Buscar

TCC SOBRE TRANSITO EM RIO BRANCO ACRE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

31
FACULDADE DA AMAZÔNIA OCIDENTAL – FAAO
CURSO DE DIREITO
ELDIVON MONTEFUSO PORTELA
A EFETIVA APLICAÇÃO DAS NORMAS DE TRÂNSITO COMO ESTRATÉGIA DE SEGURANÇA
RIO BRANCO/AC
2019
ELDIVON MONTEFUSO PORTELA
A EFETIVA APLICAÇÃO DAS NORMAS DE TRÂNSITO COMO ESTRATÉGIA DE SEGURANÇA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do título de Bacharel, do curso de Direito, da Faculdade da Amazônia Ocidental/FAAO, na cidade de Rio Branco/AC, com a orientação do Prof. Esp. Joanna Maria Franca Mansour.
Rio Branco/AC
2019
FICHA CATALOGRÁFICA
A ficha catalográfica é um elemento obrigatório. É apresentada no verso da folha de rosto e deve ser elaborada pela bibliotecária da FAAO. A ficha deve ser solicitada por e-mail (biblioteca@faao.com.br), após a apresentação do trabalho. O prazo para a elaboração e encaminhamento da ficha é de 48 horas úteis.
Dados para a ficha catalográfica (devem ser enviados por e-mail):
- Folha de rosto (enviar como anexo);
- Resumo (enviar como anexo);
- Quantidade de folhas do TCC;
- Possui ilustrações? SIM ou NÃO?;
- Possui anexos? SIM ou NÃO?;
- Possui apêndices? SIM ou NÃO?;
- Ano de nascimento do acadêmico.
DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO E DE AUTORIZAÇÃO PARA PUBLICAÇÃO ELETRÔNICA
Declaro para os devidos fins que eu, ELDIVON MONTEFUSO PORTELA, portador da cédula de identidade RG nº _____________, CPF nº _________________, residente e domiciliado na Rua/Av. ______________________________, bairro ________________, na cidade de _______________, sou o autor do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado ______________________________________, apesentado como requisito para conclusão do Curso de ____________________ da Faculdade da Amazônia Ocidental.
Declaro, ainda, assumir total responsabilidade pelo aporte ideológico e autoral conferidos à presente Monografia e Artigo Científico, afirmando que o trabalho é inédito, e, segue as normas da ABNT e da Faculdade da Amazônia Ocidental, razões pelas quais isento a Faculdade da Amazônia Ocidental, a Coordenação do Curso, o Orientador e eventuais Avaliadores de toda e qualquer responsabilidade acerca deste trabalho, estando ciente que a infração destas normas levará à reprovação, a qualquer tempo, bem como, incorrerá nas responsabilidades civis e criminais da legislação vigente – Lei nº 9.610/98 (Direitos Autoriais).
Através dessa declaração dou ciência de minha responsabilidade sobre o texto apresentado e assumo qualquer responsabilidade por eventuais problemas legais, no tocante aos direitos autorais e originalidade do texto.
Por fim, Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação acima referida, AUTORIZO à Faculdade da Amazônia Ocidental (FAAO), a publicar a qualquer tempo, na rede mundial de computadores (Internet), sem pagamento dos direitos autorais, nos termos da Lei nº 9.610/98, o texto integral da obra citada, com finalidades de leitura, impressão ou download.
	
	Rio Branco/AC, ___ de ______________ de 2019.
____________________________________
ELDIVON MONTEFUSO PORTELA
ELDIVON MONTEFUSO PORTELA
A EFETIVA APLICAÇÃO DAS NORMAS DE TRÂNSITO COMO ESTRATÉGIA DE SEGURANÇA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito, do curso de Direito da Faculdade da Amazônia Ocidental/FAAO, na cidade de Rio Branco/AC. 
_______________ em 2019, com nota __________
BANCA EXAMINADORA
___________________________
Esp. Joanna Maria Franca Mansour
Faculdade Da Amazônia Ocidental (FAAO)
___________________________
Titulação e Nome do examinador
Faculdade Da Amazônia Ocidental (FAAO)
___________________________
Titulação e Nome do examinador
Faculdade Da Amazônia Ocidental (FAAO)
DEDICATÓRIA
A todos os profissionais que dedicam suas vidas por um trânsito menos violento.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos os professores e equipe técnica do Curso de Direito, que colaboraram de forma direta ou indiretamente para a realização de mais essa etapa em minha vida.
RESUMO
O presente trabalho reflete o histórico da legislação que foi o início de grandes conquistas no trânsito brasileiro, suas modificações e adapatações para a sociedade, que compõem o trânsito. Este trabalho esta direcionado ao estudo do exercício do Poder de Polícia, das infrações e penalidades que são aplicadas aos condutores, todas as penalidades são baseadas em princípios norteadores da Constituição Federal e dos Direitos Humanos, tendo como base o princípio da dignidade da pessoa humana e dentro do proceso da ampla defesa e do contraditório. Esclarecer as legislações e suas funções para a resolução dos conflitos existentes, e as instituições regulamentadoras do exercício legal do trânsito brasileiro. Um dos objetivos do estudo é enfatizar a eficácia do Poder de Polícia pelos entes estatais, após o advento da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Dentre os poderes administrativos, sem dúvida, o Poder de Polícia é o que mais efetivamente demonstra a interferência estatal no ajustamento das condutas necessárias à harmonização da vida em sociedade, dotando os agentes públicos, para tanto, de autoridade e poderes para a consecução de seus lídimos interesses, quais sejam, a paz social e o bem-estar da coletividade. O estudo teve como resultado que o Poder de Polícia que intervém nas práticas particulares ou individuais de cada cidadão, tem como objetivo garantir o bem coletivo. É notório entender que uma sociedade sem regras é desestruturada, não há crescimento e a qualificação da mesma. A pesquisa foi desenvolvida com metodologia qualitativa e quantitativa, por meio de busca bibliográficas, em sites, jurisprudência e e normas regulamentadoras, foi realizado pesquisa de campo no Departamento de Trânsito do Estado do Acre. 
Palavras-chave: Trânsito. Infrações. Fiscalização.
ABSTRACT
This paper reflects the history of the legislation that was the beginning of great achievements in Brazilian traffic, its modifications and adaptations to society, which make up the traffic. This work is directed to the study of the exercise of the Police Power, the infractions and penalties that are applied to drivers, all penalties are based on guiding principles of the Federal Constitution and Human Rights, based on the principle of human dignity and within the process of broad defense and contradictory. Clarify the laws and their functions for the resolution of existing conflicts, and the institutions regulating the legal exercise of Brazilian transit. One of the objectives of the study is to emphasize the effectiveness of Police Power by state entities, after the advent of Law No. 9,503 of September 23, 1997, which established the Brazilian Traffic Code (CTB). Undoubtedly, among the administrative powers, the Police Power is the one that most effectively demonstrates the state interference in the adjustment of the conducts necessary for the harmonization of life in society, giving the public agents the authority and powers to achieve their goals. good interests, namely, social peace and the welfare of the community. The study resulted in the Police Power that intervenes in the individual or individual practices of each citizen, aims to guarantee the collective good. It is notorious to understand that a society without rules is unstructured, there is no growth and its qualification. The research was developed with qualitative and quantitative methodology, through bibliographic searches, websites, jurisprudence and regulatory norms. Field research was carried out at the Traffic Department of the State of Acre.
