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ISS - SLIDES - CEFIS

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ISS
Aspectos teóricos e práticos
Prof. Cristiane Pires
Tópicos da aula
- O ISS na Constituição Federal
- O ISS na Lei Complementar
- O ISS na Lei Ordinária
- A regra-matriz de incidência do ISS
- O critério material do ISS
- O critério espacial do ISS
- O critério temporal do ISS
- O critério pessoal do ISS: sujeito ativo e passivo
- O critério quantitativo do ISS: base de cálculo e alíquota
ISS na Constituição Federal
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, 
definidos em lei complementar.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços 
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as 
operações e as prestações se iniciem no exterior;
ISS na Lei Complementar
LC 118/2003
Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência 
dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de 
serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como 
atividade preponderante do prestador.
§ 1o O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do 
País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País
ISS na Lei Ordinária
Cada Município tem a competência de constituir o seu 
ISS por meio de lei.
Lista da LC normalmente é replicada pelos municípios.
Necessidade de dispor sobre todos os aspectos da 
Regra-Matriz de Incidência Tributária
Regra-matriz de incidência do ISS
Hipótese
Consequente
Critério Material = verbo + complemento
Critério Espacial
Critério Temporal
Critério Pessoal
Critério Quantitativo
Sujeito ativo 
Sujeito Passivo
Base de cálculo
Alíquota
Critério Material
Verbo + Complemento → Prestar serviços
Definição de Aires Barreto: 
“ Serviço é a prestação de esforço humano a terceiros, 
com conteúdo econômico, 
em caráter negocial, 
sob regime de direito privado, 
tendente à obtenção de um bem material ou imaterial.”
Obrigação de dar x Obrigação de fazer
RE 651.703 / PR INCIDÊNCIA DE ISS NAS ATIVIDADES DAS OPERADORAS DE PLANOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA 
À SAÚDE (PLANO DE SAÚDE E SEGURO-SAÚDE)
EMENTA 
[....]
7. A exegese da Constituição configura a limitação hermenêutica dos arts. 109 e 110 do Código Tributário 
Nacional, por isso que, ainda que a contraposição entre obrigações de dar e de fazer, para fins de dirimir o 
conflito de competência entre o ISS e o ICMS, seja utilizada no âmbito do Direito Tributário, à luz do que 
dispõem os artigos 109 e 110, do CTN, novos critérios de interpretação têm progressivamente ampliado o 
seu espaço, permitindo uma releitura do papel conferido aos supracitados dispositivos. 
[...]
10. A Constituição Tributária deve ser interpretada de acordo com o pluralismo metodológico, abrindo-se 
para a interpretação segundo variados métodos, que vão desde o literal até o sistemático e teleológico, 
sendo certo que os conceitos constitucionais tributários não são fechados e unívocos, devendo-se recorrer 
também aos aportes de ciências afins para a sua interpretação, como a Ciência das Finanças, Economia e 
Contabilidade. 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=651703&classe=RE&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
Obrigação de dar x Obrigação de fazer
[...]
15. A classificação das obrigações em “obrigação de dar”, de “fazer” e “não fazer”, tem 
cunho eminentemente civilista, como se observa das disposições no Título “Das 
Modalidades das Obrigações”, no Código Civil de 2002 (que seguiu a classificação do 
Código Civil de 1916), em: (i) obrigação de dar (coisa certa ou incerta) (arts. 233 a 246, 
CC); (ii) obrigação de fazer (arts. 247 a 249, CC); e (iii) obrigação de não fazer (arts. 250 e 
251, CC), não é a mais apropriada para o enquadramento dos produtos e serviços 
resultantes da atividade econômica, pelo que deve ser apreciada cum grano salis. 16. A 
Suprema Corte, ao permitir a incidência do ISSQN nas operações de leasing financeiro e 
leaseback (RREE 547.245 e 592.205), admitiu uma interpretação mais ampla do texto 
constitucional quanto ao conceito de “serviços” desvinculado do conceito de “obrigação 
de fazer” [...]
Obrigação de dar x Obrigação de fazer
Trecho do voto do Min. Luis Fux (Relator)
“Assim, embora seja possível verificar a existência de corrente doutrinária a identificar o conceito de serviços com 
obrigação de fazer, há também categorização no sentido de que o conceito econômico de prestação de serviço não se 
confunde com o conceito de prestação de serviço de Direito Civil, verbis: 
Serviço, portanto, vem a ser o resultado da atividade humana na criação de um bem que não se apresenta sob a 
forma de bem material, v.g., a atividade do transportador, do locador de bens imóveis, do médico, etc. 
O conceito econômico de “prestação de serviço” (fornecimento de bem imaterial) não se confunde nem se 
equipara ao conceito de “prestação de serviços” do direito civil, que é conceituado como fornecimento apenas de 
trabalho (prestação de serviços é o fornecimento mediante remuneração, do trabalho a terceiro). O conceito 
econômico não se apresenta acanhado, abrange tanto o simples fornecimento de trabalho (prestação de serviços 
de direito civil) como outras atividades: v.g.: locação de bens móveis, transporte, publicidade, hospedagem, 
diversões públicas, cessão de direitos, depósito, execução de obrigações de não fazer, etc. (venda de bens 
imateriais). (MORAES, Bernardo Ribeiro de. Doutrina e Prática do Imposto sobre Serviços. 1ª Ed, 3ª tiragem. São Paulo: Editora Revista 
dos Tribunais, 1984, p. 42/43). 
Sob este ângulo, o conceito de prestação de serviços não tem por premissa a configuração dada pelo 
Direito Civil, mas relacionado ao oferecimento de uma utilidade para outrem, a partir de um conjunto de 
atividades imateriais, prestados com habitualidade e intuito de lucro, podendo estar conjugada ou não 
com a entrega de bens ao tomador.” 
Locação é serviço?
Súmula Vinculante 31: É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de 
Qualquer Natureza - ISS sobre operações de locação de bens móveis.
"IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS) - LOCAÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR - INADMISSIBILIDADE, EM TAL 
HIPÓTESE, DA INCIDÊNCIA DESSE TRIBUTO MUNICIPAL - DISTINÇÃO NECESSÁRIA ENTRE LOCAÇÃO DE 
BENS MÓVEIS (OBRIGAÇÃO DE DAR OU DE ENTREGAR) E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS (OBRIGAÇÃO DE 
FAZER) - IMPOSSIBILIDADE DE A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL ALTERAR A DEFINIÇÃO E O 
ALCANCE DE CONCEITOS DE DIREITO PRIVADO (CTN, ART. 110) - INCONSTITUCIONALIDADE DO ITEM 79 
DA ANTIGA LISTA DE SERVIÇOS ANEXA AO DECRETO-LEI Nº 406/68 - PRECEDENTES DO SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL - RECURSO IMPROVIDO. - Não se revela tributável, mediante ISS, a locação de 
veículos automotores (que consubstancia obrigação de dar ou de entregar), eis que esse tributo 
municipal somente pode incidir sobre obrigações de fazer, a cuja matriz conceitual não se ajusta a figura 
contratual da locação de bens móveis. Precedentes (STF). Doutrina." (RE 446.003-AgR, rel. min. Celso de 
Mello, DJ de 04.08.2006)
Leasing é serviço?
