Buscar

Modelo Portifólio (Elaine)

Prévia do material em texto

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Tecnologia em gestão ambiental
ELAINE APARECIDA CONGIO MACHADO
ead 01506670
impactos ambientais ocasionados pela urbanização 
Assis - SP 
2015
ELAINE APARECIDA CONGIO MACHADO
impactos ambientais ocasionados pela urbanização 
Trabalho apresentado ao Curso Tecnologia em Gestão Ambiental da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina de Atividades Interdisciplinares: Portfólio Individual.
Professores: Jeanedy Maria Pazinato; Vinícius Pires Rincão; Thiago Augusto Domingos; Diógenes Magri da Silva; Flávia da Silva Bortoloti e Rosimeire Midori Suzuki Rosa Lima.
Assis
2016
1 INTRODUÇÃO
2 OS RESIDUOS SÓLIDOS 
2.1 CLASSIFICAÇÕES DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 
2.2 AS FORMAS DE DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
2.2.1 Depósito a Céu Aberto (Lixão) 
2.2.2 Depósito em Aterro Controlado 
2.2.3 Transformação do Resíduo em Composto 
2.2.4 Reciclagem 
2.2.5 Depósito em Aterro Sanitário 
2.3 O IMPACTO AMBIENTAL DECORRENTE DA DESTINAÇÃO FINAL INADEQUADA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
3 ATERRO SANITÁRIO
4 A IMPORTÂNCIA DE UM ATERRO SANITÁRIO 
4.1 O PAPEL DA CETESB 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS 
1. INTRODUÇÃO
A urbanização pode ser definida como transformação de uma determinada área em cidade. Do ponto de vista demográfico, resulta da transferências de pessoas do meio rural para o meio urbano. Está associada à concentração de muitas pessoas em um espaço restrito.
O desenvolvimento unificado das cidades e das regiões, damos o nome de urbanismo, pois em toda sua história se concentrou na regulamentação do uso da terra e disposição física de estruturas urbanas em função de critérios estipulados pela arquitetura, engenharia e desenvolvimento territorial.
O fenômeno da urbanização no Brasil foi conhecido em meados do século XX. Até então, a vida urbana na maior parte do país resumia-se em coordenar a produção agrícola.
 Após a década de 50, com o reflexo da industrialização, a economia e o fator urbano tornam-se correlatos. A organização da sociedade brasileira é imposta por uma nova lógica, as inovações sociais e econômicas são grandes pois se associam a revolução demográfica, transporte, comunicação e ao êxodo rural. Crescem cidades de todos os tipos.
A Revolução Industrial modificou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal, provocando um deslocamento intenso da população rural para as cidades, onde formou-se enorme concentrações urbanas.
O impacto ambiental causado pelo processo de urbanização pode ser definido como qualquer modificação no meio ambiente, resultantes da atividade humana que afeta a segurança, a saúde o bem-estar populacional através das atividades econômicas e sociais.
2. OS RESÍDUOS SÓLIDOS
Um dos grandes desafios no Brasil é enfrentar o problema dos resíduos sólidos, pois envolvem os três níveis de governo (Estadual, Federal e Municipal), consequentemente questões sociais, econômicas e ambientais, constituindo assim grandes preocupações no mundo moderno.
Entende-se por resíduos sólidos aqueles que estão:
 “Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis, em face à melhor tecnologia disponível".(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1987).
Resíduos Sólidos são todos materiais que resultam das atividades humanas (lixos) que provem das residências, das indústrias, dos hospitais, do comércio, da agricultura e que muitas vezes podem ser aproveitados para reciclagem, reuso e reutilização.
Em função da degradação que causam ao meio ambiente, os resíduos sólidos são classificados para que seu descarte seja correto.
2.1 Classificações dos resíduos sólidos.
Os resíduos sólidos são classificados quanto a seus riscos ao meio ambiente e a saúde pública. São divididos em três classes:
1. Resíduos de classe I – Perigosos
São aqueles que apresentam periculosidades ou, uma das características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade ou patogenicidade, ex: lixo hospitalar contaminantes, produtos químicos de indústrias, óleos, cinzas de metais preciosos, pilha, bateria e pesticidas.
