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Taissa Mayer - 11337697729
 
Prof. José Maria 
 Aulas 06 e 07 
 
1 de 19| www.direcaoconcursos.com.br 
Língua Portuguesa para MP/RJ 
Teste a sua Direção 
 
Olá, tudo bem? Preparei uma pequena bateria para que você possa avaliar se compreendeu 
bem os temas abordados nas duas últimas aulas. O objetivo deste teste é permitir um 
excelente diagnóstico da sua preparação até aqui. Só assim você saberá se está realmente 
evoluindo, ou seja, se está caminhando na Direção correta. 
É provável que, ao resolver as questões, você perceba “lacunas de conhecimento”, 
aspectos que precisa reforçar, assuntos que precisa reler etc. Não hesite em voltar às aulas 
anteriores e relembrar tudo aquilo que julgar necessário. Mais importante do que terminar logo o curso é avançar 
de maneira sólida, consistente. Se ainda assim alguma dúvida permanecer, lembre que você pode me procurar por 
meio do nosso fórum, ok? 
Faça um excelente Teste de Direção! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Taissa Mayer - 11337697729
 
Prof. José Maria 
 Aulas 06 e 07 
 
2 de 19| www.direcaoconcursos.com.br 
Língua Portuguesa para MP/RJ 
Exercícios para revisão 
 
Dizem que Karl Marx descobriu o inconsciente três décadas antes de Freud. Se a afirmação não é rigorosamente 
exata, não deixa de fazer sentido, uma vez que Marx, em O Capital, no capítulo sobre o fetiche da mercadoria, 
estabelece dois parâmetros conceituais imprescindíveis para explicar a transformação que o capitalismo produziu 
na subjetividade. São eles os conceitos de fetichismo e de alienação, ambos tributários da descoberta da mais-
valia − ou do inconsciente, como queiram. 
A rigor, não há grande diferença entre o emprego dessas duas palavras na psicanálise e no materialismo histórico. 
Em Freud, o fetiche organiza a gestão perversa do desejo sexual e, de forma menos evidente, de todo desejo 
humano; já a alienação não passa de efeito da divisão do sujeito, ou seja, da existência do inconsciente. Em Marx, 
o fetiche da mercadoria, fruto da expropriação alienada do trabalho, tem um papel decisivo na produção 
"inconsciente" da mais-valia. O sujeito das duas teorias é um só: aquele que sofre e se indaga sobre a origem 
inconsciente de seus sintomas é o mesmo que desconhece, por efeito dessa mesma inconsciência, que o poder 
encantatório das mercadorias é condição não de sua riqueza, mas de sua miséria material e espiritual. Se a 
sociedade em que vivemos se diz "de mercado", é porque a mercadoria é o grande organizador do laço social. 
Com correção gramatical, o período "A rigor (...) histórico" poderia, sem se contrariar a ideia original do texto, 
ser assim reescrito: Caso se proceda com rigor, a análise desses conceitos, verifica-se que não existe 
diferenças entre eles. 
( ) Verdadeiro 
( ) Falso 
 
 
Ao apresentar a perspectiva local como inferior à perspectiva global, como incapaz de entender, de explicar e, em 
última análise, de tirar proveito da complexidade do mundo contemporâneo, a concepção global atualmente 
dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um único código unificador de comportamento 
humano, e abre o caminho para a realização do sonho definitivo de economias globais de escala. Como resultado 
deste processo, o "modelo econômico" alcança sua perfeição, que não é somente descrever o mundo, mas 
efetivamente governá-lo. E esta é a essência mesma do paradigma moderno de desenvolvimento e de progresso, 
cujo estágio supremo de perfeição a globalização representa. 
 
Fica claro que a escala não poderia ser melhor ou maior do que sendo global e é somente neste nível que a sua 
primazia e universalidade são finalmente afirmadas, junto com a certeza de que jamais poderia surgir alguma 
alternativa viável ao sistema ideologicamente dominante fundado no livre mercado, dada a ausência de qualquer 
cultura ou sistema de pensamento alternativo. 
 
Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz, creio que não poderemos escapar da conclusão de que o 
processo é totalmente coerente com as premissas da ideologia econômica que têm se afirmado como a forma 
dominante de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos, aproximadamente. 
 
A globalização não é, portanto, um acontecimento acidental ou um excesso extravagante, mas uma extensão 
simples e lógica de um "argumento". Parece realmente muito difícil conceber um resultado final que fizesse mais 
sentido e fosse mais coerente com as bases ideológicas sobre as quais está fundado. Em suma, a globalização 
representa a realização acabada e a perfeição do projeto de modernidade e de seu paradigma de progresso. 
Taissa Mayer - 11337697729
 
Prof. José Maria 
 Aulas 06 e 07 
 
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Língua Portuguesa para MP/RJ 
 
A forma verbal "têm" em "têm se afirmado" estabelece relação de concordância com o termo antecedente 
"ideologia". 
( ) Verdadeiro 
( ) Falso 
 
 
 
 
A experiência cultural das sociedades, em nossa época, é cada vez mais moldada e "globalizada" pela transmissão 
e difusão das formas significativas, visuais e discursivas, via meios de comunicação de massa. Conquanto o 
desenvolvimento dos meios de comunicação tenha tornado absolutamente frágeis os limites que separavam o 
público do privado, assiste-se hoje a uma nova tendência de politização e visibilidade do privado, com a 
estruturação de novas relações familiares, bem como à privatização do público. Faz-se necessário frisar que 
o imaginário social acompanha lentamente essa evolução, nem sempre aceitando o rompimento dos costumes 
fortemente arraigados. 
 
Na linha 5, a flexão de masculino em "necessário" estabelece concordância desse termo com "imaginário 
social"; no desenvolvimento da argumentação, essa relação sintática enfatiza "imaginário social" como o 
primeiro termo na comparação com "evolução". 
( ) Verdadeiro 
( ) Falso 
 
 
Nas sociedades modernas, somos diariamente confrontados com uma grande massa de informações. 
As novas questões e os eventos que surgem no horizonte social frequentemente exigem, por 
nos afetarem de alguma maneira, que busquemos compreendê-los, aproximando-os daquilo que já 
conhecemos. Estas interações sociais vão criando "universos consensuais" no âmbito dos quais as novas 
representações vão sendo produzidas e comunicadas, passando a fazer parte desse universo não mais 
como simples opiniões, mas como verdadeiras "teorias" do senso comum, construções esquemáticas que 
visam dar conta da complexidade do objeto, facilitar a comunicação e orientar condutas. Essas teorias 
ajudam a forjar a identidade grupal e o sentimento de pertencimento do indivíduo ao grupo. 
 