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO TRIBUTÁRIO. ISS. ARRENDAMENTO MERCANTIL. 
OPERAÇÃO DE LEASING FINANCEIRO. ARTIGO 156, III, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. O 
arrendamento mercantil compreende três modalidades, [i] o leasing operacional, [ii] o leasing 
financeiro e [iii] o chamado lease-back. No primeiro caso há locação, nos outros dois, serviço. A 
lei complementar não define o que é serviço, apenas o declara, para os fins do inciso III do 
artigo 156 da Constituição. Não o inventa, simplesmente descobre o que é serviço para os 
efeitos do inciso III do artigo 156 da Constituição. No arrendamento mercantil (leasing 
financeiro), contrato autônomo que não é misto, o núcleo é o financiamento, não uma 
prestação de dar. E financiamento é serviço, sobre o qual o ISS pode incidir, resultandoirrelevante a existência de uma compra nas hipóteses do leasing financeiro e do lease-
back. Recurso extraordinário a que se nega provimento.
(RE 592905, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 02/12/2009, 
REPERCUSSÃO GERAL - PUBLIC 05-03-2010)
Franquia é serviço?
O contrato de franquia tipicamente abrange, portanto, prestações recíprocas de natureza 
variada. Ambas as partes assumem obrigações de dar e de fazer, todavia indivisíveis, 
porquanto partes de um todo (a franquia), de uma locação ou cessão de todo um 
modelo de negócio. Por isso, é compreendido pelos estudiosos como um contrato que 
abrange prestações recíprocas e sucessivas com o fim de se possibilitar a distribuição, 
industrialização ou comercialização de produtos, mercadorias ou prestação de serviços, 
nos moldes e forma previstos em contrato de adesão
No debate sobre a incidência ou não de ISSQN sobre franquia, destacam-se três linhas 
argumentativas: 
(1) comparação entre franquia e locação de bem móvel; 
(2) comparação entre franquia e o conceito constitucional de serviço para fins 
tributários; 
(3) exame da questão diante da distinção entre atividade-meio e atividade-fim.
Franquia na Jurisprudência
Contudo, em 2003 foi editada a LC nº 116 que inclui a expressa 
referência à franquia no 17.08 da sua lista de serviços sujeitos aos ISS, 
retirando, portanto, o fundamento central do STJ* nas suas decisões. 
(*REsp 222.246)
O STJ já se posicionou (paradigma – REsp 1.131.872/SC) declarando 
que, diante da indicação do Franchising na lista da LC 116, o 
pagamento do ISS é devido, e que as discussões acerca da 
constitucionalidades desta lei devem ser objeto de análise da Suprema 
Corte.
O STF, por sua vez, recebeu a questão em outras oportunidades para 
análise, mas devido ao não atendimento dos requisitos de 
admissibilidade dos recursos interpostos, deixou de se posicionar 
sobre o tema. No entanto, atualmente declarou a repercussão geral no 
caso do RE 603.136, que aguarda julgamento. 
Fatos ocorridos até 2003...
Jurisprudência consolidada –
ausência de previsão no DL 406/68
“TRIBUTÁRIO – ISS –
‘FRANCHISING’ OU CONTRATO DE 
FRANQUIA – DL Nº 406/68 – LEI Nº 
8.955/94 – PRECEDENTES. 
(...)
Em obediência ao princípio 
tributário que proíbe a 
determinação de qualquer tipo de 
fato gerador sem apoio em lei, não 
incide o ISS sobre as atividades 
específicas do contrato de 
franquia.” (Resp nº 189.225, 1ª 
turma, 04.09.2001)
Incidente de Inconstitucionalidade. ISS. Franquia. Item 17.08 da lista de atividades sob hipótese de incidência, da Lei 
Complementar n° 116/03. Item 17.07, da Lei n° 13.071/03, do Município de São Paulo. Arguição formulada pela 15a Câmara 
de Direito Público. Natureza jurídica híbrida e complexa do contrato de franquia, que não envolve, na essência, pura 
obrigação de fazer, mas variadas relações jurídicas entre franqueador e franqueado, afastando-se do conceito 
constitucional de serviços. Extrapolação, pelo Município, do âmbito de abrangência de sua competência material tributária. 
Procedência. Inconstitucionalidade declarada. (...)
Em outras palavras, na franquia, o franqueado tem acesso à marca e ao sistema de negócio do franqueador (know how), 
envolvendo, pois obrigação de dar, e não de fazer, esta típica da prestação de serviços.
Os de suporte e assistência técnica eventualmente coexistentes na franquia, a traduzir obrigação de meio, não 
descaracterizam a sua essencial e principal natureza jurídica, que é a obrigação de dar.” 
(TJSP. Órgão Especial. Arguição de Inconstitucionalidade 994.06.045400-3, Rel. Des. José Roberto Bedran; Sessão de 19.05.2010)
Ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária. ISSQN. Apesar de constar da lista anexa à Lei Complementar 
nº 116/03 (itens 10.04 e 17.08), o contrato de franquia (franchising) não está sujeito à incidência de ISSQN. Incidente de 
inconstitucionalidade julgado pelo Órgão Especial deste Tribunal de Justiça. Confirmação da sentença que enseja majoração 
da verba honorária nos termos do art.85, §11º do NCPC. Nega-se provimento ao recurso, com majoração da verba 
honorária. 
(TJSP; Apelação Cível 1039934-27.2016.8.26.0053; Relator (a): Beatriz Braga; Órgão Julgador: 18ª Câmara de Direito Público; Foro Central -
Fazenda Pública/Acidentes - 7ª Vara de Fazenda Pública; Data do Julgamento: 03/04/2019; Data de Registro: 03/04/2019)
Franquia na Jurisprudência – TJ-SP
Serviço e atividade-meio
“Inexplicavelmente, a Lei Complementar 116/2003 incluiu a franquia como serviço, 
relacionando-o no subitem 17.08, incidindo assim em visível inconstitucionalidade. 
De fato, franquia é espécie de cessão de direito, negócio jurídico que, diante da 
nossa ordem jurídica, não configura ‘prestação de serviços’, e, por isso, não se 
subsume no conceito de serviço tributável, por via do ISS.
(...)
Nos contratos em que se prevê assistência técnica, instrução, treinamento ou 
avaliação pessoal por parte do franqueador , essas tarefas são meras atividades-
meio, e não atividades-fim. Deveras, são elementos consubstanciados em métodos 
e meios de venda, viabilizadores da exploração da marca objeto da franquia. É 
dizer, configuram requisitos, insumos condições (às vezes até sofisticações) da 
atividade-fim: a cessão de direitos designada franquia.” (BARRETO, Aires F. ISS na 
Constituição e na lei. São Paulo: Dialética, 2009, p. 210-216)
TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - ISSQN.SERVIÇOS BANCÁRIOS. TARIFA DE 
EXCESSO DE LIMITE. LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES E AVALIAÇÃO DE VIABILIDADE E DE RISCOS PARA A 
CONCESSÃO DE CRÉDITO EM CARÁTER EMERGENCIAL. ATIVIDADE (MEIO) REALIZADA PELA PRÓPRIA 
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. NÃO INCIDÊNCIA. 
