>
</assentamento>
<assentamento>
<CD_TIPO_ASSENTAMENTO>CAP</CD_TIPO_ASSENTAMENTO>
<DT_ASSENTAMENTO>2011-05-20</DT_ASSENTAMENTO>
<NR_ATO>Portaria 589</NR_ATO>
<DT_PUBLICACAO>2011-05-20</DT_PUBLICACAO>
<DS_ASSENTAMENTO>Concede aposentadoria</DS_ASSENTAMENTO>
</assentamento>
<averbacao>
<DS_ORGAO>Nome do órgão ou empregador</DS_ORGAO>
<DT_INICIO>2001-03-31</DT_INICIO>
<DT_FIM>2001-07-01</DT_FIM>
<DIAS_AVERBADOS>90</DIAS_AVERBADOS>
<NR_DOCUMENTO>123456</NR_DOCUMENTO>
<SERVICO_PUBLICO>S</SERVICO_PUBLICO>
<CARREIRA>N</CARREIRA><!--Só pode ser respondido S se SERVICO_PUBLICO tb. for S-->
<VANTAGENS>N</VANTAGENS>
<CONTRIB_INSS>N</CONTRIB_INSS>
</averbacao>
<media mes-referencia="10" ano-referencia="1994">
<linha mes="7" ano="1994" valor-historico="746.82"/>
<linha mes="8" ano="1994" valor-historico="779.68"/>
<linha mes="9" ano="1994" valor-historico="854.50"/>
<DT_DEMONSTRATIVO>2011-08-01</DT_DEMONSTRATIVO>
<ASSINADO_POR>Beltrano da Silva</ASSINADO_POR>
</media>
<ato>
<TP_ATO>Portaria</TP_ATO>
<NR_ATO>14</NR_ATO>
<ANO_ATO>2011</ANO_ATO>
<VALOR_PROVENTOS>2400.50</VALOR_PROVENTOS>
<COMPL_SALARIO_MIN>N</COMPL_SALARIO_MIN>
<VANTAGENS>Vencimento básico</VANTAGENS>
<!--Órgão custeador pode ser com código numérico (CD_ORGAO_CUSTEADOR)
ou por descrição (DS_ORGAO_CUSTEADOR) se não existir código, como no caso de fundos-->
<DS_ORGAO_CUSTEADOR>FUNDO PRÓPRIO DE CAXIAS DO SUL</DS_ORGAO_CUSTEADOR>
</ato>
</beneficio>
</servidor>
</sapiem>
Exemplo de pensão:
<?xml version="1.0" encoding="ISO-8859-1"?>
<sapiem>
<servidor>
<NOME>José Mário Santos</NOME>
<CPF>80808080822</CPF>
184
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
<SEXO>M</SEXO>
<NACIONALIDADE>Brasileira</NACIONALIDADE>
<DT_NASCIMENTO>1961-05-18</DT_NASCIMENTO>
<NM_MAE>Mãe do Zé</NM_MAE>
<ESTADO_CIVIL>3</ESTADO_CIVIL>
<beneficio>
<ID_GENERO_BENEFICIO>23</ID_GENERO_BENEFICIO><!--23 é pensão-->
<APOSENTADO>S</APOSENTADO>
<FUNDO_PROPRIO>S</FUNDO_PROPRIO>
<CONTRIB_INSS>S</CONTRIB_INSS>
<NR_PROCESSO_INATIVACAO>10130200163</NR_PROCESSO_INATIVACAO>
<DT_INATIVACAO>2013-06-01</DT_INATIVACAO>
<ID_ESPECIE_BENEFICIO>22</ID_ESPECIE_BENEFICIO>
<ID_MODALIDADE_BENEFICIO>44</ID_MODALIDADE_BENEFICIO>
<MATRICULA>449</MATRICULA>
<IDENTIFICACAO_FUNCIONAL>1234</IDENTIFICACAO_FUNCIONAL>
<CARGO>Professor</CARGO>
<REGIME_JURIDICO>E</REGIME_JURIDICO>
<CARGA_HORARIA>40</CARGA_HORARIA>
<PADRAO>A</PADRAO>
<OUTROS>Subpadrão 2</OUTROS>
<ESCOLARIDADE>2º grau completo</ESCOLARIDADE>
<OBSERVACOES>Nada a declarar.</OBSERVACOES>
<orgao-concessor>
<CD_ORGAO>44501</CD_ORGAO>
<CPF_RESPONSAVEL>80808080822</CPF_RESPONSAVEL>
<CPF_CONTROLE_INTERNO>80808080822</CPF_CONTROLE_INTERNO>
</orgao-concessor>
<demonstrativo>
<VALOR_PROVENTOS>5000.00</VALOR_PROVENTOS>
<reajuste>
<DT_REAJUSTE>2015-09-25</DT_REAJUSTE>
<PERCENTUAL>50</PERCENTUAL>
<VALOR>5444.50</VALOR>
<TP_LEGISLACAO>LOD</TP_LEGISLACAO>
<NR_LEGISLACAO>4461</NR_LEGISLACAO>
<ANO_LEGISLACAO>2008</ANO_LEGISLACAO>
<ARTIGOS_LEGISLACAO>1, 2, 3</ARTIGOS_LEGISLACAO>
</reajuste>
<reajuste>
<DT_REAJUSTE>2015-10-25</DT_REAJUSTE>
<PERCENTUAL>50</PERCENTUAL>
<VALOR>5844.50</VALOR>
<TP_LEGISLACAO>DCM</TP_LEGISLACAO>
<NR_LEGISLACAO>5229</NR_LEGISLACAO>
<ANO_LEGISLACAO>2007</ANO_LEGISLACAO>
<ARTIGOS_LEGISLACAO>4, 5, 6</ARTIGOS_LEGISLACAO>
</reajuste>
</demonstrativo>
<dependente>
<NOME>Matheus Carpinteiro</NOME>
<CPF>01143838041</CPF>
TÓPICO 2 | GESTÃO DE PESSOAS SOB A ÓTICA DO CONTROLE EXTERNO
185
<DT_NASCIMENTO>1996-12-22</DT_NASCIMENTO>
<CD_GRAU_DEPENDENCIA>FILH</CD_GRAU_DEPENDENCIA>
<IDADE_LIMITE>18</IDADE_LIMITE><!-- CD_GRAU_DEPENDENCIA FILH/GUARDA -->
<PERCENTUAL>100</PERCENTUAL>
<DECISAO_JUDICIAL>S</DECISAO_JUDICIAL>
<DT_CONCESSAO>2008-11-23</DT_CONCESSAO><!--JUDICIAL = S-->
</dependente>
<ato-inativatorio>
<TP_ATO>Portaria</TP_ATO>
<NR_ATO>51234</NR_ATO>
<ANO_ATO>2008</ANO_ATO>
<CD_CATEGORIA_ATO>RETIF</CD_CATEGORIA_ATO>
</ato-inativatorio>
<ato>
<TP_ATO>Portaria</TP_ATO>
<NR_ATO>14</NR_ATO>
<ANO_ATO>2011</ANO_ATO>
<VALOR_PROVENTOS>2400.50</VALOR_PROVENTOS>
<COMPL_SALARIO_MIN>N</COMPL_SALARIO_MIN>
<!--Órgão custeador pode ser com código numérico (CD_ORGAO_CUSTEADOR)
ou por descrição (DS_ORGAO_CUSTEADOR) se não existir código, como no caso de fundos-->
<DS_ORGAO_CUSTEADOR>FUNDO PRÓPRIO DE CAXIAS DO SUL</DS_ORGAO_CUSTEADOR>
</ato>
</beneficio>
</servidor>
</sapiem>
FONTE: Adaptado de: <https://portal.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/tcers/jurisdicionados/
sistemas_controle_externo/sapiem/manual>. Acesso em: 15 dez. 2015.
