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SALARIO MATERNIDADE - modelo

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE IRECÊ/BA
................................................, brasileira, casada, agricultora, porta da Cédula de Identidade RG nº ......................................... SSP/BA, inscrita no CPF/MF sob o nº 097.791.395-32, residente e domiciliadana Praça do Comércio, 13, Centro, povoado de ....................................., por intermédio da sua advogada que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), inscrita na OAB/BA sob o nº ....................... com escritório profissional localizado no Centro Comercial Fiesta 116 A, 1º andar, Centro – Irecê – Bahia, CEP 44900-000, telefone (74)99967-7677, onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência e com fundamento nos dispositivos legais aplicáveis à espécie, propor
AÇÃO DE CONCESSÃO DE SALÁRIO MATERNIDADE A SEGURADA ESPECIAL C/ PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, em nome do seu representante legal, sito à Rua Trinta e Três, s/n, Centro, Irecê/BA – CEP 44.900-000, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
I - DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
A concessão da assistência judiciária gratuita, na forma da Lei 1.060/50 tem cabimento e razão de ser, por não se exigir dos jurisdicionados que realizem malabarismos econômicos na sua vida pessoal e familiar a fim de satisfazer uma pretensão perante o judiciário. Esta é a exegese da norma. Veja-se:
“Art. 2º. Gozarão dos benefícios desta Lei os nacionais ou estrangeiros residentes no país, que necessitarem recorrer à Justiça penal, civil, militar ou do trabalho. Parágrafo único: Considera-se necessitado, para os fins legais, todo aquele cuja situação econômica não lhe permita pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo do sustento próprio ou da família.”
Para gozar do benefício legal, não se exige do demandante que viva em condição de miserabilidade, mas sim que os custos advindos do processo judicial não interfiram no normal custeio das necessidades básicas e outros direitos sociais como moradia, alimentação, saúde, vestuário, lazer, pessoal ou familiar, do demandante.
Ressalta-se, por fim, que a declaração da parte de que não possui condições de arcar com as custas do processo gera presunção relativa da pobreza e deve ser ilidida mediante prova em contrário. É o que se afirma no art. 4º da Lei 1.060/50:
“Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar às custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.
§ 1º. “Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição nos termos desta lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais”.
Desta forma, mediante declaração, afirma o impetrante que não possui condições de arcar com as despesas do processo. Pleiteando assim o deferimento dos benefícios da Lei em comento, tudo mediante os requisitos legais.
II – DOS FATOS
A Parte Autora requereu em 29/01/2019, junto à Autarquia Previdenciária, a concessão do Benefício do SALÁRIO MATERNIDADE (BENEFICIO .................................), restando este INDEFERIDO em maio de 2019.
A requerente é segurada da Previdência Social na qualidade de trabalhadora especial rural, enquadrando-se na hipótese do art. 11, VII, da Lei 8.213/91, e nos termos do art. 71, da mesma lei. Salienta que à época do requerimento administrativo já possuía tempo suficiente para percepção do benefício pretendido.
Na condição de trabalhadora especial, sempre laborou na produção da terra, tendo comprovado documentalmente o referido trabalho desde sua adolescência.
Sendo assim, na data de 29/01/2019, requereu junto ao Posto de Benefícios do INSS de sua região a concessão do benefício em comento, na qualidade de trabalhadora rurícola, o qual foi erroneamente INDEFERIDO. O pedido foi negado em sede administrativa sob a seguinte alegação: “FALTA DE PERIODO DE CARENCIA - COMPROVAÇÃO DE ATIVIDADE RURAL NOS 10 MESES ANTERIORES AO REQUERIMENTO DO BENEFICIO”; entre outros.
No entanto, a justificativa do INSS não condiz com a verdade, uma vez que a Parte Autora sempre trabalhou na propriedade “FAZENDA BOA SORTE”, auxiliando no trabalho, em regime de economia familiar, como comprovam os documentos anexos.
Para tanto, são trazidos aos autos documentos que comprovam a sua condição de lavradora, como: certidão eleitoral, declaração do Sindicato dos trabalhadores, fichas médicas, declaração do proprietário das terras onde trabalha,recibo de entrega de declaração do ITR, dentre outros anexos.
Portanto, encontram-se presentes todos os requisitos básicos para a concessão do auxílio maternidade a rurícola, ou seja, o exercício da atividade rural no período de carência exigido de pelo menos 10 meses e a condição de trabalhadora rural.
Diante da decisão do órgão administrativo, não existe outra saída à Autora, senão recorrer às vias do Poder judiciário, para ver sanada a injustiça de que fora vítima e ver o seu direito reconhecido, ou seja, de receber o Benefício de Salário Maternidade.