[...]
6. Na hipótese de a análise de riscos ser realizada pela mesma instituição financeira responsável pela 
concessão do crédito emergencial, por se caracterizar atividade meio, não haverá incidência do imposto, a 
qual fica restrita para o caso de os referidos serviços serem realizados por terceiros não vinculados à 
concessão do crédito (p.ex.: prestador de serviço de análise de riscos).
7. In casu, a instituição bancária recorrente realiza, por conta própria, a análise de risco para o fim de 
conceder o crédito emergencial, razão pela qual a tarifa de excesso de limite não pode sofrer a incidência do 
imposto.
8. Agravo conhecido para dar provimento ao recurso especial.
(AREsp 669.755/RJ, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 05/06/2018, DJe
22/08/2018)
Serviço e atividade-meio
TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ISS. 
SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES. ATIVIDADE-MEIO. NÃO INCIDÊNCIA. MATÉRIA CONSOLIDADA, O QUE FAZ 
INCIDIR O ÓBICE DA SÚMULA 83/STJ. AGRAVO INTERNO DO ENTE MUNICIPAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1. Consolidou-se no âmbito da 1a. Seção o entendimento de que não incide o ISS sobre os serviços de 
atividade-meio indispensáveis ao alcance da atividade-fim, prestados pelas companhias telefônicas.
Precedentes: AgRg no REsp. 1.331.306/AM, Rel. Min. SÉRGIO KUKINA, DJe 6.9.2013; REsp. 883.254/MG, Rel. 
Min. JOSÉ DELGADO, DJ 28.2.2008.
2. Especificamente sobre os serviços discutidos nos presentes autos, quais sejam, serviços congêneres aos 
serviços de expediente e secretaria em geral, ambas as Turmas da 1a. Seção também já reconheceram que 
são consideradas atividade-meio, não se sujeitando a cobrança da exação em comento. Precedentes: AgRg
no REsp.
1.192.020/MG, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, DJe 27.10.2010; EDcl no REsp. 883.254/MG, Rel. Min. JOSÉ 
DELGADO, DJe 23.6.2008. 3. Dessa forma, observa-se que o entendimento firmado pelo Tribunal de origem 
está em consonância com o desta Corte, o que faz incidir o veto da Súmula 83/STJ.
4. Agravo Interno do Ente Municipal a que se nega provimento.
(AgInt no AgRg no AREsp 478.476/RJ, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, 
julgado em 20/02/2018, DJe 12/03/2018)
Serviço e atividade-meio
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. ISSQN. DESPESASEFETUADAS PELO PRESTADOR DO SERVIÇO, EM NOME 
DO TOMADOR. ATIVIDADE-MEIO. DEDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO. LEGALIDADE. PRECEDENTES 
DO STJ. AFERIÇÃO DO MONTANTE. MATÉRIA DE FATO, A SER DIRIMIDA NAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS, EM 
LIQUIDAÇÃO DO JULGADO. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.
I. A jurisprudência deste STJ sinaliza, em diversos julgados, no sentido de que não se incluem, na base de 
cálculo do ISSQN, as despesas realizadas com terceiros, pelo prestador do serviço, na hipótese em que, 
estranhas à atividade-fim da prestadora, sejam reembolsáveis pela tomadora do serviço.
II. "Consoante a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça as despesas necessárias à prestação de 
serviço que não importem na atividade-fim do prestador são excluídas da base de cálculo do tributo. 
Precedentes. Hipótese em que o transportador efetua despesas em nome dos tomadores do serviço, que 
serão posteriormente reembolsadas. Dedução da base de cálculo do ISS" (STJ, REsp 1.080.161/SP, Rel. 
Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, DJe de 29/04/2009).
III. Uma vez reconhecido o direito do contribuinte, a apuração do montante efetivamente dedutível da base 
de cálculo do imposto deverá ser efetuada, nas competentes instâncias ordinárias, em fase de liquidação do 
julgado, caso necessário, mediante realização de perícia contábil.
IV. Agravo Regimental improvido.
(AgRg no AREsp 90.001/SP, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 28/04/2015, 
DJe 08/05/2015)
Serviço e atividade-meio
LC 116/2003
Art. 3o O serviço considera-se prestado, e o imposto, devido, no local do estabelecimento 
prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses 
previstas nos incisos I a XXV, quando o imposto será devido no local: [...]
Art. 4o Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade 
de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou 
profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto 
de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham 
a ser utilizadas.
Critério Espacial
Conceito de Estabelecimento Prestador
Onde efetivamente é prestado o serviço, no caso dos contratos de leasing? No município da 
sede do prestador, onde são tomadas as decisões relativas ao contrato, ou em cada cidade, 
onde o contrato é assinado pelos consumidores?
RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. INCIDÊNCIA DE ISS SOBRE 
ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO. QUESTÃO PACIFICADA PELO STF POR OCASIÃO DO JULGAMENTO 
DO RE 592.905/SC, REL. MIN. EROS GRAU, DJE 05.03.2010. SUJEITO ATIVO DA RELAÇÃO TRIBUTÁRIA NA 
VIGÊNCIA DO DL 406/68: MUNICÍPIO DA SEDE DO ESTABELECIMENTO PRESTADOR. APÓS A LEI 116/03: 
LUGAR DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. LEASING. CONTRATO COMPLEXO. A CONCESSÃO DO FINANCIAMENTO É 
O NÚCLEO DO SERVIÇO NA OPERAÇÃO DE LEASING FINANCEIRO, À LUZ DO ENTENDIMENTO DO STF. 
O SERVIÇO OCORRE NO LOCAL ONDE SE TOMA A DECISÃO ACERCA DA APROVAÇÃO DO 
FINANCIAMENTO, ONDE SE CONCENTRA O PODER DECISÓRIO, ONDE SE SITUA A DIREÇÃO GERAL DA 
INSTITUIÇÃO. O FATO GERADOR NÃO SE CONFUNDE COM A VENDA DO BEM OBJETO DO LEASING 
FINANCEIRO, JÁ QUE O NÚCLEO DO SERVIÇO PRESTADO É O FINANCIAMENTO. IRRELEVANTE O LOCAL 
DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO, DA ENTREGA DO BEM OU DE OUTRAS ATIVIDADES PREPARATÓRIAS E 
AUXILIARES À PERFECTIBILIZAÇÃO DA RELAÇÃO JURÍDICA, A QUAL SÓ OCORRE EFETIVAMENTE COM A 
APROVAÇÃO DA PROPOSTA PELA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. (REsp 1060210/SC, Rel. Ministro NAPOLEÃO 
NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/11/2012, DJe 05/03/2013 - REPETITIVO)
Critério Espacial: Leasing
Uma sociedade ALFA, com sede em São Paulo, firma contrato com sociedade empresária BETA, com sede no 
Município de Goiânia, e à empresa OMEGA, no município de Campo Grande, para prestar a estas serviços de 
"suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação 
e bancos de dados" em computadores daquela empresa. No caso da empresa OMEGA não há necessidade de 
enviar profissionais, já no caso da empresa BETA, há envio de profissionais in loco para a execução do serviço. 