O que podemos perceber até o momento é que à medida que o Tribunal 
de Contas avança, no sentido de evoluir, na recepção de informações, este acaba 
criando possibilidades que antes da automatizaçãoda informação não se pensava 
em atuar, pois os auditores dependiam exclusivamente de examinar documentos. 
Na revista Cautelar, publicada pela Assessoria de Comunicação Social do 
Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, edição de outubro de 2015, encontramos 
a seguinte notícia: Inteligência no Controle – TCE-RS está entre os pioneiros no 
trabalho de cruzamento de dados como estratégia de combate a irregularidades.
A partir desta notícia os órgãos públicos municipais e estaduais que 
enviam estas informações ao Tribunal de Contas passaram a entender como este 
utiliza as informações em suas atividades de auditor. Para uma melhor percepção 
do todo vamos à leitura desta publicação.
186
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
INTELIGÊNCIA NO CONTROLE
TCE-RS ESTÁ ENTRE OS PIONEIROS NO TRABALHO DE CRUZAMENTO 
DE DADOS COMO ESTRATÉGIA DE COMBATE A IRREGULARIDADES
Sozinho, um banco de dados pode ser uma forma simples e eficiente de organizar 
informações, como as antigas listas telefônicas de páginas amarelas. Combinado 
com outros elementos e manejado por meio de novas ferramentas tecnológicas, 
pode se tornar uma arma inovadora para os órgãos de controle do Poder Público.
No Brasil, o Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul (TCE-RS) está entre os 
pioneiros no uso de modernas formas de fiscalização. Auditorias baseadas 
no trabalho de cruzar itens de diferentes órgãos públicos, compartilhados 
entre convênios, jogam luz sobre cenários até então dificilmente detectáveis; 
são funcionários municipais embolsando irregularmente benefícios do Bolsa 
Família; presos que, mesmo atrás das grades, aparecem na folha de pagamento 
de municípios; horas extras pagas indevidamente; e até servidores mortos 
ainda recebendo salários.
O uso de inteligência nas fiscalizações vem ganhando cada vez mais espaço entre 
os órgãos de controle. Convênios com outras instituições públicas para o acesso a 
dados e o investimento em ferramentas para “seguir a trilha do dinheiro” são os 
principais caminhos utilizados para garantir agilidade nas ações. No Rio Grande 
do Sul, um dos trabalhos mais significativos usando esse recurso é realizado 
nas folhas de pagamento de 743 mil servidores, envolvendo informações 
financeiras de 1,1 mil órgãos municipais, principalmente Prefeituras e Câmaras 
de Vereadores (veja o quadro a seguir).
FONTE: Oliveira (2015, p. 70)
PENTE-FINO NAS FOLHAS DE PAGAMENTO: PRINCIPAIS INDÍCIOS DE 
IRREGULARIDADE DETECTADOS (PRIMEIRO SEMESTRE DE 2014)
2,4 mil servidores proprietários de 
empresas privadas
4,1 mil
2,2 mil
que mantiveram 
negócios com os 
órgãos ao quais 
eram vinculados em 
contratos envolvendo 
R$ 89,9 milhões.
contratações temporárias 
transformadas em 
permanentes
servidores cujos CPFs estavam 
inscritos no programa Bolsa Família
O TCE-RS mantém convênio para o acesso a dados com 30 instituições entre elas a Receita 
Federal, o Instituto-Geral de Perícias e a Junta Comercial.
mantidos nos registros municipais 
ainda recebendo salário
Pagamentos de 
horas extras a
815 cargos de 
confiança (CCs)
17 servidores falecidos
187
O Tópico 2 apresentou caso prático de auditoria na Gestão de Pessoas, 
com essa aprendizagem foi possível:
• A percepção do campo de atuação da Auditoria Externa realizada pelo Controle 
Externo na Gestão de Pessoas.
• Compreensão da relevância que há na execução das atividades dos servidores 
que são responsáveis em enviar as informações através de processos eletrônicos, 
no que tange a serem informações fidedignas com os existentes nos órgãos 
responsáveis por estas informações.
• Percepção da importância do Controle Interno e da Auditoria Interna sob a 
ótica de implementar e melhorar os controles voltados à Gestão de Pessoas.
RESUMO DO TÓPICO 2
188
AUTOATIVIDADE
1 As informações enviadas por processo eletrônico aos tribunais precisam ser 
validadas antes do seu envio?
2 Qual é a técnica aplicada pelo Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul na 
massa de dados recepcionada para fins de auditoria na Gestão de Pessoas?
3 Faça um resumo dos dados que podem ser cruzados ao utilizar a técnica 
de confirmação externa/circularização baseados na notícia publicada pelo 
Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul.
4 Como o tribunal de contas tem convênios com outros órgãos como Receita 
Federal, Junta Comercial e Instituto Geral de Perícias, outros cruzamentos 
são factíveis de serem realizados como?
189
TÓPICO 3
AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Como vimos nos tópicos anteriores, as informações solicitadas pelos 
Tribunais de Contas podem ser utilizadas de várias formas, sejam para realizar 
cruzamentos com outros dados, como para simples confirmação processual. 
Neste tópico serão apresentadas outras áreas que, na mesma linha de 
recebimento de informações por processos eletrônicos, são temas de relevância 
para estes órgãos de controle e por consequência também para os Controles 
Internos das entidades públicas.
2 GESTÃO DE PATRIMÔNIO
O Tribunal de Contas do Estado do Paraná, assim como o fez para a 
Gestão de Frotas, também instituiu leiautes para absorver informações de forma 
eletrônica sobre a Gestão de Patrimônio.
As informações solicitadas pelo tribunal de contas frente a esta gestão 
de patrimônio é menos pormenorizada do que a já em execução para a gestão 
de frotas. Isto podemos perceber através do único leiaute que é solicitado para 
obtenção destas informações.
Este leiaute tem como objetivo captar os dados dos bens móveis, imóveis 
e intangíveis e de terceiros afetados por benfeitorias com recursos públicos.
Vamos ao leiaute:
190
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
QUADRO 51 – BENS PATRIMONIAIS
Campo Tamanho Tipo Formato Campo Descrição Obrigatório
Identificador da 
Pessoa Jurídica 
junto ao TCE (*)
7 Numérico Z(6)9 idPessoa
Representa o código 
identificador da 
Entidade atribuído pelo 
Cadastro Interno do 
Tribunal de Contas.
SIM
Código do Bem 10 Caractere X(10) cdBem Código de controle do bem patrimonial. SIM 
Descrição do 
Bem 250 Caractere X(250) dsBem
Informar a descrição do 
Bem Patrimonial. SIM
Identificador da 
Propriedade do 
Bem
1 Numérico 9 idTipoPropriedadeBem
Representa o código 
identificador da 
propriedade do bem. 
Os valores válidos estão 
disponíveis na tabela 
(TipoPropriedadeBem).
SIM
Natureza do 
Bem 4 Numérico Z(3)9 idTipoNaturezaBem
Informar o código 
da natureza do bem 
patrimonial.
SIM
Categoria do 
Bem 4 Numérico Z(3)9 idTipoCategoriaBem
Informar o código 
da categoria do bem 
patrimonial.
SIM
Detalhamento 
do Bem 7 Numérico Z(3)9
idTipo
DetalhamentoBem
Informar o código do 
agrupamento do bem 
patrimonial.
SIM
Identificador da 
Utilização do 
Bem
1 Numérico 9 idTipoUtilizacaoBem
Identifica se os bens 
são de uso comum, 
especiais ou dominicais. 
Os valores válidos estão 
presentes na tabela 
(TipoUtilizacaoBem).
SIM
Data da 
Aquisição/
Cadastro do 
Bem
10 Data
AAAA-
MM-
DD
dtOperacao
Representa a data da 
aquisição ou cadastro 
do bem.