2. Resíduos de classe II – Não-Inertes
São aqueles que apresentam propriedades combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água, ex: resto de alimentos, papel, palha de aço, agulhas, latas e fiação elétrica.
3. Resíduos de Classe III – Inertes
São aqueles que não se degradam ou não se decompõem quando dispostos no solo (se degradam lentamente), sendo muitos destes resíduos recicláveis. Ex: tijolo, plástico, borracha, entulhos de demolição, pedras e areias retirados de escavações.
Para a classificação de resíduos sólidos devem ser utilizadas as seguintes Normas Técnicas da ABNT:
· NBR 10004/2004 – Resíduos Sólidos - Classificação
· NBR 10005/2004 – Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos
· NBR 10006/2004 – Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos
· NBR 10007/2004 – Amostragem de resíduos sólidos.
2.2 Formas de destinação dos resíduos sólidos
Todos resíduos gerados devem ser destinados de forma correta para que sejam evitados danos ao meio ambiente. Existem diversas formas de descarte como a incineração, esterilização, compostagem, aterro sanitário, industrial, controlado e o lixão, embora nem todas sejam adequadas podendo causar doenças e problemas como a poluição das aguas e dos rios. 
Lei 12.305/2010 Art. 3º Inciso VIII – Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e a segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; (Título I – Capítulo II – Parágrafo VIII).
2.2.1 Depósito a céu aberto (lixão)
O lixão é uma forma inadequada de descarte, não existe proteção alguma do solo e do ar causando grandes impactos ao meio ambiente e efeitos graves a saúde pública. Os resíduos ficam a céu aberto atraindo toda espécie de animais peçonhentos. Não há coleta do liquido lixiviado (chorume + líquido percolado), originado da decomposição da matéria orgânica, que flui para corpos d`água subterrâneos ou superficiais causando a contaminação e consequentemente imprópria para consumo. A geração de gases de gases acontece de maneira incontrolável devido a decomposição anaeróbica dos resíduos que contribuem para o efeito estufa.
Desta forma, considera-se o Lixão uma forma de Destinação Final Ambientalmente Inadequada.
2.2.2 Depósito em aterro controlado
A opção mais empregada no Brasil para a disposição final dos resíduos sólidos é o Aterro Sanitário, que é um tipo de lixão reformado, tornando o local de destinação adequado à legislação, mas inadequado ambientalmente, já que contamina o solo natural, pois esse tipo de aterro também não pratica medidas ao combate da poluição, uma vez que não recebe a camada impermeabilizante ideal antes da deposição de lixo, contaminando assim o solo e o lençol freático. Não existem também o sistema de coleta de gases, oferecendo assim grande risco de explosão.
O aterro controlado tem por objetivo minimizar os impactos ao meio ambiente e suprir a necessidade de destinação do lixo urbano até que uma unidade adequada seja implantada (Aterro Sanitário), pois é utilizado somente em pequenos municípios.
O aterro controlado também não pode ser considerado uma forma de Destinação Final Ambientalmente Adequada.
2.2.3 Transformação do resíduo em composto
Compostagem é o processo de decomposição biológica da matéria orgânica animal e vegetal formando um composto. É considerada uma espécie de reciclagem do lixo orgânico pois este processo que pode ser aeróbicoou anaeróbico, retém os nutrientes necessários para o solo e para as plantas no intuito de melhorar a sua composição sem afetar o meio ambiente. A compostagem propicia um destino útil para os resíduos orgânicos, evitando assim a acumulação em aterros e melhorando a estrutura do solo, além de promover a valorização de um insumo natural e ambientalmente seguro evitando o uso de fertilizantes químicos formado por compostos não naturais, cujo efeito são altamente nocivos ao desiquilíbrio do efeito estufa.
2.2.4 Reciclagem
Denominamos de reciclagem o retorno da matéria prima ao ciclo de produção, isto é, transformar objetos materiais usados em novos produtos para consumo.
A reciclagem é definida pela lei n. 12305/2010 (BRASIL, 2010) como:
[...] processo de transformação dos resíduos sólidos que envolvem a alteração se suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação e insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa.