Nesses dois casos, onde deve ser recolhido o ISS em cada um desses dois casos?
“4. No caso dos autos, o pleito de repetição de indébito refere-se ao período de janeiro/1997 a setembro/2003, ou 
seja, refere-se a fatos geradores do ISS ocorridos na vigência do Decreto-Lei n. 406/68 e da Lei Complementar n. 
116, de 31 de julho de 2003.
5. Restou incontroverso que a agravante possui estabelecimento prestador no Município de Criciúma e que os 
serviços de software ora em apuração foram prestados em outras municipalidades.
6. Dessa forma, aplicando-se a recente orientação jurisprudencial deste Tribunal Superior firmada nos autos do 
REsp 1.060.210/SC, tem-se que subsiste relação jurídico-tributária apta a legitimar a instituição e cobrança do ISS 
pelo Município de Criciúma somente em relação aos fatos geradores ocorridos sob a vigência do Decreto-Lei n. 
406/68, uma vez que, para esse período, o município competente corresponde àquele onde situado o 
estabelecimento prestador.
7. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental a que se dá provimento em parte.”
(EDcl no REsp 1380710/SC, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/04/2014, DJe
09/04/2014)
Critério Espacial: informática
EDcl no REsp 1380710/SC. Trecho do voto:
“Enfatize-se que, com a nova orientação jurisprudencial, para as discussões envolvendo fatos ocorridos sob a vigência do 
DL n. 406/68, a solução de controvérsia sobre a competência para instituir e cobrar o ISS não requer outros estudos ou 
análises, já que se exige apenas a identificação do local onde situado o estabelecimento prestador. Isso não se verifica, 
contudo, para os casos em que os fatos geradores ocorreram já sob a égide da LC n. 116/63, pois, nesse período, para a 
identificação do município competente para instituir e cobrar o ISS, exige-se, imprescindivelmente, que se descubra e se 
identifique o local da ocorrência do fato gerador do ISS.
[...]
De outra parte, quanto aos fatos geradores ocorridos sob a vigência da Lei Complementar n. 116/2003, tem-se que as 
instâncias ordinárias, valendo-se de laudo pericial, partiram da premissa de que os fatos geradores dos serviços 
prestados pela sociedade empresária Betha Sistemas Ltda. ocorreram em municipalidade diversa do Município de 
Criciúma/SC, conforme se extrai da leitura dos seguintes trechos: 
O perito judicial nomeado foi enfático ao afirmar que "os valores para apuração do débito fiscal contêm receita 
de prestação de serviço de outros municípios" (resposta quesito do juízo, de fls. 389/391, dos autos em apenso). 
Assegurou, ainda que "Segundo demonstram os documentos insertos aos autos e os que acompanham este 
laudo, os contratos de locação de sistemas são firmados nos respectivos municípios contratantes"(resposta 
quesito V, de fls. 391/392, dos autos em apenso). Portanto, a parte requerida não tem competência tributária 
para instituir o ISS sobre a prestação de serviços ocorridos em outros municípios, tampouco capacidade 
tributária para exigir a cobrança destes tributos em nome próprio, pois, como dito, trata-se de direito de outrem. 
(e-STJ, fl. 342)”
Critério Espacial: informática
Um laboratório de análises clínicas tem sede no Município de Campinas onde os 
profissionais de saúde analisam o material biológico coletado, mas as coletas de 
amostras para os exames são recolhidas em diversos municípios. Onde deve ser 
recolhido o ISS?
Critério Espacial: exames laboratoriais
“4. O ISS recai sobre a prestação de serviços de qualquer natureza realizada de forma
onerosa a terceiros. Se o contribuinte colhe material do cliente em unidade situada
em determinado município e realiza a análise clínica em outro, o ISS é devido ao
primeiro município, em que estabelecida a relação jurídico-tributária,e incide sobre a
totalidade do preço do serviço pago, não havendo falar em fracionamento, à míngua da
impossibilidade técnica de se dividir ou decompor o fato imponível. 5. A remessa do material
biológico entre unidades do mesmo contribuinte não constitui fato gerador do tributo, à
míngua de relação jurídico-tributária com terceiros ou onerosidade. A hipótese se assemelha,
no que lhe for cabível, ao enunciado da Súmula 166/STJ, verbis: "Não constitui fato gerador
do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de uma para outro estabelecimento do
mesmo contribuinte".6. Recurso especial conhecido e não provido”
(REsp 1439753/PE, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, Rel. p/ Acórdão Ministro BENEDITO
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 06/11/2014, DJe 12/12/2014)
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. PARECER NORMATIVO SF nº 04, de 06 de novembro de 
2018 
ISS. Local de incidência. Serviços descritos no subitem 4.02 da lista de serviços do 
“caput” do art. 1º da Lei nº 13.701, de 24 de dezembro de 2003. 
O SECRETÁRIO MUNICIPAL DA FAZENDA , no uso de suas atribuições legais, 
considerando a decisão do Superior Tribunal de Justiça exarada no Recurso Especial nº 
1.439.753/PE e publicada em 12 de dezembro de 2014, RESOLVE : 
Art. 1º Relativamente aos serviços descritos no subitem 4.02 da lista de serviços 
do "caput" do art. 1º da Lei nº 13.701, de 24 de dezembro de 2003, considera-se 
local de incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS o 
município onde a coleta do material biológico é efetuada, independentemente do 
local em que será feita a análise clínica do material coletado. 
Art. 2º Este parecer normativo, de caráter interpretativo, é impositivo e vinculante 
para todas as unidades e colegiados da estrutura desta Secretaria.
Critério Espacial: exames laboratoriais
LC 116/03 - Exceções do art. Art. 3o
I – do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento, onde ele 
estiver domiciliado, na hipótese do § 1o do art. 1o desta Lei Complementar;
II – da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos serviços descritos no 
subitem 3.05 da lista anexa;
III – da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa;
IV – da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista anexa;
V – das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços descritos no 
subitem 7.05 da lista anexa;
VI – da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação 
final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem 7.09 da lista 
anexa;
VII – da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, 
piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista anexa;
VIII – da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso dos serviços descritos no 
subitem 7.11 da lista anexa;
Critério Espacial
LC 116/03 - Exceções do art. Art. 3o
IX – do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos, 
no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista anexa;
XII - do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação, reparação de solo, plantio, silagem, colheita, 
corte, descascamento de árvores, silvicultura, exploração florestal e serviços congêneres indissociáveis da 
formação, manutenção e colheita de florestas para quaisquer fins e por quaisquer meios; (Redação dada 
pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
XIII – da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos serviços 
descritos no subitem 7.17 da lista anexa;
XIV – da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da lista anexa;
XV – onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no subitem 11.01 da lista 
anexa;
XVI - dos bens, dos semoventes ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso 
dos serviços descritos no subitem 11.02 da lista anexa; (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 
2016)
Critério Espacial
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp157.htm#art1
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LC 116/03 - Exceções do art. Art. 3o
XII - do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação, reparação de solo, plantio, silagem, colheita, 
corte, descascamento de árvores, silvicultura, exploração florestal e serviços congêneres indissociáveis da 
formação, manutenção e colheita de florestas para quaisquer fins e por quaisquer meios; (Redação dada 
pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
XIII – da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos serviços 
descritos no subitem 7.17 da lista anexa;
XIV – da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da lista anexa;
XV – onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no subitem 11.01 da lista 
anexa;
XVI - dos bens, dos semoventes ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso 
dos serviços descritos no subitem 11.02 da lista anexa; (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 
2016)
XVII – do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem, no caso dos serviços 
descritos no subitem 11.04 da lista anexa;
XVIII – da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres, no caso dos serviços 
descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista anexa;
Critério Espacial
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LC 116/03 - Exceções do art. Art. 3o
XIX - do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos pelo item 16 da 
lista anexa; (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
XX – do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver 
domiciliado, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista anexa;
XXI – da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o planejamento, organização e 
administração, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.10 da lista anexa;
XXII – do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos serviços 
descritos pelo item 20 da lista anexa.