Essa análise permite, ainda, abordar um outro ponto: a caracterização dos grupos em função de sua 
representação social. Isto quer dizer que é possível definir os contornos de um grupo, ou, ainda, distinguir 
um grupo de outro pelo estudo das representações partilhadas por seus membros sobre um dado objeto 
social. Graças a essa reciprocidade entre uma coletividade e sua teoria, esta é um atributo fundamental 
na definição de um grupo. 
 
Alda Judith Alves-Mazzotti. Representações sociais: aspectos teóricos e aplicações à educação. In: Revista Múltiplas Leituras, v. 1, n.o 1, 2008, p. 
18-43. Internet: <www.metodista.br> (com adaptações). 
O uso da flexão de terceira pessoa do plural em "afetarem" estabelece a relação desse verbo com 
"novas questões e os eventos". 
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( ) Verdadeiro 
( ) Falso 
 
 
Os anos noventa presenciaram uma radical transformação do pensamento diplomático brasileiro aplicado às 
relações econômicas internacionais do Brasil. Essa mudança não produziu, todavia, um consenso linear ao longo 
da década. Alguns traços caracterizam o novo período em seu conjunto, mas aevolução não se fez sem 
repercussões sobre a sociedade e sem que suas forças acabassem por reagir. Três tempos curtos marcam o 
período. Durante o governo de Fernando Collor de Mello, entre 1990 e 1992, procedeu-se à demolição instantânea 
dos conceitos que haviam alimentado durante décadas os impulsos da diplomacia: o nacional-
desenvolvimentismo e sua carga política e ideológica cederam à vontade de abrir a economia e o mercado, de 
forma irracional e reativa, à onda de globalização e de neoliberalismo que penetrava o país vinda de fora. Ao 
substituí-lo na presidência, Itamar Franco recuou momentaneamente aos parâmetros anteriores do Estado 
desenvolvimentista, sem, contudo, bloquear a consciência da necessidade de se prosseguir com as adaptações aos 
novos tempos. A ascensão à Presidência da República de Fernando Henrique Cardoso, em 1995, levou à reposição 
das disposições ideológicas e políticas do governo de Fernando Collor, vale dizer, ao desprezo pelo projeto 
nacional de desenvolvimento e à resignação diante da nova divisão do trabalho inerente à forma globalizante do 
capitalismo, mas seu estilo de diplomacia democrática deu alento a pressões que vinham de segmentos sociais e 
que acabaram por condicionar o pensamento e o processo decisório. 
 
Amado Luiz Cervo. Internet: <www.martin-keil.net> (com adaptações). 
 
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item seguinte. 
 
Na linha 6, “penetrava” está no singular e “vinda” está no feminino e no singular porque concordam com 
"onda", mas o emprego das formas “penetravam” e “vindos” estaria gramaticalmente correto, já que pode 
ocorrer a concordância com "de globalização e de neoliberalismo". 
( ) Verdadeiro 
( ) Falso 
 
 
Diante das notícias atuais, pode até parecer natural que cada um de nós vista algum tipo de couraça para se 
proteger de tudo isso. E, assim, encouraçados e amedrontados, vamos nos escondendo, nos encolhendo, antes 
mesmo de enxergar as possibilidades de fazer o que temos de fazer em conjunto, em comunidade, em companhia. 
A desconfiança é um tipo de desnutrição mental. Falo da atitude, crescente no cotidiano, que faz da desconfiança 
a própria ambiência nas relações. Pode parecer natural, mas não é aceitável. E, no fim, não serve de nada. O medo 
não elimina perigo algum. Se o mundo é arriscado, esse fato não será mudado por nosso medo ou desconfiança. 
E, muito importante, não faria sentido vivermos, estudarmos e trabalharmos em conjunto se não pudéssemos 
estabelecer alguma − ou muita − confiança nas pessoas que estão conosco nessa jornada. 
A forma verbal "faz" está flexionada no singular porque o pronome "que" retoma, por coesão textual, o termo 
"cotidiano". 
 
( ) Verdadeiro 
( ) Falso 
 
 
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Um cenário polêmico é embasado no desencadeamento de um estrondoso processo de exclusão, diretamente 
proporcional ao avanço tecnológico, cuja projeção futura indica que a automação do trabalho exigirá cada vez 
menos trabalhadores implicados tanto na produção propriamente dita quanto no controle da produção. 
Baseando-se unicamente nessa perspectiva, pode-se supor que a sociedade tecnológica seria caracterizada por 
um contexto no qual o trabalho passaria a ser uma necessidade exclusiva da classe trabalhadora. O capital, 
podendo optar por um investimento de porte em automação, em informática e em tecnologia de ponta, cada vez 
mais barata e acessível, não mais teria seu funcionamento embasado exclusivamente na exploração dos 
trabalhadores, cada vez mais exigentes quanto ao valor de sua força de trabalho. Embora não se possa falar de 
supressão do trabalho assalariado, a verdade é que a posição do trabalhador se enfraquece, tendo em vista que o 
trabalho humano tende a tornar-se cada vez menos necessário para o funcionamento do sistema produtivo. 
No texto, o aposto "cada vez mais barata e acessível" qualifica apenas "automação". 
 
( ) Verdadeiro 
( ) Falso 
 
 
O homem como ser humano não exclusivamente natural, para legitimar-se no interior da própria história, 
expressa-se em uma forma de organização social criada pelo moderno sistema econômico de propriedade privada, 
em que há uma nova confirmação dos poderes humanos e um novo tipo de enriquecimento. O sentido e o 
significado históricos nesse sistema são contrários, portanto, à importância de se atribuir as riquezas e os objetos 
da produção às necessidades vitais humanas, ou seja, sob a égide da propriedade privada não se transformam as 
necessidades em verdadeiras necessidades humanas, em que o idealismo é a ilusão, e o capricho transforma-se 
em extravagância. As verdadeiras necessidades se transformam na necessidade do dinheiro e nas necessidades 
quantitativas e subjetivas que ele mesmo produz. 
 
