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Bioma Cerrado

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – CECA 
AGRONOMIA 
 
 
 
 
 
 
ARTUR DE OLIVEIRA SILVA; GIAN CARLOS RODRIGUES SANTOS; MATIAS DA SILVA 
NASCIMENTO; IGOR HERBERSON DOS SANTOS NICÁCIO. 
 
 
 
 
 
BIOMAS BRASILEIROS: CERRADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO LARGO – AL 
2020 
2 
 
ARTUR DE OLIVEIRA SILVA; GIAN CARLOS RODRIGUES SANTOS; MATIAS DA 
SILVA NASCIMENTO; IGOR HERBERSON SANTOS NICÁCIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIOMAS BRASILEIROS: CERRADO 
 
 
 
 
 
 
Trabalho requerido pelo Professor Dr. Carlos Frederico 
Lins e Silva Brandão, na disciplina de Ciências do 
Ambiente e Manejo Agrário de Recursos Naturais, para 
obtenção da nota referente a AB2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO LARGO – AL 
2020 
3 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .........................................................................................................4 
CARACTERÍSTICAS FISIONÔMICAS DO CERRADO........................................5 
FAUNA E FLORA ....................................................................................................8 
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ......................................................................... 8 
IMPACTOS AMBIENTAIS .....................................................................................10 
MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO ........................................................................... 11 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................14 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km2, cerca 
de 22% do território nacional. A sua área contínua incide sobre os estados de Goiás, Tocantins, Mato 
Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e 
Distrito Federal, além dos encraves no Amapá, Roraima e Amazonas. Neste espaço territorial 
encontram-se as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul 
(Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata), o que resulta em um elevado potencial aquífero e 
favorece a sua biodiversidade. 
Existe uma grande diversidade de habitats, que determinam uma notável alternância de espécies entre 
diferentes fitofisionomias. Cerca de 199 espécies de mamíferos são conhecidas, e a rica avifauna 
compreende cerca de 837 espécies. Os números de peixes (1200 espécies), répteis (180 espécies) e 
anfíbios (150 espécies) são elevados. O número de peixes endêmicos não é conhecido, porém os 
valores são bastante altos para anfíbios e répteis: 28% e 17%, respectivamente. De acordo com 
estimativas recentes, o Cerrado é o refúgio de 13% das borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins 
dos trópicos. 
Além dos aspectos ambientais, o Cerrado tem grande importância social. Muitas populações 
sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, quilombolas, geraizeiros, 
ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros e comunidades quilombolas que, juntas, fazem parte do 
patrimônio histórico e cultural brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade. 
Mais de 220 espécies têm uso medicinal e mais 416 podem ser usadas na recuperação de solos 
degradados, como barreiras contra o vento, proteção contra a erosão, ou para criar habitat de 
predadores naturais de pragas. 
Contudo, inúmeras espécies de plantas e animais correm risco de extinção. Estima-se que 20% das 
espécies nativas e endêmicas já não ocorram em áreas protegidas e que pelo menos 137 espécies de 
animais que ocorrem no Cerrado estão ameaçadas de extinção. Depois da Mata Atlântica, o Cerrado 
é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana. Com a crescente pressão 
para a abertura de novas áreas, visando incrementar a produção de carne e grãos para exportação, tem 
havido um progressivo esgotamento dos recursos naturais da região. Nas três últimas décadas, o 
Cerrado vem sendo degradado pela expansão da fronteira agrícola brasileira. Além disso, o bioma 
Cerrado é palco de uma exploração extremamente predatória de seu material lenhoso para produção 
de carvão. 
 
Apesar do reconhecimento de sua importância biológica, de todos os hotspots mundiais, o Cerrado é 
o que possui a menor porcentagem de áreas sobre proteção integral. O Bioma apresenta 8,21% de seu 
território legalmente protegido por unidades de conservação; desse total, 2,85% são unidades de 
5 
 
conservação de proteção integral e 5,36% de unidades de conservação de uso sustentável, incluindo 
RPPNs (0,07%). 
 