SIM
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2016, p. 607)
Podemos perceber, através deste leiaute, quais são as informações mínimas 
que devem existir nos sistemas de gestão patrimonial das entidades públicas que 
prestam contas ao Tribunal de Contas.
Entre estas informações mínimas podemos observar que o Tribunal de 
Contas solicita a descrição do bem, a data de aquisição, entre outros, que são 
tabuladas pelo respectivo tribunal. Vejamos a seguir quais são estas informações 
tabuladas:
QUADRO 52 - TIPO DE PROPRIEDADE DO BEM
idTipo Propriedade Bem dsTipoPropriedadeBem
1 Próprio
2 Terceiro
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2016, p. 608)
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
191
QUADRO 51 – BENS PATRIMONIAIS QUADRO 53 – TIPO DE NATUREZA DE BENS
idTipoNaturezaBem dsTipoNaturezaBem
1 Bens Móveis
2 Bens Imóveis
3 Intangíveis
idTipoUtilizacaoBemdsTipoUtilizacaoBem
1 Bens Dominiais
2 Bens de Uso Comum
3 Bens de Uso Especial
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2016, p. 608)
QUADRO 54 – TIPO DE UTILIZAÇÃO DE BENS
FONTE: Adaptado de: Layout SIM-AM (2016, p. 608)
QUADRO 55 – TIPO DE CATEGORIAS DE BENS
idTipoCategoriaBem idTipoCategoriaBem dsTipoCategoriaBem
1 Aeronaves
2 Aparelhos de Medição e Orientação
3 Aparelhos e Equipamentos de Comunicação
4 Aparelhos, Equipamentos, Utensílios Médico-Odontológico, Laboratorial e Hospitalar 
5 Aparelhos e Equipamentos para Esportes e Diversões
6 Aparelhos e Utensílios Domésticos
7 Armamentos
8 Coleções e Materiais Bibliográficos
9 Discotecas e Filmotecas
10 Embarcações
11 Equipamentos de Manobra e Patrulhamento
12 Equipamentos de Proteção, Segurança e Socorro
13 Instrumentos Musicais e Artísticos
14 Máquinas e Equipamentos de Natureza Industrial
15 Máquinas e Equipamentos Energéticos
16 Máquinas e Equipamentos Gráficos
17 Máquinas para Áudio, Vídeo e Foto
18 Outras Máquinas, Aparelhos, Equipamentos e Ferramentas
19 Equipamentos de Processamento de Dados 
20 Máquinas, Instalações e Utensílios de Escritório 
192
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
21 Máquinas, Ferramentas e Utensílios de Oficina 
22 Equipamentos e Utensílios Hidráulicos e Elétricos 
23 Máquinas e Equipamentos Agrícolas e Rodoviários 
24 Mobiliário em Geral 
25 Obras de Arte e Peças para Museu 
26 Semoventes e Equipamentos de Montaria 
27 Veículos Diversos 
28 Veículos Ferroviários 
29 Peças não incorporáveis a imóveis 
30 Veículos de Tração Mecânica 
33 Equipamentos, Peças e Acessórios de Proteção e Voo 
34 Acessórios para Automóveis 
35 Equipamentos de Mergulho e Salvamento 
36 Equipamentos, Peças e Acessórios Marítimos 
37 Equipamentos e Sistema de Proteção e Vigilância Ambiental 
38 Equipamentos, sobressalentes de máquinas, motor de navios e esquadra 
39 Outros Materiais Permanentes 
40 Terrenos 
41 Edificações 
42 Softwares 
43 Marcas, Direitos e Patentes 
44 Praças, Parques e Bosques 
45 Ruas, Logradouros e Estradas 
46 Pontes e Viadutos 
47 Outros Bens de Uso Comum do Povo 
48 Instalações
49 Outros Bens de Uso Comum
50 Outros Bens Dominiais
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
193
QUADRO 56 - TIPO DE DETALHAMENTO DE BENS 
idTipo DetalhamentoBem dsTipoDetalhamentoBem
1 Avião 
2 Helicóptero 
3 Balão 
4 Planador 
5 Ultraleve 
6 Outras Aeronaves e afins 
7 Amperímetro 
8 Aparelho de Medição Meteorológica 
9 Balanças em Geral 
10 Bússola 
11 Calibrador de Pneus 
12 Cronômetro 
13 Hidrômetro 
14 Magnetômetro 
15 Manômetro 
16 Medidor de gás 
17 Mira-falante 
18 Níveis topográficos 
[...] [...]
698 Outros Equipamentos que consomem Combustível (sem medidor)
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2016, p. 610)
Diante das tabulações apresentadas, podemos compreender que a massa 
de dados recepcionada pelo Tribunal de Contas é relevante para os trabalhos 
de inteligência no controle. Assim como o tribunal evidenciou os resultados do 
trabalho da análise na gestão de frotas, a tendência é que nos próximos anos 
outras informações pormenorizadas da gestão de patrimônio venham a ser 
solicitadas. Isto pode ser percebido no leiaute do ano de 2013, onde este solicita 
outras informações além do Cadastro dos Bens Patrimoniais.
Vejamos a seguir a relação dos leiautes solicitados pelo tribunal no início 
de 2013:
• ORIGEM DE BENS INCORPORADOS POR CISÃO, FUSÃO E EXTINÇÃO DE 
ENTIDADES
• TOMBAMENTO DE BENS PATRIMONIAIS
• PROPRIEDADE DE BENS DE TERCEIROS
• TIPOS DE VÍNCULOS DE BENS DE TERCEIROS
194
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
• TIPO DE ORIGEM DO BEM 
• BAIXA DE BENS DE PROPRIEDADE DE BENS DE TERCEIROS
• CADASTRO DE MEDIDAS DOS IMÓVEIS
• BENS IMÓVEIS X MATRÍCULAS DO CARTÓRIO DE IMÓVEIS
• DETALHE DE VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS
• TABELA-PADRÃO DE MODELOS – FIPE
• TABELA-PADRÃO DE MARCAS DE VEÍCULOS – FIPE
• CADASTRO DOS SETORES RESPONSÁVEIS PELO USO E GUARDA DOS 
BENS PATRIMONIAIS
• VINCULAÇÃO DOS SETORES COM OS RESPECTIVOS ÓRGÃOS E 
UNIDADES DA LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
• LOCALIZAÇÃO DOS BENS MÓVEIS
• TIPOS DE LOCALIZAÇÃO DOS BENS
• SALDO DOS BENS PATRIMONIAIS APURADOS NO ENCERRAMENTO DO 
EXERCÍCIO ANTERIOR
• MOVIMENTAÇÃO DOS BENS PATRIMONIAIS
• TIPOS DE OPERAÇÕES DOS BENS PATRIMONIAIS
• TIPOS DE INCORPORAÇÕES DE BENS
• ESTORNO DO MOVIMENTO DOS BENS PATRIMONIAIS
• EMPENHOS DE BENS PATRIMONIAIS
• ESTORNO DOS EMPENHOS DE BENS PATRIMONIAIS
• INVENTÁRIO DE BENS PATRIMONIAIS
• COORDENADAS GEOGRÁFICAS 
• LOCALIZAÇÃO DOS BENS IMÓVEIS
• TERRENOS X EDIFICAÇÕES 
O Tribunal de Contas no ano de 2013, através da recepção das informações 
pelo Sistema de Informações Municipais passou a captar novas informações. Porém, como 
o ano de 2013 também foi um ano de mudanças para o setor contábil do setor público 
com o advento da implantação do PCASP – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, o 
tribunal de contas constatou que os municípios paranaenses não estavam preparados para 
todas estas mudanças. Foi através desta constatação que o tribunal de contas decidiu adiar 
o recebimento de vários arquivos novos. É por isso que os Controles Internos precisam 
se planejar para que todos os departamentos envolvidos estejam preparados com seus 
procedimentos e sistemas de gestão para quando ocorrer a publicação por parte do tribunal 
informando a obrigatoriedade no recebimento destas informações.