Valdir Alvim. Dinheiro: instituição social relevante na sociedade moderna. In: EmTese, v. 1, n.º 1 (1), p. 11 (com 
adaptações). 
Com relação ao texto acima, julgue o item que se segue. 
 
Em “à importância”, por ser facultativo o sinal indicativo de crase, sua retirada preservaria a coerência do 
texto e o respeito às normas gramaticais. 
( ) Verdadeiro 
( ) Falso 
 
 
Os homens, para sobreviver, devem produzir seus meios de vida, com o que produzem indiretamente sua própria 
vida material. Os homens são aquilo que produzem e como o produzem. Isto porque a satisfação das primeiras 
necessidades, a própria ação de satisfazê-las e a conquista dos instrumentos necessários para tanto conduzem a 
novas necessidades, cuja satisfação eles terão de buscar. A todo modo de produção corresponde um modo de 
cooperação. Segundo Marx, a soma das forças produtivas disponíveis ao homem condiciona o estado social; por 
isso, a história da humanidade deve ser sempre estudada a partir da conexão entre a história da produção e do 
intercâmbio. Os homens, ao produzirem seus meios de vida, produzem a si mesmos, em um infinito processo de 
autoconstrução. 
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Vânia Noeli F. de Assunção. Karl Marx: teoria e práxis de um gênio das ciências sociais. Internet: <filosofiacienciaevida.uol.com.br>. 
Com referência ao texto acima, julgue o seguinte item. 
Preservam-se a correção gramatical do texto e as relações entre os argumentos ao se inserir o sinal indicativo 
de crase em “a novas”, escrevendo-se à novas. 
( ) Verdadeiro 
( ) Falso 
 
 
 
Todos os indivíduos têm o dever de participar da vida social, procurando exercer influência sobre as decisões de 
interesse comum. Esse dever tem, sobretudo, dois fundamentos: em primeiro lugar, a vida social, necessidade 
básica dos seres humanos, é uma constante troca de bens e de serviços, não havendo uma só pessoa que não 
receba alguma coisa de outras; em segundo lugar, se muitos ficarem em atitude passiva, deixando as decisões 
para outros, um pequeno grupo, mais atuante ou mais audacioso, acabará dominando, sem resistência e 
limitações. O direito e o dever da participação política são duas faces da mesma realidade: a natureza associativa 
do ser humano. Tendo necessidade de viver com os semelhantes, cada indivíduo deve ter assegurado o seu direito 
de influir no estabelecimento das regras de convivência. 
Dalmo de Abreu Dallari. O que é participação política, p. 33-8 (com adaptações). 
Com base na organização do texto acima, julgue o item subsequente. 
Preservam-se a correção gramatical e a coerência do texto ao se usar direito à influir em lugar de “direito de 
influir”. 
( ) Verdadeiro 
( ) Falso 
 
 
A instrumentalização da cidadania e da soberania popular, em uma democracia contemporânea, faz-se pelo 
instituto da representação política. E a transformação da soberania popular em representação se dá, em grandeparte, por meio da eleição. 
O povo a que remete a ideia de soberania popular constitui uma unidade, e não, a soma de indivíduos. Jurídica e 
constitucionalmente, a representação "representa" o povo (e não, todos os indivíduos). Além disso, não há 
propriamente mandato, pois a função do representante se dá nos limites constitucionais e não se determina por 
instruções ou cláusulas estabelecidas entre ele (ou o conjunto de representantes) e o eleitorado. As condições para 
o exercício do mandato e, no limite, seu conteúdo estão predeterminados na Constituição e apenas nela. 
Estritamente, nem sequer é possível falar em representação, pois não há uma vontade pré-formada. Há a 
construção de uma vontade, limitada apenas aos contornos constitucionais. 
Eneida Desiree Salgado. Princípios constitucionais estruturantes do direito eleitoral. Tese de doutoramento. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 
2010. Internet: <http://dspace.c3sl.ufpr.br> (com adaptações). 
Julgue o próximo item, referente à estrutura e à tipologia do texto em apreço. 
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A correção gramatical do texto seria mantida caso a expressão "aos contornos constitucionais" fosse 
substituída por à legislação constitucional. 
( ) Verdadeiro 
( ) Falso 
 
 
Se a economia comportamental introduziu o estudo mais detalhado das emoções na análise financeira, era apenas 
natural que alguns pesquisadores dessem o passo seguinte para investigar muito literalmente como funciona a 
cabeça do investidor. A neuroeconomia combina as mais recentes descobertas da neurociência — em particular, 
técnicas de mapeamento cerebral como a ressonância magnética funcional aperfeiçoada nos anos 90 — com os 
conceitos da psicologia financeira e da economia. É um campo de estudos ainda recente — conta cerca de uma 
década, mas já acena com o entendimento fascinante da biologia do investidor. Embora os experimentos mostrem 
a importância do pensamento racional, será um equívoco concluir que a mente do investidor é pura objetividade. 
O mais curioso é que a atividade do núcleo cerebral ligado aos sentimentos é mais intensa antes da confirmação 
de um ganho financeiro no jogo. Esse é um dado importante da psicologia do investidor: a expectativa por um bom 
resultado acaba se revelando mais excitante que o resultado em si. 
O nascimento da neuroeconomia. In: Veja, 14/1/2009, p. 69 (com adaptações). 
Julgue o seguinte item, a respeito do texto acima. 
A preposição “com” é exigida pela forma verbal “combina”; por isso, sua retirada do texto provocaria erro 
gramatical e incoerência textual. 
( ) Verdadeiro 
( ) Falso 
 
 
Considerando que o fragmento a seguir é parte de um texto adaptado de Pedro da Motta Veiga e Roberto Magno 
Iglesias (<www.bndes.gov.br>), julgue-o quanto à correção gramatical. 
Portanto, ao se iniciar a nova década, o ambiente que se formula e gerencia a política de comércio exterior 
brasileira é radicalmente diverso daquele que vigiu à época em que a CACEX atuava como superagência nessa 
área. A institucionalidade da política distanciou-se do modelo CACEX, mas é pouco nítido o modelo desejável e 
adequado aos novos condicionantes e objetivos. 
( ) Verdadeiro 
( ) Falso 
 