O processo de reciclagem, também gera riquezas e contribui para a diminuição significativa da poluição do solo, do ar e da água além de preservar o meio ambiente. Os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Um grande benefício gerado pela reciclagem é a quantidade de empregos nos centros urbanos onde muitas pessoas conseguem renda para manter suas famílias principalmente aquelas que sofrem de exclusão social. As cooperativas trabalham diretamente com a sustentabilidade e com o processo de reaproveitamento de materiais. A reciclagem é uma atividade econômica que deve ser vista como uma solução viável do ponto de vista econômico, além de ser ambientalmente correta.
2.2.5 Depósito em aterro sanitário
É outra forma de destinação final dos resíduos sólidos, a diferença é a responsabilidade que se trata o lixo no local, uma técnica que não causa danos a saúde pública e minimiza impactos ambientais. O terreno é preparado com a impermeabilização do solo com uma manta (geomembrana PEAD), para que o lençol freático não seja contaminado pelo chorume.
O aterro sanitário é considerado a melhor forma de disposição final do lixo urbano.
2.3 O Impacto Ambiental e os Resíduos Sólidos
Os resíduos sólidos tem se tornado mais um dos problemas ambientais existentes, e um dos maiores desafios da atualidade, e para que haja uma redução direta e indireta dos impactos ambientais, é preciso de uma disposição final adequada e uma coleta eficiente. Quando o descarte é feito de forma inadequada e sem medidas de proteção ao meio ambiente os impactos são significativos causando efeitos maléficos a saúde pública. São muitos efeitos negativos como a contaminação direta no solo, poluição do ar, contaminação dos corpos d´água subterrâneos ou superficiais, tornando imprópria para consumo. Na fase da decomposição são gerados gases que contribuem para o efeito estufa e facilita a proliferação de vetores biológicos.
A Lei 12.305/2010 (BRASIL, 2010ª) define rejeitos como sendo:
[...] resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada [...].
Uma das alternativas viáveis é a construção de aterros sanitários que seria a disposição final ambientalmente adequada de modo a evitar danos a saúde pública e minimizando impactos ambientais adversos.
3. ATERRO SANITÁRIO
De acordo com a norma NBR8419/1992 (ABNT,1984) Associação Brasileira de Normas Técnicas, o aterro sanitário também é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente, minimizando os impactos ambientais. Tal método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada trabalho, ou intervalos menores, se necessário.
O aterro sanitário é onde é feito o controle da disposição final dos resíduos sólidos e a sua decomposição, de forma planejada onde o lixo é compactado e coberto por terra ou outro material inerte formando diversas camadas. O controle do chorume é feito com um sistema de impermeabilização de base para o tratamento de percolados e queima de gases, assim não havendo lançamento de gás metano na atmosfera causando baixo impacto ambiental.
3.1 Tipos de aterro
Existem vários tipos de aterro sanitário, mas basicamente são três os mais utilizados para as comunidades urbanas. 
 Aterro sanitário controlado: Esse modal de aterro serve para cidades com até 20.000 mil habitantes e é considerada uma forma de acondicionamento de resíduos não totalmente adequados, mas oferece o mínimo de proteção ambiental no controle de vetores e da poluição do ar. O sistema consiste em valas de 3 metros de largura por 4 metros de profundidade onde os resíduos orgânicos são depositados e cobertos com 20 cm de terra diariamente. Após o término da vala coloca-se uma coluna de terra de 1 metro de altura no qual já não se colocará mais resíduos. É uma forma de baixo custo mais não é considerada a mais adequada ambientalmente.
 Aterro Sanitário: Esse modal é considerado como mais adequado ambientalmente, pois proporciona uma maior condição de gerenciar os resíduos e sua consequente degradabilidade.
Com o uso de uma geomembrana o pavimento é impermeabilizado, onde se recebe os resíduos impedindo que o chorume gerado contamine o lençol freático, e ainda existe a drenagem do liquido para tanques de descontaminação. Os rejeitos são também cobertos com camadas de terra evitando assim a contaminação do ar e a incidência de vetores. Também são instaladas tubulações de captação de gás metano onde queimadores são acionados transformando este gás carbônico.