Keywords: Transit. Infractions. Inspection.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES E GRÁFICOS
Gráfico 1 – Quantitativo de Vítimas Fatais.................................................................53
Gráfico 2 – Número Total de Acidentes emRio Branco.............................................53
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 – Dos órgãos e suas especificações...........................................................21
Tabela 2 – Do sistema nacional de trânsito................................................................22
Tabela 3 – De Penalidades no CTB...........................................................................23
Tabela 4 – Índices da Frota de Veículos no Estado do Acre.....................................52
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS 
CETRAN .............Conselho Estadual de Trânsito
CIRETRAN...........Circunscrição Regional de Trânsito
CNH......................Carteira Nacional de Habilitação
CNT .....................Código Nacional de Trânsito
CONTRAN ...........Conselho Nacional de Trânsito
CRLV ...................Certificado de Registro e de Licenciamento de Veículo
CRV .....................Certificado de Registro de Veículo
CRT.......................Conselho Regional de Trânsito
CTB......................Código de Trânsito Brasileiro
DENATRAN .........Departamento Nacional de Trânsito
DER .....................Departamento Estadual de Estradas de Rodagem
DETRAN...............Departamento Estadual de Trânsito
DNER ...................Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
DNIT .....................Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
IPVA......................Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores que Transitam em Vias Terrestres
JARI .....................Junta de Administrativa de Recursos de Infração
RENAVAM.............Registro Nacional de Veículos Automotores
SNT.......................Sistema Nacional de Trânsito
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	14
2 conceituando os termos do trânsito	16
2.1 trânsito, fiscalização e penalidades no âmbito jurídico	16
2.2 LEGISLAÇÕES E INSTITUIÇÕES REGULAMENTADORAS..............................19
2.3 INFRAÇÕES DE TRÂNSITO DESCRITAS NO CTB............................................22
2.3.1 Responsabilidade pela infração	24
2.3.2 Infração de responsabilidade do proprietário	25
2.3.3 Infração de responsabilidade do condutor...................................................28
2.3.4 Infração de responsabilidade do embarcador e transportador..................29
2.3.5 Classificação da infração...............................................................................30
2.3.6 Comprovação da infração..............................................................................30
2.4 CRIMES DE TRÂNSITO......................................................................................31
3 LEI 11.705/2008 "LEI SECA" E MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA O TRÂNSITO.................................................................................................................37
3.1 LEI Nº 11.705/08 E SEU ENTENDIMENTO NO ÂMBITO JURÍDICO	37
3.2 MEDIDAS DE TRÂNSITO....................................................................................41
3.3 O PAPEL DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO, AGENTES DE TRÂNSITO E NO PODER DE POLÍCIA NO CTB...................................................................................47
4 PROPOSTAS DE AÇÕES DE ESFORÇO LEGAL PARA IMPLANTAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO EM RIO BRANCO - ACRE	50
4.1 O ÓRGÃO DE GESTÃO DE TRÂNSITO DA CIDADE DE RIO BRANCO E DO ESTADO DO ACRE	50
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	56
6 REFERÊNCIAS	58
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como justificativa a intenção de nortear o cidadão a sua responsabilidade para a manutenção do trânsito em sua cidade, tendo em vista que a maioria dos acidentes de trânsito são ocasionados devido a falta de responsabilidade da sociedade. É de extrema importância ressaltar que a garantía de manutenção do trânsito ocorre devido a presença do poder de polícia, para apaziguar e aplicar as normas que foram infracionadas. 
O método de pesquisa utilizado na produção deste artigo é por meio de pesquisa bibliográfica qualitativa na biblioteca virtual do Google Scholar, pesquisa quantitativa com busca em dados numéricos sobre o trânsito na cidade de Rio Branco, tendo como instituição pesquisada o Departamento de Trânsito do Estado do Acre.
A pesquisa foi fragmentada em três capítulos, sendo que no primeiro aborda conceitos de trânsito, legislação e penalidades, descreve os tipos de penalidades que podem ocorrer por meio do cidadão que conduz o automóvel e o proprietário, sendo assim, não haveria a possibilidade de abordar uma temática sem introduzir os significados, não seria diferente em relação ao trânsito e suas especificações, a segurança pública engloba o assunto abordado em questão, por isso, são conceitos que conectam entre si, por fim, verifica-se a necessidade de conceituá-los em separado para, então, analisá-los nessas conectividades.
Dessa maneira, esclarece-se em prioridade sobre o entendimento do estudo que o trânsito é considerado como o conjunto de deslocamentos de pessoas e veículos nas vias públicas, dentro de um sistema convencional de normas, que tem por fim assegurar a integridade de seus participantes.
Por conseguinte, no segundo capítulo descreve um entendimento jurídico sobre a Lei Seca (11.705/2008), quais seus pontos importantes e as lacunas na lei que se observam quando ocorre a sua atuação. Vale ressaltar que no mesmo capitulo fo abordado uma introdução ao papel dos agentes de autoridade do trânsito, acerca de suas especificações e conceitos.
Dessa maneira, entende-se que a legislação brasileira, possui uma vasta diversificação de leis, decretos, resoluções, deliberações e portarias, em que ocorre uma pluralidades de princípios norteadores dos códigos no Brasil, princípios estes que sempre regem a dignidade da pessoa humana, conscientização e o respeito entre a sociedade, considerando que com o passar do tempo ocorrem mudanças nos costumes, nas pessoas e na sociedade em geral, fazendo com que novas demandas precisem ser atendidas.
No terceiro capítulo ocorre uma fundamentação e pesquisa de campo na instituição regulamentadora do Estado do Acre – DETRAN/AC, onde ocorreu a busca de dados quantitativos e resolução que constam no corpo do texto, que contribuíram para o enriquecimento de uma opinião detalhada dos avanços e retrocessos do trânsito na cidade de Rio Branco.
Neste sentido, destaca-se o papel do Estado, da sociedade e da família quanto à proteção do trânsito, educação e segurança, que são os mínimos sociais garantidos na Carta Magna do Brasil, em seguida, o trabalho foi direcionado para o objetivo principal, o esclarecimento acerca do Poder de Polícia, suas garantias na lide em vigência, seus resultados na proteção e diminuição dos acidentes de trânsito, causados em grande maioria pela conduta de motoristas infratores. 
De forma efetiva, as campanhas de trânsito não dão certo no Brasil, porque se houvesse a eficácia, ocorreria resultados perceptíveis na sociedade e na educação de trânsito, entretanto, o número de mortes, acidentes vem aumentando gradativamente. 
Além da falta investimento, e da presença e iniciativa do poder público, existe a falta da utilização de uma linguagem adequada, que atinja as diferentes faixas etárias e grupos de pessoas que compõe o trânsito.
Por fim, é notório verificar que o funcionamento do trânsito no Brasil, é uma das modalidades de direito fundamental na Constituição Federal, e sendo ele classificado como tal forma, é necessário ser analisado de forma responsável pelo Estado, para que seja garantida a proteção da vida em toda a sociedade.
Vale ressaltar que o bem protegido no trânsito é a vida. A responsabilidade da sociedade é tão importante quanto à do Estado em reger normas de proteção e garantia de uma pacificação para o tráfego. 
	
2 CONCEITUANDO OS TERMOS DO TRÂNSITO
No presente capítulo aborda a questão das infrações de trânsito, seu conceito, definição e classificação, bem como a responsabilidade imposta pela infração, os agentes responsáveis pela fiscalização e aplicação das penalidades decorrentes das mesmas.
2.1 TRÂNSITO, FISCALIZAÇÕ E PENALIDADESNO ÂMBITO JURÍDICO
Segundo o autor Rozestraten (1988), segurança e trânsito são questões onde ocorrem muitas preocupações, e tais não se resumem na atualidade, muitos estudiosos buscam a proteção de ambos os assuntos desde século XVII na Europa. Inicialmente, os estudiosos limitavam apenas na preocupação da locomobilidade entre os veículos e as pessoas, com o passar dos anos e as questões sociais crescendo, ocorreram avanços nos estudos, incluindo as vias, não enxergando mais como apenas o lugar de acesso dos demais elementos, mas pela dinamicidade que os envolviam, passando gradativamente a exigir normas de circulação, com a finalidade de integrar e proteger os diferentes elementos envolvidos, se tratando, desde então, da segurança de todos no espaço público.
	Dentro dessa ótica, resta analisar conceitos individualizados de grandes escritores e estudiosos sobre o assunto abordado, segundo Vasconcelos (1985, p. 11), descreveu o trânsito como “o conjunto de todos os deslocamentos diários, feitos pelas calçadas e vias da cidade e que aparece na rua na forma da movimentação geral de pedestres e veículos”. Arrudão (1966), que o definiu o trânsito como o deslocamento de pessoas ou coisas pelas vias de circulação. Já para Rozestraten (1988, p. 4), o trânsito é considerado como “o conjunto de deslocamentos de pessoas e veículos nas vias públicas, dentro de um sistema convencional de normas, que tem por fim assegurar a integridade de seus participantes”.
	Conclui-se a partir dos conceitos abordados que o trânsito possui diversidade de entendimentos, mas pontos chaves em comum, que é a locomoção de qualquer objeto móvel, que se caracteriza a situação de trânsito, sendo elas ocasionadoras de acidentes ou não, entretanto, pode-se decodificar os significados apresentados para entender melhor a complexidade da temática abordada, desmembra-se em três elementos: o ambiente físico, o veículo e o condutor, com ênfase para o comportamento do condutor, pois é um dos grandes influenciadores da desorganização do sistema de trânsito.