CARACTERÍSTICAS FISIONÔMICAS DO CERRADO 
De modo geral, podemos distinguir dois estratos na vegetação dos cerrados: A - Estrato lenhoso: 
Árvores com troncos tortuosos, súber espesso, com longas raízes subterrâneas atingindo 10 , 15 ou 
mais metros de profundidade. 
Extrato Herbáceo/Arbustivo: 
Formado por espécies perenes com órgãos subterrâneos de resistência, como bulbos, xilopódios 
(estruturas subterrâneas com reserva de água e que contêm gemas) e sóboles (gemas caulinares 
subterrâneas) que lhe garantem sobreviver à seca e ao fogo. Suas raízes são geralmente superficiais, 
indo até pouco mais de 30 cm. Os ramos aéreos são anuais, secando e morrendo durante a estação 
seca. 
 São responsáveis pela formação de 4, 5, 6 ou mais toneladas de palha por ha/ano, um combustível 
que facilmente se inflama favorecendo assim a ocorrência e propagação das queimadas no cerrado. 
 
Fitofisionomia do Cerrado 
Bastante diversificada, apresentando desde formas campestres abertas como os campos limpos de 
cerrado, até formas relativamente densas, florestais como o cerradão. Tipos de Cerrado: campo limpo; 
campo sujo; campo cerrado; cerrado típico (sensu strictu); cerradão. Outras formações que ocorrem 
no cerrado são as matas ciliares e de galeria, veredas e campos rupestres. 
Estas fisionomias se distribuem de acordo com: Tipo de solo (mais pobres ou menos pobres); 
Irregularidade dos regimes e características das queimadas de cada local (freqüência, época, 
intensidade);·Umidade; Ação do homem. 
Campo Limpo 
Fitofisionomia herbácea que apresenta arbustos esparsos e ausência de árvores. Pode ocorrer em 
diferentes tipos de solo e condições de topografia. É mais comum nas encostas, nas chapadas, nos 
olhos d’água ou nascentes, circundando veredas ou nas bordas de matas de galeria. Apresenta-se 
como campo limpo seco, campo limpo úmido ou campo limpo com murundus. O campo limpo úmido, 
sem indivíduos arbustivos ou arbóreos, é encontrado sobre solos jovens, pouco profundos de 
permeabilidade muito baixa e, muitas vezes, cascalhentos, e em solos profundos, muito porosos, 
6 
 
macios, friáveis e muito permeáveis; podem ter muita areia ou argila e encontram-se estacionalmente 
saturados. 
Campo Sujo 
Fitofisionomia exclusivamente herbáceo-arbustiva, com arbustos e sub-arbustos esparsos.Os solos 
onde ocorrem são rasos ou profundos, porém com baixa fertilidade.As plantas que ocorrem no campo 
sujo podem ser as mesmas que as de cerrado típico, no entanto, aqui apresentam-se menos 
desenvolvidas.Há três sub-tipos de campo sujo: úmido, quando o lençol freático é superficial; seco, 
quando o lençol é profundo e com murundus, quando há pequenas elevações de relevo. 
Campo Cerrado 
Vegetação campestre, com predomínio de gramíneas, pequenas árvores e arbustos bastante esparsos 
entre si. Pode tratar-se de transição entre campo e demais tipo de vegetação ou às vezes resulta da 
degradação do cerrado. Esse tipo de formação se ressente com a estação seca, e acaba sendo alvo de 
incêndios anuais, até mesmo espontâneos. 
Cerrado Típico ou Cerrado Sensu Stricto 
Formatação vegetal constituída por dois estratos: superior, com arbustos e árvores que raramente 
ultrapassam 6 metrosde altura, recobertos por cascas espessas, com folhas coriáceas e apresentando 
caules tortuosos; inferior, com vegetação rasteira (herbácea arbustiva). Abrigam grande variedade de 
espécies da fauna brasileira, inclusive algumas ameaçadas de extinção como: lobo-guará, tamanduá-
bandeira, tatu-canastra, inhambucarapé, entre outras. 
Cerradão 
Formação vegetal constituída de três estratos: superior, com árvores de altura entre 8 e 15 metros 
(cobertura arbórea entre 50 e 90%.);intermediário, com árvores e arbustos de troncos e galhos 
retorcidos, inferior arbustiva. São típicos do cerradão: lixeira, pequi, pauterra, pau-santo, copaíba, 
angico, capotão, faveiro e aroeira. Os solos onde ocorrem os cerradões têm fertilidade média ou baixa, 
sendo profundos e bem drenados. 
Mata Ciliar 
Vegetação que cresce ao longo dos cursos d'água e linhas de drenagem. A mata ciliar é uma formação 
vegetal que está associada aos cursos d'água, cuja ocorrência é favorecida pelas condições físicas 
locais, principalmente relacionadas a maior umidade do solo. 
7 
 