XXIII - do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 4.22, 4.23 e 5.09; (Incluído pela Lei Complementar 
nº 157, de 2016)
XXIV - do domicílio do tomador do serviço no caso dos serviços prestados pelas administradoras de cartão 
de crédito ou débito e demais descritos no subitem 15.01; (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 
2016)
XXV - do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 10.04 e 15.09. (Incluído pela Lei Complementar nº 
157, de 2016)
Critério Espacial Planos de saúde e atividades 
financeiras
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LC 116/2003
Art. 6o
[...]
§ 3o No caso dos serviços descritos nos subitens 10.04 e 15.09, o valor do imposto é 
devido ao Município declarado como domicílio tributário da pessoa jurídica ou física 
tomadora do serviço, conforme informação prestada por este. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 157, de 2016)
§ 4o No caso dos serviços prestados pelas administradoras de cartão de crédito e débito, 
descritos no subitem 15.01, os terminais eletrônicos ou as máquinas das operações 
efetivadas deverão ser registrados no local do domicílio do tomador do serviço. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
Critério Espacial
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp157.htm#art1Critério Espacial
Art. 2o O imposto não incide sobre:
I – as exportações de serviços para o exterior do País;
Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no inciso I os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se 
verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior.
A LC 116/03, em seu artigo 2º, inciso I, prevê que o Imposto sobre Serviços (“ISS”) não 
incidirá sobre as receitas de exportações de serviços para o exterior do País. No entanto, 
seus dispositivos não definiram o conceito de “serviço exportado”, limitando-se, em seu 
parágrafo único, a estabelecer que não se enquadram nessa isenção as receitas que 
decorram de serviços cujo resultado se verifique no Brasil, ainda que o pagamento por sua 
contratação seja realizado a residente no exterior.
Exatamente pelo fato de a LC 116/03 não definir o conteúdo semântico do termo “serviço 
exportado”, mas apenas condicionar a isenção do ISS à verificação do local do resultado do 
serviço, a questão sobre a não incidência de ISS sobre receitas de exportação de serviço 
vem gerando grandes discussões, especialmente no que se refere ao conceito de 
“resultado do serviço”.
Quanto se considera prestado o serviço? Da celebração do contrato de prestação 
de serviços? Do recebimento dos valores antecipadamente? Da emissão de recibos 
e/ou notas fiscais? Há necessidade do termino da execução do serviço? E se este 
não ocorrer? 
EMENTA - ISS: exigibilidade. A exigibilidade do ISS, uma vez ocorrido o fato gerador 
- que é a prestação do serviço -, não está condicionada ao adimplemento da 
obrigação de pagar-lhe o preço, assumida pelo tomador dele: a conformidade da 
legislação tributária com os princípios constitucionais da isonomia e da capacidade 
contributiva não pode depender do prazo de pagamento concedido pelo 
contribuinte a sua clientela.
(AI 228337 AgR, Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Primeira Turma, julgado em 07/12/1999, DJ 18-02-2000)
Critério Temporal
Chegar a um denominador comum, mesmo no judiciário, não tem sido simples. A título ilustrativo, o STJ(1), ao julgar 
caso no qual se discutia a exigência de ISS de empresas cinematográficas que prestavam serviços enquadrados como de 
diversão pública, por ocasião da chancela dos respectivos ingressos, entendeu ser ilegítima essa antecipação, uma vez 
que nosso sistema jurídico tributário não permitiria gravar um serviço que não foi ainda realizado. Porém, a corte 
considerou que seria por ocasião da aquisição do ingresso pelo consumidor que ocorreria a incidência do ISS no caso 
dessas prestações. Ocorre que este mesmo critério: “aquisição de ingressos”, tomado isoladamente parece precipitado, 
uma vez sua venda pode ocorrer muito tempo antes do serviço, e, por mais que possa representar um forte indício de 
que o serviço venha a ocorrer, é possível que ele não se concretize pelos mais diversos motivos (interdição do 
estabelecimento, cancelamento, dentre outros).
Semelhantemente, o Tribunal de Justiça do estado de São Paulo(2), ao julgar caso com o mesmo quadro fático, 
sustentou que “não pode se admitir que o contribuinte pague tributo por um serviço ainda não realizado, passando, 
dessa forma, a ser exigido sobre um hipotético fato gerador, revelando, com isso, uma irregularidade”. Contudo, admitiu 
que a tributação se desse na data do pagamento. Já nos casos de prestação onerosa de serviços de manobrista e 
segurança, em estacionamentos de shopping centers, hotéis, clubes, etc. (os chamados serviços de valet ), este mesmo 
Tribunal decidiu que o critério temporal do ISS deve respeitar a execução do serviço, não podendo ser alterado para o 
momento em que ocorre a aquisição antecipada do ticket de estacionamento. 
(1) (BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial nº 159.861/SP. Relator: Ministro Humberto Gomes de Barros. Julgamento: 13 out. 
1998. Órgão Julgador: Primeira Turma. Publicação: DJ, 14 dez. 1998, p. 109). No mesmo sentido: Id. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial 
nº 4.962/SP. Relator: Ministro Humberto Gomes de Barros. Julgamento: 17 ago. 1994. Órgão Julgador: Primeira Turma. Publicação: DJ, 19 set. 
1994.
(2)SÃO PAULO (Estado). Tribunal de Justiça. Agravo de Instrumento nº 0124235-88.2013.8.26.0000. Relator: Rodrigues de Aguiar. Comarca: São 
Paulo. Julgamento: 03 out. 2013. Órgão julgador: 15ª Câmara de Direito Público. Registro: 07 out. 2013).
Critério Temporal
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo 
sujeito passivo, nos casos:
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou 
de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas 
sem fundamento legal;
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo 
idêntico sobre um mesmo fato gerador.
§ 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar.
§ 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a 
importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação 
no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das 
penalidades cabíveis.
Critério Pessoal: sujeito ativo
TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE 
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. ISS. DÚVIDA QUANTO AO LOCAL DO 
RECOLHIMENTO DO IMPOSTO. FATO GERADOR OCORRIDO NA VIGÊNCIA DA LC 
116/03. COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO EM QUE OCORREU O FATO GERADOR.