	Acerca da segurança[footnoteRef:1], vale entender que essa temática já é abordada com preocupações de tempos antigos, constata-se que no Império Romano, quando Júlio César proibiu o tráfego de veículos durante o dia tinha como objetivo diminuir os acidentes com bigas. Também o imperador Adriano limitou o número de carroças que podiam circular na cidade (FERREIRA,2015). [1: O conceito segurança viária é utilizado para referir ao conjunto de medidas, disposições e normas existentes em relação à circulação de pessoas e automóveis pelas ruas e rodovias, com o objetivo de prevenir acidentes de trânsito aos sujeitos envolvidos. https://queconceito.com.br/seguranca-viaria
] 
Sendo assim, é notório verificar que o aumento de veículos em circulação é proporcional ao aumento de problemas de mobilidade e circulação dos diferentes elementos envolvidos e, consequentemente, as restrições inerentes. Em relação a esse fator, já se esperava que o trânsito fosse uma das maiores preocupações globais atuais.
Com base em pesquisas bibliográficas nota-se que na Europa já ocorria normas para efetivar a diminuição de acidentes ocasionados por esse determinante, tais como, delimitavam estacionamentos e circulação de veículos em mão única e dupla. Vejamos:
[...] partir da introdução da máquina, dos veículos rápidos e pesados os acidentes foram crescendo progressivamente e exigindo, já no século XX a organização do tráfego como um sistema convencional, e daí medidas que a cada vez mais regulamentavam as pessoas, o ambiente físico e os veículos, assim originando os Códigos de Trânsito (FERREIRA, 2015, p.11). 
Dentro dessa ótica, nota-se que os efeitos e resultados causados no trânsito pelo significativo índice de violência são preocupantes e exige, portanto, um olhar diferenciado da segurança pública à temática.
Salienta-se que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em um Relatório Global de Segurança no Trânsito 2013 que se estima que o ponto de soluções para a redução de acidentes ou mortes causadas no trânsito, sejam incluídas pelos Estados-membros leis eficazes que atenuem os fatores principais para que não ocorram os riscos causadores, estes fatores são: dirigir sob o efeito de álcool, excesso de velocidade, a falta de uso dos equipamentos de segurança, no caso, o capacete, o cinto de segurança e de cadeirinhas.
De acordo com Ferreira (2015, p. 05), afirma que o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN):
Entre os anos de 1961 a 2002, o número de vítimas fatais cresceu em torno de dez vezes, de 3,3 para 33 mil; no caso dos feridos, no início dos anos 60 o total de vítimas saiu de 23,3 mil para 337 mil em 2002, considerando o crescimento da população, do número de veículos e dos avanços tecnológicos para a segurança no trânsito.
Com base nesses dados citados, o objetivo do presente trabalho será abordar que as normas de fiscalização é o ponto principal para diminuição de condutas errôneas, que consequentemente, provocam acidentes. Para que o leitor possa compreender com mais efetividade, o conceito de fiscalização, conduta[footnoteRef:2], normas[footnoteRef:3] serão abordados no presente momento. [2: Conduta é uma manifestação do modo como um indivíduo ou grupo se comporta perante a sociedade, tendo como base as crenças, culturas, valores morais e éticos que seguem.https://www.significados.com.br/conduta/] [3: Segundo Paulo Nader, tem-se como norma jurídica a “conduta exigida ou o modelo imposto de organização social”. Introdução ao Estudo do Direito - 36ª Ed. Cap. 9 - NADER, Paulo] 
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997, fiscalização é o ato de controlar normas que são expressas no presente código, que é instituída como a legislação brasileira de trânsito, por meio da polícia administrativa, no órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as competências, tal fiscalização é exercida pelos agentes de trânsito[footnoteRef:4] que possuem competência para exercerem o cargo, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em seu Artigo 24, inciso VI: [4: 	 O Agente de Trânsito é o profissional que fiscaliza o tráfego de veículos, afim de evitar acidentes e engarrafamentos nas vias das cidades. Além disso são responsáveis por orientar os pedestres nas vias urbanas. Os agentes mantem a ordem, emitem notificações, participam de ações educativas conscientizando os motoristas e pedestres. Eles são o elo entre o poder público e a sociedade nas mudanças efetivas do trânsito no nosso país. www.novaconcursos.com.br/portal/noticias/o-que-faz-um-agente-de-transito-2/#ixzz5rv5A0WTb] 
VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres, edificações de uso público e edificações privadas de uso coletivo, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis e as penalidades de advertência por escrito e multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas neste Código, no exercício regular do poder de polícia de trânsito, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar, exercendo iguais atribuições no âmbito de edificações privadas de uso coletivo, somente para infrações de uso de vagas reservadas em estacionamentos (BRASIL,1997, p. 11).
Partindo das considerações acima referidas, um dos objetivos do trabalho exercidos pelos agentes de trânsito, é garantir que a ordem das normas seja eficaz para a população, que as pessoas respeitem as regras e regulamentos presentes no CTB, efetivando assim, a organização da sociedade. 
2.2 LEGISLAÇÃO E INSTITUIÇÕES REGULAMENTADORAS
Quando se reporta a legislação brasileira, entende-se que é rica em leis, decretos, resoluções, deliberações e portarias, em que ocorre uma pluralidades de princípios norteadores dos códigos no Brasil, princípios estes que sempre regem a dignidade da pessoa humana, conscientização e o respeito entre a sociedade, considerando que com o passar do tempo ocorrem mudanças nos costumes, nas pessoas e na sociedade em geral, fazendo com quenovas demandas precisem ser atendidas. 
 Dentre essas legislações encontra-se a primeira lei que abordou o assunto trânsito no Brasil, denominada Decreto n. 8.424, de 27 de outubro de 1910, posteriormente, surgiram diversos decretos, até a criação do primeiro Código Nacional de Trânsito, em 1941. 
Por conseguinte, foi elaborado o Código de Trânsito de 1966, que recebeu as demais resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), este código ficou em vigência por 31 (trinta e um) anos, sendo que, então foi criado o atual Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O atual CTB, instituído pela Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, recepcionou todas as Resoluções do CONTRAN (SOUZA, 2018).
Ao se tratar do atual Código de Trânsito Brasileiro, foi inserido como um dos instrumentos de consulta e apoio para os cidadãos e aos agentes de segurança, a presente lei estudada, tem por objetivos que são expressos no texto, veja-se:
I - Estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento; 
II - Fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização de critérios técnicos, financeiros e administrativos para a execução das atividades de trânsito;
 III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de informações entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim de facilitar o processo decisório e a integração do Sistema (BRASIL, 2008, p. 19). 
A legislação de trânsito atual aumentou o interesse dos brasileiros, que passaram a se atualizar sobre a normativa e conhecimento a respeito do Código de Trânsito Brasileiro, em grande parte buscando respeitar e desenvolver atitudes seguras no trânsito. 
Pra regular as normas de trânsito, a Constituição da República determina as diretrizes fundamentais do Estado Democrático de Direito, criando obrigações institucionais e liberdades aos seus cidadãos. As relações acerca do trânsito possuem premissas básicas para sua fundamentação na Constituição Federal de 1988, os direitos do cidadão e os deveres da administração pública.
Vale ressaltar que a Constituição aborda sobre os direitos do cidadão, em seu artigo 1º, que rege sobre o Estado democrático de direito, que possui como princípio basilar a dignidade da pessoa humana, assim sendo, como o princípio norteador de qualquer lei que possa entrar em vigência no ordenamento jurídico brasileiro. 
Como já fora tratado nas citações acima, em relação a segurança pública, a constituição é bem expressa quanto aos direitos do cidadão, que inclui mínimos sociais para uma sociedade justa e igualitária.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (BRASIL, 1988, p. 13).
Em um país como o Brasil, diversificado em sua origem, em várias capitanias hereditárias, que proporcionaram, com a Proclamação da República, a criação de um Estado federado, a continuidade da democracia exige ainda o respeito à tripartição de poderes nas três esferas de governo: União, Estados e Municípios.
Partindo-se da Constituição Federal, lei máxima que estabelece toda a estrutura de nossa nação, necessita analisar quais são as competências de cada ente federado, pois, assim como os Poderes são independentes entre si, de igual forma não pode o poder executivo federal intervir indevidamente na autonomia dos estados e municípios (e vice-versa), assim sucedendo também ao legislativo e judiciário, conforme o Art. 22 da Constituição Federal “Compete privativamente à União legislar sobre XI – trânsito e transporte” (BRASIL, 1988, p.27) e o Art. 30 “Compete aos Municípios I – legislar sobre assuntos de interesse local” (BRASIL, 1988, p.34).
Para regular e fiscalizar o cumprimento das leis de trânsito, existem os órgãos reguladores, distribuídos entre as instâncias nacional, estadual e municipal.
Tabela 1 – dos Órgãos e suas especificações
	CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito
	É o órgão máximo normativo, consultivo e coordenador da política nacional de trânsito, responsável pela regulamentação do Código de Trânsito Brasileiro
	DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito
	É o órgão máximo executivo do Sistema Nacional de Trânsito, tem autonomia administrativa e técnica, e jurisdição sobre todo o território nacional. Sua sede é em Brasília.
	DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito
	É o órgão máximo executivo dos estados e do Distrito Federal, que cumpre e faz cumprir a Legislação de Trânsito, nos limites de sua jurisdição.
	D.N.I.T. – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
	Órgão executivo rodoviário da união, com jurisdição sobre as rodovias e estradas federais.
	D.E.R. – Departamento de Estradas e Rodagem
	Órgão executivo rodoviário do estado e do Distrito Federal, com jurisdição sobre as rodovias e estradas estaduais de sua sede.
	P.R.F. – Polícia Rodoviária Federal
	Tem a responsabilidade de fiscalizar o cumprimento das normas de trânsito através do patrulhamento ostensivo nas rodovias federais
Fonte: (Detran / Acre, 2019)
No CTB está descrito em seu Artigo 7, os órgãos competentes para regulamentar o trânsito em seus respectivos entes:
Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e entidades:
I - O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo;
II - Os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos normativos, consultivos e coordenadores;
III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
IV - Os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
V - A Polícia Rodoviária Federal;
VI - As Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e
VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações – JARI (BRASIL, 1997, p. 02).
Conforme citação acima, os órgãos competentes para normatizar o trânsito brasileiro estão devidamente tipificados por uma legislação brasileira, em que sua  finalidade é o exercício das atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades.
Tabela 2 - do Sistema Nacional de Trânsito
Fonte: (Sistema Nacional de Trânsito – SNT,2019)
O texto do artigo 7º CTB está representado conforme tabela disponibilizada pelo Sistema Nacional de Trânsito, com suas especificações e atuação no universo do trânsito, vale ressaltar que na tabela citada expõe os agentes responsáveis pelas condutas que são praticadas em cada órgão. 
2.3 INFRAÇÕES DE TRÂNSITO DESCRITAS NO CTB
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, infração significa qualquer inobservância de qualquer preceito do CTB, da legislação complementar ou das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às penalidades e medidas administrativas indicadas em cada artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX do CTB (BRASIL, 1997).
 A legislação de trânsito brasileira estabelece quatro tipos de infrações: leves[footnoteRef:5], médias[footnoteRef:6], graves e gravíssimas[footnoteRef:7], ou seja, a classificação é de acordo com a gravidade da conduta. Quanto maior o perigo que o comportamento gerar, piores as consequências para o motorista ou proprietário do veículo. [5: A infração leve ocorre quando o motorista ou mesmo o pedestre desrespeita alguma lei de trânsito, gerando consequências menos graves, como o próprio nome indica. https://doutormultas.com.br/multa-leve/ Acesso em 20 de agosto de 2019] [6: São classificadas as infrações cujo grau de risco é um pouco mais elevado do que a anterior, mas ainda não tão graves como as subsequentes. Embora não pareçam,as infrações referentes à categoria média também constituem situações de perigo.jus.com.br/artigos/62981/infracoes-leves-medias-graves-e-gravissimas-saiba-como-recorrer Acesso em 20 de agosto de 2019  ] [7: Nessa categoria constam as infrações que representam maior risco à segurança de todos. Em sua maioria, envolvem riscos que podem gerar um acidente de trânsito. jus.com.br/artigos
] 
Essas consequências incluem a multa, penalidade em que o infrator paga um valor à autoridade de trânsito e procedimentos como a suspensão do direito de dirigir.
Tabela 3 - Penalidades no CTB
Fonte: (DETRAN/AC, 2019) 
Conforme é analizado o Código de Trânsito segue uma linha de estrutura para a separação e identificação das condutas realizadas pelos motoristas, em que são diferenciadas pelo nível de consequência em que cada uma pode gerar se forem ocasionadas. Compete assim, ao orgão fiscalizador observar qual infração o condutor realizou, aplicando-lhe a devida penalização.
De acordo com o Artigo 161 do CTB, em seu parágrafo único: “as infrações cometidas em relação às resoluções do CONTRAN terão suas penalidades e medidas administrativas definidas nas próprias resoluções”. (BRASIL, 1997, p.40)
No mesmo entendimento, estão presentes as infrações de reserva contida no Artigo 169 do CTB (BRASIL, 1997, p.43) “Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança que alcança apenas a falta de atenção do condutor ou a falta de cuidado indispensável à segurança”.
Dentro do ordenamento de trânsito, surgem infrações que não geram penalidades específicas, essas receberão multas aplicadas para infrações cujo nível são de natureza leve, enquanto não forem tipificadas pela legislação complementar ou resoluções do CONTRAN, essas infrações são denominadas de infração de reserva ou residual, algumas infrações do CTB ficaram desprovidas de penalidades. 
2.3.1 Responsabilidade pela infração
Ao ser reportado para a responsabilidade, o Código de Trânsito do Brasil, percebe-se que a responsabilidade é diretamente do proprietário/condutor do veículo que estará em questão quando ocorrer algum tipo de infração, veja-se o artigo expresso: 
Art. 257: as penalidades decorrentes das infrações serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador, salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres impostos a pessoas físicas e jurídicas […] (BRASIL, 1997, p. 66).
Essa situação reflete a mesma encontrada por todo portador de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) que sabe das suas responsabilidades no trânsito, ocorre que muitos acabam esquecendo-se da responsabilidade do motorista no trânsito, que muitas vezes vai além das normas legislativas e passa a ter um critério de senso comum, por exemplo, quando um pedestre está na faixa, é obrigação dos motoristas parar para que o pedestre possa atravessar a rua.
Paralelamente, a responsabilidade pode ser solidária, conforme o Artigo 257 do CTB “o transportador e o embarcador são solidariamente responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for superior ao limite legal” (BRASIL, 1997, p. 66).
Quando se refere as responsabilizações solidárias, rege-se também as infrações solidárias em que são penalidades impostas simultáneamente aos proprietários e condutores de veículos, segundo o Art. 257, § 1º do CTB “toda vez que houver responsabilidade solidária em infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo cada um de per si pela falta em comum que lhes for atribuída” (BRASIL, 1997, p.66) 
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, a responsabilidade civil, quanto aos impedimentos realizados na cidade, que não podem colocar em risco o tráfego de veículos causados a outros.
Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar em risco sua segurança, será iniciada sem permissão prévia do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via (BRASIL, 1997, p. 25).
Com base nas regras estabelecidas pelo CTB, o condutor ou a sociedade deve assumir posturas que evitem prejudicar outros condutores e pedestres no fluxo de trânsito. Pensar na segurança do todo e não apenas na individual é uma das posturas de respeito mútuo com outros motoristas e pedestres.
2.3.2 Infração de responsabilidade do proprietário
Outro ponto interessante diz respeito a responsabilidade do proprietário do veículo, percebe-se que em muitos acidentes, o condutor não é o legítimo proprietário do automóvel, nesse mesmo entendimento é necessário esclarecer em qual momento o proprietário será responsável pela consequência do acidente de trânsito. 
Na esfera cível, já ocorre entendimentos por parte do Supremo Tribunal Justiça (STJ), que o proprietário responde pela infração de forma solidária, mesmo que haja previsão legal expressa que permita imputar responsabilidade ao proprietário do veículo, sendo assim, ao proprietário do veículo se responsabiliza decorrente da culpa caracterizada nas modalidades in eligendo[footnoteRef:8] e in vigilando[footnoteRef:9]. [8: A culpa “in eligendo”, que era a culpa em eleger, ou seja, era a culpa do empregador (patrão) que ao indicar, nomear ou delegar determinada tarefa ao empregado ou outro subordinado, fazia presumir que os atos por estes praticados eram de responsabilidade daqueles. Disponível em <https://jus.com.br/artigos/63454/responsabilidade-civil-por-ato-de-terceiro/2> Acesso em 20 de agosto de 2019.] [9: A culpa “in vigilando”, culpa em vigiar, refere-se à responsabilidade daquele que detinha o dever de cuidar, de vigiar determinados procedimentos de responsabilidade direta de outrem. Nesse sentido, a falta dessa diligência, atenção, fiscalização, constituía elemento principal e caracterizador dessa modalidade de culpa. Disponível em <https://jus.com.br/artigos/63454/responsabilidade-civil-por-ato-de-terceiro/2> Acesso em 20 de agosto de 2019.