Matas de Galeria 
Vegetação de grande porte que ocorre ao longo de pequenos e córregos no Planalto Central, formando 
"galerias". As espécies que compõem as matas de galeria são perenes, não apresentando perda de 
folhas durante a seca. É a formação de cerrado que costuma apresentar maior ocorrência de espécies 
epífitas, como orquídeas. Geralmente, as matas de galeria são circundadas por faixas de vegetação 
não florestal, havendo uma transição abrupta para campos ou formações savânicas. Altura média 
metros, sobreposição de copas promove uma cobertura vegetal de 70 a 95%.As matas de galeria 
podem ser formadas por dois sub-tipos, de acordo com as características do relevo, altura do lençol 
freático e espécies vegetais presentes: as matas de galeria inundáveis e as nãoinundáveis. 
Veredas 
Veredas são áreas onde o solo está alagado durante a maior parte do ano.O buritizeiro (Mauritia 
vinifera) e certas gramíneas são as espécies principais na vereda.Em áreas onde o solo é mais fértil 
ou mais úmido, embora não excessivamente, o cerrado dá lugar a matas ciliares ou florestas.As 
veredas são sempre encontradas em solos hidromórficos (brejos), em geral saturadas de água durante 
a maior parte do ano.As veredas são circundadas por campo limpo e ocorrem em planícies, em locais 
de afloramento do lençol freático, próximas a nascentes ou na borda das matas de galeria. 
Campos rupestres 
Formação herbáceo-arbustiva que ocorre em regiões com afloramentos rochosos, a altitudes acima de 
900 metros. São solos ácidos e pobres em nutrientes, que abrigam uma flora extremamente peculiar, 
que apresenta altos índices de endemismo (espécies exclusivas, que ocorrem apenas neste tipo de 
formação).As plantas concentram-se em locais específicos, como fendas entre a rocha ou pontos de 
maior umidade do solo, mas há também espécies que crescem diretamente sobre as rochas, como 
algumas orquídeas. 
Fauna e flora 
O Cerrado detém 5% da biodiversidade do planeta, sendo considerado a savana mais rica do mundo, 
porém um dos biomas mais ameaçados do País. Compreende um mosaico de vários tipos de 
vegetação, desde fisionomias campestres, savânicas e até florestais, como as matas secas e as matas 
de galeria. Ribeiro & Walter (2008) descreveram 11 tipos fitofisionômicos entre as formações 
florestais, savânicas e campestres do bioma. Alguns trabalhos citam fatores ambientais que podem 
influenciar na distribuição fitofisionômica e florística do Cerrado, compreendendo regime de fogo, 
clima, tipo de solo (fertilidade e drenagem), relevo, herbivoria, flutuações climáticas do Quaternário 
e distúrbios antrópicos (Eiten 1993, Miranda et al. 2002, Oliveira-Filho & Ratter 2002). 
8 
 
 
A alta diversidade de ambientes se reflete em uma elevada riqueza de espécies, com plantas herbáceas, 
arbustivas, arbóreas e cipós, totalizando 12.356 espécies que ocorrem espontaneamente e uma flora 
vascular nativa (pteridófitas e fanerógamas) somando 11.627 espécies (Mendonça et al. 2008), sendo 
aproximadamente 44% da flora endêmica (Klink & Machado 2005), tornando-o a savana tropical 
mais rica do mundo. Do mesmo modo, a diversidade da fauna é elevada. Existem cerca de 320.000 
espécies de animais na região, sendo apenas 0,6% formada por vertebrados. Entre esses, os insetos 
têm posição de destaque com cerca de 90.000 espécies, representando 28% de toda a biota do Cerrado 
(Aguiar et al. 2004). 
 
