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SIOPE-Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação

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FORMAÇÃO PELA ESCOLA
SIOPE
De : Odali Teresinha Debortolli
Flores da Cunha
Abril de 2015
SIOPE
A origem do Siope encontra-se ligada às atividades do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo levantamento de dados sobre financiamento e investimentos do setor público em educação. Essa atividade, desenvolvida pela Autarquia, permite ao governo federal identificar como é feita a distribuição de recursos nos diferentes níveis e modalidades de ensino dos governos municipais, estaduais, distrital e federal. 
Em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Inep, desde 1997, tem produzido e calculado indicadores sobre gastos em educação, com base na análise dos balanços da União, dos 26 estados, do Distrito Federal e de uma amostra representativa de municípios. 
Com os avanços tecnológicos e a era da informação, torna-se cada vez mais fácil a divulgação de dados para que a sociedade conheça a realidade de cada município. Neste contexto a aplicação mínima de recursos na área de educação dos municípios é derivada da receita de impostos, a qual representa um fator importante para constatação do desenvolvimento do município e qualidade de vida dos cidadãos e o compromisso do gestor com ações que prioriza a manutenção e desenvolvimento do ensino. 
O Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (SIOPE) é um sistema eletrônico, operacionalizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), instituído para coleta, processamento, disseminação e acesso público às informações referentes aos orçamentos de educação da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, sem prejuízo das atribuições próprias dos Poderes Legislativos e dos Tribunais de Contas.
O SIOPE, visando à padronização de tratamento gerencial, calcula a aplicação da receita vinculada à manutenção e desenvolvimento do ensino de cada ente federado.
O principal objetivo do SIOPE é levar ao conhecimento da sociedade o quanto as três esferas de governo investem efetivamente em educação no Brasil, fortalecendo, assim, os mecanismos de controle social dos gastos na manutenção e desenvolvimento do ensino. Dessa forma, este sistema contribui para garantir maior efetividade e eficácia das despesas públicas em educação e, em última instância, para a melhoria da qualidade dos serviços prestados à sociedade pelo Estado.
A implantação deste sistema se reveste de particular importância para os gestores educacionais dos estados e municípios, pois vai auxiliá-los no planejamento das ações, fornecendo informações atualizadas sobre as receitas públicas e os correspondentes recursos vinculados à educação. Os indicadores gerados pelo SIOPE vão assegurar ainda maior transparência da gestão educacional.
O SIOPE poderá subsidiar a definição e a implementação de políticas de financiamento orientadas para a promoção da inclusão educacional, da igualdade de oportunidades, da equidade, da efetividade e da qualidade do ensino público.
CARACTERÍSTICAS DO SIOPE 
· Inserção e atualização permanente de dados da União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios;
· Caráter declaratório;
· Processos informatizados de declaração, armazenamento, disponibilização e extração dos dados;
· Publicidade das informações declaradas e dos indicadores calculados;
· Realização de cálculo automático dos percentuais mínimos aplicados em manutenção e desenvolvimento de ensino de acordo com a metodologia adotada (para tomar conhecimento desta metodologia, consulte o manual disponível na seção Downloads);
· Correspondência entre as informações declaradas na base de dados com os demonstrativos contábeis publicados pelos entes da federação.