] 
A respeito da responsabilidade do proprietário de veículo envolvido em acidente de trânsito, esclarecedora é a manifestação do professor Rui Stoco sobre o tema:
[…] a responsabilidade pela reparação dos danos é, assim, em regra, do proprietário do veículo, pouco importando que o motorista não seja seu empregado, uma vez que sendo o automóvel um veículo perigoso, o seu mau uso cria a responsabilidade pelos danos causados a terceiros, nos termos do art. 159 do Código Civil, independentemente de qualquer outro dispositivo legal. Ao proprietário compete a guarda da coisa. A obrigação de guarda presume-se contra ele. Pelo descumprimento do dever de guarda do veículo, o proprietário responde pelos danos causados a terceiros, quando o mesmo é confiado a outrem, seja preposto ou não (Wladimir Valler, op. cit., p.88-89). Como se vê, a responsabilidade do proprietário do veículo, que é presumida, não exclui a do causador mediato do acidente (terceiro que o dirigia). Ambos respondem solidariamente pelo evento, podendo a vítima acionar ambos ou qualquer deles, segundo sua escolha (STOCO, 1997, p. 247).
Conforme os pressupostos acima, o proprietário do veículo se responsabiliza de forma presumida, não ocorre a sua exclusão, entretanto, a responsabilidade é direta do causador acidente. Nesta hipótese, como vistos, tanto proprietário quanto condutor respondem pelos danos decorrentes do acidente de forma solidária, sendo possível nesta hipótese, que os interessados acionem judicialmente ambos ou qualquer deles.
Em relação ao conceito de proprietário, o Artigo 120 do CTB, expressa que o proprietário é a “pessoa física cujo o veículo está registrado perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, do seu domicílio ou residência” (BRASIL, 1997, p. 31). Em conformidade, sempre caberá a responsabilidade ao proprietário pela infração referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo.
De acordo com a Resolução 149/2003, do CONTRAN, que dispõe sobre a notificação dapenalidade de multa e de advertência por infrações e responsabilidade do proprietário e do condutor do veículo, o arrendatário equipara-se ao proprietário do veículo, quando o veículo estiver registrado em nome de sociedade de arrendamento mercantil.
Art. 4º Quando o veículo estiver registrado em nome de sociedade de arrendamento mercantil, o órgão ou entidade de trânsito deverá encaminhar a Notificação da Autuação diretamente ao arrendatário, que para os fins desta Resolução, equipara-se ao proprietário do veículo, cabendo-lhe a identificação do condutor infrator, quando não for o responsável pela infração (BRASIL, 2003, p.01).
Destaca-se que, independentemente da responsabilização pela infração, o encargo do pagamento da penalidade de multa será sempre do proprietário, excetuando-se infrações decorrentes do excesso de peso que obedecem ao disposto no Artigo 257 e parágrafos do CTB. O proprietário será responsável pelo pagamento da multa, sempre que não possa ser identificado, no momento, o condutor infrator.
Dessa forma, o CONTRAN, na Resolução nº 149/2003 em seu Art. 5 (BRASIL, 2003, p. 2), estabeleceu que “a identificação do condutor infrator no momento da infração não exime o órgão ou entidade de trânsito da expedição de aviso informando ao proprietário do veículo os dados da autuação e do condutor identificado”, pois o responsável pelo pagamento da multa tem o direito de saber que seu veículo foi objeto de autuação.
Cabe ainda ao proprietário identificar o condutor infrator, sob pena de tornar-se o responsável pela infração cometida e sujeito ativo das demais penalidades decorrentes da infração cometida.
Vale ressaltar, que nem sempre ocorre a identificação imediata do infrator, sendo assim, o proprietário do veículo, dentro de um prazo estipulado em lei que é de 15 (quinze) dias, após a referida notificação, informar ao órgão competente o oficial responsável pela infração, conforme o Artigo 257 do Código de Trânsito: 
Art. 257 § 7º Não sendo imediata a identificação do infrator, o proprietário do veículo terá quinze dias de prazo, após a notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que dispuser o CONTRAN, ao fim do qual, não o fazendo, será considerado responsável pela infração (BRASIL,1997, p.66).
Importante salientar que no mesmo artigo, regularmente as empresas que são proprietárias de veículos, e não forem identificados os infratores, ocorrerá uma penalização duplicada em números fracionários, e originada a multa inicial da infração, sendo uma dessas, nova multa, de responsabilidade da pessoa jurídica, quando a empresa não identificar o candutor infrator.
2.3.3 Infração de responsabilidade do condutor
Ao se tratar da responsabilidade no ato da infração, depara-se com duas pessoas de natureza física, o condutor e o proprietário, no tópico anterior, fora discutido a responsabilização do proprietário no decorrer da infração comitida, sem identificação do transgressor das normas de trânsito. Nesse tópico será abordado as responsabilidades do condutor no momento da infração. 
Conforme o Código de Trânsito, possuem duas responsabilidades, a documentais e as cometidas durante a infração, respectivamente, as de responsabilidade do proprietário são aquelas relativas à documentação do veículo e regularidade de seus equipamentos e características, por conseguinte, as do condutor são as relativas à habilitação dos condutores a quem se entregue o veículo.
Previsto no Código de Trânsito Brasileiro, Lei nº 9.503 (BRASIL, 1997, p. 66) rege que: 
 § 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características, componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e outras disposições que deva observar.
§ 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados na direção do veículo
A responsabilidade do motorista no trânsito está muito mais além do cuidado com ele mesmo, jamais deve-se esquecer que no trânsito é necessário tomar cuidado com os atos originados da própria pessoa condutora e das atitudes alheias, mas todos devem colaborar para serem, cada vez mais responsáveis no trânsito.
Nesse mesmo sentido a pesquisa visa exteriorizar o conceito de condutor, conforme a norma em vigência de trânsito no Brasil, como sendo, toda aquela pessoa que conduz o veículo automotor, ou de outra especialidade, ou seres animálias, ou até mesmo cargas.
2.3.4 Infração de responsabilidade do embarcador e do transportador 
O setor de transportes está diretamente ligado ao cenário econômico do país, para reduzir os custos logísticos e melhorar a qualidade nos serviços ofertados, muitas empresas que atuam nesta categoria estão inovando na sua forma de trabalhar. 
Corroborando com essa idéia de responsabilidades, o código também trata do comprometimento dos embarcadores, que possuem por significação, todo aquele que é responsável por uma determinada mercadoria, de uma pessoa da natureza física ou jurídica, acomodando-as em veículos de transporte próprio ou para tal fim contratados.
A esse respeito o artigo 257 do CTB descreve sobre as mercadorias e seus respectivos pesos, que são de responsabilidade do embarcador verificar o peso total das mercadorias que serão transportadas e arrumá-las corretamente no compartimento de carga, de maneira uniforme, a fim de que sejam obedecidos os limites de peso por eixo dos veículos (BRASIL, 1997)
Em sintese e conformidade com o estudo presente, o transportador é aquele responsável pelo transporte da carga, ou seja, empresas ou autônomos que possuem transporte a oferecer e o embarcador é normalmente o dono das mercadorias, é a empresa que necessita do deslocamento do produto entre dois pontos da cadeia de suprimentos. As decisões do embarcador incluem o projeto da rede de transporte, à escolha dos meios de transporte e a designação de um meio de transporte específico para cada remessa ao cliente.
Conforme o Artigo 257 do CTB (BRASIL, 1997) descreve que o transportador que recebe a carga de vários embarcadores, cabe-lhe a incubência de arrumar a carga e conferir os pesos para certificar-se que não excedem os limites legais.
Paralelamente, a norma difere ligeiramente do disposto no parágrafo 6º do artigo 257 do CTB (BRASIL, 1997), que prevê a solidariedade apenas para o peso bruto total, deixando no limbo o peso por eixo, no caso de embarcador único.
2.3.5 Classificação da infração
O Código de Trânsito Brasileiro detalha cada tipo de infração e suas consequências, sendo que a maioria dos condutores só presta atenção em tudo o que está descrito no CTB sobre as infrações e outras informações enquanto estão cursando as aulas de legislação, logo que conseguem a aprovação no exame, pensam que não precisam mais saber tudo isso, mas esse é um grande perigo.
2.3.6 Comprovação da infração
Sobre o assunto, é oportuno esclarecer que não é natural aplicar uma infração sem provas, no ámbito jurídico, é necessário salientar que pelo princípio da legalidade da prova, as partes não dispõem de todos os meios probatórios a seu favor, devendo observar os limites fixados em lei para a sua obtenção, sendo assim, no Código de Trânsito do Brasil, regulamenta que toda infração deve ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações químicas ou qualquer outro meio tecnológicamente disponível, previamente regulamentado pelo CONTRAN.
Frisa-se que a cada modelo de aparelho sensor de ar alveolar, ou seja, os etilotestes ou bafômetros, são regulamentados pelo CONTRAN, conforme a Resolução nº109/1999, por conseguinte, a PORTARIA Nº1/2000, regulamentou que o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), seria o orgão que realizará as aferiçõesdos aparelhos sensores de ar alveolar.