IMPORTANT
E
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
195
As entidades públicas, através de seus respectivos Controles Internos, 
devem estabelecer cronograma que busque inserir estas informações, solicitadas 
no leiaute de 2013 e que foram descontinuadas temporariamente, evitando assim 
que estes trabalhos fiquem acumulados quando o Tribunal de Contas volte a 
exigir estas informações.
Este trabalho prévio do Controle Interno junto aos órgãos que são afetados 
diretamente por estas informações, é de suma importância, pois ao observarmos, 
por exemplo, o leiaute da Movimentação de Bens Patrimoniais e Empenhos de 
Bens Patrimoniais é possível compreender que os dados da contabilidade serão 
cruzados com os dados obtidos junto à gestão de patrimônio. 
Vamos aos leiautes:
QUADRO 57 – MOVIMENTAÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS
Nome do Arquivo: MovimentacaoBem.txt
Campo Tamanho Tipo Formato Campo Descrição Obrigatório
Identificador 
da Pessoa 
Jurídica junto 
ao TCE *
7 Numérico 9999999 idPessoa
Representa o código identificador 
da Entidade atribuído pelo 
Cadastro Interno do Tribunal de 
Contas.
Sim
Código do 
Bem 10 Caractere X(10) cdBem
Código de controle do bem 
patrimonial.
Origem: (Bem).
Sim
Código de 
Controle do 
Lançamento
15 Numérico Z(14)9 nrLancamento Informar o código de controle da operação do lançamento. Sim
Ano do 
Lançamento 4 Numérico 9999999
nrAno
Lancamento
Representa o ano da operação do 
lançamento. Sim
Tipo de 
Operação 3 Numérico 999 idTipoOperacaoBem
Código do Tipo de Operação 
realizada. Os valores válidos 
estão presentes na tabela 
(TipoOperacaoBem).
Sim
Data da 
Operação 10 Data
AAAA-
MM-DD dtOperacao Data da Operação realizada. Sim
Descrição da 
Operação 250 Caractere X(250) dsOperacao Descrição da Operação realizada. Sim
Valor da 
Operação 16,2 Numérico Z(13)9.99 vlOperacao Valor da Operação realizada. Sim
Flag 
Indicando se 
houve Lei/
Ato
1 Caractere X flLeiAto
Informar se existe ou não, lei/ato 
para a operação declarada. Os 
valores válidos são os seguintes:
S – Sim
N – Não
Sim
Código de 
Controle de 
Leis e Atos
7 Numérico 9999999 cdControleLeiAto
Representa o código identificador 
da lei/ato que autorizou 
a movimentação do bem. 
Este código tem a função 
de representar o conjunto 
(nrLeiAto+nrAnoLeiAto+
cdNaturezaAto+cdEscopo) e 
origina-se a tabela (LeiAto).
Este campo é obrigatório quando o 
campo (flLeiAto) for “S”.
Não
Flag 
Indicando 
se houve 
Licitação
1 Caractere X flLicitacao
Informar se existe ou não, 
processolicitatório para a 
operação declarada. Os valores 
válidos são os seguintes:
S – Sim.
N – Não.
Sim
196
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
Número do 
Edital da 
Licitação
9 Numérico Z(9) nrLicitacao
Representa o número do Edital 
que estabeleceu o processo 
licitatório. Origina-se da tabela 
(Licitacao).
Este campo é obrigatório quando o 
campo (flLicitacao) for “S”.
Não
Modalidade 
da Licitação 2 Numérico 99
idModalidade
Licitacao
Representa a código da 
Modalidade da Licitação.
Os valores válidos estão presentes 
na tabela (Licitacao) para a 
respectiva licitação.
Este campo é obrigatório quando o 
campo (flLicitacao) for “S”.
Não
Ano do 
Edital da 
Licitação
4 Numérico 9999 nrAnoLicitacao
Representa o ano do Edital da 
Licitação. Origina-se da tabela 
(Licitacao).
Este campo é obrigatório quando o 
campo (flLicitacao) for “S”.
Não
Classe 1 Caractere 9 cdClasse Representa as classes do plano. Sim
Grupo 1 Caractere 9 cdGrupo Representa o código do Grupo de Contas. Sim
Subgrupo 1 Caractere 9 cdSubgrupo Representa o código do SubGrupo de Contas. Sim
Título 1 Caractere 9 cdTitulo Representa o código do Título das Contas. Sim
Subtítulo 1 Caractere 9 cdSubTitulo Representa o código do SubTítulo das Contas Sim
Item 2 Caractere 99 cdItem Representa o código do Item das Contas. Sim
Subitem 2 Caractere 99 cdSubItem Representa o código do SubItem das Contas. Sim
Nível8 2 Caractere 99 cdNivel8 Representa o código do nível 8. Sim
Nível9 2 Caractere 99 cdNivel9 Representa o código do nível 9. Sim
Nível10 2 Caractere 99 cdNivel10 Representa o código do nível 10. Sim
Nível11 2 Caractere 99 cdNivel11 Representa o código do nível 11. Sim
Nível12 2 Caractere 99 cdNivel12 Representa o código do nível 12. Sim
Ano da 
Operação 4 Numérico 9999 nrAnoAplicacao
Informar o ano de referência do 
movimento contábil. Sim
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 637)
Ao observarmos o leiaute acima podemos constatar que o Tribunal 
de Contas deseja receber toda e qualquer operação que ocorra com os bens 
patrimoniais existentes na entidade, sendo estes classificados como bens móveis, 
bens imóveis ou intangíveis. Estas operações esperadas pelo tribunal de contas 
referem-se às aquisições, desapropriações, permutas, depreciações, amortizações, 
entre outras, que serão evidenciadas no quadro a seguir.
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
197
QUADRO 58 – TIPOS DE OPERAÇÕES DOS BENS PATRIMONIAIS
idTipoOperacaoBem dsTipoOperacaoBem idTipoIncorporacao Bem
1 Alienação de Bens Móveis 2
2 Aquisição 1
3 Construção 1
5 Desapropriação 1
6 Inservibilidade 2
7 Outras incorporações 1
9 Sinistro 2
10 Incorporação por transferência 1
11 Desincorporação por transferência 2
13 Outras desincorporações 2
16 Dação em Pagamento – baixa 2
17 Dação em Pagamento – incorporação 1
18 Doação – baixa 2
19 Doação – incorporação 1
20 Permuta – baixa 2
21 Permuta – incorporação 1
23 Reavaliação 1
24 Depreciação Acumulada de Bens Móveis 2
26 Alienação – Programas Municipais 2
27 Alienação – Investidura 2
28 Alienação de bens imóveis por permuta 2
29 Depreciação Acumulada de Bens de Uso Comum do Povo 2
30 Depreciação Acumulada de Bens de Uso Especial 2
31 Depreciação Acumulada de Bens Dominicais 2
32 Exaustão Acumulada 2
33 Amortização Acumulada 2
34 Redução ao Valor Recuperável de Bens Dominicais 2
35 Redução ao Valor Recuperável de Bens Imóveis de Uso Especial 2
36 Amortização Acumulada de Softwares 2
37 Amortização Acumulada de Marcas, Direitos e Patentes 2
198
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
38 Redução ao Valor Recuperável de Softwares 2
39 Redução ao Valor Recuperável de Marcas, Direitos e Patentes 2
40 Alienação de Bens Imóveis 2
41 Baixa por Cisão, Fusão ou Extinção 2
42 Incorporação por Cisão, Fusão ou Extinção 1
43 Baixa de Bens de Terceiros 2
FONTE: Adaptado em Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 640 e 641)
QUADRO 59 – TIPOS DE INCORPORAÇÕES DE BENS
idTipoIncorporacaoBem dsTipoIncorporacaoBem
1 Incorporação
2 Desincorporação
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 641)
Diante da estrutura deste arquivo de movimentação de bens, que se 
relaciona com o quadro de operações, fica evidente a complexidade que é para 
os gestores do patrimônio obterem estas informações. Isto porque o arquivo 
movimentação de bens foi elaborado para receber informações da contabilidade, 
pois os campos Classe, Grupo, Subgrupo, Título, Subtítulo, Item, Subitem, Nível8, 
Nível9, Nível10, Nível11 e Nível12 são informações específicas da contabilidade. 