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO CERRADO: 
 
APA da Serra da Tabatinga: 
Nome da unidade: Área de Proteção Ambiental da Serra de Tabatinga 
Diploma legal de criação: Decreto nº 99.278 de 06 de junho de 1990 / Decreto s/n de 16 de julho 
de 2002 Área: 41.779,61 hectares 
Coordenação regional: CR5 – Parnaíba/PI 
APA da Carste de Lagoa Santa 
Nome da unidade: Área de Proteção Ambiental Carste de Lagoa Santa 
Área: 37.735,58 hectares 
Diploma legal de criação: Decreto nº 98.881 de 25 de janeiro de 1990 / Decreto 1.876 de 25 de abril 
de 1996 
Coordenação regional: CR11 - Lagoa Santa/MG 
Lista de espécies ameaçadas protegidas nesta unidade de conservação: 
Rato-do-mato - Kunsia fronto 
Gato-maracajá - Leopardus pardalis mitis 
Rato-da-árvore - Phyllomys brasiliensis 
 
APA Cavernas de Peruaçu 
Nome da unidade: Área de Proteção Ambiental Cavernas do Peruaçu 
Área: 143.355,59 hectares 
Diploma legal de criação: Decreto nº 98.182 de 26 de setembro de 1989 
Coordenação regional: CR11 - Lagoa Santa/MG 
Lista de Espécies Ameaçadas protegidas nesta Unidade de Conservação: 
Lobo-guará - Chrysocyon brachyurus; Gato-maracajá - 
Leopardus pardalis mitis; Onça-pintada -Panthera onca. 
APA da Bacia do Rio Descoberto 
Nome da unidade: Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Descoberto 
9 
 
Área: 41.783,61 hectares 
Diploma legal de criação: Dec nº 88.940 de 7 de novembro de 1983 
Coordenação regional: CR10 - Goiânia/GO 
APA da Bacia do Rio São Bartolomeu 
Nome da unidade: Àrea de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São Bartolomeu 
Área: 82.680,80 hectares 
Diploma legal de criação: Decreto nº 88.940 de 7 de novembro de 1983 
Coordenação regional: CR10 - Goiânia/GO 
APA das Nascentes do Rio Vermelho 
Nome da unidade: Área de Proteção Ambiental das Nascentes do Rio Vermelho 
Área: 176.324,33 hectares 
Diploma legal de criação: Decreto s/n de 27 de setembro de 2001 
Coordenação regional: CR10 – Goiânia/GO 
APA do Planalto Central 
Nome da unidade: Área de Proteção Ambiental do Planalto Central 
Área: 503.423,36 hectares 
Diploma legal de criação: Dec s/n.º de 10 de janeiro de 2002 
Coordenação regional: CR10 - Goiânia/GO 
APA dos Meandros do Rio Araguaia 
Nome da unidade: Área de Proteção Ambiental dos Meandros do Rio Araguaia 
Área: 359.194,09 hectares 
Diploma legal de criação: Decreto 02 de Outubro de 1998 
Coordenação regional: CR10 – Goiânia/GO 
APA Morro da Pedreira 
Nome da unidade: Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira 
Área: 131.770,84 hectares 
Diploma legal de criação: Decreto nº 98.891, de 26 de janeiro de 1990 
Coordenação regional: CR11 - Lagoa Santa/MG 
Lista de Espécies Ameaçadas protegidas nesta Unidade de Conservação: 
Lobo-guará - Chrysocyon brachyurus; 
Gato-maracajá - Leopardus pardalis mitis; 
Arie capetinga\Taquara 
Nome da Unidade: área de relevante interesse ecológico capetinga/taquara 
Área: 2.057,20 hectares 
Diploma legal de criação: dec nº 91.303 de 03 de junho de 1985 
Coordenação regional: cr10 - goiânia/go 
 
IMPACTOS AMBIENTAIS NO CERRADO: 
A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e 
mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser 
alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 
25ton/ha/ano, embora práticasde conservação, como o plantio direto, possam reduzir a erosão a 
10 
 