 
 
 
 
 
 
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O texto abaixo foi modificado intencionalmente, mediante a retirada de vírgulas e a introdução de erros de grafia, 
de regência e de concordância. 
As notas frias de Caxias 
Uma pratica tão ilegal quanto comum nas prefeituras do interior do pais chamou à atenção da Polícia Federal no 
Maranhão. No municipio de Caxias a 350 quilometros de São Luís o que poderia ser um crime administrativo banal 
vem ganhando indissios de uma verdadeira farra orçamentaria. O atual prefeito da cidade Hélio Queiroz (PSDB) 
recolheu centenas de notas fiscais que garante serem frias e que teriam permitido a seu antessessor Paulo Marinho 
(PFL) desviar mais de R$ 1 milhão do caixa municipal. Boa parte desses documentos foram emitidos pela Sercil 
Engenharia uma pequena firma de propriedade do engenheiro José Ribamar Costa Serra que admitiu o crime. O 
esquema que serviria para enriquecer-lhe só comprometeu ainda mas suas finanças. Paulo Marinho hoje deputado 
federal defende-se das acusações. O inquérito da Polícia Federal vai dizer quem está falando a verdade. 
 
Julgue o item a seguir com relação ao texto. 
No quinto período, há um erro de regência verbal e um de grafia, respectivamente em "enriquecer-lhe" e em 
"mas". 
( ) Verdadeiro 
( ) Falso 
 
Gabarito 
 
01 – F 08 - F 
02 – F 09 – F 
03 – F 10 – F 
04 – V 11 – V 
05 – V 12 – V 
06 – F 13 - F 
07 – F 14 –V 
 
 
 
 
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Resolução dos exercícios 
1. 
Dizem que Karl Marx descobriu o inconsciente três décadas antes de Freud. Se a afirmação não é rigorosamente 
exata, não deixa de fazer sentido, uma vez que Marx, em O Capital, no capítulo sobre o fetiche da mercadoria, 
estabelece dois parâmetros conceituais imprescindíveis para explicar a transformação que o capitalismo produziu 
na subjetividade. São eles os conceitos de fetichismo e de alienação, ambos tributários da descoberta da mais-
valia − ou do inconsciente, como queiram. 
A rigor, não há grande diferença entre o emprego dessas duas palavras na psicanálise e no materialismo histórico. 
Em Freud, o fetiche organiza a gestão perversa do desejo sexual e, de forma menos evidente, de todo desejo 
humano; já a alienação não passa de efeito da divisão do sujeito, ou seja, da existência do inconsciente. Em Marx, 
o fetiche da mercadoria, fruto da expropriação alienada do trabalho, tem um papel decisivo na produção 
"inconsciente" da mais-valia. O sujeito das duas teorias é um só: aquele que sofre e se indaga sobre a origem 
inconsciente de seus sintomas é o mesmo que desconhece, por efeito dessa mesma inconsciência, que o poder 
encantatório das mercadorias é condição não de sua riqueza, mas de sua miséria material e espiritual. Se a 
sociedade em que vivemos se diz "de mercado", é porque a mercadoria é o grande organizador do laço social. 
Com correção gramatical, o período "A rigor (...) histórico" poderia, sem se contrariar a ideia original do texto, 
ser assim reescrito: Caso se proceda com rigor, a análise desses conceitos, verifica-se que não existe 
diferenças entre eles. 
( ) Verdadeiro 
(X) Falso 
COMENTÁRIOS: 
O item está FALSO 
Notam-se dois equívocos: primeiro, relativo à pontuação, visto que a vírgula depois de "rigor" está equivocada, 
devendo estar presente apenas a vírgula depois de "conceitos", responsável por isolar a oração adverbial 
condicional "Caso se proceda ... desses conceitos". Além disso, do jeito que foi reescrito, o trecho contraria a ideia 
original ao afirmar que não existem diferenças, pois dá-se a entender pelo trecho original a existência delas - é dito 
originalmente que "não há grande diferença", o que pressupõe a existência de diferenças não tão grandes assim. 
 
2. 
Ao apresentar a perspectiva local como inferior à perspectiva global, como incapaz de entender, de explicar e, em 
última análise, de tirar proveito da complexidade do mundo contemporâneo, a concepção global atualmente 
dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um único código unificador de comportamento 
humano, e abre o caminho para a realização do sonho definitivo de economias globais de escala. Como resultado 
deste processo, o "modelo econômico" alcança sua perfeição, que não é somente descrever o mundo, mas 
efetivamente governá-lo. E esta é a essência mesma do paradigma modernode desenvolvimento e de progresso, 
cujo estágio supremo de perfeição a globalização representa. 
 
Fica claro que a escala não poderia ser melhor ou maior do que sendo global e é somente neste nível que a sua 
primazia e universalidade são finalmente afirmadas, junto com a certeza de que jamais poderia surgir alguma 
alternativa viável ao sistema ideologicamente dominante fundado no livre mercado, dada a ausência de qualquer 
cultura ou sistema de pensamento alternativo. 
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Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz, creio que não poderemos escapar da conclusão de que o 
processo é totalmente coerente com as premissas da ideologia econômica que têm se afirmado como a forma 
dominante de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos, aproximadamente. 
 
A globalização não é, portanto, um acontecimento acidental ou um excesso extravagante, mas uma extensão 
simples e lógica de um "argumento". Parece realmente muito difícil conceber um resultado final que fizesse mais 
sentido e fosse mais coerente com as bases ideológicas sobre as quais está fundado. Em suma, a globalização 
representa a realização acabada e a perfeição do projeto de modernidade e de seu paradigma de progresso. 
 
A forma verbal "têm" em "têm se afirmado" estabelece relação de concordância com o termo antecedente 
"ideologia". 
( ) Verdadeiro 
(X) Falso 
COMENTÁRIOS: 
O item está FALSO 
Importante! 
 