O Conselho Nacionalde Trânsito - CONTRAN, usando da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
Art. 1º A homologação de cada modelo de aparelho sensor de ar alveolar (etilômetros, etilotestes ou bafômetros), de que trata o artigo 5º da Resolução nº 81/98 - CONTRAN far-se-á mediante Portaria do Órgão Máximo Executivo de Trânsito da União (BRASIL, 2000, p. 01).
Acrescenta-se que a Resolução do CONTRAN nº 146/2003, (BRASIL, 2003, p. 01), rege sobre os requisitos técnicos mínimos para a fiscalização da velocidade de veículos automotores, reboques e semi-reboques, segundo o Art. 1º. “A medição de velocidade deve ser efetuada por meio de instrumento ou equipamento que registre ou indique a velocidade medida, com ou sem dispositivo registrador de imagem”, sendo assim a Resolução CONTRAN nº 165/2004 regulamenta a utilização de sistemas automáticos não metrológicos de fiscalização.
A Portaria DENATRAN nº 16/2004 regulamenta os requisitos específicos mínimos dos sistemas automáticos não metrológicos para fiscalização das seguintes infrações previstas no CTB:
A Portaria DENATRAN nº 263/2007 acrescenta as infrações, possíveis de serem comprovadas por sistemas automáticos não metrológicos conforme o Art. 206 do CTB são as que executam operações de retorno em locais proibidos pela sinalização e executar operação de conversão à direita ou à esquerda em locais proibidos pela sinalização, consonante o Art.207 do CBT.
2.4 CRIMES DE TRÂNSITO
Para a elaboração do trabalho foi utilizada a metodologia de compilação, através de pesquisas em livros, teses, artigos de jornais e internet, foi realizada também uma pesquisa quantitativa, analisando-se os óbitos ocorridos em face de delitos de trânsito e seus consequentes desdobramentos em termos de investigação policial e ação penal, no intuito de verificar se as eventuais penalidades estão sendo aplicadas.
O presente trabalho de conclusão de curso aborda como é visualizado os crimes na sociedade, frisa-se que eles são conhecidos na maioria das vezes pelas autoridades como uma fatalidade, todavia, na maioria das vezes são consequências de omissões estruturais quanto à situação das estradas e vias públicas, às condições dos veículos, à fiscalização, às imperícias, imprudências e negligências dos usuários, motoristas ou pedestres. 
É notório verificar que são mínimas as cidades que realizam ações para melhoria da segurança viária e consequentemente ocorra a redução dos acidentes de trânsito, e quando ocorrem as ações educacionais de trânsito, observa-se a redução de sua eficácia, devido a falta de conhecimento por parte da comunidade e dos órgãos públicos, quer pela ausência de um conjunto de ações com enfoque global, ou até mesmo pela falta de um banco de dados atualizado que gere informações rápidas e confiáveis para a tomada de decisão por parte dos responsáveis pelo sistema de trânsito.
A professora do Departamento de Engenharia de Transporte da Universidade Federal do Ceará (UFC), Maria Elizabeth Pinheiro Moreira (2015, p. 03), comenta que é possível:
[...] reverter o quadro brasileiro de impunidade e aponta como saída um conjunto de ações, que passam pela educação começando na infância, e campanhas educativas que incentivem a práticas de atitudes corretas. Ressalta a educadora que os órgãos de trânsito precisam garantir os mecanismos de segurança como vias em boas condições de tráfego, iluminadas, sinalizadas.
No art. 291 do CTB está presente a normatização das regras gerais do Código Penal, do Código de Processo Penal e subsidiariamente a Lei 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber, aos crimes realizados na direção de veículos automotores. 
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a LEI Nº 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995, no que couber. § 1° Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei n° 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver: I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência; II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente; III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora). § 2° Nas hipóteses previstas no § 1°deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a investigação da infração penal (BRASIL, 1997, p.73).
A esse respeito, encontra-se no Código de Trânsito do Brasil, as espécies de crimes de trânsito que tem como as possíveis penas a suspensão ou a proibição de obtenção da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, multa reparatória, detenção ou até mesmo reclusão que é uma penalidade inserida pela Lei n° 12.971, de 9 de maio de 2014.
 Pode-se classificar as infrações como administrativas, civis e penais. As infrações penais, resultantes de ação delituosa, estão sujeitas às regras gerais do Código Penal e seu processamento é feito pelo Código de Processo Penal.
O que ocorre, é que além das penalidades impostas administrativamente pela autoridade de trânsito, o infrator é submetido a processo judicial criminal, julgado culpado, a pena pode ser prestação de serviços à comunidade, multa, suspensão do direito de dirigir e até detenção. E, casos mais frequentes o infrator pode receber detenção de seis meses a um ano, além de eventual ajuizamento de ação civil para reparar prejuízos causados a terceiros, isso ocorre quando, o culpado dirige sem habilitação, alcoolizado ou trafegar em velocidade incompatível com a segurança da via, nas proximidades de escolas, gerando perigo de dano.
Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos Arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, entretanto o CTB acrescenta exceções para o agente em determinadas condições: 
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;
II - participando em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente; 
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora) (BRASIL, 1997, p. 22).
O devido processo legal ocorrerá com a instauração de inquérito policial, que analisará a infração penal, acrescentando a penalidade, a possibilidade de ocorrer a proibição ou suspensão de dirigir veículo automotor, tal penalidade pode ser imposta como consequência principal, isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
Respectivamente, a pena de ter a carteira de habilitação suspensa ou proibida, ocorre com uma duração de tempo, dois meses a cinco anos, assim, após transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade judiciária, em 48 (quarenta e oito) horas, a permissão para dirigir ou a Carteira de Habilitação, tal penalidade para dirigir veículo automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional.
Sendo assim, para que ocorra a garantia da ordem pública, em qualquer fase da investigação ou da ação penal, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção. Conforme a lide CTB, segundoo requerimento decretado para a suspensão ou a medida cautelar caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo.
A penalidade será sempre comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Nacional de Trânsito, e ao órgão de trânsito do Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou residente. Outro fator importante a ser analisado, é quando o réu já praticou outros crimes de trânsito semelhantes, ou seja, é reincidente, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das demais sanções penais cabíveis.
Acrescenta-se o código estudado, que as multas de reparação consistem no pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto no § 1º do art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo material resultante do crime.
A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo, aplica-se à multa reparatória o disposto nos Arts. 50 a 52 Código Penal - Decreto Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940.
Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante desconto no vencimento ou salário do condenado quando: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) aplicada isoladamente; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direitos; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
c) concedida a suspensão condicional da pena. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Conversão da Multa e revogação (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (BRASIL, 1940, p. 49).
 Seguido dos demais:
CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940
Art. 51 - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
Modo de conversão.
§ 1º - Na conversão, a cada dia-multa corresponderá um dia de detenção, não podendo esta ser superior a um ano. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(Revogado pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
Revogação da conversão
§ 2º - A conversão fica sem efeito se, a qualquer tempo, é paga a multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(Revogado pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
Suspensão da execução da multa (BRASIL, 1940, p. 49).
Outro detalhe importante são as características jurídicas inerentes a cada crime de trânsito praticado na direção, condução de veículo automotor ou em caso de envolvimento em acidentes, seja por deixar o local do delito ou alterá-lo com a finalidade de prejudicar investigação policial.
Analisa-se que as infrações que ocorre lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, obtém uma qualificadora, sendo assim, a pena será aumentada de um terço à metade. Outro ponto principal, é devido o condutor no momento do acidente não prestar socorro imediato socorro à vítima, deixando de solicitar auxílio da autoridade pública, frisa-se que nas penas o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.
Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com fundamento no Código de Trânsito Brasileiro, na mesma pena incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo a Permissão para dirigir ou a Carteira de Habilitação, suspensas ou cassadas.
Outra infração cometida no cotidiano da sociedade, são as disputas automobilísticas sem autorização do poder público, com dano potencial à incolumidade pública ou privada. 
Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança.
Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano. 
Salienta-se que conforme tantos crimes e demonstrada a insuficiência da eficácia das penas, mais uma vez foi alterada ao CTB, segundo a Lei de n° 13.281/16, que altera os valores das multas, com objetivo de atingir cada vez o transgressor das normas de trânsito. Segundo pesquisas ao presente estudo, percebe-se que está foi a quinta alteração de artigos relacionados a crimes de trânsito em 10(dez) anos a qual adiantou-se à uma das propostas iniciais dos questionamentos para verificar se aumentar a pena e consequentemente o seu caráter preventivo, poderia contribuir para uma melhoria na circulação da população, bem como diminuir a incidência de acidentes.