3ton/ha/ano (Rodrigues, 2002). Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas 
abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano (Goedert, 1990). 
Práticas agrícolas no Cerrado incluem o uso extensivo de fertilizantes e calcário (Müller, 2003), os 
quais poluem córregos e rios. Além disto, o amplo uso de gramíneas africanas para a formação de 
pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos 
ecossistemas (Berardi, 1994; Barcellos, 1996; Pivello et al., 1999; Klink & Moreira, 2002). Para a 
formação das pastagens, os cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados com 
gramíneas africanas, como Andropogon gayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) 
Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou 
capim-gordura) (Barcellos, 1996). 
Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado de São Paulo) 
está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, 
invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Barcellos, 1996; Costa & Rehman, 2005). 
As gramíneas africanas invasoras são os maiores agentes de mudanças no Cerrado. Uma das 
variedades mais utilizadas é o capim-gordura, altamente impactante para a biodiversidade e para o 
funcionamento dos ecossistemas (Mack et al., 2000). Embora a substituição pelas gramíneas africanas 
ocorra em função de sua maior produtividade, tais espécies são amplamente dispersas em áreas 
perturbadas, faixas laterais de estradas, plantações abandonadas e reservas naturais no Cerrado 
(Berardi, 1994; Pivello et al., 1999). Essas gramíneas podem alcançar biomassas extremamente 
elevadas e, quando secas, são altamente inflamáveis, iniciando uma interação gramíneas-fogo capaz 
de impedir o brotamento da vegetação nativa (Berardi, 1994). Nas áreas onde o capimgordura se torna 
abundante, a flora local é consideravelmente depauperada. Incêndios de áreas dominadas pelo capim-
gordura são mais quentes, mais prolongados e possuem chamas altas que podem alcançar o dossel 
das árvores. Essas condições alteram a sucessão na superfície do solo e são mais danosas para a fauna 
do solo e espécies fossoriais do que queimadas típicas da vegetação do Cerrado. 
O fogo é geralmente usado para limpar terrenos. Tansey e colaboradores (2004) estimaram que 67% 
da área queimada no Brasil em 2000 estavam no Cerrado. Queimadas freqüentes afetam 
negativamente o estabelecimento de árvores e arbustos (Hoffmann & Moreira, 2002), além de liberar 
para a atmosfera dióxido de carbono (CO2 ) e outros gases causadores do efeito estufa (Krug et al., 
2002). Simulações que modelaram a conversão do Cerrado natural em pastagem plantadas mostraram 
que a precipitação pode ser reduzida em pelo menos 10%, os veranicos podem se tornar mais 
freqüentes e a temperatura média do ar superficial pode aumentar (Hoffmann & Jackson, 2000), com 
grandes implicações para a agricultura. Estudos de campo demonstraram que a habilidade das árvores 
e arbustos do Cerrado em tamponar, durante a estação seca, a água armazenada no solo pode ser 
crítica para a manutenção do ciclo hídrico (Oliveira et al., no prelo). Alguns cenários de mudanças 
11 
 
climáticas predizem diminuições na distribuição de muitas espécies arbóreas do Cerrado em mais de 
50% (Siqueira & Peterson, 2003). Em 1998, 49% da bacia do rio Tocantins tinha sido convertida em 
áreas de plantio e pastagens, aumentando a descarga do rio em 24% (Costa et al., 2003). 
Desmatamentos amplos e ilegais das matas de galeria reduzem os suprimentos de água doce para 
áreas urbanas (Müller, 2003). A maior parte da biomassa do Cerrado está no subsolo – até 70%, 
dependendo da vegetação dominante (Castro & Kauffmann, 1998). Ao considerar as extensas 
alterações na paisagem é igualmente esperado que tenham ocorrido alterações no estoque regional de 
carbono. Pastos plantados podem acumular carbono se forem bem manejados (Davidson et al., 1995; 
Silva et al., 2004), mas considerando a grande extensão das pastagens degradadas, é possível que esse 
ambiente já não sirva mais como seqüestrador de carbono atmosférico (Silva et al., 2004). Os fluxos 
de CO2 dos pastos plantados para a atmosfera são mais rápidos e sazonalmente mais variáveis do que 
aqueles do Cerrado nativo (Varella et al., 2004). 
 