>> Os verbos ter e vir levam acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo: 
 
ele tem/eles têm 
ele vem/eles vêm 
 
Cuidado, pessoal! Cuidado para não dobrar o “e” nessas formas verbais. Escrever teem nem pensar, pelo amor 
de Deus! Professor, mas quem dobra o “e”, você pode dizer? Lógico que eu posso. Tome nota aí 
 
> crer e derivados >> eles creem, descreem 
> ver e derivados >> eles veem, reveem 
> ler e derivados >> eles leem, releem 
> dar >> eles deem 
 
>> Os verbos derivados de ter e vir levam acento agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ª 
pessoa do plural do presente do indicativo: 
 
ele retém/eles retêm 
ele intervém/eles intervêm. 
 
Voltemos à questão: 
 
A forma verbal "têm", com acento circunflexo diferencial, é de 3ª pessoa do plural. 
Sua concordância deve se dar no texto, portanto, com um termo anterior que esteja necessariamente no plural. 
 
Analisando o trecho "... as premissas da ideologia econômica que têm se afirmado como a forma dominante de 
representação ...", é possível afirmar que a concordância se dá com a palavra "premissas" (são as premissas que 
têm se afirmado como a forma dominante de representação), e não como "ideologia", como afirma o item. 
 
 
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3. 
A experiência cultural das sociedades, em nossa época, é cada vez mais moldada e "globalizada" pela transmissão 
e difusão das formas significativas, visuais e discursivas, via meios de comunicação de massa. Conquanto o 
desenvolvimento dos meios de comunicação tenha tornado absolutamente frágeis os limites que separavam o 
público do privado, assiste-se hoje a uma nova tendência de politização e visibilidade do privado, com a 
estruturação de novas relações familiares, bem como à privatização do público. Faz-se necessário frisar que 
o imaginário social acompanha lentamente essa evolução, nem sempre aceitando o rompimento dos costumes 
fortemente arraigados. 
 
Na linha 5, a flexão de masculino em "necessário" estabelece concordância desse termo com "imaginário 
social"; no desenvolvimento da argumentação, essa relação sintática enfatiza "imaginário social" como o 
primeiro termo na comparação com "evolução". 
( ) Verdadeiro 
(X) Falso 
COMENTÁRIOS: 
O item está FALSO. 
A flexão de masculino singular em "necessário" se dá para se fazer a concordância com o sujeito oracional "frisar 
que o imaginário social acompanha lentamente essa evolução". Além disso, de acordo com a argumentação, dá-se 
a entender que, numa ordem cronológica, o "imaginário social" vem depois da "evolução" descrita no texto ("o 
imaginário social acompanha lentamente essa evolução"). 
 
4. 
Nas sociedades modernas, somos diariamente confrontados com uma grande massa de informações. 
As novas questões e os eventos que surgem no horizonte social frequentemente exigem, por 
nos afetarem de alguma maneira, que busquemos compreendê-los, aproximando-os daquilo que já 
conhecemos. Estas interações sociais vão criando "universos consensuais" no âmbito dos quais as novas 
representações vão sendo produzidas e comunicadas, passando a fazer parte desse universo não mais 
como simples opiniões, mas como verdadeiras "teorias" do senso comum, construções esquemáticas que 
visam dar conta da complexidade do objeto, facilitar a comunicação e orientar condutas. Essas teorias 
ajudam a forjar a identidade grupal e o sentimento de pertencimento do indivíduo ao grupo. 
 
Essa análise permite, ainda, abordar um outro ponto: a caracterização dos grupos em função de sua 
representação social. Isto quer dizer que é possível definir os contornos de um grupo, ou, ainda, distinguir 
um grupo de outro pelo estudo das representações partilhadas por seus membros sobre um dado objeto 
social. Graças a essa reciprocidade entre uma coletividade e sua teoria, esta é um atributo fundamental 
na definição de um grupo. 
 
Alda Judith Alves-Mazzotti. Representações sociais: aspectos teóricos e aplicações à educação. In: Revista Múltiplas Leituras, v. 1, n.o 1, 2008, p. 
18-43. Internet: <www.metodista.br> (com adaptações). 
O uso da flexão de terceira pessoa do plural em "afetarem" estabelece a relação desse verbo com 
"novas questões e os eventos". 
(X) Verdadeiro 
( ) Falso 
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COMENTÁRIOS: 
O item está VERDADEIRO. 
Emprega-se o infinitivo flexionado quando o sujeito da oração estiver claramente expresso ou for identificável pelo 
contexto. 
 
Na oração "... por nos afetarem de alguma maneira", temos como sujeito "As novas questões e os eventos" (são as 
novas questões e os eventos que nos afetam). 
O pronome "nos" funciona sintaticamente como objeto direto, não influenciando a flexão do verbo "afetar". 
Devemos atentar para o fato de que a flexão de número e pessoa do verbo é influenciada pelo sujeito. É isso que 
define o conceito de concordância verbal. 
 
Atenção: 
Nos comentários, questionou-se a redação da assertiva que relacionava "afetarem" a "novas questões e os 
eventos". 
Afirmou-se que a assertiva, para ser correta, deveria afirmar que 'O uso da flexão de terceira pessoa do plural em 
"afetarem" estabelece a relação desse verbo com "as novas questões e os eventos".' 
Entendo que não ocorra prejuízo à correção da assertiva a ausência do artigo "as", mas concordo que seria mais 
apropriado explicitá-lo. 
 
5. 
Os anos noventa presenciaram uma radical transformação do pensamento diplomático brasileiro aplicado às 
relações econômicas internacionais do Brasil. Essa mudança não produziu, todavia, um consenso linear ao longo 
da década. Alguns traços caracterizam o novo período em seu conjunto, mas a evolução não se fez sem 
repercussões sobre a sociedade e sem que suas forças acabassem por reagir. Três tempos curtos marcam o 
período. Durante o governo de Fernando Collor de Mello, entre 1990 e 1992, procedeu-se à demolição instantânea 
dos conceitos que haviam alimentado durante décadas os impulsos da diplomacia: o nacional-
desenvolvimentismo e sua carga política e ideológica cederam à vontade de abrir a economia e o mercado, de 
forma irracional e reativa, à onda de globalização e de neoliberalismo que penetravao país vinda de fora. Ao 
substituí-lo na presidência, Itamar Franco recuou momentaneamente aos parâmetros anteriores do Estado 
desenvolvimentista, sem, contudo, bloquear a consciência da necessidade de se prosseguir com as adaptações aos 
novos tempos. A ascensão à Presidência da República de Fernando Henrique Cardoso, em 1995, levou à reposição 
das disposições ideológicas e políticas do governo de Fernando Collor, vale dizer, ao desprezo pelo projeto 
nacional de desenvolvimento e à resignação diante da nova divisão do trabalho inerente à forma globalizante do 
capitalismo, mas seu estilo de diplomacia democrática deu alento a pressões que vinham de segmentos sociais e 
que acabaram por condicionar o pensamento e o processo decisório. 
 