No entanto, o registro pormenorizado de cada bem encontra-se no sistema 
estruturante que realiza a gestão de patrimônio, não é na contabilidade que 
encontramos os bens especificados item por item. Na contabilidade encontramos 
contas que evidenciam grupos de informações patrimoniais do Ativo Imobilizado 
como as contas de Veículos, Móveis Utensílios, Aparelhos Odontológicos, 
Aeronaves, e assim por diante.
Esta é uma das razões pelas quais o tribunal de contas precisou adiar 
o recebimento destas informações das entidades públicas paranaenses, pela 
impossibilidade de estas enviarem tais informações.
Os entes públicos de modo geral, não tinham o hábito de fazer a 
gestão de patrimônio, pois o foco principal dos gestores sempre foram as 
operações orçamentárias, a preocupação com o déficit orçamentário e não com 
as movimentações patrimoniais. É por isso que no Brasil, desde 2013, com a 
implantação do PCASP, as entidades públicas passaram a implantar e aprimorar 
seus sistemas estruturantes para viabilizar o cruzamento entre as informações 
existentes na contabilidade com a gestão de patrimônio.
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
199
QUADRO 59 – TIPOS DE INCORPORAÇÕES DE BENS
No entanto, há muito trabalho para ser executado pelas entidades, pois 
os sistemas estão sendo adaptados para que seja possível manter integridade 
entre os dados evidenciados na contabilidade e os registrados no sistema de 
gestão patrimonial. Esta busca é de suma importância, pois além do arquivo que 
solicita as movimentações que ocorreram com os bens, também já foi estruturado 
o arquivo Empenhos de Bens Patrimoniais. Como o próprio nome do arquivo 
evidencia, este foi elaborado para captar os dados dos empenhos vinculados 
aos bens patrimoniais, e como empenho está atrelado à execução orçamentária 
e esta com a contabilidade e os procedimentos das operações, que envolvem os 
controles, os quais precisam estar bem definidos para que os servidores possam 
ser capacitados frente a prestação de contas.
O outro arquivo importante e que deve ser observado, mesmo que 
descontinuado neste momento, é o arquivo Inventário de Bens Patrimoniais. Como 
vamos observar na sequência, as informações solicitadas pelo leiaute até são bens 
simples, porém o mais agravante em relação a este arquivo é a inexistência destas 
informações nas entidades públicas. Muitas das entidades públicas desconhecem 
o total de seu patrimônio tanto em quantidade como em valor. 
Vejamos o leiaute:
QUADRO 60 – INVENTÁRIO DE BENS PATRIMONIAIS
Campo Tamanho Tipo Formato Campo Descrição Obrigatório
Identificador 
da Pessoa 
Jurídica junto 
ao TCE (*)
7 Numérico 9999999 idPessoa
Representa 
o código 
identificador 
da Entidade 
atribuído 
pelo Cadastro 
Interno do 
Tribunal de 
Contas.
SIM
Código do 
Bem 10 Caractere X(10) cdBem
Código de 
controle do bem 
patrimonial.
Origem: (Bem).
SIM 
Data do 
Inventário 4 Numérico 9999 dtInventario
Representa 
a data do 
Inventário.
SIM
Valor do Bem 16.2 Numérico Z(13)9.99 vlBem Valor do Bem Inventariado. SIM
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 648)
Esta situação é uma constatação que a própria Secretaria do Tesouro 
Nacional identificou, tanto que em suas orientações aos entes federados é sugerido 
que as entidades públicas determinem uma data de corte para garantir que a buscapelo reconhecimento seja realizada com critérios aceitáveis pelas normas contábeis.
200
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
Os procedimentos descritos nesse tópico só deverão ser realizados após ajuste 
a valor justo no ativo imobilizado e intangível, realizado no momento da adoção das novas 
normas contábeis, com base em um cronograma estabelecido pelo ente.
Esse primeiro ajuste a valor justo não se trata de reavaliação nem redução a valor recuperável, 
e não deve ser registrado como tal. Consistem em ajuste de exercícios anteriores, já que até 
a presente data não era realizada a devida depreciação, nem ajustadas as valorizações e 
desvalorizações ocorridas no valor dos bens.
Deve-se ressaltar a importância da definição de uma data de corte, que visa separar os bens 
que serão objetos de ajuste em seu valor contábil e os bens que poderão ser depreciados 
diretamente, sem passar por um ajuste. A definição da data de corte, bem como a composição 
da comissão de servidores responsável pela realização dos trabalhos junto ao setor de 
patrimônio, é um ato discricionário de cada ente, devendo o gestor responsável efetivá-las 
de acordo com sua realidade.
Após o reconhecimento inicial do ativo imobilizado e intangível com base neste Manual, 
a entidade deve mensurar as classes que o compõem escolhendo ou o modelo de custo 
menos a depreciação e redução ao valor recuperável acumuladas ou o modelo de reavaliação 
menos a depreciação e redução ao valor recuperável acumuladas subsequentes, devendo 
aplicar a política adotada para toda uma classe de ativos imobilizados ou intangíveis (BRASIL, 
2014, p. 159).
NOTA
FIGURA 28 - ESQUEMA DE IMPLEMENTAÇÃO DA AVALIAÇÃO E DEPRECIAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
FONTE: BRASIL (2014, p. 173)
Adquirido após a data de corte
Sim
Depreciação, Amortização e Exaustão
Sim
Sim Não
Não
Não
VC > VJAtivo
Ajuste
Ajuste NE 2
NE 3
NE 1Perda
D Ativo
D Perda/VPD
C Ajuste de Exercícios Anteriores (PL)
C Bem/Ativo
C Bem/Ativo
D Ajuste de Exercícios Anteriores (PL)
NE 4
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
201
FIGURA 28 - ESQUEMA DE IMPLEMENTAÇÃO DA AVALIAÇÃO E DEPRECIAÇÃO DE BENS PÚBLICOS
FONTE: BRASIL (2014, p. 173)
3 GESTÃO DAS RECEITAS
A gestão das receitas, sob a ótica do auditor externo, está voltada 
principalmente na identificação de renúncias de receita. Estas renúncias, 
principalmente em épocas de eleição, são uma prática nos municípios. É por estas 
razões que os tribunais de contas, pensando na evolução da análise, implementam 
novas formas de auditar essas informações.
O Tribunal de Contas do Paraná é um dos órgãos fiscalizadores que 
exige, por força da prestação de contas das prefeituras, tais informações. Estas 
informações são solicitadas por processos eletrônicos, da mesma forma que 
ocorrem nas outras áreas.
Vejamos quais são as informações solicitadas por este tribunal de contas:
QUADRO 61 – LANÇAMENTOS DE CRÉDITO
Campo Tamanho Tipo Formato Campo Descrição Obrigatório
Identificador da 
Pessoa Jurídica 
junto ao TCE (*)
7 Numérico 9999999 idPessoa
Representa o código identificador 
da Entidade atribuído pelo 
Cadastro Interno do Tribunal de 
Contas.
SIM
Código 
Sequencial de 
Controle de cada 
operação.