OBJETIVOS DO SIOPE
O Siope teve seus objetivos estabelecidos pela Portaria MEC nº 006, de 20/06/2006, que estabeleceu os seguintes objetivos para o sistema: 
I – constituir base de dados nacional detalhada sobre receitas e investimentos públicos em educação de todos os entes federativos; 
II – estabelecer padrão mínimo de oportunidades educacionais para o ensino, baseado no cálculo do custo mínimo por aluno, visando assegurar ensino de qualidade para todos os brasileiros, em atenção ao disposto no artigo 74 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB); 
III – permitir o planejamento e dimensionamento das ações supletivas da União em educação, em respeito ao comando do parágrafo 1º do artigo 211 da Constituição Federal; 
IV - subsidiar a elaboração de políticas educacionais em todos os níveis de governo; 
V – produzir indicadores de eficiência e eficácia dos investimentos públicos em educação; 
VI – assegurar transparência e publicidade à gestão dos recursos públicos destinados à educação, incrementando os mecanismos de controle legal e social em relação aos percentuais mínimos de recursos vinculados à educação; e 
VII – monitorar a aplicação dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb)
FUNCIONALIDADES DO SIOPE
Por funcionalidade, deve ser entendida a capacidade de cumprir com eficiência os fins utilitários, ou seja, práticos. Nesse sentido, as principais funcionalidades do Siope, atualmente, são: 
1ª) disponibiliza as informações prestadas pelos entes federados, de acordo com a legislação e metodologia adotada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), tais como os cálculos automáticos dos percentuais mínimos obrigatórios de aplicação dos impostos e transferências em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE), bem como dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), principalmente em relação ao mínimo de 60% dos recursos do Fundo que devem ser aplicados na remuneração dos profissionais do magistério; 
2ª) apresenta mecanismos que promovem a correspondência dos dados declarados com os demonstrativos contábeis (balanços gerais) publicados pelos entes da federação, isto é, a validação dos dados é realizada antes da transmissão das informações, mediante a utilização de filtros de consistência. Esses filtros são informações oficiais, relativas a cada ente federado, contidas em um banco de dados e disponibilizadas aos técnicos do Siope. São elas: 
- Receitas do Fundo de Participação dos Estados e do DF (FPE), do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), do IPI Exportação, da Lei Kandir, royalties do petróleo, IOF – ouro, de quotas partes (contribuições) realizadas pelos entes federativos ao Fundeb, e de Complementação da União ao Fundeb. Esses são dados são disponibilizados pela Secretaria de Tesouro Nacional; 
- Salário-Educação, transferências vinculadas ao Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE e programas como Pnae, PDDE, Pnate, Caminho da Escola, ProInfância, Brasil Alfabetizado e outras liberações próprias do FNDE; e 
- Número de matrículas informadas no Censo Escolar segundo níveis/modalidades de ensino por município/estado/DF e disponibilizadas pelo Inep. 
3ª) disponibiliza um conjunto de indicadores que poderão ser usados pelos gestores e analistas de políticas públicas para aprimorar a gestão educacional e, ainda, permitir o diagnóstico dos problemas e desafios dos sistemas públicos de ensino a serem enfrentados por cada ente federativo; 
4ª) possibilita a visualização isolada e conjunta dos dados e informações educacionais declaradas pelos entes das três esferas de governo; 
5ª) permiti a geração automática do Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – ANEXO X do RREO, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF); 
6ª) fornece dados confiáveis e consistentes sobre os investimentos públicos em educação; e 
 7ª) emite recibo ao declarante, após a transmissão de dados.
De acordo com os conceitos e informações obtidas através de estudos e leituras e também conforme entrevista realizada com os Conselheiros do CACS – FUNDEB foi possível constataro que segue:
	PERCENTUAIS LEGAIS DO SIOPE
	Índices constitucionais e legais calculados pelo SIOPE
	%
	% investida de fato
	Percentual de aplicação da receita de impostos e transferências a educação em MDE
	Mínimo 25%
	29,287%
	Percentual de aplicação das receitas do FUNDEB na remuneração dos profissionais do magistério
	Mínimo 60%
	94,18%
	Percentual de aplicação das receitas do FUNDEB em despesas com MDE, que não remuneração do magistério
	Máximo 40%
	4,09%
	Percentual de aplicação das receitas do FUNDEB não aplicadas no exercício 
	Máximo 5%
	1,73%
Índices apurados anualmente pelo TCE/RS, quando da verificação do atendimento pelo Munícipio do disposto no artigo 212 da Constituição da República, ou seja, o montante aplicado em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE)
	Exercício
	Aplicação em MDE
	Receita Liquida de Impostos e Transferências (ajustada)
	Total de Aplicação em MDE (%)
	2006
	5.970.443,27
	22.245.887,95
	26,84
	2007
	6.842.602,48
	25.062.630,15
	27,30
	2008
	8.180.487,49
	31.444.273,78
	26,02
	2009
	9.348.738,27
	32.238.054,22
	29,00
	2010
	10.451.500,78
	36.142.882,88
	28,92
	2011
	11.838.819,69
	40.145.881,87
	29,49
	2012
	13.141.427,84
	44.062.363,30
	29,82
	2013
	15.275.128,06
	52.213.888.79
	29,25
	2014
	16.779.608,05
	57.306.182,00
	29,28
CERTIFICAMOS, nos termos da Resolução TCE nº 918/2011 e Instrução Normativa TCE nº 19/2011, com base nos dados contidos no Sistema de Informações para Auditoria e Prestação de Contas (SIAPC), que o Município de Flores da Cunha, no exercício de 2014, aplicou R$ 16.779.608,05 da receita prevista no art. 212 da Constituição Federal na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – MDE, correspondente a 29,28%, atendendo o percentual previsto naquela disposição legal.