Amado Luiz Cervo. Internet: <www.martin-keil.net> (com adaptações). 
 
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item seguinte. 
 
Na linha 6, “penetrava” está no singular e “vinda” está no feminino e no singular porque concordam com 
"onda", mas o emprego das formas “penetravam” e “vindos” estaria gramaticalmente correto, já que pode 
ocorrer a concordância com "de globalização e de neoliberalismo". 
(X) Verdadeiro 
( ) Falso 
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COMENTÁRIOS: 
O item está VERDADEIRO. 
Observemos o trecho: "... onda de globalização e de neoliberalismo que penetrava o país vinda de fora ... " 
 
Há de se observar o pronome relativo "que". 
 
Existem duas possibilidades para esse pronome substituir: uma é o termo "onda"; outra são os 
termos "globalização" e "neoliberalismo". 
 
Na redação original, percebe-se a primeira possibilidade, haja vista que o verbo "penetrava" concorda no singular 
com o antecedente "onda", o mesmo ocorrendo com o particípio de função adjetiva "vinda", flexionado no 
feminino singular. Observe: 
 
"... onda de globalização e de neoliberalismo que penetrava o país vinda de fora ... " 
 
Adotando a segunda possibilidade, o verbo flexionado no plural "penetravam" passa a concordar com os 
antecedentes "globalização" e "neoliberalismo", o mesmo ocorrendo com o adjetivo "vindos", que assume a forma 
masculina plural, devido aos substantivos serem de gêneros diferentes. Observe: 
 
"... onda de globalização e de neoliberalismo que penetravam o país vindos de fora ... " 
 
Dessa forma, o item está VERDADEIRA. 
 
**************************************************************************************
*********************************************************************** 
Observação: 
 
Muitos alunos questionaram o fato de não ser possível a segunda opção, pois "globalização" e "neoliberalismo" 
estão preposicionados, não podendo ser, assim, sujeito de "penetravam". 
 
Calma, calma, calma! 
O sujeito de "penetravam" é o pronome relativo "que". 
Este, por sua vez, substitui "globalização" e "neoliberalismo".Ok? 
 
Para que digamos qual é o sujeito de um verbo, precisamos analisar a oração em que ele se encontra. 
Dessa forma, o sujeito de "penetravam" deve ser buscado na oração "que penetravam o país vindos de fora". E 
nela, o "que" desempenha o papel de sujeito. 
 
Lembremo-nos que, diante do relativo "que", a concordância do verbo se dá com o seu antecedente. 
 
Sou eu que pago. 
És tu que pagas. 
É você que paga. 
Somos nós que pagamos. 
... 
 
 
 
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6. 
Diante das notícias atuais, pode até parecer natural que cada um de nós vista algum tipo de couraça para se 
proteger de tudo isso. E, assim, encouraçados e amedrontados, vamos nos escondendo, nos encolhendo, antes 
mesmo de enxergar as possibilidades de fazer o que temos de fazer em conjunto, em comunidade, em companhia. 
A desconfiança é um tipo de desnutrição mental. Falo da atitude, crescente no cotidiano, que faz da desconfiança 
a própria ambiência nas relações. Pode parecer natural, mas não é aceitável. E, no fim, não serve de nada. O medo 
não elimina perigo algum. Se o mundo é arriscado, esse fato não será mudado por nosso medo ou desconfiança. 
E, muito importante, não faria sentido vivermos, estudarmos e trabalharmos em conjunto se não pudéssemos 
estabelecer alguma − ou muita − confiança nas pessoas que estão conosco nessa jornada. 
 
A forma verbal "faz" está flexionada no singular porque o pronome "que" retoma, por coesão textual, o termo 
"cotidiano". 
 
( ) Verdadeiro 
(X) Falso 
COMENTÁRIOS: 
O item está FALSO. 
No trecho "Falo da atitude, crescente no cotidiano, que faz da desconfiança a própria ambiência...", o pronome 
relativo "que" retoma o substantivo "atitude", que funciona como sujeito da forma verbal "faz". O termo "crescente 
no cotidiano" desempenha função adjetiva, caracterizando "atitude". 
 
7. 
Um cenário polêmico é embasado no desencadeamento de um estrondoso processo de exclusão, diretamente 
proporcional ao avanço tecnológico, cuja projeção futura indica que a automação do trabalho exigirá cada vez 
menos trabalhadores implicados tanto na produção propriamente dita quanto no controle da produção. 
Baseando-se unicamente nessa perspectiva, pode-se supor que a sociedade tecnológica seria caracterizada por 
um contexto no qual o trabalho passaria a ser uma necessidade exclusiva da classe trabalhadora. O capital, 
podendo optar por um investimento de porte em automação, em informática e em tecnologia de ponta, cada vez 
mais barata e acessível, não mais teria seu funcionamento embasado exclusivamente na exploração dos 
trabalhadores, cada vez mais exigentes quanto ao valor de sua força de trabalho. Embora não se possa falar de 
supressão do trabalho assalariado, a verdade é que a posição do trabalhador se enfraquece, tendo em vista que o 
trabalho humano tende a tornar-se cada vez menos necessário para o funcionamento do sistema produtivo. 
No texto, o aposto "cada vez mais barata e acessível" qualifica apenas "automação". 
 
( ) Verdadeiro 
(X) Falso 
COMENTÁRIOS: 
O item está FALSO. 
Há duas possibilidades de referenciação: o adjetivo "barata" se refere unicamente ao termo "tecnologia de 
ponta" ou o mesmo adjetivo se refere aos três núcleos "automação", "informática" e "tecnologia". Neste último 
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caso, fez-se a concordância com o substantivo mais próximo. No entanto, para que se distinguissem melhor as 
duas possibilidades de referenciação, seria conveniente, no segundo caso, empregar a construção "cada vez mais 
baratas e acessíveis". 
 