III – DO DIREITO
A decisão do INSS contraria frontalmente o conjunto de provas apresentado, o direito justo, a Legislação Previdenciária e o próprio Texto Constitucional.
A Parte Autora comprovou perante o INSS o exercício de suas atividades rurais no período de carência exigida, através de provas acostadas aos autos. 
Deve ser corrigida a injustiça à qual foi submetida a Parte Autora, pois é certo que compete à Previdência Social conceder e manter benefícios para os seus segurados, a quem a Constituição Federal e a lei evidentemente determinam e desejam assistir.
A Constituição Federal de 1988 diz expressamente em seu artigo 3º que constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: "Erradicar a pobreza e marginalização e reduzir as desigualdades sociais".
E a lei 8.213/91, dá o direito a Parte Autora em seu artigo 71 e 39, que assim disciplinam:
“Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade”.
“Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, fica garantida a concessão:
Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do salário-maternidade no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao do início do benefício.”
Portanto, a Parte Autora, conforme sobejamente demonstrado, satisfaz os requisitos exigidos por força de Legislação em vigor, para a concessão do benefício, quais sejam, a comprovação do exercício das atividades rurais e a carência mínima de 10 meses.
Para o percebimento do benefício à Parte Autora juntou aos autos todos os documentos necessários, fazendo jus à concessão do benefício, a jurisprudência muito sensível à condição das seguradas rurais, vem corrigindo a injustiça de que estes são vítimas. Vejamos então:
PREVIDENCIÁRIO. SEGURADA ESPECIAL. SALÁRIO MATERNIDADE. COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE RURAL. CUMPRIMENTO DO PERÍODO DE CARÊNCIA. JUROS MORATÓRIOS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.1. Na forma disposta pelo art. 39, parágrafo único, da Lei nº 8.213/91, é devido à segurada especial o benefício salário-maternidade, no valor de um (01) salário-mínimo, durante cento e vinte (120) dias, desde que seja comprovado o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, nos doze (12) meses imediatamente anteriores ao do início do benefício.2. In casu, muito embora os documentos apresentados pela Parte Autora tenham sido produzidos após o fato gerador do benefício de salário-maternidade ora requerido (16/01/2007),alguns deles referem-se a período bem anterior ao exigido por lei para a concessão do referido benefício, como, por exemplo, a Declaração de Exercício de Atividade Rural desde 20/06/2004 firmado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Igaracy-PB (fl. 13) e o Contrato Particular de Parceria Agrícola com a demandante, tendo como início a data de 20/06/2004. 3. Importante é evidenciar que os documentos acostados aos autos, embora não comprovem plenamente os fatos alegados, servem perfeitamente como início razoável de prova material, não se fazendo necessária a abrangência dessa prova a todo o período que se pretende comprovar, conforme entendimento jurisprudencial de nossos tribunais, servindo apenas para complementar a prova testemunhal. 4. A prova testemunhal firme e segura, colhida em juízo, é idônea para comprovar o exercício de atividade rural, em face da precariedade das condições de vida do trabalhador rural, ainda mais se corroborada, como na espécie, por início de prova material. Portanto, assiste direito à postulante ao benefício salário-maternidade, nos termos em que foi concedido pela sentença.5. Quanto à fixação dos honorários advocatícios, o entendimento jurisprudencial de nossos Tribunais e desta Egrégia Corte é no sentido de que para as ações previdenciárias devem ser arbitrados no percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, incidentes sobre as parcelas vencidas (Súmula 111/STJ).6. Apelação do INSS parcialmente provida apenas para minorar os honorários advocatícios para 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, observada a Súmula 111 do STJ. TRF5. 2ª TURMA. APELAÇÃO CÍVEL Nº 451368/PB (2008.05.99.001940-9).RELATOR: DES. FEDERAL FRANCISCO BARROS DIAS (grifou-se)
Diante dos fatos até aqui narrados, temos que a Parte Autora possui o direito de receber o benefício pleiteado, logo tal decisão administrativa não merece prosperar, pois se encontra totalmente divorciada dos preceitos legais e jurisprudenciais como foi demonstrado.
IV - DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA
Os fatos, as provas apresentadas e os dispositivos legais incidentes não deixam dúvidas quanto ao direito da Parte Autora de receber o benefício pleiteado, presente no feito está o requisito do "periculum in mora" e do “fumus boni iure”, consubstanciado no fato de que o indeferimento aplicado ao caso em tela, privou a requerente de receber mensalmente seu benefício que tem caráter assistencialista e também alimentar. Os incisos I e II, do art. 273 do CPC, estabelecem os pressupostos para a concessão da tutela antecipada, qual sejam:
I- Haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou.
II- Fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.
Por isso, ao comentar os requisitos para a concessão da tutela antecipada, o Professor Luiz Guilherme Marinoni assim afirma: "É possível a concessão da tutela antecipatória não só quando o dano é apenas temido, mas igualmente quando o dano está sendo ou já foi produzido.
“Nos casos em que o comportamento ilícito se caracteriza como atividade de natureza continuativa ou como pluralidade de atos suscetíveis de repetição (...)" (in "A Antecipação da Tutela na Reforma do Processo Civil", Ed. Malheiros, p. 57).
A propósito, o mesmo MARINONI, destaca, com muita propriedade, que a "disputa pelo bem da vida perseguido pelo autor, justamente porque demanda tempo, somente pode prejudicar o autor (que tem razão)" (in "Tutela Antecipatória, Julgamento Antecipado e Execução Imediata da Sentença", Ed. RT, 1997, p.18).
Para ele isto "demonstra que o processo jamais poderá dar ao autor tudo aquilo e exatamente aquilo que ele tem o direito de obter ou que jamais o processo poderá deixar de prejudicar o autor que tem razão. É preciso admitir, ainda que lamentavelmente, a única verdade: A DEMORA SEMPRE BENEFICIA O RÉU QUE NÃO TEM RAZÃO" (sic - maiúsculas e grifos da Parte Autora- Ob. Citada, p. 19).
Consequentemente, entende MARINONI que "se o processo é um instrumento ético, que não pode impor um dano à parte que tem razão, beneficiando a parte que não a tem, é inevitável que ele seja dotado de um mecanismo de antecipação da tutela, que nada mais é do que uma técnica que permite a distribuição racional do tempo do processo". (sic - Ob. cit., p. 23).
Assim, de acordo com MARINONI, se "incumbe ao autor provar o que afirma, uma vez provado (ou incontroverso) o fato constitutivo, não há motivo para ele ter que esperar o tempo necessário para o réu provar o que alega, especialmente porque este pode se valer da exceção substancial indireta apenas para protelar a realização do direito afirmado pelo autor". (sic - Ob. cit., p. 36).
Os fundamentos jurídicos acima expostos já demonstram, à saciedade, mais do que a verossimilhança, a certeza do direito da Parte Autora, uma vez que é absolutamente pacífico o entendimento jurisprudencial acerca do assunto em tela. Desse modo, pelos fatos e fundamentos apresentados nesta exordial, demonstrada está a aplicabilidade do dispositivo contido no artigo 273, do Código de Processo Civil, pretende a Parte Autora a antecipação dos efeitos da tutela final, objeto da presente demanda.
Requer, deste modo, seja concedida a Tutela Antecipada na presente a fim de determinar que o INSS efetue mensalmente o pagamento da prestação pretendida, a fim de evitarem-se prejuízos irreparáveis.
V - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se Vossa Excelência digne-se:
1. Em determinar a CITAÇÃO da Autarquia-ré, por meio de seu representante legal, no endereço anteriormente citado, para que, querendo, conteste os termos da presente, no prazo legal, com as advertências previstas no artigo 285 do Código de Processo Civil;
2. Em deferir a ANTECIPAÇÃO DA TUTELA, com fulcro no artigo 273 do CPC, no sentido de compelir a Autarquia-ré a conceder imediatamente o benefício requerido, pois é evidente que o não recebimento do mesmo acarretará prejuízos irreparáveis a Parte Autora;
3. Em deferir a concessão do benefício da JUSTIÇA GRATUITA, tendo em vista que a Parte Autora não tem como suportar as custas e despesas judiciais, sem o prejuízo de seu sustento e de sua família;
4. Em condenar o INSS a conceder à Parte Autora o Benefício de Salário Maternidade datado de 29/01/2019, com a condenação ao pagamento das parcelas, corrigidas na forma da lei, acrescidas de juros de mora desde quando se tornaram devidas as prestações;
5. Em condenar o INSS nos HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, estes fixados no percentual de 20% sobre o valor das parcelas.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitido, tais como juntada de novos documentos, oitiva de testemunhas, prova pericial, depoimento pessoal do representante legal, sem prejuízo de outros meios eventualmente cabíveis.
Dá-se à causa o valor de R$15.000,00 (quinze mil reais).
Termos em que,
Pede e Espera Deferimento.
Irecê/Bahia, 13 de janeiro de 2020.
SÔNIA APARECIDA CARNEIRO
OAB/BA 59.968
End.: Centro Comercial Fiesta, nº 116 A – 1º andarTEL: (74) 99967-7677– E-mail: soniaaapc.adv@gmail.com

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