1. Verificada a ocorrência de dúvida quanto ao sujeito ativo para a exigência do ISS, 
se devido ao Município em que prestados os serviços, ou àquele em que localizado 
o estabelecimento do prestador, impõe-se a procedência da ação consignatória, 
com a declaração, na hipótese dos autos, da competência do Município em que se 
realizou o fato gerador do imposto.
(...)
4. Hipótese em que o fato gerador ocorreu no Município de Ipatinga, na vigência da 
LC 116/03, razão por que esse Município tem competência para exigir o ISS 
prestado naquela localidade, independentemente de ser outro o local da sede do 
estabelecimento prestador.
Critério Pessoal: sujeito ativo
LC 116/2003
Art. 5o Contribuinte é o prestador do serviço.
Art. 6o Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo expresso a responsabilidade 
pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a 
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da 
referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos legais.
§ 1o Os responsáveis a que se refere este artigo estão obrigados ao recolhimento integral do imposto devido, 
multa e acréscimos legais, independentemente de ter sido efetuada sua retenção na fonte.
§ 2o Sem prejuízo do disposto no caput e no § 1o deste artigo, são responsáveis: (Vide Lei Complementar nº 123, 
de 2006).
I – o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no 
exterior do País;
II – a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços descritos nos subitens 
3.05, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e 17.10 da lista anexa.
III - a pessoa jurídica tomadora ou intermediária de serviços, ainda que imune ou isenta, na hipótese prevista no §
4o do art. 3o desta Lei Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
Critério Pessoal: sujeito passivo
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp123.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp157.htm#art1
EX. CPOM SP
• Quem deve se inscrever no cadastro? 
Quem atender, concomitantemente, às seguintes condições: a) ser prestador de serviços; b) estar constituído na forma 
de pessoa jurídica; c) estar estabelecido fora do Município de São Paulo; d) prestar, para contratante estabelecido no 
Municípiode São Paulo, qualquer serviço descrito no art.179 do Decreto 57.516/2016; e) emitir nota fiscal ou outro 
documento fiscal equivalente autorizado por outro Município.
• Em que condição o tomador do serviço deve efetuar a retenção na fonte e o recolhimento do ISS? 
O tomador do serviço, ao receber Nota Fiscal de Serviços ou outro documento fiscal equivalente referente a qualquer 
dos serviços descritos no art. 179 do Decreto 57.516/2016 de pessoa jurídica estabelecida fora do Município de São 
Paulo, deve verificar a situação do prestador no cadastro. Caso o prestador de serviços, obrigado à inscrição, não esteja 
cadastrado no código do serviço prestado, o tomador deverá reter na fonte e recolher o ISS ao Município de São Paulo, 
na conformidade da legislação vigente, mesmo que o ISS já tenha sido recolhido no Município onde está estabelecido o 
prestador
• Em caso de retenção na fonte do ISS, em nome de quem deve ser feito o recolhimento do Imposto? 
O recolhimento do ISS deve ser feito em nome do tomador do serviço, na conformidade da legislação vigente. O 
tomador deve preencher, na guia de recolhimento, o seu número de CCM, valendo-se do código de serviço e da alíquota 
constantes da IN 08/2011.
CPOM
CPOM
ISS – CONTRIBUINTE – ESPECIAL – ISONOMIA – CADASTRO – RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO – REPERCUSSÃO GERAL – CONFIGURADA. Possui 
repercussão geral a controvérsia alusiva à constitucionalidade de lei 
municipal a determinar retenção do Imposto sobre Serviços de Qualquer 
Natureza – ISS – pelo tomador de serviço, em razão da ausência de 
cadastro, na Secretaria de Finanças de São Paulo, do prestador não 
estabelecido no território do referido Município.
(RE 1167509 RG, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, julgado em 
29/11/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-029 DIVULG 12-02-2019 PUBLIC 
13-02-2019 )
LC 116/2003
Art. 7o A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.
§ 1o Quando os serviços descritos pelo subitem 3.04 da lista anexa forem 
prestados no território de mais de um Município, a base de cálculo será 
proporcional, conforme o caso, à extensão da ferrovia, rodovia, dutos e 
condutos de qualquer natureza, cabos de qualquer natureza, ou ao número 
de postes, existentes em cada Município.
§ 2o Não se incluem na base de cálculo do Imposto Sobre Serviços de 
Qualquer Natureza:
I - o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços previstos nos 
itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa a esta Lei Complementar;
Critério Quantitativo: base de cálculo
Competência da Lei Complementar:
Ementa: DIREITO TRIBUTÁRIO. SEGUNDO AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ALCANCE 
DO ART. 21, § 2º, DO RI/STF. INTERPRETAÇÃO LITERAL QUE SE MOSTRA EQUIVOCADA. DECISÕES DE 
MÉRITO EM CONTROLE CONCENTRADO. EFICÁCIA ERGA OMNES E EFEITOS VINCULANTES. APLICAÇÃO 
DO ENTENDIMENTO FIXADO NO RE 574.706-RG. PARADIGMA QUE ABORDA MATÉRIA DISTINTA. ISS. 
BASE DE CÁLCULO. COMPETÊNCIA RESERVADA À LEI COMPLEMENTAR FEDERAL. 1. Não se pode conferir 
ao art. 21, §2º, do RI/STF, a interpretação restritiva que lhe pretende dar a parte agravante. 2. As 
decisões de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal nas ações do controle concentrado de 
constitucionalidade são dotadas de efeito vinculante e eficácia erga omnes. 3. A matéria discutida no 
RE 574.706-RG não guarda similitude com a controvérsia posta nestes autos. 4. As municipalidades 
não dispõem de competência para legislar sobre base de cálculo do ISS, tarefa reservada à lei 
complementar federal. 5. Agravo interno a que se nega provimento.
(RE 804260 AgR-segundo, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 
27/10/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-262 DIVULG 17-11-2017 PUBLIC 20-11-2017)
Critério Quantitativo: base de cálculo
Desconto condicionado e incondicionado:
TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS. BASE DE CÁLCULO. DESCONTO 
NO VALOR DO SERVIÇO PRESTADO. INCONDICIONADO.
1. Segundo o artigo 9º do DL 406/68, a base de cálculo do ISS é o valor do serviço prestado, 
entendendo-se como tal o correspondente ao que foi recebido pelo prestador.
2. Se o abatimento no preço do serviço fica condicionado a uma condição a cargo do tomador do 
serviço, tal desconto deve-se agregar à base de cálculo.
3. Diferentemente, se o desconto não é condicionado, não há base econômica imponível para fazer 
incidir o ISS sobre valor não recebido pelo prestador.
4. O desconto incondicionado, concedida por liberalidade do prestador sem qualquer imposição, 
reduzirá o valor do serviço, com reflexo para o Fisco que, em decorrência da liberalidade, receberá 
menos tributo. Conforme reconhece a doutrina, se a base imponível é o valor recebido pelo prestador, 
nada pode ser feito, senão considerar como base de cálculo o valor do serviço com o abatimento.
5. Embargos de declaração acolhidos para conhecer do Recurso Especial e negar-lhe provimento.
(EDcl no REsp 1412951/PE, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/12/2013, DJe 07/02/2014)
Critério Quantitativo: base de cálculo
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ISS. 