A seguir a relação das Entidades que fazem parte do CACS – FUNDEB
- Representantes do Poder Executivo Municipal, dos quais pelo menos 1(um) da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto;
- Representante dos Professores das Escolas Públicas de Educação Básica;
- Representante dos Diretores das Escolas Públicas;
- Representante dos Servidores Técnico-administrativos das Escolas Públicas;
- Representantes dos Pais de Alunos da Educação Básica Pública;
- Representantes dos Estudantes da Educação Básica Pública;
- Representante do Conselho Municipal de Educação;
- Representante do Conselho Tutelar.
LEI MUNICIPAL Nº 2.566, DE 28 DE MARÇO DE 2007.
Cria o Conselho Municipal de Acompanhamento, Controle Social, Comprovação e Fiscalização dos Recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Conselho do FUNDEB.
CONCLUSÃO
O presente estudo buscou constatar a aplicação dos limites mínimos determinado por lei em educação resultante das receitas de impostos dos municípios, investimentos esses que contemplam ações e serviços na manutenção e desenvolvimento do ensino.
Para a consecução da pesquisa buscou-se verificar o limite mínimo de aplicação baseado nos dados do município de Flores da Cunha.
Diante do exposto, observa-se que a contabilidade pública tem um papel fundamental na gestão administrativa. 
A administração pública é regida por leis e baseada em princípios, a saber: legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, o qual deve ser obedecido pelos gestores públicos e, principalmente no tocante a aplicação de recursos e gastos públicos com o intuito de permitir transparência no equilíbrio das contas públicas.
Com a análise, pode-se constatar que as informações obtidas sobre a aplicação em educação pelo município de Flores da Cunha estão de acordo com o que preconiza a Constituição Federal e demais normatizações da legislação vigente.
Esses dados foram analisados pelo CACS – FUNDEB, transferidos nas planilhas do SIOPE e encaminhados ao Ministério da Educação e são validos pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituição Federal (1988) Constituição da República Federativa do Brasil: Texto Constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais nº 29 de 2000 e 64, de 04 de fevereiro de 2010.
BRASIL. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em:
http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm. 
BRASIL. Lei n. 4.320, de 17 de marco de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
BRASIL. Lei Complementar n. 101, de 4 de MAIO de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade Fiscal e dá outras providências.
BRASIL. Lei 8.666 de 21 de junho de 1993 – Regulamenta o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos administração Pública e dá outras providências.
BRASIL.SIOPS.DATASUS. Disponível em:http://siops.datasus.gov.br/consleirespfiscal.php;http://siops.datasus.gov.br/cons_perc_apl_saude_EC29.php. 
KOHAMA, Helio. Contabilidade Pública: Teoria e Prática. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 6. ed. 4. reimpr. – São Paulo: Atlas, 2007.
PARAÍBA. TCE/PB, Tribunal de Contas do Estado da Paraíba. Sagres Online. Disponível em: http://sagres.tce.pb.gov.br/index.php. 
SLOMAKI, Valmor/ Manual de Contabilidade Pública: Um enfoque na contabilidade Municipal/ Valmor Slomski, São Paulo: Atlas, 2009.
http://www.fnde.gov.br/fnde-sistemas/sistema-siope-apresentacao

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