8. 
O homem como ser humano não exclusivamente natural, para legitimar-se no interior da própria história, 
expressa-se em uma forma de organização social criada pelo moderno sistema econômico de propriedade privada, 
em que há uma nova confirmação dos poderes humanos e um novo tipo de enriquecimento. O sentido e o 
significado históricos nesse sistema são contrários, portanto, à importância de se atribuir as riquezas e os objetos 
da produção às necessidades vitais humanas, ou seja, sob a égide da propriedade privada não se transformam as 
necessidades em verdadeiras necessidades humanas, em que o idealismo é a ilusão, e o capricho transforma-se 
em extravagância. As verdadeiras necessidades se transformam na necessidade do dinheiro e nas necessidades 
quantitativas e subjetivas que ele mesmo produz. 
 
Valdir Alvim. Dinheiro: instituição social relevante na sociedade moderna. In: EmTese, v. 1, n.º 1 (1), p. 11 (com 
adaptações). 
Com relação ao texto acima, julgue o item que se segue. 
 
Em “à importância”, por ser facultativo o sinal indicativo de crase, sua retirada preservaria a coerência do 
texto e o respeito às normas gramaticais. 
( ) Verdadeiro 
(X)Falso 
 
COMENTÁRIOS 
FALSO - O acento indicativo de crase não é facultativo em "O sentido e o significado históricos nesse sistema são 
contrários, portanto, à importância de se atribuir as riquezas ...". Há obrigatoriedade do emprego desse sinal, uma 
vez que ocorre a fusão da preposição "a" - exigida pela regência do nome "contrários" - com o artigo definido 
feminino "a" - solicitado pelo substantivo feminino "importância". 
9. 
Os homens, para sobreviver, devem produzir seus meios de vida, com o que produzem indiretamente sua própria 
vida material. Os homens são aquilo que produzem e como o produzem. Isto porque a satisfação das primeiras 
necessidades, a própria ação de satisfazê-las e a conquista dos instrumentos necessários para tanto conduzem a 
novas necessidades, cuja satisfação eles terão de buscar. A todo modo de produção corresponde um modo de 
cooperação. Segundo Marx, a soma das forças produtivas disponíveis ao homem condiciona o estado social; por 
isso, a história da humanidade deve ser sempre estudada a partir da conexão entre a história da produção e do 
intercâmbio. Os homens, ao produzirem seus meios de vida, produzem a si mesmos, em um infinito processo de 
autoconstrução. 
Vânia Noeli F. de Assunção. Karl Marx: teoria e práxis de um gênio das ciências sociais. Internet: <filosofiacienciaevida.uol.com.br>. 
Com referência ao texto acima, julgue o seguinte item. 
Preservam-se a correção gramatical do texto e as relações entre os argumentos ao se inserir o sinal indicativo 
de crase em “a novas”, escrevendo-se à novas. 
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( ) Verdadeiro 
(X) Falso 
COMENTÁRIOS 
FALSO - Com a alteração proposta, temos a construção "conduzem à novas necessidades". Essa redação está 
incorreta, devido ao mau emprego do acento indicador de crase. Note que há a necessidade da preposição "a", 
solicitada pela regência do verbo "conduzir", mas não há a necessidade do artigo "a", visto que o substantivo 
"necessidades" está no plural. 
Duas são as possíveis construções: "conduzem a novas necessidades" ou "conduzem às novas necessidades". 
 
10. 
Todos os indivíduos têm o dever de participar da vida social, procurando exercer influência sobre as decisões de 
interesse comum. Esse dever tem, sobretudo, dois fundamentos: em primeiro lugar, a vida social, necessidade 
básica dos seres humanos, é uma constante troca de bens e de serviços, não havendo uma só pessoa que não 
receba alguma coisa de outras; em segundo lugar, se muitos ficarem em atitude passiva, deixando as decisões 
para outros, um pequeno grupo, mais atuante ou mais audacioso, acabará dominando, sem resistência e 
limitações. O direito e o dever da participação política são duas faces da mesma realidade: a natureza associativa 
do ser humano. Tendo necessidade de viver com os semelhantes, cada indivíduo deve ter assegurado o seu direito 
de influir no estabelecimento das regras de convivência. 
Dalmo de Abreu Dallari. O que é participação política, p. 33-8 (com adaptações). 
Com base na organização do texto acima, julgue o item subsequente. 
Preservam-se a correção gramatical e a coerência do texto ao se usar direito à influir em lugar de “direito de 
influir”. 
( ) Verdadeiro 
(X) Falso 
COMENTÁRIOS 
FALSO - Em "direito à influir", não faz sentido o emprego do sinal indicativo de crase, haja vista que verbo não 
solicita artigo definido "a". 
Dessa forma, pode-se empregar a construção "direito a influir" (sem crase), em que o "a" é apenas preposição. 
 
11. 
A instrumentalização da cidadania e da soberania popular, em uma democracia contemporânea, faz-se pelo 
instituto da representação política. E a transformação da soberania popular em representação se dá, em grande 
parte, por meio da eleição. 
O povo a que remete a ideia de soberania popular constitui uma unidade, e não, a soma de indivíduos. Jurídica e 
constitucionalmente, a representação "representa" o povo (e não, todos os indivíduos). Além disso, não há 
propriamente mandato, pois a função do representante se dá nos limites constitucionais e não se determina por 
instruções ou cláusulas estabelecidas entre ele (ou o conjunto de representantes) e o eleitorado. As condições para 
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o exercício do mandato e, no limite, seu conteúdo estão predeterminados na Constituição e apenas nela. 
Estritamente, nem sequer é possível falar em representação, pois não há uma vontade pré-formada. Há a 
construção de uma vontade, limitada apenas aos contornos constitucionais. 
Eneida Desiree Salgado. Princípios constitucionais estruturantes do direito eleitoral. Tese de doutoramento. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 
2010. Internet: <http://dspace.c3sl.ufpr.br> (com adaptações). 
Julgue o próximo item, referente à estrutura e à tipologia do texto em apreço. 
A correção gramatical do texto seria mantida caso a expressão "aos contornos constitucionais" fosse 
substituída por à legislação constitucional. 
(X) Verdadeiro 
( ) Falso 
COMENTÁRIOS 
VERDADEIRO - A correção gramatical é plenamente atendida com a alteração proposta. Vale ressaltar o emprego 
da crase: ela é justificada pela contração da preposição "a" - requerida pelo nome "limitada" (limitada a algo) - com 
o artigo definido "a" - solicitado pelo substantivo feminino "legislação". 
 