CONSTRUÇÃO CIVIL. BASE DE CÁLCULO. ABATIMENTO DOS MATERIAIS E 
SUBEMPREITADAS. POSSIBILIDADE. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal é firme no sentido de que o art. 9º do Decreto-Lei 406/1968 foi 
recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Pelo que é possível a 
dedução da base de cálculo do ISS dos valores dos materiais utilizados em 
construção civil e das subempreitadas. 2. Agravo regimental desprovido.
(RE 599582 AgR, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, julgado em 
29/03/2011, DJe-123 DIVULG 28-06-2011 PUBLIC 29-06-2011)
Matéria com reconhecimento de repercussão geral, onde restou reafirmado o 
entendimento acerca de tal possibilidade (RE 603.497).
Critério Quantitativo: base de cálculo
Materiais fornecidos pelo prestador e adquiridos de terceiros:
TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.ISSQN. BASE DE CÁLCULO. 
DEDUÇÃO DO VALOR DOS MATERIAISEMPREGADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL. DESINFLUÊNCIA DA 
DISTINÇÃOENTRE MATERIAIS FORNECIDOS PELO PRÓPRIO PRESTADOR DO SERVIÇOE MATERIAIS 
ADQUIRIDOS DE TERCEIROS. PRECEDENTES. AGRAVOREGIMENTAL IMPROVIDO. I. A dedução do valor dos 
materiais, utilizados na construção civil, da base de cálculo do ISSQN, conforme previsão do Decreto-
lei406/68 e da Lei Complementar 116/2003, abrange tanto os materiais fornecidos pelo próprio prestador 
do serviço, como aqueles adquiridos de terceiros. O que importa, segundo o entendimento pretoriano atual, 
é que os materiais sejam empregados na construção civil. II. Na forma da jurisprudência, "'Após o 
julgamento do RE nº 603.497, MG, a jurisprudência do Tribunal passou a seguir o entendimento do Supremo 
Tribunal Federal quanto à legalidade da dedução do custo dos materiais empregados na construção civil da 
base de cálculo do imposto sobre serviços, incluído o serviço de concretagem. Agravo regimental 
desprovido'(AgRg no AREsp 409.812/ES, Rel. Ministro ARI PARGENDLER, PRIMEIRATURMA, DJe 11/04/2014). 
Precedentes: AgRg no REsp 1.370.927/MG, Rel.Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, DJe
12/09/2013; EDcl no AgRgno REsp 1.189.255/RS, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira 
Turma,DJe 05/11/2013; AgRg no REsp 1.360.375/ES, Rel. Ministro Herman Benjamin,Segunda Turma, DJe
13/09/2013" (STJ, AgRg no AREsp 520.626/MG, Rel. MinistroSÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, DJe de 
13/08/2014). III. AgravoRegimental improvido."(STJ, AgRg no AREsp 664.012/RJ, relatora MinistraAssusete
Magalhães, Segunda Turma, julgado em 10/03/2016).
Critério Quantitativo: base de cálculo
Critério Quantitativo: base de cálculo
Pode o ente público municipal estabelecer limites à dedução dos materiais empregados na 
atividade da construção civil?
"AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DESEGURANÇA - TRIBUTÁRIO - ISSQN - SERVIÇO DE CONSTRUÇÃO CIVIL -
POSSIBILIDADE DE DEDUÇÃO DOS VALORES EMPREGADOS NO SERVIÇODA BASE DE CÁLCULO DO ISSQN - ENTENDIMENTO SUFRAGADO 
PELOSTFE STJ - LIMITAÇÃO À DEDUÇÃO - CONDUTA QUE SE DENOTA ILEGAL - AGRAVO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. A jurisprudência do 
excelso STF já sedimentou o entendimento segundo o qual é possível a dedução da base de cálculo do ISS dos valores dos materiais
utilizados na construção civil e nas subempreitadas. 2. É ilegal a limitação da dedução dos valores materiais empregados nas obras de 
construção civil ao patamar de 20% (vinte por cento),para fins de apuração da base de cálculo do ISSQN, porque as leis federais que 
regulamentam o tema (Lei Complementar n.º 113/2003 e Decreto-Lei n.º 406/68)não impõem qualquer restrição nesse sentido. 3. A 
redação do art. 7º, § 2º, inciso I, da Lei Complementar n.º 116/03, e do artigo 9º, § 2º, letra "a", do Decreto-Lei n.º 406/68 autorizam a 
intepretação de que todo e qualquer material empregado nas obras de construção civil pode ser deduzido da base de cálculo do ISSQN. 4. 
Recurso conhecido e improvido."(TJES, AI no Ag 00404040820128080024,relatorDes. Carlos Simões Fonseca, 2ª Câmara Cível, julgado em 05/06/2013).
"PROCESSOCIVIL. TRIBUTÁRIO.APELAÇÃOCÍVEL.SERVIÇOSDEENGENHARIA PARA MANUTENÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA. ISSQN.BASE DE 
CÁLCULO. DEDUÇÃO DOS VALORES RELATIVOS AOS MATERIAISEMPREGADOSNAPRESTAÇÃODOSERVIÇO.POSSIBILIDADE.ENTENDIMENTO 
CONSOLIDADO NO STF - REPERCUSSÃO GERAL. LIMITEDO VALOR A SER REDUZIDO. ILEGALIDADE. DEDUÇÃO DO VALORINTEGRAL DOS BENS 
UTILIZADOS. SENTENÇA MANTIDA. APELAÇÃOIMPROVIDA. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 603.497,submetido ao rito da
repercussão geral, assentou o entendimento de que é possível deduzir da base de cálculo do ISS o valor referente aos materiais empregados 
na construção civil, o qual deve ser utilizado, por analogia, à execução de serviços de engenharia elétrica. Incabível é a limitação do valor 
dos materiais, a ser excluído da base de cálculo do ISSQN, por lei municipal, sendo somente permitida por lei complementar federal. 
Recursoconhecido e improvido."(TJBA,APL03837456420128050001, relatora Desa. Rosita Falcão de Almeida Maia, 3ª CâmaraCível, julgado em 08/08/2016)
Critério Quantitativo: base de cálculo
Sociedades de profissionais 
Ao cuidar da incidência do ISS sobre as sociedades profissionais, cujos sócios, por terem 
responsabilidade pessoal pelos serviços que prestam, atuam, na prática, como verdadeiros 
autônomos, o artigo 9º, parágrafo 3º, do DL 406/68, atribuiu a elas tratamento tributário idêntico ao 
que previa o artigo 72 do CTN. Preservou-se, assim, a isonomia.
Art 9º A base de cálculo do impôsto é o preço do serviço.
§ 1º Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do próprio 
contribuinte, o impôsto será calculado, por meio de alíquotas fixas ou variáveis, em função da 
natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes não compreendida a importância paga a 
título de remuneração do próprio trabalho.
§ 3° Quando os serviços a que se referem os itens 1, 4, 8, 25, 52, 88, 89, 90, 91 e 92 da lista anexa 
forem prestados por sociedades, estas ficarão sujeitas ao imposto na forma do § 1°, calculado em 
relação a cada profissional habilitado, sócio, empregado ou não, que preste serviços em nome da 
sociedade, embora assumindo responsabilidade pessoal, nos termos da lei aplicável.