3. LEI 11.705 DE 19/06/2008 “LEI SECA” E MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA O TRÂNSITO
Este presente capítulo, tem como objetivo realizar um estudo aprofundado juridicamente a respeito da Lei 11.705/08, que foi a grande aliada em impor um constrangimento moral e social nos condutores, será especificado algumas medidas de segurança para o trânsito a serem implantadas com o intuito de reduzir os índices de acidentes de trânsito.
3.1 LEI SECA 11.705 DE 19/06/2008 E SEU ENTENDIMENTO NO ÂMBITO JURÍDICO
Para atingir o objetivo pretendido do estudo, sempre será notável um esclarecimento a respeito dos significados dos termos que envolve a temática, a esse respeito primeiramente deve-se entender o que significa embriaguez.
Segundo a doutrinadora Mirabete (2010, p. 212), pode ser dimensionada conforme o grau ou fases, que descreve três fases da embriaguez:
Embriaguez incompleta: quando há afrouxamento dos freios normais, em que o agente tem ainda consciência, mas se torna excitado, loquaz, desinibido (fase da excitação). Embriaguez completa: em que se desvanece qualquer censura ou freio moral, ocorrendo confusão mental e falta de coordenação motora, não tendo o agente mais consciência e vontade livres (fase de depressão). Embriaguez comatosa: em que o sujeito cai em sono profundo (fase letárgica).
Conforme ao Código de Trânsito Brasileiro que é o material de base de estudos do trabalho, em suas alterações, atualmente no artigo 306 do CTB, expressa o crime de embriaguez ao volante:
Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: 
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. 
Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a equivalência entre distintos testes de alcoolemia, para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo (BRASIL,1997, p. 86).
Anteriormente, não constava a medição do valor de álcool no sangue do condutor, sendo que, houve profundas mudanças na lei, em que atualmente exige a comprovação da concentração mínima de 6 (seis) decigramas de álcool por litro de sangue.
Analisa-se que a alteração promovida pela Lei Seca acabou complicando a caracterização do tipo penal, exigindo do Estado um maior esforço para comprovar, técnica e juridicamente, que o condutor incorreu no crime de embriaguez na condução de veículo automotor.
Outro fundamental a se esclarecer, é sobre o tipo penal do crime de embriaguez, a doutrina aindanão oficializou a tipificação, sendo que ocorre divergências, em parte informa que a espécie do delito é concreto e outra parte, informada que é abstrato, embora majoritariamente entenda-se como sendo o crime um delito de perigo abstrato.
Conforme o doutrinador Damásio de Jesus (2000), informa que o crime de embriaguez é uma simples conduta realizada por uma pessoa sob o efeito de álcool, gerando perigo de dano independentemente de comprovação.
[...] Como ficou designado, nos delitos de perigo abstrato este não precisa ser comprovado. É suficiente a realização da conduta, sendo a situação de perigo presumida pelo legislador [...]. A presunção completa o tipo penal, não permitindo prova em contrário (JESUS, 2000, p. 4).
Em países vizinhos ao Brasil, como Argentina, Venezuela e Uruguai, o limite legal de concentração de álcool no sangue varia de 5 decigramas por litro a 8 dg/l. Na Europa, países como Alemanha, França, Espanha e Itália têm limites de 5 dg por litro, acima do brasileiro (SOUSA, 2017, p.12).
Nos EUA, onde a lei varia a cada Estado, o limite fica entre 1 a 8 dg/l. Igualam-se ao Brasil ao fixar 2 dg/l os países nórdicos, como Suécia e Noruega. 
Menos tolerantes que o Brasil estão algumas nações do leste europeu, como Romênia e Hungria, onde o limite é zero, acrescenta-se na pesquisa que em alguns lugares, a lei é mais abrangente e proíbe a condução de barcos, como no Canadá, ou de bicicletas, como a Califórnia (EUA) (SOUSA, 2017, p. 19).
Não havendo ainda a uniformidade entre os doutrinadores, cabe citar, neste diapasão, recente decisão no Supremo Tribunal Federal, demonstrando que o entendimento desta Corte paira sobre a hipótese de crime de perigo abstrato: 
Ementa: HABEAS CORPUS. PENAL. DELITO DE EMBRIAGUEZ AO VOLANTE. ART. 306 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO. ALEGAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO REFERIDO TIPO PENAL POR TRATAR-SE DE CRIME DE PERIGO ABSTRATO. IMPROCEDÊNCIA. ORDEM DENEGADA. I – A objetividade jurídica do delito tipificado na mencionada norma transcende a mera proteção da incolumidade pessoal, para alcançar também a tutela da proteção de todo corpo social, asseguradas ambas pelo incremento dos níveis de segurança nas vias públicas. II – Mostra-se irrelevante, nesse contexto, indagar se o comportamento do agente atingiu, ou não, concretamente, o bem jurídico tutelado pela norma, porque a hipótese é de crime de perigo abstrato, para o qual não importa o resultado. Precedente. III – No tipo penal sob análise, basta que se comprove que o acusado conduzia veículo automotor, na via pública, apresentando concentração de álcool no sangue igual ou superior a 6 decigramas por litro para que esteja caracterizado o perigo ao bem jurídico tutelado e, portanto, configurado o crime. IV – Por opção legislativa, não se faz necessária a prova do risco potencial de dano causado pela conduta do agente que dirige embriagado, inexistindo qualquer inconstitucionalidade em tal previsão legal. V – Ordem denegada. (HC nº 109269/MG, Min. Ricardo Lewandowski, 2011, online) (JUSBRASIL, 2019)
Portanto ao analisar a jurisprudência, o crime de embriaguez se caracteriza como perigo abstrato, não dependendo do resultado concreto alcançado pelo sujeito ativo, conforme esse entendimento, dificulta a trabalho do fiscalizador, pois lhe transfere o ônus da prova, mediante aparelho ou outros meios disponíveis, a real comprovação do teor alcoólico do condutor examinado, sendo assim, favorece o condutor. 
Se houver uma análise do CTB, verifica-se que não se trata mais do crime de embriaguez, e sim de excesso de alcoolemia, pois o tipo penal é de conduzir com quantidade igual ou superior a seis decigramas de álcool por litro de sangue (equivalentes a 0,3mg de álcool por litro de ar).
No Código de Trânsito Brasileiro, existem dois dispositivos que tratam sobre o tema embriaguez ao volante, onde um deles trata da infração administrativa, com redação dada pelo artigo 165 e o outro trata do crime de trânsito, com previsão no artigo 306.
Art. 165.  Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência
Infração - gravíssima
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4o do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro (CTB, 1997, p. 42)
Art. 306.  Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor (BRASIL, 1997, p. 86).
A infração administrativa do Art. 165 por sua vez pode ser gerada de três formas, quando o resultado superar do exame superar 2 decigramas por litro de sangue (idêntico ao da tolerância, pois 2-2=0), já que qualquer quantidade seria considerada infração, descontada a tolerância; pela recusa, que passa a legitimar a autuação, é como se fosse uma tipificação indireta, ou seja, não há a infração de recusa, mas a mera recusa legitima o agente a fazer a autuação, para haver recusa é necessário haver o equipamento e ser oferecido, ou pelo estado que a pessoa se apresenta, elevando a condição do agente de trânsito a perito para atestar esse estado, legitimando-o a lavrar o Auto de Infração com base nesse estado (SOUZA, 2017).
Percebe-se que a expressão “capacidade psicomotora alterada”, prevista no artigo 306 e que não aparece no artigo 165, que por sua vez expressa “direção do veículo influenciada pelo álcool ou outra substância psicoativa” que não aparece no artigo 306, entende-se que para se caracterizar o crime de embriaguez, é necessário que o condutor do veículo tenha sua capacidade psicomotora alterada, sob a razão de álcool ou outro tipo de substância psicoativa que cause dependência.
Conforme as pesquisas, no Brasil obteve-se uma conquista no ano de 2008 com a aprovação da lei que instituía a tolerância zero ao consumo de bebida alcoólica por motoristas, com ela evitaram-se muitos acidentes, lesões e mortes por condutores embriagados, em seu relatório mundial sobre segurança nas estradas, a OMS afirma ainda que os acidentes de trânsito são atualmente a principal causa de morte entre crianças e jovens com idades entre 5 e 29 anos (SOUZA, 2017).
Segundo as mudanças realizadas na Lei Seca, foi modificada a forma de verificação da quantidade de álcool pelo condutor, para a constatação do crime de embriaguez e/ou infração administrativa. 