12. 
Se a economia comportamental introduziu o estudo mais detalhado das emoções na análise financeira, era apenas 
natural que alguns pesquisadores dessem o passo seguinte para investigar muito literalmente como funciona a 
cabeça do investidor. A neuroeconomia combina as mais recentes descobertas da neurociência — em particular, 
técnicas de mapeamento cerebral como a ressonância magnética funcional aperfeiçoada nos anos 90 — com os 
conceitos da psicologia financeira e da economia. É um campo de estudos ainda recente — conta cerca de uma 
década, mas já acena com o entendimento fascinante da biologia do investidor. Embora os experimentos mostrem 
a importância do pensamento racional, será um equívoco concluir que a mente do investidor é pura objetividade. 
O mais curioso é que a atividade do núcleo cerebral ligado aos sentimentos é mais intensa antes da confirmação 
de um ganho financeiro no jogo. Esse é um dado importante da psicologia do investidor: a expectativa por um bom 
resultado acaba se revelando mais excitante que o resultado em si. 
O nascimento da neuroeconomia. In: Veja, 14/1/2009, p. 69 (com adaptações). 
Julgue o seguinte item, a respeito do texto acima. 
A preposição “com” é exigida pela forma verbal “combina”; por isso, sua retirada do texto provocaria erro 
gramatical e incoerência textual. 
(X) Verdadeiro 
( ) Falso 
 
 
 
 
 
 
 
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COMENTÁRIOS 
VERDADEIRO - De fato, analisando as possíveis regências do verbo "combinar", uma delas é "quem combina, 
combina algo com algo". No caso, "a neurociência combina as mais recentes descobertas da 
neurociência ... com os conceitos da psicologia financeira e da economia." 
A preposição "com", dessa forma, é necessária para que se mantenha a correção gramatical. Sua ausência afeta a 
coesão (conexão entre os termos) e a coerência (sentido) textuais, pois ela é necessária na conexão entre o verbo 
"combina" com o objeto indireto "com os conceitos...". 
Uma dificuldade na visualização dessa coesão está na presença do segmento isolado entre travessões "- em 
particular, técnicas ... aperfeiçoada nos anos 90 -". Quando você se deparar com trechos isolados por travessões ou 
parênteses, faça a leitura sem eles, para queperceba as conexões entre os termos da frase entrecortada por esses 
sinais de pontuação. 
13. 
Considerando que o fragmento a seguir é parte de um texto adaptado de Pedro da Motta Veiga e Roberto Magno 
Iglesias (<www.bndes.gov.br>), julgue-o quanto à correção gramatical. 
Portanto, ao se iniciar a nova década, o ambiente que se formula e gerencia a política de comércio exterior 
brasileira é radicalmente diverso daquele que vigiu à época em que a CACEX atuava como superagência nessa 
área. A institucionalidade da política distanciou-se do modelo CACEX, mas é pouco nítido o modelo desejável e 
adequado aos novos condicionantes e objetivos. 
( ) Verdadeiro 
(X) Falso 
COMENTÁRIOS 
FALSO - O primeiro erro observado é de regência, uma vez que se omitiu a preposição "em" antes do pronome 
relativo "que", exigência das formas verbais "se formula" e "se gerencia". Outro erro observado é de ortografia, 
uma vez que a forma correta é "vigeu", e não "vigiu". Assim, o trecho corretamente reescrito seria: "Portanto, ao 
se iniciar a nova década, o ambiente em que (no qual) se formula e gerencia a política de comércio exterior brasileira 
é radicalmente diverso daquele que vigeu à época em que a CACEX atuava como superagência nessa área. A 
institucionalidade da política distanciou-se do modelo CACEX, mas é pouco nítido o modelo desejável e adequado aos 
novos condicionantes e objetivos.". 
 
14. 
O texto abaixo foi modificado intencionalmente, mediante a retirada de vírgulas e a introdução de erros de grafia, 
de regência e de concordância. 
As notas frias de Caxias 
Uma pratica tão ilegal quanto comum nas prefeituras do interior do pais chamou à atenção da Polícia Federal no 
Maranhão. No municipio de Caxias a 350 quilometros de São Luís o que poderia ser um crime administrativo banal 
vem ganhando indissios de uma verdadeira farra orçamentaria. O atual prefeito da cidade Hélio Queiroz (PSDB) 
recolheu centenas de notas fiscais que garante serem frias e que teriam permitido a seu antessessor Paulo Marinho 
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(PFL) desviar mais de R$ 1 milhão do caixa municipal. Boa parte desses documentos foram emitidos pela Sercil 
Engenharia uma pequena firma de propriedade do engenheiro José Ribamar Costa Serra que admitiu o crime. O 
esquema que serviria para enriquecer-lhe só comprometeu ainda mas suas finanças. Paulo Marinho hoje deputado 
federal defende-se das acusações. O inquérito da Polícia Federal vai dizer quem está falando a verdade. 
Julgue o item a seguir com relação ao texto. 
No quinto período, há um erro de regência verbal e um de grafia, respectivamente em "enriquecer-lhe" e em 
"mas". 
(X) Verdadeiro 
( ) Falso 
COMENTÁRIOS 
VERDADEIRO - O verbo "enriquecer" solicita um objeto direto (quem enriquece, enriquece alguém). Portanto, 
devemos utilizar o pronome oblíquo "o" para substituir esse tipo de complemento verbal, resultando na 
forma "enriquecê-lo". Além disso, a forma "mas" está empregada de forma incorreta, pois, no trecho, não se trata 
da conjunção, e sim do adverbio "mais". 
 
Fim do teste. Até o próximo encontro! 
Saudações, 
Prof. José Maria

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