 
MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO: 
 
Programa Cerrado Sustentável 
 
Em setembro de 2003, o Ministério do Meio Ambiente instituiu o Grupo de Trabalho do Bioma 
Cerrado (GT Cerrado), a fim de elaborar uma proposta de programa destinado à conservação e 
ao uso sustentável do bioma. 
 
Após um ano de funcionamento e a realização de diversas consultas públicas, o GT apresentou a 
proposta do Programa Nacional de Conservação e Uso Sustentável do Bioma Cerrado – Programa 
Cerrado Sustentável. Este foi formalmente instituído por meio do Decreto 5.577, de 8 de novembro 
de 2005, com o objetivo de promover a conservação, a recuperação e o manejo sustentável de 
ecossistemas naturais, bem como a valorização e o reconhecimento de suas populações locais, 
buscando condições para reverter os impactos sócio-ambientais negativos no bioma Cerrado. 
 
Iniciativa Cerrado Sustentável 
 
A Iniciativa Cerrado Sustentável é um dos instrumentos do Ministério do 
Meio Ambiente para a implementação de parte dos objetivos e das diretrizes preconizados 
pelo Programa Cerrado Sustentável. 
 
12 
 
O objetivo da Iniciativa é promover o aumento da conservação da biodiversidade e melhorar o manejo 
dos recursos ambientais e naturais do bioma Cerrado, por meio do apoio a políticas e práticas 
apropriadas. É desenvolvido com recursos do Global Environment Facility (GEF) e do governo 
brasileiro, como contrapartida. 
 
A Iniciativa Cerrado Sustentável possui quatro componentes (criação e implementação de unidades 
de conservação, apoio a iniciativas de uso sustentável, formulação de políticas e 
monitoramento ambiental), cujos principais resultados são: 
 
 
• a conservação da biodiversidade do Cerrado, com 2 milhões de hectares adicionais protegidos no 
bioma por meio da criação/expansão de unidades de conservação; 
 
• o uso sustentável dos recursos naturais do Cerrado, com 12 iniciativas de conhecimento 
tradicional e melhores práticas de manejo sustentável dos recursos naturais documentadas 
e disseminadas e 400 produtores treinados na aplicação destas práticas; 
 
• o fortalecimento institucional e a formulação de novas políticas públicas; a coordenação da 
Iniciativa e o monitoramento do bioma. 
 
A Iniciativa Cerrado Sustentável é coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente. A agência 
implementadora do GEF é o Banco Mundial. 
 
PPCERRADO Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas 
no Cerrado 
 
O Projeto de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite – fruto de 
cooperação técnica entre o Ministério do Meio Ambiente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 
(PNUD) – revelou que, até 2008, o bioma Cerrado já havia perdido 47,84% dos 204 milhões de 
hectares de sua cobertura vegetal original. 
 
O desmatamento no Cerrado ocorre de modo intenso em função da agricultura, da pecuária e da 
demanda por carvão vegetal para a indústria siderúrgica. Para fazer frente a esse problema, em 2009 
13 
 
o MMA lançou a versão para consulta pública do Plano de Ação para Prevenção e Controle do 
Desmatamento e das Queimadas no Cerrado 
(PPCerrado) contendo iniciativas próprias ou de suas instituiçõesvinculadas Ibama, 
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Agência Nacional de 
Águas (ANA) e Serviço Florestal Brasileiro (SFB). 
 
Durante a 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do 
Clima, realizada em dezembro de 2009 na capital dinamarquesa, o governo brasileiro apresentou os 
compromissos nacionais voluntários de redução das emissões de gases de efeito estufa projetadas até 
2020. No que se refere ao desmatamento no bioma, foi atribuída ao PPCerrado a tarefa de tratar das 
ações do governo que levarão à redução das emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 40% 
até 2020. 
 
 
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) Áreas 
Protegidas 
 
De acordo com o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC 2011), 8,1% do bioma 
Cerrado encontra-se protegido por Unidades de Conservação. Destas, 3,1% são de Proteção Integral 
e 5% de Uso Sustentável, principalmente Áreas de Proteção Ambiental - APA's - (4,9%). As Terras 
Indígenas correspondem a 4,4% da área do Bioma. Vale lembrar que no Cerrado a área de Reserva 
Legal corresponde a 20%, e 35% em áreas de Cerrado na Amazônia Legal. 
 
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