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Embriologia Aula 1 – 29/04/2019 Embriologia do Sistema Muscular O sistema muscular desenvolve-se do mesoderma, com exceção dos músculos da íris e do esôfago. Os mioblastos são derivados do mesênquima (TC embrionário). DESENVOLVIMENTO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO Miogênese: A primeira indicação da miogênese é o alongamento dos núcleos e dos corpos celulares das células mesenquimais ao se diferenciarem em mioblastos. Os mioblastos se fusionam formando os miócitos ou fibras musculares que são estruturas cilíndricas, alongadas e multinucleadas. Os miofilamentos se desenvolvem no citoplasma dos miócitos durante e depois da fusão dos mioblastos. Logo depois desenvolvem-se as miofibrilas (sarcômeros) e outras organelas características das células musculares estriadas. Com o crescimento muscular ocorre uma contínua fusão de mioblastos e miócitos. Músculos dos arcos faríngeos originam os músculos da cabeça e do pescoço. Mesoderma paraxial (somitos occipitais) originam os músculos da língua. Mesoderma paraxial (somitos) originam os músculos do tronco e membros. Mesoderma da cabeça originam os músculos oculares. ARCOS FARÍNGEOS Cada arco faríngeo é constituído por um eixo de mesênquima recoberto externamente por ectoderma e internamente por endoderma. Cada arco faríngeo é constituído por cartilagem, nervo, artéria e músculo. DIFERENCIAÇÃO DO MESODERMA As células do mesoderma intraembrionário proliferam-se formando 3 regiões: mesoderma lateral (esplâncnico que forma o intestino e somático que forma a parede do corpo), mesoderma intermediário (forma o nefrótomo que forma o rim e as gônadas) e mesoderma paraxial (forma os somitos). SOMITOS As células do mesoderma paraxial se originam em estruturas em forma de blocos, que são os somitos. Esses somitos são formados ao longo do eixo axial do embrião, com exceção da futura região cefálica. São formados de 42 a 44 pares de somitos ao lado da notocorda, desde a região occipital até a caudal. Os somitos se diferenciam em: -Esclerótomo: é o componente cartilaginoso e ósseo (vértebras, coluna e costelas). -Dermomiótomo: dermátomo (derme) e miótomo (músculos). Os miótomos se diferenciam em epímero dorsal e hipômero ventral. Epímero: forma os músculos epaxiais profundos das costas. Hipômero: forma os músculos hipaxiais da parede lateral e ventral do tórax e abdômen. DESENVOLVIMENTO DO MÚSCULO CARDÍACO O músculo cardíaco desenvolve-se a partir do mesoderma lateral esplâncnico, que origina o mesênquima que envolve o tubo cardíaco em desenvolvimento (miocárdio primitivo). O miocárdio primitivo se diferencia em mioblastos cardíacos. Miogênese: As fibras musculares cardíacas surgem por diferenciação e crescimento de células únicas. O seu crescimento ocorre pela formação de novos miofilamentos. Os mioblastos não se fusionam, mas aderem uns aos outros, formando áreas de adesão originando os discos intercalares. Mais tarde, no período embrionário, feixes especiais de fibras musculares desenvolvem-se com miofibrilas menos numerosas e diâmetros maiores do que as fibras musculares cardíacas típicas. Essas células musculares cardíacas atípicas são denominadas fibras de Purkinje e são elas que formam o sistema de condução do coração. DESENVOLVIMENTO DO MÚSCULO LISO O músculo liso desenvolve-se a partir do mesênquima esplâncnico. Miogênese: O primeiro sinal de miogênese é o alongamento dos núcleos dos mioblastos. No início do desenvolvimento, novos mioblastos continuam a se diferenciar de células mesenquimais, porém não se fusionam, eles permanecem mononucleados. A medida que as células musculares lisas se diferenciam, elementos contráteis filamentosos citoplasmáticos não-sarcoméricos se desenvolvem no citoplasma e a superfície externa de cada célula adquire uma lâmina basal externa à sua volta. A diferenciação de novos mioblastos aos poucos é substituída pela divisão de mioblastos existentes.