Conforme estabelece o artigo 277 do Código de Trânsito Brasileiro, os sinais de ebriedade poderão ser aferidos pelo agente de trânsito[footnoteRef:10] por meio de imagem, vídeo, constatação de sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo CONTRAN, a alteração da capacidade psicomotora. [10: O Agente de Trânsito é o profissional que fiscaliza o tráfego de veículos, afim de evitar acidentes e engarrafamentos nas vias das cidades. Além disso são responsáveis por orientar os pedestres nas vias urbanas.novaconcursos.com.br/portal/noticias/o-que-faz-um-agente-de-trânsito-2/#ixzz5sTvxei00] 
Vale ressaltar que para um entendimento mais esclarecido acerca da temática, é necessário verificar o bem jurídico protegido pela lei, segundo o doutrinador Fernando Capez (2000), o bem protegido é a segurança viária, construindo o que acredita ser um bem jurídico coletivo, pois qualquer ação de risco no trânsito configuraria uma lesão à segurança viária.
 Para Gomes (2013) informa que o bem jurídico protegido pela norma penal, decorrente do artigo 306, é a vida, a integridade física e o patrimônio e devido à relevância indiscutível a vida humana dever ser priorizada frente à lesão e ao patrimônio.
Segundo o CTB (BRASIL, 1997), os meios de provas para a comprovação da modificação da capacidade psicomotora de condutor de veículo automotor e para o devido enquadramento em infração administrativaou crime, estão disciplinados no §2º do artigo 277 e §2° do artigo 306 do mencionado código e seus procedimentos regulamentados pela resolução 432/2.013, expedida pelo Conselho Nacional de Trânsito.
As comprovações serão realizadas pelo instrumento etilo metro, que já fora mencionado no decorrer do trabalho, ocorrendo a verificação de sinais que indiquem a alteração da capacidade psicomotora, sendo permitidas, ainda, como meio de prova testemunhas, imagens, vídeos ou qualquer outro meio de prova admitido pelo Direito, outro meio que é realizado a comprovação, são os exames periciais[footnoteRef:11], para constatar a presença do consumo de substancias psicoativas, sendo realizados em laboratórios especializados indicados pela entidade ou órgão de trânsito competente. [11: A prova pericial consiste em exame, vistoria e avaliação, que, de modo geral, só são promovidos por profissional habilitado no assunto em que a perícia está envolvida. Como o juiz não é conhecedor de todas as técnicas disponíveis, por mais culto e inteligente que seja, por não ter os conhecimentos científicos ou técnicos necessários.manualdepericias.com.br/laudo-e-parecer-tecnico/] 
3.2 MEDIDAS DE SEGURANÇA NO TRÂNSITO
Reduzir os índices de acidentes de trânsito é possível a partir da adoção de medidas eficazes, permanentes e concentradas nos grupos de maiores riscos, nas infrações mais comuns e nos locais mais perigosos, é necessário conhecer a problemática para definir o objetivo prioritário a alcançar e, a partir daí, escolher as medidas mais apropriadas para tratar do problema.
Com o decorrer do tempo, é notório verificar na sociedade, que as ações que configuram o tráfego, seja ele de pessoas ou veículos, não obtém resultados que são eficazes, cada vez mais o número de acidentes cresce. Verifica-se que determinadas ações não possuem um sistema balanceado acerca da necessidade de cada usuário, sendo que, os pedestres encontram-se em situação de desvantagem aos privilégios dos veículos automotores. 
É fundamental, portanto, reorganizar o tráfego e as áreas urbanas, de modo a se garantir os direitos do cidadão-pedestre e de se romper com as práticas que promovem a segregação e o isolamento de comunidades.
Essa situação reflete na insegura da vivida por parte das crianças e adolescentes na zona urbana, as cidades tem a tendência de serem mal construídas/planejadas, os próprios administradores não levam em conta as particularidades desse seleto grupo de pessoas, não conseguem enxergar como uma criança, em alguns aspecto pode-se afirmar que as cidades possuem áreas de lazer para elas, entretanto elas necessitam das ruas para trafegar com segurança.
O olhar que o usuário tem em relação ao tráfego vai persuadir seu comportamento no trânsito e seu envolvimento com os outros cidadãos (BRAGA, 1989).  
Sob esta mesma linha de raciocínio, é necessário analisar os direitos de cidadania e os direitos humanos, pois o Estado como agente garantidor desses direitos, possa resguardar que a concessão da sociedade a garantia de ir e vir seja efetiva, ou seja, que o direito de propriedade não seja maior e mais importante que o direito à vida.
A partir da análise deste núcleo de pensamento, a presente pesquisa tem como objetivo no tópico apresentado, esclarecer medidas que estão em trabalho atualmente e indicar fontes para a busca de novos resultados na temática abordada. 
Para a elaboração de um bom programa de segurança para o trânsito, existem algumas medidas fundamentais que devem ser consideradas, tais como:
a) gerenciamento de velocidade: o quantitativo de acidentes e suas consequências estão ligados aos padrões de velocidade adotados pelos usuários. Assim, utilizar técnicas de fiscalização nos horários e locais adequados para inibir de forma rigorosa o excesso de velocidade é fundamental. É importante, também, comunicar à população os resultados e motivos dessas ações;
b) respeito à sinalização semafórica: a fiscalização do respeito à sinalização semafórica existente pode trazer significativas reduções de acidentes em interseções. Para isso, podem ser utilizados dispositivos de fiscalização de avanço de semáforo;
c) utilização eficaz dos dispositivos de segurança: ações de fiscalização para o uso efetivo de equipamentos obrigatórios (como cinto de segurança e capacete) podem reduzir significativamente a severidade dos acidentes. Para isso, cabe adotar medidas de informação e conscientização da população;
d) controle de conflitos em interseções: o aumento do volume de trânsito em interseções é um fator que contribui para o aumento do risco de acidentes. Placas para a definição da preferência de passagem e semaforização criteriosa podem contribuir para reduzir as possibilidades de acidentes;
e) remoção e proteção de obstáculos lindeiros: os acidentes que envolvem apenas um veículo (caso de choques com objetos fixos como colunas, postes, árvores ou muros) constituem aproximadamente 30% dos acidentes fatais com ocupantes de veículos. Por isso, ações que visem proteger ou remover esses obstáculos tendem a contribuir de forma significativa para a redução dos índices de acidentes;
f) proteção para pedestres: os atropelamentos são, hoje, o grande problema de segurança viária dos grandes centros urbanos. Locais próximos a centros de compras, terminais de transportes, pontos de ônibus, hospitais e templos religiosos possuem grande incidência desse tipo de acidente. As vias de velocidade alta são, também, locais de incidência considerável de atropelamentos, pois possuem difícil travessia. Além dos atropelamentos, outra situação que também merece atenção refere-se ao número de quedas sofridas pelos pedestres em função da má conservação e dos defeitos nas calçadas. Para reduzir as incidências dessas duas situações envolvendo pedestres (os elementos mais vulneráveis no trânsito), é importante, melhorar a qualidade das calçadas, das vias, da sinalização e, também, implantar faixas de travessias e passarelas.
g) travessia de escolas: para reduzir os riscos de acidentes na travessia de pedestres, é importante contar com a criação de brigadas de apoio e com incentivo dos órgãos de trânsito. Assim, é possível reduzir os índices de acidentes;
h) condições de iluminação: a partir de melhoria das condições de iluminação, a quantidade de acidentes ocorridos no período noturno pode ser reduzidos;
i) iluminação das faixas de travessia de pedestres: a maior parte dos atropelamentos acontece no período noturno. Assim, iluminar as faixas de pedestres é uma forma de reduzir significativamente a ocorrência desses acidentes. Além disso, ao implantar a sinalização, os usuários tenderão a utilizar mais as faixas, o que deve concentrar o número de trajetos em pontos mais seguros. Pesquisas realizadas com a implantação de iluminação nas faixas de travessia de pedestres apontam redução de até 50% no número de ocorrências de acidentes;
j) comunicação e informação: manter a comunidade informada sobre as ações adotadas e seus objetivos é um passo importante para reduzir as resistências e obter aceitação para essas medidas.
A partir dos discursos apresentados evidencia-se que a própria complexidade dos acidentes de trânsito determina a adoção de métodos preventivos abrangentes e multidisciplinares com atenção devida ao impacto e à importância de cada ação. Compreender as causas dos acidentes de trânsito: esta é a melhor forma de desenvolver estratégias efetivas de prevenção.
Segundo o entendimento apresentado, muitas informações são apresentadas no momento do acidente de trânsito, e difícilmente são encontradas após a remoção dos veículos, sendo assim, registrar os fatores que contribuiram para o acidente, é a melhor forma de conhecer as possiveis causas e buscar soluções para as mesmas. 
Nesse sentido para que ocorra ações desenvolvidas pelo governo e pela sociedade quanto às questões de trânsito obtenham sucesso em seus propósitos, é fundamental que as informações relativas a acidentes sejam coletadas, organizadas, armazenadas, controladas, analisadas e divulgadas de forma

Continue navegando