9 Numérico Z(8)9 nrCredito Representa o Código Sequencial de Controle de cada operação. SIM
Ano do Código 
de Controle de 
cada operação.
4 Numérico 9999 nrAnoCredito
Representa o Ano do Código 
Sequencial de Controle de cada 
operação.
SIM
Tipo de Natureza 
do Crédito 1 Numérico 9
idTipoNatureza
Credito
Representa o Tipo de Natureza do 
Crédito. SIM
Tipo de Crédito 3 Numérico 999 idTipoCredito Representa o Tipo de Crédito. SIM
Tipo de Operação 1 Numérico 9 idTipoOperacaoCredito
Representa o Tipo de Operação do 
Crédito.
Os valores válidos estão 
apresentados na tabela 
(TipoOperacaoCredito).
SIM
Data do 
Lançamento 10 Data
AAAA-
MM-DD dtLancamento Data em que o crédito foi lançado. SIM
Mês Base do 
Lançamento 2 Numérico 99 nrMesBase Mês Base do Lançamento. SIM
Ano Base do 
Lançamento 4 Numérico 9999 nrAnoBase
Ano de competência do 
Lançamento. SIM
Código de 
Controle de Leis 
e Atos
7 Numérico 9999999 cdControleLeiAto Representa o código identificador da lei/ato. SIM
Código do 
Cadastro da 
Entidade
15 Numérico Z(14)9 cdCadastro Código do Cadastro da Entidade. SIM
Tipo de 
Documento do 
Contribuinte
6 Caractere X(6) tpDocContribuinte
Representa o tipo de documento 
do Contribuinte. Os valores 
válidos estão disponíveis na tabela 
(TipoDocumentoPessoa).
SIM
Número do 
Documento 
Contribuinte
15 Caractere X(15) nrDocContribuinte
Representa o número do 
Documento Identificador do 
Contribuinte.
SIM
Valor do 
Lançamento do 
Crédito
(16,2) Numérico Z(13)9.99 vlLancamento Valor do Lançamento do Crédito. SIM
FONTE: Adaptado em Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 683)
202
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
QUADRO 62 – TIPOS DE OPERAÇÕES DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS
idTipoOperacaoCredito dsTipoOperacaoCredito
1 Lançamento
2 Implantação de Saldos de Exercícios Anteriores
3 Inscrição em Dívida Ativa
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 684)
QUADRO 63 – TIPOS DE NATUREZAS DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS
idTipoNaturezaCredito dsTipoNaturezaCredito
1 Crédito Tributário
2 Crédito Não Tributário
3 Crédito Previdenciário
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 684)
 
QUADRO 64 – TIPOS DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS
idTipoCredito dsTipoCredito flTributo
1 IPTU S
2 ITBI S
3 ISS S
4 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA S
5 TAXAS S
6 COSIP N
7 SANÇÕES APLICADAS PELO TCE/PR N
8 CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO AO RPPS N
9 CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL N
10 TAXA DA ADMINSTRAÇÃO N
11 APORTES – PLANO FINANCEIRO N
12 APORTES – PLANO PREVIDENCIÁRIO N
13 PARCELAMENTOS DE DÉBITOS N
14
CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO AO RPPS – 
SENTENÇAS JUDICIAIS
N
15 OUTROS CRÉDITOS PREVIDENCÁRIOS N
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 684)
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
203
QUADRO 62 – TIPOS DE OPERAÇÕES DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 684)
QUADRO 63 – TIPOS DE NATUREZAS DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 684)
 
QUADRO 64 – TIPOS DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS
QUADRO 65 – DIÁRIO DE ARRECADAÇÃO
Campo Tamanho Tipo Formato Campo Descrição Obrigatório
Identificador da 
Pessoa Jurídica 
junto ao TCE (*)
7 Numérico 9999999 idPessoa
Representa o código 
identificador da 
Entidade atribuído 
pelo Cadastro Interno 
do Tribunal de 
Contas.
SIM
Código 
Sequencial de 
cada operação 
Arrecadada.
9 Numérico Z(8)9 nrArrecadacao
Representa o Código 
Sequencial de 
Controle de cada 
operação arrecadada.
SIM
Ano do Código 
de Controle de 
cada operação 
Arrecadada.
4 Numérico 9999 nrAnoArrecadacao
Representa o Ano do 
Código Sequencial 
de Controle de cada 
operação arrecadada.
SIM
Código da 
Categoria 
Econômica
1 Caractere 9 cdCategoriaEconomica
Representa 
as Categorias 
Econômicas da 
Receita Orçamentária, 
conforme contido nos 
§§ 1º e 2º, do Art. 11 
da Lei nº 4320/64.
SIM
Código da 
Origem 1 Caractere 9 cdOrigem
A Origem é o 
detalhamento 
das Categorias 
Econômicas “Receitas 
Correntes” e “Receitas 
de Capital”, com 
vistas a identificar 
a natureza da 
procedência das 
receitas no momento 
em que ingressam no 
Orçamento Público.
SIM
Código da 
Espécie 1 Caractere 9 cdEspecie
É o nível de 
classificação 
vinculado à Origem 
que permite qualificar 
com maior detalhe 
o fato gerador 
das receitas. Por 
exemplo, dentro 
da Origem Receita 
Tributária, identifica-
se as espécies 
“Impostos”, “Taxas” 
e “Contribuições de 
Melhoria”.
SIM
204
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
Códigoda 
Rubrica 1 Caractere 9 cdRubrica
Agrega determinadas 
espécies de receitas 
cujas características 
próprias sejam 
semelhantes entre si; 
dessa forma, detalha 
a espécie, por meio 
da especificação dos 
recursos financeiros 
que lhe são correlatos. 
Por exemplo, a 
rubrica “Impostos 
sobre o Patrimônio e 
a Renda” corresponde 
ao detalhamento da 
Espécie “Impostos”.
SIM
Código da 
Alínea 1 Caractere 9 cdAlinea
A alínea é o 
detalhamento da 
Rubrica e exterioriza 
o “nome” da receita 
que receberão registro 
pela entrada de 
recursos financeiros. 
Por exemplo, a alínea 
“Impostos sobre a 
Renda e Proventos de 
Qualquer Natureza” 
corresponde ao 
detalhamento da 
Rubrica “Impostos 
sobre o Patrimônio e a 
Renda”.
SIM
Código da 
SubAlínea 2 Caractere 99 cdSubAlinea
A subalínea constitui 
o nível mais 
analítico da receita, 
utilizado quando 
há necessidade 
de se detalhar a 
Alínea com maior 
especificidade. Por 
exemplo, a subalínea 
“Pessoas Físicas” 
é detalhamento da 
Alínea “Impostos 
sobre a Renda 
e Proventos de 
Qualquer Natureza”.
SIM
Código do 
Desdobramento 2 Caractere 99 cdDesdobramento
Representa o 
Desdobramento da 
Receita, caso exista.
SIM
Código do 
Detalhamento 2 Caractere 99 cdDetalhamento
Representa o 
Detalhamento da 
Receita, caso exista.
SIM
Ano de 
Aplicação do 
Plano
4 Numérico 9999 nrAnoAplicacao
Declarar o ano de 
aplicação do plano de 
contas da receita da 
entidade.
SIM
Código 
Identificador 
da Origem do 
Crédito
2 Numérico 99 idTipoOrigemReceita
Identifica a origem do 
crédito.
Os valores válidos 
estão disponíveis 
na tabela 
(TipoOrigemReceita).
SIM
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
205
Código de 
Controle de 
cada operação 
da receita 
arrecadada
15 Numérico Z(14)9 nrOperacao
Representa o 
Código Sequencial 
de Controle de 
cada operação. Este 
código tem a função 
de identificar qual 
(nrCredito) da tabela 
(LancamentoCredito) 
que está sendo 
arrecadado OU 
(nrDivida) da tabela 
(InscricaoDividaAtiva).