LC 116/2003
Art. 8o As alíquotas máximas do Imposto Sobre Serviços de Qualquer 
Natureza são as seguintes:
I – (VETADO)
II – demais serviços, 5% (cinco por cento).
Art. 8o-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer 
Natureza é de 2% (dois por cento).
Critério Quantitativo: Alíquota
LC 116/2003
Art. 8o [...]
§ 1o O imposto não será objeto de concessão de isenções, incentivos ou benefícios tributários ou 
financeiros, inclusive de redução de base de cálculo ou de crédito presumido ou outorgado, ou sob 
qualquer outra forma que resulte, direta ou indiretamente, em carga tributária menor que a decorrente 
da aplicação da alíquota mínima estabelecida no caput, exceto para os serviços a que se referem os 
subitens 7.02, 7.05 e 16.01 da lista anexa a esta Lei Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 
157, de 2016)
§ 2o É nula a lei ou o ato do Município ou do Distrito Federal que não respeite as disposições relativas à 
alíquota mínima previstas neste artigo no caso de serviço prestado a tomador ou intermediário 
localizado em Município diverso daquele onde está localizado o prestador do serviço. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 157, de 2016)
§ 3o A nulidade a que se refere o § 2o deste artigo gera, para o prestador do serviço, perante o 
Município ou o Distrito Federal que não respeitar as disposições deste artigo, o direito à restituição do 
valor efetivamente pago do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza calculado sob a égide da lei 
nula. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
Critério Quantitativo: Alíquota
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp157.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp157.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp157.htm#art2
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI Nº 11.195/2013, DO MUNICÍPIO DE 
PONTA GROSSA, QUE ALTEROU A TABELA ANEXA DA LEI MUNICIPAL Nº 7.500/2003, 
REDUZINDO A ALÍQUOTA MÍNIMA DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER 
NATUREZA (ISSQN) DE 3% PARA 1,5%, INCIDENTE, ESPECIFICAMENTE, SOBRE A 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDICINA E BIOMEDICINA (ITEM 4.01), TERAPIA 
OCUPACIONAL, FISIOTERAPIA E FONOAUDIOLOGIA (ITEM 4.08) - LEI DE INICIATIVA 
PARLAMENTAR - EXTRAPOLAÇÃO DOS LIMITES LEGAIS - VÍCIO FORMAL 
CARACTERIZADO - AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. A discricionariedade dos Municípios 
na fixação de suas alíquotas máxima e mínima para a exação do tributo ISSQN, 
encontra-se circunscrita aos parâmetros mínimo e máximo de 2% (dois por cento) à 5% 
(cinco por cento), respectivamente. Daí que a minoração da alíquota mínima incidente 
sobre o ISSQN no Município de Ponta Grossa, em patamar abaixo de 2% (dois por 
cento), afigura-se flagrantemente inconstitucional.
(TJPR - Órgão Especial - AI - 1406726-2 - Curitiba - Rel.: Prestes Mattar - Unânime - J. 
05.12.2016)
Critério Quantitativo: Alíquota
INFRAERO - EMPRESA PÚBLICA FEDERAL VOCACIONADA A EXECUTAR, COMO ATIVIDADE-FIM, EM FUNÇÃO DE SUA ESPECÍFICA DESTINAÇÃO 
INSTITUCIONAL, SERVIÇOS DE INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUÁRIA - MATÉRIA SOB RESERVA CONSTITUCIONAL DE MONOPÓLIO ESTATAL 
(CF, ART. 21, XII, "C") - POSSIBILIDADE DE A UNIÃO FEDERAL OUTORGAR, POR LEI, A UMA EMPRESA GOVERNAMENTAL, O EXERCÍCIO DESSE 
ENCARGO, SEM QUE ESTE PERCA O ATRIBUTO DE ESTATALIDADE QUE LHE É PRÓPRIO - OPÇÃO CONSTITUCIONALMENTE LEGÍTIMA -
CRIAÇÃO DA INFRAERO COMO INSTRUMENTALIDADE ADMINISTRATIVA DA UNIÃO FEDERAL, INCUMBIDA, NESSA CONDIÇÃO 
INSTITUCIONAL, DE EXECUTAR TÍPICO SERVIÇO PÚBLICO (LEI Nº 5.862/1972) - CONSEQÜENTE EXTENSÃO, A ESSA EMPRESA PÚBLICA, EM 
MATÉRIA DE IMPOSTOS, DA PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL FUNDADA NA GARANTIA DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA (CF, ART. 150, 
VI, "A") - O ALTO SIGNIFICADO POLÍTICO-JURÍDICO DESSA GARANTIA CONSTITUCIONAL, QUE TRADUZ UMA DAS PROJEÇÕES 
CONCRETIZADORAS DO POSTULADO DA FEDERAÇÃO - IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DA INFRAERO, EM FACE DO ISS, QUANTO ÀS ATIVIDADES 
EXECUTADAS NO DESEMPENHO DO ENCARGO, QUE, A ELA OUTORGADO, FOI DEFERIDO, CONSTITUCIONALMENTE, À UNIÃO FEDERAL -
DOUTRINA - JURISPRUDÊNCIA - PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - AGRAVO IMPROVIDO. - A INFRAERO, que é empresa 
pública, executa, como atividade-fim, em regime de monopólio, serviços de infra-estrutura aeroportuária constitucionalmente outorgados à 
União Federal, qualificando-se, em razão de sua específica destinação institucional, como entidade delegatária dos serviços públicos a que 
se refere o art. 21, inciso XII, alínea "c", da Lei Fundamental, o que exclui essa empresa governamental, em matéria de impostos, por efeito 
da imunidade tributária recíproca (CF, art. 150, VI, "a"), do poder de tributar dos entes políticos em geral. Conseqüente inexigibilidade, por 
parte do Município tributante, do ISS referente às atividadesexecutadas pela INFRAERO na prestação dos serviços públicos de infra-
estrutura aeroportuária e daquelas necessárias à realização dessa atividade-fim. O ALTO SIGNIFICADO POLÍTICO-JURÍDICO DA IMUNIDADE 
TRIBUTÁRIA RECÍPROCA, QUE REPRESENTA VERDADEIRA GARANTIA INSTITUCIONAL DE PRESERVAÇÃO DO SISTEMA FEDERATIVO. 
DOUTRINA. PRECEDENTES DO STF. INAPLICABILIDADE, À INFRAERO, DA REGRA INSCRITA NO ART. 150, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO. - A 
submissão ao regime jurídico das empresas do setor privado, inclusive quanto aos direitos e obrigações tributárias, somente se justifica, 
como consectário natural do postulado da livre concorrência (CF, art. 170, IV), se e quando as empresas governamentais explorarem 
atividade econômica em sentido estrito, não se aplicando, por isso mesmo, a disciplina prevista no art. 173, § 1º, da Constituição, às 
empresas públicas (caso da INFRAERO), às sociedades de economia mista e às suas subsidiárias que se qualifiquem como delegatárias de 
serviços públicos. (RE 363412 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 07/08/2007, DJe-177 DIVULG 18-09-2008 PUBLIC 19-09-
2008)
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