 Lixões: É o formato menos indicado e que apresenta o maior índice de desiquilíbrio ambiental na disposição de resíduos. A partir da Lei 12.305/2010 PNRS (Plano Nacional de Resíduos Sólidos), fica instituído o fim dos lixões em território nacional e também as diretivas que nortearão a gestão dos resíduos sólidos.
Os lixões não seguem nenhum critério para recebimento de resíduos tornando-os verdadeiros vazadouros com grande potencial de degradabilidade ambiental.
4. A IMPORTANCIA DE UM ATERRO SANITÁRIO
Os aterros sanitários são muito importantes para a conservação do meio ambiente, e é um sistema eficaz para o descarte dos resíduos, pois sem eles a contaminação do solo e os recursos hídricos estão ameaçados. 
É um local previamente preparado com cobertura no solo para evitar a contaminação e consequentemente a dos lençóis freáticos, há também o tratamento do chorume, além da captação e queima do gás liberado. Com sua implantação os impactos causados são pequenos e de fácil controle. 
Os aterros sanitários são de grande importância tanto para a saúde quanto ao meio ambiente e de todos que nele habitam, pois sem eles todos os recursos naturais estão ameaçados.
4.1 A CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo)
É um órgão de fiscalização ambiental do estado que tem por objetivo promover a melhoria e garantir a qualidade do meio ambiente, visando o desenvolvimento social e econômico sustentável com a fundamental preocupação de preservar e recuperar a qualidade das águas, do ar, do solo, áreas contaminadas, gerenciamentos de riscos, mudanças climáticas e licenciamento e mantém também atividades de fiscalização.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através desse trabalho foi possível identificar que o aterro sanitário é a opção mais viável para o recebimento de resíduos sólidos urbanos, além dos benefícios da sua implantação. Diante de muitos paradigmas culturais com relação aos cuidados que deve se ter com o lixo e ainda um custo de elevada soma financeira este modelo de aterro não está presente em todas as cidades do país.
Também neste trabalho observa-se que para fazer um projeto de licenciamentoou de fechamento (PRAD) de aterro é necessário utilizar conhecimentos de Geoprocessamento, Geomorfologia, Georreferenciamento e Cartografia.
No desenvolvimento do serviço feito no campo e na parte administrativa, é necessário saber que sempre haverá uma integração destas disciplinas, de tal forma que para se obter os dados básicos do terreno como características topográficas, relevo, cotas de altitude, através de coleta de dados suficientes para se realizar o levantamento planialtimétrico.
Nos trabalhos de geoprocessamento, em função dos cálculos de volume, de áreas, de vida útil do aterro e de outras informações como, por exemplo, conhecer a profundidade do lençol freático (geologia), e de outras características como aumento de aves, roedores e outros vetores no aterro, focos de incêndio (indicadores ambientais)
Na confecção da planta baixa do aterro poderão ser utilizados dados cartográficos, utilizando-se de ferramentas como análise espacial geoestatística e modelagem média do terreno.
6. REFERÊNCIAS
CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NORMA ABNT. Disponível em:< http://www.abetre.org.br/biblioteca/publicacoes/publicacoes-abetre/classificacao-de-residuos> Acesso em: 14 de out. 2015
CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo<http://www.cetesb.sp.gov.br/>Acesso em 14 de out.2015 
COMPOSTAGEM – MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Disponível em:http://www.mma.gov.br/estruturas/secex_consumo/_arquivos/compostagem.pdf Acesso em 14 out. 2015 
CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – NBR 10004 / ABNT (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). Resíduos Sólidos:classificação, NBR 10.004. Rio de Janeiro, p. 1, 1987. Disponível em www.ccs.ufrj.br/.../CLASSIFICACAO_DE_RESIDUOS_SOLIDOS_NBR_1... Acesso em 14 out. 2015
UNOPAR,Poluição e Resíduos Sólidos. Editora e Distribuidora Educacional S.A , Londrina, 01. Ed. 2014. 127 p.
 
PAGE 
14

Continue navegando

Outros materiais