NÃO
Ano do Código 
de Controle de 
cada operação 
de receita 
arrecadada
4 Numérico 9999 nrAnoOperacao
Representa o Ano do 
Código Sequencial 
de Controle de cada 
operação e tem a 
função de identificar 
qual (nrAnoCredito) 
da tabela 
(LancamentoCredito) 
que está sendo 
arrecadado OU 
(nrAnoDivida) 
da tabela 
(InscricaoDividaAtiva).
NÃO
Tipo de 
Documento do 
Contribuinte
6 Caractere X(6) tpDocContribuinte
Representa o tipo 
de documento do 
Contribuinte. Os 
valores válidos estão 
disponíveis na tabela 
(TipoDocumentoPessoa).
O contribuinte deve 
estar previamente 
declarado no cadastro 
de pessoas.
NÃO
Número do 
Documento 
Contribuinte
15 Caractere X(15) nrDocContribuinte
Representa o número 
do Documento 
Identificador do 
Contribuinte. O 
contribuinte deve 
estar previamente 
declarado no cadastro 
de pessoas.
NÃO
Tipo de 
Arrecadação 2 Numérico 99 idTipoArrecadacao
Representa o tipo 
de arrecadação 
previamente definido 
pelo TCE.
Os valores 
válidos estão 
presentes na tabela 
(TipoArrecadacao).
SIM
Data da 
Operação 10 Data
AAAA-
MM-DD dtArrecadacao
Representa a data 
da operação de cada 
receita arrecadada.
SIM
Valor da 
Operação (16,2) Numérico Z(13)9.99 vlArrecadacao
Valor de cada 
operação. SIM
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013 p. 710-712)
206
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
TABELA 66 – TIPOS DE ARRECADAÇÃO
idTipoArrecadacao dsTipoArrecadacao
1 Pagamento 
2 Dação de Pagamento
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 712)
QUADRO 66 – TIPOS DE ORIGEM DA RECEITA
idTipoOrigemReceita dsTipoOrigemReceita
1 Originária de Crédito não Inscrito em Dívida Ativa
2 Originária de Dívida Ativa
999 Outras Receitas
Pelos leiautes acima podemos observar que o Tribunal de Contas solicita 
informações de toda e qualquer receita que possa ser arrecadada pelas entidades 
públicas, ele não se atém somente as receitas tributárias. Para que a análise seja 
realizada de forma completa também são solicitadas as informações dos estornos de 
arrecadação, das deduções das arrecadações entre outras movimentações que possam 
afetar esta análise.
É através do leiaute Deduções de Crédito que o tribunal pretende captar as 
informações das receitas que não serão recebidas, sejam estas decorrentes de isenção, 
remissão, cancelamento, anistia, prescrição ou descontos concedidos. De posse destas 
informações o Tribunal de Contas tem condições de cruzar estas com os fundamentos 
legais que norteiam a execução destas deduções, por isso a importância deste dado, 
pois caso ele esteja inconsistente, pode caracterizar renúncia de receita em que caberão 
esclarecimentos em relação a estes valores.
Vejamos o leiaute das Deduções de Crédito:
QUADRO 67 – DEDUÇÕES DE CRÉDITOS
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 712)
Campo Tamanho Tipo Formato Campo Descrição Obrigatório
Identificador da 
Pessoa Jurídica 
junto ao TCE (*)
7 Numérico 9999999 idPessoa
Representa o código 
identificador da 
Entidade atribuído 
pelo Cadastro Interno 
do Tribunal de 
Contas.
SIM
Código Sequencial 
de cada operação 
de dedução.
9 Numérico Z(8)9 nrDeducao
Representa o Código 
Sequencial de 
Controle de cada 
operação de dedução.
SIM
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
207
QUADRO 66 – TIPOS DE ORIGEM DA RECEITA
Ano do Código 
de Controle de 
cada operação de 
dedução.
4 Numérico 9999 nrAnoDeducao
Representa o Ano do 
Código Sequencial 
de Controle de cada 
operação de dedução.
SIM
Código de 
Controle de cada 
operação afetada 
pela dedução.
9 Numérico Z(8)9 nrCredito
Representa o Código 
Sequencial de 
Controle de cada 
operação. Este código 
origina-se da tabela 
(LancamentoCredito).
SIM
Ano do Código de 
Controle de cada 
operação afetada 
pela dedução.
4 Numérico 9999 nrAnoCredito
Representa o Ano do 
Código Sequencial 
de Controle de cada 
operação. Este ano 
origina-se da tabela 
(LancamentoCredito).
SIM
Tipo de Operação 2 Numérico 99 idTipoDeducaoCredito
Representa o tipo 
de operação afetada 
pela dedução. Os 
valores válidos devem 
estar previamente 
cadastrados na tabela 
(TipoDeducaoCredito).
SIM
Código de 
Controle de Leis 
e Atos
7 Numérico 9999999 cdControleLeiAto
Representa o código 
identificador da lei/
ato que autorizou a 
dedução do crédito.
SIM
Data da dedução 10 Data AAAA-MM-DD dtDeducao
Data da dedução do 
crédito. SIM
Valor da Operação (16,2) Numérico Z(13)9.99 vlDeducao Valor de cada operação. SIM
Motivo da 
dedução 250 Caractere X(250) dsMotivo
Descrever o motivo 
de cada operação de 
dedução.
SIM
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 692-693)
QUADRO 68 – TIPOS DE DEDUÇÕES DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS
idTipoDeducaoCredito dsTipoDeducaoCredito
1 Isenção
2 Remissão
3 Cancelamento
4 Anistia
5 Prescrição
6 Descontos Concedidos
FONTE: Adaptado em Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 693)
Todos estes leiautes são da versão inicial da prestação de contas do ano de 
2013, porém, conforme já esclarecido no item Gestão de Patrimônio, o Tribunal 
de Contas do Paraná adiou a captação de algumas informações em razão da 
impossibilidade dos municípios paranaenses enviarem estas informações. Esta 
208
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
situação também ocorreu com os dados solicitados para a área de tributação. 
Abaixo vamos verificar a relação de leiautes que deixaram de ser solicitados no 
decorrer de 2013 por conta deste adiamento. 
• LANÇAMENTO DE CRÉDITOS
• TIPOS DE OPERAÇÕES DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO 
TRIBUTÁRIOS
• TIPOS DE NATUREZA DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS
• TIPOS DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS
• CONSOLIDAÇÃO DAS NATUREZAS E TIPOS DOS CRÉDITOS 
TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS
• ESTORNO DO LANÇAMENTO DE CRÉDITOS
• ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DE CRÉDITOS
• TIPOS DE ATUALIZAÇÕES DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO 
TRIBUTÁRIOS
•ESTORNO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DE CRÉDITOS
• DEDUÇÕES DOS CRÉDITOS
• TIPOS DE DEDUÇÕES DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS
• ESTORNO DE DEDUÇÕES DE CRÉDITOS
• INSCRIÇÃO DE CRÉDITOS EM DÍVIDA ATIVA
• ESTORNO DA INSCRIÇÃO DE CRÉDITOS EM DÍVIDA ATIVA
• ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DE CRÉDITOS EM DÍVIDA ATIVA
• ESTORNO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DE CRÉDITOS EM DÍVIDA 
ATIVA
• DEDUÇÕES DOS CRÉDITOS EM DÍVIDA ATIVA
• ESTORNO DE DEDUÇÕES DE CRÉDITOS EM DÍVIDA ATIVA
• ROL ANUAL DOS CRÉDITOS PARCELADOS
• TIPOS DE OPERAÇÕES DE PARCELAMENTO DE CRÉDITOS
• ROL ANUAL DOS CRÉDITOS PARCELADOS INSCRITOS EM DÍVIDA ATIVA
• ROL ANUAL DA DÍVIDA ATIVA EM COBRANÇA JUDICIAL
• TIPOS DE OPERAÇÕES DE DÍVIDA EM COBRANÇA JUDICIAL
• INSCRIÇÃO DA DÍVIDA ATIVA DE SANÇÕES APLICADAS PELO 
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
• TIPOS DE ATOS DE SANÇÕES
• TIPOS DE UNIDADES DO TCE/PR
• TABELA DE CONSOLIDAÇÃO DO MOVIMENTO DOS CRÉDITOS NÃO 
INSCRITOS EM DÍVIDA ATIVA
• TABELA DE CONSOLIDAÇÃO DO MOVIMENTO DA DÍVIDA ATIVA
Os Controles Internos dos municípios paranaenses, sabedores destes 
adiamentos por parte do tribunal de contas, precisam ser prudentes na forma de 
conduzir estes processos internamente nas diversas áreas que serão afetadas pela 
coleta destas informações. Como podemos observar pelos leiautes, o tribunal 
terá condições de realizar vários cruzamentos entre estas informações, por isso 
o envolvimento de todas as áreas na implementação, até mesmo a atualização de 
procedimentos é de suma importância para o município, afim de que este não seja 
penalizado pela falta de controle sobre estas informações.
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
209
4 GESTÃO DE LICITAÇÕES
Todo processo de compra realizado nas entidades públicas precisa atentar 
para as legislações vigentes na época de elaboração destes processos. Uma das 
leis mais importantes que define as regras para o setor público contratar serviços 
ou adquirir bens é a Lei nº 8.666/93, conhecida como Lei de Licitações e Contratos. 
Outras formas de contratação, como o Regime Diferenciado de Contratação (RDC), 
Lei nº 12.462, de 04/08/2011 e LC nº 123/2006, que trata de forma diferenciada a 
contratação de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte são mais recentes, 
entre outras não mencionadas aqui. 
O importante na abordagem deste tema, é evidenciar que os tribunais de 
contas vêm se modernizando no sentido de auditar estas informações de forma 
mais tempestiva. Um dos primeiros tribunais a solicitar este tipo de informação 
em tempo real foi o Tribunal de Contas do Paraná, em 2013, através da instituição 
do Mural de Licitações.
Este Mural de Licitações exige dos órgãos públicos paranaenses a 
publicação diária de suas informações no portal disponibilizado pelo tribunal 
de contas, ou seja, estes órgãos geram suas informações na forma solicitada 
pelo leiaute do tribunal e importam no sistema deste, que disponibiliza estas 
informações no Mural de Licitações existentes no endereço eletrônico <http://
www1.tce.pr.gov.br/conteudo/mural-de-licitacoes-consulta/52/area/48>.
Vejamos como estes dados podem ser pesquisados por qualquer cidadão.
FONTE: Adaptado de: <http://servicos.tce.pr.gov.br/TCEPR/Municipal/AML/
ConsultarProcessoCompraWeb.aspx>. Acesso em: 15 dez. 2015.
FIGURA 29 – MURAL DE LICITAÇÕES
210
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
Para que estes dados estejam coerentes com os existentes no órgão público, 
os servidores responsáveis em cadastrar, manter e enviar estas informações 
ao tribunal precisam atentar para os dados solicitados pelo tribunal, conforme 
leiaute demonstrado a seguir:
QUADRO 70 – CADASTRO DOS NÚMEROS DE LICITAÇÕES
Campo Tamanho Tipo Formato Campo Descrição Obrigatório
Identificador da 
Pessoa Jurídica 
junto ao TCE (*)
7 Numérico 9999999 idPessoa
Representa o código 
identificador da 
Entidade atribuído 
pelo Cadastro Interno 
do Tribunal de Contas.
SIM
Número do 
Edital da 
Licitação
9 Numérico Z(9) nrLicitacao
Representa o 
número do Edital 
que estabeleceu o 
processo licitatório. 
Esta numeração deve 
ser individualizada por 
modalidade.
SIM
Ano do Edital da 
Licitação 4 Numérico 9999 nrAnoLicitacao
Representa o ano do 
Edital da Licitação. SIM
Modalidade da 
Licitação 2 Numérico 99
idModalidade
Licitacao
Representa o código 
da Modalidade da 
Licitação.
Os valores 
válidos estão 
presentes na tabela 
(ModalidadeLicitacao).
SIM
Status da 
Licitação 1 Numérico 9 idStatusLicitacao
Informar se o número 
do edital foi processado 
normalmente ou foi 
descartado. Os valores 
válidos estão na tabela: 
(StatusLicitacao).
SIM
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 401-402)
QUADRO 71 – TIPOS DE MODALIDADES DE LICITAÇÕES
idModalidadeLicitacao dsModalidadeLicitacao
1 Convite
2 Tomada de Preços
3 Concorrência
4 Concurso
5 Leilão
6 Pregão
7 Processo de Dispensa
8 Processo de Inexigibilidade
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 402) 
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
211
QUADRO 72 - STATUS DAS LICITAÇÕES
idModalidadeLicitacao dsModalidadeLicitacao
1 Normal
2 Descartado
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 402)
Em relação à obtenção de informações de forma eletrônica dos processos 
de contratação de bens e serviços por parte dos órgãos públicos, podemos também 
citar os Tribunais de Contas dos Estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo.
 
O estado do Rio Grande do Sul através da Resolução nº 1050/2015, 
em vigor a partir de 13/11/2015, instituiu o sistema LICITACON – Sistema de 
Licitações e Contratos, que dispõe sobre o envio e a disponibilização, por meio 
do sistema, de dados, informações e documentos relativos a licitações e contratos 
administrativos dos poderes, órgãos e entidades jurisdicionados do Tribunal 
de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Este tribunal de contas inclusive se 
preocupou com os pequenos municípios, que por ventura não trabalham com 
sistemas informatizados na gestão dos processos licitatórios. Isto porque eles 
lançaram o Licitacon Web, que permitirá a inserção de dados diariamente pelos 
jurisdicionados. Este sistema já está liberado a todos os municípios que desejarem 
enviar suas informações de forma direta.
Já o estado de São Paulo, através do Tribunal de Contas do Estado, 
também vem trabalhando para disponibilizar sistema que capte as informações 
dos processos licitatórios, isto podemos comprovar através das notícias e 
comunicados publicados por este tribunal, a qual veremos:
Piloto de Testes da Fase IV – Módulo de Licitações e Contratos
Prezados Interessados,
O ambiente para o Piloto de Testes da Fase IV – Módulo de Licitações 
e Contratos será liberado para recepção dos dados a partir do dia 24/08/2015, 
às 12 horas.
Em primeiro momento, os dados serão encaminhados somente via 
interação direta (internet).
A partir do dia 24/08 serão liberados os submódulos de Licitações, 
Ajustes (Contratos) e Termos Aditivos. A previsão para a liberação do 
submódulo de Execução Contratual é para o dia 08/09/2015. O envio destas 
informações deve obedecer à seguinte ordem: encaminhar primeiro os dados 
da licitação, em seguida os dados do ajuste (contrato) decorrente desta licitação, 
depois os dados de termos aditivos. Os dados de execução contratual podem 
ser encaminhados após o registro do ajuste (contrato), em paralelo com termos 
aditivos e após a liberação do acesso a este ambiente.
212
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
Para solicitar o credenciamento à participação no Piloto, as entidades 
públicas estaduais e municipais e as empresas desenvolvedoras deverão 
encaminhar o pedido através do Fale Conosco da página do Sistema Audesp 
(http://www4.tce.sp.gov.br/fale-conosco-audesp), escolhendo em “Categoria” 
a opção “Piloto de Licitações e Contratos”.
Deverão ser encaminhadas as seguintes informações de cada solicitante:
Nome do órgão;
Nome do Responsável

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